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AMARRAÇÃO E IÇAMENTO DE

CARGAS
SEGURANÇA NA AMARRAÇÃO E IÇAMENTO DE CARGAS DE ACORDO COM A NR 11 E NR 12

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1. INTRODUÇÃO

Nas indústrias é crescente a utilização de meios


de elevação com operação a partir do solo (controle
remoto), onde o movimentador é também operador, ou
seja, ele é responsável pelas duas funções. A facilidade
com que os meios de elevação movimentam a carga
engana quanto às situações de perigo. Pela
demonstração de condições de acidentes típicos é
preciso que elas sejam conhecidas e
consequentemente evitadas.
A amarração e o içamento de cargas são um
fator de extrema importância durante a movimentação e elevação de cargas pesadas
em trabalhos de manutenção industrial, construção civil e colocação e instalação de
materiais industriais. Existem muitos acessórios de amarração de cargas, como as
cintas para amarração, catracas fixas e móveis, presilhas e outros que podem
melhorar o trabalho de amarração e torna-lo mais seguro ao mesmo tempo.
É importante ressaltar que as Normas Regulamentadoras
11 (Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio
de materiais) e 12 (Segurança no Trabalho com Máquinas e
Equipamentos) do Ministério do Trabalho e Emprego,
estabelecem regras relativas às práticas
de amarração e içamento de cargas,
garantindo assim, a segurança para os trabalhadores e
colaboradores que exerçam atividades com movimentação de
cargas.
A norma regulamentadora NR 11 - transporte, movimentação, armazenagem e
manuseio de materiais, foi publicada em 08 de junho de 1978, pela portaria GM nº
3.214. Houve alterações/atualizações pela portaria SIT n.º 56, de 17 de julho de 2003
e pela portaria SIT n.º 82, de 01 de junho de 2004.
Criada em 1978 a NR 12 e seus anexos definem referências técnicas, princípios
fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos
trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e
doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos

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de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação e comercialização. A NR 12
foi publicada originalmente com a Portaria 3214, em 08 de junho de 1978. Em
dezembro de 2010 ela passou por uma profunda revisão, causando polêmica ao ser
considerada impraticável e inviável pelo empresariado nacional e por importadores de
máquinas e equipamentos.

2. OBJETIVO
O objetivo do treinamento é capacitar o treinando a
práticas relativas a operações e procedimentos para
reconhecimento, análise e prevenção de risco associado
à movimentação de cargas. Este curso é voltado para
profissionais que atuam em atividades de içamento,
sinalização, amarração e movimentação de cargas pesadas com guindastes, pontes-
rolantes, talhas, dentre outros.

3. DEFINIÇÕES

✓ PT – Permissão de Trabalho: Permissão de Trabalho (também chamada


apenas de “PT”) é uma autorização entregue pelo colaborador ao seu
supervisor, antes da execução de qualquer trabalho que pode oferecer um
possível risco.
✓ Plano de Rigging: O Plano de Rigging é o nome dado ao processo de
planejamento para atividades de içamentos de cargas, nossos colaboradores
são profissionais especializados e registrados pelo CREA/MG para planejar tais
atividades garantindo assim total segurança na movimentação e içamento de
qualquer tipo de carga.
✓ Tipos de Acessórios: Estropo, Manilha, Anéis e ganchos, correntes, Cintas,
Gabaritos e Garras.
✓ Tipos de amarração: Içamento em cesta, içamento em laço e içamento
vertical.
✓ Cabos de Aço: para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia, assim
como laços de cabo de aço com ganchos para aplicação nos olhais da carga.

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✓ Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham
chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos
olhais da carga.
✓ Cintas e Laços Sintéticos: para cargas com superfícies extremamente
escorregadias ou sensíveis, como por exemplo, cilindros de calandragem,
eixos, peças prontas e pintadas.
✓ Cordas de Sisal e Sintéticas: para cargas com superfície sensível, de baixo
peso, como tubos, peças de aquecimento e refrigeração ou outras peças
passíveis de amassamento.
✓ Combinação Cabo e corrente: para o transporte de perfis e trefilados.

