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Manual elaborado por João Carlos Mendonça, como texto de apoio ao curso de
Mobilização de Recursos, a ser ministrado na Serena Consultoria & Serviços na
Cidade de Maputo.
Dedico este manual a todos formandos (as) para uma formação e capacitação da competência
individual à eficiência colectiva em MR.
i
11.1. Descobrir o que mobiliza as pessoas .................................................................................... 51
11.3. NÃO SE DEVE DESVIAR DA MISSÃO EM FUNÇÃO DE UMA DOAÇÃO. ............................................... 53
11.4. Desenhar estratégias de fomento ..................................................................................................... 54
12. FONTES DE FINANCIAMENTO ............................................................................................................... 55
12.3. Detalhar o plano estratégico de mobilização .................................................................................... 59
12.4. LEMBRE-SE: MOBILIZAR É RELACIONAR-SE! E RELACIONAR-SE É UM PROCESSO............................. 62
12.6. FONTES E FORMAS DE MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS ........................................................................ 62
13. Apresentação da ideia / modelo de negócio / projecto organizacional ............................................... 65
14. MODELO “CANVAS” .............................................................................................................................. 70
15. ANGARIAÇÃO DE FUNDOS .................................................................................................................... 76
15.3. Angariação de fundos institucionais .................................................................................................. 76
15.4. Angariação de fundos de indivíduos ou organizações pequenas ...................................................... 77
15.5. Preparação do orçamento do projecto.............................................................................................. 77
15.6. Receitas provenientes de doadores................................................................................................... 77
16. MONITORIZAÇÃO DO ORÇAMENTO ..................................................................................................... 79
17. GESTÃO DE FUNDOS DO PROJECTO E PRESTAÇÃO DE CONTAS AOS DOADORES ................................ 82
17.3. Gestão financeira do projecto ........................................................................................................... 83
18. APRESENTAÇÃO DE CONTAS AOS DOADORES/PROVEDORES .............................................................. 84
19. CONTROLES ........................................................................................................................................... 85
19.1. O calendário financeiro...................................................................................................................... 85
20. Estratégias e normas financeiras .......................................................................................................... 86
20.3. Normas financeiras ............................................................................................................................ 89
21. A ESTRATÉGIA FINANCEIRA, SEUS OBJECTIVOS E VALORES ................................................................. 94
21.1. Monitorização das metas................................................................................................................... 95
22. APRESENTAÇÃO DE CONTAS SOBRE A APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................................... 96
23. OS MÍDIAS COMO REDE GERADORA DO COOPERATIVISMO E ASSOCIATIVISMO PARA A
ORGANIZAÇÃO, EMPRESA, ASSOCIAÇÃO. .................................................................................................. 97
24. ASSOCIATIVISMO ................................................................................................................................ 100
25. UM ENFOQUE SOBRE A SUSTENTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES COM FINS NÃO LUCRATIVOS .... 102
25.1. Categorias Teóricas na busca pela sustentabilidade ....................................................................... 105
26. Empreendedorismo social .................................................................................................................. 106
27. Empreendedorismo sustentável ......................................................................................................... 113
27.1.Caracterização de Diferentes Tipos de Empreendedorismo Orientados à Sustentabilidade........... 115
ii
29. MONITORIA E AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 119
29.1. Ciclo de políticas públicas e demandas por informação .................................................................. 120
30. RELATÓRIO .......................................................................................................................................... 125
30.1. A ESTRUTURA DO RELATÓRIO PROPOSTA APRESENTA INFORMAÇÕES GERAIS ............................. 126
31. Indicadores de resultados e de esforços............................................................................................. 129
32.Ciclo PDCA no controlo das acções ...................................................................................................... 131
33. Assertividade na busca da produtividade ........................................................................................... 138
33.3. 6 (seis) passos para melhorar a produtividade da sua equipe ........................................................ 140
40. Avaliação da formação........................................................................................................................ 143
Referencial Bibliográfico ........................................................................................................................... 144
iii
1.APRESENTAÇÃO
1
1.2.PROPÓSITO DO CURSO
“Não basta doarmos o que temos precisamos também doar o que somos.”
Desiré Mercie
E – mail: joaocarlos.mendonca02@gmail.com
2
2. ALGUMAS DIFINIÇÕES BÁSICAS DE TERMOS LIGADOS A MOBILIZAÇÃO
DE RECURSOS
Planeamento dos recursos humanos – são técnicas aplicadas para calcular, avaliar e
acompanhar a composição e as necessidades da força de trabalho de uma organização,
quanto ao planeamento, recursos humanos, técnica, avaliação, trabalho, organização e
capital humano.
3
Plano de acção.
Somatório de metas e objectivos definidos por um organismo ou organização para que
sejam alcançadas suas estratégias de curto e de longo prazo.
Controlo
(1) Acompanhamento, monitoramento e fiscalização de rotinas, tarefas, operações e
trabalhos. (2) Conjunto de medidas exercidas durante o processo produtivo, visando
manter os padrões estabelecidos e possibilitando correcções, quando se fizerem
necessárias. (3) Comparação e verificação dos resultados alcançados em relação ao
previsto e planeado, observando se existem diferenças, por mínimas que sejam e, em
caso de ocorrências, identificar suas causas, corrigi-las e adoptar procedimentos
capazes de impossibilitar suas repetições. (4) “Acto ou poder de controlar; domínio,
governo; fiscalização exercida sobre as actividades de pessoas, órgãos, departamentos,
ou sobre produtos etc., para que tais actividades, ou produtos, não se desviem das
normas preestabelecidas.
Monitoria ou Monitoramento
A monitoria, ou monitoramento, é um instrumento de gestão. Seu objectivo é o
acompanhamento sistematizado, contínuo e permanente, das acções e do cumprimento
das metas propostas, assim como dos avanços alcançados pelas actividades num
determinado período de tempo.
Avaliação
A avaliação é um processo normalmente externo à gestão do programa ou projecto da
empresa.
Ela deve ocorrer em datas predeterminadas e tem por objectivo questionar a validade do
projecto/programa em função do alcance dos objectivos propostos, dos recursos
investidos, dos impactos e benefícios resultantes das acções do projecto ou programa.
4
Dado e Informação
Indicadores
Indicadores são parâmetros qualificados e quantificados, que servem como padrões de
acompanhamento, desempenho ou efeito dos componentes de uma actividade ou
programa, passíveis de serem comprovados segundo as informações contidas nas
fontes de comprovação.
Estratégia
Segundo Christensen e Rocha (1995, p.291), as origens do termo estratégia encontram-
se na teoria militar, de onde foi adoptado, significando a utilização do combate para
atingir a finalidade da guerra.
No contexto organizacional, a estratégia corresponde à capacidade de se trabalhar
contínua e sistematicamente o ajustamento da organização às condições ambientais que
se encontram em constante mudança, tendo sempre em mente a visão de futuro da
organização/empresa.
PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
Segundo Kotler (1992, p.63), “planeamento estratégico é definido como o processo de
gestão e de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objectivos e
recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”. O objectivo do
planeamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de
modo que gere lucros e crescimento satisfatórios.
5
Métrica
Mobilizar é convocar vontades para actuar na busca de um propósito comum, sob uma
interpretação e um sentido também compartilhados.
6
A mobilização de recursos
A mobilização de recursos é um processo, não uma actividade pontual. Sendo assim,
deve ser muito bem planeado antes de qualquer acção. É baseado em relacionamentos,
compromissos e parcerias de longo prazo. O conceito para mobilização de recursos pode
estar em várias definições. Para alguns, é encontrar quem participe dos riscos das boas
ideias; buscar recursos no organismo externo; é ter uma necessidade e precisar
convencer pessoas ou instituições a colocar recursos, além de mostrar como a instituição
beneficiária irá retornar o investimento.
7
Negócios inclusivos
1
Empresa Social dedicada a erradicar a pobreza e a falta de equidade nos mercados emergentes do
mundo. Tem atuação principalmente na América Latina.
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Em resumo pode-se, afirmar ainda que: Negócios inclusivos são iniciativas de custo-
eficácia ambiental e responsabilidade social, que usam mecanismos de mercado para
melhorar a qualidade de vida de pessoas com baixa renda, possibilitando:
A participação na cadeia de valor como fornecedores de matérias-primas, agentes
que agregam valor aos produtos ou serviços, ou vendedores, fornecedores de
bens ou serviços;
Acesso a serviços básicos essenciais de melhor qualidade ou preço mais baixo;
O acesso a produtos ou serviços que lhes permitem introduzir um "círculo
virtuoso" de oportunidades de negócio ou melhorar o seu status socio-económico.
Base da Pirâmide
A definição original do termo base da pirâmide baseava-se numa premissa simples. O
conceito fora originalmente introduzido no intuito de chamar atenção para os 4-5 bilhões
de pobres não atendidos ou mal atendidos pelas grandes organizações do setor privado,
entre elas as empresas multinacionais. Esse grupo, até bem pouco tempo ignorado pelo
sector privado, poderia ser um rico manancial de vitalidade e crescimento. PRAHALAD
(2010, p.27)
Segundo Rodrigues e Barbieri (2008) a pirâmide é uma forma usual para representar
uma sociedade dividida em classes sociais, na qual a pequena parcela da população
situada na cúpula detém a maior parte da riqueza e renda, enquanto a maioria situada
na base detém uma parte reduzida. Desta forma, entende-se que a Base da Pirâmide
corresponde à maior parcela da população, a qual em termos gerais é a menos
favorecida do processo de desenvolvimento económico e social.
Por isso, segundo Hart (2008), transformar populações de baixa renda em consumidores,
é muito mais complexo do que apenas customizar produtos que um dia foram dirigidos
aos ricos para poder vendê-los aos pobres por um custo mais baixo.
“O maior desafio que se impõe aos gestores treinados para suprir os mercados
existentes com eficiência, é mudar sua mentalidade tradicional ao abordarem os
mercados da Base da Pirâmide” (PRAHALAD, 2010, p.39).
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Rocha e Silva (2008) afirmam que para aproveitar o potencial de consumo do mercado
da Base da Pirâmide – ou seja, 80% da população mundial – as empresas não podem
simplesmente aplicar seus processos e produtos tradicionais. Pelo contrário, é preciso
criar novos produtos e processos específicos para atender às necessidades dos
consumidores de baixa renda. Para isso soluções inovadoras e criativas, preços
acessíveis e novos canais de comercializações são caminhos para as empresas
atenderem a demanda do mercado da Base da Pirâmide.
Desta forma, percebe-se que “o engajamento activo com os mercados da Base Pirâmide
requer uma nova e inovadora abordagem de negócio. Modernizar modelos de negócios
dos mercados desenvolvidos não funcionará“ (PRAHALAD, 2010, p.30).
Isso já é possível ser percebido. As inovações realizadas por algumas organizações que
focaram suas ações na Base da Pirâmide já se consolidaram em negócios rentáveis.
Esses avanços reforçam as particularidades e especificidades dos mercados da Base da
Pirâmide. O desenvolvimento de negócios focados na Base da Pirâmide dá acesso e
permite o consumo de produtos a uma grande quantidade de pessoas. Assim, as
empresas que comercializam para pessoas de baixa renda perceberam que podem
“fazer cada vez mais o bem e também adquirir o lucro” (CAMPANHOLO, T; FONTES, G.
G.; SILVA, A. A, 2008, p.19).
Responsabilidade Social
O termo responsabilidade social surgiu para definir a organização do segundo sector que
promove acções para o social.
Responsabilidade social é a adopção e disseminação de valores, condutas e
procedimentos positivos dos pontos de vista ético, social e ambiental. Implica
estreitamento do vínculo das empresas com as comunidades (CAMARGO et al., 2001).
Pode ser considerada também como a forma de conduzir os negócios da empresa de tal
maneira que a torna parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social.
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Perpassa os níveis de “patrocínio social”, por além de investir financeiramente, aloca
recursos humanos e estratégicos para a realização da transformação da sociedade.
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2.1. Introdução
Cada vez mais, a mobilização de recursos (financeiros, humanos, materiais e físicos) é
um instrumento essencial para a sustentabilidade de uma organização. Além de garantir
os recursos necessários para atingir a missão e executar as actividades, as acções de
mobilização de recursos, muitas vezes, ajudam na divulgação da organização, empresa
ou associação, tornando-a mais conhecida de diversos públicos de interesse, mais forte,
activa e eficaz.
Por ser uma acção complexa, a mobilização de recursos requer muita organização e
planeamento. “Atirar para todos os lados” pode significar um gasto de energia e de
recursos inadequado para organizações que não dispõem de muito fôlego.
A fim de garantir a eficiência desta acção, os gestores da organização devem planear de
forma bastante estruturada as actividades de mobilização, a fim de garantirem o maior
resultado, no menor tempo possível.
Notamos que grande parte dos gestores de ONGs em Moçambique, são profissionais
das áreas de saúde, educação e assistência social e, embora não tenham muita
experiência em temas ligados à gestão, têm grande interesse em obter capacitação
específica para gerir melhor a organização e buscar alternativas para sua
sustentabilidade.
Pensando nisso, resolvemos elaborar este manual em desenvolvimento que ensine,
passo a passo, como planear a mobilização de recursos de uma organização: uma
ferramenta prática que possa levar as organizações a desenvolverem seu próprio plano
de mobilização de recursos, uma vez que este curso é primeira edição2 e até o presente
momento único no mercado moçambicano.
2
Setembro de 2017, leccionado e implementado pelo consultor, formador & palestrante: João Carlos
Mendonça, na Serena Consultoria & Serviços na Cidade de Maputo por parte da JOCAME – Gestão
Consultoria Projectos & Formação.
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2.2. DIFERENÇA ENTRE MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS, E CAPTAÇÃO DE
RECURSOS
Qual a diferença entre Captação ou Mobilização de recursos? Os dois na prática
levantam recursos para as atividades de uma organização, garantindo sua
sustentabilidade. O termo captação de recursos vincula-se mais a fontes de
financiamento (pessoas físicas e/ou jurídicas – governamentais ou privadas),
objectivando buscar recursos externos à instituição a fim de garantir a continuidade de
suas atividades. Enquanto, o termo mobilização inclui o conceito de “recurso” para além
da fonte financeira, considera: o trabalho – inclusive o voluntariado -, os materiais, os
equipamentos, os serviços, os relacionamentos, entre outros. Mobilizar é movimentar
recursos visando atender a causa e as necessidades da organização.
