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BÁSICO PARA OPERADOR DE

COLHEITADEIRA DE GRÃOS
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

SUMÁRIO

1- SISTEMAS DE INCÊNDIO EM COLHEITADEIRAS DE GRÃOS 3

2- EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA RURAL 4

3- COMO É A OBTENÇÃO DE AET PARA VEÍCULOS DE

TRANSPORTE DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS? 14

4- A COLHEITA DO FEIJÃO 17

5- COLHEITA DE MILHO 21

6- COLHEDORA DE ALGODÃO 23

7- ENTENDA AS DIFERENÇAS DOS GRÃOS 27

8- A COLHEIRA DO ARROZ 32

9- INFORMÁTICA NA AGRICULTURA 42

REFERÊNCIAS

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1- SISTEMAS DE INCÊNDIO EM COLHEITADEIRAS DE GRÃOS

Veículos agrícolas, especialmente, as colheitadeiras agrícolas, representam um


potencial muito alto de risco de incêndios, que, na maioria das vezes só pode ser
combatido com sistemas fixos de combate a incêndios por pó (A-101) ou espuma
(LVS).

Os riscos de incêndio em veículos agrícolas residem no combustível ou óleo


hidráulico, que podem vazar para partes quentes do trator, no sistema elétrico, e até
mesmo na folhagem que se acumula nas máquinas.

Os sistemas de incêndio para colheitadeiras agrícolas são projetados visando a


eliminação do fogo de forma automática ou manual, de forma rápida e eficiente, antes
que o incêndio avance e tome proporções maiores, causando danos irreparáveis e
arredores.

Ao usar sistemas A-101 e LVS no combate a incêndios em veículos agrícolas, o


resultado será a diminuição gradativa dos danos e a paralisação do veículo (reduzida
ao mínimo).

O cuidado e preocupação com incêndios em colheitadeiras agrícolas tem aumentando


bastante, devido ao processo acelerado de mecanização nas colheitas que o
agronegócio brasileiro vem registrando. Com a grande quantidade de equipamentos
destruídos por incêndios todos os anos, confere-se também interrupção da produção,
degradação do meio ambiente, perda total ou parcial das colhedeiras de cana, soja,
etc, além, é claro, de acidentes com pessoas envolvidas nesse processo.

Sistemas de incêndio A-101 e LVS


são também comumente usados para proteção de caminhões fora de estrada,
máquinas florestais e veículos off road, máquinas de mineração, etc.

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2- EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA RURAL

Assim como as pessoas de diversas áreas de produção utilizam equipamentos que


as protegem, no setor agrícola, o EPI rural é uma ferramenta de trabalho e o seu uso
é muito importante para preservar a saúde do homem no campo. Por isso, ele se
tornou obrigatório por lei.

Vamos falar um pouco sobre a importância desses equipamentos e como é possível


usá-lo da forma correta, conforme determinado pela NR 31. Acompanhe!

Qual é a importância do EPI rural?

Os Equipamentos de Proteção Individuais são ferramentas indispensáveis para o


trabalhador rural, pois o ajudam a evitar o contato com elementos tóxicos, como
fumaças e partículas suspensas de defensivos e outros produtos. Essa intoxicação
pode ocorrer por diversas vias:

 oral — contato do agrotóxico com a boca do operador;


 ocular — contato com os olhos;
 nasal — pela aspiração do produto pelas vias respiratórias;
 dérmica — contato do químico com a pele.

Assim, o EPI não é recomendado somente para o profissional que trabalha no plantio,
na colheita ou na pulverização: aqueles que atuam com o armazenamento e o
transporte desses fitossanitários também precisam se proteger.

O nível de risco de intoxicação que um produto pode apresentar é calculado com base
nos fatores de toxicidade e exposição. Em outras palavras, a toxicidade é o potencial
que uma substância tem de prejudicar a saúde. Isso vai depender da dose e da
sensibilidade de cada indivíduo ao produto.
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Quanto mais tóxico for o produto e mais exposto o trabalhador ficar a ele, maior é o
nível de proteção exigido do equipamento de segurança. Se as normas de segurança
forem seguidas, dificilmente ocorrerão casos de intoxicação.

A Anvisa classifica os níveis de toxicidade dos produtos por cores de faixas que ficam
nos rótulos e nas bulas:

 Classe I — vermelha: extremamente tóxico.


 Classe II — amarela: altamente tóxico.
 Classe III — azul: medianamente tóxico.
 Classe IV — verde: pouco tóxico.

No entanto, os EPIs não protegem o trabalhador somente contra produtos químicos.


Eles também podem reduzir as chances do trabalhador se cortar ou sofrer
perfurações. Afinal, ele manuseia ferramentas manuais cortantes, além de máquinas
e implementos agrícolas, e está propenso a sofrer acidentes de trabalho.

Vale lembrar de outros riscos que o trabalhador rural está exposto que justificam os
EPIs:

 animais peçonhentos;
 agentes parasitários;
 exposição a radiações solares e outras intempéries por longos períodos;
 ruídos e vibração de tratores e outras máquinas agrícolas;
 partículas de grãos armazenados, pólen, ácaros, dejetos, células de fungos e
bactérias — elementos infecciosos e que podem desencadear processos
alérgicos.

Assim, o EPI vai garantir a integridade física e a saúde do trabalhador em suas tarefas
diárias.

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Como compor o EPI?

O EPI é composto por um conjunto de itens que ajudam na proteção do trabalhador.


Ele é indicado pelo engenheiro agrônomo ou técnico de segurança, de acordo com a
cultura, o pulverizador, as condições climáticas, as etapas de manipulação e as
condições de aplicação.

No rótulo e na bula de cada agroquímico também há a indicação dos tipos de EPIs


necessários para uso. O kit de EPI rural pode ser composto por:

 touca árabe;
 viseira;
 camisa;
 avental;
 luvas;
 calças;
 bota;
 máscara.

Alguns itens merecem destaques. Veja a seguir!

Luvas nitrílicas ou de neoprene

Essas luvas protegem as mãos contra contaminações químicas. É importante usá-las


durante o tempo todo que manusear o produto. Caso a aplicação seja direcionada
para cima, as luvas devem ser colocadas do lado de fora da manga. Quando for
direcionada para baixo, as luvas devem estar do lado de dentro da manga.

Avental

Ele protege contra vazamentos e respingos. É muito importante que, durante o


preparo da calda, o avental seja usado na parte da frente do corpo. Já durante a
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aplicação, ele deve ser usado atrás, como forma de minimizar o atrito ou evitar a
contaminação nas costas em situações como o uso de pulverizadores costais.

Botas

Devem ser fabricadas em material de PVC, que é impermeável. Botinas de couro


podem absorver o agrotóxico. Use-as por dentro das calças para evitar que o produto
escorra para os pés. Por isso, é importante que as botas sejam de cano longo
resistente e do tamanho adequado.

Vestimenta

Preferencialmente deve ser feita com tratamento hidrorrepelente para oferecer


segurança e conforto térmico ao usuário. Quando necessário, algumas partes, como
braços e pernas, podem ser impermeáveis para oferecer mais proteção ao operador.
Escolha vestimentas que ofereçam qualidade e durabilidade.

Muitas vezes, encontramos no mercado EPIs de baixo custo com baixa qualidade.
Isso prejudica a segurança do operador, uma vez que esses itens não têm
características de proteção recomendadas. Além disso, a baixa durabilidade exige que
o EPI seja trocado com poucas horas de trabalho, aumentando o valor gasto com
esses itens.

Verifique o comprimento do avental e se ele protege amplamente até a altura dos


joelhos. O comprimento da touca árabe deve proteger totalmente o pescoço e parte
dos ombros do trabalhador. A viseira precisa ter uma espuma frontal interna de boa
qualidade, caso contrário, pode absorver calda e gerar sério risco de contaminação.

Observe se o tamanho das vestimentas não encolhe após a lavagem. Lembre-se que
é importante a durabilidade não só do tecido, mas da hidrorrepelência.

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Um teste simples que pode ser feito no campo é o “teste da gota”. Faça gotas de água
sobre o tecido, aguarde 10 minutos e observe. Se ao olhar dentro da gota, a trama do
tecido parecer maior do que a trama externa — o que é chamado de efeito lente de
aumento —, e se ao retirar as gotas o tecido não estiver molhado, o tecido está dentro
da vida útil. No entanto, se a trama for similar dentro e fora da gota ou se o tecido
molhar, a chance da vida útil do tecido estar ultrapassada é muito grande.

Adicionalmente, verifique se a vestimenta tem o selo QUEPIA de qualidade. Ele foi


criado pelo IAC e demonstra que seu fabricante se preocupa com a qualidade e a
segurança dos equipamentos que produz.

Quais são os procedimentos de manutenção e limpeza dos EPIs?

A manutenção e a limpeza adequadas do EPI rural evitam danos à saúde do


trabalhador e a contaminação do solo e da água, além de assegurar uma vida útil mais
prolongada para o equipamento. Para preservar o seu EPI, ele precisa ser
descontaminado logo após seu uso. Siga as recomendações que listamos:

 o operador que fará a lavagem do EPI também precisa estar devidamente


protegido, com luvas de nitrila ou neoprene;
 para lavá-lo, separe-o das roupas comuns e de outros EPIs;
 o EPI não pode ser deixado de molho nem ser esfregado;
 o EPI tem que ser lavado com sabão neutro, em pó ou em barra. Não se pode
usar cloro, alvejante e nem amaciante, pois esses itens podem retirar a
hidrorrepelência;
 os tanques ou as máquinas de lavar devem ser específicos para esse fim. Eles
devem estar sinalizados com informações específicas da toxicidade do produto,
o que vai garantir que serão utilizados somente para a lavagem desses EPIs.
A lavanderia precisa estar a uma distância mínima de 30 metros do centro de
vivência;

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 após a lavagem, o EPI deve ser enxaguado abundantemente com água


corrente para remover todos os resíduos da pulverização;
 o equipamento deve ser secado à sombra e passado a ferro bem quente. Isso
reativa a repelência e proporciona uma maior durabilidade. Não passe o ferro
nas partes impermeáveis do tecido;
 luvas e botas precisam ser lavadas com água e sabão de forma abundante;
 os respiradores devem ser tratados conforme as orientações específicas
informadas pelo fabricante, obedecendo às especificações de cada modelo;
 viseiras faciais também são lavadas com água e sabão neutro. Use um pano
macio para não riscar e siga as instruções do manual.

Após o fim da vida útil do seu EPI, ele deve ser totalmente descontaminado, inutilizado
e descartado em lixo comum.

Ao terminar a aplicação, o profissional precisa tomar banho com bastante água,


sabonete e vestir roupas limpas.