4. CONCEITOS GERAIS SOBRE IÇAMENTO DE CARGAS

Içamento de cargas é uma das


tarefas mais realizadas no dia a dia da
construção civil, indústria e montagem
eletromecânica em todo mundo. Os
equipamento são muito úteis e eficientes,
porém há alto risco na atividade, incluindo
tombamento, queda de carga e outros.
Sabemos da importância da segurança no momento do içamento de cargas e
para isso precisamos nos atentar para os produtos que iremos utilizar e principalmente
os cuidados no momento da operação.
São necessários os operadores, supervisores e demais responsáveis
envolvidos no processo de içamento e movimentação de cargas, tenham
conhecimento do processo, do equipamento de guindar e principalmente dos produtos
que serão utilizados no momento operação.

5. EXEMPLOS DE ACIDENTES TÍPICOS EM


IÇAMENTO DE CARGAS

O transporte de qualquer carga representa


riscos, por ser atividade perigosa, onde o próprio
perigo é o do transporte de cargas. O risco

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decorrente dessa atividade perigosa de modo geral pode ser representada pela queda
da própria carga ou do veículo transportador, atingindo a carga, o veículo, pessoas, o
patrimônio dessas, enfim, causando uma série de
transtornos.
✓ Falta de inspeção completa do
equipamento e seus acessórios;
✓ Equipamento inapropriado para a carga a
ser transportada;
✓ Capacidade dos acessórios e cabos subavaliados;
✓ Existência de obstáculos a serem transpostos;
✓ Capacidade de carga do terreno subavaliada;
✓ Inabilidade do operador;
✓ Geometria da peça que exigiria o emprego de equipamentos auxiliares;
✓ Características do terreno;
✓ Condições ambientais adversas;
✓ Local inapropriado;
✓ Falha estrutural no equipamento;
✓ Dimensões e peso das cargas;
✓ Acessibilidade do equipamento e da carga;
✓ Falta de um adequado isolamento da área.

6. TIPOS DE EQUIPAMENTO

✓ Guindaste tipo grua: Guindastes de


torres ou gruas fazem parte integrante da grande
movimentação de materiais e operações e muitas
vezes são os principais métodos de levantamento
de peças pesadas na construção. Geralmente
controlado por um operador de cabine ou através
de um controle remoto, os guindaste são capazes
de estender a uma centena de metros e elevar
toneladas de materiais.

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✓ Guindaste veicular
articulado: É geralmente instalado sobre caminhão,
mas também encontrado sobre embarcação, cavalo
mecânico, trem, prancha e
estacionário. Popularmente no Brasil são chamados
de munck ou guindauto.

✓ Outros Guindastes: Existem tipos diferentes de guindastes para


atender necessidades variadas. Desde guindastes de carga acoplados a caminhões
onde o braço articulado ajuda na carga, descarga e movimentação do caminhão, até
guindastes flutuantes que trabalham com manuseio de cargas em navios, construção
de pontes e em barcos de resgate.

✓ Ponte rolante: É um equipamento utilizado para içamento, ou seja, para


elevação de cargas, e são compostas basicamente de viga, carro e talha. Podem ser
móveis ou fixas, com o propósito de manipular objetos classicamente grandes e
pesados, e que não podem ser movidos facilmente de forma manual.
A capacidade de carga pode variar de 0,5
a 300 t - mas, de forma geral, as pequenas têm
uma potência de carga de até 3 t e as grandes
podem chegar até 120 t. As pontes podem ser
montadas em pequenos vãos, de
aproximadamente 6 m, até em grandes vãos que
chegam a 30 m

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✓ Monovia: Monovia consiste em um
sistema de transporte mecânico e automático. Sistema
elevado de transportador contínuo constituído de trilho
e um suporte para carga. Os trilhos possuem uma
corrente tracionada por um motor com mecanismo que
transporta as cargas.

