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Código de Conduta Éti ca na Investi gação – ISCTE-IUL Quadro de conteúdos 1.

ENQUADRAMENTO................................................................................................... ..
....1 2. PRINCÍPIOS
GERAIS............................................................................................................3
Honesti dade..............................................................................................................
................................3 Fiabilidade e
rigor.........................................................................................................................
.........3
Objeti vidade..............................................................................................................
................................3
Integridade ..............................................................................................................
.................................3
Responsabilidade.......................................................................................................
.............................3 3. ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS.................................................................................................3
Relevância e qualidade da
investi gação........................................................................................3
Consenti mento..........................................................................................................
...............................4
Confi dencialidade......................................................................................................
.............................5 "Debriefi ng” e
“feedback”................................................................................................................
....6 Proteção e segurança dos/as
parti cipantes.................................................................................6 "Decepti on” e
ocultação da informação ........................................................................................7
Recolha e armazenamento de
dados..............................................................................................7 Publicação e
autoria .....................................................................................................................
........8 Má
conduta....................................................................................................................
...........................9 ANEXO –
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................10
1. ENQUADRAMENTO 1.1. O presente Código visa promover o cumprimento de padrões
éti cos na investi gação realizada no universo ISCTE-IUL, e surge no quadro geral da
missão e das atribuições da Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL (Despacho n.º 7095/2011;
Diário da República, 2.ª série — N.º 90 — 10/06/2011). Mais especifi camente, o Código
veicula um conjunto de princípios e orientações que têm como objeti vos: (1) proteger
a dignidade, a segurança e o bem-estar dos/as parti cipantes, (2) salvaguardar a
segurança e a reputação dos/as investi gadores/as, e (3) promover a qualidade da
investi gação como um todo. 2 1.2. No âmbito do presente documento, entende-se por
investi gação toda a iniciati va que visa gerar conhecimento original através da
aplicação de metodologias cientí fi cas. O Código é aplicável a todas as ati vidades de
investi gação com parti cipantes humanos desenvolvidas no âmbito das Escolas,
Departamentos, Centros de Investi gação, Insti tutos, enti dades associadas e/ou outras
unidades orgânicas do ISCTE-IUL; por docentes, investi gadores/as, alunos/as e/ou
outros intervenientes. 1.3. Embora assuma um caráter prescriti vo, o Código enfati za o
papel da autonomia, responsabilidade e autorregulação de quem conduz investi gação,
na concreti zação dos princípios e das orientações que veicula. Assim, não é vinculati vo
nem pretende substi tuir-se à refl exão críti ca na identi fi cação e resolução de questões
éti cas na investi gação, mas antes informar e orientar a ação de todos os intervenientes
com responsabilidades no planeamento, gestão, condução e/ou divulgação cientí fi ca.
1.4. No mesmo senti do, o Código é encarado como um documento que se presta à
melhoria contí nua, moldando-se à evolução das exigências e preocupações éti cas na
investi gação cientí fi ca. Está, portanto, aberto a integrar sugestões de revisão e
atualização que se encontrem alinhadas com todos os objeti vos apresentados no seu
enquadramento (ver parágrafo 1.1), privilegiando-se, tanto quanto possível, uma
seleção parcimoniosa e criteriosa dos conteúdos a integrar. 1.5. No que respeita à sua
estrutura, para além do presente enquadramento, o Código apresenta um conjunto de
princípios gerais que informam a conduta éti ca na investi gação, uma lista de
orientações práti cas organizadas por temas relevantes para a éti ca na investi gação, e
um anexo com as fontes uti lizadas na elaboração do documento. 1.6. As disposições do
Código não dispensam, substi tuem ou sobrepõem a consulta e o conhecimento de
outros guias e legislação relevante ao nível nacional e europeu, tais como: a Carta dos
Direitos Fundamentais da União Europeia; a Convenção para a Proteção dos Direitos do
Homem e das Liberdades Fundamentais; a Lei n.º 67/98, de 26 de outubro – Lei da
Proteção de Dados Pessoais (LPDP); a Lei n.º 12/2005, de 26 de janeiro, relati va à
Informação genéti ca pessoal e informação de saúde; a Lei n.º 125/99, de 20 de abril,
relati va ao Regime Jurídico das Insti tuições de Investi gação Cientí fi ca. 1.7. De igual
modo, as disposições do Código e/ou dos guias e legislação relevante ao nível nacional
e europeu não dispensam, substi tuem ou se sobrepõem a obrigações legais de outros
países, sempre que a investi gação seja conduzida em países terceiros. 3 2. PRINCÍPIOS
GERAIS Responsabilidade 2.1. Responsabilidade em relação ao impacto da
investi gação: nos/as parti cipantes, respeitando a autodeterminação e tomando
medidas para minimizar quaisquer riscos para a saúde e bem-estar fí sico e/ou
psicológico; na sociedade, privilegiando ati vidades com elevado potencial de
relevância social e cientí fi ca; e no ambiente, minimizando impactos nocivos e
promovendo a gestão sustentável dos recursos disponíveis. Honesti dade 2.2.
Honesti dade em relação ao processo de investi gação, assegurando a transparência e
veracidade dos procedimentos, dos dados, dos resultados, das interpretações e de
eventuais implicações, reconhecendo os contributos de terceiros, e não uti lizando nem
ocultando más práti cas de investi gação. Fiabilidade e rigor 2.3. Fiabilidade e rigor ao
realizar ati vidades de investi gação, agindo de forma meti culosa, cuidadosa e com
atenção aos detalhes; e na comunicação de resultados, reportando-os de forma
correta, integral e imparcial. Objeti vidade 2.4. Objeti vidade nas interpretações e
conclusões, ancorando-as em dados e evidências disponibilizáveis e comprováveis,
obti das através de procedimentos replicáveis. Integridade 2.5. Integridade na
identi fi cação e manifestação de confl itos de interesse, reais e/ou potenciais, e no
cumprimento de todos os requisitos éti cos e legais em relação à respeti va área de
investi gação. 3. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS Relevância e qualidade da investi gação 3.1. As
ati vidades de investi gação devem ser planeadas e conduzidas em função de
perguntas/problemas de investi gação que permitam acrescentar conhecimento
relevante sobre determinado tema, desenvolver novos métodos/instrumentos com
potencial de aplicação, ou melhorar métodos/instrumentos já existentes. 3.2. A
relevância da investi gação pode justi fi car-se também em situações de comprovado
valor pedagógico-educati vo para efeitos de treino e instrução de 4 estudantes,
investi gadores e/ou outros intervenientes, ainda que a consecução de um contributo
original em determinado tema não seja o principal foco das ati vidades. 3.3. A
investi gação que não apresenta qualquer contributo original para o avanço do
conhecimento e/ou para a capacitação de indivíduos e comunidades, não é
considerada éti ca, na medida em que consti tui um desperdício de recursos (materiais e
imateriais) e desvaloriza o contributo dos/as parti cipantes. 3.4. A investi gação
realizada através de estudos sem validade e com falhas metodológicas graves também
não é considerada éti ca. Para além de desperdiçar recursos e desvalorizar o contributo
dos/as parti cipantes, pode traduzir-se em dados e resultados erróneos, cuja
disseminação poderá ter implicações eventualmente danosas. Consenti mento 3.5.