O que dizem as normas e leis?

Todo EPI deve ter o CA — Certificado de Aprovação — emitido pelo Ministério do


Trabalho, que garante o cumprimento da NR 31 e atesta o nível de proteção de
segurança dos equipamentos. A NR 31 é uma norma regulamentadora do Ministério
do Trabalho para a saúde e segurança, e atribui responsabilidades ao empregador e
ao trabalhador rural.

Segundo a norma, é obrigação do empregador fornecer e manter o EPI limpo e


adequado ao trabalho, assim como instruir e exigir o seu uso, treinar, fiscalizar e
substituir os EPIs danificados ou vencidos. O não cumprimento de qualquer uma
dessas ações pode gerar problemas trabalhistas ao empregador.

A NR 31 define as seguintes obrigações para o empregador rural:

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

 fornecer os EPIs e as vestimentas que sejam condizentes com os riscos a que


o trabalhador estará exposto, e que não apresentem desconforto térmico
prejudicial;
 garantir que os equipamentos de proteção individual e as vestimentas estejam
em perfeitas condições de uso e higienizadas;
 responsabilizar-se pela descontaminação dos EPIs no fim de cada jornada de
trabalho, garantindo a substituição, quando necessário;
 orientar os trabalhadores sobre o uso correto dos dispositivos;
 evitar que dispositivos de proteção ou vestimentas contaminadas sejam
transportados para fora do ambiente de trabalho;
 disponibilizar um local seguro, onde os trabalhadores possam guardar suas
roupas pessoais;
 prover toalhas, água e sabão para a higiene pessoal da equipe;
 evitar que qualquer EPI seja reutilizado sem a devida descontaminação;
 assegurar que nenhum trabalhador fará uso de roupas pessoais ao aplicar
defensivos na lavoura.

Para fiscalização, o empregador deve ter e guardar documentos que comprovem suas
obrigações relacionadas ao EPI. Alguns documentos que podem auxiliar são:

 nota fiscal de aquisição;


 número do certificado de aprovação de registro do Ministério do Trabalho;
 comprovante de entrega do EPI assinado;
 advertência formal pelo não uso do EPI (se houver);
 certificado de treinamento de aplicação de agrotóxicos — que pode ser dado
por diferentes instituições, inclusive o SENAR.

Por outro lado, o trabalhador também tem responsabilidades quanto à sua própria
segurança. Cabe a ele:

 usar o EPI rural conforme as necessidades e orientações;


 cuidar bem do EPI;

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

 notificar o responsável sobre a necessidade de troca, seja por desgaste, seja


por defeito.

Caso não cumpra tais obrigações, o trabalhador pode ser demitido por justa causa.
Afinal, ele está colocando sua vida e sua saúde em risco.

Como fazer o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPI)


agrícolas?

O uso de EPIs exige treinamento, pois é necessário ter bastante cuidado,


principalmente na hora de retirar os equipamentos — uma vez que estarão
contaminados com produtos tóxicos.

Para vestir o equipamento, siga esta ordem:

 calças;
 jaleco;
 botas;
 avental;
 respirador;
 viseira facial;
 boné árabe;
 luvas.

Para retirar o equipamento, a sequência é esta:

 boné árabe;
 viseira facial;
 avental;
 jaleco;
 botas;
 calças;
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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

 luvas;
 respirador.

Quais outras recomendações são necessárias para evitar intoxicação?

Tenha em mente que o EPI atua como um auxiliar na proteção e não deve ser
considerado como único meio de se proteger. Para que o trabalhador esteja seguro e
evite os riscos de intoxicação, ele deve usar EPI de boa qualidade e da maneira
correta, manter os pulverizadores sem vazamentos, calibrados e aplicar o
agroquímico em condições favoráveis de clima (temperatura < 30°, umidade relativa
do ar > 50% e ventos inferiores a 10 km/h).

Outras recomendações são: não coma, não beba, não fume e não pegue objetos
pessoais com a luva contaminada. Proteja os olhos. Não se deixe enganar pela
quantidade: o que pode ser apenas uma gota, talvez contenha o produto concentrado.

As estatísticas apontam que mais de 90% dos casos de intoxicação ocorrem por
absorção pela pele, 5% por via oral e 2% por via respiratória. A pele é o maior órgão
do corpo humano e precisa de cuidados especiais.

A intoxicação pode causar uma série de efeitos na saúde. Alguns sintomas surgem
imediatamente após o uso e outros até anos depois, podendo causar danos
irreversíveis. Atente-se aos sintomas no dia a dia, como dores de cabeça, dificuldade
respiratória, diarreia, manchas ou irritações diferentes na pele, fraqueza e impotência.
Lembre-se: o risco depende do tempo de exposição e da toxicidade do produto
químico.

O uso do EPI rural não substitui as boas práticas de segurança no campo, sobretudo
no manuseio de defensivo. Além disso, não basta usar: é necessário seguir as
recomendações dos fornecedores e de especialistas. Trata-se de uma prática que
exige treinamento e constante reciclagem de empregados e empregadores.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Além disso, simplesmente dispor desses materiais não é o suficiente para garantir a
proteção dos colaboradores. Aliás, se os EPIs forem usados de forma inadequada,
poderão até aumentar os riscos à integridade do trabalhador.

Por isso, é fundamental que o empregador promova ações de conscientização sobre


o correto uso do EPI rural e os riscos da contaminação por químicos. Com mais
segurança, você e sua equipe terão mais disposição e qualidade de vida para
aproveitar os momentos e as pessoas que são especiais para vocês.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

3- COMO É A OBTENÇÃO DE AET PARA VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE

MÁQUINAS AGRÍCOLAS?

O DNIT e o DER-SP dispõem de regulamentações específicas que simplificam a


obtenção de AET para veículos que transportam máquinas e implementos agrícolas.

Legislação e regras para obtenção de AET em rodovias federais

A concessão de AETs para o transporte de máquinas agrícolas em rodovias federais


é regulamentado pela Resolução nº 2, de 27 de fevereiro de 2014.

Essa resolução trata basicamente das regras para o transporte de


colheitadeira utilizando um caminhão + um reboque tipo plataforma para o transporte
do rolo da colheitadeira e do transporte de duas ou mais máquinas agrícolas com
altura superior a 4,40m, em uma combinação formada por cavalo trator +
semirreboque do tipo prancha carrega tudo.

Cavalo Mecânico + Semirreboque

Caminhão +
Reboque

As AETs concedidas com base na Resolução nº 2/14 do DNIT têm prazo de validade
de 60 dias e os veículos ficam autorizados a transitar em todas as rodovias federais,

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

inclusive as operadas sob regime de concessão ou delegação, respeitados os


seguintes limites máximos:

a) Altura total de 4,95m,

b) Largura total de 3,20m,

c) Comprimento total de 25,00m,

d) Peso Bruto Total Combinação (PBTC) de até 57,0T.

Legislação e regras para obtenção de AET em rodovias estaduais de São Paulo

No estado de São Paulo, a concessão de AETs para o transporte de máquinas


agrícolas é regulamentado pela Portaria SUP/DER-022-02/03/2018.

Talvez não seja correto dizer que essa portaria regulamenta o transporte de máquinas
agrícolas. A rigor ela só se aplica ao transporte do rolo da colheitadeira por um
reboque do tipo plataforma, atrelado a um caminhão.

A AET é concedida com prazo de validade de 60 dias, devendo ser observadas as


restrições de tráfego impostas por Portarias específicas e para os seguintes limites
máximos:

a) Altura total de até 4,95m;

b) Largura total de até 3,20m;

c) Comprimento total de até 25,00m; e

d) Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de até 45,0;

FICOU COM ALGUMA DÚVIDA, LIGUE 11-999905265

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Fonte: * João Batista Dominici é editor dos sites Guia do TRC e Tabelas de Frete,
fundador da Escola de Transportes, instrutor de cursos sobre transporte de
cargas excedentes e especialista em AET.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

4- A COLHEITA DO FEIJÃO

O feijão já está inserido na cultura nacional, sendo o arroz com feijão o prato
tradicional do País e, por mais que algumas regiões tenham sua culinária típica, essa
dupla de preto e branco faz a unidade nacional. A importância dessa produção deve-
se também ao fato de o feijão ser um dos alimentos fornecedores de proteína na dieta
alimentar da população economicamente menos favorecida. O Brasil é um dos
maiores produtores mundiais de feijão, sendo o primeiro no Phaseolus vulgaris. Nos
últimos anos, a área média cultivada no Brasil ficou próxima de 4 milhões de hectares,
e a produção média ficou em torno de 2,8 milhões de toneladas.

No Brasil, as informações disponíveis sobre colheita mecanizada são recentes. Por


muito tempo a colheita manual foi a prática encontrada para recolher o produto, pois
por ser muito sensível à batida, o feijão se parte com facilidade, devido à estrutura dos
grãos. Também o baixo porte da planta e a baixa altura de inserção das vagens são
características que dificultam a mecanização. O maior desafio da colheita mecanizada
é baixar o dano mecânico da matéria-prima, melhorando assim o índice de
aproveitamento e elevando os níveis de vigor e germinação das sementes.

Práticas de manejo e a colheita

Como o ciclo vegetativo do feijão é curto, o resto das culturas anteriores não se
decompõe plenamente e as irregularidades do solo não sofrem acomodacões pela
ação do clima. E Isso, o que pode trazer algumas dificuldades para a colheita. Em
função disso, é recomendado o uso do picador e espalhador de palhas na colheita da
cultura anterior, para que facilite a ação de preparo e/ou o plantio do feijão. O preparo
ou semeadura direta, mais rara, deve deixar o solo o mais plano possível, portanto,
deve se ter bastante perícia ao escolher os sulcadores da semeadora, pois esses
podem formar sulcos ou torrões e dificultar o corte e recolhimento limpo do feijão.
Adicionar um destorroador e compactador atrás da plantadeira pode prevenir estes
inconvenientes.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

A escolha de cultivares que apresentam características como porte ereto e alto, com
ângulo de ramificação fechado, ponto de inserção das primeiras vagens elevado,
maturação uniforme e resistência ao acabamento são bastante significativas para uma
colheita mecânica mais fácil.

O feijão tem maturidade variável e muitos agricultores fazem a dessecação para


realizar o corte direto, com o objetivo de uniformizar a maturação variável das plantas
e vagens do feijão.