✓ Pórtico: Com capacidade para


suportar mais de 260 toneladas, o Pórtico de carga é
utilizado em obras onde a velocidade de execução e
segurança total são os tópicos exigidos pelas
construtoras. Através de equipamentos elétricos, o
serviço é executado por profissionais altamente
capacitados objetivando maior tranquilidade e segurança aos clientes. Cada serviço
recebe um tratamento personalizado.

✓ Talha elétrica: A função de uma talha


elétrica é elevar cargas pesadas ou de difícil
locomoção, garantindo mais segurança e praticidade
ao usuário. Uma talha elétrica, como o próprio nome
já diz, é um equipamento movido à eletricidade usado
para levantar, abaixar, e mover objetos de difícil
locomoção.
Primeiro é necessário dizer, que a talha
deve ser presa a uma estrutura, como um portal
móvel, um guindaste ou viga de aço presa com
firmeza. As maiorias das talhas
elétricas incorporam algum tipo de mecanismo de
segurança para evitar o deslizamento de cargas e
sobrecarga, o que pode ser extremamente perigoso. Talhas geralmente trabalham
com um sistema de embreagem, o que permite que a cadeia entre em um torque
programado que impede qualquer sobrecarga.

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7. TIPOS DE AMARRAÇÃO

Quando estiver em uma nova situação de movimentação de carga, convém


planejarmos a amarração de forma detalhada:
✓ Faça uma boa estimativa dos requisitos para içamento e movimentação;
✓ Conheça ou estime com segurança o peso da carga, coeficientes de segurança
são essenciais;
✓ Escolha os materiais para içamento adequados;
✓ Defina o melhor método para fixação da carga, considerando centro de
gravidade e geometria;
✓ Escolha o material de içamento com capacidade suficiente.

7.1. Içamento em Cesta

Este içamento é feito com um estropo simples


sem ganchos, passado à volta da carga uma ou duas
vezes. Com este método o peso é distribuído igualmente
pelas duas pernas resultantes. A vantagem do içamento
em cesta é reduzir a tensão no estropo uma vez que a
carga é suportada por duas partes de cabo.

7.2. Içamento em Laço

Esta configuração do estropo é um laço que se faz


passando um olhal do estropo à volta da carga e engatando-
o num gancho, que desliza ao longo do próprio estropo. O laço
é então ajustado à carga e a outra extremidade do estropo é
ligada ao gancho de elevação. O gancho deslizante está
concebido para proteger o cabo no ponto em que este dobra.

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7.3. Içamento Vertical

Alto grau de dificuldade. Pressão da carga exercida


apenas em um ponto. Indicado para cargas pequenas e sem a
presença de condições atmosféricas indesejáveis.

8. TIPOS DE CONTROLE POR RISCO

Medidas de controle:
✓ É proibida a improvisação de acessórios;
✓ Em necessidades especiais, os acessórios devem ser feitos a partir de projeto
formal, elaborado por profissional habilitado;
✓ Os acessórios que apresentarem não conformidade devem ser inutilizados, de
forma definitiva, e descartados;
✓ As áreas de içamento, por meio de guindastes, devem ser isoladas e
sinalizadas;
✓ É proibido acessar, sem a devida autorização, a área isolada onde ocorre
içamento de carga.
✓ As capacidades de carga dos equipamentos e acessórios devem ser
respeitadas.
✓ As patolas dos guindastes devem ser acionadas, independentemente da carga
içada;
✓ A carga suspensa nunca deve ser movimentada sobre pessoas;
✓ Os cabos-guia devem ser utilizados sempre que houver necessidade de
estabilização, possibilidade de colisão ou giro da carga durante a
movimentação;
✓ O trajeto, por onde passará a carga, deve estar desobstruído;
✓ Operador deverá ser treinado, capacitado e autorizado;
✓ Deve ser realizada a inspeção pré-uso do equipamento e acessórios;
✓ Deve ser verificado o manual do equipamento, sempre que necessário;
✓ Realizar análise de risco antes do início da atividade, considerando, inclusive,
a etapa de preparação dos contra-pesos no caso de guindaste e grua;
✓ É proibido posicionar-se sob cargas suspensas;
✓ Interromper imediatamente a atividade, em caso de situação de risco.