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É muito importante que estejamos atentos a este facto, pois mesmo em editais de
patrocínio onde não é requerida a apresentação desta documentação, recomendamos
que o grupo, associação ou organização esteja com tudo em ordem.
Oportunidades Ameaças
N.B:
Ambiente interno à organização (pontos fortes e pontos fracos).
Ambiente externo à organização (oportunidades e ameaças).
14
3.INFORMAÇÕES IMPORTANTES E ESTRATÉGICAS PARA PREPARAR SUA
MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
15
3.2. O contexto da Mobilização de Recursos no âmbito das organizações
Recursos
Mobilização de Recursos
Mecanismos Provedor de
Recursos
A maior parte das organizações sofre do “desafio da mobilização de recursos” e, por isso,
a busca por alternativas para garantir o sustento de projectos e acções para as
organizações no mundo é uma das demandas que desponta no topo das necessidades.
Um dos motivos pode ser o facto de as organizações tratarem deste assunto de forma
pontual, emergencial, sem planeamento, apenas quando precisam do dinheiro “para
amanhã”.
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É preciso encorajá-las, portanto, a ter um olhar mais estratégico para a mobilização de
recursos.
Angariar recursos deve ser um processo contínuo, pautado pela arte de estabelecer e
sustentar bons relacionamentos.
Para os projectos, intervenções ou acções junto ao público-alvo final, várias fontes de
recursos podem estar disponíveis: os fundos públicos e privados, os apoios das agências
de cooperação internacional e multilateral, os editais de institutos e fundações
empresariais, dentre outros.
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EXEMPLO DO MODELO PARA A MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
Mecanismos
• Submeter propostas para subsídios
• Eventos especiais
• Administrar um pequeno negócio
• Solicitar doações
• Contribuições não solicitadas
Mobilização de Recursos
• Fundos • Fundos
• Assistência técnica • Assistência técnica
• Recursos humanos • Recursos humanos
• Bens materiais • Bens materiais
• Serviço gratuito e recursos físicos • Serviço gratuito e recursos físicos
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A verba é um dos recursos mais importantes que todas as ONGs/OCBs3 precisam ter
para que possam funcionar e realizar os trabalhos propostos. No entanto, existem outros
recursos que também são úteis. É importante tentar acessar diversos recursos – isto
ajuda organizações a economizarem verba e também as possibilita de acessar uma
variedade maior de provedores de recursos e outras oportunidades.
Antes de planejar o trabalho de mobilização de recursos, é importante tentar estabelecer
quais os diversos recursos que as organizações podem utilizar.
3
Organizações Baseadas na Comunidades.
4
Idem.
19
3.4. Princípios de mobilização de recursos
Pessoas doam para pessoas
Pessoas doam porque elas querem doar
Pessoas não doam se não forem solicitadas
Pessoas doam para oportunidades, não para necessidades
Pessoas doam para o sucesso, não para o fracasso ou desastre
Pessoas doam porque elas querem fazer a diferença no mundo
Pessoas doam porque querem ser envolvidas em algo maior do que elas.
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Contudo, “doar dinheiro e uma coisa fácil e está dentro do poder de qualquer ser
humano. Mas decidir a quem, quanto e para que propósito doá-lo não está dentro do
poder de cada pessoa, nem e uma coisa fácil”5.
5
Aristóteles, Ética a Nicómaco.
21
Assim, a contabilidade se faz necessária, possibilitando tanto a divulgação das
demonstrações contabilísticas aos financiadores, como o controlo e monitoramento dos
montantes auferidos por estas, já que contempla diversos instrumentos internos, tais
como: o planeamento, controlo financeiro e a gestão dos recursos.
Por sua vez, a gestão dos recursos pode ser feito por meio da implantação de métodos
de custeio, a citar: Custeio absorção, variável e Custeio baseado em actividades.
Padoveze (2012) relata que os mesmos possuem como objectivo mensurar o custo dos
produtos, serviços ou actividades desenvolvidas por uma organização e está atrelado às
seguintes características: quais gastos, custos e critérios devem ser utilizados para
determinação do custo unitário dos produtos, serviços ou actividades desempenhadas
pelas entidades.
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Segundo Ruwer e Canoas (2009), o trabalho desempenhado no terceiro Sector
contempla duas forças: a do serviço remunerado, desempenhado em períodos de longo
prazo e que são voltados para o desenvolvimento da entidade; e a força do trabalho
voluntário, possuindo grande evidência no terceiro setor e sendo para este a grande força
motriz, pois os voluntários desempenham actividades de curto e de médio prazo, e assim
como os demais funcionários, contribuem para o conhecimento e capacitação das
entidades onde actuam. Desta forma, pode-se aferir que apesar de executar um trabalho
gratuito, os voluntários devem desempenhá-lo com eficácia, orientados por uma gestão
profissionalizada.
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4. O contexto de Planeamento na gestão do projecto
Um projecto precisa também ter financiamento, de nada adianta desenvolvermos um
novo projecto perfeito em todos os aspectos, se não encontramos um financiador. Isto
exige que pensemos um projecto como um produto a ser financiado. Sabemos que
escrever um bom projeto é um trabalho demorado e caro, portanto não gastem o seu
tempo e dinheiro escrevendo um projecto sem antes saber se existe financiador
interessado. Sugiro que antes de elaborar um projecto, deve-se realizar uma pesquisa
com um pré-projecto composto pelos quatros primeiros tópicos, sendo que a duração e
custo do projecto que irão aparecer na justificativa serão estimados.
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4.1. Mobilizar recursos não é vender um projecto, mas conquistar um
parceiro
Não é preciso ser um grande vendedor e muito menos um bom conquistador, se tivermos
um projecto consistente, bem elaborado e apresentarmos para a pessoa certa, na hora
certa. Não existe uma fórmula mágica, deve-se compensar o pouco poder de persuasão
com uma boa preparação onde nada deve ficar ao acaso.
Deve-se buscar recursos através de todas as fontes disponíveis. As agências
internacionais, governamentais ou não, disponibilizam para o nosso País de dólares; as
fontes de recursos governamentais nacionais são mais conhecidas de todos, mas são
muito mais burocráticas nos seus trâmites. Por isso, mesmo, trabalhado onze anos para
agentes financeiros internacionais aprecio a iniciativa privada que disponibiliza mais de
um bilhão de dólares e é mais simples e objectiva tanto na solicitação de recursos, como
na prestação de contas.
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4.2. Alguns dos três problemas que estão entre os mais comuns na
mobilização de recursos:
3. O terceiro problema reside em outro hábito que é vender miséria relatando que a
instituição está financeiramente quebrada e encontra-se em dificuldades e que,
por exemplo, as crianças atendidas estão passando necessidade e por aí vai.
Ninguém quer se juntar ao fracasso, todos nós queremos nos juntar ao sucesso.
Um profissional que represente um agente financiador não vai querer se arriscar
financiar uma instituição que está prestes a quebrar ou em falência, pois ele tem
que apresentar periodicamente os resultados do investimento que fez. O que
conquista é o sucesso. Isto nos leva ao primeiro tópico de nosso projecto. Quem
está apresentando o projecto? Como apresentar? Sobre tudo a maneira como
focalizamos o nosso argumento ou marketing da nossa solicitação ou desejo.
Projecto não é um trabalho de bacharelato, licenciatura e nem tese de mestrado, não foi
feito para mostrar seus conhecimentos ou sua cultura, mas para apresentar onde está,
aonde quer chegar, por que quer chegar lá e como chegará lá. Assim quanto mais
objectivo, directo e claro for mais facilmente as pessoas compreenderão sua proposta e
então mais facilmente poderão se tornar parceiros.
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Hoje já encontramos várias instituições solicitando que encaminhe seu projecto em
apenas duas páginas. O que eles estão querendo é a justificativa do projecto com os
sub-tópicos acima apresentados.
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4.4. UM BOM REDATOR DE PROJETO DEVE LEMBRAR QUE:
Projecto é planeamento e planeamento é actividade colectiva;
Projecto deve ser tratado como um produto a ser vendido;
É preciso uma boa relação custo/beneficio;
Financiador não é banco e sim PARCEIRO;
Quem vende miséria mendiga, recebe trocado;
Não estamos vendendo projectos, mas conquistando parceiros;
O que conquista parceiros é SUCESSO.
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4.5. Elementos de uma proposta
Em geral um projecto visa responder as seguintes perguntas:
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4.6. EXEMPLOS DE CROWDSOURCING
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PARCERIAS ESTRATÉGICAS / NETWORKING
Networking (palavra de origem inglesa) consiste na criação de uma rede de contactos e
de relações relevantes.
É considerado networking, toda e qualquer actividade que tenha como fim o
alargamento da rede de contactos e o conhecimento de entidades ou pessoas dos mais
diversos meio.
Uma rede de contactos, não deve resumir-se às relações pessoais. A importância de
conhecer pessoas relevantes nos mais diversos meios tem vindo a ser reconhecida.
Quer no que diz respeito à procura de trabalho ou de parceiros para projectos, quanto
maior a rede de contactos, maior a probabilidade de sucesso.
É da responsabilidade individual de cada um, mas também deve ser política de uma
empresa, a criação de uma rede de contactos organizada, que inclua as mais diversas
áreas de interesse e sempre actualizada.
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Qualquer pessoa tem qualidades e é melhor ou pior que alguém em inúmeras tarefas.
Cabe a cada um conseguir, sempre de forma humilde, tornar as suas qualidades, o seu
cartão-de visita.
Um dos pontos fundamentais, na relação entre o networking e o marketing pessoal, é a
capacidade de comunicação. Sendo, o objectivo, a promoção pessoal ou a promoção de
um projecto, saber comunicar é a competência chave.
Como ponto inicial, é necessário deixar claro que se tratam apenas de relações entre
pessoas.
Por mais impossível que possa parecer, nenhuma pessoa é inalcançável. Pode ser mais
fácil ou mais difícil chegar a contacto com determinada pessoa, mas pensar que por
ocupar um determinado cargo, se torna impossível contactar com ela, torna-se até
desmotivante.
Existem, hoje, um sem número de conferências, encontros, reuniões ou concursos que
promovem o networking. Todos estes eventos têm como um dos seus objectivos a
criação ou manutenção de relações.
Se o objectivo é a promoção de um projeto, o empreendedor deve estar preparado para
responder a quaisquer dúvidas que possam surgir. Deve mostrar-se seguro do projecto
que está a desenvolver, e procurar criar relações com pessoas ou entidades que, de
alguma forma, poderão ajudar no futuro, mais não seja, pelas suas próprias redes de
contactos.
32
5.2. Plataformas de Networking
Actualmente, estão disponíveis uma serie de plataformas ou sistemas, que tornam mais
simples a tarefa de criação ou constante atualização de uma rede de contactos. Torna-
se necessário distinguir as chamadas “redes sociais” em termos do tipo de relação a
estabelecer. Estes sistemas de suporte foram desenvolvidos com diferentes objectivos e
o empreendedor deve adaptar-se a cada um.
No que toca a relações pessoais, redes sociais como o Facebook ou Instagram, tornam
simples a aproximação entre as pessoas e permitem que todos se mantenham
informados acerca de acontecimentos relevantes, ou não.
Quer o facebook, Instagram ou Twitter, são excelentes plataformas para difundir ideias,
notícias e projetos. Estes podem ser partilhados por todos os que mostrem interesse nos
mesmos, sem que isso se torne trabalhoso para quem criou o conteúdo. O ponto crítico
é exatamente esse, é necessário criar conteúdo que seja relevante para quem o vê. Esta
partilha de informação, não só é importante para dar a conhecer o trabalho que se
desenvolve, como é uma ótima ferramenta de feedback.
Relativamente à criação de uma rede de contactos profissionais, nada é mais prático do
que a possibilidade desta ser atualizada pelos próprios contactos. Plataformas como o
Linkedin permitem isso mesmo.
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PARCERIAS ESTRATÉGICAS / NETWORKING
Boas práticas
Pitch
Tenha sempre um pitch essencial preparado caso se proporcione a oportunidade de
apresentar a sua ideia. Não é necessário que seja uma explicação muito complexa, as
ideias chave são suficientes. Mostre sempre confiança na sua exposição.
Selectividade
Seja selectivo. Escolha bem os alvos dos seus contactos.
Continuidade
Networking é uma actividade contínua, à qual se deve dedicar algum tempo, pois as
oportunidades não têm data marcada, surgem à frente de quem estiver preparado para
as agarrar.
Profissionalismo
Haja de forma profissional em todas as interações que realizar.
Bases de dados
Mantenha as bases de dados atualizadas. Uma base de dados vale pelo seu grau de
actualização.
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da coparticipação e do envolvimento. Cultivar relações é um investimento de retorno
certo em médio e longo prazo, demandando um tempo qualitativo para a sua construção.
A comunicação institucional, o posicionamento da marca e a comunicação de
relacionamento, portanto, precisam ser cuidadas com muita atenção.
6. COMUNICAÇÃO
A comunicação interpessoal é um método de comunicação que promove a troca de
informações entre duas ou mais pessoas. Cada pessoa, que passamos a considerar
como interlocutor troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua formação
educacional, vivências, emoções, toda a "bagagem" que traz consigo. É entendida como
a transmissão de estímulos e respostas provocadas, através de um sistema completo ou
parcialmente compartilhado. É todo o processo de transmissão e de troca de mensagens
entre seres humanos.
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interessantes da comunicação. Incorpora coisas como o modo com que usamos nosso
corpo, nossos gestos e nossa voz para transmitir certas mensagens.
● Habilidades de transmissão
Usar linguagem apropriada e directa (evitando o uso de calão e termos eruditos
quando palavras simples forem suficientes).