Cuidados no momento da colheita

A umidade dos grãos tem influência direta sobre o índice de quebras; o ponto de
colheita ideal é entre 15 e 18% de umidade dos grãos. Porém, se a umidade dos grãos
baixar destes índices, é conveniente escolher os horários com menor incidência de
sol, como a parte da manhã e o final da tarde, para realizar a operação com um menor
índice de danos. Em áreas ou épocas chuvosas pode-se começar a colheita próximo
aos 25% de umidade, porém ajustando-se o cilindro para rotações em torno de 200
rpm. Quanto mais secos estiveram os grãos menor deve ser a rotação, a fim de
minimizar os danos mecânicos.

Em função das dificuldades de corte e recolhimento, a velocidade de deslocamento


da máquina é em torno de 3 a 5 Km/h, um pouco mais baixa do que em outras culturas
como o milho e a soja.

Máquinas versáteis e de qualidade

As colhedoras de grãos devem aliar duas características antagônicas que são a


versatilidade e a alta qualidade na colheita, pois o agricultor brasileiro espera que a
sua colheitadeira trabalhe em qualquer cultura que ele vier a cultivar, e com certeza
ele não irá tolerar um trabalho de baixa qualidade. Essa necessidade da nossa
agricultura - pois precisamos reduzir custos e aumentar qualidade - leva ao domínio
das máquinas com trilha do tipo tangencial. Para cultivos de características tão
específicas como o feijão, muitas dessas máquinas apresentam “ kits”, os quais devem
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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

ser instalados para um melhor trabalho.

Esses equipamentos extras da máquina devem ser de fácil colocação e remoção, pois
serão usados apenas em alguns trabalhos. Além disso, os dispositivos terão de ter
baixo custo. Dessa forma, os produtores serão estimulados a incorporá-los à
colheitadeira, permitindo otimizar o processo de colheita do feijão e aumentar sua
rentabilidade.

Kit para colher feijão

O kit para a colheita do feijão é composto basicamente das seguintes especificações:


fundo do canal alimentador perfurado; bandeja alimentadora com seção perfurada;
tampas dos elevadores perfuradas, corrente do elevador de grãos com canecas; polia
da embreagem; polia variadora do cilindro de trilha; correia variadora das rotações do
cilindro e extensões das hélices do caracol.

Com o kit, alguns pontos da colhedora como o fundo do canal alimentador, o


alimentador e os pés dos elevadores de grãos, recebem chapas vazadas. Esse
dispositivo permite a separação da terra que eventualmente entrou na máquina,
melhorando a aparência dos grãos, que ficam totalmente livres de vestígios de terra.

A corrente elevadora é feita de canecas que conduzem o feijão até o tanque de forma
suave. Quando feita a meia aceleração do motor, a descarga do tanque também reduz
a possibilidade de quebra dos grãos.

Possui também um conjunto variador que permite rotações baixas, que devem ser
inferiores a 300 rpm mas com alta capacidade de trilha. Poder reduzir a velocidade do
cilindro de trilha, mantendo a elevada qualidade de trilha exigida para a
comercialização do feijão, está bastante ligado ao projeto do sistema de trilha da
colhedora.

Como as vagens do feijão abrem-se facilmente, recomenda-se a retirada parcial dos


dedos retráteis do caracol no centro e totalmente nas laterais. As extensões das
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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

hélices no centro do caracol ajudam a distribuir uniformemente a entrada das plantas


e conduzí-las suavemente até a esteira de alimentação.

Conjunto de trilha

O conjunto cilindro e côncavo deve ser de dentes, e para certas variedades de feijão,
mais sensíveis à quebra, recomenda-se a utilização de apenas duas carreiras de
dentes no côncavo, isto é suficiente para trilhar os grãos e obter um produto de alta
qualidade. O batedor traseiro deve ser do tipo de barras dentadas, pois tem forte
influência sobre a preservação da qualidade dos grãos.

Levantadores na plataforma

Para recolher as vagens que ficam muito próximas do solo são instalados os
levantadores de cultura em distâncias pré-determinadas, normalmente próximo a 30
cm entre elas.

O feijão é um produto valorizado por sua aparência física, assim quanto mais íntegro
e limpo for retirado da lavoura maior será seu valor comercial. Por essa razão, há
importância de as máquinas estarem bem reguladas e adaptadas às condicões
específicas de colheita, sem com isso significar a necessidade de altos valores
investidos sobre a colhedora para que ela possa trabalhar com qualidade na lavoura
de feijão.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

5- COLHEITA DE MILHO

Na temporada 2019/2020, os produtores brasileiros deverão colher 75,91 milhões de


toneladas de milho segunda safra, de acordo com último levantamento realizado pela
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume estimado representa um
aumento de quase 4% em relação ao ano anterior, quando os agricultores colheram
73,17 milhões de toneladas do grão.

Inclusive, nos dois principais estados produtores do cereal na safrinha, Mato Grosso
e Paraná, os trabalhos de colheita do grão já iniciaram em algumas regiões. Mas
depois de tantos cuidados desde a escolha das sementes e da semeadura da safra,
como evitar perdas no momento da colheita?

“A redução das perdas na colheita passa pelo planejamento das operações, pelas
condições climáticas, condições das máquinas, que precisam estar com manutenções
em dia, pela velocidade de colheita adequada e pela limpeza dos compartimentos
internos das máquinas antes da operação de colheita”, afirma o Pesquisador da área
de Entomologia e Armazenamento de Grãos da Embrapa Milho e Sorgo, Marco
Aurélio Guerra Pimentel.

Cuidados com o maquinário

O gerente regional da Indutar nas regiões de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Paraná, Paulo Schwaab, reforça que a revisão preventiva nas colheitadeiras é de
extrema importância. “O maquinário bem regulado pode evitar transtornos,
principalmente nas partes de rolamento, que são mais sensíveis. Isso também vale
para as plataformas de milho e recolhedores”, explica o gerente.

E, assim como no plantio, a velocidade na colheita também é um detalhe importante


e pode fazer a diferença e evitar perdas de espigas. A velocidade deve ser compatível
ao tamanho da colheitadeira e da plataforma.

“É importante observar a velocidade de deslocamento versus a velocidade de rotação


no canal embocador, que vai gerar inércia dos rolos captadores dos recolhedores. E
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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

também estar atento à altura de corte para não danificar os bicos da plataforma, para
que não haja fadiga, quebra e prejuízos”, afirma Schwaab.

Além disso, o gerente reforça que é preciso realizar a análise de perda


periodicamente. “Para minimizar as perdas no rotor, nas peneiras ou na plataforma.
Todos esses cuidados podem evitar prejuízos e gerar lucros aos produtores rurais”,
completa.

E para ajudar o produtor rural e fazer a diferença no campo, a Indutar desenvolveu


uma plataforma de milho leve e robusta, a Magna. Única do mercado com sistemas
de carenagem retrátil com amortecedores que possibilitam a manutenção e evitam
acidentes. A plataforma ainda possui acoplamento universal podendo ser utilizada em
qualquer modelo de colheitadeira.

Com 14 graus de inclinação de ataque ao solo, permite melhor recolhimento de milho


com tombamento e também um corte mais próximo ao solo, deixando a palha mais
bem distribuída. Outro diferencial da plataforma é o menor consumo de diesel, em até
15%, com quantidades maiores de linhas e maior velocidade, de até 20%.

“No milho, o grande segredo da colheita é conseguir eliminar a quantidade de palha


que entra no industrial da máquina e sobrecarrega rotor e peneiras, aumento a perda
de grãos e consumindo mais energia da colheitadeira. A Magna é mais leve, ágil e
mais eficiente do mercado”, reforça o gerente regional da Indutar.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

6- COLHEDORA DE ALGODÃO

Desenvolvidas para entregar a melhor qualidade do produto com o menor custo de


produção por hectare, as colhedoras de algodão da Case IH se destacam pela sua
facilidade de operação e alta tecnologia embarcada. Conheça os nossos modelos da
série: a Cotton Express 420 e 620, além da Module Express 635, referências em
produtividade para a sua colheita.

Fácil acesso para as manutenções

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

As colhedoras de algodão Case IH facilitam as verificações diárias e a manutenção


para os produtores durante o trabalho no campo.

Mais economia e menos perda

A Case IH realizou uma série de aperfeiçoamentos para aumentar a qualidade do


módulo e reduzir o derramamento do algodão colhido. Além disso, uma redução
expressiva no custo da colheita por hectare proporcionou uma produção ainda mais
econômica.

Produtividade e desempenho superior

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

O motor das colhedoras de algodão foi projetado de acordo com os mais altos níveis
de qualidade e confiabilidade para enfrentar as mais severas condições de campo e
temperatura.

Produtos da série

Cotton Express 420


A colhedora de algodão Cotton Express 420 é um novo modelo em potência e
eficiência. Projetada para obter alta produtividade em um dia inteiro de colheita, a
colhedora possui maior capacidade do cesto, do tanque de combustível, do tanque de
água e a melhor flutuação do mercado. A Cotton Express 420 colhe em ambos os
lados da linha, proporcionando uma eficiência insuperável na colheita.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Cotton Express 620


Alta produtividade, potência e eficiência são sinônimos da colhedora de algodão
Cotton Express 620. Referência por possuir a melhor flutuação do mercado, a
colhedora também se destaca por sua maior capacidade do cesto, do tanque de
combustível e do tanque de água. Além disso, a Cotton Express 620 colhe em ambos
os lados da linha. Todas essas vantagens possibilita uma produtividade incomparável
durante o dia de colheita.

Module Express 635


A Case IH apresenta a nova geração da Module Express: a Module Express 635. Uma
máquina avançada e tão inovadora em suas características quanto a sua antecessora,
a Module xpress 625, lançada em 2008, que apresentou um novo conceito de colheita
e estabeleceu padrões inovadores de desempenho, tecnologia e produtividade.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

7- ENTENDA AS DIFERENÇAS DOS GRÃOS

Você sabe diferenciar quem é quem? Difícil, não é? Mas, existem peculiaridades
importantes em cada um desses grupos alimentares que precisam ser destacadas
para o melhor entendimento de quem busca saber o que está consumindo no dia a
dia. Por isso, descubra o que de fato são esses pequenos alimentos, tão poderosos e
recomendados em nossas dietas.

Embora muitas pessoas coloquem os grãos, as sementes e os cereais como "tudo a


mesma coisa", esses ingredientes, na verdade, são alimentos que se completam, mas
que não fazem parte do mesmo grupo alimentar. Veja, abaixo, uma breve explicação
sobre o que é cada um, os seus principais exemplos e os benefícios nutricionais à
saúde:

O que são cereais?