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9. TIPOS DE ACESSÓRIOS (ESTROPO, MANILHA, ANÉIS E GANCHOS,
CORRENTES, CINTAS, GABARITOS E GARRAS).

9.1 Estropo de cabo de aço:


✓ Mais leve e normalmente mais barato que a corrente;
✓ Normalmente galvanizado para uma melhor proteção contra corrosão;
✓ Boa durabilidade;
✓ Inspeção relativamente simples.

Podem ser utilizados com as seguintes montagens:

Montagem de laço com clips


✓ São compostos por um cabo de aço com olhais em suas extremidades;
✓ Os laços podem ser formados por clips;
✓ Na preparação de estropo com clips deve-se observar a posição de montagem
dos clips.

Superlaço com olhal flamengo


O olhal já é capaz de suportar uma carga superior à carga de trabalho do laço,
a costura pode ser protegida por luva ou chumbada.

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9.2 Manilha:
Destinados a acoplar os olhais dos estropos, cintas ou correntes para elevação
da carga.

9.3 Anel:
Destinado a interligar as correntes e cordas formando uma “aranha”.

9.4 Corrente:

✓ Resistente à abrasão;
✓ Maior durabilidade;
✓ Flexível;
✓ Pode-se utilizar com vários tipos de acessórios;
✓ Resistência ao calor;
✓ Possibilidade de encurtamento das pernas;
✓ Fácil estocagem.

9.5 Cintas:
✓ Simples e barata;
✓ Adequada para cargas frágeis;
✓ Fácil identificação da carga de trabalho através de sua cor;
✓ Fácil substituição.

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Embora existam cores para identificar a capacidade da cinta, isso nem sempre
acontece. O que não pode deixar de ser obedecida é a identificação através de
etiqueta que fica dentro do olhal da cinta ou em seu corpo, protegida ou não por uma
capa.

9.6 Cabo Guia:


Destinados a guiar a carga durante o seu
deslocamento. Não deveram ser utilizados na amarração
de cargas.

10. INSPEÇÃO DE PRÉ-USO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS

A inspeção é de fundamental importância para a manutenção dos níveis de


segurança e economia. Todos os Acessórios e Equipamentos para Içamento e
Movimentação de Cargas devem ser examinados e inspecionados em intervalos
periódicos e deve ser feita por profissional devidamente treinado.
As inspeções devem ser realizadas por uma pessoa qualificada que está
diretamente ligada com a aprovação ou retirada do material de sua linha de trabalho.
Periodicidade para inspeção de materiais de movimentação de carga por uma
pessoa qualificada:

Material Norma Referência Periodicidade


Laço de Cabo de Aço ABNT NBR 13541 12 meses
Cintas de Poliéster ABNT NRB 15637 12 meses
Lingas de Corrente ABNT NBR 15516 12 meses
Manilhas Fed. Spec. 271D 12 meses

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Balancim ASME B30.20 12 meses
Dispositivos Especiais ASME B30.20 12 meses

11. REGRAS DE GUINDAR, IÇAR E TRANSPORTAR DE ACORDO COM O


EQUIPAMENTO.