Ninguém pode ser obrigado ou coagido a parti cipar num estudo. No âmbito do
consenti mento informado, os/as parti cipantes devem receber informação que inclui:
(1) objeti vos gerais do estudo, tempo esti mado e característi cas gerais da sua
parti cipação; (2) direito a recusar parti cipar no estudo, e a interromper a parti cipação
em qualquer momento; (3) eventuais riscos, desconfortos ou outros efeitos adversos
associados à parti cipação; (4) eventuais benefí cios associados à parti cipação; (5)
eventuais limites à confi dencialidade (ver Confi dencialidade, parágrafo 3.15); (6)
incenti vos à parti cipação, quando houver; (7) quem contactar no caso de desejar fazer
perguntas ou comentários sobre o estudo. 3.6. Os/as parti cipantes não devem iniciar a
parti cipação num estudo antes de terem a oportunidade de dar o seu consenti mento,
de forma livre e autodeterminada. 3.7. Quando a parti cipação é presencial, deve
privilegiar-se a obtenção de consenti mento informado assinado pelo/a parti cipante,
exceto em situações de incapacidade (e.g., difi culdades de literacia ou motricidade),
ou quando a identi fi cação pessoal possa implicar riscos para o/a parti cipante (e.g.,
estudos com parti cipantes com comportamentos ilícitos). Nestes casos, o/a
parti cipante pode manifestar o seu consenti mento de forma verbal ou através de sinal
comportamental, o qual deverá fi car devidamente registado. 3.8. Nas situações em que
os/as parti cipantes estejam impedidos de dar o seu consenti mento, por estarem
limitados/as na sua autodeterminação (e.g., crianças e jovens com menos de 18 anos;
doentes incapacitados; difi culdades cogniti vas acentuadas), o consenti mento deve ser
previamente concedido por terceiros que assegurem o respeito pelos seus direitos,
tais como os/as cuidadores/as principais ou representantes legais. 5 3.9. O
consenti mento concedido por terceiros só pode ser obti do, salvo situações excecionais
e justi fi cadas, através do princípio da opção de inclusão (opt-in; i.e., ao ser informado,
deve dar o consenti mento explícito para a parti cipação) Adicionalmente, ainda que o
consenti mento seja concedido por terceiros, a manifestação de recusa por parte do/a
parti cipante deve ser impediti va da sua parti cipação. 3.10. A recolha de dados no
contexto de um serviço ou organização deve ser precedida de autorização formal por
parte do respeti vo serviço ou organização. No entanto, a obtenção de autorização
formal para a recolha de dados não dispensa o pedido de consenti mento informado
aos/às parti cipantes do estudo. 3.11. Os estudos que envolvam apenas observação em
contextos públicos, onde é expectável poder ser-se observado por estranhos, estão
isentas de consenti mento – desde que a observação não implique riscos acrescidos
para os/as parti cipantes, nem seja recolhida informação sobre a sua identi dade. 3.12.
Nas situações em que a obtenção de consenti mento plenamente informado prévio à
parti cipação possa comprometer os objeti vos do estudo, por risco provável de
condicionar as respostas e/ou a conduta dos/as parti cipantes, devem aplicar-se as
orientações relati vas a “Decepti on” e ocultação de informação (parágrafos 3.28 a
3.30). Confi dencialidade 3.13. Toda a informação prestada pelos/as parti cipantes no
contexto de investi gação deve ser tratada confi dencialmente e, quando publicada, não
deve ser identi fi cável. 3.14. No contexto de investi gação, devem recolher-se apenas os
dados pessoais estritamente necessários à realização do estudo. A informação que
identi fi que de forma única os/as parti cipantes deve manter-se apenas enquanto for
necessária, convertendo-se o mais rapidamente possível em dados anónimos (e.g.,
código de identi fi cação anónimo). 3.15. Na investi gação realizada com escolas,
hospitais, empresas ou quaisquer outras organizações públicas ou privadas, estas não
devem ser identi fi cadas, a menos que previamente acordado por todas as partes. 3.16.
O dever de confi dencialidade não é absoluto e, em circunstâncias excecionais, pode
ser ultrapassado pelo dever de proteção face ao dano. Em determinados contextos de
investi gação, pode acontecer que sejam identi fi cadas ameaças graves e credíveis à
segurança de indivíduos em situação de vulnerabilidade, e/ou víti mas de crimes
públicos ou semipúblicos. Neste âmbito, os/as responsáveis pela investi gação devem
defi nir antecipadamente quais os procedimentos a seguir no caso de se depararem
com situações desta natureza. 6 3.17. Na eventualidade de não poder assegurar-se a
confi dencialidade e/ou o anonimato dos dados, os/as parti cipantes devem ser
informados dessa possibilidade no âmbito do consenti mento informado. “Debriefi ng” e
“feedback” 3.18. No fi nal da parti cipação no estudo deve facultar-se aos/às
parti cipantes a oportunidade de aceder a informação mais específi ca sobre os
objeti vos, hipóteses, procedimentos e/ou contributos esperados da investi gação (i.e.
debriefi ng), complementando informação eventualmente mais genérica prestada no
consenti mento informado. 3.19. Havendo o risco de condicionar as respostas ou a
conduta de outros/as potenciais parti cipantes, por contacto ou exposição, o debriefi ng
pode ser prestado num momento posterior, através de contacto cedido livremente
para o efeito – desde que o adiamento não implique quaisquer riscos, desconfortos ou
outros efeitos adversos antecipáveis para os/as parti cipantes (ver Proteção e
segurança dos/as parti cipantes, parágrafos 3.22 a 3.27). 3.20. Deve oferecer-se aos/às
parti cipantes a oportunidade de obterem informação sobre os resultados e conclusões
do estudo (i.e. feedback). 3.21. O dever de oferecer aos/às parti cipantes um debriefi ng
e a oportunidade de receber feedback sobre os resultados do estudo aplica-se, por
princípio, em todas as investi gações em que haja Consenti mento (parágrafos 3.5 a
3.12) ou “Decepti on” e ocultação de informação (parágrafos 3.28 a 3.30). Proteção e
segurança dos/as parti cipantes 3.22. O respeito pela dignidade, segurança e bem-estar
dos/as parti cipantes deve estar entre as considerações primárias de qualquer
investi gação. Neste senti do, os/as responsáveis pela investi gação devem considerar
eventuais riscos associados à parti cipação. 3.23. Os riscos associados à parti cipação
podem referir-se a danos reais ou potenciais para a saúde fí sica ou psicológica dos
parti cipantes, desconforto, stresse, ofensas à reputação, danos para as relações
familiares e interpessoais, danos para a situação económica, profi ssional ou
académica, e/ou quaisquer outros fatores manifestamente contrários aos interesses
dos/as parti cipantes. 3.24. Antecipando-se a existência de riscos signifi cati vos
associados à parti cipação, os responsáveis pela investi gação devem defi nir
antecipadamente procedimentos de minimização e gestão dos riscos, e colocá-los à
consideração da comissão de éti ca. 7 3.25. Entendem-se por riscos signifi cati vos todos
os que não caibam na defi nição estrita de risco mínimo. Considera-se que o estudo
tem um risco mínimo quando se antevê que possa implicar, no máximo, um impacto
negati vo muito ligeiro e temporário na saúde ou bem-estar do/a parti cipante. 3.26.