Fornecer informações tão claras e completas quanto for possível.
Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do receptor (audição, visão
etc.).
Usar comunicação face a face sempre que for possível.
Habilidades auditivas
6.3. FEEDBACK
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No feedback positivo há mais facilidade na interpretação, pois é considerado como
elogio e funciona como uma forma de nos mantermos acertando. Nessa instância,
recebermos um elogio é sempre como receber um lindo presente, isto é, como se alguém
estivesse iluminando uma parte interessante de nós mesmos.
Todos nós precisamos de feedback , tanto no positivo como no negativo. Necessitamos
saber o que estamos fazendo inadequadamente, como também o que conseguimos
fazer com adequação, de modo a podermos corrigir as ineficiências e mantermos os
acertos...” (Moscovisci: 2002)
O processo de interacção humana supõe necessariamente comunicação. Estamos
sempre comunicando algo, seja através de palavras, gestos, posturas corporais etc. O
simples fato de estarmos em presença do outro modifica o contexto preceptivo,
promovendo a interacção que é, afinal, comunicação com mensagens emitidas e
recebidas de cada participante da situação conjunta...”
7. LIDERANÇA
Se pretendermos simplificar a noção de liderança podemos dizer que é um processo de
influência, exercido através da comunicação, com vista à obtenção de resultados. O líder
é responsável por:
Criar uma visão do futuro;
Alinhar as pessoas com a visão;
Inspirar e motivar as pessoas;
Promover o desenvolvimento dos Colaboradores, através da delegação,
responsabilização e autonomia;
Levar as pessoas a agir.
37
Um verdadeiro líder procura que, na sua empresa, todos ganhem por lá estar:
recompensas monetárias, bom, ambiente de trabalho, tarefas interessantes,
oportunidade para falar abertamente e crescer profissionalmente.
Nicholas Hayek, presidente da Swatch, propõe uma distinção interessante entre líder e
gestor: um líder é como Mozart: constrói e cria coisas. Escuta e vê coisas que outras
pessoas não ouvem nem vêem. Um gestor é como um maestro: executa e implementa
a música. Torna real a visão.
7.1. Gestão e Liderança são duas faces da mesma moeda, uma não existindo sem a
outra. Não existe vantagem num líder que não consegue organizar e planear, tal como
num gestor que não motive e alinhe as pessoas. José Mourinho6, como temos vindo a
analisar, é um bom exemplo de um bom gestor, que é simultaneamente um bom líder.
Seja também um Mourinho no seu negócio.
6
Treinador de Futebol: Real Madrid.
38
7.2. Tipos de liderança
Conhecida também com Liderança Autoritária, trata-se da liderança em que o líder ordena, impõe
sua vontade, centralizando todas as decisões, fixa as tarefas de cada um e determina o modo
Liderança de concretizá-las. Não há espaço para a iniciativa pessoal, sendo este tipo de liderança gerador
Autocrática: de conflitos, de atitudes de agressividade, de frustração, de submissão e desinteresse, entre
outras. A produtividade é elevada, mas a realização das tarefas não é acompanhada de
satisfação.
Liderança Comumente chamada de laissez-faire, o líder tem participação mínima, parte-se do princípio de
Liberal (aissez-faire): que houve um sazonamento por parte da equipe. Assim, os liderados têm o livre arbítrio para
desenvolverem e colocar seus projectos em prática. Este tipo líder acha, que seu principal
trabalho é a manutenção do que já foi conquistado. Não dá ordens, não traça objectivo, não
orienta os liderados, apenas deixa correr.
Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para
Liderança gestão de pessoas. O líder orienta a equipe na execução de suas tarefas, fazendo-os participar
Democrática: da tomada de decisão. Neste estilo de liderança, toda a equipe pode e deve contribuir com
sugestões por meio de uma comunicação aberta. A dificuldade, no entanto, esta na demora para
se tomar decisões em tempos de crises.
FONTE: CHIAVENATO, I. Comportamento Organizacional: A dinâmica do sucesso das organizações, Rio de
Janeiro, Elsevier: 2010.
39
8. MAPEAMENTO MENTAL
Encontra esta técnica em variados livros, normalmente sob o nome “mind map”. Utilize-
a para organizar informação, planear algo ou memorizar algo.
Imagine a seguinte situação: a sua loja especializada em queijos e charcutaria tradicional
vai realizar um evento de apresentação dos seus produtos. Para tal, pretende convidar
vários potenciais clientes e fazer algo que deixe uma boa imagem da empresa e dos
produtos, para que as pessoas regressem. Gostaria de fazer algo extraordinário e deixar
uma forte marca, porque compreende que é também com eventos assim que construirá
uma sólida imagem no mercado!
Pode começar por realizar um Turbilhão de Ideias com a sua equipa para chegar a uma
boa ideia sobre o que fazer e depois avançar com o Mapeamento Mental para planear e
organizar o evento.
O mapa mental é um desenho, feito à mão, com aspecto semelhante a raízes de uma
árvore, onde, a partir de um tema central, irradiam várias fases, ideias, necessidades,
etc.
Imagine que decidiu que o evento consistirá numa prova de queijos e charcutaria, ao
som de fado. Para minimizar custos e alargar o leque de interesse, propôs a sua ideia a
um amigo que tem uma loja de vinhos e ele concordou em associar-se ao evento. Neste
momento precisa de preparar a situação, garantindo que nada falta.
Com o mapa mental consegue resumir toda a informação necessária, de forma sintética
e facilmente percetível. Na página seguinte encontra um exemplo de um possível mapa
para a situação apresentada. Repare que é desenhado na horizontal, não se utilizam
frases, mas apenas palavras-chave ou imagens e que deverá ser o mais colorido
possível (estimula o cérebro).
Poderá utilizar esta técnica para preparar palestras ou discursos, planear projectos,
elaborar a agenda do dia, resumir informação de um livro e definir a implementação de
uma solução ou mudança na sua empresa. Precisa de alguma prática, mas com o tempo
verá que a estruturação fornecida por esta técnica e a facilidade de memorização da
informação compensam largamente o trabalho tido.
40
Exemplo de Mapeamento Mental
41
9. NEGOCIAÇÃO
A negociação é um processo que pode ser aprendido e aprofundado, obedecendo a
diferentes teorias e estratégias, mas os elementos básicos não mudam:
Nenhum dos negociadores deve tentar "ganhar" os despojos do passado;
Ambos enfrentam um problema actual que pode prejudicar o seu relacionamento
futuro;
Nenhum deve tentar impor um convénio;
Para alcançar o acordo é necessário procurar níveis de interesse comuns;
Ambos estão desejosos de encontrar uma solução em que todos fiquem a ganhar.
O objectivo é chegar a acordo, não é obter uma vitória total.
9.1.Preparar a negociação
42
9.3. Negociação empresarial
43
10. MARKETING E PROPAGANDA
44
concorrentes, os canais de distribuição usados e o poder aquisitivo ou nível de
aspiração do consumidor.
4) Propaganda: visa tomar o produto conhecido e levar o consumidor até ele.
5) Promoção de vendas: visa estimular a demanda e o aumento de vendas,
levando o produto ao consumidor.
6) Distribuição: visa levar fisicamente o produto do fabricante ao consumidor final,
através dos canais de distribuição, tornando-o disponível e fácil de ser comprado.
10.3. PROPAGANDA
De acordo com ERBOLATO (1985), define propagada como o conjunto de actividade
que visam influenciar o home com objectivo religioso, político ou cívico mas sem
finalidade comercial. O autor também considera como propaganda qualquer forma
remunerada de difusão de idéias, mercadorias, produtos ou serviços, por parte de um
anunciante identificado. A classificação de categorias de propaganda segundo
ERBOLATO (1985) são:
Propaganda directa: envio ao consumidor de anúncios de diversas naturezas,
como brochuras, coupons que dão direito a descontos, amostras, cartas que
apresentam ser personalizadas ou catálogos.
45
Propaganda falsa: aquela que divulga qualidades ou vantagens de um produto
ou oferecidas por uma organização, mas que não correspondem à verdade ou
que jamais serão cumpridas.
Propaganda no ponto de venda: realizada nos locais onde os produtos são
vendidos. O público vê matarias de propaganda como pequenos cartazes,
displays, leitores, luminosos, guirlandas, manequins ou stands.
46
Não se tem ainda noção exacta da eficácia destes processos, mas sua aplicação
é proibida por lei.
10.5. PUBLICIDADE
“É um “ é um grande meio de comunicação com a massa, pois é o possível fazer um
anúncio adaptado a cada indivíduo da multidão consumidora.
Logo, este anúncio tem de ser ajustado ao tipo médio que constitui o grupo consumidor
visado pelo anunciante. Como tal, a publicidade é um poderoso factor de promoção de
vendas e relações públicas, sendo possível ao anunciante e ao industrial estabelecer
rápido contacto com os consumidores, tornando seus produtos e ofertas conhecidos,
assim como adquirir prestígio para sua firma. Graças a publicidade, é possível alcançar
mercados distantes ou actuar simultaneamente em diversas classes sócio-económicas,
em diferentes lugares, atingindo centenas de milhares de consumidores espalhados em
vastas áreas geográficas (ruas, veículos, colectivos, escritórios, dentro do lar, etc.),
condicionando este público para a compra de um produto (SILVA, 1976).
47
para comunidade, com a finalidade de garantir a sustentabilidade institucional (Armani,
2008).
48
11. PREPARAR UM PLANO DE MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
Ao reflectir sobre uma eventual falta de dinheiro na organização, uma pergunta pode ser
levantada: ela é uma causa ou um sintoma? A falta de recursos pode ser um sintoma, a
febre do corpo organizacional que aponta para o reflexo de outros problemas de gestão
mais difíceis de perceber que, como vírus, invadiram e se instalaram silenciosamente,
revelando- -se como doença, muitas vezes, apenas anos e anos depois.
Quando planeada, apreendida e realizada por toda a organização, esta actividade pode
se tornar mobilizadora não apenas de recursos externos, mas também das forças
internas da organização, que unem e integram as pessoas e os projectos.
49
a sua importância no mundo, para os bons resultados e impactos sociais que produz e,
portanto, para receber apoio e investimento.
50
Actividade: desvendar o “Q” da organização
PASSO 1 - Reúna a equipe da organização e relembrem e identifiquem situações
concretas de trabalho, expondo em quê a organização fez uma diferença maior, histórias
em que se orgulham do que fizeram e momentos que costumam qualificar como exemplo
e referência, nos quais houve um sentimento de realização. Depois disso, conversem
sobre as seguintes perguntas e anotem as respostas:
O que a organização faz?
O que a organização faz?
Por que é importante que a organização faça o que faz? Para quem a organização
é importante?
O que oferecemos “ao mundo” que é diferente e especial?
O que, na nossa proposta/forma de trabalhar, nos diferencia de outras
organizações/trabalhos/projectos?
Que forças/capacidades/qualidades especiais temos?
51
Admiram as lideranças da organização, reconhecem a eficácia do seu trabalho e
têm confiança no estilo de gestão da organização;
Consideram a proposta de atuação da organização inovadora e inteligente;
Estão ou estiveram envolvidos emocionalmente com uma situação semelhante
àquela trabalhada pela organização;
Guardam um sentimento de gratidão e desejam retribuir uma ajuda recebida;
Sentem-se na obrigação moral ou religiosa de ajudar;
Têm satisfação pessoal em ajudar os outros;
Almejam prestígio e reconhecimento da sociedade;
Esperam benefícios fiscais em contrapartida às doações.
Conhecer o que mobiliza as pessoas em prol de uma causa é o ponto de partida para
encontrar potenciais doadores, apoiadores e parceiros, porém deve ser apenas o ponto
de partida, pois cada público é mobilizado por razões próprias, que devem ser
investigadas.
Perguntar que aspectos cada doador valoriza na organização ao analisar o destino da
sua doação ou do seu investimento social e o que um parceiro busca quando decide
juntar seus esforços ao de outra organização, pode ser uma prática muito saudável para
nortear as acções de mobilização.
Pode-se afirmar que o volume e a qualidade dos recursos que uma organização
consegue mobilizar reflecte a confiança dos doadores e apoiadores na sua equipe, na
liderança, na sua capacidade de actuação e em seus objectivos. Toda organização, de
alguma forma, já mobiliza recursos para sustentar suas acções no mundo. Ao iniciar um
processo mais estruturado de mobilização de recursos, deve-se reflectir sobre o que foi
feito até o momento e, a partir dos aprendizados, desenvolver qual será a nova política
e suas práticas com relação aos financiadores que deseja prospectar no futuro. Também
é importante debater e definir internamente como serão geridos esses recursos e que
tipo de prestação de contas dos recursos mobilizados deverá ser feito.
52
11.2. Ponderar sobre questões éticas
É importante considerar algumas questões éticas:
Existem fontes de recursos que sua organização não aceitaria receber? Quais?
Sua organização permite o uso de sua imagem e o uso da imagem dos
patrocinadores/provedores, vinculando uma imagem à outra? De que forma?
Como consideram adequado o pagamento do captador/mobilizador de recursos?
Sua missão, acção ou projecto pode ser afectado pelo facto de sua organização
receber doação de alguma fonte em especial? Qual o limite desta flexibilidade?
Do que sua organização não abre mão?
São recorrentes, entre as organizações moçambicanas, discussões sobre quais fontes
podem ou não ser acessadas, mas uma questão fundamental deve ser a de que os
recursos estejam à disposição do cumprimento da missão institucional e não o contrário.
53
A função de uma política de mobilização de recursos é estabelecer limites dentro dos
quais é possível alinhar os desejos da equipe e de potenciais apoiadores/provedores,
proporcionado, tranquilidade na execução das actividades. Esses limites devem ser
construídos de forma que não se tornem apenas palavras num papel e devem ser
revisados anualmente, pois o contexto da doação de recursos está se modificando muito
no mundo.
54
12. FONTES DE FINANCIAMENTO
Para o arranque de qualquer projecto, é necessário um investimento. Este investimento
pode ser feito por parte do próprio empreendedor, pelos sócios, ou pode surgir através
de um financiamento.
