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UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Frutal

Curso – Administração, 4º Período, Noturno


Disciplina – Gestão de Pessoas
Docente – Prof. Ana Lucia de Paula Ferreira Nunes
Discente – Franciele Cristina Silva Moreira RA: 1093279, Jean Carlos Macena
dos Santos RA: 1094220, Lucas Andrade Silva RA:10-94244 e Mateus
Henrique Silva Pereira RA: 1094344.
Data – 09/12/2021
Tema: O Novo Normal de Gestão de Pessoas e RH – Pós Pandemia

Resumo

A crise gerada pela pandemia do novo corona vírus (COVID-19) tem levado a
grandes mudanças nos processos de gestão de pessoas e recursos humanos
em todo território nacional e mundial. O objetivo deste estudo é mostrar dados
de todas as mudanças e inovações que ocorreram em gestão de pessoas e
recursos humanos. A metodologia empregada foi a da revisão bibliográfica em
acervos físicos e digitais. Justifica a realização deste estudo, o fato que durante
a pandemia, as ações e planejamentos feitos pelas organizações tiveram que
passar por diversas mudanças para se adequar ao cenário. Como resultados
parciais, temos que após o ápice da crise, os processos de gestão de pessoas
e recursos humanos, começa voltar gradualmente na escala normal, tomando
todos os cuidados.

PALAVRAS-CHAVES: Inovações, planejamentos, gestão de pessoas,


recursos humanos, pandemia.

Introdução

A área de Recursos Humanos deixou de ser um mero departamento de


pessoal para se tornar o personagem principal de transformação dentro da
organização. Há pouco tempo atrás, o departamento de Recursos Humanos
atuava de forma mecanicista, no qual a visão do empregado prevalecia sobre a
obediência, a execução da tarefa, e ao chefe, o controle centralizado. Hoje o
cenário é diferente: os empregados são chamados de colaboradores, e os
chefes de gestores. Pode-se afirmar que gerir pessoas não é mais um fator de
uma visão mecanicista, sistemática, metódica, ou mesmo sinônimo de controle,
tarefa e obediência. É sim discutir e entender o disparate entre as técnicas
tidas como obsoletas e tradicionais, com as modernas, juntamente com a
gestão da participação e do conhecimento. A gestão de pessoas visa à
valorização dos profissionais e do ser humano, diferentemente do setor de
Recursos Humanos, que visava à técnica e ao mecanicismo do profissional.

O setor de Recursos Humanos era um mero departamento mecanicista que


cuidava da folha de pagamento e da contratação do profissional que exigia dele
apenas experiência e técnica; não havia um programa de capacitação
continuada. A Gestão de Pessoas é caracterizada pela participação,
capacitação, envolvimento e desenvolvimento do bem mais precioso de uma
organização, o Capital Humano, que nada mais é do que as pessoas que a
compõe. Cabe à área de Gestão de Pessoas a nobre função de humanizar as
empresas. Apesar da Gestão de Pessoas ser um assunto tão atual na área de
Administração, ainda é um discurso para muitas organizações, ou pelo menos
não se tornou uma ação prática. Compete ao Departamento de Recursos
Humanos promover, planejar, coordenar e controlar as atividades
desenvolvidas relacionadas à seleção, orientação, avaliação de desempenho
funcional e comportamental, capacitação, qualificação, acompanhamento do
pessoal da instituição num todo, assim como as atividades relativas à
preservação da saúde e da segurança no ambiente de trabalho da Instituição.
O setor de Gestão de Pessoas tem uma grande responsabilidade na formação
do profissional que a instituição deseja, objetivando o desenvolvimento e
crescimento da instituição como o do próprio funcionário, tido como
colaborador para adquirir os resultados esperados.

O Novo Normal de Gestão de Pessoas e Recursos Humanos – Pós


Pandemia

O ano de 2020 ficará marcado para a história mundial. A pandemia do  novo


Corona vírus, decretada em março pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
alterou hábitos e comportamentos. O “novo normal” envolve o uso de máscara,
constante higienização, isolamento social etc. Para evitar a proliferação do
contágio do Covid-19, não foram apenas os espaços familiares e sociais que
mudaram. As empresas também passaram por um extenso processo de
modificação para se adaptar à realidade que colocava o distanciamento como
medida de segurança. O departamento de Gestão de Pessoas e Recursos
Humanos começou a conviver com desafios que envolvem a adaptabilidade
das pessoas, a comunicação interna, a insegurança dos profissionais sobre o
futuro e muito mais. Em tempo de crise precisou-se reinventar, apostar em
novas estruturas e modelos a fim de garantir o mínimo de estabilidade dentro
de tantas inseguranças.