Deve prestar-se especial consideração à existência de riscos potencialmente
signifi cati vos em estudos que envolvam: recolha de informação sobre assuntos
sensíveis para os/as parti cipantes (e.g., experiências traumáti cas; limitações fí sicas;
sofrimento psicológico); indução de estados de desconforto fí sico (e.g., tarefas fí sicas
prolongadas ou muito repeti ti vas) ou psicológico (e.g., ansiedade; humilhação);
atribuição de rótulos ou categorias no contexto experimental com consequências
potencialmente negati vas para o autoconceito (e.g., manipulação de competências
percebidas; manipulação de situações de exclusão); ati vidades invasivas (e.g.,
administração de substâncias); recolha de tecidos humanos, sangue ou outros
materiais biológicos. 3.27. No mesmo senti do, deve prestar-se especial consideração à
existência de riscos potencialmente signifi cati vos em estudos com populações
vulneráveis, tais como: crianças e jovens com menos de 18 anos; pessoas com
difi culdades fí sicas ou psicológicas; pessoas com relação de desigualdade ou
dependência em relação aos responsáveis da investi gação, ou no contexto onde
decorre a investi gação. “Decepti on” e ocultação da informação 3.28. Nas situações em
que a obtenção de consenti mento prévio plenamente informado possa comprometer
os objeti vos do estudo, por risco provável de condicionar as respostas e/ou a conduta
dos/as parti cipantes, pode justi fi car-se o recurso a decepti on (i.e., prestar
deliberadamente informação falsa sobre os objeti vos ou hipóteses da investi gação), ou
à ocultação de informação (i.e., não revelar determinados detalhes dos objeti vos ou
das hipóteses no âmbito do consenti mento informado). 3.29. O recurso a
decepti on/ocultação de informação deve ser uti lizado apenas em investi gações com
elevada relevância cientí fi ca, educati va ou aplicada, quando outras alternati vas que
não envolvam decepti on/ocultação de informação não possam ser uti lizadas para
ati ngir os mesmos objeti vos. 3.30. Recorrendo a decepti on ou à ocultação de
informação, a informação ocultada ou manipulada deve ser revelada e contextualizada
no debriefi ng (Debriefi ng e feedback; parágrafos 3.18 a 3.21). Recolha e
armazenamento de dados 3.31. Todos os dados recolhidos no âmbito da investi gação
devem ser armazenados e manti dos de forma segura e acessível, por um período de
pelo 8 menos cinco anos desde o fi nal do estudo/projeto ou, sendo reportados em
publicações cientí fi cas, desde a data da publicação original. 3.32. Os dados da
investi gação devem ser colocados à disposição de quem pretenda replicar o estudo ou
trabalhar sobre os resultados, sujeitos a eventuais limitações impostas por legislação
específi ca e pelos princípios gerais da confi dencialidade, proteção e segurança dos/as
parti cipantes. 3.33. Findo o período de armazenamento, a eventual eliminação ou
destruição dos dados deve ser feita de acordo com os requisitos éti cos e legais
aplicáveis, com especial consideração pelos princípios gerais da confi dencialidade,
proteção e segurança dos/as parti cipantes. Publicação e autoria 3.34. Os/as
investi gadores/as devem publicar e divulgar os resultados da investi gação de forma
honesta, transparente e rigorosa. 3.35. Os resultados devem ser publicados com a
maior brevidade possível, cumprindo-se o contributo original a que a investi gação se
presta, ressalvadas questões de caráter comercial ou intelectual que possam justi fi car
a dilação da publicação, por exemplo no que respeita a pedidos de patentes. 3.36. As
autorias devem ser defi nidas tendo em conta a parti cipação original e signifi cati va na
investi gação, nomeadamente: contribuição signifi cati va para o desenho da
investi gação, recolha e análise dos dados, interpretação dos resultados, discussão,
escrita e/ou revisão do manuscrito. 3.37. Na defi nição de autorias, devem considerar-
se irrelevantes quaisquer fatores que não se reportem à parti cipação direta e
signifi cati va nas ati vidades da investi gação, tais como: estatuto académico ou
profi ssional, cargo ou posição hierárquica, supervisão geral de grupo de investi gação
sem contributos específi cos para o projeto, cedência de espaço ou equipamentos para
a investi gação, fi nanciamento ou compensação fi nanceira, edição de texto. 3.38. O
trabalho e a colaboração de intervenientes que não cumpram os critérios de autoria
devem ser reconhecidos sempre que se justi fi que, e se tal for consenti do pelos
próprios, em nota de rodapé ou em secções específi cas para o efeito (e.g.
agradecimentos, reconhecimentos). 3.39. Quaisquer apoios fi nanceiros e materiais à
investi gação e à publicação devem ser corretamente mencionados e reconhecidos.
3.40. Todos os/as autores/as devem revelar a existência de potenciais confl itos de
interesse (e.g., ser detentor/a de interesses fi nanceiros ou de afi liação em relação aos
resultados da investi gação). 9 3.41. Todos os/as autores/as devem ser plenamente
responsáveis pelos conteúdos da publicação, salvo se for especifi cado que a sua
responsabilidade se resume a uma parte específi ca do estudo e da publicação. 3.42. A
ordem de autoria deve ser acordada por todos/as, logo no início do projeto ou da
elaboração do manuscrito, sem prejuízo de posterior redefi nição quando tal se
justi fi que. 3.43. O/a primeiro/a autor/a deve ser considerado o/a que contribuiu mais
para as ati vidades da investi gação (considerando-se geralmente o desenho da
investi gação, recolha e análise dos dados, interpretação dos resultados e discussão) e
que assume a principal responsabilidade pela escrita do manuscrito. 3.44. No que
respeita a publicações que sejam substancialmente baseadas nos conteúdos de tese ou
dissertação, deve assumir-se que os/as alunos/as são quem mais contribuiu para as
respeti vas ati vidades da investi gação, e que assumiram a responsabilidade pela escrita
da mesma. Neste senti do, em conformidade com os parágrafos anteriores e salvo
circunstâncias excecionais, devem ser listados/as como primeiros/as autores/as. Má
conduta 3.45. Todos os intervenientes com responsabilidades no planeamento, gestão,
condução e/ou divulgação cientí fi ca devem reconhecer que existem práti cas
qualifi cadas como má conduta na investi gação. 3.46. Reconhecendo estas práti cas
devem também repudiá-las, na medida em que promovem uma representação
deliberadamente falsa da realidade, contrariam os princípios fundamentais do
processo cientí fi co, e comprometem os contributos prestados pela investi gação como
um todo. 3.47. As práti cas mais gravosas qualifi cadas como má conduta na
investi gação incluem: fabrico de dados, falsifi cação e plágio. 3.48. O fabrico de dados
consiste em criar dados falsos (e.g., respostas de parti cipantes; registos
observacionais) ou outros materiais de investi gação (e.g., consenti mento informado).
3.49. A falsifi cação consiste em distorcer, manipular, omiti r ou alterar dados,
resultados ou materiais da investi gação. 3.50. O plágio corresponde à uti lização ou
apropriação indevida de ideias, processos, propriedade intelectual ou outro ti po de
trabalho sem o devido crédito ou referência pela fonte ou autoria original. 3.51. A
adoção de práti cas manifestamente contrárias aos princípios gerais veiculados no
presente Código (parágrafos 2.1 a 2.5) também deve ser encarada como má conduta na
investi gação. 10 ANEXO – BIBLIOGRAFIA As seguintes fontes foram uti lizadas na
elaboração do presente Código. D'Angelo, J. (2012). Ethics in Science: Ethical
misconduct in scienti fi c research. London: CRC Press. Danis, M., Largent, E., Grady, C.,
Hull, S. C., & Wendler, D. (2012). Research ethics consultati on: a casebook. New York:
Oxford University Press. EC – European Commission (2013). Ethics for researchers.
Luxembourg: Publicati ons Offi ce of the European Union. ESF – European Science
Foundati on (2011). The European Code of Conduct for Research Integrity. Strasbourg:
European Science Foundati on. FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia (2015).
Proposta de Código de Conduta Responsável em Investi gação Cientí fi ca. Disponível em:
htt p://ti ny.cc/yuo8by Huws, U., Dench, S., & Iphofen, R. (2004). An EU code of ethics
for socio-economic research. Brighton: Insti tute for Employment Studies (European
Commission IST Programme). Israel, M., & Hay, I. (2006). Research ethics for social
scienti sts. London: Sage. Paoletti , I., Tomás, M. I., & Menéndez, F. (2013). Practi ces of
ethics: An empirical approach to ethics in social sciences research. Cambridge:
Scholars Publishing. Piccolo, F. L., & Thomas, H. (Eds.). (2009). Ethics and planning
research. Farnham: Ashgate Publishing. Russel, C., Hogan, L., & Junker-Kenny, M.
(Eds.). (2013). Ethics for Graduate Researchers: A Cross-disciplinary Approach. London:
Elsevier. Stewart, C. N. (2011). Research ethics for scienti sts: A companion for
students. Oxford: John Wiley & Sons. TBPS – The Briti sh Psychological Society (2009).
Code of Ethics and Conduct. Leicester: The Briti sh Psychological Society. TBPS – The
Briti sh Psychological Society (2009). Code of Human Research Ethics. Leicester: The
Briti sh Psychological Society. UKRIO (2009). Code of practi ce for research: Promoti ng
good practi ce and preventi ng misconduct. London: UK Research Integrity Offi ce. World
Medical Associati on (2008). Declarati on of Helsinki - Ethical principles for medical
research involving human subjects. Disponível em:
htt p://www.wma.net/en/30publicati ons/ 10policies/b3/17c.pdf  DOCUMENTOS
ORIENTADORES  1 GUIA DE SUBMISSÃO PARA APROVAÇÃO ÉTICA NO ISCTE-IUL Porquê
submeter um estudo para aprovação éti ca? A aprovação éti ca é encarada como parte
fundamental do processo de investi gação, e não apenas como um requisito para fazer
investi gação de qualidade. A aprovação éti ca promove a proteção dos/as parti cipantes,
dos/as investi gadores/as, e a integridade da produção cientí fi ca. Adicionalmente, é
muitas vezes condição necessária para a obtenção de fi nanciamento, e muitas
publicações cientí fi cas não aceitam publicar resultados de estudos que não obti veram
aprovação éti ca. Que estudos são elegíveis para aprovação éti ca no ISCTE-IUL? Os
estudos que envolvam recolha de dados com parti cipantes são elegíveis para
aprovação éti ca no ISCTE-IUL. Os estudos que não envolvam parti cipantes, que
recorram apenas a dados já disponíveis em bases de dados públicas, ou que tenham
obti do aprovação éti ca por outra enti dade, dispensam aprovação éti ca pelo ISCTE-IUL.
