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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA FUNÇÃO PÚBLICA
Direcção Nacional de Gestão Estratégica de Recursos Humanos do Estado
SIFAP
Sistema de Formação em Administração Pública
CURSO MODULAR
ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO- GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
MÓDULO- MHR8
RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR
JUNHO DE 2009
Gestão de Recursos Humanos (MRH) ● Sistema Nacional de Recursos Humanos ●
Responsabilidade Disciplinar (MRH 8)
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 3
Contexto ....................................................................................................................................... 3
Porquê este Manual? ................................................................................................................... 4
Destinatários deste Manual ......................................................................................................... 5
Objectivos do Módulo Sistema Nacional de Recursos Humanos: Responsabilidade Disciplinar 5
Capítulos que compõem este Manual ......................................................................................... 6
INFRACÇÕES E PENAS ............................................................................................. 7
1.1 Objectivos ........................................................................................................................ 7
1.2 Breve Contextualização ................................................................................................... 7
1.3 Princípios Gerais............................................................................................................... 8
1.4 Exclusão de Responsabilidade Disciplinar ....................................................................... 9
1.5 Prescrição do Procedimento Disciplinar .......................................................................... 9
1.6 Tipos de Sanções Disciplinares ........................................................................................ 9
1.7 Conteúdo das Sanções Disciplinares.............................................................................. 10
1.8 Infracções Puníveis e as respectivas Sanções ................................................................ 11
1.8.1. Advertência ................................................................................................................ 11
1.8.2. Repreensão Pública.................................................................................................... 11
1.8.3. Multa .......................................................................................................................... 12
1.8.4. Despromoção ............................................................................................................. 12
1.8.5. Demissão .................................................................................................................... 13
1.8.6. Expulsão ..................................................................................................................... 14
1.9 Graduação das Medidas Disciplinares ........................................................................... 15
1.10 Circunstâncias Atenuantes ............................................................................................ 15
1.11 Agravantes ..................................................................................................................... 16
1.12 Agravante Especial ......................................................................................................... 16
1.13 Danos ............................................................................................................................. 16
1.14 Definição de Acumulação, Reincidência e Premeditação ............................................. 17
1.15 Efeitos Acessórios das Penas ......................................................................................... 17
1.16 Execução das Sanções .................................................................................................... 18
1.17 Registo das Sanções, Competência e Fundamentos para Cancelamento de Registo ... 18
1.18 Sanção Única .................................................................................................................. 19
1.19. Conclusão ................................................................................................................... 19
1.20. Exercícios Práticos...................................................................................................... 21
PROCESSO DISCIPLINAR ........................................................................................ 23
2.1 Objectivos ...................................................................................................................... 23
2.2 Breve Contextualização ................................................................................................. 23
2.3 Procedimentos ............................................................................................................... 24
2.4 Processo Disciplinar ....................................................................................................... 24
2.4.1. Obrigatoriedade de Processo Escrito......................................................................... 24
2.4.2. Início do Processo Disciplinar .................................................................................... 25
2.4.3. Registo do Processo ................................................................................................... 25
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Gestão de Recursos Humanos (MRH) ● Sistema Nacional de Recursos Humanos ●
Responsabilidade Disciplinar (MRH 8)
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INTRODUÇÃO
Contexto
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Responsabilidade Disciplinar (MRH 8)
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Gestão de Recursos Humanos (MRH) ● Sistema Nacional de Recursos Humanos ●
Responsabilidade Disciplinar (MRH 8)
Este manual foi preparado para os funcionários e aos demais agentes do Estado que
exercem ou venham a exercer actividades na Administração Pública dentro do País e no
exterior. No entanto, outros actores envolvidos em actividades equiparadas ou
interessados em compreender como estes processos devem ser realizados, podem
igualmente consultar o presente manual.
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Gestão de Recursos Humanos (MRH) ● Sistema Nacional de Recursos Humanos ●
Responsabilidade Disciplinar (MRH 8)
Os capítulos que fazem parte integrante deste manual são três , nomeadamente:
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Infracções e Penas
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1.1 Objectivos
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através de exercícios com o seu grupo de estudo, a fim de influenciar aos colegas de
forma positiva para desencorajar a sua prática no meio profissional.
Uma infracção disciplinar é uma acção contrária àquela que habitualmente as
instituições e/ou a Administração espera poder vir a ser manifesta pelos funcionários,
tendo como base os regulamentos ou normas constantes internamente e geralmente
disseminados junto dos funcionários.