Antes de perceber de onde é que o dinheiro deve vir, é fundamental que se tenha uma
ideia de quanto é preciso e como este se vai distribuir por todos os custos.
Em diante, encontram-se explicados quais os passos a dar na estruturação dos custos
e quais as alternativas de financiamento para um projecto.
55
Fornecer informação aos credores (bancos, fornecedores, provedores...), que
querem saber em que é que vamos investir o dinheiro emprestado.
Exemplo de fontes de financiamento e suas características quanto a mobilização
de recursos
Fontes Características
Recurso livre, que pode ser investido em custos operacionais.
Possibilidade de construir uma boa rede de doadores/provedores de apoio
Indivíduos local.
Muito trabalho para construir e nutrir relações, necessidade de banco de
dados actualizado, recursos pequenos e variados, retorno em médio e longo
prazo.
Recurso atrelado a projectos, com alguma facilidade de negociação se
precisar ser alterado.
Possibilidades de renovação, se apresentar bons resultados.
Risco de o recurso ser cortado repentinamente, pois depende da
rentabilidade da empresa.
O acesso a quem decide pode ser difícil.
Empresas e/ou institutos e Muitas empresas desenvolvem projectos próprios e não apoiam outras
fundações empresarias. organizações/associações da sociedade civil. Algumas possuem modelos
próprios para apresentação dos projectos.
Pode gerar divulgação e trazer visibilidade para a organização.
Alguma burocracia na negociação e prestação de contas.
Possibilidade de mobilizar funcionários para trabalhos voluntários.
Algumas patrocinam eventos.
Grandes somas doadas por períodos mais longos.
Possuem modelos próprios para apresentação dos projectos.
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Temática definida e geralmente única.
Fundos independentes Existem pouco em Moçambique.
Geralmente, os recursos são pequenos.
A selecção e via edital muito divulgado, o que torna a concorrência grande.
Recursos públicos e Grandes somas por períodos mais longos e determinados.
governamentais Burocracia bem complexa para acessar e prestar contas.
Instabilidade de repasse de recursos nas datas e prazos fixados.
A cada governo as linhas de financiamento e os programas são alterados,
gerando descontinuidade.
Possuem modelos próprios e nada flexíveis para apresentação dos
projectos.
Os convénios, muitas vezes, são uma terceirização de mão-de-obra por
parte de governo.
Recurso livre, que pode ser investido em custos operacionais.
Muito investimento e muito trabalho de produção para pouco recurso.
Eventos Bons retornos de divulgação da organização.
Possibilidade de constituir banco de dados de potenciais
doadores/provedores ou fortalecer vínculos com doadores e comunidade.
Oferecem riscos financeiros se não forem bem planeados.
Recurso livre, que pode ser investido em custos operacionais.
Pode gerar, em médio e longo prazo, autonomia financeira para a
organização.
Projectos de geração de Agências financiadoras e empresas gostam de apoiar projectos que tragam
renda própria certa sustentabilidade para a organização.
É difícil para profissionais da área social gerir negócios.
Pode ser arriscado se não for bem planeado e gerar distanciamento (perda
de foco) da missão da organização.
Fonte: IFDS – Instituto Fonte para o Desenvolvimento Social “ Preparar um Plano de Mobilização de Recursos”, 2012, 3 ªedição,
Brasil.
57
Quadro comparativo entre as fontes de financiamento – Vantagens
58
12.3. Detalhar o plano estratégico de mobilização
Se não sabemos onde queremos chegar, qualquer caminho ou estrada nos serve. Definir
um caminho, um objectivo, é um dos requisitos básicos para mobilizar recursos. A cada
ano, as organizações iniciam, encerram ou renovam seus projectos.
Porém, o período de um ano é muito curto quando pensamos em recursos. É preciso
olhar para a mobilização de recursos de forma estratégica, considerando no mínimo os
próximos três anos de actividade. Elaborar uma estratégia faz toda a diferença, pois
auxilia a escolha do doador pela sua organização.
Como desenvolver a melhor estratégia para a organização? Qual a mais criativa? Qual
a mais eficiente? Outra vez, aqui recomendamos que cada organização olhe: para a sua
causa, para o conjunto de projectos que desenvolve, para o seu diferencial no mercado
local ou no mundo e para o estudo das fontes de recursos que são mais compatíveis
com o seu trabalho. Cada organização é única, então, sua estratégia de mobilização
também deve ser única e estar alinhada com a essência dessa organização. A partir daí,
desenvolvam seus objectivos e metas, pois eles vão proporcionar foco, orientação e
engajamento da equipe.
59
Actividade: construir um plano eficaz
PASSO 1 - Definir a quantia e o tipo dos recursos que a organização precisa mobilizar
anualmente, para os próximos três anos.
PASSO 3 - Elaborar os objectivos da mobilização de recursos com cada uma das fontes.
O que a organização pretende fazer com cada uma das fontes? Exemplo: desenvolver
parcerias de financiamento de projectos com as empresas locais; desenvolver parcerias
de serviços doados com os fornecedores etc.
PASSO 5 - Definir um plano de acção. Quando e quem deve fazer o contacto, ser o
responsável pelos contatos? Quais métodos de abordagem serão mais eficientes de
acordo com cada público e com o diferencial da organização?
60
Exemplo de um plano operacional para a mobilização de recursos
Acção Objectivo Estratégia Meta Recursos Parceiros Cronograma
(externos)
Instalação, Activar a Transferência Transmissão Ministério da Consultoria Até Julho de
manutenção de intercomunicação de para as DRS e Educação/ Externa 2018
equipamentos a com as DRS e os equipamento, os Técnicos Maputo (Fundação
JOCAME-GCP&F e técnicos na via Fundação 20% das Joaquim
formação da equipa modalidade Joaquim actividades, Chissano,
técnica no uso dessa bimensal Chissano, vídeos Serena
tecnologia Serena conferências Consultoria,
Consultoria, realizadas no Fundação
Função Centro de Fernando
Pública, Formação do Couto) na
qualificação da Ministério do modalidade de
equipa via Trabalho Ensino a
fundação Distância
Fernando
Couto
61
12.4. LEMBRE-SE: MOBILIZAR É RELACIONAR-SE! E RELACIONAR-SE É UM
PROCESSO.
A existência de todos os recursos não garantirá que a organização será bem-sucedida
na realização dos seus objectivos. Os recursos cumprirão a sua função na medida em
que houver vida e movimento na organização, quando os serviços de sua actuação
acontecerem, quando existir uma comunicação adequada e novas relações entre as
pessoas forem experimentadas e houver um direcionamento claro na busca de
objectivos que levem à realização da sua missão na sociedade.
O segredo está na integração da mobilização de recursos com o todo da organização. É
isso que vai gerar a força necessária para seguir sustentando as acções ao nível local e
do país ou no mundo.
62
Antes de tratarmos sobre as diferentes fontes sugeridas, observe, no esquema abaixo,
que existem seis tipos diferente de fontes.
63
Exemplo de um plano de investimento e financiamento
64
13. Apresentação da ideia / modelo de negócio / projecto organizacional
13.1. Pitch da ideia/modelo/projecto
65
13.2. Tópicos para apresentação pitch
13.4. Preparação
• Estudar a audiência /interlocutores;
• Preparar “pitch” com antecedência;
• Treinar/testar apresentação previamente;
• Antecipar perguntas/dúvidas da audiência;
• Corrigir /melhorar;
• Testar equipamentos de suporte.
66
13.6. Após a apresentação
• Avaliar o desempenho e resultado;
• Manter o contacto.
67
13.8. PROPOSTA DE APRESENTAÇÃO DETALHADA DO PITCH
1 - TÍTULO
Nome da empresa
Logótipo
Posicionamento (frase)
Website
2 - SUMÁRIO EXECUTIVO
Visão global, concisa e motivadora
3 - O PROBLEMA
Que problema (s) resolve?
4 - PROPOSTA
Nosso negócio/ projecto
Vantagens
5 - OPORTUNIDADE DE MERCADO
Mercado
Dimensão e evolução
Posição prevista do nosso negócio
6 - TECNOLOGIA
Como serão desenvolvidas e entregues ao mercado as nossas soluções
7 - USP (Unique Selling Proposition – Proposta Única de Valor)
O que torna o projecto único
68
8 - AMBIENTE COMPETITIVO
Concorrentes
Diferenças com a nova proposta
Vantagens e desvantagens
9- MARKETING
Qual será a abordagem do mercado
10 - PROJECTO FINANCEIRO
Análise financeira do projecto
11 - SITUAÇÃO ACTUAL
Qual o estado de desenvolvimento do projecto
12 - EQUIPA DE PROJECTO
Equipa e competências
13 - SUMÁRIO DO PROJECTO
14 – ENCERRAMENTO / AGRADECIMENTOS
69
14. MODELO “CANVAS”7
O modelo apresentado em seguida, conhecido por Business Model Canvas, surge da
necessidade de estruturar, de forma simples, todos os passos necessários para a criação
de valor. Este estrutura o desenho do negócio em 9 blocos que cobrem as áreas: clientes;
oferta; infraestruturas e viabilidade financeira.
7
OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves – Criar Modelos de Negócios, 2013, 5ªedição, D. Quixote.
70
Para tornar esta tarefa um pouco mais simples, pode ser útil a criação de personagens
fictícias. Estas devem ser personificações dos diferentes segmentos de mercado que se
pretende atingir, espelhando as suas características principais, as suas necessidades,
vontades, etc.
Um ponto importante a ter em conta é a optimização destas relações. Ter uma rede de
distribuição optimizada é uma das preocupações mais recorrentes em todo o tipo de
organizações, uma vez que está directamente relacionada com os custos.
Toda a logística do negócio deve ser planeada com o máximo detalhe e
responsabilidade.
Como é que o meu produto ou serviço vai chegar ao meu cliente?
Quais as cadeias de distribuição mais adequadas ao meu negócio?
Qual o tipo de transporte mais eficiente? Outsourcing ou veículos próprios?
Como se vai processar a venda do produto? É preferível utilizar um market place
ou pontos de venda físicos?
Como comunicar a existência do meu produto ou serviço?
71
4) Relações com clientes
Para que o consumidor se mantenha fiel a uma marca, é necessário que, mais do que
um bom produto, exista uma boa relação entre a empresa e os clientes.
Mais do que a compra de um produto ou serviço de qualidade, o consumidor procura
uma boa experiência, uma entidade que consiga resolver quaisquer problemas que
possam surgir, o mais rápido possível e sem prejuízo para si, um elevado service level e
uma marca à qual se sintam ligados.
É fundamental que este bloco seja bem estruturado, olhando para todas as
possibilidades, percebendo quais as melhores estratégias a seguir e quais as que trazem
mais benefícios quer para a empresa quer para o consumidor.
72
O que significa esse valor? Apenas o preço do produto ou a experiência, qualidade
e marca associadas?
Existindo um possível concorrente já no mercado, quanto é que os clientes pagam
atualmente?
Será melhor concorrer ao nível do preço ou ao nível da qualidade? Como estão
eles a pagar actualmente?
Qual é a contribuição de cada fonte de receita para as receitas globais?
6) Actividades-Chave
Todas as actividades que são necessárias para que o produto e/ou serviço seja
fornecido, com sucesso, ao cliente. Este passo permite que se perceba a complexidade
do negócio. A descriminação de todas as actividades permite que se pense acerca de
possíveis combinações entre elas, tornado todo o processo mais optimizado.
Comece por pensar nas atividades necessárias ao desenvolvimento do produto,
produção, embalagem e distribuição.
73
7) Recursos-Chave
8) Parcerias-Chave
O mais natural ao reflectir um pouco sobre o ponto anterior, é perceber que, à partida,
não tem muitos dos recursos disponíveis. Não é motivo para alarme.
Agora, pesquisando, é possível descobrir os parceiros que poderão, tendo os recursos,
desenvolver as actividades-chave. É o chamado outsourcing.
Fazendo parcerias, é necessário que se encontre um equilíbrio para as partes
envolvidas. O objectivo é que esta seja vantajosa para todos.
A empresa/organização, criando estas relações, não só irá conseguir optimizar os seus
processos, como vai reduzir o risco e incerteza associados a qualquer negócio/ produto
no mercado, uma vez que esse risco passa para os parceiros. Vai, ainda, baixar alguns
custos (comparando com os custos de desenvolver todas as actividades in house), e
conseguir manter o foco apenas nas actividades que devem ser desenvolvidas no seio
da mesma.
Estas são as actividades que lhe trazem vantagem competitiva, que marcam a diferença
para os concorrentes e que, por isso, não devem ser partilhadas com outras entidades.
Quem são os nossos principais parceiros e/ou fornecedores?
Quais as actividades que podem ser delegadas a terceiros?
Será que esses parceiros possuem os recursos necessários?
Quais os custos associados a cada parceria?
Quais os parceiros mais vantajosos?
74
9) Estrutura de Custos
Com isso, será possível, inclusive, estabelecer um fundo de recursos livres, não
rubricados, ou seja, recursos que chegam à organização sem estar atrelado a algo
específico ou uso pré-determinado.
8
OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves – Criar Modelos de Negócios, 2013, 5ªedição, D. Quixote.
75
15. ANGARIAÇÃO DE FUNDOS
A angariação de fundos é a actividade em que se solicita e se obtém uma quantia de
dinheiro de um ou mais doador ou provedor (es), para ser aplicado na consecução dos
objectivos gerais da organização ou para levar a cabo um trabalho específico relacionado
com o projecto. A angariação de fundos é uma parte essencial das actividades de uma
organização. Porém, não só é importante para angariação de fundos, mas também para
a monitorização do processo, com vista a melhorar as técnicas em futuras actividades
de angariação de fundos.
15.1. Responsabilidade
A fim de evitar a duplicação, todo o processo de angariação de fundos deve ser
coordenado por uma única pessoa. Numa organização grande, esta função pode ser
desempenhada por especialista em angariação de fundos. Todavia, a presente secção
é dirigida a pessoas com pouca experiência na angariação de fundos – talvez um gestor
de projecto ou gestor de orçamento.