Quem pode submeter um estudo para aprovação éti ca no ISCTE-IUL? Todos/as os/as
docentes ou investi gadores/as do ISCTE-IUL podem submeter um estudo para
aprovação éti ca no ISCTE-IUL. Os/as estudantes também podem fazer submissões,
desde que orientados e supervisionados por um/a docente ou investi gador/a. Como
submeter um estudo para aprovação éti ca no ISCTE-IUL? A submissão e respeti va
aprovação éti ca devem anteceder sempre o início do processo de recolha dos dados.
Estudos submeti dos a posteriori não são considerados elegíveis para aprovação éti ca.
O plano do estudo deve ser submeti do por via eletrónica – email@e-mail.com –
uti lizando o formulário disponível para o efeito (Formulário de submissão para
aprovação éti ca). Para além do formulário, são também disponibilizados modelos de
consenti mento informado e debriefi ng, que poderá adaptar em função das
característi cas do estudo. Caso pretenda optar por outro modelo de consenti mento
informado e/ou debriefi ng, deverá assegurar a 2 conformidade com as disposições do
Código de Conduta (parágrafos 3.5 a 3.12, e 3.18 a 3.21). Consulte em baixo os três
passos para submeter um estudo para aprovação éti ca no ISCTE-IUL. Em que consiste a
submissão/aprovação éti ca no ISCTE-IUL? Em função dos elementos do estudo, este
será elegível para aprovação automáti ca ou para aprovação por deliberação (ver
Diagrama de submissão e aprovação éti ca). No entanto, independentemente do ti po de
aprovação, o processo de submissão é o mesmo para todos os estudos. Ou seja, os três
passos para submeter um estudo aplicam-se de forma idênti ca a todas as submissões.
A aprovação éti ca no ISCTE-IUL dispensa ou substi tui outras obrigações
legais/administrati vas que possam colocar-se no âmbito da investi gação? Não. Os/as
investi gadores/as devem atentar à possibilidade de existi rem requisitos específi cos,
por exemplo, ao nível da recolha/armazenamento de dados em determinados
contextos (e.g., processo interno de autorização em contextos escolares ou
hospitalares), ou no âmbito de concursos para obtenção de fi nanciamento (e.g.,
processo interno de revisão e aprovação da própria agência de fi nanciamento). A
obtenção de aprovação éti ca no ISCTE-IUL não dispensa ou substi tui a conformidade
com este ti po de requisitos, nem quaisquer outras obrigações legais/administrati vas
que possam colocar-se no âmbito da investi gação. 3 PASSOS PARA SUBMETER UM
ESTUDO PARA APROVAÇÃO ÉTICA NO ISCTE-IUL 1. Assegurar que o estudo está em
conformidade com as disposições do Código de Conduta Éti ca na Investi gação – ISCTE-
IUL; 2. Preencher o Formulário de submissão para aprovação éti ca com informação
sobre os seguintes aspetos: Descrição do Estudo; Parti cipantes; Consenti mento
Informado e Debriefi ng; Proteção e Segurança dos/as Parti cipantes; Declaração de
Responsabilidade e de Conduta Éti ca; 3. Juntar os anexos aplicáveis solicitados no
formulário (i.e., consenti mento informado; debriefi ng; questi onários/materiais do
estudo), e enviar a submissão para o endereço email@email.com. Quaisquer dúvidas
relati vas à submissão poderão ser esclarecidas através do endereço acima indicado. 3
Quem é responsável pelo processo de aprovação éti ca no ISCTE-IUL? Nos termos do
Regulamento da Comissã o de É ti ca do ISCTE-IUL (Despacho n.º 7095/2011 publicado
em Diá rio da Repú blica, 2a sé rie, N.º 90, de 10 de maio de 2011), cabe à Comissão de
Éti ca do ISCTE-IUL proceder à apreciação e aprovação dos planos de estudo
submeti dos. DIAGRAMA DE SUBMISSÃO E APROVAÇÃO ÉTICA NO ISCTE-IUL Aprovação
automáti ca pela Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL. O plano do estudo é submeti do antes
do início da recolha dos dados. Cumprindo-se os critérios expostos no diagrama, que
serão apreciados por um elemento da Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL, a aprovação é
automáti ca e realizada num prazo máximo desejável de quinze dias úteis. Aprovação
por deliberação pela Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL. No âmbito da aprovação por
deliberação pela Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL, o plano do estudo é submeti do antes
do início da recolha dos dados e sujeito a apreciação e deliberação pela Comissão. Não
Sim Sim O estudo envolve recolha de dados com parti cipantes? Envolve todos ou algum
dos seguintes elementos? Riscos signifi cati vos para os/as parti cipantes (código de
conduta: 3.25 e 3.26) Amostra proveniente de populações vulneráveis (código de
conduta: 3.27) Não Dispensa aprovação éti ca pelo ISCTE-IUL Elegível para aprovação
automáti ca pela Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL Elegível para aprovação por
deliberação da Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL  FERRAMENTAS E MODELOS  1
FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO PARA APROVAÇÃO ÉTICA Título do projeto: Click here to
enter text. Investi gador/a proponente: Click here to enter text. Investi gador/a
responsável: Click here to enter text. Contactos (e-mail): Click here to enter text.
Equipa de investi gação: Click here to enter text. Financiamento (se aplicável): Click
here to enter text. Submissão: Primeira submissão ☐ Re-submissão ☐ Alteração ☐
CHECKLIST PARA QUESTÕES DE ÉTICA Indique se o estudo envolve algum dos seguintes
elementos (assinale todos os que se aplicam): Amostra proveniente de populações
vulneráveis Crianças e jovens com menos de 18 anos. ☐ Pessoas com difi culdades
físicas ou psicológicas. ☐ Pessoas com relação de dependência em relação aos/às
responsáveis pela investi gação (e.g., superiores hierárquicos; assimetria de
poder/estatuto) ou no contexto onde decorre a investi gação (e.g., universidade;
empresas). ☐ Pessoas pertencentes a grupos minorit ários em situação de
vulnerabilidade e/ou em situa ção ilegal. ☐ Riscos signifi cati vos para os/as
parti cipantes Recolha de informação sobre assuntos sensíveis para os/as parti cipantes
(e.g., experiências traumáti cas; limitações fí sicas; sofrimento psicológico). ☐ Indução
de estados de desconforto físico (e.g., tarefas físicas prolongadas ou muito repeti ti vas)
ou psicológico (e.g., ansiedade; humilhação). ☐ Atribuição de rótulos ou categorias
com consequências potencialmente negati vas para o autoconceito (e.g., manipula ção
de competências percebidas; manipulação de situações de exclusão). ☐ Ati vidades
invasivas (e.g., administração de substâncias; ingestão de alimentos). ☐ Recolha de
tecidos humanos, sangue ou outros materiais biol ógicos. ☐ 2 DESCRIÇÃO DO ESTUDO
PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO E RELEVÂNCIA DO ESTUDO Indique o problema de
investi gação e a relevância do estudo, clarifi cando qual o contributo original que
apresenta para o avanço do conhecimento e/ou outros benefí cios esperados para
indivíduos ou comunidades. [até 200 palavras] Click here to enter text.
OBJETIVOS/PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO Indique os objeti vos gerais e específi cos do
estudo, e/ou a(s) pergunta(s) de investi gação. [até 150 palavras] Click here to enter
text. 3 MÉTODO Explique a escolha de métodos de investi gação e descreva todos os
procedimentos para a recolha e registo de dados, parti cipação e tarefas
solicitadaCódigo de Conduta Éti ca na Investi gação – ISCTE-IUL Quadro de conteúdos 1.