Toda e qualquer atitude e comportamentos que se espera que os funcionários venham a
manifestar por ser o que a instituição almeja, costuma ser escrito através de
regulamentos, acordos colectivos de trabalho, e ou outros documentos formais e então
quando algum funcionário vier a violar, a esse acto designa-se por infracção disciplinar,
enquanto que a pena disciplinar é a medida tomada pela Administração que recai ao
funcionário que cometeu a infracção, como forma de desencorajar a sua prática e
assegurar que os outros funcionários não irão cometer os erros idênticos.
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Responsabilidade Disciplinar (MRH 8)
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f) Expulsão;
2. Não é lícito aplicar quaisquer outras sanções disciplinares que não sejam as previstas
no número anterior.
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3. O funcionário demitido pode requerer a aposentação desde que tenha, pelo menos, 15
anos de serviço no Estado;
1.8.1. Advertência
O artigo nº 83 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), diz que
a sanção de advertência recairá em faltas que não tragam prejuízo ou descrédito para os
serviços ou para terceiros.
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1.8.3. Multa
1.8.4. Despromoção
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1.8.5. Demissão
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1.8.6. Expulsão
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Responsabilidade Disciplinar (MRH 8)
2. Sempre que num processo disciplinar seja fixada qualquer das atenuantes atrás
enumeradas, pode ser aplicada ao infractor a pena mais baixa desse escalão ou a
pena mais grave do escalão imediatamente inferior.
1.11 Agravantes
a) a acumulação de infracções;
b) a reincidência;
c) a premeditação;
d) os efeitos da infracção;
2. Sempre que num processo disciplinar seja fixada qualquer das agravantes referidas no
número anterior, é aplicada ao infractor a pena mais grave desse escalão ou a pena
mais baixa do escalão imediatamente superior.
A categoria, carreira ou função do infractor, de acordo com o seu nível hierárquico, pode
constituir circunstância agravante especial do dever de não cometer a infracção ou de
obstar a que ela fosse cometida, conforme reza o artigo nº 92 do Estatuto Geral dos
Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE).
1.13 Danos
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civil ou criminal, conforme ao caso couber, conforme reza o artigo nº 93 do Estatuto Geral
dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE).
A aplicação das sanções referidas nos pontos anteriores, de acordo com o artigo nº 95 do
Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), tem os seguintes efeitos:
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2 A nenhum arguido será aplicada mais de uma sanção pela mesma infracção
disciplinar.
3 Sempre que haja vários processos disciplinares a correr contra o mesmo funcionário,
são todos, depois de instruídos, apensos ao mais antigo, para apreciação e decisão.
1.19. Conclusão
Até ao momento, tentou -se fazer um enquadramento geral e especifico das Infracções e
Penas disciplinares.
O propósito era dar-lhe alguns elementos julgados pertinentes para o tratamento eficaz
da questão da Responsabilidade Disciplinar, tendo em conta que quando mal gerida pode
comprometer sobremaneira as relações sócio - profissionais no ambiente profissional
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Portanto, conclui-se que uma infracção disciplinar é uma acção contrária àquela que
habitualmente as instituições e/ou a Administração espera poder vir a ser manifesta pelos
funcionários ou agente do Estado, tendo como base os regulamentos ou normas
constantes internamente e geralmente disseminados junto dos funcionários.
Toda e qualquer atitude e comportamentos que se espera que os funcionários venham a
manifestar por ser o que a instituição almeja, costuma ser escrito através de
regulamentos, acordos colectivos de trabalho.
Falou-se também da exclusão da responsabilidade disciplinar, no caso do funcionário que
actue em cumprimento de ordens ou instruções ilegais vindas do seu legítimo superior.
Para além disso, também existe a prescrição do procedimento disciplinar passados três
anos sobre a data em que a infracção tiver sido cometida.
As sanções disciplinares previstas seguindo a lei são: advertência; repreensão pública;
multa; despromoção, demissão e expulsão.
Para a aplicação de qualquer medida disciplinar atrás arroladas deve-se ponderar a
gravidade da infração praticada, a importância do prejuízo causado e, em especial, as
circunstâncias em que a infracção foi cometida, o grau de culpabilidade e a conduta do
funcionário, e referir também que existem circunstâncias atenuantes e agravantes, assim
como a agravante especial.
Nas infracções disciplinares em geral estão subjacentes os danos. E a cada sanção tem o
seu efeito acessório.
Por outro lado, referir que as sanções têm o seu período de execução depois de decorrido
o prazo legalmente estabelecido.
Exceptuando-se a advertência todas as sanções devem constar do registo biográfico do
funcionário.