Empresas tradicionais precisaram modificar a abordagem e o entendimento do


conceito de “trabalho”. Por outro lado, a tecnologia foi a base para
o crescimento de alguns setores, como os serviços de e-commerce e do
delivery. A mudança de hábitos tornou-se parte da rotina social. Muitas
empresas adotaram, pela primeira vez, o home office e se surpreenderam com
as oportunidades e capacidades do trabalho remoto. Transformação digital
passou a ser a nova rotina. Para conseguir atender os clientes e manter o
crescimento, dentro do possível em uma crise, as empresas apostaram em
softwares e ferramentas que proporcionam adaptabilidade. As empresas que já
tinham aprimorado suas tecnologias e realizado a transformação do setor,
tiveram um impacto diferente das que precisaram correr para se automatizar
durante a pandemia. Essa nova realidade, porém, não se apresenta como algo
que durará apenas durante a crise.

O capital humano é a essência para o sucesso de toda empresa. Em


momentos de crise, o nervosismo, a ansiedade e a insegurança ficam mais
predominantes. Em todo o mundo e no Brasil, muitas empresas realizaram
desligamento, trazendo ainda mais incertezas. Tudo isso mexe com o estado
emocional do profissional e, consequentemente, em sua produtividade.
Conhecer os colaboradores e suas tendências comportamentais ajuda a gestão
compreender o modo de agir e pensar dos profissionais em momentos de
crise. A gestão de pessoas que conseguiu ter mais percepção sobre os
colaboradores e foi totalmente pautada em dados, destaca-se em uma
realidade de crise e traz mudanças profundas para o futuro.
Embora o home office fosse uma tendência em crescimento, muitas empresas
relutavam para implementá-lo — outras ainda estão impossibilitadas de fazê-lo.
O cenário mudou conforme a expansão da pandemia foi acontecendo.
Empresas em todos os países começaram a implementar o trabalho remoto e
contar com os benefícios que ele proporciona — como a economia de
recursos. A cultura do presencial, portanto, é algo que será mudado para o
futuro pós pandemia. Algumas empresas já sinalizaram que vão adotar o
trabalho em casa como parte da organização, apostando na produtividade
alcançada em tempo de crise.

Além de sanitária, a crise do Corona vírus tornou-se econômica. Milhares


de pessoas foram desligadas de sua empresa em todo o planeta. Para o lado
empresarial, esse cenário trouxe um aprendizado importante sobre a eficiência
operacional: a capacidade de manter sua entrega, mesmo com um quadro
mais reduzido de trabalhadores. Essa eficiência, porém, não pode
comprometer a saúde dos colaboradores. Foi preciso, portanto, proporcionar
um ambiente seguro e minimamente estável. Isso não quer dizer que as
empresas não contratarão no futuro pós-pandemia, mas que vão conseguir
fazer com que os colaboradores atuem de forma mais eficiente e saudável
dentro de seu ambiente de trabalho. A nova realidade do RH passa por
conseguir engajar os colaboradores de forma mais natural e orgânica,
oferecendo um cenário estável, saudável e próximo. A expectativa é conseguir
superar esse momento de turbulência adaptando-se a uma realidade diferente.
O novo normal do RH durante a pandemia trouxe aprendizados relevantes
sobre o investimento em tecnologia e o olhar mais humano.