ENQUADRAMENTO.....................................................................................................
........1 2. PRINCÍPIOS
GERAIS............................................................................................................3
Honesti dade..............................................................................................................
................................3 Fiabilidade e
rigor.........................................................................................................................
.........3
Objeti vidade..............................................................................................................
................................3
Integridade ..............................................................................................................
.................................3
Responsabilidade.......................................................................................................
.............................3 3. ORIENTAÇÕES
PRÁTICAS.................................................................................................3
Relevância e qualidade da
investi gação........................................................................................3
Consenti mento..........................................................................................................
...............................4
Confi dencialidade......................................................................................................
.............................5 "Debriefi ng” e
“feedback”................................................................................................................
....6 Proteção e segurança dos/as
parti cipantes.................................................................................6 "Decepti on” e
ocultação da informação ........................................................................................7
Recolha e armazenamento de
dados..............................................................................................7 Publicação e
autoria .....................................................................................................................
........8 Má
conduta....................................................................................................................
...........................9 ANEXO –
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................10
1. ENQUADRAMENTO 1.1. O presente Código visa promover o cumprimento de padrões
éti cos na investi gação realizada no universo ISCTE-IUL, e surge no quadro geral da
missão e das atribuições da Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL (Despacho n.º 7095/2011;
Diário da República, 2.ª série — N.º 90 — 10/06/2011). Mais especifi camente, o Código
veicula um conjunto de princípios e orientações que têm como objeti vos: (1) proteger
a dignidade, a segurança e o bem-estar dos/as parti cipantes, (2) salvaguardar a
segurança e a reputação dos/as investi gadores/as, e (3) promover a qualidade da
investi gação como um todo. 2 1.2. No âmbito do presente documento, entende-se por
investi gação toda a iniciati va que visa gerar conhecimento original através da
aplicação de metodologias cientí fi cas. O Código é aplicável a todas as ati vidades de
investi gação com parti cipantes humanos desenvolvidas no âmbito das Escolas,
Departamentos, Centros de Investi gação, Insti tutos, enti dades associadas e/ou outras
unidades orgânicas do ISCTE-IUL; por docentes, investi gadores/as, alunos/as e/ou
outros intervenientes. 1.3. Embora assuma um caráter prescriti vo, o Código enfati za o
papel da autonomia, responsabilidade e autorregulação de quem conduz investi gação,
na concreti zação dos princípios e das orientações que veicula. Assim, não é vinculati vo
nem pretende substi tuir-se à refl exão críti ca na identi fi cação e resolução de questões
éti cas na investi gação, mas antes informar e orientar a ação de todos os intervenientes
com responsabilidades no planeamento, gestão, condução e/ou divulgação cientí fi ca.
1.4. No mesmo senti do, o Código é encarado como um documento que se presta à
melhoria contí nua, moldando-se à evolução das exigências e preocupações éti cas na
investi gação cientí fi ca. Está, portanto, aberto a integrar sugestões de revisão e
atualização que se encontrem alinhadas com todos os objeti vos apresentados no seu
enquadramento (ver parágrafo 1.1), privilegiando-se, tanto quanto possível, uma
seleção parcimoniosa e criteriosa dos conteúdos a integrar. 1.5. No que respeita à sua
estrutura, para além do presente enquadramento, o Código apresenta um conjunto de
princípios gerais que informam a conduta éti ca na investi gação, uma lista de
orientações práti cas organizadas por temas relevantes para a éti ca na investi gação, e
um anexo com as fontes uti lizadas na elaboração do documento. 1.6. As disposições do
Código não dispensam, substi tuem ou sobrepõem a consulta e o conhecimento de
outros guias e legislação relevante ao nível nacional e europeu, tais como: a Carta dos
Direitos Fundamentais da União Europeia; a Convenção para a Proteção dos Direitos do
Homem e das Liberdades Fundamentais; a Lei n.º 67/98, de 26 de outubro – Lei da
Proteção de Dados Pessoais (LPDP); a Lei n.º 12/2005, de 26 de janeiro, relati va à
Informação genéti ca pessoal e informação de saúde; a Lei n.º 125/99, de 20 de abril,
relati va ao Regime Jurídico das Insti tuições de Investi gação Cientí fi ca. 1.7. De igual
modo, as disposições do Código e/ou dos guias e legislação relevante ao nível nacional
e europeu não dispensam, substi tuem ou se sobrepõem a obrigações legais de outros
países, sempre que a investi gação seja conduzida em países terceiros. 3 2. PRINCÍPIOS
GERAIS Responsabilidade 2.1. Responsabilidade em relação ao impacto da
investi gação: nos/as parti cipantes, respeitando a autodeterminação e tomando
medidas para minimizar quaisquer riscos para a saúde e bem-estar fí sico e/ou
psicológico; na sociedade, privilegiando ati vidades com elevado potencial de
relevância social e cientí fi ca; e no ambiente, minimizando impactos nocivos e
promovendo a gestão sustentável dos recursos disponíveis. Honesti dade 2.2.
Honesti dade em relação ao processo de investi gação, assegurando a transparência e
veracidade dos procedimentos, dos dados, dos resultados, das interpretações e de
eventuais implicações, reconhecendo os contributos de terceiros, e não uti lizando nem
ocultando más práti cas de investi gação. Fiabilidade e rigor 2.3. Fiabilidade e rigor ao
realizar ati vidades de investi gação, agindo de forma meti culosa, cuidadosa e com
atenção aos detalhes; e na comunicação de resultados, reportando-os de forma
correta, integral e imparcial. Objeti vidade 2.4. Objeti vidade nas interpretações e
conclusões, ancorando-as em dados e evidências disponibilizáveis e comprováveis,
obti das através de procedimentos replicáveis. Integridade 2.5. Integridade na
identi fi cação e manifestação de confl itos de interesse, reais e/ou potenciais, e no
cumprimento de todos os requisitos éti cos e legais em relação à respeti va área de
investi gação. 3. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS Relevância e qualidade da investi gação 3.1. As
ati vidades de investi gação devem ser planeadas e conduzidas em função de
perguntas/problemas de investi gação que permitam acrescentar conhecimento
relevante sobre determinado tema, desenvolver novos métodos/instrumentos com
potencial de aplicação, ou melhorar métodos/instrumentos já existentes. 3.2. A
relevância da investi gação pode justi fi car-se também em situações de comprovado
valor pedagógico-educati vo para efeitos de treino e instrução de 4 estudantes,
investi gadores e/ou outros intervenientes, ainda que a consecução de um contributo
original em determinado tema não seja o principal foco das ati vidades. 3.3. A
investi gação que não apresenta qualquer contributo original para o avanço do
conhecimento e/ou para a capacitação de indivíduos e comunidades, não é
considerada éti ca, na medida em que consti tui um desperdício de recursos (materiais e
imateriais) e desvaloriza o contributo dos/as parti cipantes. 3.4. A investi gação
realizada através de estudos sem validade e com falhas metodológicas graves também
não é considerada éti ca. Para além de desperdiçar recursos e desvalorizar o contributo
dos/as parti cipantes, pode traduzir-se em dados e resultados erróneos, cuja
disseminação poderá ter implicações eventualmente danosas. Consenti mento 3.5.