E para terminar, dizer que a nenhum arguido é aplicada mais de uma sanção pela mesma
infracção disciplinar.
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3. Diga quais são as penas disciplinares que você conhece e caracterize cada uma
delas.
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despesas pessoais uma vez que ele ainda não recebera o seu salário por falta de
homologação da sua nomeação pelo Tribunal Administrativo.
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Processo Disciplinar
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2.1 Objectivos
Como funcionário, de certeza, já ouviu falar de processo disciplinar, resta é saber o que
disso entende. Tudo menos ameaças.
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Essa comunicação designa-se por participação a qual pode ser escrita ou oral, devendo
essa última ser reduzida a escrito, designando-se o documento que a produz por auto de
participação. A participação deve ser feita de boa fé, devendo o participante fundamentar
os factos que atribui ao infractor.
2.3 Procedimentos
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1. O artigo nº 103 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), diz
que nas infracções a que fôr aplicável a sanção de demissão ou expulsão e desde que
haja fortes indícios de culpabilidade, o arguido pode ser preventivamente suspenso do
serviço e dos vencimentos, pelo período máximo de sessenta dias, prorrogável a título
excepcional.
2. Não havendo lugar à aplicação da penas de demissão ou expulsão, o arguido recebe
os vencimentos de que tiver sido privado nos termos do número anterior.
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De acordo com o artigo nº 104 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
(EGFAE), são competentes para suspender:
b) Os Secretários- Gerais;
d) Os Directores Nacionais;
f) Os Directores Provinciais;
g) Os Administradores de Distrito;
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1. O artigo nº 108 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), diz
que constitui a única nulidade insuprível em processo disciplinar a impossibilidade de
defesa do arguido por não lhe ter sido dado conhecimento da nota de acusação e do
prazo de que dispõe para exercer o seu direito de defesa.
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d) Defesa do arguido;
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c) Auto de acareação;
d) Peritagem;
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1. A decisão final é, por norma, notificada ao arguido nos próprios autos, devendo
aquele declarar por escrito que tomou conhecimento, dando e assinando, após o
que, decorrido o prazo legal de recurso sem que este esteja interposto, a decisão é
executada, conforme reza o artigo nº 112 do Estatuto Geral dos Funcionários e
Agentes do Estado (EGFAE).
2. Na inviabilidade do preceituado no número anterior, a decisão é notificada ao
arguido através do seu local de trabalho, mediante remessa de certidão do
despacho punitivo.
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2.5 CONCLUSÃO
Chegou-se ao fim do deste Capítulo e como deve ter se apercebido, o tema é muito
complexo e delicado, pois trata-se mais uma vez da sensibilidade humana, pelo que o seu
papel impulsionador para agir e influenciar na redução do número de erros que podem
advir da falta de atenção é bastante enorme, pelo que caro formando deve dominar muito
bem os passos que culminam com a instauração do processo disciplinar.
Para elucidar sobre o tema pode se dizer que o processo disciplinar tem normalmente
origem na comunicação da ocorrência da infracção disciplinar à entidade competente para
instaurar o processo e/ou para punir.
Essa comunicação designa-se por participação a qual pode ser escrita ou oral, devendo
essa última ser reduzida a escrito, designando-se o documento que a produz por auto de
participação. A participação deve ser feita de boa fé, devendo o participante fundamentar
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os factos que atribui ao infractor, sob pena de o superior deste entrar com uma acusação
por litigância de má fé. As falsas declarações são punidas nos termos da lei. O processo
disciplinar tem a obrigatoriedade de ser por escrito e bem fundamentado. E este é
independente do procedimento criminal ou civil. Existem também órgãos competentes
para suspender dada a sua sensibilidade.
Há também a chamada fase da defesa do arguido em que ao infractor é lhe dado prazo
para a sua defesa. As fases do processo disciplinar são bem delineadas pela sua
delicadeza e há a infracção directamente constatada, quando o superior tenha
presenciado o facto. Depois segue-se a conclusão do processo donde deve ser bem
redigido e passo a passo para se tirar as ilações e o devido encerramento logo que se
notificar a decisão ao arguido e sua execução.
Por outro lado, existem órgãos competentes para a aplicação das penas de acordo com a
sua complexidade.
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5. Diga também quais são os órgãos com competência para aplicação da sanção.
