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Junho 2013
PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Índice
II – CARACTERIZAÇÃO DA PROVÍNCIA 2004-2011 ............................................. 12
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Índice de Tabelas
TABELA 1. DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO KUANZA NORTE ............................ 14
TABELA 2. PRODUTO INTERNO BRUTO PROVINCIAL POR SECTORES (MIL USD) .............. 26
TABELA 3. ESTIMATIVAS DO EMPREGO POR SECTORES DE ACTIVIDADE ......................... 29
TABELA 4. ESTRUTURA DO EMPREGO NA PROVÍNCIA ...................................................... 30
TABELA 5. ESTIMATIVAS DA PRODUTIVIDADE NOMINAL (USD/TRABALHADOR) ........... 30
TABELA 6. ÁREAS CULTIVADAS (HECTARES).................................................................. 32
TABELA 7. NÚMERO TOTAL DE EXPLORAÇÕES REGISTADAS........................................... 33
TABELA 8. PRODUÇÃO DAS ÚLTIMAS CAMPANHAS AGRÍCOLAS (TON) ........................... 35
TABELA 9. DISTRIBUIÇÃO E ÁREA DAS FAZENDAS DE CAFÉ (2012?) .............................. 36
TABELA 10. QUADRO GERAL DE PRODUÇÃO DE CAFÉ ...................................................... 36
TABELA 11. EVOLUÇÃO DO SECTOR PECUÁRIO ................................................................ 38
TABELA 12.PRODUÇÃO PECUÁRIA .................................................................................. 38
TABELA 13. EXPLORAÇÃO DE MADEIRA ......................................................................... 40
TABELA 14. TRANSFORMAÇÃO LOCAL DE MADEIRA....................................................... 40
TABELA 15. LENHAS EXPLORADAS ................................................................................. 40
TABELA 16. FABRICO DE CARVÃO ................................................................................... 41
TABELA 17. PRODUÇÃO DA PESCA ARTESANAL ............................................................... 42
TABELA 18. ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS LICENCIADOS PELA DIRECÇÃO NACIONAL
DA INDÚSTRIA – MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA ........................................................... 45
TABELA 19. REDE COMERCIAL LICENCIADA A PARTIR DE 2008 ...................................... 48
TABELA 20. REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO ................................ 48
TABELA 21. SECTOR DA HOTELARIA NA PROVÍNCIA ....................................................... 55
TABELA 22. SÍTIOS DE MAIOR INTERESSE NA PROVÍNCIA................................................. 55
TABELA 23. POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA........................................................ 71
TABELA 24. TAXAS MÉDIAS DE CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO ........................................ 72
TABELA 25. QUADRO GERAL DE PROGRAMAÇÃO DA PROVÍNCIA ..................................... 74
TABELA 26. ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO PARA O PRIMEIRO ANO ..................................... 88
TABELA 27. ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO PARA O SEGUNDO ANO ..................................... 89
TABELA 28. PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO ..................................................................... 95
TABELA 29. ESCOLAS NO CAMPO DAS AGRICULTURAS VS. EXTENSÃO RURAL ............... 96
TABELA 30. INVESTIMENTO NECESSÁRIO PROJECTO DE CAPACITAÇÃO (USD) .............. 102
TABELA 31. INVESTIMENTO NECESSÁRIO (PROJECTO INTENSIFICAÇÃO DAS CULTURAS
ALIMENTARES) (USD) ........................................................................................... 107
TABELA 32. RESULTADOS ESPERADOS DA PRODUÇÃO DE CARNE BOVINA ..................... 111
TABELA 33. QUADRO SÍNTESE DOS PROJECTOS AGRÍCOLAS ........................................... 129
Índice de imagens
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I – INTRODUÇÃO
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Este é hoje um dos terrenos onde se faz a disputa intelectual entre o mercado e o Estado. Os defensores
exclusivos do primeiro, como mecanismo definitivo de alocação racional e eficiente dos factores e
recursos de produção, argumentam que a intervenção do Estado está recheada de “falhas” ocasionadas
pelos métodos administrativos que usa para tomar as suas opções, o que agrava as imperfeições dos
mercados. Os advogados do papel do Estado da economia, defendem a sua intervenção porque as
“falhas” de mercado são uma realidade constante da economia capitalista, não só do ponto de vista duma
alocação sem máculas dos recursos, mas, principalmente, do ponto de vista da repartição do rendimento.
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Acrescenta-se que, afinal e como alguns dos Prémios Nobel da Economia o têm demonstrado, as decisões
nem sempre são racionais e os mercados nem sempre equilibram. Por isso, a capacidade político-
institucional de gerir e minimizar estas falhas ser hoje muito importante. Uma das formas que tem sido
sugerida é a das parcerias público-privadas, organizadas em torno dum conceito comum de bem-estar
nacional/provincial.
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Em capítulo próprio se apresenta a programação do crescimento e os montantes necessários de
investimentos em dois cenários alternativos.
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Alguns dos pontos fortes que podem conferir algumas vantagens competitivas à
Província, são a sua clara aptidão agrícola3, os abundantes recursos hídricos
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De acordo com Castanheira Dinis (“Angola: O Meio Físico e Potencialidades Agrárias”, Cooperação
Portuguesa, 1998), Kwanza Norte pode produzir, em condições económicas de rentabilidade, abacateiro,
algodão, amendoim, ananás, batata-doce, cana sacarina, ervilha, feijão, feijão cutelinho, feijão macunde,
girassol, goiabeira, mandioca, mangueira, maracujá, milho, plantas aromáticas, hortícolas, rícino, sisal,
soja, tabaco, vielo, eucalipto, pinheiro e produtos derivados da floresta tropical seca.
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1.Caracterização Física
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2. Caracterização Administrativa
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FONTE: Governo Provincial do Kwanza Norte: Kwanza Norte em Imagens, números e mapas, 2011.
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A Análise demográfica da Província é feita na base das estatísticas do INE, em especial Estatísticas Sociais
até 2010 e Projecções da População 2009/2015.
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Estes valores contrastam enormemente com as estimativas do GEP provincial: 410130 habitantes em
2007 e 459509 habitantes em 2012. Neste último ano a diferença é de 113789 habitantes, cerca de 33%
em relação à estimativa do INE, o que é muito significativo. Estas disparidades de estimativas têm
implicações sensíveis sobre as políticas de intervenção do Governo provincial. Por exemplo, o PIB por
habitante vem significativamente menor no caso de se utilizarem as estimativas do GEP provincial, o que
influencia os objectivos e as metas a estabelecer para o período 2013-2017. É fundamental haver no
domínio das estatísticas convergências definitivas entre as estimativas provinciais e do INE e de outros
ministérios.
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A população do Kwanza Norte é das mais jovens do país, apresentando uma idade
média de menos de 20 anos e com uma evolução temporal a tender para um maior
rejuvenescimento.
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Em 2012, mais de 2/3 da população total (um pouco mais de 69%) da Província
tinha idades compreendidas entre zero e 24 anos.
As dinâmicas de crescimento são diferenciadas consoante o grupo etário em
presença. A taxa média anual de crescimento demográfico estimada pelo INE é de 4,5%,
bem superior à média nacional de 3%, de acordo com a mesma fonte. O grupo etário de
maior intensidade decrescimento é o de idades compreendidas entre zero anos e 4 anos,
com uma variação média anual de 9,8%, seguramente explicado pela ainda elevada taxa
de fertilidade nacional, em redor de 6 em 2012 e pelos progressos registados na
diminuição da taxa de mortalidade infantil (194,2 em 2009 e 189,6 em 2012). As classes
etárias entre 5 anos e 19 anos são as de menor dinâmica de crescimento, inferior à
média provincial.
Na tabela seguinte apresentam-se estas dinâmicas de crescimento demográfico.