Ninguém pode ser obrigado ou coagido a parti cipar num estudo. No âmbito do
consenti mento informado, os/as parti cipantes devem receber informação que inclui:
(1) objeti vos gerais do estudo, tempo esti mado e característi cas gerais da sua
parti cipação; (2) direito a recusar parti cipar no estudo, e a interromper a parti cipação
em qualquer momento; (3) eventuais riscos, desconfortos ou outros efeitos adversos
associados à parti cipação; (4) eventuais benefí cios associados à parti cipação; (5)
eventuais limites à confi dencialidade (ver Confi dencialidade, parágrafo 3.15); (6)
incenti vos à parti cipação, quando houver; (7) quem contactar no caso de desejar fazer
perguntas ou comentários sobre o estudo. 3.6. Os/as parti cipantes não devem iniciar a
parti cipação num estudo antes de terem a oportunidade de dar o seu consenti mento,
de forma livre e autodeterminada. 3.7. Quando a parti cipação é presencial, deve
privilegiar-se a obtenção de consenti mento informado assinado pelo/a parti cipante,
exceto em situações de incapacidade (e.g., difi culdades de literacia ou motricidade),
ou quando a identi fi cação pessoal possa implicar riscos para o/a parti cipante (e.g.,
estudos com parti cipantes com comportamentos ilícitos). Nestes casos, o/a
parti cipante pode manifestar o seu consenti mento de forma verbal ou através de sinal
comportamental, o qual deverá fi car devidamente registado. 3.8. Nas situações em que
os/as parti cipantes estejam impedidos de dar o seu consenti mento, por estarem
limitados/as na sua autodeterminação (e.g., crianças e jovens com menos de 18 anos;
doentes incapacitados; difi culdades cogniti vas acentuadas), o consenti mento deve ser
previamente concedido por terceiros que assegurem o respeito pelos seus direitos,
tais como os/as cuidadores/as principais ou representantes legais. 5 3.9. O
consenti mento concedido por terceiros só pode ser obti do, salvo situações excecionais
e justi fi cadas, através do princípio da opção de inclusão (opt-in; i.e., ao ser informado,
deve dar o consenti mento explícito para a parti cipação) Adicionalmente, ainda que o
consenti mento seja concedido por terceiros, a manifestação de recusa por parte do/a
parti cipante deve ser impediti va da sua parti cipação. 3.10. A recolha de dados no
contexto de um serviço ou organização deve ser precedida de autorização formal por
parte do respeti vo serviço ou organização. No entanto, a obtenção de autorização
formal para a recolha de dados não dispensa o pedido de consenti mento informado
aos/às parti cipantes do estudo. 3.11. Os estudos que envolvam apenas observação em
contextos públicos, onde é expectável poder ser-se observado por estranhos, estão
isentas de consenti mento – desde que a observação não implique riscos acrescidos
para os/as parti cipantes, nem seja recolhida informação sobre a sua identi dade. 3.12.
Nas situações em que a obtenção de consenti mento plenamente informado prévio à
parti cipação possa comprometer os objeti vos do estudo, por risco provável de
condicionar as respostas e/ou a conduta dos/as parti cipantes, devem aplicar-se as
orientações relati vas a “Decepti on” e ocultação de informação (parágrafos 3.28 a
3.30). Confi dencialidade 3.13. Toda a informação prestada pelos/as parti cipantes no
contexto de investi gação deve ser tratada confi dencialmente e, quando publicada, não
deve ser identi fi cável. 3.14. No contexto de investi gação, devem recolher-se apenas os
dados pessoais estritamente necessários à realização do estudo. A informação que
identi fi que de forma única os/as parti cipantes deve manter-se apenas enquanto for
necessária, convertendo-se o mais rapidamente possível em dados anónimos (e.g.,
código de identi fi cação anónimo). 3.15. Na investi gação realizada com escolas,
hospitais, empresas ou quaisquer outras organizações públicas ou privadas, estas não
devem ser identi fi cadas, a menos que previamente acordado por todas as partes. 3.16.
O dever de confi dencialidade não é absoluto e, em circunstâncias excecionais, pode
ser ultrapassado pelo dever de proteção face ao dano. Em determinados contextos de
investi gação, pode acontecer que sejam identi fi cadas ameaças graves e credíveis à
segurança de indivíduos em situação de vulnerabilidade, e/ou víti mas de crimes
públicos ou semipúblicos. Neste âmbito, os/as responsáveis pela investi gação devem
defi nir antecipadamente quais os procedimentos a seguir no caso de se depararem
com situações desta natureza. 6 3.17. Na eventualidade de não poder assegurar-se a
confi dencialidade e/ou o anonimato dos dados, os/as parti cipantes devem ser
informados dessa possibilidade no âmbito do consenti mento informado. “Debriefi ng” e
“feedback” 3.18. No fi nal da parti cipação no estudo deve facultar-se aos/às
parti cipantes a oportunidade de aceder a informação mais específi ca sobre os
objeti vos, hipóteses, procedimentos e/ou contributos esperados da investi gação (i.e.
debriefi ng), complementando informação eventualmente mais genérica prestada no
consenti mento informado. 3.19. Havendo o risco de condicionar as respostas ou a
conduta de outros/as potenciais parti cipantes, por contacto ou exposição, o debriefi ng
pode ser prestado num momento posterior, através de contacto cedido livremente
para o efeito – desde que o adiamento não implique quaisquer riscos, desconfortos ou
outros efeitos adversos antecipáveis para os/as parti cipantes (ver Proteção e
segurança dos/as parti cipantes, parágrafos 3.22 a 3.27). 3.20. Deve oferecer-se aos/às
parti cipantes a oportunidade de obterem informação sobre os resultados e conclusões
do estudo (i.e. feedback). 3.21. O dever de oferecer aos/às parti cipantes um debriefi ng
e a oportunidade de receber feedback sobre os resultados do estudo aplica-se, por
princípio, em todas as investi gações em que haja Consenti mento (parágrafos 3.5 a
3.12) ou “Decepti on” e ocultação de informação (parágrafos 3.28 a 3.30). Proteção e
segurança dos/as parti cipantes 3.22. O respeito pela dignidade, segurança e bem-estar
dos/as parti cipantes deve estar entre as considerações primárias de qualquer
investi gação. Neste senti do, os/as responsáveis pela investi gação devem considerar
eventuais riscos associados à parti cipação. 3.23. Os riscos associados à parti cipação
podem referir-se a danos reais ou potenciais para a saúde fí sica ou psicológica dos
parti cipantes, desconforto, stresse, ofensas à reputação, danos para as relações
familiares e interpessoais, danos para a situação económica, profi ssional ou
académica, e/ou quaisquer outros fatores manifestamente contrários aos interesses
dos/as parti cipantes. 3.24. Antecipando-se a existência de riscos signifi cati vos
associados à parti cipação, os responsáveis pela investi gação devem defi nir
antecipadamente procedimentos de minimização e gestão dos riscos, e colocá-los à
consideração da comissão de éti ca. 7 3.25. Entendem-se por riscos signifi cati vos todos
os que não caibam na defi nição estrita de risco mínimo. Considera-se que o estudo
tem um risco mínimo quando se antevê que possa implicar, no máximo, um impacto
negati vo muito ligeiro e temporário na saúde ou bem-estar do/a parti cipante. 3.26.