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ANEXO I
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO _____________
DIRECÇÃO NACIONAL ______________
Ano de 2009
Processo Disciplinar
Categoria: Dactilógrafa de 2ª
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ANEXO II
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AUTO DE NOTÍCIA
Aos cinco dias do mês de Novembro de Dois Mil Nove, nesta cidade de Maputo e
Ministério da _____________, verifiquei eu, José Alberto Nhantumbo, Chefe de Secção,
que Arminda Matola, Datilógrafa de 2ª, prestando serviço na secção sob responsabilidade
do participante, faltou ao serviço nos dias 15 a 20 de Março, de 7 a 19 de Maio, de 10 a
13 de Agosto e de 21 a 31 de Outubro, todos do corrente ano económico, conforme
consta do respectivo livro do ponto e registo de assiduidade.
Até esta data, a referida dactilógrafa não apresentou qualquer justificação para as faltas
atrás referidas, facto que é do conhecimento das testemunhas Alberto João e Ermelinda
Silvestre, ambos também funcionários em serviço na mesma secção.
Porque as faltas atrás citadas, totalizando no corrente ano 52 faltas injustificadas,
constituem intolerável falta de assiduidade e concretizam a figura de abandono de lugar
prevista e punida pelo artigo 88 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
(EGFAE), levantei o presente auto que vai por mim assinado e pelas testemunhas
mencionadas.
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ANEXO III
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Autuação
Aos seis dias do mês de Novembro de dois mil nove, nesta cidade de Maputo, autuei o
documento que antecede, que me foi entregue pelo senhor Instrutor. E eu, Jorge
Chingole, o dactilografei e assino.
Aos sete dias do mês de Novembro de dois mil nove, faço estes autos conclusos. E eu,
Jorge Chingole, o dactilografei e assino.
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ANEXO IV
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Recebimento
Aos oito dias do mês de Novembro de dois mil nove, recebi estes autos. E eu, Jorge
Chingole, o dactilografei e assino.
Certifico que hoje, nesta cidade de Maputo e na secção onde presta serviço, notifiquei a
arguida Arminda Matola dos artigos de acusação contra ela formulados no presente
processo disciplinar, entregando-lhe cópia da nota de acusação e informando-a de que
tem o prazo de 48 horas para apresentar, querendo, a sua defesa, podendo consultar o
processo na referida secção dentro das horas normais de expediente.
De como ficou ciente e recebeu a cópia da nota de acusação, vai comigo assinar.
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ANEXO V
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Juntada
Aos onze dias do mês de Novembro de dois mil nove, juntei a estes autos a defesa da
arguida e respectivo registo biográfico. E eu, Jorge Chingole, o dactilografei e assino.
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ANEXO VI
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Nota de Defesa
1. Confirma ter faltado ao serviço nas datas referidas, mas nunca foi intenção sua
abandonar o lugar;
2. As faltas no período de 15 a 20 de março e de 21 a 31 de Outubro foram dadas por
motivo de doença, de que recorreu à medicina tradicional e de que não dispõe de
documento justificativo;
3. As faltas dadas no período de 7 a 19 de Maio foram relacionadas com problemas
domésticos e conjugais, que lhe fizeram esquecer a obrigatoriedade da sua
justificação, de que pede desculpa;
4. As faltas do período de 10 a 31 de Agosto foram consequência da necessidade
urgente, por razões familiares de se deslocar a Xai-Xai;
Nestas condições, reconhecendo as suas falhas, pede que as razões que invoca sejam
consideradas na graduação da pena a que houver lugar.
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ANEXO VII
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REGISTO BIOGRÁFICO
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ANEXO VIII
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Conclusão
Aos onze dias do mês de Novembro de dois mil e nove faço estes autos conclusos, E eu,
Jorge Chingole, dactilografei e assino.
Ass.) Jorge Chingole
Relatório
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A arguida não tem antecedentes disciplinares e contra ela ou a seu favor não são fixadas
quaisquer das agravantes ou atenuantes referidas nos artigos 90 e 91 do mesmo Estatuto.
Nestas condições, proponho a aplicação da pena de expulsão, alínea f) do artigo 81 do
EGFAE, da competência de Sua Excelência o Ministro, pelo que os autos devem subir
hierarquicamente para os devidos efeitos.
Recebimento
Aos doze dias do mês de Novembro de dois mil nove, recebi estes autos. E eu, Jorge
Chingole, o dactilografei e assino.
Ass.) Jorge Chingole
Termo de Remessa
Aos doze dias do mês de Novembro de dois mil e nove, e em cumprimento do despacho
do senhor instrutor, faço remessa destes autos ao Departamento dos Recursos Humanos.
Vão escritos em 9 folhas, todas numeradas e rubricadas, sem vício ou coisa que a meu
ver dúvidas façam. E eu, Jorge Chingole, o dactilografei e assino.