Processos Digitais e Efeitos de Mudanças Internas e Externas

Como você pode ver, o setor de RH sentiu alguns impactos diretos e indiretos
da pandemia em sua rotina de trabalho. Entretanto, à medida que a pandemia
foi se tornando uma realidade duradoura, as equipes se adaptaram e tornaram-
se mais resilientes, proporcionando soluções eficazes que podem ser aplicadas
mesmo em um “novo normal” após a pandemia.
Uma das primeiras experiências que um funcionário tem ao ser contratado por
qualquer empresa é levar a documentação até o setor de RH. Podem ser
solicitados vários documentos, como a CTPS, RG, CPF, CNH, além de
certificados de cursos e comprovantes de grau de estudo. Antes mesmo do
Covid-19 ser uma realidade, já havia um movimento com a finalidade de reduzir
ou eliminar a burocracia documental em papel. Isso tem sido feito com
a adoção de plataformas digitais de encaminhamento de documentos para o
RH e assinaturas digitais. Além de poupar tempo, não utilizar espaço físico da
empresa, facilita a vida das equipes de Recursos Humanos e torna todo o
processo menos burocrático. A transmissão digital de documentos evita que os
colaboradores interajam pessoalmente, medida preventiva contra a COVID-19.

Certamente, é possível enviar um documento por e-mail. Entretanto, os setores


de RH agora estão tomando ações para que essa transmissão de documentos
pessoais seja feita de maneira cada vez mais segura e válida legalmente, com
a finalidade de evitar irregularidades para a gestão da empresa. Mesmo em
tempos de pandemia, muitas empresas ainda estão contratando. Podemos
projetar que, mesmo quando toda essa situação acabar, muitos
empreendimentos ainda continuaram realizando seus processos seletivos para
contratação de colaboradores utilizando meios digitais.

Para isso, utilizaram testes digitais nos quais o candidato pode realizar através
da internet, e mesmo estando on-line, ele não terá a possibilidade de colar,
uma vez que a maneira como essas plataformas operam tornam a cola um
recurso praticamente sem utilidade. Além disso, outra realidade latente são as
entrevistas de emprego por web conferência. Nos tempos de pandemia, os
softwares de comunicação por áudio e vídeo correram para aprimorar suas
soluções rapidamente, atendendo os usuários que precisam ter um contato
pessoal e responsivo com outras pessoas, sejam elas colegas, clientes, chefes
ou até mesmo membros da equipe gestora da empresa. Agora, a ideia é
aprimorar as tecnologias que já existem para que profissionais performem
melhor. Por isso, aplicativos de comunicação por vídeo, voz e texto tornam-se
mais integrados e preparados para a rotina profissional. Além disso, a equipe
de RH auxilia na regulamentação das atividades home office para que o
profissional possa cumprir seus deveres e ter todos os seus direitos
trabalhistas respeitados.

A saúde ocupacional, embora, não seja uma responsabilidade do setor de


recursos humanos, estes profissionais estarão cada vez mais próximos dos
colaboradores no sentido de executar políticas de prevenção e conscientização
pela saúde dos funcionários. Em tempos de pandemia, um trabalhador
infectado pode acabar paralisando toda a empresa na ocorrência de um
eventual surto de infecção. Por isso, não raro, a equipe de RH promoverá
palestras de conscientização, além de eventos e pesquisas nas quais é
realizado um monitoramento mais detalhado e frequente das condições de
saúde física e também psíquica dos colaboradores, uma vez que muitos dos
danos da pandemia têm sido estritamente psicológicos. No “novo normal”, os
esforços de capacitação, desenvolvimento humano e profissional serão cada
vez mais importantes. Em um mercado abalado pelo desemprego e pelo
constante medo de adoecer, muitos funcionários simplesmente foram
prejudicados em sua capacidade emocional, perdendo habilidades de
autogestão e inteligência emocional. Um dos maiores desafios que as equipes
de RH terão neste sentido é capacitar e desenvolver os funcionários neste
novo universo profissional. Entretanto, com a ajuda da internet e técnicas
corretas, é possível estimular colaboradores e serem mais produtivos e
trabalhar com amor, ainda que o home office traga muitas dificuldades.

Tendências para Gestão de Pessoas e Recursos

No “novo normal”, como vimos até agora tivemos todas as adaptações e


mudanças, para que as organizações, como treinamentos, apoio a saúde
mental dos colaboradores e até o método de contratações. Mas as facilidades
e o potencial para estimular resultados mostrou que o trabalho remoto é forte
candidato a perdurar como ação estratégica. Tudo em decorrência do custo de
manutenção reduzido, progressiva produtividade e menos complexidade com a
cloud computing. Além disso, há alta flexibilidade no trabalho e tomamos como
referência os americanos, que colocaram cerca de 67% das empresas em
home office, segundo a empresa Society for Human Resource Management
(SHRM). E tem mais, essa prática conseguirá estimular a adequação à
transformação digital que foi acelerada pela crise.