Deve prestar-se especial consideração à existência de riscos potencialmente
signifi cati vos em estudos que envolvam: recolha de informação sobre assuntos
sensíveis para os/as parti cipantes (e.g., experiências traumáti cas; limitações fí sicas;
sofrimento psicológico); indução de estados de desconforto fí sico (e.g., tarefas fí sicas
prolongadas ou muito repeti ti vas) ou psicológico (e.g., ansiedade; humilhação);
atribuição de rótulos ou categorias no contexto experimental com consequências
potencialmente negati vas para o autoconceito (e.g., manipulação de competências
percebidas; manipulação de situações de exclusão); ati vidades invasivas (e.g.,
administração de substâncias); recolha de tecidos humanos, sangue ou outros
materiais biológicos. 3.27. No mesmo senti do, deve prestar-se especial consideração à
existência de riscos potencialmente signifi cati vos em estudos com populações
vulneráveis, tais como: crianças e jovens com menos de 18 anos; pessoas com
difi culdades fí sicas ou psicológicas; pessoas com relação de desigualdade ou
dependência em relação aos responsáveis da investi gação, ou no contexto onde
decorre a investi gação. “Decepti on” e ocultação da informação 3.28. Nas situações em
que a obtenção de consenti mento prévio plenamente informado possa comprometer
os objeti vos do estudo, por risco provável de condicionar as respostas e/ou a conduta
dos/as parti cipantes, pode justi fi car-se o recurso a decepti on (i.e., prestar
deliberadamente informação falsa sobre os objeti vos ou hipóteses da investi gação), ou
à ocultação de informação (i.e., não revelar determinados detalhes dos objeti vos ou
das hipóteses no âmbito do consenti mento informado). 3.29. O recurso a
decepti on/ocultação de informação deve ser uti lizado apenas em investi gações com
elevada relevância cientí fi ca, educati va ou aplicada, quando outras alternati vas que
não envolvam decepti on/ocultação de informação não possam ser uti lizadas para
ati ngir os mesmos objeti vos. 3.30. Recorrendo a decepti on ou à ocultação de
informação, a informação ocultada ou manipulada deve ser revelada e contextualizada
no debriefi ng (Debriefi ng e feedback; parágrafos 3.18 a 3.21). Recolha e
armazenamento de dados 3.31. Todos os dados recolhidos no âmbito da investi gação
devem ser armazenados e manti dos de forma segura e acessível, por um período de
pelo 8 menos cinco anos desde o fi nal do estudo/projeto ou, sendo reportados em
publicações cientí fi cas, desde a data da publicação original. 3.32. Os dados da
investi gação devem ser colocados à disposição de quem pretenda replicar o estudo ou
trabalhar sobre os resultados, sujeitos a eventuais limitações impostas por legislação
específi ca e pelos princípios gerais da confi dencialidade, proteção e segurança dos/as
parti cipantes. 3.33. Findo o período de armazenamento, a eventual eliminação ou
destruição dos dados deve ser feita de acordo com os requisitos éti cos e legais
aplicáveis, com especial consideração pelos princípios gerais da confi dencialidade,
proteção e segurança dos/as parti cipantes. Publicação e autoria 3.34. Os/as
investi gadores/as devem publicar e divulgar os resultados da investi gação de forma
honesta, transparente e rigorosa. 3.35. Os resultados devem ser publicados com a
maior brevidade possível, cumprindo-se o contributo original a que a investi gação se
presta, ressalvadas questões de caráter comercial ou intelectual que possam justi fi car
a dilação da publicação, por exemplo no que respeita a pedidos de patentes. 3.36. As
autorias devem ser defi nidas tendo em conta a parti cipação original e signifi cati va na
investi gação, nomeadamente: contribuição signifi cati va para o desenho da
investi gação, recolha e análise dos dados, interpretação dos resultados, discussão,
escrita e/ou revisão do manuscrito. 3.37. Na defi nição de autorias, devem considerar-
se irrelevantes quaisquer fatores que não se reportem à parti cipação direta e
signifi cati va nas ati vidades da investi gação, tais como: estatuto académico ou
profi ssional, cargo ou posição hierárquica, supervisão geral de grupo de investi gação
sem contributos específi cos para o projeto, cedência de espaço ou equipamentos para
a investi gação, fi nanciamento ou compensação fi nanceira, edição de texto. 3.38. O
trabalho e a colaboração de intervenientes que não cumpram os critérios de autoria
devem ser reconhecidos sempre que se justi fi que, e se tal for consenti do pelos
próprios, em nota de rodapé ou em secções específi cas para o efeito (e.g.
agradecimentos, reconhecimentos). 3.39. Quaisquer apoios fi nanceiros e materiais à
investi gação e à publicação devem ser corretamente mencionados e reconhecidos.
3.40. Todos os/as autores/as devem revelar a existência de potenciais confl itos de
interesse (e.g., ser detentor/a de interesses fi nanceiros ou de afi liação em relação aos
resultados da investi gação). 9 3.41. Todos os/as autores/as devem ser plenamente
responsáveis pelos conteúdos da publicação, salvo se for especifi cado que a sua
responsabilidade se resume a uma parte específi ca do estudo e da publicação. 3.42. A
ordem de autoria deve ser acordada por todos/as, logo no início do projeto ou da
elaboração do manuscrito, sem prejuízo de posterior redefi nição quando tal se
justi fi que. 3.43. O/a primeiro/a autor/a deve ser considerado o/a que contribuiu mais
para as ati vidades da investi gação (considerando-se geralmente o desenho da
investi gação, recolha e análise dos dados, interpretação dos resultados e discussão) e
que assume a principal responsabilidade pela escrita do manuscrito. 3.44. No que
respeita a publicações que sejam substancialmente baseadas nos conteúdos de tese ou
dissertação, deve assumir-se que os/as alunos/as são quem mais contribuiu para as
respeti vas ati vidades da investi gação, e que assumiram a responsabilidade pela escrita
da mesma. Neste senti do, em conformidade com os parágrafos anteriores e salvo
circunstâncias excecionais, devem ser listados/as como primeiros/as autores/as. Má
conduta 3.45. Todos os intervenientes com responsabilidades no planeamento, gestão,
condução e/ou divulgação cientí fi ca devem reconhecer que existem práti cas
qualifi cadas como má conduta na investi gação. 3.46. Reconhecendo estas práti cas
devem também repudiá-las, na medida em que promovem uma representação
deliberadamente falsa da realidade, contrariam os princípios fundamentais do
processo cientí fi co, e comprometem os contributos prestados pela investi gação como
um todo. 3.47. As práti cas mais gravosas qualifi cadas como má conduta na
investi gação incluem: fabrico de dados, falsifi cação e plágio. 3.48. O fabrico de dados
consiste em criar dados falsos (e.g., respostas de parti cipantes; registos
observacionais) ou outros materiais de investi gação (e.g., consenti mento informado).
3.49. A falsifi cação consiste em distorcer, manipular, omiti r ou alterar dados,
resultados ou materiais da investi gação. 3.50. O plágio corresponde à uti lização ou
apropriação indevida de ideias, processos, propriedade intelectual ou outro ti po de
trabalho sem o devido crédito ou referência pela fonte ou autoria original. 3.51. A
adoção de práti cas manifestamente contrárias aos princípios gerais veiculados no
presente Código (parágrafos 2.1 a 2.5) também deve ser encarada como má conduta na
investi gação. 10 ANEXO – BIBLIOGRAFIA As seguintes fontes foram uti lizadas na
elaboração do presente Código. D'Angelo, J. (2012). Ethics in Science: Ethical
misconduct in scienti fi c research. London: CRC Press. Danis, M., Largent, E., Grady, C.,
Hull, S. C., & Wendler, D. (2012). Research ethics consultati on: a casebook. New York:
Oxford University Press. EC – European Commission (2013). Ethics for researchers.
Luxembourg: Publicati ons Offi ce of the European Union. ESF – European Science
Foundati on (2011). The European Code of Conduct for Research Integrity. Strasbourg:
European Science Foundati on. FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia (2015).
Proposta de Código de Conduta Responsável em Investi gação Cientí fi ca. Disponível em:
htt p://ti ny.cc/yuo8by Huws, U., Dench, S., & Iphofen, R. (2004). An EU code of ethics
for socio-economic research. Brighton: Insti tute for Employment Studies (European
Commission IST Programme). Israel, M., & Hay, I. (2006). Research ethics for social
scienti sts. London: Sage. Paoletti , I., Tomás, M. I., & Menéndez, F. (2013). Practi ces of
ethics: An empirical approach to ethics in social sciences research. Cambridge:
Scholars Publishing. Piccolo, F. L., & Thomas, H. (Eds.). (2009). Ethics and planning
research. Farnham: Ashgate Publishing. Russel, C., Hogan, L., & Junker-Kenny, M.
(Eds.). (2013). Ethics for Graduate Researchers: A Cross-disciplinary Approach. London:
Elsevier. Stewart, C. N. (2011). Research ethics for scienti sts: A companion for
students. Oxford: John Wiley & Sons. TBPS – The Briti sh Psychological Society (2009).
Code of Ethics and Conduct. Leicester: The Briti sh Psychological Society. TBPS – The
Briti sh Psychological Society (2009). Code of Human Research Ethics. Leicester: The
Briti sh Psychological Society. UKRIO (2009). Code of practi ce for research: Promoti ng
good practi ce and preventi ng misconduct. London: UK Research Integrity Offi ce. World
Medical Associati on (2008). Declarati on of Helsinki - Ethical principles for medical
research involving human subjects. Disponível em:
htt p://www.wma.net/en/30publicati ons/ 10policies/b3/17c.pdf  DOCUMENTOS
ORIENTADORES  1 GUIA DE SUBMISSÃO PARA APROVAÇÃO ÉTICA NO ISCTE-IUL Porquê
submeter um estudo para aprovação éti ca? A aprovação éti ca é encarada como parte
fundamental do processo de investi gação, e não apenas como um requisito para fazer
investi gação de qualidade. A aprovação éti ca promove a proteção dos/as parti cipantes,
dos/as investi gadores/as, e a integridade da produção cientí fi ca. Adicionalmente, é
muitas vezes condição necessária para a obtenção de fi nanciamento, e muitas
publicações cientí fi cas não aceitam publicar resultados de estudos que não obti veram
aprovação éti ca. Que estudos são elegíveis para aprovação éti ca no ISCTE-IUL? Os
estudos que envolvam recolha de dados com parti cipantes são elegíveis para
aprovação éti ca no ISCTE-IUL. Os estudos que não envolvam parti cipantes, que
recorram apenas a dados já disponíveis em bases de dados públicas, ou que tenham
obti do aprovação éti ca por outra enti dade, dispensam aprovação éti ca pelo ISCTE-IUL.