✓ Os equipamentos devem estar em perfeito estado de conservação e as


manutenções devem estar em dias.
✓ O local onde o equipamento será instalado / patolado deverá possuir a
estabilidade comprovada.
✓ Deve-se conhecer a carga a ser içada.
✓ Os operadores deverão ser capacitados.
✓ Deve ser definido um sinaleiro e este precisa ser capacitado.
✓ Toda a área da movimentação de carga deverá estar isolada.
✓ Não é permitida que a carga passe sobre pessoas.
✓ Pessoas não podem realizar atividade sob a carga.
✓ Utilize cordas guias para auxiliar na movimentação e posicionamento da carga.
✓ Todos os acessórios deverão ser previamente definidos de acordo com a carga
a ser içada e inspecionados.
✓ O vento influencia diretamente na movimentação de cargas.
✓ Deve-se elaborar um plano de rigging para a movimentação das cargas

12. MEDIDAS DE CONTROLE DURANTE AS ATIVIDADES COM


MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

1. É proibida a improvisação de acessórios;


2. Em necessidades especiais, os acessórios devem ser feitos a partir de projeto
formal, elaborado por profissional habilitado;
3. Os acessórios que apresentarem não conformidade devem ser inutilizados, de
forma defnitiva, e descartados;
4. As áreas de içamento, por meio de guindastes, devem ser isoladas e
sinalizadas;

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5. É proibido acessar, sem a devida autorização, a área isolada onde ocorre
içamento de carga.
6. As capacidades de carga dos equipamentos e acessórios devem ser
respeitadas.
7. As patolas dos guindastes devem ser acionadas, independentemente da carga
içada;
8. A carga suspensa nunca deve ser movimentada sobre pessoas;
9. Os cabos-guia devem ser utilizados sempre que houver necessidade de
estabilização, possibilidade de colisão ou giro da carga durante a
movimentação;
10. O trajeto, por onde passará a carga, deve estar desobstruído;
11. Operador deverá ser treinado, capacitado e autorizado;
12. Deve ser realizada a inspeção pré-uso do equipamento e acessórios;
13. Deve ser verificado o manual do equipamento, sempre que necessário;
14. Realizar análise de risco antes do início da atividade, considerando, inclusive,
a etapa de preparação dos contra-pesos no caso de guindaste e grua;
15. É proibido posicionar-se sob cargas suspensas;
16. Interromper imediatamente a atividade, em caso de situação de risco.

13. CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O PLANO DE IÇAMENTO DE CARGA

14 | P á g i n a
Grandes empresas elaboram um planejamento para a movimentação de cargas
chamado de plano de rigging. A elaboração do plano de rigging geralmente se baseia
em parâmetros estabelecidos por elas próprias empresas, tais como a altura do
içamento, o peso e geometria da carga, se o trabalho mobiliza um ou mais
equipamentos e outras condições.
A sofisticação, alcance e capacidade dos equipamentos atuais permitiu que os
limites operacionais fossem ampliados e abriu possibilidades para operações mais
complexas, porém é importante sempre ter atenção a fatores que podem tornar crítica
uma operação aparentemente normal.

Içamento de cargas com dois


guindastes!

Fatores que podem limitar a capacidade dos equipamentos e que devem ser
considerados para elaboração dos planos de Rigging:
✓ Desnivelamento do terreno (máximo 5%);
✓ Carga de vento;
✓ Carga sobre pneus (Guindastes RT/Industriais);
✓ Capacidade de carga do terreno;
✓ Existência de undergrounds nos locais de patolamento;
✓ Existência de rede elétrica na área de movimentação da lança;
✓ Existência de estruturas com as quais a carga ou a lança possa colidir durante
a movimentação;
✓ Movimentação da carga abaixo do nível de apóio do guindaste;
✓ Operações com dois ou mais guindastes;

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✓ Deslocamento do guindaste durante o içamento (Esteiras / RT).

14. INFORMAÇÕES SOBRE PERMISSÃO DE TRABALHO PARA


EXECUTANTES.