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Fonte:INE
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SECTORES DE ACTIVIDADE 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Agricultura e conexas 16.131,20 22.838,10 32.634,90 41.817,20 50.135,80 59.969,70 70.680,20 82.369,70
Pesca
Indústria extractiva 2.233,90 3.669,00 5.680,20 5.357,80 4.667,80 2.913,80 3.620,00 4.296,00
Indústria transformadora 3.481,50 5.146,10 11.208,30 16.019,80 15.594,70 14.805,00 17.725,60 17.607,60
Electricidade, gás e água 20.845,00 16.645,50 24.451,00 27.115,00 35.089,10 39.731,50 46.166,30 45.463,90
Construção 10.379,90 15.963,50 33.816,30 45.916,40 61.453,60 87.868,60 85.190,20 92.477,80
Sector terciário 15.656,80 30.197,10 64.879,40 83.828,60 118.231,50 113.531,50 127.270,40 141.724,60
PIB 68.728,30 94.459,20 172.670,10 220.054,70 285.172,60 318.820,10 350.652,70 383.939,60
PIB por habitante 245,40 327,80 582,30 721,20 908,30 986,90 1.054,80 1.122,40
PIB provincial/PIB nacional (%) 0,36 0,31 0,36 0,37 0,34 0,49 0,43 0,39
PIB per capita prova./PIB
20,60 17,80 20,50 21,10 19,60 27,80 24,50 22,30
percap. nacional
Taxa média de crescimento do
PIB(%) 37,4 82,8 27,4 29,6 11,8 10,0 9,5
Fonte: MINPLAN e INE
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O PIB por habitante é, igualmente, dos mais baixos do país e a sua relação
com o PIB per capita nacional é de cerca de ¼. A despeito duma evolução
interessante no período 2006/2011, a sua expressão nominal neste
último ano correspondeu a uma possibilidade de gasto diário de apenas
3,1 dólares por pessoa.
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Indústria transformadora 0,37 0,39 0,51 0,54 0,55 0,55 0,55 0,56
Electricidade, gás e água 0,22 0,23 0,25 0,26 0,26 0,27 0,29 0,34
Sector terciário 2,35 1,86 2,53 2,94 3,41 3,95 4,58 5,29
Fonte: Construída a partir de dados do INE, ficheiros de unidade empresariais 2012
SECTORES DE ACTIVIDADE 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Indústria extractiva - - - - - - - -
Indústria transformadora 11.459,3 14.895,2 27.569,4 32.308,0 30.645,1 26.964,0 32.074,2 30.724,7
Electricidade, gás e água 4.212,5 3.351,9 4.906,3 5.440,8 25.850,2 29.164,0 9.602,9 5.993,9
Construção 108.991,0 81.780,3 85.567,5 105.623,0 128.512,5 167.047,0 147.231,9 145.297,1
Sector terciário 7.868,6 18.667,1 28.289,6 30.460,1 35.800,7 28.647,9 26.762,3 24.834,7
Produtividade bruta aparente 767,1 1.029,3 1.814,2 2.238,8 2.913,8 3.147,3 3.236,4 3.339,1
Produto potencial
90.941,3 125.568,2 227.733,4 289.185,8 387.284,2 430.459,4 455.486,1 483.558,0
(tx.desemp.=4%)
Hiato do produto (%) 75,6 75,2 75,8 76,1 73,6 74,1 77 79,4
Fonte: Construída a partir de dados do INE, ficheiros de unidade empresariais 2012
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AGRICULTURA
No domínio agrícola, a Província produz, actualmente, cereais (milho), raízes e
tubérculos (mandioca, batata doce e batata comum), leguminosas e oleaginosas (feijão,
feijão macunde, amendoim e soja), frutas diversas (banana, citrinos e ananás) e
hortícolas (sobretudo alho, cebola, tomate, repolho, cenoura e pimento).
Nas três últimas campanhas agrícolas – 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012 – as
diversas culturas, que, de algum modo, estiveram sujeitas a controlo estatístico por
parte do Ministério da Agricultura, ocuparam uma superfície variando entre os 136 mil
e 155 mil hectares, segundo a seguinte distribuição:
TABELA 6. ÁREAS CULTIVADAS (HECTARES)
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Campanhas Agrícolas
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Área Total de
Município Número de Café (ha)
Empresas
Ambaca 14 6.552
Banga 5 3.381
Bolongongo 24 6.046
Cazengo 7 2.168
Golungo Alto 30 11.535
Gonguembo 4 310
Lucala 2 120
Quiculungo 6 1.517
Samba Cajú 5 790
Total 97 32.419
Fonte: Administrações municipais
O Palmar, na maior parte dos casos instalado como cultura subsidiária do café,
em povoamentos dispersos ou concentrados nas baixas aluvionares e de fundo dos
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vales, proporcionava na época colonial uma produção da ordem das 3.200 toneladas de
óleo de palma e 1.200 toneladas de coconote.
Nos últimos anos do período colonial, e na intenção da diversificação cultural,
em especial da cafeicultura, assistia-se a um interesse considerável pela plantação de
palmares, a partir de plantas e de sementes híbridas provenientes de plantas de alta
produtividade, fornecidas pelos serviços oficiais.
Actualmente, os palmares das fazendas têm sido devastados para a recolha
marufo ou maluvo, e só mantém alguma expressão no Golungo Alto. A produção de óleo
de palma apenas satisfaz o autoconsumo da população da Província, verificando-se uma
sobra insignificante que é canalizada para o comércio local.
Através do Instituto do Café decorre um programa de revitalização do palmar.
Esse programa inclui a recuperação de uma pequena área para obtenção de “boa
semente” e, também, para recepção de mudas de plantas híbridas procedentes da
Indonésia.
PECUÁRIA
Na década de sessenta, a exploração extensiva de bovinos de corte no Planalto
de Camabatela ganhou certa relevância. As condições propícias ao desenvolvimento da
actividade proporcionadas pela região atraíram inúmeros empresários, que acabaram
por reunir, nos últimos tempos do período colonial, um efectivo de mais de 100 mil
cabeças, em boa parte constituído a partir de animais importados de boa aptidão.
A instabilidade registada no período 75/77 consentiu o abate indiscriminado de
gado, e o efectivo bovino baixou para números próximos das 5.000 cabeças. No final da
década de setenta foi constituído o Complexo Agrário de Cambatela e o governo realizou
um importante investimento traduzido na importação de cerca de 10.000 novilhas
cruzadas, a partir do Botswana. Em 1984, o Complexo Agrário dispunha de um efectivo
total de 17.628 animais, distribuídos por 19 unidades de produção, numa área de 77.750
hectares. Em consequência do alastramento da guerra para as áreas do norte do país,
mais uma vez se verificou o desaparecimento quase total de gado bovino na região.
Não se dispõe de indicadores fiáveis sobre o que é efectivamente, a exploração pecuária
actual na Província. Os elementos estatísticos conseguidos são os referidos nos
Relatórios de Resultados das Campanhas Agrícolas publicados pelo Ministério das
Agricultura, que são apenas estimativas e, para além disso, não permitem diferenciar o
sector familiar do sector empresarial.
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indicadores referentes aos efectivos estimados, efectivos abatidos e produções por tipo
de animal.
TABELA 11. EVOLUÇÃO DO SECTOR PECUÁRIO
EXPLORAÇÃO FLORESTAL
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Volumes Volumes
Anos licenciados explorados
m³ m³
A maior parte da madeira extraída foi remetida em toros para Luanda, e apenas
um pequeno volume foi objecto de transformação primária na Província, através de
serrações locais.