Em linhas gerais, os cereais são as plantas cultivadas por seus frutos comestíveis, tal
como o trigo, por exemplo, que se transforma em alimento. Esse grupo alimentar pode
ser dividido em outros dois subgrupos: o dos cereais integrais, que são consumidos
totalmente, como o farelo, o germe e o endosperma, e os refinados, que passam por
processos de produção, excluindo boa parte dos nutrientes das cascas, mas
garantindo texturas mais finas e durabilidade de consumo.
- Exemplos de cereais integrais: Farinha de trigo integral, farinha de aveia, farinha
de milho, arroz integral.
- Exemplos de cereais refinados: Farinha de trigo branca e o arroz branco.
Quais são os cereais mais nutritivos para a saúde?

- Arroz: O arroz pode ser encontrado em quatro versões integrais: o arroz integral
tradicional, vermelho, negro e o sete cereais. Todos eles são ricos em fibras
alimentares que garantem uma boa saúde cardiovascular, além de beneficiar o
trânsito intestinal. Já o arroz branco refinado é uma boa fonte de carboidratos para o
organismo, fornecendo energia e garantindo disposição.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

- Milho: Esse cereal é versátil e se encaixa em diversas preparações. Seja como


pipoca, broa, bolo, mingaus, canjica ou apenas cozido, o milho além de ser fonte de
carboidrato, possui agentes antioxidantes que atuam na proteção de doenças
degenerativas oculares, como a catarata e a degeneração macular.
- Painço: Uma fonte incrível de proteínas, esse cereal é muito indicado para a
alimentação vegetariana, pois assim, supre parte dos nutrientes que são encontrados
na carne animal. O painço pode ser encontrado em forma de farinha, para incluir nas
preparações substituindo a farinha de trigo, ou em sua forma natural, sendo acrescido
em porções de frutas, saladas, etc.
- Cevada: Para quem pensa que a cevada só é encontrada na cerveja, esse cereal
pode ser um bom aliado da alimentação saudável. Rico em fibras alimentares, ela
ajuda a regular o trânsito intestinal e promove a saciedade, garantindo um
emagrecimento saudável e equilibrado. Além disso, o cereal é fonte de vitaminas do
complexo B, que fornecem energia e previnem o envelhecimento precoce das células.
- Centeio: Semelhante ao trigo e a cevada, o centeio também é um cereal benéfico
para a saúde do coração devido à presença das fibras alimentares. Sua grandeza
nutricional, que inclui vitaminas e minerais, ajuda na redução da pressão arterial,
favorecem a perda de peso, facilitam a digestão e promovem a saciedade.
- Trigo: Esse cereal é altamente rico em vitamina E, nutriente responsável por garantir
uma pele bonita por mais tempo, já que é um poderoso antioxidante e previne
o envelhecimento precoce da pele. Vale destacar que os nutrientes do trigo só são
encontrados na versão integral do alimento, porém, quando refinado, o trigo ainda
pode ser uma boa fonte de carboidratos e garantir disposição para um dia de trabalho.
- Aveia: Fonte de fibras alimentares, a aveia também é um cereal muito tradicional
em combinações de lanches e no café da manhã. Seus benefícios incluem a garantia
da saciedade, sendo indicada para quem deseja perder peso, regula o trânsito
intestinal, prevenindo a prisão de ventre, além de ajudar na diminuição do colesterol,
melhorando assim saúde cardiovascular.
Quais são as melhores formas de consumir os cereais?
Esses alimentos podem ser encontrados em suas formas naturais, estando presente
em saladas, porções de frutas, sucos e vitaminas. Todos também podem ser
transformados em farinhas, que tornam preparações de bolos, biscoitos e tortas mais
nutritivas e saborosas. A quantidade de consumo desses alimentos pode ser guiada
28
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

pela mesma quantidade de arroz e feijão diária, sendo de duas a três colheres de
arroz e meia concha de feijão por dia.

O que são grãos?

Os grãos são os resultados finais da colheita. Como, por exemplo, o feijão, que é um
grão colhido da semente do seu próprio plantio. Segundo Natália Vignoli, esses
alimentos promovem saciedade, são ricos em nutrientes como cálcio, cromo e
magnésio e também são indicados para um plano alimentar saudável:

"Os grãos, mesmo contendo carboidratos, são fontes de proteínas vegetais e, na dieta
vegetariana, substituem os produtos de origem animal", explica a nutricionista
destacando quais são os grãos para nossa alimentação:

- Feijão: Seja o carioca, preto, branco, rajado, rosinha ou o vermelho, a recomendação


de consumo de feijão é incluí-lo sempre que possível nas refeições. Afinal, o alimento
é uma perfeita fonte de vitaminas do complexo B, que evitam as alterações de humor
e diminuem a fadiga. E, por ser rico em ferro e potássio, ele também ajuda na
prevenção da anemia e contribui com a saúde cardiovascular.
- Ervilha: Fonte de vitaminas A, do complexo B, C, E e K, as ervilhas são grãos
altamente nutritivos. Esses nutrientes são responsáveis por fortalecer o sistema
imunológico do organismo, deixando-o assim, livre de enfermidades como gripes e
resfriados, além de doenças inflamatórias. As ervilhas também possui baixo índice
glicêmico, sendo ideal para prevenir e ajudar no tratamento de diabetes.
- Grão de bico: Rico em proteínas, o grão também é recomendado para os adeptos
da alimentação vegana e vegetariana, para assim, não haver um déficit de nutrientes
para quem não consome produtos de origem animal. O grão de bico ainda possui
quantidades consideráveis de vitamina C, mantendo o sistema imune saudável e
minerais, como cálcio, fósforo e potássio, que fortalecem a saúde cardiovascular e
melhoram a qualidade dos nossos ossos e músculos.
- Soja: Por ser uma proteína de alto valor biológico (são absorvidas mais facilmente
pelo organismo), a soja também é utilizada para substituir as carnes. Além disso, o
seus consumo está associado à formação e manutenção de todos os órgãos do corpo,

29
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

além de ajudar na cicatrização. A soja também é rica em fibras que favorecem o


trânsito intestinal e em aminoácidos essenciais, as isoflavonas, que combatem o
desenvolvimento das células cancerígenas, diminuindo o risco do desenvolvimento
do câncer de próstata e de mama.
- Quinoa: Conhecido com um "superalimento", a quinoa, ou quinua, como também é
chamada, é um grão super poderoso, fonte de grandes nutrientes para o nosso bem-
estar. Rica em ferro, ela ajuda na prevenção da anemia, além de atuar na redução
dos níveis de colesterol no sangue, favorecendo também a saúde cardiovascular. O
grão ainda melhora a resposta imunológica do organismo, prevenindo a inflamação
no corpo.
- Outros grãos: Fava, amaranto e lentilha também fazem parte do grupo rico em
proteínas vegetais.
Grãos: como consumir em nossas refeições?
Todos os tipos de grãos podem ser incluídos em saladas de folhas, legumes e
vegetais ou sopas. Além de compor iogurtes, vitaminas, sucos e porções de frutas
tornando a refeição ainda mais saudável. Assim como os cereais, a sua quantidade
pode ser guiada pela mesma quantidade de arroz e feijão diária, sendo de duas a três
colheres de arroz e meia concha de feijão por dia.

O que são sementes?

As sementes são assim chamadas por estarem vivas, ou seja, prontas para gerar
novas plantas e alimentos. Dentre as suas principais características nutricionais, elas
possuem grandes concentrações de ômega 3, 6 e 9, denominadas "gorduras boas"
ou ácido graxos, tornando-as responsáveis por diminuir os níveis de colesterol no
sangue. Conheça quais são as sementes indicadas para o nosso plano alimentar:
- Chia: Conhecida por favorecer o emagrecimento saudável, a chia se tornou a
queridinha das dietas, já que ajuda a reduzir os níveis da gordura corporal. A semente
também é muito recomendada para a prevenção de diabetes, pois é rica em fibras
que aumentam o tempo de liberação da glicose no sangue.
- Linhaça: Essa semente é recomendada para a prevenção da constipação, por ser
rica em fibras alimentares. Esse mesmo nutriente também é responsável por controlar
os níveis de açúcar no sangue. Por ser a semente que mais contém ômega 3 na

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

composição, também reduz os riscos das doenças cardiovasculares. A linhaça


também é recomendada para amenizar os sintomas da TPM e da menopausa, por
conter aminoácidos essenciais que controlam os hormônios femininos.
- Gergelim: Seja preto ou branco, cru ou cozido, o gergelim é uma semente versátil e
muito nutritiva. Por ser rico em proteínas, vitaminas do complexo B, minerais como
ferro, cálcio, magnésio e também propriedades anti-inflamatórias, o gergelim atua no
fortalecimento dos ossos e combate à anemia.
- Abóbora: Além de ser um legume nutritivo, a abóbora possui sementes que são tão
ricas em nutrientes quanto a sua polpa. As sementes são ricas em triptofano, um
aminoácido essencial que atua na síntese de proteínas no organismo e também é
responsável por regular o nosso humor, diminuindo os riscos de depressão e
controlando a ansiedade. Esse aminoácido ainda reduz sintomas da insônia e
estresse.
- Girassol: Elas são ricas em vitamina E, que garantem uma boa saúde para pele e
previne o envelhecimento das células, além de conter altos níveis de magnésio,
mineral que atua no controle do colesterol e previne as doenças do coração, como
infarto e derrame.
Sementes de frutas também são boas opções para a sua alimentação

Melancia, melão, uva e maracujá, por exemplo, são exemplos de frutas que podem
ter as suas sementes reutilizadas no dia a dia. Sejam para bater junto ao suco ou para
acompanhar algumas saladas, esses ingredientes são ricas em fibras que tornam o
trânsito intestinal saudável e garantem o bem-estar do organismo.

Sementes: quais são as suas melhores formas de consumo?


Para utilizar as sementes em um plano alimentar saudável, elas podem ser batidas
em sucos e vitaminas, ou serem colocadas em sopas, saladas, caldos e cremes,
potencializando nutrientes às receitas. As sementes podem ser consumidas em até
duas colheres por dia, sendo estas suficientes para adquirir os benefícios citados.

31
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

8- A COLHEIRA DO ARROZ

As operações de colheita e pós colheita constituem etapas importantes do processo


de produção e, quando malconduzidas, acarretam perdas elevadas de grãos,
comprometendo os esforços e os investimentos dedicados à cultura. A colheita pode
ser realizada por três métodos: o manual, o semi mecanizado e o mecanizado. No
primeiro, as operações de corte, enleiramento, recolhimento e trilhamento são feitas
manualmente; no semi mecanizado, o corte, o enleiramento e o recolhimento das
plantas são, geralmente, manuais, e o trilhamento, mecanizado; no método
mecanizado, todas as operações são feitas à máquina.