15.2. Procedimento
Primeiramente, deve-se fazer uma distinção entre os fundos obtidos de grandes
instituições (USAID – Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional) ou a União Europeia e os fundos obtidos de pessoas individuais ou
organizações pequenas.
76
também dar informações sobre as necessidades orçamentais relativas ao seu pedido e
sobre o nível de prestação contas exigido pelos vários doadores institucionais.
Estas três opções acima mencionadas, são descritas em pormenor na secção que
segue.
77
a data do donativo
o nome e endereço de cada doador ou grupo de doadores
o método de angariação de fundos usados
o montante doado (usando uma nova coluna para cada moeda)
o projecto financiado
qualquer comunicação entre a direcção do projecto e o doador, como cartas de
agradecimento.
Data Nome Endereço Método de Angariação Montante Montante Montante Projecto/ Comunicações
financiador
N.B:
Assegurar que os relatórios financeiros enviados aos doadores estejam correctos
e incluem uma proporção dos custos de administração e gestão, em conformidade
com o orçamento.
Manter o registo de cada doador no livro de registo de doadores.
78
16. MONITORIZAÇÃO DO ORÇAMENTO
A monitorização regular do orçamento é uma componente importante do processo de
orçamentação. A monitorização ajuda o gestor na tomada de decisões sobre a aplicação
dos fundos do orçamento. É útil para:
Certificar que existem fundos suficientes para implementação do plano
Detectar incorrecções nas contas.
16.1.Responsabilidade
O gestor do orçamento é responsável pela monitorização do orçamento. Mensalmente,
o encarregado da escrituração contabilística prepara o relatório orçamental indicando o
dinheiro efectivamente gasto ou as receitas em função do orçamento. O relatório é
revisto pelo gestor do orçamento. É produzido um relatório para cada orçamento, por
exemplo orçamento do projecto ou orçamento do escritório.
O relatório orçamental providencia informação sobre a aplicação dos fundos até à data
em função do orçamento, e demostra a diferença ou a variação entre os dois.
16.2.Procedimento
O relatório orçamental é preparado na moeda corrente em que a conta foi aberta, que se
encontra especificada no contrato da organização firmado com o doador. Na elaboração
do relatório orçamental, devem ser tomados os passos seguintes:
79
a) Primeira Etapa
Para cada livro-caixa referente a uma moeda, deve extrair os totais até à data relativos
a cada código orçamental. Deve lançar as receitas as receitas e as despesas em cada
um dos relatórios orçamentais na coluna pagamentos reais. Se a organização estiver a
usar várias moedas, será necessário converter o total de cada livro-caixa na moeda da
conta especificada no contrato de financiamento e calcular o total para o relatório
orçamental do projecto.
b) Segunda Etapa
A cifra a ser lançada na coluna do orçamento tanto pode ser o orçamento total para o
ano, ou proporção do orçamento que deveria ter sido gasto até à data do relatório, a
última opção sendo a mais útil. Por exemplo, depois de seis meses, metade do
orçamento já devia ter sido gasto.
c) Terceira Etapa
Calcular o valor da variação subtraindo o pagamento real do orçamento. Calcular a cifra
referente às receitas subtraindo o orçamento das receitas reais.
d) Quarta Etapa
Proceder à revisão do relatório orçamental mensal e análise de quaisquer variações
superiores ou inferiores a 10% da linha orçamental a fim de verificar as despesas ou
identificar qualquer acção correctiva necessária.
80
Exemplo de Relatório do Orçamental
81
Assegurar que as despesas não excedam ou fiquem aquém do total orçamentado,
realizado a monitorização e gestão regular do orçamento.
Caso haja previsão de que o nível das despesas em excesso ou defeito será
superior a 10%, será necessária a aprovação imediato do doador.
17.1. Responsabilidade
Existem três funções distintas que devem ser levadas em conta na gestão bem-sucedida
de projectos. Na prática, estas tarefas não têm que ser levadas a cabo por três pessoas
diferentes, mas sim partilhadas entre, pelo menos, duas pessoas. As três funções são:
encarregado de escrituração contabilística – responsável pela manutenção
dos registos financeiros e presta apoio na elaboração dos relatórios financeiros
do projecto;
gestor do orçamento – responsável pela administração do projecto e pela
aprovação das finanças do projecto;
gestor do contrato – responsável por assegurar que o projecto cumpra com as
exigências de prestação de contas e de gestão estipuladas pelos doadores.
17.2. Procedimento
Início do projecto
Para iniciar um projecto, o gestor do orçamento deve:
preparar o orçamento do projecto
fazer uma lista do inventário do património
arquivar toda a documentação relativa ao projecto na pasta do projecto
82
assegurar que os fundos tenham efectivamente sido recebidos antes de iniciar os
gastos do orçamento
analisar o contrato de financiamento em relação aos aspectos seguintes:
a data em que os fundos devem ser recebidos
a data de apresentação do relatório financeiro ao doador
as exigências especificas do doador quanto à apresentação de relatórios
financeiros
registar estas datas no calendário financeiro.
83
produzir o relatório final do orçamento para o projecto e para o doador
proceder ao fecho do livro-caixa
devolver os fundos remanescentes ao doador ou, dependendo das cláusulas
contratuais, aplica-los num projecto relacionado
fechar a pasta do projecto.
84
N.B: - gestor do orçamento
Proceder à revisão do relatório orçamental mensal
Tomar medidas em relação a gastos excessivos e insuficientes do orçamento.
Assegurar a disponibilidade de fundos adequados para as despesas previstas,
usando o relatório orçamental mensal.
Assegurar que os doadores recebam todos os relatórios financeiros especificados
no contrato de financiamento.
Assegurar que todas as exigências dos doadores sejam satisfeitas.
19. CONTROLES
19.2. Responsabilidade
Deve ser dignada uma pessoa para actualizar o calendário financeiro regularmente. A
pessoa a ser designada é geralmente encarregado da escrituração contabilística.
19.3. Procedimento
Deve registar todos os prazos e datas importantes na tabela. Deve assegurar que as
datas correspondem com outras datas importantes, como as datas da realização das
reuniões do Conselho e os prazos de prestação de contas estabelecidos pelo governo.
85
Exemplo de um calendário financeiro anual
Calendário financeiro anual
Janeiro Fevereiro Março
Solicitação de fluxo de caixa Relatório de diferença Fim do ano fiscal
Abril Maio Junho
Auditoria anual Relatório de diferença Relatório ao doador
Solicitação de fluxo de caixa
Julho Agosto Setembro
Solicitação de fluxo de caixa Relatório de diferença
Outubro Novembro Dezembro
Solicitação de fluxo de caixa Relatório de diferença
20.1. Responsabilidade
A responsabilidade por assegurar que estas normas e controlos sejam introduzidos e
que o encarregado da escrituração contabilística seja apoiado recai conjuntamente nos
elementos seguintes:
86
20.2. Procedimento
Existem dois conjuntos principais de ferramentas que podem ser usados na verificação
das contas:
1 – os princípios de controlo; e
2 – normas financeiras.
1 – Princípios de controlo
A fim de manter livros de contas precisos e inspirar confiança às pessoas em relação
aos relatórios financeiros, deve adoptar os princípios básicos de controlo seguintes:
separação de tarefas
actualização dos livros de contas e dos relatórios
verificação de controlo aleatório
auditoria
formação
apoio da direcção.
N.B: Estes princípios explicados em pormenor a baixo.
Separação de tarefas
Deve sempre envolver pelo menos duas pessoas em cada tarefa – um executor e
um supervisor. Esta medida reduz a probabilidade de ocorrência de erros e proporciona
uma medida de controlo eficaz. Por exemplo, para pagar a um fornecedor, o gestor
verifica e autoriza o pagamento e encarregado da escrituração contabilística procede ao
pagamento.
Formação
Todos os funcionários que trabalham com finanças devem ser bem formados e devem
compreender a importância da manutenção de registos correctos e de relatórios
actualizados.
Apoio da direcção
Os funcionários de finanças são frequentemente criticados por observarem estritamente
as normas. Porém, se não o fizerem, terão dificuldades em manter registos e relatórios
precisos, geralmente, porque não têm a informação de que necessitam dos outros
88
funcionários. Nestas circunstâncias e em outras situações de conflito, eles necessitam
do apoio do seu gestor.
Fundos restritos
Fundos são fundos consignados para um fim específico pelo doador.
89
Deve-se tomar um cuidado especial para assegurar que os fins para os quais a sua
organização aplicou estes fundos sejam justificados e assegurar que este uso esteja em
conformidade com o preceituado no contrato de financiamento.
Prestação de contas
Os doadores sempre disponibilizam fundos na compreensão escrita de que haverá uma
apresentação de contas sobre o seu uso; portanto, deve-se manter um registo correcto
e preciso, e produzir relatórios demonstrando como os recursos foram aplicados.
Segurança
Manter todos activos – especialmente dinheiro – seguros e protegidos num lugar
fechado. As chaves do escritório e do cofre devem ficar com dois funcionários
responsáveis e todos os bens de grande valor como viaturas ou equipamento informático
devem ser guardados no escritório ou nas instalações durante a noite e durante o fim-
de-semana, quando não estão em uso.
20.4. Responsabilidade
É necessário desenvolver previsões de fluxo de caixa tanto para os fundos restritos
como não restritos. As previsões devem incluir todas as receitas e despesas que
afectarão os saldos do fundo de caixa ou bancário. Alguns ajustamentos contabilísticos
90
não alteram os saldos e não devem ser incluídos na previsão do fluxo de caixa. Estes
são:
depreciação
suprimentos, tais como dívidas incobráveis ou outras perdas
activos amortizados.
Primeira Etapa
Concluir a previsão do fluxo de caixa relativa a todas as transacções reais efectuadas
até à data, separando os fundos não restritos dos restritos. É apenas necessário agrupar
os movimentos por projecto ou principais códigos orçamentais – não em detalhe, e as
despesas (pagamentos) de cada um dos livros-caixa mensais até à data, depois de terem
sido reconciliados.
As receitas deduzidas das despesas referentes a cada mês mostrarão o lucro acumulado
ou o défice. Se adicionar esta cifra ao saldo do fundo de caixa ou bancário anterior, terá
o saldo mensal.
Deve verificar se os saldos dos fundos bancários e monetários restritos e não restritos
no fluxo de caixa previsto estão em conformidade com os saldos reais da reconciliação.
Deve lembrar-se de retirar os itens que não tenham sido processados pelo banco (como
cheques ainda não compensados) e de adicionar quaisquer itens não constantes da
previsão do livro-caixa (como custos bancários) à previsão do fluxo de caixa, da última
reconciliação.
Segunda Etapa
Uma vez introduzidas as cifras no fluxo de caixa, é necessário pensar sobre o futuro de
modo a prever as receitas e as despesas referentes a cada mês. Estes movimentos
reflectidos na previsão são de dois tipos:
91
a) Movimentos Regulares – Estes movimentos incluem receitas ou pagamentos que
são efectuados frequentemente e que podem ser previstos facilmente, tais como rendas
e salários. Estes movimentos devem ser os primeiros a serem reflectidos na previsão.
Uma vez concluída a previsão, deve-se assegurar que os totais para cada projecto
referentes ao ano assim como o código orçamental sejam realísticos em relação:
ao orçamento referente ao ano
aos custos anuais previstos
aos saldos monetário e bancário residuais.
92
Terceira Etapa
Deve enviar uma cópia ao tesoureiro e ao conselho de administração.
O tesoureiro deve verificar se existem fundos suficientes para pagar todas as obrigações
e assegurar que os fundo lucro acumulados sejam investidos numa opção isenta de
riscos mas que proporcione o máximo retorno.
93
21. A ESTRATÉGIA FINANCEIRA, SEUS OBJECTIVOS E VALORES
A estratégia financeira é a estratégia da organização expressa em termos monetários e
representa uma previsão das receitas, despesas e reservas para os próximos cinco anos,
relativamente aos fundos restritos e não restritos. O contabilista prepara o relatório como
se segue:
Primeira Etapa
Exame do plano estratégico para determinar como afectará as receitas e as despesas
anuais da organização. Os factores poderão incluir:
certos doadores aumentarem o seu funcionamento
redução dos custos administrativos
aumento no número de projectos
necessidade de actualização dos computadores.
Segunda Etapa
Deve apresentar o novo plano em termos monetários, separando os fundos restritos dos
não restritos, usando os mesmos códigos orçamentais que no resumo do relatório das
despesas.
Terceira Etapa
Concluir o relatório das receitas e despesas estratégicas, usando o orçamento referente
ao primeiro ano e, usando as cifras apresentadas na Primeira Etapa acima, desenvolver
uma previsão para os próximos quatro anos.
Quarta Etapa
Calcular o valor das reservas subtraindo as despesas das receitas e adicionando o lucro
acumulado ou défice às reservas do ano anterior.
O tesoureiro deve analisar o relatório a fim de verificar se:
94
as reservas não são negativas, de modo a possibilitar o financiamento de todos
os planos;
os elementos chaves na estratégia da organização estão reflectidos nos
resultados financeiros;
o plano é realizável e realístico levando em conta a experiência anterior.
N.B: Se nenhum destes aspectos for o caso, o tesoureiro deve rever o relatório se
necessário.
21.2. Valores
Os valores são as convicções ou princípios orientadores da organização e devem ser
acordados por todos os funcionários e pelo conselho de administração. O tesoureiro deve
assegurar que estes valores formem o quadro para o trabalho do departamento de
finanças.
Os
membros e Os
os doadores
parceiros
O público O governo
96
23. OS MÍDIAS COMO REDE GERADORA DO COOPERATIVISMO E
ASSOCIATIVISMO PARA A ORGANIZAÇÃO, EMPRESA, ASSOCIAÇÃO.
23.1. COOPERATIVISMO
A cooperação faz parte da natureza do ser humano. As pessoas se unem para satisfazer
suas necessidades: cooperação é a união de esforços entre pessoas que buscam, em
uma acção colectiva, a realização de acções e resultados dificilmente alcançáveis
individualmente.