TABELA 14. TRANSFORMAÇÃO LOCAL DE MADEIRA
Anos
Volumes m³
2010 330
2011 300
2012 400
Fonte: Direcção Provincial da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas
A exploração de lenhas, pelo menos para consumo nos centros urbanos, parece
querer diminuir, como se pode inferir dos quantitativos registados no período
2007/2012, reunidos no quadro seguinte:
TABELA 15. LENHAS EXPLORADAS
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PESCAS
Caracterização Institucional
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TABELA 18. ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS LICENCIADOS PELA DIRECÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – MINISTÉRIO DA
INDÚSTRIA
Nº Designação Município Comuna Actividade Industrial Investimento (USD) Total Trabalhadores
Engarrafamento de Água de
Aguas Cristalinas do K Norte, Lda Cazengo Ndalatando 6.000.000,00 50,00
1 Mesa
Engarrafamento de Água de
EPBY-Soluções Cambambe Dondo 6.000.000,00 70,00
2 Mesa
EKA-Emp. Angolana de Cervejas,
Cambambe Dondo Fabricação de Cerveja 73.983.287,00 420,00
3 S.A.R.L
Blocos Artefactos de
Ngolafrilaja-Comércio Geral, Lda Cambambe Dondo 400.000,00 15,00
4 Cimento e Carpintaria
Fabricação de Estruturas
Light Steel Angola, Lda Lucala Lucala 1.000.000,00 20,00
5 Metálicas
São Pedro da Moagem de Cereais (Farinha
Rogério Leal & Filhos, Lda Cambambe 3.435.950,00 40,00
Quilemba de milho, óleo vegetal
6
Pirata-Prestação de Serviços
Importação e Exportação de
Cambambe Dondo Panificação e Pastelaria 200.000,00 21,00
Eugénio Oliveira Pascoal F. Da
7 Silva
Total 91.019.237,00 668,00
Fonte: Ministério da Indústria
32
Ind. Da Alimentação Moagem 32
42
Panificação 42
1
Panif. /Pastelaria 1
1
Pastelaria 1
3
Ind. Da Madeira Serração 3
7
Carpintaria 7
6
Carp. /Marcenaria 6
2
Estofos/Mobiliário 2
Indústria da Borracha
2
Recauchutagem Pneus 2
1
Ind. Mat. Construção 1
3
Fabrico de Blocos 3
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Britamento de Pedra 1
Ind. Prestação de Serviços
2
Tipografia 2
2
Alfaiates 2
3
Sapateiros 3
9
Serralheiros 9
2
Oficinas Mecânica-Auto 2
Fonte: Direcção Provincial da Indústria do Kwanza Norte
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Caracterização Institucional
4.2.3. Comércio
A actividade comercial na Província foi profundamente afectada pela acção
destrutiva da guerra.
De uma forma geral, o número de estabelecimentos em actividade está aquém
das necessidades em face da densidade populacional, e este facto adquire maior
acuidade, em particular, a nível dos municípios.
Actualmente, se nos centros urbanos se assiste a uma reactivação do comércio
formal, no meio rural a actividade mercantil desenvolvida pelo comerciante licenciado,
permanente, tem pouca expressão. O sistema de comercialização das produções mais
difundido é o da permuta individual, a venda de produtos à beira de estrada ou em
mercados fora e dentro de povoados, e o comércio informal ou paralelo.
De acordo com as Estatísticas do Ficheiro de Unidades Empresariais, 2008-2011,
do Instituto Nacional de Estatística, o número de empresas comerciais em actividade na
Província era de 256, englobando o comércio por grosso e a retalho, a reparação de
veículos automóveis e motociclos, e de bens de uso pessoal e doméstico.
O quadro a seguir, com informação mais abrangente, porque inclui o comércio
precário, vendedores de mercado e ambulantes, dá conta da tipificação, inúmero e
distribuição das estruturas comerciais que, licenciadas a partir de 2008, e estão
autorizadas a praticar o comércio na Província.
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Comércio Geral 2 4 2 6 4 1 17 0 0 1 37
Vendedores de mercado 2 35 37
Ambulantes 15 15
Total 21 22 27 373 64 24 268 37 15 60 911
Fonte: Governo Provincial do Kwanza Norte – Direcção do Comércio, Hotelaria e Turismo
Postos de Revenda
de Gás Butano
8 5 1 14
Postos de
Abastecimento de
Combustível 1
Postos de Venda
de Lubrificantes 1
Fonte: Governo Provincial do Kwanza Norte – Direcção do Comércio, Hotelaria e Turismo
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Caracterização institucional
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Areia 1.900.000 m³
Argila 3.000.000 m³
Burgau 6.750.000 m³
Brita 8.325.000 m³
Caracterização institucional
51
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Em funcionamento 61 16 42
Número de quartos 281
Número de camas 292
Nº Designação Municípios
1 Horto Botânico Cazengo
2 Montanha 1.014 Cazengo
3 Morro do Binda Cazengo
4 Piscina do Miradouro (Ndalatando) Cazengo
5 Quedas do Rio Vuva (Rio Muembeje) Cazengo
6 Ruínas de Massagano Kambambe
7 Complexo Hidroeléctrico Kambambe
8 Praia de Kiamafulo (Rio Kwanza) Kambambe (Dondo)
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Caracterização institucional
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5. Caracterização social
5.1. Educação
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5.2. Saúde
Entretanto, aos factores antes enumerados importa incluir outros que conformam o
estado nosológico da Província, entre os quais, a qualidade das infraestruturas sanitárias
e seus equipamentos, quantidade e qualidade de pessoal médico e demais recursos.
Em termos de infraestruturas sanitárias, a Província dispõe de 128 unidades,
considerável parte das quais são postos e centros de saúde, e em termos de
maternidades existe somente 1 e 1 hospital especializado materno-infantil. No total
existem 10 hospitais na província, oito dos quais são municipais, destacando-se os do
Golungo Alto, Cambambe, Cazengo, Kiculungo, Gonguembo, Lucala e Ambaca, tendo
este dois.
Quanto aos recursos humanos, a Província tem 84 médicos, perfazendo para
cada cerca 4116 habitantes, dos quais cerca de 30% são angolanos e os demais são
provenientes de Cuba, Vietname, Rússia e da Coreia do Norte. Quanto aos enfermeiros,
a Província dispõe de 940, insuficientes para a população existente.
A situação actual das infraestruturas do domínio da saúde, bem como de outros
sectores que intervêm a montante, vem mobilizando a atenção das autoridades e em
consequência, para o período 2013-17 estão preconizados um conjunto de
intervenções. Das intervenções previstas destaque merece, as que estão a ser
delineadas no âmbito dos programas municipais integrados de desenvolvimento rural e
combate á pobreza, bem com as que decorrerão da implementação dos programas de
projectos estruturantes.
Dentre os projectos destacam-se, o de reforço dos sistemas de abastecimento
de água nas 17 cidades capitais de Província, a modernização do hospital provincial,
construção dos 22 centros de saúde.
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pelos demais municípios. No que concerne aos grupos de dança moderna, a Província
tem cerca de 18 grupos, 9 dos quais estão concentrados no município do Cazengo.
Existem quatro bibliotecas na província, localizadas nos municípios do Cazengo
e Cambambe. Formalmente, existem mais duas nos municípios do Golungo Alto e
Lucala, entretanto, tendo em conta o estado das suas infraestruturas, as mesmas
deixaram de funcionar.
A Província identificou os monumentos, sítios históricos e locais de consagração,
tendo inventariado 87, cujo estado de conservação exigem que se estabeleça um
programa de limpeza e embelezamento com vista a operacionalizá-los. Das 14
estruturas de cinema, estão somente em funcionamento cerca de 4 e de forma
deficiente.
62
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Enquanto o país viveu a guerra civil, não se criaram condições para a ocorrência
de crescimento económico sistemático, limitando-se a variação real do PIB a registar
impulsos fracos e muitas vezes de sentido contraditório entre si: alternaram-se períodos
de algum crescimento com outros de franco retrocesso, explicados pela instabilidade
política e militar e pelas acções de sabotagem sobre as infra-estruturas que mesmo
assim o Governo central e o Governo provincial ainda iam construindo. Por isso, só
depois da assinatura dos Acordos de Paz em 2002 é que se começaram a perspectivar
acções e políticas para aumentar a participação da actividade económica da Província
no PIB nacional, reduzindo-se consequentemente as assimetrias territoriais que
caracterizam Angola.