Qualquer que seja o método utilizado, quando o arroz é colhido muito úmido ou
tardiamente, com baixo teor de umidade, a produtividade e a qualidade dos grãos são
prejudicadas. Para a maioria das cultivares, o ideal é colher o arroz entre 18 a 23%
de umidade. No caso da colheita manual, para evitar perdas desnecessárias,
recomenda-se, adicionalmente, que o arroz cortado não permaneça enleirado por
tempo desnecessário no campo e que se evite o manuseio de feixes muito volumosos
de cada vez, para facilitar a operação de trilhamento.

Na colheita mecânica, além da regulagem adequada dos mecanismos externos e


internos da colhedora, deve-se atentar para a velocidade do molinete, que deve ser
suficiente apenas para puxar as plantas para dentro da máquina.

Nas operações de pós colheita, a secagem pode ser feita por dois processos:

a) O natural: consiste em utilizar o calor e o vento para a secagem;

b) O artificial: com a utilização de equipamentos (secadores) especialmente


projetados para esse fim.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Para evitar danos ao arroz, quando se destina ao plantio, a temperatura de secagem


deve se situar entre 42º C e 45ºC. Na secagem de grãos para consumo, a temperatura
do ar não deve ultrapassar a 70ºC. No armazenamento, o arroz para ser melhor
conservado deve estar limpo e com teor de umidade entre 13% e 14%. Nesta
umidade, para a maioria das cultivares, a maturação pós-colheita, isto é, o arroz
envelhecido, melhora sua qualidade culinária, ficando seus grãos mais secos e soltos
após o cozimento.

Arroz irrigado

O teor de umidade do grão adequado para realizar-se a colheita do arroz está entre
18 e 23%. Se colhido com teor muito elevado, haverá grãos em formação. Por outro
lado, se a colheita for muito tarde haverá mais quebra de grãos no beneficiamento e,
quando se destina a semente, o vigor poderá ser afetado.

Colheita mecânica

Dentre as operações agrícolas que desempenham papel importante na produção de


arroz, destaca-se a da colheita. A operação de colheita é realizada, geralmente, por
diversos tipos de máquinas, desde as de pequeno porte tracionadas por trator, até as
colhedoras automotrizes, dotadas de barra de corte de até 6 metros de largura, as
quais realizam, em sequência, as operações de corte, recolhimento, trilha e limpeza.
33
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Podem-se distinguir as seguintes funções em uma colhedora:

a) corte da cultura e direcionamento para os mecanismos de trilha;

b) trilha, que consiste na separação dos grãos de suas envolturas e de partes de


suporte na planta;

c) separação do grão e da palha;

d) limpeza.

Perdas na colheita

As perdas na colheita mecânica de arroz poderão ocorrer por três motivos básicos:

1. Antes da colheita

As perdas devem-se a o fato de a colheita ser realizada fora de época, à ocorrência


de chuvas em excesso, granizo e ventos, à debulha natural influenciada pela genética
das cultivares, bem como ao ataque de pássaros, comuns nesta região na época da
colheita.

2. Na plataforma da colhedora

Este é o local de maior perda de grãos na colheita, respondendo por até 85% do
prejuízo. Podem ser:

Plataforma convencional

Os pontos responsáveis por estas perdas na plataforma são os seguintes:

34
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

a) Molinete: ocorrem perdas devido à baixa ou excessiva velocidade, ou devido a sua


má posição na hora da operação da máquina, causando debulha, acamamento e/ou
duplo corte;

b) Barra de corte: as perdas devem-se ao fato de as navalhas estarem quebradas,


tortas, trincadas ou sem fio, e/ou os dedos encontrarem-se tortos; também devido à
folga nas peças de ajuste da barra de corte;

c) Velocidade da máquina: o operador deve conduzir a colhedora, cortando de


maneira a aproveitar toda a largura da barra de corte, porém, avançando à maior ou
menor velocidade, segundo as condições da cultura;

d) Densidade da cultura: uma baixa densidade de plantas dificulta o trabalho da


plataforma, fazendo com que as plantas deixem de ser recolhidas pelo molinete,
perdendo, por conseguinte, grãos;

e) Presença de plantas daninhas: a presença de plantas daninhas na lavoura de arroz


contribui para o aumento das perdas;

f) Umidade dos grãos: padrões fora da umidade recomendada, 18 a 23%, aumenta as


perdas.

Plataforma recolhedora

Estes equipamentos retiram ou arrancam o grão ao invés de cortar a panícula, como


fazem as colhedoras equipadas com plataformas convencionais. Os resultados iniciais
obtidos com arroz irrigado na Itália mostram que são possíveis aumentos de até 60%
na taxa de colheita.

Mecanismos internos da colhedora

Os principais pontos de perda são:


35
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

1. Perdas no cilindro

Acontecem devido a pouca velocidade ou a muita distância entre o cilindro e o


côncavo. Normalmente, apresentam-se em forma de panículas sem debulhar.

2. Perdas no saca palhas

As perdas no saca palhas acontecem a semelhança do caso anterior.

3. Perdas nas peneiras

As perdas nas peneiras são causada geralmente por trilha curta, furos das telas muito
fechados e ar mal dirigido, insuficiente ou excessivo. As perdas nas peneiras são
grãos soltos, que saem juntamente com a palha miúda.

Pós-colheita

Transporte

Alguns princípios devem ser seguidos, que são:

36
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

a) Não submeter o arroz à exposição prolongada ao sol e evitar mantê-lo abafado sob
a lona do caminhão ou outro transportador, antes de ser submetido à secagem;

b) Evitar esperas e/ou longos tempos de carga, realizando o transporte para a unidade
de secagem tão logo realize a colheita;

c) Fazer adequada limpeza do transportador, evitando que resíduos de uma carga


possam servir como fonte de inóculos para outra;

d) Inspecionar periodicamente o transportador e a carga, para evitar perdas de arroz


por vazamento ou derramamento;

e) Não usar o mesmo transportador para transporte simultâneo de grãos de cultivares


diferentes, para evitar misturas varietais.

Recepção

Deve-se:

a) Avaliar umidade, impurezas e/ou matérias estranhas, rendas, rendimentos e


defeitos, de acordo com a metodologia oficial do Ministério da Agricultura;

b) Receber e manter separadamente os grãos de cada cultivar;

c) Se possível, aerar o arroz imediatamente após a recepção, para resfriá-lo e mantê-


lo, preferentemente, em temperaturas não superiores a 20ºC;

d) Secar tão logo realize a colheita ou, no máximo, até 24 horas após;

e) Não deixar os grãos úmidos na moega, sem aeração, por período superior a 12-24
horas.

37
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Pré limpeza

Na pré limpeza deve-se:

a) Escolher criteriosamente o jogo de peneiras, ajustar o fluxo de ar e o de grãos na


máquina de pré limpeza. Inspecionar periodicamente o equipamento e analisar tanto
grãos como impurezas descartadas, para verificar a eficácia e a eficiência da
operação;

b) Para grãos, se forem armazenados na propriedade sem comercialização imediata,


a pré limpeza deve ser mais seletiva, resultando em teores de impurezas e/ou
matérias estranhas não superiores a 3%. Se forem comercializados em prazo curto,
fazer pré limpeza até 3-5% de impurezas e/ou matérias estranhas, secar, limpar
novamente até reduzir impurezas e matérias estranhas a 1%;

c) Para semente, a seletividade deve ser rigorosa já nessa fase.

Secagem

38
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Procede-se:

a) Respeitando-se os parâmetros técnicos e operacionais, a secagem pode ser


realizada nos sistemas, processos e/ou métodos que utilizem ar não aquecido
(também denominados métodos de secagem com ar natural, com ar ambiente ou com
ar frio) e/ou naqueles com ar aquecido (também denominados métodos de secagem
artificial ou forçada);

b) Se utilizar queima de combustíveis sólidos (lenhas, cascas, restos de cultura) para


aquecimento do ar de secagem, é recomendável evitar o contato direto do ar da
fornalha com os grãos e devem ser tomados mais cuidados com o controle térmico da
operação, pois os combustíveis sólidos, em conseqüência da inércia térmica
característica de seu processo de queima, produzem maior desuniformidade de
aquecimento do ar;

c) Se o aquecimento do ar de secagem for feito com a queima de gás liquefeito de


petróleo (glp), ou outro combustível fluido, a operação deve ser monitorada por
sistemas automatizados de controle da temperatura e/ou da umidade relativa do ar,
para aproveitar o melhor potencial de eficiência técnica do sistema e aumentar a
economicidade da operação. Em secagem estacionária, em silo secador, é preferível

39
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

fazer o monitoramento do condicionamento do ar por controle de umidade relativa do


que por controle de temperatura, para reduzir a desuniformidade da secagem;

d) Nos sistemas, processos e/ou métodos que utilizem ar não aquecido, o fluxo de ar
deve ser superdimensionado (em relação ao fluxo de ar usado em silos-secadores
que usam ar quente), para evitar que a lentidão do processo permita que o grão se
deteriore já durante a própria operação, enquanto nos que utilizam ar aquecido, os
danos e os choques térmicos devem ser evitados, pois o arroz é termicamente
sensível;

e) Na secagem estacionária em silo-secador, utilizar no mínimo fluxo de ar de 4 e no


máximo de 20 m3 t-1 min-1 (m3 de ar por tonelada de grãos por minuto), para a secagem
com ar aquecido, dependendo da temperatura do ar e da espessura da camada de
grãos;

f) Na secagem em silos, não se encher o silo para depois secar. É recomendável fazer
a secagem em camadas, devendo-se não ultrapassar um metro e meio na altura da
camada de grãos no silo-secador de fluxo axial, para não prolongar excessivamente
a operação e não provocar grande desuniformidade na secagem. Após a secagem de
cada camada, essa pode ser removida para o silo de armazenamento definitivo;

g) Pelo longo tempo de contato ar-grãos, a temperatura do ar nos silos secadores não
deve ultrapassar 40ºC. A temperatura da massa não deve ultrapassar 37ºC nas
sementes e nem superar os 40ºC nos grãos para consumo. Em se tratando de grãos,
deve haver mais rigor no controle da uniformidade da temperatura para evitar (ou pelo
menos reduzir) os choques térmicos, os quais provocam maior incidência de grãos
quebrados e predispõem mais os grãos à ocorrência de danos metabólicos durante o
armazenamento, aumentando a incidência de defeitos e reduzindo sua
conservabilidade;

h) No caso de seca aeração, 70ºC é a temperatura máxima do ar na câmara de


secagem do secador convencional (contínuo adaptado ou intermitente adaptado),

40
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

sendo que 18% é a umidade máxima e 38ºC ou 41ºC, respectivamente, é a


temperatura de massa com a semente ou o grão ou a semente deve sair do secador
convencional, devendo ser submetido a repouso por 6 a 12 horas no secador
estacionário, antes da insuflação do ar ambiente, em fluxo de até 1 m3 t-1 min-1,
podendo o silo estar cheio;

i) Tanto para sementes como para grãos, é preferível utilizar secagem gradual, com
ar em temperaturas crescentes, ao invés do sistema tradicional, desde que sem
choque térmico e sem superaquecimento do produto;

j) Pelas características técnicas, operacionais e econômicas, o sistema intermitente é


o mais recomendável para arroz. Em qualquer dos casos, deve ser evitada a remoção
brusca da água, que deve ser harmônica durante todo o processo e não ultrapassar a
dois pontos percentuais por hora.