Por outro lado, cooperativismo é a ferramenta pela qual a sociedade se organiza, por
meio da ajuda mútua, para resolver diversos problemas comuns relacionados ao dia a
dia.
97
do exercício, a cooperativa apura “sobras” (receitas maiores que as despesas), serão
divididas entre os sócios até o limite do valor da movimentação de cada um, ou
destinadas ao fortalecimento da cooperativa (cotas de capital e/ou reservas), sempre por
decisão tomada na assembleia.
98
23.3. ALGUNS RAMOS DO COOPERATIVISMO
99
imóveis residenciais com preços abaixo do que se pratica normalmente no mercado,
conseguidos com a gestão eficiente dos recursos. O custo total do empreendimento é
rateado, de acordo com a unidade escolhida, entre os cooperantes, que contribuem com
parcelas mensais e acompanham todas as fases da produção dos imóveis: desde a
aquisição do terreno e elaboração do projecto até a entrega das chaves.
24. ASSOCIATIVISMO
A vida associativa é um instrumento de exercício da sociabilidade. Por meio dela a
pessoa conquista novos amigos, expande seus conhecimentos, exercita a liderança e
actua como agente transformador da sociedade9.
9
Tom Coelho
100
O associativismo é fruto da luta pela sobrevivência e pela melhoria das condições de
vida nas comunidades, todo o património de uma associação é constituído pelos
associados ou membros, logo, as associações não possuem fins lucrativos.
Nas comunidades a participação, a solidariedade, a cooperação em torno de objectivos
comuns, têm sido fundamentais para assegurar melhores condições de vida. Essa
prática, mais do que uma forma de organização, é uma construção e uma conquista
social.
Por exemplo:
Os pequenos produtores, que normalmente apresentam as mesmas dificuldades para
obter um bom desempenho económico, têm na formação de associações um mecanismo
que lhes garante melhor desempenho para competir no mercado.
A união dos pequenos produtores em associações torna possível a aquisição de insumos
e equipamentos com menores preços e melhores prazos de pagamento, como também
o uso colectivo de tratores, colheitadeiras, caminhões para transporte, etc. Tais recursos,
quando divididos entre vários associados, tornam-se acessíveis e o produtor certamente
sai lucrando, pois reúne esforços em benefício comum, bem como o compartilhamento
do custo da assistência técnica do agrónomo, do veterinário, de tecnologias e de
capacitação profissional.
101
101
101
25. UM ENFOQUE SOBRE A SUSTENTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
COM FINS NÃO LUCRATIVOS
As constantes mudanças ocorridas em escala mundial vêm gerando uma gradativa
evolução no modo de pensar da população, ao intensificar a reflexão sobre o estilo de
vida adoptado, no sentido de reestruturá-lo para um desenvolvimento de forma
sustentável, ou seja, que esse estilo seja duradouro. Tais alterações estão sendo
discutidas de forma mais intensa de meados do século XX até os dias actuais, através
da realização de Encontros e Conferências. Durante esse período, vem se realizando a
construção do conceito de desenvolvimento sustentável, divulgado no Relatório Nosso
Futuro Comum (1987), o qual está relacionado ao atendimento das necessidades atuais
sem comprometimento das gerações futuras (VAN BELLEN, 2005).
A ideia inicial desse constructo é a busca pela harmonia concomitante entre a equidade
social, a preservação ambiental e o desenvolvimento económico. Corroborando essa
mesma ideia, Sachs (2004) afirma que o desenvolvimento sustentável surge como
alternativa desejável e possível, na promoção da inclusão social, do bem-estar
económico e da conservação dos recursos naturais. Nessa perspectiva sustentável,
percebe-se que não apenas localidades devem almejar esse tipo de desenvolvimento,
mas também organizações e instituições, na busca pela harmonização no carácter de
actuação e na abrangência da realização de suas actividades (BORGER, 2006). Facto
este, que pode ser dado pela equivalência das dimensões básicas do desenvolvimento
sustentável ao conceito de sustentabilidade em organizações (BARBIERI e CAJAZEIRA,
2009). O que, segundo Kisil (2006), é visto pelas organizações como um tópico da
efectividade organizacional.
De acordo com Alves Junior (2008), para uma organização ser sustentável, ela precisa
ser economicamente lucrativa, ambientalmente correcta e socialmente responsável na
região que actua ou no país como um todo. É o chamado Triple Bottom Line, na avaliação
da sustentabilidade empresarial (ELKINGTON, 2001). Para Borger (2006),
paulatinamente, as empresas estão percebendo a necessidade de preservar a qualidade
socioambiental, porém sem descartar seu interesse económico, o que sugere a
necessidade de harmonização entre esses aspectos rumo à sustentabilidade. Ainda,
102
102
102
segundo Borger (2006), o debate gerado pela responsabilidade social “intensificou-se
porque a actuação das empresas e o impacto de suas actividades estavam afetando a
qualidade de vida e comprometendo o futuro do planeta”. Portanto percebe-se relevante
o estudo da responsabilidade social adaptado à realidade do terceiro sector, já que o
mesmo muitas vezes assume características físicas e comportamentais de empresas
com finalidade lucrativa.
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103
Como algumas dessas características são aspectos inerentes às missões institucionais
de algumas organizações, esse fato facilita o alcance da sustentabilidade. Assim, outras
questões pontuais podem ser destacadas como aspectos que favorecem as
organizações rumo a essa nova perspectiva, como: a qualificação do trabalho na
organização, o aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão e a promoção de uma
cultura estratégica no processo de monitoramento e avaliação das actividades.
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104
25.1. Categorias Teóricas na busca pela sustentabilidade
CATEGORIAS DEFINIÇÃO
TEÓRICAS
Geração de Receitas e Refere-se à viabilidade financeira. A capacidade de conhecer e desenvolver
Captação de Recursos todas as possibilidades disponíveis de obtenção de recursos, de maneira a tê-
los em volume suficiente, de forma continuada e sem gerar dependência ou
subordinação a nenhuma fonte individual de financiamento.
Interação com a Capacidade de consolidar e incrementar a actuação organizacional nas
Sociedade comunidades através da articulação de oportunidades sociais.
Legitimidade Capacidade que a organização possui de ser reconhecida como instituição de
carácter assistencialista sem finalidade lucrativa. Deriva das acções que
empreendem e do impacto que elas têm na sociedade civil em que se originam.
Preservação e Manutenção do Meio Capacidade organizacional de desenvolver actividades ambientalmente
Ambiente responsáveis na busca pela sustentabilidade.
A realização de um planeamento estratégico completo sugere a existência de
Orientação Estratégica práticas mais delineadas e, por conseguinte, direccionadas para um melhor
desenvolvimento organizacional.
Capacidade de planear, promover e influenciar processos de mobilização,
Capacidade de Advocacy organização e articulação sociais, especialmente a capacidade de incidir sobre
o processo de constituição de actores e movimentos e sobre as políticas
públicas.
Transparência Uma organização que receba recursos para destinar ao benefício público tem
a obrigação de prestar contas de suas despesas, receitas e actuação aos seus
parceiros e à sociedade em geral.
Credibilidade Uma ONG deve possuir idoneidade, seguindo seus propósitos enquanto
instituição sem fins lucrativos e lutando por aquilo o que ela defende.
As organizações devem apresentar, essencialmente, algum grau de
voluntariado, tanto no trabalho, quanto no financiamento (doações), podendo
Voluntariado ser livremente constituídas por quaisquer grupos de pessoas, sendo a
actividade da entidade livremente decidida por seus membros, ou ainda
adoptar políticas claras de voluntariado.
Avaliação de Resultados e Envolve uma iniciativa/ação da organização para gerenciar resultados,
Monitoramento mudanças e procedimentos da acção da mesma.
Estrutura Organizacional Capacidade que as instituições possuem em organizar suas actividades,
alocar seus recursos, orientar o trabalho, para melhor entender e contribuir
com sua missão.
Profissionalização Capacidade de qualificar o público interno (funcionários ou voluntários), na
busca por um melhor desenvolvimento das atividades organizacionais.
Capacidade de estabelecer parcerias, redes ou alianças, articulando
Parcerias Estratégicas estrategicamente com outras entidades ou organizações na busca pelo
desenvolvimento das actividades.
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105
105
26. Empreendedorismo social10
Dentro da proactividade que o empreendedorismo por si só pressupõe, o
empreendedorismo social é uma questão de atitude.
Por isso é transversal a tantos campos, desde a preservação do ambiente, à criação de
valor nas empresas, à abertura face a jovens e à criação de oportunidades para entrar
no mercado de trabalho, até ao apoio aos mais dependentes.
10
AIRO – (Associação Industrial da Região Oeste e IPL- Instituto Politécnico de Leiria). Manual de Empreendedorismo
Social uma abordagem sistémica, Portugal, 2012.
11 Idem.
106
106
106
Todos identificamos, há muito, o empreendedorismo e a inovação como dois dos factores
mais críticos para a dinamização e para o desenvolvimento das economias modernas.
Assim, e sobretudo porque neste momento as atenções se focam muito nas dinâmicas
de superação da crise e dos elevados níveis de desemprego, acreditamos que é também
o momento para “olhar para mais longe” e para reforçar a aposta na promoção do
empreendedorismo e da inovação.
Ainda assim, todos reconhecemos que é urgente criar condições para que o crescimento
económico do país ocorra a um ritmo bem mais acelerado do que o verificado no passado
recente. Mas, tal como nas outras sociedades ocidentais e, em particular, nos nossos
parceiros europeus, já se percebeu que não nos interessa um crescimento qualquer e a
qualquer preço! Queremos um crescimento que se revele tão qualificado, sustentável e
inclusivo quanto possível. Este será o melhor contributo para gerar maior
competitividade, maior coesão social e mais e melhores empregos.
107
que sejamos capazes de ajustar os nossos conceitos, pressupostos e acções às novas
circunstâncias.
É, certamente, neste contexto - entre nós mas, também, à escala mundial - que o
empreendedorismo social encontra as suas raízes e a sua base de afirmação,
desempenhando um papel cada vez mais importante na promoção da coesão social, no
desenvolvimento local, na luta contra as desigualdades. Reconhece-se, sem
dificuldades, que a criação de “valor social” é a sua razão de ser e a sua inspiração sendo
certo que, na sua essência, o empreendedorismo e a inovação social assumem como
objectivo central a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar individual e colectivo.
Desta forma, o empreendedorismo social representa realmente uma forma diferente de
aproveitar as oportunidades e de desenvolver projectos colocando, no centro da
actividade económica, a supremacia da ética, da justiça social, do individuo e das suas
reais necessidades.
Nestes termos, ao afirmar-se como uma resposta viável aos desafios da mudança de
paradigma que todos reclamamos, este tipo de empreendedorismo está – progressiva
mas sustentadamente – a captar a atenção de uma nova vaga de investidores
especialmente motivados para financiar iniciativas socialmente inovadoras, suscetíveis
de adicionar um forte impacto social e ambiental ao expectável e tradicional retorno
exclusivamente financeiro.
108
O conceito de empreendedorismo social é visto segundo12:
- School for Social Entrepreneurship (Reino Unido) – “É alguém que trabalha de uma
forma empreendedora, para um benefício público ou social, em vez de ter por objectivo
a maximização do lucro. Os empreendedores sociais podem trabalhar em negócios
éticos, organizações públicas ou privadas, em voluntários ou no sector comunitário. Os
empreendedores sociais nunca dizem “não pode ser feito”.
12
AIRO – (Associação Industrial da Região Oeste e IPL- Instituto Politécnico de Leiria). Manual de Empreendedorismo
Social uma abordagem sistémica, Portugal, 2012.
109
109
109
- ASHOKA (EUA) - “ Os empreendedores sociais são pessoas visionárias, criativas,
pragmáticos e com capacidade para promover mudanças sociais significativas e
sistémicas. São indivíduos que apontam tendências e apresentam soluções inovadoras
para problemas sociais e ambientais.”
A definição de empreendedorismo social varia desde a sua forma mais ampla até à sua
forma mais restrita. Do ponto de vista global, o empreendedorismo social diz respeito a
actividades inovadoras com um objectivo social na sua forma lucrativa (como em
investimentos sociais e comerciais, ou na sua vertente de empreendedorismo social
corporativo), na sua forma não lucrativa, ou em formas mistas (tais como estruturas
110
110
110
híbridas formadas por abordagens não lucrativas e lucrativas em simultâneo). Do ponto
de vista mais restrito, o empreendedorismo social normalmente refere-se ao fenómeno
da aplicação de conhecimento se competências de mercado ao sector dos negócios sem
fins lucrativos, tal como acontece em organizações que encontram formas inovadoras de
ganhar dinheiro (Reis, 1999).
13
AIRO – (Associação Industrial da Região Oeste e IPL- Instituto Politécnico de Leiria). Manual de Empreendedorismo
Social uma abordagem sistémica, Portugal, 2012.
111
111
111
•Decisiveness (Decididos) – Os empreendedores sociais são por natureza indivíduos que
rapidamente tomam decisões.
•Doers (Activos) – Qualquer plano de ação que vise alcançar o objectivo a que o
empreendedor se propõe é decidido e implementado de forma rápida, mesmo que o
mesmo requeira ajustes de modo a adaptar-se às necessidades específicas da
comunidade ou sociedade onde se insere.
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112
112
•Distribute (Partilha) – Os empreendedores sociais partilham o controlo do projecto ou
do negócio com os demais colaboradores ou parceiros, os quais representam peças
fundamentais para o seu sucesso.
113
113
113
em três vertentes: econômica, institucional e psicológica, tentando assim, construir uma
ponte entre “o que deve ser sustentável” e “o que deve ser desenvolvido”, buscando
incluir ganhos económicos e não económicos para os indivíduos e para a sociedade
nessa seara recente de estudos do empreendedorismo. Sendo assim, o conceito dos
autores é O empreendedorismo sustentável é focado na preservação da natureza,
suporte à vida e a comunidade, e persegue oportunidades em trazer à existência futuros
produtos, processos e serviços lucrativos, onde o ganho é amplamente construído de
forma a incluir factores econômicos e não económicos para os indivíduos, a economia e
a sociedade. (SHEPHERD; PATZELT, 2011, p. 137,).