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ANGOLA 2025
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL
Pólos de desenvolvimento
Conurbações a promover
Plataformas de internacionalização
Pólos de equilíbrio
A promover e integrar
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6.2. Projecções
6.2.1. População
7
INE – Projecções da População 2009-2015, Fevereiro de 2012.
70
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População total
360.954 376.685 392.947 409.911 427.607
0-4 anos
87.686 90.936 94.263 97.712 101.287
5-9 anos
50.375 55.342 60.837 66.878 73.518
10-14 anos
43.963 45.463 46.718 48.008 49.333
15-19 anos
37.263 38.344 39.447 40.582 41.749
20-24 anos
30.923 32.068 33.143 34.254 35.402
25-29 anos
23.616 24.918 26.218 27.586 29.025
30-34 anos
17.322 18.032 19.022 20.066 21.168
35-39 anos
16.214 16.304 16.245 16.186 16.128
40-44 anos
13.150 13.650 14.205 14.783 15.384
45-49 anos
10.710 11.038 11.356 11.683 12.020
50-54 anos
8.657 8.771 9.008 9.251 9.501
55-59 anos
8.324 8.411 8.312 8.214 8.117
60-64 anos
4.963 5.473 6.059 6.708 7.426
65-69 anos
3.114 3.194 3.332 3.476 3.626
70-74 anos
2.581 2.563 2.491 2.421 2.353
75-79 anos
1.179 1.287 1.423 1.573 1.740
80 e mais
914 891 868 846 824
População idade
activa 171.142 177.009 183.015 189.313 195.920
Idade média 19,4 19,3 19,1 19 18,9
Fonte: Até 2015 INE
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Fonte: INE
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8
De acordo com o diagnóstico a taxa de participação do PIB provincial no PIB nacional foi de cerca de
0,39%.
9
Podendo parecer marginal, representa, porém, um esforço de crescimento notável para a província, seus
governantes e associações sindicais e empresariais.
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Tx. Tx.
2011 2013 2017 Tx.cresc17/13
cres.13/11 cresc.17/11
PIB (milhões de USD) 383,9 1098,3 4050,5 69,1 48,1 38,6
POPULAÇÃO 331,0 361,0 427,6 4,4 4,4 4,3
População activa 159,8 171,1 195,9 3,5 3,5 3,4
Emprego necessário para as metas 107,8 149,7 180,2 17,9 8,9 4,7
Emprego a criar (em milhares) 41,9 30,5 -7,7
Emprego médio anual a criar 21,0 7,6 -22,4
Coeficiente médio capital/produto
2,75 2,75 2,5 -2,4
Investimentos necessários (milhões
de USD) 1964,5 7380,5 39,2
Investimento médio anual (milhões de
usd) 982,3 1845,1 17,1
Investimento privado (milhões de
USD) 179,1 184,1 2,7
Taxa de desemprego calculada 28,5 12,5 8,0
PIB por habitante (dólares) 1160,0 3042,8 9472,5
Taxa crescimento PIBpc
62,0 41,9 32,8
Taxa média de investimento (%) 89,4 45,6
Produtividade bruta aparente
(dólares) 3561,4 7334,4 22472,0
Fonte: Cálculos efectuados na base das Contas Nacionais 2002-2010 e dos Ficheiros de Empresas do INE.
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Projectos estruturantes
O Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 contempla um total de 390
projectos estruturantes em todo o país, equivalendo a um investimento público de cerca
de 6064 milhões de dólares. Os nove projectos estruturantes localizados na Província do
Kwanza Norte totalizam 218,7 milhões de dólares, uma percentagem de pouco mais de
3,6% do investimento total. Esta cifra corresponde a um investimento médio anual de
54,7 milhões de dólares.
Seis projectos correspondentes a quase 80% do investimento referem-se a
intervenções em clusters prioritários, com destaque para o cluster Energia e Água e, em
especial, a construção da segunda central hidroeléctrica de Cambambe,
empreendimento que gerará energia eléctrica para fornecer o Norte e o Centro de
Angola. Salientem-se ainda, trabalhos de reabilitação de uma estrada, bem como três
projectos no âmbito do cluster Alimentação e Agro-indústria, incluindo o plano de
desenvolvimento da Camabatela e a construção do seu matadouro industrial.
Estão ainda previstos três investimentos em outros clusters, designadamente
Geologia, Minas e Indústria, destacando-se a reabilitação e modernização de uma
fábrica de tecidos no Dondo, a construção do pólo de desenvolvimento industrial de
Lucala e o projecto de iniciativa privada minero-siderúrgico de ferro e manganês de
Kassala-Kitungo, em Cambambe.
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KWANZA NORTE
% Investimento por clusters
e outras actividades
1. Energia e Água
2. Alimentação e Agro-indústria
4. Transportes e Logística
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7.1.1. O Diagnóstico
Pontos fortes
A diversidade das condições ecológicas e os recursos em matéria de solos e de
clima, asseguram à Província elevadas capacidades para a obtenção de:
Grande variedade de produtos alimentares e comerciais, a níveis
suficientes para satisfazer as necessidades do mercado interno e,
também, para exportação. (mandioca, amendoim, feijão milho batata
comum, café, palmar arroz, algodão, soja girassol, fruteiras tropicais e
semi tropicais e hortícolas)
Volumes consideráveis de material lenhoso para as indústrias da
madeira.
Produtos pecuários diversos, em quantidade e qualidade, por forma a
abastecer o mercado interno em carne, leite, ovos e couros, podendo-se
criar excedentes para exportação.
Recursos hídricos em condições de aproveitamento para a produção de
energia eléctrica, para permitir a instalação de esquemas de regadio
capazes de valorizar extensas áreas de solos com aptidão para a rega, e o
desenvolvimento da pesca artesanal, que pode assumir papel importante
no complemento das dietas alimentares e dos rendimentos das
populações.
Tradição nas actividades agro-pecuária, florestal e piscatória.
Existência de uma população bastante jovem.
Disponibilidade de uma força de trabalho motivada.
Potencialidade Agro-Industrial.
Proximidade de Luanda enquanto grande centro consumidor e existência
de ligações rodoviária e ferroviária.
Disponibilidade de energia eléctrica.
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Pressupostos
Para se conseguir um rápido aumento da produção devem ser considerados os
se seguintes pressupostos:
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Fundamentação
Não foram conseguidas informações permissoras de um conhecimento
pormenorizado de grande parte dos municípios e comunas, nem disponibilizados
determinados dados estatísticos fiáveis tidos por necessários. Isto condiciona, à partida,
a elaboração de projectos sob uma metodologia e rigor desejáveis.
Contudo, a par da promoção do desenvolvimento rural através da melhoria do
acesso a “inputs” agrícolas, ao crédito e ao comércio afigura-se indubitável que as
orientações estratégicas para a Província do Kwanza Norte devem integrar o aumento
de produção de bens alimentares e de outros destinados ao abastecimento da indústria,
numa perspectiva de recuperação de fileiras produtivas existentes no passado, o
acréscimo de valor acrescentado e de competitividade, privilegiando, entre outras
medidas, a criação de pólos agro-industriais, e a exploração racional das potencialidades
florestal e piscícola.
De acordo com as considerações produzidas até aqui, preconiza-se que o esforço
fundamental vise o aumento das produções, a evolução do sector familiar e a melhoria
da organização e gestão das empresas, o que poderá ser conseguido através:
85
PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
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Caracterização
Produtividade Área
Cultura Produção
( Ton.) Ton/Ha (Ha)
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Estratégia
Este projecto deve ser implementado numa fase de pré-arranque e visa,
sobretudo, a reposição dos meios mínimos necessários aos camponeses para
produzirem (instrumentos de trabalho e sementes) nas condições existentes.
