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Curso
Amarração de Cargas
Noções Básicas de Amarração, Sinalização e Movimentação de Cargas -
Mecânica
Trabalho fundamentado nas Normas ABNT 15882 e Resolução do Contran 552 de 2015
Elaboração;
Raul Rodrigues de Souza
Introdução........................................................................................................................ 04
Acessórios do Movimentador...........................................................................................07
Cordas............................................................................................................................. 12
Cabos de Aço................................................................................................................... 13
Laços................................................................................................................................. 20
Cintas............................................................................................................................... 24
Lingas Combinadas..........................................................................................................32
Modos de Movimentação.................................................................................................41
Sinais Visuais................................................................................................................... 54
Finalização da Movimentação..........................................................................................60
Acessórios........................................................................................................................ 61
Introdução
Proteção da Cabeça
Devido ao risco de se bater a cabeça em ganchos, cargas em
movimentação ou mesmo objetos parados, o capacete é
indispensável em qualquer lugar onde exista a possibilidade de
se machucar a cabeça. Capacetes devem estar a disposição e
tem de ser utilizados.
Tabelas de Cargas
As tabelas de carga para os diversos tipos de Lingas que
utilizamos completam nosso equipamento de segurança.
Com elas podemos definir facilmente qual Linga e de que forma
devemos utilizá-las.
SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 5
Cronograma Ideal para uma Movimentação
1. Preparação:
Conhecer o peso e centro de gravidade de carga;
Determinar qual Linga e se necessário preparar
proteção para os cantos vivos;
Preparar o local de destino com caibros e cunhas se
necessário.
Cordas
Cabos de Aço
Terminologia
PERNA - É o agrupamento de arames torcidos de um cabo.
ALMA - É o núcleo do cabo de aço.
Um cabo é feito com diversas pernas em redor de um
núcleo ou alma.
LEITURA - Exemplo: cabo 6 x 19
O primeiro número ( 6 ) representa a quantidade de
pernas de que é constituído.
O segundo número ( 19 ) especifica a quantidade de
arames que compõe cada perna.
Portanto, o cabo 6 x 19 tem 6 pernas, tendo cada uma
delas 19 fios ou seja um total de 114 fios.
Classificação quanto a Alma
AF - Alma de fibra (canhamo) maior flexibilidade.
AA - Alma de Aço - maior resistência à tração.
AACI - Alma de Aço com Cabo Independente:
combinação de flexibilidade com resistência à tração.
Nota: Os cabos AA (Alma de aço) tem 7,5% de resistência à
tração a mais e 10% no peso em relação aos AF (alma de fibra).
Torção
Torção à DIREITA: quando as pernas são torcidas da esquerda
para a direita.
Torção à ESQUERDA: quando as pernas são torcidas da direita
para a esquerda.
Cabo de aço
Flexibilidade
A flexibilidade está condicionada ao número de arames que o
compõe.
São os cabos classificados em:
a) Pequena flexibilidade: construção 3 x 7, 6 x 7, 1 x 7
(cordoalha);
b) Flexíveis: construção 6 x 19, 6 x 21, 6 x 25, 8 x 19, 18 x 7;
c) Extra flexível: construção 6 x 31, 6 x 37, 6 x 41, 6 x 43, 6
x 47, 6 x 61.
Tipos
WARRINGTON - Pernas do cabo construídas com duas bitolas
de arames; bastante flexível e menos resistente ao desgaste,
pois os arames mais finos encontram-se na periferia.
SEALE - Pernas do cabo construídas com três bitolas de
arame, sendo o cabo menos flexível da série, porém mais
resistente ao desgaste à abrasão.
FILLER - Pernas do cabo construídas com vinte e cinco
arames (seis de enchimento) apresentando boa flexibilidade.
COMUM - As pernas do cabo são construídas por um só tipo
de arame. É um termo intermediário entre a flexibilidade e
resistência ao desgaste, dos outros tipos acima.
6 x 19 + AF 6 x 19 + AF
Warrington Seale
1 + 6 + (6+ 1+9+
6) 9
6 x 25 + AACI 6 x 19 + AF
Filler Comum
1 + 6 + 12 1+
6/12
Laços
Um cabo de aço é tão bom quanto o laço que é feito com ele.
Laços para formação de olhais são feitos por trançamento ou
prensagem.
Presilhas de alumínio devem deixar a ponta à mostra para
controle e devem ter a marca da firma que executou a
prensagem, que normalmente é composta por duas letras.
CST
20 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Presilha de alumínio com indicação da firma
que executou a prensagem
2 Carga centrada
Olhal Flamengo
Olhal Flamengo
com sapatilha protetora
Olhal Flamengo
com estribo
protetor
Formas de Levantamento
As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma
das quatro formas diferentes de levantamento ilustrado. Algumas
cintas são especificamente designadas para serem utilizadas em
somente um tipo de levantamento.