114
114
114
27.1.Caracterização de Diferentes Tipos de Empreendedorismo
Orientados à Sustentabilidade
Caracterização Ecoempreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor
Social Institucional Sustentável
Contribuir para Contribuir para Contribuir para a Contribuir
para resolver
solucionar o problema resolver problemas regulação da
os problemas
Principal ambiental e criar valor sociais e criar valor mudança social e sociais e
ambientais
Competência económico. para a sociedade. o marketing nas
através da
instituições. realização de
um caso bem
sucedido.
Criar o desenvolvimento
Ganhar dinheiro Atingir o objectivo Mudar as Sustentável através das
Principal resolvendo problemas social e assegurar instituições como actividades
Objectivo ambientais. fundos para atingi-lo. objectivo directo. empreendedoras
corporativas.
Papel dos
Objectivos
Fins. Meios. Meios ou fins. Meios e fins.
Económicos
Papel dos Assuntos ambientais Objectivos sociais Mudar as Elemento central
Objectivos são integrados como como finalidade. instituições como integrado ao fim
de não-mercado elementos principais. competência para contribuir
principal. com o
desenvolvimento
sustentável.
Mudança de Do foco em assuntos Do foco em assuntos Da mudança das Da pequena a grande
Desenvolvi-mento ambientais para sociais para instituições com a Contribuição para o
Organizacional integração com assuntos integração integração com a desenvolvimento
económicos. com assuntos sustentabilidade. sustentável.
económicos.
Fonte: Schaltegger e W agner (2011, p. 2-3, tradução nossa).
Estas definições são complementares, mas os termos são bem parecidos uns com
outros, necessitando de estudos mais aprofundados. Para Murthy (2012), pelo carácter
polissêmico dos conceitos que se sobrepõem tais como desenvolvimento sustentável,
cidadania corporativa, empreendedorismo sustentável, ética nos negócios, e RSC- têm
muitas vezes causado confusão e fragmentação de conceitos.
É importante, no entanto, balancear aspectos ambientais, sociais, institucionais, e
económicos adicionados a questões éticas e de responsabilidade social. O
Empreendedorismo Sustentável pode ser definido como a continuidade do
comprometimento de fazer negócios de maneira ética e contribuindo com o
115
115
115
desenvolvimento económico não esquecendo a qualidade de vida dos trabalhadores,
das famílias, da comunidade local e global, assim como, as futuras gerações (MATHEW,
2009, p. 42).
Já o empreendedorismo social é uma atividade inovadora e de criação de valor social
que pode ocorrer nas ou entre organizações não lucrativas, organizações lucrativas e
organizações públicas. Tem como princípio básico ajudar a solucionar problemas de
cunho social e assegurar recursos para atingi-los (meios), tendo objectivos sociais como
finalidade. Difere de filantropia; tem como ação incrementar a riqueza social (AUSTIN;
STEVENSON; WEI -SKILLERN, 2006; SCHALTEGGER; WAGNER, 2011; TRIVEDI,
2010; ZAHRA et al., 2009).
116
116
116
de relatórios completos e que permitam a comparação (ANGELL, KLASSEN, 1999;
OLSTHOORN et al., 2001).
De acordo com Passet (1996), por sua vez, segmenta a sustentabilidade empresarial em
três pilares principais: o pilar econômico, pilar ambiental e o pilar social. Estes são parte
de uma das teorias mais aceitas atualmente no meio organizacional em relação à
sustentabilidade: o Triple Bottom Line, proposto por Elkington (1999) com a finalidade de
relacionar estes três pilares.
Segundo este princípio as organizações sustentáveis devem ter o intuito de alcançar
maior sustentabilidade em suas operações, e devem tomar decisões baseadas não
somente em retornos financeiros, mas também considerando quesitos como protecção
ao meio ambiente e justiça social (ELKINGTON, 1999). Para melhor entendimento do
que abrange cada pilar da sustentabilidade empresarial, dispõe-se o Quadro a seguir:
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117
117
A sustentabilidade na visão organizacional é um modelo que visa manter o crescimento
das empresas levando em consideração as variáveis éticas, sociais, políticas,
respeitando o meio ambiente, sem perder o foco, com ações de responsabilidade, civil,
administrativa e criminal. Com isso, direciona a instituição para um futuro sólido, sem o
risco do comprometimento da sua imagem e do negócio (SILVA, GUERREIRO, NANNI,
2013).
Dentre os ganhos da manutenção de uma estratégia voltada à sustentabilidade tem-se:
valor agregado à imagem da empresa, que reflete na influência de comportamento de
fidelidade do cliente; aumento de rendimento e satisfação pessoal dos funcionários
(MARTINELLI, 1999). Em complemento, tem-se como benefícios da integração da
sustentabilidade a estratégia empresarial o alcance aos consumidores ambientalmente
conscientes, fato que permite a utilização de uma estratégia de marketing ambiental
(GINSBERG; BLOOM 2004).
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118
29. MONITORIA E AVALIAÇÃO
119
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29.1. Ciclo de políticas públicas e demandas por informação
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120
120
Modelo de Plano de Monitoria
Objectivo do Projecto:
Objcetivo do Plano de Monitoria:
Resultados Perguntas O que Onde? (em que Quando? Como medir ? Quem? Espaços para
Esperados chaves medir? comunidades, (que ferramentas participa e é as análises e
(indicador) com quantas serão utilizados responsável as discussões
famílias? que ex. mapa falado, pela coleta (reuniões,
público alvo) entrevistas, de dados? fóruns, etc.)
diagrama)
1.
2.
3.
4.
121
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121
Exemplo do plano de Monitoramento e Avaliação:
Periodicidade do Periodicidade
Objectivos específicos Indicador
monitoramento de avaliação
122
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solidariedade e os vínculos Relato das educadoras em reunião sobre as
familiares e comunitários. vivências das crianças, mostrando onde foram
ensinados os conceitos de respeito nas
actividades rotineiras.
Planos anuais – contêm para o ano corrente todas as principais tarefas de gestão
que podem ser previstas a longo prazo ( e por causa disto é possível planifica-
las).
Planos trimestrais – podem englobar também novas tarefas que, na altura da
elaboração do plano anual, não puderam ser previstas. Em primeiro lugar, contêm
123
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123
as acima mencionadas tarefas necessárias, já fixadas no plano anual e
ramificadas de forma concreta e temporalmente determinadas.
Planos mensais – especificam as tarefas contidas nos planos trimestrais. Quer
isto dizer que é valido aquilo que já foi dito com respeito aos planos trimestrais.
124
30. RELATÓRIO
Por outro lado, não se deve confundir o relatório com uma acta, pois as actas constituem
relatos fiéis quanto possível nos quais o relator não manifesta a sua opinião. Isto não
acontece no relatório, no qual a intervenção do relator manifesta a sua opinião.
Contudo, o relatório pode ser oral ou escrito mas deve, sempre, analisar criticamente o
assunto narrado.
É frequente o seu uso na vida profissional: relatório de estágio, relatório de um
funcionário ao seu superior de uma comissão de estudo a um ministério, empresa,
organização, etc. embora tenha uma extensão variável, deve ser cuidadosamente
elaborado e apresenta com clareza.
125
30.1. A ESTRUTURA DO RELATÓRIO PROPOSTA APRESENTA
INFORMAÇÕES GERAIS
1. INTRODUÇÃO
Nesta primeira parte, o relator contextualiza o relatório, tratando, sucintamente, da
importância dos trabalhos realizados ou a serem realizados durante os períodos
planificados dentro de uma plano de acção/cronograma; dos objectivos do relatório
mediante o sujeito e objecto, e entre outros pontos relevantes.
2. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
Deverá conter um breve histórico da organização, a descrição da mesma e suas
principais áreas de actuação. Nos últimos parágrafos, o(a) relator (a) deverá apresentar
de forma mais detalhada as acções dentro dos programas, projectos realizados e que
tiveram grande impacto, demonstrando a sua experiência e qualificações nas suas áreas
de actuação no mercado e ao nível local.
4. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS
Todas actividades desenvolvidas por parte da organização ou seus intervenientes
deverão ser redigidas em forma de texto e para melhor organização das informações,
pode‐se subdividir o texto em subsecções.
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artigos, sites, etc., deverá citar a fonte (AUTORIA, data)14 e apresentar a referência
completa do material na lista de referências constante no final do relatório.
É importante também mencionar os programas e políticas ao nível local e internacional
que se relacionam com as actividades desenvolvidas num certo período por parte da
organização.
Faz parte da elaboração de relatório de descrição das acções da organização e agregar
“valores” – conhecimentos que vão além da técnica, como: aspectos administrativos,
filosofia da organização, relacionamento com pessoas de diferentes níveis sociais e
postos de trabalho, aspectos éticos, financeiros quanto a gestão dos recursos e entre
outros aspectos relevantes e que por vezes vai de acordo com o
destinatário/financiadores/parceiros.
5. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO
O relator/organização deverá emitir sua opinião sobre a importância da elaboração dos
relatórios para ao desenvolvimento organizacional, relatando experiências importantes e
dificuldades encontradas na realização do mesmo.
Ao finalizar é importante tecer comentários apresentando sugestões se julgar finalizar,
comentários, necessário.
Destaque pontos positivos e negativos observados durante as actividades dos projectos
ou acções da organização e avalie o aproveitamento dos trabalhos realizados e não
realizados, destacando experiências técnicos profissionais e conhecimentos que
demonstram o grande impacto e a sustentabilidade no desempenho das actividades da
organização.
14
Normalização de Referências: adaptação do manual de estilo da American Psychological Association
(APA) – 6a ed.
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5.1. ASSINATURAS: Nome da
organização Coordenador/Supervisor
(a) do Projecto
Data: .........../............./..........
6. Anexos
Informações adicionais como documentos, balanços e demostração e resultados
financeiros e não financeiros, e entre outros.
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31. Indicadores de resultados e de esforços
Uma combinação dos elementos da cadeia de valor com as dimensões do desempenho
permite identificar seis categorias básicas de indicadores de desempenho:
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Execução refere‐se à realização dos processos, projectos e planos de acção
conforme estabelecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no
monitoramento das acções, estratégica do Plano Plurianual (PPA);
Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para
a realização dos processos, actividades e projetos na busca da melhor execução
e economicidade; sendo um elemento transversal. Indicadores e padrões de
excelência podem ser encontrados no Instrumento de Avaliação da Gestão
Pública (IAGP); e
Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o
menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input,
gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos. Indicadores de
economicidade podem ser encontrados nas unidades de suprimentos.
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32.Ciclo PDCA no controlo das acções
O Ciclo PDCA é uma ferramenta de qualidade que facilita a tomada de decisões visando
garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência dos estabelecimentos e, embora
simples, representa um avanço sem limites para o planeamento eficaz. A sigla é formada
pelas iniciais:
Plan (Planear) Este é o primeiro passo do ciclo de melhoria continua. Este passo
é o responsável pelo desenho do processo ao qual se quer ter o conceito aplicado.
Nesta fase é importante ressaltar 3 sub etapas: Estabelecer objectivos,
estabelecer o caminho de como este objectivo será alcançado e o método que
será utilizado para chegar-se a este objectivo.
Do (Executar) Esta etapa é a execução da etapa anterior de planeamento. Esta
etapa consiste em treinamentos dos envolvidos, a execução do que foi planeado
e a colecta de dados para futura análise.
Check (Verificar ou checar) Aqui teremos a análise e verificação dos dados
colectados anteriormente. Nesta fase é onde serão detectados as possíveis falhas
e erros que não estavam previstos no desenho do processo.
Act (Agir) esta é a última faze do ciclo, após esta fase ser concluída, o PDCA
inicia um novo ciclo.
Nesta fase ser aprimorada as correcções e também definidas os planos de acção
para o melhoramento da qualidade, eficiência e eficácia.
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Definir metas e não preparar o pessoal para executá-las
Fazer e não checar
Planear, fazer, checar e não agir correctivamente, quando necessário
Parar após uma volta
Enfatizando: O PDCA é um ciclo e, portanto, deve “rodar” continuamente. Para que
“rode” de maneira eficaz, todas as fases devem acontecer, sob pena do processo como
um todo sofrer prejuízos. Quando implementado correctamente, um verdadeiro processo
de melhoria contínua se instala nos estabelecimentos.
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SERVE PARA organizar as atividades a executar, considerando aquilo que é
importante e urgente.
É ÚTIL PORQUE é uma ferramenta visual, de fácil entendimento, e bastante
eficaz para que as pessoas organizem melhor seu tempo de acordo com suas
verdadeiras prioridades.
SOBRE A FERRAMENTA: Dwight Eisenhower foi o 34º presidente dos Estados
Unidos, entre os anos de 1953 a 1961. Entre seus feitos estão a criação da
DARPA, que viria a ser o que é a internet actualmente, e a NASA, agência espacial
americana. Antes disso, seguiu carreira militar no exército até se tornar general.
Mas, o que mais chamava a atenção dos que o conheciam era sua capacidade
produtiva. Mesmo lidando com uma intensa agenda diária, conseguia priorizar
aquilo que era realmente importante. Sua receita de priorização, anos depois, se
tornaria mundialmente famosa por meio do livro Os sete hábitos das pessoas
altamente eficazes, de Stephen Covey1, Eisenhower classificava suas actividades
em duas categorias iniciais: importante e não importante.
E em seguida, em urgente e não urgente. Para cada actividade, tomava uma atitude
padronizada. Se fosse importante e urgente, executava aquilo imediatamente.
Se fosse importante e não urgente, planeava e agia de acordo com o pensado, impedindo
que se tornasse algo urgente. Se não fosse importante, mas urgente, delegava para
outras pessoas. E não fosse importante nem urgente, simplesmente eliminava a
actividade. Com esta lógica simples, conseguia investir seu tempo apenas no que era
realmente importante. Empreendedores que, em geral, reclamam da falta de tempo,
podem se beneficiar ao adoptar esta prática como rotina diária.