Contribuirá para a estabilização dos núcleos populacionais e para a criação de uma base
para o planeamento de acções futuras. Tendo em conta a existência de 30.000 famílias
camponesas, a cada uma deveria ser distribuído um kit de instrumentos e sementes
composto por:
2 enxadas
1 catana
1 lima
3 machados
2 kgs de milho
5 kgs de feijão (vulgar e macunde)
3 kgs de amendoim (em casaca)
e que corresponderiam uma lavra típica de um hectare, em média, assim
organizada.
10% de milho
10% de feijão
5% de amendoim
89
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5% de batata doce
Estas áreas seriam atingidas logo no 1º ano agrícola após o arranque do projecto.
As áreas no 2º ano seriam acrescidas de 50%, mas só no 2º ano as plantas de mandioca
instaladas no 1º ano entrariam em produção.
De notar que estas produções representam uma resposta ao fornecimento dos
kits e melhoria do sistema de comercialização (pressuposto para o fomento) e
consequente aumento das áreas de cultivo. A organização adequada de tal distribuição,
sob responsabilidade das autoridades tradicionais, poderia permitir a negociação de um
reembolso em dinheiro para o caso dos instrumentos e em espécie para o caso das
sementes, com o qual seria possível constituir fundos rotativos que poderiam servir de
suporte a outras acções de fomento geridas a nível local. Fundos no valor de cerca de
50-100 mil USD (só resultante dos instrumentos) sob controlo de cada município, em
média, sob responsabilidade de instituições a definir (Administração, comunidades ou
associações) seriam muito importante para a progressiva autonomia local. No caso do
café, o estímulo seria fundamentalmente ligado à garantia de comercialização a um
preço atractivo.
Toda esta estratégia poderá ser revista em função de um conhecimento mais
seguro sobre a verdadeira situação. As verbas libertadas com a possível satisfação das
necessidades poderão ser encaminhadas para a criação de bancos de sementes
comunitários, para a construção de pequenos armazéns e outros investimentos
produtivos.
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Custos:
O valor de cada kit (sementes e instrumentos de trabalho) é de 30.00 USD, o que
equivaleria a um gasto total de 900.000,00 USD.
A este kit seriam acrescidas sementes de batata e inputs para o café para as
famílias nos municípios com tradição dessas culturas, no valor de, respectivamente, 100
mil e 300 mil USD. O projecto custará na totalidade 1.300.000,00 dólares americanos.
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Estratégia
A capacidade será reforçada por três vias:
A capacitação dos agricultores familiares e suas associações e grupos, os
prestadores de serviços e as instituições do Estado relevante envolvidos
no programa/projecto através de acções de formação, workshops e
assistência técnica;
Através do método de “aprender fazendo” que o desenvolvimento do
programa/projecto proporcionará.
Pelo reforço de instituições públicas a nível comunal, municipal e
provincial com infra-estruturas e equipamento.
A capacitação visa introduzir abordagens participativas que possam vir a dar
suporte ao processo de desconcentração e descentralização em curso orientado pelo
Governo. Ela requer uma abordagem sensível ao género, o que significa um equilíbrio
entre homens e mulheres que venham a beneficiar de formação (incluindo o recurso à
descriminação positiva para que as mulheres possam recuperar o seu atraso histórico)
e a inclusão de grupos vulneráveis, como mulheres sozinhas, portadoras de deficiência
e outros.
Os agricultores familiares e seus grupos e associações adquirirão conhecimentos
que lhes permitirão ganhar autonomia progressiva no processo de tomada de decisões
e apresentar propostas e implementar projectos a serem financiados pelo Governo ou
pelos Bancos comerciais. Os provedores de serviços do sector privado e organizações
não-governamentais – que eventualmente se venham a constituir ou instalar na
Província – adquirirão, por sua vez, os conhecimentos para satisfazerem o aumento da
procura de serviços (por parte dos agricultores familiares).
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Alfabetização Funcional
O analfabetismo é bastante elevado no Kwanza Norte, particularmente entre as
mulheres que têm tido menos oportunidades de frequentar a escola, seja porque a
prioridade é concedida aos rapazes, seja porque abandonam os estudos mais cedo para
casarem. Os membros analfabetos das comunidades tornam-se mais vulneráveis e têm
menos oportunidades de beneficiarem de projectos de intervenção.
O Plano procurará mitigar esta situação através de uma proposta de
alfabetização funcional que permita às mulheres e outros adultos vulneráveis
adquirirem conhecimentos de leitura, escrita e aritmética; não ficarem excluídos dos
benefícios do novo processo e de operarem num ambiente de mercado numa situação
menos desvantajosa.
Como cada individuo deverá frequentar três anos de aprendizagem, no final do
Projecto deverá ter sido beneficiado com este tipo de formação cerca de 16.000 adultos,
mulheres e homens dentre as pessoas mais vulneráveis nas comunidades. No final de
três anos de formação, cada treinado terá um nível de qualificação equivalente ao
quarto ano de escolaridade do ensino formal.
A alfabetização estará a cargo de provedores de serviços a recrutar pelo Governo
da Província na primeira fase de três anos. No final do 2º ano a Direcção Provincial da
Educação assumirá o processo procurando atingir, no final do PDMP pelo menos 80%
dos adultos analfabetos da Província, Este esforço justifica-se pelo facto de se tratar um
objectivo estratégico do Plano em geral e de Estratégia de Desenvolvimento Rural do
Povo do Combate à pobreza em particular.
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Temas Transversais
A sensibilização sobre o VIH/SIDA, perigo de minas e género deverão ser temas
integrados sistematicamente em todos os pacotes de formação como assuntos
transversais, assim como aspectos ligados à informação, educação e comunicação (IEC).
Os tópicos dos programas serão distintos, de acordo com o tipo de formação.
Componente 2: Reforço de capacidades de instituições do Estado.
Esta componente incidirá na capacitação e reforço institucional de instituições
do Estado a nível municipal e provincial. A componente deverá também contribuir para
o reforço dos processos participativos que contribuam para a descentralização
administrativa em curso no país, focalizando a melhoria dos conhecimentos dos quadros
dessas instituições.
Instituto de Desenvolvimento Agrário IDA a nível provincial e municipal
O programa/projecto dará formação periódica ao pessoal do IDA a nível
municipal e provincial, bem como os meios para melhorar o apoio organizacional e de
gestão às associações de agricultores familiares em particular no desenvolvimento e
implementação de projectos de investimentos produtivos a serem financiados.
Formação e assistência técnica às EDAs incluirão a aprendizagem em serviço (aprender
fazendo) e orientação aos extensionistas através de um processo de planeamento
participativo, transparente e inclusivo com as comunidades envolvidas. Este aspecto
deverá ser negociado entre o Governo da Província e a Direcção Geral do IDA, não só
porque se trata de um organismo de subordinação central, mas também pela
coordenação metodológica necessária.
Implementação Física e Equipamento das EDAs
O Plano prevê a construção de 10 EDAs na sede de cada um dos restantes
municípios – o que inclui escritório, residência e um pequeno armazém anexo. Para que
os extensionistas residam o mais próximo possível junto das comunidades serão
reabilitadas ou construídas residências para eles em todas as comunas (uma em cada,
com excepção das sedes num total de 48).
O programa/projecto deverá prever que todas as EDAs sejam equipadas
minimamente com:
1 viatura 4x4;
6 motorizadas (para os extensionistas);
2 computadores com acesso a internet e impressora;
6 telefones móveis (para os extensionistas);
1 projector;
Balanças, fita métrica e outros equipamentos de medição;
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
A formação terá início no primeiro ano e será repetida cada dois anos para
refrescamento.