41
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

9- INFORMÁTICA NA AGRICULTURA

Os produtores e técnicos que visitarem o espaço da Empresa Brasileira de Pesquisa


Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, no Showtec 2012, em Maracaju-MS, verificarão os benefícios de se
levar para o cotidiano do setor agropecuário o universo da informática e seus
softwares e hardwares.

Ferramenta apresentada nesta edição, o SISLA é um Sistema Interativo de Suporte


ao Licenciamento Ambiental, desenvolvido para dar suporte às atividades de
licenciamento ambiental. Idealizado pela Embrapa em parceria com o Instituto de Meio
Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul), o Sistema tem acesso livre e gratuito, via
Internet, para o público especializado ou apenas curioso.

O software possibilita emitir relatório para análise com mapas georreferenciados e


efetuar análise técnica, consulta espacial e andamentos dos processos de
licenciamento ambiental. No Sisla é possível o usuário, seja ele produtor ou técnico,
fornecer os dados de determinada área e o sistema indicará, a seguir, suas reais
condições, levando-se em consideração a topografia da região e outros fatores.

"Qualquer pessoa com um pouco de noção de georreferenciamento tem condição de


gerar um relatório no Sisla", ressaltou o engenheiro agrônomo Sergio Luis Bianchini,
fiscal ambiental do Imasul. O Sisla é um dos produtos do Projeto de "Sistema de
Informação Georreferenciado do Território do Estado de Mato Grosso do Sul –
GeoMS", liderado pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), que reuniu
dados da legislação estadual e federal e do mapeamento da cobertura vegetal, entre
os anos de 2007 e 2009, realizado pela Empresa e outras instituições, e informações
públicas, disponíveis desde os anos 80.

O GeoMS conta também com a parceria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais


(INPE), Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária e Ambiental (Fundapam),
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Embrapa Gado de Corte
(Campo Grande-MS).

42
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Agricultura de Precisão – Em meio aos imprevistos da atividade agrícola, um pouco


de precisão é sempre bem-vinda pelos produtores. O uso de tecnologias baseadas
em posicionamento geográfico por satélite permitindo o manejo diferenciado da
lavoura é o que define a chamada Agricultura de Precisão (AP).

Intervenções no manejo, localizado ou sítio específico, são realizadas da seguinte


forma: amostragens georreferenciadas do solo são aplicadas em uma grade amostral
correspondendo a colheita de uma amostra composta a cada dois hectares, por
exemplo. A partir da análise dos resultados dessas amostras, um processamento
informatizado, por meio de softwares específicos para AP, gera mapas da fertilidade
do solo para cada atributo, como potássio e fósforo.

A partir disso, prescreve-se uma adubação diferenciada para a lavoura, dentro de


cada talhão. Tais mapas são reconhecidos por dispositivos presentes nos maquinários
de campo modernos, guiados por satélites, que ao reconhecer o padrão espacial,
muda e ajusta, automaticamente, a dose de nutriente dentro das reais necessidades.

Essa sequência de etapas – amostragem/interpretação agronômica/escolha de


maquinário – permite racionalizar o uso de insumos, um dos grandes atrativos da
agricultura de precisão para o produtor de grãos, elegeu o pesquisador da Embrapa,
Álvaro Vilela Rezende.

Entretanto, alerta Álvaro Rezende, diversos fatores afetam o processo, sendo


imprescindíveis certos critérios para se adotar a AP. Assim, a Embrapa, em 2009,
iniciou o Projeto "Rede de Agricultura de Precisão", que ao reunir mais de 200
especialistas de diversos Centros de Pesquisa, anseia aprimorar os critérios validados
cientificamente para melhorar a qualidade da AP praticada no Brasil hoje.

Coordenada pela Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP), a Rede


atua em várias vertentes, explica o doutor em fertilidade do solo e adubação Álvaro
Rezende. Líder do projeto-componente responsável pelas áreas voltadas para
culturas anuais, como grãos e algodão, o pesquisador relata que também há projetos
direcionados para culturas perenes, como fruticultura, silvicultura e pastagem;
desenvolvimento e validação de instrumentos e tecnologias para uso e suporte em
AP; e inovação tecnológica em agricultura de precisão.

43
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Com unidades-pilotos de experimentação nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná,


Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Mato Grosso do Sul, a Rede deseja difundir seu
lema "Planejar é preciso", no qual "a crescente demanda agregará inovações para
AP, especialmente, para as condições de agricultura tropical", afirma Rezende.

Projetando adiante, a Rede almeja expandir seus estudos para produção animal e
para que seus preceitos sejam adotados não irá somente pesquisar, mas atuará em
transferência, com capacitações e ações de educação junto à assistência técnica rural
e aos produtores que atuem ou queiram atuar com AP.

Uso da informática no campo ajuda agricultores a controlar custos

O uso da informática para armazenar dados, fazer consultas e até mesmo comprar e
vender produtos via internet é uma realidade cada vez mais presente nas
propriedades paranaenses. Hoje, muitos produtores já adotam o computador para
realizar tarefas simples do dia a dia como a consulta de estoques, preços das
commodities no Brasil e no mercado internacional, previsão do tempo, entre outros
serviços. Esses investimentos, garantem especialistas, têm proporcionado aos
produtores comodidade e agilidade no processo de produção.

Tablet, notebook, smartphone, desktop se misturam aos equipamentos tradicionais da


produção agrícola e deixam os produtores mais competitivos no mercado. Wilson
Menin Junior, produtor da região de Mamborê, é um deles. Hoje, confessa que não
sai de casa sem o seu tablet. Da fazenda, Menin faz negócios e acompanha tudo o
que acontece dentro e fora da propriedade. Em época de colheita, em parceria com a
cooperativa Coamo, o produtor acompanha a quantidade de grãos que chega na
cooperativa, a área colhida e, principalmente, a qualidade dos grãos que são levados
aos entrepostos.

Menin explica que o site da Coamo oferece todas essas informações por meio de um
acesso exclusivo direcionado ao associado. Essa ferramenta permite que o agricultor
veja em tempo real a qualidade dos grãos que estão chegando na Coamo. ''Consigo
ver pela internet os índices de umidade de cada lote entregue''.

44
APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

A informática chegou aos campos para ficar. Um dos últimos bastiões de resistência
contra o uso de alta tecnologia digital, as fazendas estão começando a adotar os
computadores para fazer muitas coisas, desde o controle do uso racional do solo até
a contabilização da produção e controle do armazenamento e transporte. Através dos
discos de satélite e da telefonia celular rural, aos poucos a Internet também está
começando a penetrar no agribusiness. Nos EUA, uma parcela considerável dos
produtores rurais usa a Internet para se comunicar através do email, bem como para
ter acesso aos mapas metereológicos atualizados a cada hora, contendo dados de
radar, satélite, estações metereológicas, etc., sobre o regime de ventos e de chuvas,
previsão de tempo, e assim por diante.

O Brasil é um dos países que tem grande potencial para o desenvolvimento da


Informática aplicada à Agricultura. Aqui em Campinas, que é uma cidade com uma
tradição de mais de um século de pesquisa agrícola, graças ao Instituto Agronômico,
temos vários centros dedicados ao tema. O maior e o mais importante é o Centro
Nacional de Pesquisa Tecnológica em Informática para a Agricultura da EMBRAPA
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que fica dentro do campus da
UNICAMP, em magníficas instalações. O CNPTIA nasceu dentro de outra instituição
de renome em nossa área, o CTI (Centro para Tecnologia em Informática a partir de
um projeto de "fábrica de software", iniciado na década passada com apoio da
EMBRAPA. Entre os projetos desenvolvidos estão sistemas para controle de rebanho
leiteiro e de corte, de gerenciamento de fazendas, processamento de imagens para
agropecuária, modelagem e simulação, etc. Dois projetos muito interessante são a
Cooperativa de Bancos de Dados, e um sistema de integração de bancos de dados
descentralizados do sistema EMBRAPA, que abrange informações extremamente
variadas, de A (algodão) a Z (zoneamento agroclimático), e que, em conjunto, são de
extrema importância para a agricultura científica brasileira. Outro centro importante da
EMBRAPA em Campinas que também trabalha bastante com informática é o Núcleo
de Monitoramento Ambiental e de Recursos Naturais por Satélite, que utiliza uma
tecnologia modernissima. O NMA ficou famoso por seu projeto de monitoração das
queimadas no Brasil, juntamente com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais) e a Ecoforça. Na UNICAMP existem na área de Informática em Agricultura,
grupos de pesquisa no CEPAGRI (Centro de Ensino e Pesquisas em Agricultura: que
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trabalham em geoprocessamento, dados e imagens meteorológicos, planejamento


agrícola, etc.

A aplicação mais espetacular da informática na agricultura chama-se agricultura de


precisão. Isso funciona assim: o fazendeiro faz um mapa detalhado de seus campos
de cultivo, fazendo amostragens e análise do solo, e utilizando satélites de
posicionamento global (GPS - Global Positioning System), que permitem calcular as
coordenadas geográficas, com precisão de poucos metros, para cada local de
amostra de solo. O mapa é feito com um software de geoprocessamento (GIS
- Geographical Information System). Assim, ele fica sabendo onde precisa mais
fertilizante, corrigir a acidez do solo, etc. Em seguida, máquinas agrícolas
especialmente projetadas, utilizam uma tecnologia de progressão variável para jogar
os agentes corretivos no solo, em exata proporção à sua necessidade determinada
pelo mapa. Assim, usa-se muito menos substâncias, de forma menos tóxica, a um
preço menor, e com atuação otimizada para cada ponto do campo. Posteriormente, o
fazendeiro pode mapear quanto cada ponto do mapa rendeu (em toneladas por
hectare, por exemplo), do produto agrícola, e pode modificar as suas técnicas de
manejo da cultura, em função desses resultados

Os resultados econômicos da agricultura de precisão são sensacionais, e se aplicam


bastante para culturas como soja, sorgo, milho, etc. A EMBRAPA já está estudando a
introdução dessas técnicas no Brasil.