Correntes Soldadas
Comuns, Galvanizadas, Calibradas (Especiais para Talhas)
Correntes Forjadas
Tabela de Medidas e Pesos Aproximados
Medidas ext. dos Elos Peso Carga
Diâme em mm. aprox. aprox. de
tro p/ as Correntes comuns p/m Elos segura
em Curt Co curtos nça em
mm os mp. kg kg
2,3 13 x 1 -- 0,113 -
7 -
3,0 14 x 2 16 x 28 0,160 100
1
3,5 17 x 2 16 x 31 0,240 120
6
4,0 17 x 2 18 x 31 0,310 180
8
4,5 18 x 2 19 x 32 0,350 200
8
5,0 20 x 3 25 x 46 0,490 280
1
5,5 24 x 3 25 x 47 0,600 330
6
6,0 25 x 3 26 x 46 0,680 380
9
6,5 27 x 4 27 x 48 0,800 480
2
7,0 28 x 4 29 x 48 1,050 550
4
8,0 33 x 5 32 x 58 1,300 800
0
9,0 34 x 4 36 x 61 1,660 900
9
9,5 38 x 5 38 x 61 1,850 1.000
4
1 39 x 5 2,550 1.500
1, 9
0
1 43 x 6 3,500 1.800
2, 6
5
1 50 x 7 4,500 2.000
4, 4
0
1 53 x 8 5,500 2.500
5, 2
5
1 68 x 1 8,000 4.000
9, 0
0 2
2 75 x 1 10,200 5.000
2, 1
0 2
Lingas de Correntes
CST
30 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Lingas Duplas, Triplas, Quadruplas, etc.
em Corrente de Aço forjado testadas.
ÂNGULO
m)
Vertic (Chok
Vertic
al er)
al
A
B C B C
m)
Vertic (Chok
Vertic
al er)
al
A
B C B C
m)
Vertic (Chok
Vertic
al er)
al
A
B C B C
35, 1.3/8 2,4 60 300 185 89 13. 10.230 27.280 23.62 19.290 13.
0 ” 0 0 640 5 640
38, 1.1/2 2,6 65 325 185 89 16. 12.115 32.310 27.98 22.845 16.
0 ” 0 0 155 0 155
45, 1.3/4 3,1 76 380 230 11 21. 16.250 43.340 37.53 30.645 21.
0 ” 0 0 5 670 0 670
52, 2” 3,8 80 400 305 15 28. 21.040 56.110 48.59 39.675 28.
0 0 0 2 055 0 055
28, 2.1/4 4,1 90 450 330 17 35. 26.262 70.040 60.65 49.525 35.
0 ” 0 0 0 020 5 020
64, 2.1/2 4,6 1.0 500 330 17 42. 31.725 84.600 73.26 59.820 42.
0 ” 0 00 0 300 5 300
71, 2.3/4 5,1 1.1 580 360 19 51. 38.475 102.60 88.85 72.550 51.
0 ” 0 50 0 300 0 5 300
77, 3” 5,5 1.2 630 410 21 60. 45.360 12.960 104.75 85.530 60.
0 0 50 5 480 5 480
m)
Vertic (Chok
Vertic
al er)
al
A
B C B C
42,0 1.5/8 3,5 70 350 20 10 15. 11. 30. 26. 21.350 15.055
” 0 0 3 2 055 290 110 175
45,0 1.3/4 4,0 76 380 22 11 17. 13. 34. 30. 24.625 17.360
” 0 0 9 4 360 020 720 185
48,0 1.7/8 4,5 76 380 30 15 19. 14. 39. 34. 28.140 19.840
” 0 0 5 2 840 880 680 505
52,0 2” 4,8 80 400 30 15 22. 16. 44. 39. 31.880 22.475
0 0 5 2 475 855 950 085
54,0 2.1/8 6,0 84 420 33 17 23. 17. 46. 40. 33.317 23.490
” 0 0 0 0 490 615 980 850
58,0 2.1/4 6,0 90 450 33 17 26. 19. 52. 45. 37.220 26.245
” 0 0 0 0 245 680 490 640
60,0 2.3/8 6,5 90 450 33 17 28. 21. 56. 49. 39.780 28.275
” 0 0 0 0 275 725 550 170
64,0 2.1/2 6,5 90 450 33 17 31. 24. 62. 54. 44.085 31.335
” 0 0 0 0 335 075 670 490
71,0 2.3/4 8,0 1.1 580 36 19 39. 29. 79. 69. 56.425 39.900
” 50 0 0 900 925 800 100
77,0 3” 6,0 1.2 630 41 21 47. 35. 94. 81. 66.565 47.040
50 0 5 000 280 080 525
Observações: 1) Normalmente são fabricados laços com olhais trançados com cabos de
diâmetro acima de 38,0mm
2) As cargas de trabalho dos laços dobrados são baseadas em diâmetros de
curvatura mínimos nos pontos de contato das cargas, de 8 a 10 vezes o
diâmetro do cabo.
Cargas de Trabalho dos Laços Sem Fim (Grommets)
Tipo F
CST
40 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Modos de Movimentação
soltar
Uma trava de segurança se faz necessária sempre que exista
possibilidade de acontecer que a carga se solte
involuntariamente.