Quem pode submeter um estudo para aprovação éti ca no ISCTE-IUL? Todos/as os/as
docentes ou investi gadores/as do ISCTE-IUL podem submeter um estudo para
aprovação éti ca no ISCTE-IUL. Os/as estudantes também podem fazer submissões,
desde que orientados e supervisionados por um/a docente ou investi gador/a. Como
submeter um estudo para aprovação éti ca no ISCTE-IUL? A submissão e respeti va
aprovação éti ca devem anteceder sempre o início do processo de recolha dos dados.
Estudos submeti dos a posteriori não são considerados elegíveis para aprovação éti ca.
O plano do estudo deve ser submeti do por via eletrónica – email@e-mail.com –
uti lizando o formulário disponível para o efeito (Formulário de submissão para
aprovação éti ca). Para além do formulário, são também disponibilizados modelos de
consenti mento informado e debriefi ng, que poderá adaptar em função das
característi cas do estudo. Caso pretenda optar por outro modelo de consenti mento
informado e/ou debriefi ng, deverá assegurar a 2 conformidade com as disposições do
Código de Conduta (parágrafos 3.5 a 3.12, e 3.18 a 3.21). Consulte em baixo os três
passos para submeter um estudo para aprovação éti ca no ISCTE-IUL. Em que consiste a
submissão/aprovação éti ca no ISCTE-IUL? Em função dos elementos do estudo, este
será elegível para aprovação automáti ca ou para aprovação por deliberação (ver
Diagrama de submissão e aprovação éti ca). No entanto, independentemente do ti po de
aprovação, o processo de submissão é o mesmo para todos os estudos. Ou seja, os três
passos para submeter um estudo aplicam-se de forma idênti ca a todas as submissões.
A aprovação éti ca no ISCTE-IUL dispensa ou substi tui outras obrigações
legais/administrati vas que possam colocar-se no âmbito da investi gação? Não. Os/as
investi gadores/as devem atentar à possibilidade de existi rem requisitos específi cos,
por exemplo, ao nível da recolha/armazenamento de dados em determinados
contextos (e.g., processo interno de autorização em contextos escolares ou
hospitalares), ou no âmbito de concursos para obtenção de fi nanciamento (e.g.,
processo interno de revisão e aprovação da própria agência de fi nanciamento). A
obtenção de aprovação éti ca no ISCTE-IUL não dispensa ou substi tui a conformidade
com este ti po de requisitos, nem quaisquer outras obrigações legais/administrati vas
que possam colocar-se no âmbito da investi gação. 3 PASSOS PARA SUBMETER UM
ESTUDO PARA APROVAÇÃO ÉTICA NO ISCTE-IUL 1. Assegurar que o estudo está em
conformidade com as disposições do Código de Conduta Éti ca na Investi gação – ISCTE-
IUL; 2. Preencher o Formulário de submissão para aprovação éti ca com informação
sobre os seguintes aspetos: Descrição do Estudo; Parti cipantes; Consenti mento
Informado e Debriefi ng; Proteção e Segurança dos/as Parti cipantes; Declaração de
Responsabilidade e de Conduta Éti ca; 3. Juntar os anexos aplicáveis solicitados no
formulário (i.e., consenti mento informado; debriefi ng; questi onários/materiais do
estudo), e enviar a submissão para o endereço email@email.com. Quaisquer dúvidas
relati vas à submissão poderão ser esclarecidas através do endereço acima indicado. 3
Quem é responsável pelo processo de aprovação éti ca no ISCTE-IUL? Nos termos do
Regulamento da Comissã o de É ti ca do ISCTE-IUL (Despacho n.º 7095/2011 publicado
em Diá rio da Repú blica, 2a sé rie, N.º 90, de 10 de maio de 2011), cabe à Comissão de
Éti ca do ISCTE-IUL proceder à apreciação e aprovação dos planos de estudo
submeti dos. DIAGRAMA DE SUBMISSÃO E APROVAÇÃO ÉTICA NO ISCTE-IUL Aprovação
automáti ca pela Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL. O plano do estudo é submeti do antes
do início da recolha dos dados. Cumprindo-se os critérios expostos no diagrama, que
serão apreciados por um elemento da Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL, a aprovação é
automáti ca e realizada num prazo máximo desejável de quinze dias úteis. Aprovação
por deliberação pela Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL. No âmbito da aprovação por
deliberação pela Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL, o plano do estudo é submeti do antes
do início da recolha dos dados e sujeito a apreciação e deliberação pela Comissão. Não
Sim Sim O estudo envolve recolha de dados com parti cipantes? Envolve todos ou algum
dos seguintes elementos? Riscos signifi cati vos para os/as parti cipantes (código de
conduta: 3.25 e 3.26) Amostra proveniente de populações vulneráveis (código de
conduta: 3.27) Não Dispensa aprovação éti ca pelo ISCTE-IUL Elegível para aprovação
automáti ca pela Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL Elegível para aprovação por
deliberação da Comissão de Éti ca do ISCTE-IUL  FERRAMENTAS E MODELOS  1
FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO PARA APROVAÇÃO ÉTICA Título do projeto: Click here to
enter text. Investi gador/a proponente: Click here to enter text. Investi gador/a
responsável: Click here to enter text. Contactos (e-mail): Click here to enter text.
Equipa de investi gação: Click here to enter text. Financiamento (se aplicável): Click
here to enter text. Submissão: Primeira submissão ☐ Re-submissão ☐ Alteração ☐
CHECKLIST PARA QUESTÕES DE ÉTICA Indique se o estudo envolve algum dos seguintes
elementos (assinale todos os que se aplicam): Amostra proveniente de populações
vulneráveis Crianças e jovens com menos de 18 anos. ☐ Pessoas com difi culdades
fí sicas ou psicológicas. ☐ Pessoas com relação de dependência em relação aos/às
responsáveis pela investi gação (e.g., superiores hierárquicos; assimetria de
poder/estatuto) ou no contexto onde decorre a investi gação (e.g., universidade;
empresas). ☐ Pessoas pertencentes a grupos minoritários em situação de
vulnerabilidade e/ou em situação ilegal. ☐ Riscos signifi cati vos para os/as
parti cipantes Recolha de informação sobre assuntos sensíveis para os/as parti cipantes
(e.g., experiências traumáti cas; limitações fí sicas; sofrimento psicológico). ☐ Indução
de estados de desconforto fí sico (e.g., tarefas fí sicas prolongadas ou muito repeti ti vas)
ou psicológico (e.g., ansiedade; humilhação). ☐ Atribuição de rótulos ou categorias
com consequências potencialmente negati vas para o autoconceito (e.g., manipulação
de competências percebidas; manipulação de situações de exclusão). ☐ Ati vidades
invasivas (e.g., administração de substâncias; ingestão de alimentos). ☐ Recolha de
tecidos humanos, sangue ou outros materiais biológicos. ☐ 2 DESCRIÇÃO DO ESTUDO
PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO E RELEVÂNCIA DO ESTUDO Indique o problema de
investi gação e a relevância do estudo, clarifi cando qual o contributo original que
apresenta para o avanço do conhecimento e/ou outros benefí cios esperados para
indivíduos ou comunidades. [até 200 palavras] Click here to enter text.
OBJETIVOS/PERGUNTAS DE INVESTIGAÇÃO Indique os objeti vos gerais e específi cos do
estudo, e/ou a(s) pergunta(s) de investi gação. [até 150 palavras] Click here to enter
text. 3 MÉTODO Explique a escolha de métodos de investi gação e descreva todos os
procedimentos para a recolha e registo de dados, parti cipação e tarefas solicitada

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