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100
PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Arroz
A cultura está bem adaptada não região do Luinga (Planalto de Camabatela) em
condições de controlo de água através de rega e drenagem. Para se conseguirem boas
produções será necessários pensar na introdução (após experimentação) de novas
variedades e na melhoria das técnicas culturais, o que permitirá atingir os 1.500kgs/ha.
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
No final do Plano é possível atingir 2.500 ton (2.5 Ton/ha) em 1.000 hectares (1
ha por família com um total de 1.000 famílias)
Feijão
Os feijões mais cultivados e consumidos são o phaseolus vulgaris (feijão comum)
e a vigna unguiculata (macunde), cujas folhas são muito apreciadas e que se cultivam de
forma generalizada, regra geral consociada com a mandioca ou, por vezes, outras
culturas. As produções médias alcançadas são muito variáveis, mas raramente
ultrapassam os 300Kgs/ha. Com sementes de melhor qualidade e devidamente
adaptadas ao meio e com a melhoria das técnicas culturais (principalmente o controlo
de pragas e doenças) é possível atingir os 500 kgs/ha. No final do Plano estima-se que a
produção será de 2.250 toneladas (O.5 ton/ha) em 4.500 hectares (0.15ha/família para
todo o universo de famílias). A cultura pode ser mais encorajada graças ao apoio que
está a merecer por parte do Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA).
Amendoim
Esta cultura surge frequentemente consociada à mandioca quando esta última
cultura é instalada nas primeiras chuvas, ou em cultura estreme em solos de textura
ligeira. As produções médias actuais andam à volta dos 300 kgs/ha. Com variedades
adequadas e tratos culturais é possível atingir 800 Kgs/ha. Trata-se de uma cultura
importante para a obtenção de óleo alimentar. O seu fomento poderá ser negociado
com os industriais interessados na matéria prima. Prevê-se uma produção de 1.800
toneladas (0.8 ton/ha) em 2.250 hectares, no final do Plano.
Batata – Doce
Trata-se de um produto alimentar de elevada importância, que se cultiva
geralmente em áreas adjacentes às baixas, nas encostas ou em lavras do alto, onde as
produções são mais baixas. Calcula-se que as produções médias actuais andem á volta
das 3,5 ton/ha, mas desde que se utilizem variedades seleccionadas, se utilizem solos
convenientes e haja assistência técnica as produções poderão chegar as 10 ton/ha. No
final do Plano poderão ser alcançadas 22.500 ton (10 ton/ha) em 2.250 hectares.
Batata
Ao contrário das outras culturas, aqui espera-se um aumento da área cultivada
até aos 300 hectares e também da produtividade (6 ton/ha), de forma atingir-se as 1.800
ton. As áreas cultivo serão Ambaca e Cambambe.
Girassol
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Esta cultura já teve tradição no Kuanza Norte, tendo-se perdido a partir dos anos
80. Praticada fundamentalmente pelo sector empresarial a partir dos anos 60, por
iniciativa das unidades industriais de óleo alimentar instaladas em Luanda, expandiu-se
devido às medidas de fomento então adoptadas: créditos, sementes de qualidade,
fertilizantes, pesticidas, assistência técnica e muita propaganda. As produções médias
possíveis andam à volta dos 750 Kgs/ha. Até final do Plano a cultura deverá restringir-se
apenas ao sector empresarial, sempre em parceria com a indústria de óleos, devendo
ser feito um esforço para se atingirem as mil toneladas.
Soja
É uma cultura a introduzir principalmente no futuro sector empresarial, pela sua
importância como matéria-prima para a produção de óleo alimentar, pela utilização do
bagaço na indústria de rações e pelo benefício que traz aos solos devido à fixação de
azoto. Além disso, existem condições ecológicas favoráveis à cultura, principalmente no
Nordeste e em determinadas situações da região, principalmente de solos textura
mediana, desde que sejam bem drenados e com fertilidade razoável, Tal como para o
caso do girassol, até o final do Plano deverão apenas ser ensaiadas as variedades
culturais para selecção das mais adequadas e tomadas outras medidas preparatórias,
em coordenação com o sector da indústria. Posteriormente deve ser encorajado o seu
fomento, sendo possível atingir as cinco mil toneladas.
Citrinos
O Kwanza Norte é uma Província com tradição desta cultura, principalmente no
município de Cambambe, embora esteja generalizada por toda a Província. Apesar das
fortes contingências da guerra e da degradação das plantações, a região de Cambambe
manteve alguma produção, que tem vindo a aumentar nos últimos anos. O Plano deve
investir na reabilitação dos pomares existentes e na sua ampliação, aproveitando a
instalação de um pólo agro-industrial em Cambambe e as condições de outros
municípios, principalmente onde for possível instalar pequenos esquemas de regadio
para suprir as necessidades hídricas no tempo seco. A cultura deve também ser
estimulada junto do sector familiar, com assistência técnica, comercialização e sistemas
de frio para conservação.
Banana
Esta é outra cultura tradicional no Kwanza Norte, tendo a produção chegado a
ser exportada. As plantações estão agora também muito degradadas, e, mais grave,
muito afectadas pela sigatoka, problema sanitário que o MINADER deve enfrentar para
encontrar solução. O Plano deve igualmente, como nos citrinos, investir na reabilitação
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Quanto á horticultura, ela deverá ser incentivada com um primeiro objectivo que
será o da melhoria da dieta alimentar dos próprios produtores e, depois, para venda,
devendo esta acção ser acompanhada de medidas de educação para a segurança
alimentar. Tomate, folhas, abóboras, cebola, beringela poderão ser algumas das
prioridades. O maior incremento deverá ocorrer em municípios como Cambambe, onde
a proximidade de Luanda joga a seu favor.
Outras considerações
O projecto de fomento das culturas alimentares terá grande parte da incidência
de custos na assistência técnica e na experimentação. Outra parte estará reservada à
mecanização, que terá também um projecto específico. Aqui serão apenas referidos
custos relativos à aquisição de sementes de melhor qualidade (para multiplicação),
fertilizantes para uma área de cerca de 4.500 hectares (10% do total da área cultivada
no final do Plano que será de mais de 45 mil hectares sem contar com as culturas
permanentes), pesticidas para algumas das principais culturas (destaque para o
algodão) e alguns outros materiais. Os gastos com a ampliação futura do consumo de
inputs deverão ser da responsabilidade dos produtores.
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TABELA 31. INVESTIMENTO NECESSÁRIO (PROJECTO INTENSIFICAÇÃO DAS CULTURAS ALIMENTARES) (USD)
Custos:
No total, este projecto custará cerca de 9 milhões de dólares, dos quais cerca de 30%
são atribuídos à assistência técnica, para além da capacitação já orçamentada no
respectivo Projecto.
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Estima-se que a área explorada de café atinja, actualmente, 19 mil hectares que
a área assistida seja da ordem dos 6.900 hectares, que o número de explorações
agrícolas familiares se quede por 4 mil e que a produção se situe ao nível das 900
toneladas de café.
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Relativamente ao Cacau
Custos
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Assistência técnica específica para o café e o palmar deverá custar cerca de dois
milhões de dólares.
Objectivo:
Resultados esperados:
Estratégia:
10
A carne de caprino será produzida principalmente pelo sector familiar, enquanto a
carne de suínos e ovos são da responsabilidade fundamental do sector empresarial.