Como usar: O uso da Matriz de Gestão do Tempo ou
A Matriz Eisenhower é bastante simples e pode ser feito em diversos formatos. A próxima
página pode ser impressa e o empreendedor pode fazer suas anotações nos quadrantes.
Também pode replicar os quadrantes e fazer suas anotações em planilhas eletrônicas
ou editores de texto. Ou ainda, pode usar aplicativos para smartphones.
Há soluções gratuitas, como o Priority Matrix ou pagas, como o Do Matrix ou Eisenhower.
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Para o empreendedor, o primeiro passo para o bom uso desta ferramenta é definir os
objectivos, os indicadores e as metas do seu negócio para o próximo trimestre e para o
ano corrente. Os objectivos realmente importantes para os empreendedores, em geral,
podem ser classificados em quatro categorias:
1) Aumento de entradas de caixa (vendas);
2) Redução de saídas de caixa (despesas, custos etc.);
3) Aumento do valor da empresa (inovação, branding, parcerias etc.);
4) Aumento do significado da empresa (missão, propósito, sustentabilidade, admiração
dos consumidores etc.).
Qualquer acção importante a ser executada pelo empreendedor deveria estar em uma
ou mais categorias acima. Essas ações importantes podem ser críticas, ou seja, caso
não sejam executadas, há uma grande perda de vendas, um aumento volumoso de saída
de caixa, uma enorme perda no valor da empresa ou em seu significado.
A acção também pode ser classificada como necessária. Não se tornou crítica ainda,
mas é necessária para garantir o aumento de entradas de caixa, reduções de saídas de
caixa etc.
Tudo aquilo que não é importante para o empreendedor em relação ao negócio deveria
ser delegado para outro colaborador se for urgente ou simplesmente eliminado se não
for urgente, útil ou ainda atrapalhar o foco no que é realmente relevante.
Outra categoria que deve ser tratada com cuidado é a das acções urgentes. As acções
urgentes e importantes devem ser executadas imediatamente pelo empreendedor se o
prazo for o mesmo dia ou a mesma semana, caso permitam um prazo maior de
realização.
O ideal é que o empreendedor concentre suas acções no que é importante, mas ainda
não urgente. Em situações assim, sempre terá tempo para planejar da forma mais
eficiente e executar com maior eficácia. Em casos assim, o empreendedor sempre será
um estrategista, um maestro e nunca um improvisador e um bombeiro.
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Figura : ferramenta: MATRIZ DE GESTÃO
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32.1.2.“TAREFAS URGENTES
São aquelas que têm prazo para execução. Em outras palavras, se até uma determinada
data ou hora não as tivermos executado, podemos perder completamente a chance de
fazê-lo.
Problemas urgentes devem ser resolvidos no momento em que surgem. É o caso, por
exemplo, de um incêndio em casa, do telefone que toca, de um bebê chorando. Agora,
digamos que você tenha decidido prestar um concurso com edital na praça. Obviamente,
precisa se inscrever nele dentro do prazo definido pelo edital. Se perder esse prazo,
também terá perdido a chance de participar do concurso dos sonhos. Não haverá o que
fazer a respeito.
Acima de tudo, organizar-se para executar as tarefas urgentes com folga dentro do prazo
evita que tenhamos de resolver problemas com pressa e sob estresse.
31.1.3.TAREFAS IMPORTANTES
Uma tarefa é considerada importante quando contribui para o atingimento das nossas
metas ou dos nossos objetivos. Ela está diretamente relacionada aos nossos sonhos e
desejos.
Um concurseiro que almeja ser aprovado no próximo concurso X, por exemplo, terá de
executar diversas tarefas importantes que o levarão a desenvolver habilidades
imprescindíveis para a realização do seu projeto. Ele terá de aprender a fazer bons
resumos, a estudar lei seca e a redigir uma boa redação, que são requisitos para se sair
bem nas provas. Acções importantes podem nos guiar para um resultado positivo, como
a aprovação com classificação dentro do número de vagas, e nos afastar de um resultado
negativo, como a reprovação.
Apesar de trabalhosas, essas tarefas podem ser programadas e devem ser planejadas.
Entre as tarefas desse gênero que devem ser administradas pelos concurseiros,
podemos citar a prática de exercícios físicos, a produção periódica de resumos, a revisão
das matérias, a participação no dia de resolução dos grupos de provas do concurso, a
manutenção de uma boa rede de relacionamentos e o cuidado com a alimentação e com
a saúde física e mental (em especial esta, para evitar o chamado “branco” no dia “D”).
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31.1.4. URGENTES, MAS NÃO IMPORTANTES
Este é o tipo de tarefa que mais nos faz perder tempo produtivo. Reuniões inúteis,
interrupções constantes e telefonemas desnecessários são alguns dos vilões que
comprometem significativamente a nossa produtividade.
Sabemos bem que o urgente de hoje muitas vezes são assuntos que postergamos
ontem. É o caso, por exemplo, de um e-mail ou de mensagens nas redes sociais que já
deveriam ter sido respondidos. Note que essas tarefas já tiveram status de importantes,
mas foram deixadas de lado quando deviam ter sido resolvidas. Passado o momento
oportuno para isso, infelizmente a solução delas comprometerá nosso rendimento.
O problema não é só ter de correr para cuidar desses assuntos, mas resolvê-los sob
estresse, em circunstâncias que tendem a nos fazer tomar decisões erradas.
Obviamente, isso terá repercussão no futuro. No caso dos concurseiros, a readequação
do plano de estudos, a revisão de metas, a alteração da técnica adotada para a
preparação ou a mudança dos integrantes do grupo de estudos são ações que
consomem tempo e – pior ainda – energia, o que reduz a produtividade.
Num primeiro momento, pode parecer uma boa ideia cuidar do que é urgente, mas não
importante. No entanto, o melhor, mesmo, é administrar o tempo para fazer o que, de
fato, importa, ainda que não tenha urgência. Por isso, meus conselhos são:
1. Faça imediatamente o que é urgente e importante;
2. Programe-se para fazer o que é importante, mas não urgente;
3. Postergue o que não é importante nem urgente; e
4. Delegue o que é urgente, mas não importante (Infelizmente, essa sugestão não
se aplica às tarefas de estudar e fazer provas, impossíveis de delegar).
Acredite, caros formandos (as): com organização e planeamento, é possível resolver
80% das actividades em 20% do tempo disponível. Ou seja: se você dedicar 20% do seu
tempo para as tarefas urgentes, sobram 80% para investir nas importantes”15.
15
GRANJEIRO, Gabriel. A matriz de Eisenhower e a produtividade.
https://blog.grancursosonline.com.br/matriz-de-eisenhower-e-produtividade.
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Figura : Adaptado por: GRANJEIRO, Gabriel. A matriz de Eisenhower e a produtividade.
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postura como gestor e revolucionar a sua produtividade pessoal e, consequentemente,
a performance dos seus liderados?
Por exemplo quando se diz: “sempre levantei a bandeira do “olhar para si, corrigir suas
próprias falhas e, na sequência, mirar na correção das pessoas que fazem parte do seu
time”. Um processo gradativo, que exige autoconhecimento, sinceridade na avaliação da
sua postura e um olhar panorâmico acerca da responsabilidade de gerir uma empresa ,
uma equipe, um projecto ou uma acção.
33.1. Produtividade no campo pessoal: Como lida com as suas actividades rotineiras?
Como está a sua vida pessoal: o seu contacto com as pessoas, a gestão dos seus
compromissos, o envolvimento e engajamento com os seus afazeres – aqueles que vão
muito além da esfera corporativa? Você já parou para avaliar os possíveis ruídos ou
equívocos nessa trajectória?
Vale ressaltar que, somos o resultado de tudo aquilo que acontece no decorrer da nossa
caminhada. Focar apenas na carreira, deixando a vida pessoal à deriva pode ser “um tiro
no pé”, com efeito reverso. Cedo ou tarde, a negligência com a área citada será motivo
de incômodo generalizado, logo, um entrave para o seu desenvolvimento e atenção com
as outras demandas.
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33.2. Produtividade em grupo – a gestão do colectiva em busca de um bem comum.
Trata-se de acções que vão visar a resolução de problemas, a diminuição dos impactos
negativos em uma corporação, o alcance de metas e resultados e a superação dos
desafios diários em uma empresa.
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comunicação com a equipe, de maneira a sanar eventuais dúvidas que tenham surgido
entre o briefing da atividade proposta e a execução da mesma. Lembre-se: um bom líder
deve treinar a sua habilidade da “didáctica” – se você lidera um grupo e não consegue
se fazer entender, não consegue ensinar, orientar e dar as coordenadas seguras para o
bom desempenho de uma ação; repense a sua trajetória e busque ajuda para corrigir
esta falha.
3) Estabelecer a “conectividade” com o grupo – o gestor que exercita a empatia
com a equipe, que se coloca numa posição de proximidade, aberto para dialogar,
entender as necessidades do time e compreender aquilo que precisa ser melhorado;
consequentemente terá um retorno mais assertivo na produtividade da sua empresa.
Liderar significa, também, estar atento as aspirações de cada membro do grupo.
4) Motivar e manter o foco no cliente interno: Crie saídas, alternativas e acções de
endomarketing para valorizar o seu cliente interno – seus colaboradores. Um time feliz,
satisfeito com o ambiente de trabalho e a gestão, produz mais e melhor. Está mais que
provado que as pessoas precisam muito mais que altos salários para se sentirem
realizadas. Um local de trabalho agradável e harmonioso, uma liderança mais humana e
a clareza no diálogo entre todas as partes envolvidas no processo são armas poderosas
para estimular a motivação das pessoas. Logo, estando motivados, os integrantes deste
grupo farão o possível para “brigar” pelo bem comum da empresa, como
“evangelizadores” internos da marca para a qual trabalham.
5) Buscar ajuda qualificada: cabe ao bom líder o discernimento de entender quando
precisa lançar mão de artifícios externos para melhorar a produtividade da sua equipe.
Saber quando e como buscar esse auxílio fazem parte de uma gestão comprometida,
em que o gestor cria meios para sanar as fraquezas da sua equipe. O trabalho de
coaching em grupo pode ser um caminho eficaz na busca por um time mais alinhado
com as suas próprias metas, desafios e necessidades. Investir em treinamento e
capacitações pode ser uma estratégia segura para mudar o jogo e converter um
colaborador improdutivo em um craque do seu time.
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6) Praticar o Feedback: O líder deve estar preparado para oferecer um feedback aos
seus liderados, seja sobre queda de produtividade, sobre algum aspecto positivo de cada
colaborador ou sobre a falta de repostas aos estímulos propostos na empresa – nem
sempre o colaborador responde de maneira satisfatória às tentativas e realinhá-lo na
equipe, de forma a torna-lo mais produtivo. Logo, a prática do feedback auxilia na hora
de definir os rumos desta pessoa dentro da empresa. Vale lembrar que, além de dar
feedback, o líder deve dar espaço e estar aberto a ouvir as críticas, sugestões e
propostas dos seus liderados. Muitas vezes, a chave para aumentar a produtividade de
uma empresa está nesses insights, muitas vezes incubados por medo de julgamento ou
falta de estímulo para verbalizá-los.
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40. Avaliação da formação
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Currículo do formador, consultor & palestrante-autor
Com certificação internacional em Mini MBA, Boa Governação e Ética nos Negócios,
Finanças para não Financeiros, Sistema de Gestão de Qualidade, Gestão Financeira,
Contabilidade e Gestão de Custos, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Cash
Flow, Gestão de Empresas Familiares, Teambuilding, Gestão de HIV e SIDA no
Trabalho, Empreendedorismo, Sistemas de Gestão da Informação e Coordenação de
Projectos, Gestão de Operações, Aprovisionamento e Logística, Planeamento de
Sucessão de Bens Inglês Comercial, através da International Finance Corporation/ Word
Bank – IFC, administrado pela MundiServiços Moçambique Consulting, Lda.
Tendo outras certificações em Modelos de Contratos para Pequenas Empresas,
Formadores sobre a Gestão Eficaz dos Bens da Propriedade Intelectual pelas Pequenas
e Médias Empresas, administrado pelo Instituto para Promoção das Pequenas e Médias
Empresas e Instituto da Propriedade Intelectual, Financiado e certificação internacional
pela WIPO (World Intellectual Property Organization), Cidade de Maputo. Certificado de
Formação de Envolvimento de Homens como Estratégia de Promoção de Igualdade de
Género, combate ao HIV e SIDA, violência doméstica contra a mulher, promoção de
paternidade responsável e promoção dos direitos de minorias sexuais (LGBTI),
administrado pelo Instituto Fanelo Ya Mina, Cidade de Maputo.
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Liderança, Secretariado Executivo, Atendimento ao Público, Gestão de Competitividade
e Criatividade (Inovação), Gestão de Mudança, Gestão Estratégica e Liderança do
Mercado; Gestão de Recursos Humanos, Técnico Profissional de Administração,
Avaliação do Desempenho em Recursos Humanos, Promotores e Vendedores por
Excelência, Produtividade e Gestão Organizacional, Gestão Administrativa, Técnico
Profissional de Administração, Indicadores para Recursos Humanos .
Actua ainda na consultoria e assessoria em programas, projectos no âmbito da
Educação, Acção Social, Sensibilização e Sustentabilidade, planos de negócios,
elaboração de alguns projectos de agronegócio e associações de produtores e
agricultores em Moamba, trabalhos de elaboração do perfil, termos de referências,
manifestações de interesses para pedido de financiamento para os projectos e doações,
curso para as comunidades de agro-pecuária sobre o Cooperativismo e Associativismo
através da Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais, Criou o
programa de formação em Capacitação em Mobilização de Recursos – Serena
Consultoria & Serviços em Maputo.
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tempo parcial, Consultor e Gestor de Projectos na ADRICRU - Associação para o
Desenvolvimento das Comunidades Rurais e entre outros.
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