A Importância da Informática na Agricultura

A informática, indiscutivelmente, é uma ferramenta vital para todas as atividades


empresariais, incluindo os negócios do mundo rural. Para que computadores possam
auxiliar os produtores rurais nas mais diversas tarefas, é necessário que se disponha
de softwares específicos, isto é, programas desenvolvidos especialmente para
atender às necessidades dos empresários do campo, tanto dos grandes agricultores
e pecuaristas, quanto dos pequenos e médios proprietários rurais.

Cada atividade rural apresenta suas particularidades, na pecuária, por exemplo,


dependendo do tipo de criação desenvolvida, o criador necessita de diferentes formas

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de controle, tanto na área administrativa quanto na produção. Ainda como exemplo,


podemos citar a necessidade dos criadores em possuir fichas completas e registros
de seus animais, com todos os dados genéticos, produção, número de crias, montas
realizadas e históricos médicos. Já na agricultura, é importante que se controle as
áreas cultivadas, os diversos tipos de cultura, os insumos utilizados, a armazenagem
da produção, etc.

Por se tratar de atividades complexas, com características e necessidades que variam


muito, é de extrema importância que os empresários rurais, tanto do setor agrícola,
quanto do pecuário, disponham de eficientes softwares. Estes programas não só
auxiliam no controle das operações, facilitando o trabalho mas, principalmente,
proporcionam ótimos resultados que podem se refletir em um aumento de produção e
de produtividade, ou seja, gerando maiores lucros para os agropecuaristas.

Podemos dividir os softwares voltados para a agropecuária em dois grupos distintos:

- softwares administrativos;

- softwares de controle de produção.

Os softwares administrativos, basicamente, são muito semelhantes ou iguais aos


softwares utilizados por empresas de outros setores. Podemos citar como exemplo,
softwares para controle de fluxo de caixa, compra e utilização de material, folha de
pagamento, gerenciamento de cadastros, contas a pagar / receber, etc.

Os softwares de controle de produção são os mais específicos, desenvolvidos


especialmente para cada atividade agrícola ou pecuária. Podemos citar, como
exemplo, para a pecuária, softwares para cadastro de animais, registro genealógico,
controle de coberturas, gestações, cios, controle de vacinações e registros médicos,
alimentação, arraçoamento, etc. Estes registros informatizados são de vital
importância para o rastreamento da produção, que é uma exigência cada vez maior
do mercado internacional e fator decisivo para a realização de muitos negócios nesta
área. Devemos destacar que estes softwares específicos, existem em versões
dirigidas para bovinos, caprinos, eqüinos, etc.

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Na agricultura, cujas necessidades são bastante diferentes da pecuária, os softwares


de gerenciamento auxiliam no controle do armazenamento de grãos, na administração
do uso de defensivos e fertilizantes no controle e planejamento das áreas a serem
cultivadas, cálculo dos resultados das colheitas, perdas, custos de produção, etc.

Com toda esta tecnologia e estas "armas" disponíveis, podemos dizer que este tipo
de controle informatizado não é mais uma questão de diferencial, mas tornou-se uma
necessidade para todos os produtores rurais que desejam ser competitivos e ter as
condições necessárias para obter bons resultados com a sua produção.

Os Principais Softwares Utilizados na Agricultura

Software para Agricultura de Precisão (AP) tem sido um aliado de produtores


conscientes sobre seus custos. Neste guia você irá aprender o que é um software
para AP, como funciona, como escolher um e como melhorar sua administração rural.
Confira!

Quantas vezes você ouviu falar sobre agricultura de precisão só nos últimos meses?
Aposto que não foram poucas.

O tema Agricultura de Precisão (AP) está sendo bastante discutido.

A AP pode economizar tempo, reduzir gastos com fertilizantes em até 50%, e ainda
pode ajudar para conquistar maiores produtividades.

Mas no meio de toda essa discussão, você sabe mesmo como a AP pode te ajudar
no dia a dia da fazenda?

Existem muitos software para Agricultura de Precisão à nossa disposição.

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Se você ainda não sabe qual deles é o melhor, como escolher um ou mesmo as
diferenças entre os softwares de AP e quaisquer outros softwares, hoje você
aprenderá isso!

(Fonte: Proagrica)

Diferenças dos Softwares de Agricultura de Precisão

Os softwares de AP são conhecidos como SIG (Sistemas de Informação Geográfica),


pois utilizam dados georreferenciados.

Você pode encontrar softwares pagos e softwares de agricultura de precisão grátis.

O que são dados georreferenciados?

Os dados georreferenciados nada mais são do que coordenadas geográficas de cada


ponto para localização no globo terrestre.

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(Fonte: Brasil Escola)

Quem nunca utilizou o Waze, Google Maps ou qualquer outro aplicativo (app) para
chegar a algum lugar?

(Fonte: Folha de São Paulo)

Usamos diariamente dezenas de aplicativos que nos ajudam a chegar a um lugar que
não conhecemos. E como eles conseguem nos levar exatamente ao endereço que
nos foi fornecido?

Estes aplicativos utilizam diversos satélites para calcular nossa localização no globo
terrestre.

Como funciona a localização por satélites?

São diversas constelações com dezenas de satélites cada.

A constelação norte americana, mais conhecida como GPS (Global Positioning


System) possui 30 satélites em órbita operacionais.

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Além dessa, temos a nossa disposição a constelação russa GLONASS, a chinesa


BAIDU, a Europeia GALILEU e outras ainda em fase de construção.

O posicionamento é conseguido por meio da triangulação de 4 satélites. Quanto mais


satélites existirem sobre o campo de visão das máquinas, maior será a garantia do
posicionamento.

(Fonte: Intelligente Aero-Space)

Tudo isso para garantir a cobertura e melhorar a qualidade da localização das


pessoas, máquinas e equipamentos no planeta Terra.

Por meio dos satélites, os dados coletados são corretamente posicionados nas
coordenadas no globo terrestre.

O que consigo fazer com os softwares de SIG?


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Com a utilização dos softwares de Agricultura de Precisão é possível a confecção de


diversos mapas:

o Mapa de colheita
o Mapa de vigor de vegetação (NDVI, NDRE, etc..)
o Mapa de nutrientes nos solos
o Mapas de declividade
o Curvas de nível
o Mapas 3D das culturas
o Delimitação de talhões e áreas
o Mapa de pragas
o Visualização de fazendas
o Criação de grids amostrais
o Geração de mapas de recomendação
o Interpolação de dados
o Álgebra de mapas
o Análises quantitativas de acúmulo de nutrientes

Mapa de monitoramento de pragas

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(Fonte: Aegro)

Além dos itens citados, há inúmeras outras ferramentas e complementos que podem
ser instalados para utilização em diversas outras finalidades, o que dá origem a uma
ampla gama de aplicativos no mercado.

Software para agricultura de precisão grátis e pagos

Existem algumas centenas de aplicativos e software para agricultura de precisão.


Alguns gratuitos e outros pagos.

Dentre eles pode-se


destacar QGIS, ArcGIS, AgroCAD, Falkermap, SSTsoftware, Inceres e Geofieder da
Embrapa. A Embrapa disponibiliza o Geofielder. Este software para agricultura de
precisão pode ser usado em aeronave, para imageamento aéreo, em máquinas
agrícolas e veículos para captura de imagens em solo.

Como acadêmico, eu utilizo o software QGIS como ferramenta para trabalho na área
de Agricultura de Precisão.

(Fonte: Canal no Youtube do LAP)

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QGis um software para agricultura de precisão livre

O QGIS é um software livre e programado na linguagem Python. O que isso significa?

Significa que ele é gratuito, podendo ser baixado neste link. Além disso, ele possibilita
que os usuários criem suas próprias programações para manipular os dados da
maneira que acharem melhor.

Porém, se você não souber programar, não tem problema! O QGIS é um software
bem completo e disponibiliza centenas de ferramentas para facilitar a vida de seus
usuários.

Como fazer o download e começar a utilizar o QGIS?

Vamos ao passo a passo de como baixar e instalar o QGIS em seu computador:

1.Acesse o endereço que está neste link

2.Clique em “Para Usuários”

3. Clique em “Baixar o QGIS”

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4.Escolha o instalador segundo as especificações de seu computador (32 bits ou 64


bits)

Na internet existem vídeos, tutoriais e cursos de QGIS ensinando a instalar e podem


ser acessados gratuitamente por qualquer usuário. O Anderson Medeiros, por
exemplo, apresenta 100 diferentes tutoriais em português para te ajudar no uso do
Qgis.

Como processar os dados em um software de SIG

Os softwares de agricultura de precisão, como já mencionado, trabalham com


localização dos pontos no espaço.

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Os arquivos provenientes de GPS, das máquinas agrícolas ou dos sensores virão com
as colunas das coordenadas (geralmente Latitude e Longitude) e os valores dos
outros atributos que serão avaliados.

É necessário um cuidado inicial para manuseio dos dados.

A escolha das colunas latitude e longitude é vital para o correto posicionamento dos
pontos que serão analisados. Se essas colunas estiverem trocadas, todas as análises
realizadas no programa estarão posicionadas nos locais errados.

Vários são os formatos de arquivos que os softwares de AP aceitam, o mais conhecido


é o shapefile.

Porém, utilizando o QGIS é possível trabalhar com dados do tipo .csv (planilha de
valores do excel), .txt (arquivo de texto), kml ou kmz (arquivos do google Earth), além
de inúmeros outros formatos.

Vantagens em trabalhar com um software de SIG

Os softwares utilizados em agricultura de precisão já possibilitam que os arquivos


gerados possam ser levados diretamente para as máquinas equipadas com piloto
automático.

À medida que as máquinas realizam as operações, novos arquivos de dados são


gerados e devem ser analisados em um SIG, assim todo o ciclo recomeça.

Os SIGs possibilitam a confecção de mapas que facilitam a visualização das áreas e


talhões, auxiliando os produtores nas tomadas de decisões.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Fonte: AEGRO

Independentemente dos modelos de máquinas e sensores que coletaram os dados,


todas as informações podem ser analisadas em conjunto em um SIG, o que permite
um maior entendimento de cada porção da lavoura e cada zona produtiva.

Vale ressaltar que cada conjunto de dados deve ser analisado e, se necessário,
passar por um pré-processamento, a fim de eliminar dados errôneos.

O uso adequado desse sistema resulta em:

o Economia de tempo;
o Economia de insumos;
o Aumento de produtividade;
o Sustentabilidade do negócio;
o Menor impacto ambiental.