111
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leguminosas. Mas isso não constitui problema de maior desde que haja uma boa
condução do pastoreio ao longo do ano. Logo a seguir às primeiras chuvas, as gramíneas
rebentam de toiça e formam um tapete verde capaz de ser pastado, e que deve sê-lo
antes de atingir os cinquenta centímetros de altura. No período de Janeiro a Abril a
pastagem ainda mantém um valor alimentar razoável. A partir de Maio as reservas
migram para a raiz a fim de manter a toiça e, assim sendo, o valor alimentar da pastagem
diminui consideravelmente. Pode-se considerar que deve sê-lo antes de atingir os
cinquenta centímetros de altura. No período de Janeiro a Abril a pastagem ainda
mantém um valor alimentar razoável. A partir de Maio as reservas migram para a raiz a
fim de manter a toiça e, assim sendo, o valor alimentar da pastagem diminui
consideravelmente. Pode-se considerar, assim, que a quantidade e qualidade dos
alimentos são boas de Setembro até Março/Abril; diminui de qualidade em Maio,
embora continue a ser abundante; e há carência apenas entre Junho e Agosto. Esta é
uma situação diferente em relação aos pastos das regiões planálticas de Angola onde as
carências são muito sérias entre Abril/Maio e Agosto/Setembro.
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Em relação aos caprinos não parecem existir limitações, pois a espécie revela
grande capacidade de transformar alimentos vegetais grosseiros ricos em celulose, o
que permite uma boa adaptação às condições do Planalto de Camabatela e outras
regiões. Não se conhecem condicionantes do ponto de vista sanitário. O repovoamento
da Província poderá ser feito a partir de outras Províncias do país. O sector familiar será
aquele que terá praticamente a exclusividade da criação de caprinos, dadas as suas
características.
A suinicultura tem sempre dois tipos de limitações: por um lado, o risco da peste
suína africana; e, por outro, a concorrência que os animais fazem aos homens em termos
de alimentação, dadas as matérias-primas necessárias. Em relação ao sector familiar a
competição com o homem não é tão gravosa devido às condições em que os animais
são explorados, em regime de total liberdade, mas, em contrapartida, são essas
condições que aumentam o risco da peste suína. Quer num sector quer noutro, a
fragilidade dos serviços de assistência veterinária será sempre um forte factor limitativo.
O arranque poderá ser idêntico ao dos bovinos e caprinos com a aquisição de um
pequeno número de animais, por causa do risco, que seriam distribuídos de acordo com
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Este subprojecto deverá custar cerca de 200 mil dólares, mas poderá ser
ampliado com outros centros se houver êxito. A execução deste subprojecto deveria
estar a cargo de uma parceria público-privado a funcionar em moldes a estudar. Esta
estratégia está de acordo com os actuais condicionalismos da produção avícola em
Angola. O frango de carne actualmente não é competitivo, pois o preço do produto
importado é muito baixo e não se pode pensar em “desviar” a produção de milho para
ração com tal objectivo. O mesmo já não se passa com a produção de ovos, que poderá
ser encorajada quer pela via atrás referida da produção familiar que pode evoluir
gradualmente, quer pela produção mais intensiva com carácter empresarial e industrial.
Custos
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Objectivos:
Criar mecanismos de legalização de terras comunitárias em correspondência
com a Lei de Terras e com a Lei do Ordenamento do Território, visando (i) a estabilidade
psicológica das populações de modo a que se sintam motivadas para o aumento da
produção agrícola e pecuária, e (ii) a prevenção de conflitos com outros sectores de
actividade e os agricultores empresárias.
Resultado:
No final do quinquénio todas as terras comunitárias deverão estar mapeadas e
com respectivos títulos de uso e aproveitamento.
Estratégia:
O desenvolvimento da agricultura e a prevenção de conflitos de terras exigem o
estabelecimento de um cadastro moderno e actualizado que possa, ao mesmo tempo e
nos termos da lei, dar garantias aos potenciais investidores e aos pequenos agricultores
familiares. A demarcação dos terrenos das comunidades permitirá a estabilidade de
fixação e constituirá importante incentivo para a realização de benfeitorias e para o
aumento da produção. Será ainda importante como factor psicológico para a instalação
de um clima social de entendimento.
Custo:
Estima-se que este projecto tenha um orçamento no valor de 1,5 milhões de
dólares, tendo em conta experiências existentes no País.
116
PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Objectivo:
Introdução gradual da mecanização agrícola e estudo de um sistema de
mecanização adequado às condições da Província.
Resultado a Atingir:
Que 10% da área agricultada da Província (aquela que beneficiar de uso de
fertilizantes químicos para além do café e das fruteiras, num total de 45.000 hectares)
seja mecanizada no período do Plano e se encontre um modelo de mecanização
adequado e sustentável.
Estratégia:
Agricultores, técnicos e responsáveis das Administrações do Kwanza Norte
convergem em afirmar que não acreditam no desenvolvimento com base naquilo a que
designam por “agricultura atrasada” e pugnam pela rápida introdução de máquinas. No
mesmo sentido muitos economistas acham que só com grandes inputs técnicos e
tecnologia a agricultura angolana poderá vir a competir com as de outros países, mesmo
da região austral de África. Num futuro próximo de comércio livre, segundo eles, Angola
não pode correr o risco de ficar para trás.
Custo:
O custo deste projecto, incluindo já as peças sobressalentes e a aquisição de
equipamento para se testar o futuro modelo da mecanização, será de 10 milhões de
dólares. O elevado custo do projecto (quase 50% do investimento público no sector
agrário no período de vigência do Plano) e os riscos que ele implica aconselham uma
profunda reflexão sobre o assunto, incluindo se ele seria da responsabilidade do sector
público ou do privado.
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Objectivo:
Definir e implementar uma estratégia de exploração sustentável dos recursos
florestais e introdução de espécies exóticas de rápido crescimento; reabilitação e
instalação de perímetros comunitários.
Resultados:
Estratégia definida; início da exploração florestal e industrialização; reabilitação
do polígono de Kiangombe (Lucala); instalação de um outro no município do Lucala e
plantação dos polígonos de Ndalatando (100 hectares) e de perímetros florestais
comunitários.
Estratégia
O Kuanza Norte possui essências florestais de boa qualidade para fabrico de uma
enorme diversidade de produtos. Urge, porém, proceder a inventariação dos recursos
florestais, por forma a obter-se informação objectiva, credível e adequa a planificação
da gestão e aproveitamento sustentável destes recursos. Por razões ambientais, não é
desejável que a sua exploração se faça de forma desordenada. Contudo, as necessidades
de investimento inicial para o PDMP aconselham a que se procure rentabilizar essa
riqueza para cobrir parte do investimento necessário.
Custos
Este projecto deverá custar cerca de dois milhões de dólares ao longo de cinco
anos.
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
Objectivo:
Contribuir para a segurança alimentar e melhoria das condições de vida das populações
das regiões piscatórias, principalmente no município de Cambambe.
Resultado a Atingir:
Melhoria da dieta alimentar e dos rendimentos das famílias, construção de um
centro de Apoio à Pesca Artesanal de Cambambe que possa melhorar os sistemas
tradicionais de conservação do pescado.
Estratégia
A riqueza da região em rios e lagoas aconselha a que se desenvolva a actividade
de pesca para proporcionar uma dieta alimentar mais equilibrada e diversificada e para
contribuir para um acréscimo das fontes de rendimento das famílias. Isto será possível
através do fornecimento de embarcações e artefactos de pesca, da organização de
serviços de extensão e assistência técnica; de promoção de cooperativas que possam
fornecer serviços de apoio à produção e à comercialização; da organização de um
sistema de crédito às cooperativas e de implementação de centros de apoio à pesca
artesanal. Esta seria uma base complementar da animação das actividades económicas
no município de Cambambe, onde está em curso a construção de Larvicultura para
fornecimento de espécies.
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Custo
A par dos projectos de vulgarização de técnicos pós capturas e do Centro de
Larvicultura do Mucozo, ambos orçados em USD 10.364.304,00 (dez milhões trezentos
e sessenta e quatro mil e trezentos e quatro dólares americanos), este projecto terá um
custo USD 1.000.000,00 ( um milhão de dólares norte americanos) em infraestruturas,
equipamento e assistência técnica.