Ass.) Jorge Chingole
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ANEXO X
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Termo de Apresentação
Nesta data, apresentados me foram os presentes autos, por ter sido considerada
concluída a sua instrução, não se detectando neles irregularidades ou nulidade insuprível.
O Chefe de Departamento
Ass.) Ministro
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ANEXO XI
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Tomei conhecimento
Informação
Execute-se a pena.
O Chefe do Departamento,
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Recurso e Revisão
3 Inquérito e Sindicância
3.1 Objectivos
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A revisão só pode ser requerida aos órgãos com competência para suspender, constantes
no artigo 104, do EGFAE, conforme viu-se no capitulo anterior, no entanto, o recurso é
feito normalmente ao superior de quem puniu o arguido.
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3.3 RECURSO
1. Da decisão punitiva cabe recurso para o dirigente imediatamente superior àquele que
puniu, interpor no prazo de dez dias, contados a partir da data da tomada do
conhecimento do respectivo despacho, mediante apresentação de requerimento,
donde constem as alegações que fundamentam o pedido, de acordo com o artigo nº
114 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE),
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2. Findo o prazo de trinta dias, sem que haja despacho, o recorrente pode reclamar
dessa falta ao dirigente imediatamente superior àquele a quem recorreu e, não sendo
atendido, ao Ministro respectivo.
O artigo nº 115 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), diz
que se do processo disciplinar resultar que a injustiça de punição teve origem na
inexactidão intencional ou culposa de informações ou declarações deturpadas, proceder-
se-á disciplinarmente contra o autor das mesmas, sem prejuízo da responsabilidade
criminal que possa ser exigida.
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1. O artigo nº 118 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), diz
que é permitida a revisão dos processos disciplinares quando se venham verificar
factos supervenientes ou surjam meios de prova susceptíveis de demonstrar a
inexistência dos factos que decisivamente influíram na punição.
2. Não há prazo para a revisão do processo disciplinar.
3. A revisão só pode ser requerida ao Ministro, Governador Provincial, ou Administrador
Distrital.
4. para interposição do pedido de revisão pode o infractor consultar o respectivo
processo.
3.3.5. Reintegração
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O inquérito tem por fim apurar factos relativos ao procedimento dos funcionários, de
acordo com o artigo nº 121 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
(EGFAE).
1. Concluído o inquérito no prazo que houver sido determinado pelo dirigente respectivo,
é elaborado o competente relatório, o qual serve de base para procedimento
disciplinar, se a ele houver lugar.
1. O artigo nº 122 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), diz
que a sindicância destina-se a averiguação geral sobre o funcionamento dos serviços.
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De acordo com o artigo nº 123 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
(EGFAE), constituem garantias Jurídicas da legalidade as seguintes:
a) Controlo dos órgãos estatais superiores sobre a actividade dos órgãos inferiores;
c) Direito dos cidadãos e dos diferentes órgãos e entidades com existência legal de se
queixarem da violação dos direitos ou interesses protegidos por lei, impugnando a
validade dos actos administrativos.
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O artigo nº 131 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), diz
que a reclamação e a impugnação hierárquica consideram-se indeferidas quando no
prazo de trinta dias, contados a partir da data da entrada do pedido, o requerente não
for notificado da decisão.
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Pode ser interposto recurso para o Tribunal Administrativo, de acordo com o artigo nº
132 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE), nos seguintes
prazos:
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3.6 CONCLUSÃO
Como teve a oportunidade de anotar da decisão punitiva cabe recurso para o dirigente
imediatamente superior àquele que puniu, a interpor dentro do prazo previsto, mediante
apresentação de requerimento donde constem as alegações que fundamentam o pedido.
Findo o prazo sem que haja despacho, o recorrente poderá reclamar dessa falta ao
dirigente imediatamente superior àquele a quem recorreu e, não sendo atendido, ao
Ministro respectivo.
Pode-se afirmar que inquérito tem por fim apurar factos relativos ao procedimento dos
funcionários, enquanto que o processo de sindicância destina-se a averiguação geral
acerca do funcionamento dos serviços concernentes ao processo em causa.
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2. Quais são os passos para a impugnação dos actos? Justifique a sua resposta com
base nos conhecimentos adquiridos.
4. Durante a sua vida profissional de certeza que já conviveu com actos disciplinares
e que culminaram com a revisão da pena. Relate um caso de procedimento
disciplinar que tenha testemunhado e resultado no recurso e revisão. Achou justo
ou não a medida tomada pelo dirigente? Porquê?
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3.8 Bibliografia
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