Permissão de Trabalho é a autorização dada por escrito, em documento próprio


para a execução de qualquer trabalho de manutenção, montagem, desmontagem,
construção, reparo ou inspeção de equipamentos a ser realizado na área industrial.
Tem por objetivo esclarecer as etapas para avaliação de liberação de serviços com
riscos potenciais de acidentes a serem executados nas diversas áreas.
Antes de fazer a PT, visite o local da execução do trabalho e faça uma rápida
inspeção. Anote todos os detalhes e observe, atentamente, lugares que possam
oferecer algum risco.
✓ É de extrema importância que o funcionário comunique seu supervisor sobre
as condições da área – principalmente caso ele observe algum risco.
✓ Preencha o formulário no local de execução do trabalho. Dessa forma, fica mais
fácil anotar os detalhes e não esquecer de nada. Descreva todo o processo e
de uma maneira simples e de fácil compreensão.
✓ Solicite as assinaturas dos participantes e supervisores no verso do formulário.

15. SINAIS VISUAIS

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✓ Início de Operação

Sinaleiro se identifica para o operador como o responsável


pela emissão de sinais.
SINAL: Com o braço esquerdo junto ao corpo e antebraço
direito na horizontal, com a palma da mão virada para o operador,
em posição de “continência”, saúda o operador.

✓ Translação do Guindaste (pórtico)

Sinaleiro ficará de frente para a cabine do operador e


indicará o lado para o qual deseja a translação do equipamento.
Com o braço esquerdo junto ao corpo, e o braço direito com a
mão aberta, esticada na horizontal indica a direção.

✓ Movimento do Carrinho

O sinaleiro ficará de frente para o Norte e a direita do mar. Com o braço


esquerdo junto ao corpo e o braço direito esticado na horizontal, com o dedo
indicador mostrará a direção.

✓ Subir os Ganchos

A subida simultânea dos dois ganchos.


Com os braços erguidos, os dedos indicadores girando sempre no
sentido horário.

17 | P á g i n a
✓ Abaixar os Ganchos

A descida simultânea dos dois ganchos.


Com os braços para baixo e os dedos indicadores girando
sempre no sentido anti-horário.

✓ Abaixar o Gancho Nº 2

Com o braço esquerdo erguido, com os dois dedos


(indicador e médio) determinando o gancho nº 2, e o braço
direito para baixo, com o dedo indicador girando sempre no
sentido anti horário.

✓ Subir o Gancho Nº 2

Com o braço esquerdo erguido, com os dois dedos


(indicador e médio) determinando o gancho nº 2, com o braço
direito para cima, com o dedo indicador fazendo pequenos
movimentos circulares no sentido horário.

✓ Abaixar o Gancho Nº 1

Mão esquerda levantada, com o dedo indicador


apontado para cima, indicando o gancho nº 1. O braço direito
para baixo, com o dedo indicador apontando para baixo,
realizando pequenos movimentos circulares, determinando o
abaixamento.

✓ Subir o Gancho Nº 1

Mão esquerda levantada, com o dedo indicador apontando para cima,


determina o gancho nº 1. O braço direito para cima, com o dedo indicador
apontando para cima e efetuando pequenos movimentos circulares no sentido
horário, determina a elevação.

18 | P á g i n a
✓ Movimentos Lentos

Pequenos movimentos deverão ser antecipados por este


sinal nas atividades de translação, direção, elevação,
içamentos, arriamento, aproximação, etc.
Com os dois dedos, indicador e polegar direitos,
aproxima-os, imitando o movimento de abrir e fechar.

✓ Parada de Emergência

Este sinal é de parada de emergência.


Qualquer pessoa pode fazer este sinal, mesmo sem
autorização do sinaleiro. Não pode ser feito nenhum movimento
com o equipamento. A pessoa deverá cruzar os antebraços,
com as mãos abertas à altura do rosto.

✓ Sinal de Espera

Este sinal é de parada e espera sem nenhum movimento


com o equipamento a não ser com a autorização do sinaleiro. O
Sinaleiro cruza os braços, com as mãos abertas, à altura da
cintura.