A partir da comunicação mais próxima entre colaboradores, gestores e líderes,


o RH e a gestão de pessoas deverão observar novas métricas para mensurar a
produtividade. Devido à informalidade do home office, muitas empresas
perceberam a necessidade de criar indicativos para acompanhar a
produtividade daqueles que trabalham nesse ambiente. Sendo assim, os
próprios profissionais terão peso na fusão entre o trabalho na empresa com a
flexibilidade do ambiente remoto. Por isso, a medição coletiva poderá se tornar
algo corriqueiro, bem como a definição de OKR (objetivos e resultados-chave).
Nesse modelo o colaborador é quem define suas metas diárias e ele mesmo
gerencia em conjunto com os gestores. Essa transparência poderá ser
controlada à distância, via ferramentas em nuvem, ou seja, amplo poder na
gestão de pessoas. É importante destacar que esse contexto promete
acontecer em tempo real, no qual a tomada de decisão é fortalecida e
resultados melhorados. O perfil do profissional pós-pandemia é ser conectado
e um eterno aprendiz. As pessoas terão de se reinventar, tendo várias carreiras
ao longo da vida. Não há como olhar para o mercado de trabalho como na
geração anterior. Um diploma de graduação, ou pós-graduação já não
garantem a empregabilidade das pessoas. Com as mudanças tecnológicas e
sociais aceleradas, o que se aprende hoje, em poucos meses, já pode ser
obsoleto.

Mas para o alento dos profissionais, o conhecimento está atualmente muito


democrático. Podemos adquiri-lo de qualquer parte do mundo, seja ele pago ou
gratuito. Outros pontos de empregabilidade às pessoas serão a habilidade de
saber outros idiomas e o conhecimento da linguagem de programação.
Lembrando que a Gestão de Pessoas e RH pós-pandemia vai precisar dar
velocidade ao processo para trazer profissionais com essas habilidades para
retomada de resultados das empresas.
Considerações Finais

Com base em tudo o que já foi informado no texto, o conceito do “novo normal”,
pós pandemia, trouxe para as empresas novas necessidades, em mostrar força
de inovação, estratégias e no gerenciamento das pessoas, tendo como auxílio
padrões de cuidado, técnicas e de implementação de novas regras.

Assim como os processos de seleção, higiene e convívio social, passou a ter


um enorme peso e cobrança, afinal se apenas uma pessoa que se descuida e
se contamina com o vírus, causa um impacto em toda empresa, a
responsabilidade se tornou um laço ainda mais importante nas organizações,
os gestores após todo o processo de adaptação do pós pandemia, buscam
atender as necessidades da empresa gerindo as pessoas e mecanismos, de
forma controlada e estratégica, visando o resultado de cada ação a ser tomada,
para que no fim não tenha nenhuma discórdia ou engano, que resulte em uma
perda ou prejuízo.

As organizações visam o futuro, os padrões estabelecidos agora seguem a


partir da higiene e manuseio de equipamentos, sobretudo para passar ao
cliente uma boa impressão antes e após adquirir um serviço ou produto.

Referências:

O NOVO normal do RH: como a pandemia mudou o futuro do setor. Blog


Sólides, 20 nov. 2021. Disponível em: https://blog.solides.com.br/novo-normal-
do-rh/. Acesso em: 5 dez. 2021.

O NOVO normal do RH: como a pandemia mudou o futuro do setor. StarSoft,


17 ago. 2020. Disponível em: https://starsoft.com.br/blog/o-novo-normal-do-rh-
como-a-pandemia-mudou-o-futuro-do-setor/. Acesso em: 5 dez. 2021.

RUSSO, Tommaso. POSSÍVEIS CAMINHOS NA GESTÃO DE PESSOAS NO


PÓS-PANDEMIA. Integração escola de negócios, 11 jun. 2021. Disponível em:
https://integracao.com.br/possiveis-caminhos-na-gestao-de-pessoas-no-pos-
pandemia/. Acesso em: 5 dez. 2021.

RH humanizado: como o uso da tecnologia pode ajudar na gestão das


pessoas. SISPRO, 1 mar. 2021. E-book (31 p.).

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