Quando se usar garras especiais, ganchos especiais ou mesmo
laços de cabo de aço curtos e rijos, existe a possibilidade de
com uma oscilação, a carga se soltar do gancho ou de o anel de
sustentação da Linga se soltar do gancho do meio de elevação.
Por isso é necessário que, nesses casos, sejam utilizados
ganchos com travas de segurança.
CST
50 Companhia Siderúrgica de Tubarão
É aconselhável a instalação de pontos de amarração especiais
em peças ou máquinas que são continuamente movimentadas,
para que se tenha sempre um bom ponto de fixação. Pontos de
amarração são fabricados em diversas dimensões e podem ser
aparafusáveis ou soldáveis.
É terminantemente proibido usar amarrações de arame como
ponta de amarração. Estas amarrações são muito utilizadas em
fardos de telas de arame e etc. Para movimentar fardos,
devemos utilizar ganchos específicos ou pequenos estropos de
cabo de aço.
No tratamento de semi-acabados enfardados devemos verificar
se não existem peças mais curtas sobre ou entre a carga que
possam se soltar e cair, o que é inadmissível. Peças soltas com
5 a 6 Kg a mais de 4 metros de altura são risco de vida.
Grampos pega-chapas devem sempre estar travados e
trabalhando dentro de sua capacidade.
Comunicação entre Operador e Movimentador
4. Subir os
Ganchos
5. Abaixar os
Ganchos
7. Subir o Gancho Nº
2
8. Abaixar o Gancho Nº 1
Finalização da Movimentação
CST
60 Companhia Siderúrgica de Tubarão
Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos
fazê-lo com as mãos, mas sim, por meio de acessórios como
ganchos e engates ou cabos.
Se a carga ao ser depositada deve ser ajeitada manualmente,
não podemos ficar entre ela e obstáculos fixos, pois mesmo
quando movimentada com a mão, ela tem uma energia
potencial tão grande que, depois de movimentada, não
podemos pará-la com nossa força.
Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos
uma base que facilite a retirada da Linga por baixo da carga,
utilizando caibros por exemplo. Se o material for redondo,
devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.
Acessórios
Sapatilhas compactas
Normalmente utilizadas na fixação dos cabos de aço de pontes
rolantes ou guindastes.
Estribos protetores especiais
Fabricados com material de alta resistência. Evitam a
deformação e o desgaste do cabo nos olhais do superlaço.
Proporcionam proteção de olhais padrões ou de dimensões
especiais, podendo ainda ser reaproveitados na troca do
superlaço. Dimensionados para entrar diretamente no gancho
da pote rolante ou guindaste.
Anelões
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de
prova superior em 50% à respectiva carga de trabalho. Podem
ser aplicados em quaisquer dos conjuntos apresentados.
Ganchos forjados com olhal
Forjados em aço carbono. Submetidos a uma carga de prova
superior em 50% à sua carga de trabalho, para maior
segurança.
Obs.: Podem ser encontrados com trava de segurança.
Ganchos corrediços
Forjados em aço de alta resistência, tendo um canal redondo
para o cabo poder deslizar. Fixam a carga evitando a
deformação e o desgaste do cabo.
Manilhas forjadas
Forjadas em aço carbono. Podem ser fornecidas com pino
rosqueado ou contrapinado. Fácil colocação nos olhais dos
superlaços ou fixação nas cargas a serem içadas.
Grampos pesados
Grampos pesados. Ideais para fixação de cabos de aço ou
formação de olhais em cabos de aço para içamento de cargas.
ESPAÇAMEN
TO S ENTRE
DIÂMETRO NÚMER TORQ
GRAMPOS
DO CABO O UE
EM MM
EM POL. MÍNIMO
DE
ib.ft N.m kg.m
GRAMP
OS
3/16” 3 29 7. 10 1
5
1/4” 3 38 15 20 2
5/16” 3 48 30 41 4
3/8” 3 57 45 61 6
7/16” 3 67 65 88 9
1/2” 3 76 65 88 9
5/8” 3 95 95 129 13
3/4” 4 114 130 176 18
7/8” 4 133 225 305 31
1” 5 152 225 305 31
1.1/8” 6 172 225 305 31
1.1/4” 6 191 360 488 50
1.3/8” 7 210 360 488 50
1.1/2” 7 229 360 488 50
1.5/8” 7 248 430 583 59
1.3/4” 7 267 590 800 82
2” 8 305 750 1.020 104
2.1/4” 8 343 750 1.020 104
Nota: Os grampos deverão ser reapertados após o início de uso do cabo de aço.
Soquetes abertos
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de
prova de 40% da carga de ruptura mínima efetiva do cabo de
aço, que corresponde a duas vezes a carga de trabalho.
Soquetes fechados
Fabricados com aço carbono e submetidos a uma carga de
prova de 40% da carga de ruptura mínima efetiva do cabo de
aço, que corresponde a duas vezes a carga de trabalho.
Soquetes de cunha
Utilizados para fixação de cabos de aço, permitindo posterior
regulagem no comprimento.
Esticadores forjados
Garras