✓ Fechar a Lança do CG

O sinaleiro se posiciona com o lado direito no sentido de


abertura da lança.
Com os dois antebraços erguidos para a frente, com o
polegar esquerdo indicando para a direita, e com o polegar
direito indicando para a esquerda, determina o fechamento.

19 | P á g i n a
✓ Abrir a Lança do CG

O sinaleiro se posiciona com o lado direito no sentido de


abertura da lança.
Com os dois antebraços erguidos para a frente, com as
mãos fechadas, com o polegar esquerdo indicando para a
esquerda e com o polegar direito indicando para a direita.

✓ Giro da Coluna do CG

Com o braço esquerdo junto do corpo, com o antebraço


direito erguido para a frente, com os dedos indicador, médio,
anular e mínimo fechados, com o polegar erguido, indica o
sentido de giro com meia volta do dedo ao redor do próprio
corpo.

✓ Término de Tarefa

Este sinal é de término de tarefas.


Com os braços caídos, o sinaleiro os move
horizontalmente, com as palmas das mãos voltadas para baixo.

16. NR 11 (TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E


MANUSEIO DE MATERIAIS)

Esta norma estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos


locais de trabalho, no que se refere ao transporte, movimentação, armazenamento e
manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a
prevenção de infortúnios laborais. A fundação legal, ordinária e especifica, que dá
embasamento jurídico à existência dessa NR, são os artigos 182 e 183 da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho).

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A NR 11 trata da operação de elevadores, guindastes, pontes rolantes,

transportes industriais e máquinas transportadoras que possuam força motriz própria.


Para estes casos os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão
ser treinados, habilitados e autorizados. Abaixo segue os principais regulamentos

previstos na NR 11 para atividades com equipamentos de movimentação de

cargas:
✓ Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura
deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes.
✓ Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como
ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes,
talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de
diferentes tipos, serão calculados e construídos demaneira que ofereçam as
necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas
condições de trabalho.
✓ Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e
ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as
suas partes defeituosas.
✓ Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de
trabalho permitida.
✓ Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá
receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa
função.
✓ Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e
as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser
imediatamente substituídas.
✓ O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem
aspereza, utilizando-se, de preferência, o mastique asfáltico, e mantido em
perfeito estado de conservação.

17. NR 12 (SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS)

21 | P á g i n a
Criada em 1978 a NR 12 e seus anexos definem referências técnicas, princípios
fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos
trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e

ainda à sua fabricação, importação e comercialização. A NR 12 foi publicada

originalmente com a Portaria 3214, em 08 de junho de 1978. Em dezembro de 2010 ela


passou por uma profunda revisão, causando polêmica ao ser considerada impraticável e
inviável pelo empresariado nacional e por importadores de máquinas e equipamentos.

A Adequação da NR 12 em Pontes Rolantes refere-se a alterações e

enquadramentos de máquinas e equipamentos a novas exigências estabelecidas na


NR 12 que prioriza a segurança no trabalho. Por tratar-se de maquinários de grande
porte e de elevado peso, a ponte rolante pode colocar em risco a segurança de seu
operador mesmo que o profissional seja experiente na função, devido a isso, e
inúmeros fatores à NR 12 em Pontes Rolantes foi elaborada. Todas as etapas são
abordadas, desde a sua instalação, operação e manutenções adequadas, visando
sempre à prevenção de acidentes no ambiente de trabalho, abaixo segue os principais
regulamentos previstos na NR 12 para atividades com equipamentos de
movimentação de cargas:
✓ Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos
devem ser vistoriados e limpos, sempre que apresentarem riscos provenientes
de graxas, óleos e outras substâncias que os tornem escorregadios.
✓ As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos
devem ser dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os
transportadores mecanizados possam movimentar-se com segurança.
✓ Entre partes móveis de máquinas e/ou equipamentos deve haver uma faixa
livre variável de 0,70m (setenta centímetros) a 1,30m (um metro e trinta
centímetros), a critério da autoridade competente em segurança e medicina do
trabalho.
✓ A distância mínima entre máquinas e equipamentos deve ser de 0,60m
(sessenta centímetros) a 0,80m (oitenta centímetros), a critério da autoridade
competente em segurança e medicina do trabalho.