Sendo assim, concluímos que, Atualmente existem diversos softwares e ferramentas


para que consigamos trabalhar com Agricultura de Precisão nas nossas fazendas.

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

Diversas empresas de tecnologia na agricultura estão desenvolvendo e criando seus


próprios softwares para facilitar o manuseio e armazenamento dos dados dos seus
clientes.

Hoje já existem programas que processam os dados na nuvem e enviam somente os


relatórios aos produtores, o que facilita a tomada de decisão.

Agora que você já sabe como escolher um software, estude suas opções e veja qual
está mais alinhada com sua propriedade, prestando atenção no custo-benefício. Boa
escolha!

O Uso da Internet na Agricultura

A Agricultura Digital está revolucionando o trabalho do produtor rural. Ela utiliza a


Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e sistemas operacionais em
dispositivos, sensores e equipamentos para automatizar e otimizar a gestão do
campo.

Drones, tratores automatizados e aplicativos de monitoramento da lavoura, do clima


e de pragas são exemplos de aplicações tecnológicas que interagem com todo
processo de produção agrícola. O uso dessas tecnologias pode auxiliar o produtor na
tomada de decisão sobre o tipo de manejo mais o adequado para a sua lavoura.

Antes de decidir quais tecnologias serão utilizadas no campo, é fundamental saber


como funcionam e como podem agregar valor ao negócio rural. Isso garante a
importância desses recursos, extraindo o melhor das possibilidades da agricultura
digital.

O que é a Agricultura Digital

A Agricultura Digital, também chamada de Agricultura 4.0 (Agro 4.0), é o uso de


soluções tecnológicas ligadas à informática para gerenciar a lavoura com o objetivo
de melhorar a produção agrícola.

O termo Agro 4.0 é uma clara referência à indústria 4.0, inovação que teve início na
indústria automobilística alemã e agora conquista outros diversos segmentos. Tudo

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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

isso devido à completa automatização proporcionada aos processos produtivos dessa


inovação.

Indústria 4.0, ou a Quarta Revolução Industrial, é o termo utilizado para se referir às


tecnologias de automação e troca de dados que fazem parte do processo industrial.
Entre essas tecnologias estão a Internet das Coisas, Sistemas ciber-físicos e
computação em dados.

Benefícios da Agricultura Digital

O principal benefício da agricultura digital é elevar os índices de produtividade e


rentabilidade por meio da otimização de processos e de custos. Isso só é possível por
meio de:

 Controle detalhado do uso de insumos (adubos e defensivos)


 Redução de custos com mão de obra
 Monitoramento das condições climáticas que interferem nos processos de
produção
 Monitoramento de pragas e doenças.

"O produtor rural pode se beneficiar muito com a agricultura digital, pois ela permite
que se produza mais com menos."
Juliana Ramiro, engenheira agrônoma e doutora em fitopatologia.

Muitos produtores rurais tomam decisões baseadas em conhecimento empírico,


experiência e recomendações. No entanto, esse conjunto de medidas nem sempre
garante o máximo rendimento. Com a agricultura digital essas decisões se tornam
mais precisas e seguras. Dessa forma o resultado pode ser melhor controlado antes
mesmo da colheita.

Além de dinamizar a produção, o uso de tecnologias da agricultura digital também


colabora com a preservação ambiental e com o desenvolvimento sustentável.

Com o aumento da produtividade e otimização de recursos, reduz-se a necessidade


de expansão de novas áreas agrícolas. Além disso, a otimização de processos
proporciona melhoria da qualidade do trabalho e segurança dos trabalhadores.
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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

O consumidor também se beneficia da adoção das tecnologias no campo. Com a


facilidade de acesso à informação, o consumidor conectado consegue obter
mais informações sobre a origem dos alimentos que vão parar na sua mesa. As novas
tecnologias podem trazer essas informações por meio de redes sociais e aplicativos,
por exemplo.

Embrapa. As cores e os números correspondem a Objetivos de Desenvolvimento


Sustentável (ODS)

Tecnologias que permitem viabilizar a Agricultura Digital 4.0

A agricultura digital 4.0 emprega métodos computacionais de alto desempenho. Por


meio deles é possível processar grandes volumes de dados e construir sistemas de
suporte à tomada de decisões de manejo da lavoura.

Dentre as tecnologias que viabilizam a agricultura digital, temos:

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 Internet das Coisas (em inglês, Internet of Things – IoT): a internet é a cada dia
mais das coisas e não mais apenas das pessoas. Máquinas, animais, plantas
e veículos são conectados à internet para que possam ser acionados com base
nas informações recebidas e em comandos dados via web;
 Sensores de monitoramento (plugados em máquinas, equipamentos e solo);
 Inteligência Artificial: Machine Learning e Deep Learning – a máquina é capaz
de aprender e tomar decisões;
 Veículos autônomos: tratores, robôs e drones que não têm a necessidade de
condução humana;
 Big Data com Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC): armazenamento
de dados em grande quantidade;
 Computação na nuvem com proteção de dados (Blockchain);
 Conectividade entre dispositivos móveis.

Utilizadas da forma correta, essas tecnologias podem otimizar todo o processo ao


longo da cadeia produtiva, reduzindo perdas e aumentando a produtividade.

Quais as tecnologias aplicadas à produção agrícola

Atualmente, de acordo com o estudo “Visão 2030: O Futuro da Agricultura Brasileira”,


já existem aplicativos para fazer a gestão das áreas agrícolas, manejo de rebanhos,
cotação de insumos, previsão de clima, identificação de doenças, irrigação,
adequação ao Código Florestal e comercialização.

São algumas das tecnologias e suas aplicações no campo:

 Sistema de irrigação inteligente: a água é aplicada ao solo de acordo com a


necessidade hídrica da planta. Aplicativos e softwares determinam a
quantidade de água a ser aplicada por meio de dados coletados por sensores;
 Tecnologia embarcada em tratores, colheitadeiras e pulverizadores: são as
tecnologias embarcadas nas máquinas agrícolas, como GPS e controladores
para pulverização, que facilitam e otimizam o trabalho do produtor rural. Com
tecnologia embarcada, o produtor rural pode fazer o controle eletrônico do
plantio à colheita.
 Automação e rede de sensores locais para mapeamento de solos;
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APLICAÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

 Estações meteorológicas para monitoramento do clima e previsão de


ocorrência de pragas e doenças;
 Veículo aéreo não tripulado (VANT) ou drone (do inglês, zangão) que, com
câmeras especiais interconectadas, capta informações, indica níveis de
produtividade e necessidade de manejos específicos nos talhões.

Como usar a tecnologia no campo

Não é preciso adquirir equipamentos com tecnologia de ponta para adotar a


agricultura digital. Celular, tablet e/ou computador com acesso à internet já
possibilitam a utilização da agricultura digital por meio de aplicativos e softwares.

Quando o produtor se mantém conectado, ele otimiza seu tempo gasto no


gerenciamento da produção. Isso também pode resultar em maiores rendimentos na
lavoura e maior sustentabilidade na agricultura.
Inovações tecnológicas são sempre muito bem-vindas, mas é fundamental para o
produtor relacionar o custo com o benefício dessas tecnologias.

Dados obtidos pela pesquisa Tecnologia da Informação, do Sebrae

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Antes de mais nada, o produtor deve saber qual o problema tem de resolver. Só assim
poderá saber qual tecnologia deve aplicar para isso.

Se o problema for compactação do solo, por exemplo, não adianta comprar um


dispositivo ou contratar um serviço que faça captação de imagem aérea. A tecnologia
empregada, nesse caso, deve ser a que vai analisar o solo e encontrar soluções para
tratá-lo. Dessa forma o produtor consegue extrair o máximo de benefícios da
agricultura digital, evitando o uso de forma aleatória.

Agricultura Digital: da pré-produção à pós-produção

A agricultura digital também pode ser aplicada à rastreabilidade da produção. Ou seja,


permite que o agricultor registre o passo a passo do cultivo. Dessa forma ele consegue
informar os quesitos de sustentabilidade que foram adotados no seu processo de
produção.

Os canais digitais, como as redes sociais, por exemplo, podem ajudar o agricultor na
tomada de decisões. Afinal, isso influencia na forma com que o alimento chega ao
prato da população.

Essas iniciativas também permitem levar à sociedade o conhecimento sobre o papel


fundamental do agricultor e, assim, melhorar a compreensão das pessoas sobre a
agricultura. Além disso, contribuem com a geração de renda e com a economia
nacional.

Agricultura Digital já está acontecendo

A agricultura digital é um mercado em franco crescimento no Brasil e no


mundo. Estudo das Nações Unidas mostra que esse mercado deverá movimentar 15
bilhões de dólares em 2021 no mundo todo. Isso representa mais inovação,
equipamentos mais acessíveis aos produtores, novos aplicativos e sistemas de
gerenciamento.

As grandes empresas do setor estão investindo nesse tipo de solução para agregar
valor aos seus produtos e serviços. Elas já perceberam o potencial da agricultura

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digital! Fabricantes de fertilizantes e sementes incentivam o uso dessas tecnologias


pois elas permitem fazer com que seus produtos tragam resultados ainda melhores.

A automatização dos processos por meio das tecnologias da agricultura digital


melhora a produtividade e reduz desperdícios, agregando mais valor ao produto final.
E essas tecnologias estão cada vez mais acessíveis para todos, desde as grandes
fazendas até aos pequenos produtores.

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REFERÊNCIAS

https://www.gifel.com.br/sistemas-de-incendio-para-colheitadeiras-agricolas/>acesso
em 20/10/2020

https://blog.jacto.com.br/equipamento-de-protecao-individual-epi-
agricola/#:~:text=No%20entanto%2C%20os%20EPIs%20n%C3%A3o,a%20sofrer%
20acidentes%20de%20trabalho.>acesso em 20/10/2020

https://www.grupocultivar.com.br/artigos/pronta-para-o-feijao>acesso em 21/10/2020

https://www.canalrural.com.br/sites-e-especiais/mais-milho/colheita-do-milho-confira-
dicas-antes-de-colocar-as-maquinas-em-campo/>acesso em 21/10/2020

https://www.metaagricola.com.br/colheitadeiras/algodão>acesso em 21/10/2020

https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/graos-sementes-e-cereais-quais-sao-
as-diferencas-entenda-cada-grupo-alimentar_a7267/1>acesso em 21//10/2020

https://www.agrolink.com.br/culturas/arroz/informacoes/colheita---pos-
colheita_361572.html>acesso em 21/10/2020

https://revistagloborural.globo.com/Tecnologia-no-Campo/noticia/2015/12/o-que-e-
agricultura-de-precisao.html>acesso em 20/02/2020

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