Objectivo:
Dotar o Kuanza Norte de condições para melhorar o conhecimento científico
para apoio ao Desenvolvimento agro-pecuário.
Resultado:
Criação de uma Centro Nacional de Investigação integrado no sistema nacional
de investigação, com uma unidade principal no Kilombo e sub unidades (estações) nas
diferentes regiões agro-ecológicas, como Cambambe (Estação Agronómica) e
Camabatela (Estação Zootécnica).
Estratégia:
Este projecto deverá ser coordenado com os Institutos de Investigação
Agronómica e Veterinária, quer do ponto de vista da sua concepção, quer depois do seu
acompanhamento, no quadro da nova estratégia de investigação, que está a ser
elaborada e que deve ter em conta o Centro do Kilombo.
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Custo:
O custo do Projecto será de 2 milhões de dólares, dos quais 50% serão para a
parte de construção civil e o restante em equipamento (laboratórios, serviços
tecnológicos, tractor, veículos, mobiliário, geradores, etc.)
Objectivo:
Resultado:
Pelo menos cinco mil agricultores começam a utilizar a tracção animal nos
trabalhos agrícolas e no transporte.
Estratégia
Adquirir 1.000 juntas de bois e respectivas alfaias (de forma gradual) para
introdução nas aldeias, aproveitando-se o programa de capacitação e a abordagem das
Escolas no Campo dos Agricultores, devendo ter em conta que já há experiências
promovidas por ONGs. Organizar visitas de agricultores a comunidades que já estejam a
trabalhar com tracção (ou tenham vivido tal experiência, como o Luinga) e outras do
Planalto Central e de Malanje onde possam encontrar experiências de sucesso no uso
da tracção.
Custo:
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Os custos deste projecto estão afectos a outros, ainda que o Estado possa prever
a criação de fundos de garantia para empréstimos de pequena monta.
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Esta rede deverá ter em conta não só a venda de bens, mas também a compra
de produtos aos agricultores e sua canalização para os centros de distribuição e
consumo ou para a indústria.
Para isso, o Estado deve lançar uma política de estímulo e motivação com
incentivos financeiros e fiscais, e apoiar o esforço organizativo necessário, mas também
uma política de preços realista que satisfaça agricultores e comerciantes e uma
fiscalização intensa e adequada. As lições aprendidas com o PRESILD poderão ser
aproveitadas para estimular a rede de comércio.
125
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Objectivo:
Resultados:
Estratégia
Programas Nacionais
Porém, muitos dos aspectos referidos estão inseridos nos programas e projectos
deste Plano.
Do mesmo modo deverão ser tratados outros programas que venham a ser
conhecidos a nível central e na sua dependência. Como sejam a segunda fase do
Programa de Extensão e Desenvolvimento Rural, o Projecto Aldeia Nova, os perímetros
irrigados, os programas de investigação, de desempenho florestal e de assistência
veterinária, entre outros.
Resumo
O quadro seguinte sintetiza os projectos agrícolas
Proporcionar os factores de
Fomento da produção produção aos camponeses que
I 1.300.000.00
agrícola lhes permitam produzir
alimentos
Fortalecimento de capacidades
II Capacitação de camponeses organizados e 3.500.000,00
das instituições que os apoiam
Aumento da produtividade e da
III Intensificação das culturas 8.000.000,00
produção familiar
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Fomento da actividade
V Fomento da pecuária pecuária de grande, médio e 8.600.000,00
pequeno porte
Legalização de terras
Mapeamento e demarcação
VI comunitárias e prevenção de 1.500.000,00
de terras comunitárias
conflitos
Introdução de mecanização e
VII Mecanização estudo de um sistema 10.000.000,00
adequado ao Kwanza Norte
Total 43.600.000,00
130
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7.2.Indústria Transformadora
7.2.1. O Diagnóstico
Uma teia complexa de condicionantes, que até há bom pouco flagelaram o país,
levou à desactivação do parque industrial provincial. De entre os factores
desestabilizadores o destaque vai para o efeito deletério da guerra e seu cortejo de
morte, destruição e afectação de actividades fundamentais para a indústria
transformadora – produção e distribuição de energia e água, circulação de pessoas e
mercadorias em condições de segurança, rapidez e economia de custos, fragilização da
produção agrícola, pecuária e florestal – bem assim para a notória debilidade no âmbito
das capacidades de gestão e financeira dos empresários nacionais, as carências de
pessoal fabril com formação adequada e a insuficiência dos apoias indispensáveis para
a reindustrialização da Província.
podem gerar, pela complementaridade que criam com a Agricultura (lato sensu), e pelo
dinamismo que podem incutir no Comércio, têm virtualidades que podem torna-las
factor de peso no crescimento económico da região,
Há que observar que a baixa oferta provincial de produtos agrários não garante
o desenvolvimento sustentado agro-industrial
132
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c. Do Contexto Tecnológico
Há que introduzir novas tecnologias, que não sendo marginais, como as que
habitualmente são transferidas para países subdesenvolvidos, sejam simultaneamente
mais “endogeneizáveis” e de efeitos mais multiplicadores sobre a produtividade.
f. Dos Custos
133
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g. Do Mercado
A. INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO
1. Indústria da Carne
a. Abate de animais
7. Industrialização de Horto-Fertícolas
8. Panificação
9. Pastelaria e Doçaria
3. Fabricação de Cerveja
4. Refrigerantes
C. INDÚSTRIAS TÊXTEIS
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D. INDÚSTRIA DA MADEIRA
2. Carpintarias
E. INDÚSTRIA DO MOBILIÁRIO
1. Tipografias
G. INDÚSTRIA DA BORRACHA
H. INDÚSTRIAS QUÍMICAS
1. Fabricação de Sabão
A ESTRUTURA EMPRESARIAL
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OS INCENTIVOS
7.2.3. Os Projectos
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139
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7.3. Comércio
7.3.1. O Diagnóstico
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A concepção de negócios
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7.4.1. Diagnóstico
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7.5.1 O Diagnóstico
Por outro lado, não há, ainda, a nível local, uma população com poder económico
capaz de alimentar uma indústria de hotelaria e de restauração de qualidade, nem se
verifica, tão pouco, o desenvolvimento de uma massa crítica consciente e com
capacidades de levar a uma maior exigência quanto aos produtos e serviços que são
oferecidos.
146
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVINCIAL DO CUANZA NORTE 2013-2017 GOVERNO PROVINCIAL
sem, contudo, se perder de vista que o turismo constitui factor estratégico para a
reanimação da economia.
Formação de pessoal, para que se possa responder com eficiência aos padrões
de gestão e das prestações a que o sector deve ser obrigado.
Eleição de zonas de maior potencialidade turística e análise dos efeitos que a sua
promoção pode causar no desenvolvimento harmonioso e equitativo da Província;
148
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149
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7.6. Educação
Por essa razão, quer com recursos dos Programas Integrados Municipais de
Desenvolvimento Rural e de Combate a Pobreza, como com os de subordinação
provincial, deve-se consentir o esforço no sentido de melhorar e estender os serviços de
educação, sob pena dos objectivos constantes do Plano Nacional de Desenvolvimento
2013-17, designadamente: a preservação da unidade e coesão nacional, melhoria da
qualidade de vida da população e inserção da juventude na vida activa, serem postos
em causa.
12
Estratégia de Desenvolvimento a Longo Prazo para Angola (2025)
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7.7. Saúde
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7.8. Justiça
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Os programas com base nos quais espera-se que o emprego ocorra são
os que constituem responsabilidade dos departamentos ministeriais, designadamente:
(i) Apoio à criação de emprego produtivo, qualificado e remunerador; (ii) promoção do
empreendedorismo; (iii) de Facilitação do Acesso ao Crédito; (iv) de Reconversão da
Economia Informal.
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promoção da unidade e coesão social, onde a educação, saúde e saneamento básico não
deixaram de ser privilegiadas
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