22 | P á g i n a
✓ Além da distância mínima de separação das máquinas, deve haver áreas
reservadas para corredores e armazenamento de materiais, devidamente
demarcadas com faixa nas cores indicadas pela NR 26.
✓ Cada área de trabalho, situada em torno da máquina ou do equipamento, deve
ser adequada ao tipo de operação e à classe da máquina ou do equipamento
a que atende.
✓ As vias principais de circulação, no interior dos locais de trabalho, e as que
conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte
centímetros) de largura e ser devidamente demarcadas e mantidas
permanentemente desobstruídas.
✓ Os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção somente podem ser executados
com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à sua
realização.

18. PROCEDIMENTOS INTERNOS – ANGLO AMERICAN

✓ Regra de Ouro número 7 – Manuseio mecânico

Certifique-se de que o
dispositivo de içamento seja
capaz de içar a carga e nunca
permita que alguém esteja na
zona de queda / tráfego da carga.

Certificado
✓ Assegure-se de que o certificado de segurança/operação do dispositivo de
içamento esteja válido

Dispositivos de segurança
✓ Antes de iniciar, verifique se todos os dispositivos de segurança, como a
sirene, estão funcionando corretamente.
✓ Use sempre um veículo interceptor ou guia para guindastes, quando exigido
pela prática de trabalho seguro, e mantenha a linha de visão se não houver
algum rádio disponível e for usada a sinalização manual.
23 | P á g i n a
✓ Use sempre o dispositivo de içamento adequado para a carga/material a ser
movido.

Limites da carga
✓ Certifique-se de que a carga e o alcance não excedam a capacidade e
estabilidade do equipamento de içamento.

Área de perigo
✓ Nunca permita que veículos ou pessoas estejam na zona de queda da carga
suspensa, dispositivos de içamento ou pontes rolantes.

✓ GTS 08 – Operações de Elevação

Objetivo

Estabelecer critérios mínimos de segurança para operar, inspecionar e


qualificar trabalhos com movimentação e içamento de cargas, com utilização de
guindastes móveis, guindauto, ponte rolante e talha elétrica ou manual.

✓ Procedimento – Movimentação e Içamento de Cargas (BA.891.PR.026)

Objetivo

Estabelecer critérios de aceitação baseado em avaliação de riscos (observar


as condições de operação, inspecionar e qualificar os trabalhos com movimentação e
içamento de cargas, com a utilização de guindastes móveis e guindauto) para todos
os equipamentos de elevação, levando-se em consideração as diversas
características de segurança da grua e a ergonomia da cabine, dentro das melhores
técnicas de operação, segurança e preservação da saúde, antes do início dos
trabalhos.

19. FONTES BIBLIOGRÁFICAS


MTE. Normas Regulamentadoras. Disponível em: http://www.mte.gov.br/ Acesso
em: 30 de março de 2016.
24 | P á g i n a
INBEP. NR-12: Norma Regulamentadora de Máquinas e Equipamentos.
Disponível em: <http://blog.inbep.com.br/nr-12-entenda-mais-sobre-maquinas-e-
equipamentos/> Acesso em: 15 de Fevereiro de 2018.

FORMASEG. Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de


Movimentação de Cargas. Disponível em: < http://formasegtreinamentos.com.br/wp-
content/uploads/2017/04/Apostila-NR-11-FormaSeg.pdf> Acesso em: 15 de Fevereiro
de 2018.

SENAI/CPM. Noções básicas de Amarração, Sinalização e Movimentação de


Cargas. Disponível em: <
ftp://ftp.ufv.br/dta/disciplinas/tal420/2002/MANUTEN%C7%C3O/PNQC/Amarracao_S
inal_Move_Cargas.pdf> Acesso em: 17 de Fevereiro de 2018.

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