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2020
TEORIA DE PLANEJAMENTO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 14
1.1 Importância do Planejamento ......................................................................................... 14
1.2 Benefícios do Planejamento ............................................................................................ 15
1.2.1 Conhecimento pleno da obra .................................................................................... 16
1.2.2 Detecção de situações desfavoráveis (com antecedência) ...................................... 16
1.2.3 Agilidade de decisões ................................................................................................ 17
1.2.4 Relação com o orçamento ......................................................................................... 17
1.2.5 Otimização da alocação de recursos ......................................................................... 17
1.2.6 Referências para acompanhamento ......................................................................... 17
1.2.7 Padronização ............................................................................................................. 17
1.2.8 Referência para metas .............................................................................................. 18
1.2.9 Documentação e rastreabilidade .............................................................................. 18
1.2.10 Criação de dados históricos..................................................................................... 18
1.2.11 Profissionalismo ...................................................................................................... 18
1.3 Deficiências das Empresas................................................................................................ 18
1.3.1 Causas da deficiência................................................................................................. 19
2 O GERENCIAMENTO DE PROJETOS E O PLANEJAMENTO......................................................... 20
2.1 As sessões de planejamento ............................................................................................ 22
2.1.1 Preparos iniciais ......................................................................................................... 22
2.1.1.1 Coleta de informações sobre o produto/serviço a ser criado .......................... 22
2.1.1.2 Coleta de informações sobre o projeto a ser criado ......................................... 22
2.1.1.3 Coleta de informações sobre o cenário do projeto ........................................... 22
2.1.2 Sessão Inicial (Kickoff) ............................................................................................... 23
2.1.3 Sessões intermediárias .............................................................................................. 23
2.1.4 A sessão de aprovação .............................................................................................. 23
2.1.5 A sessão de aprovação .............................................................................................. 24
2.2 A tríplice restrição em Gerenciamento de Projetos ........................................................ 24
3 O CICLO DE VIDA DO PROJETO ................................................................................................. 24
3.1 Estágio I: Concepção e viabilidade ................................................................................... 26
3.2 Estágio II: Detalhamento do projeto e do planejamento ............................................... 26
3.3 Estágio III: Execução ......................................................................................................... 26
3.4 Estágio IV: Finalização ...................................................................................................... 26
4 O PAPEL DO BOM PLANEJADOR ............................................................................................... 27
4.1 Desenvolver um planejamento que agregue valor ......................................................... 27
4.2 Nem otimista, nem pessimista, mas realista ................................................................... 28
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
4.3 Buscar boas referências.................................................................................................... 28
4.4 Saber ouvir: expectativas da obra x expectativas da empresa ....................................... 28
4.5 Projetar a estrutura de gestão para a obra (EAP de cronograma), planos de
comunicação e contratação ................................................................................................... 29
4.6 Otimizar recursos e evitar ociosidade ............................................................................. 29
4.7 Manter o planejamento à vista........................................................................................ 29
4.8 Replanejamento e retroalimentação (Planejamento e Controle) .................................. 30
4.9 Identificar gargalos, caminhos críticos e antecipar riscos ............................................... 30
4.10 Instalar sensores e circuitos de controle para monitorar e ajustar o planejamento
durante a obra ........................................................................................................................ 31
5 PDCA ......................................................................................................................................... 31
5.1 Etapas do ciclo .................................................................................................................. 32
5.1.1 Plan – Planejar ........................................................................................................... 32
5.1.2 Do – Fazer/Executar .................................................................................................. 32
5.1.3 Check – Checar/Verificar ........................................................................................... 32
5.1.4 Act – Agir/Atuar ......................................................................................................... 33
5.2 Plano de ação .................................................................................................................... 33
5.3 Lições aprendidas ............................................................................................................. 34
6 ROTEIRO DO PLANEJAMENTO .................................................................................................. 34
6.1 Gerenciamento do cronograma ....................................................................................... 34
6.2 Plano de ataque/estratégia.............................................................................................. 35
6.3 Identificação das atividades ............................................................................................. 36
6.3.1 EAP do tipo Árvore .................................................................................................... 37
6.3.2 EAP do tipo Analítica ................................................................................................. 39
6.3.3 EAP do tipo Mapa Mental ......................................................................................... 40
6.3.4 Os pacotes de trabalho e as tarefas (ou atividades) ................................................ 40
6.4 Estimar as durações .......................................................................................................... 42
6.4.1 Estimativa de duração através de opinião especializada......................................... 43
6.4.2 Estimativa de Duração Análoga ................................................................................ 43
6.4.3 Estimativa de Duração PERT (ou de 3 pontos) ......................................................... 43
6.4.4 Estimativa de Duração Paramétrica.......................................................................... 44
6.5 Sequenciar as tarefas (Definir os relacionamentos lógicos) ........................................... 45
6.5.1 Redundâncias............................................................................................................. 46
6.5.2 Quadro de sequenciamento...................................................................................... 46
6.5.3 Circularidade .............................................................................................................. 47
6.5.4 Dependência mandatória .......................................................................................... 48
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
6.5.5 Dependência preferencial ......................................................................................... 48
6.5.6 Configurações de dependência ................................................................................. 48
6.5.6.1 Término – Início (TI) ........................................................................................... 48
6.5.6.2 Término – Término (TT)...................................................................................... 49
6.5.6.3 Início – Início (II) ................................................................................................. 50
6.5.6.4 Início – Término (IT) ........................................................................................... 50
6.5.7 Latências .................................................................................................................... 51
6.6 Montagem do Diagrama de Rede .................................................................................... 53
6.6.1 PERT/CPM .................................................................................................................. 53
6.6.1.1 Método das Flechas............................................................................................ 53
6.6.1.2 Método dos Blocos ............................................................................................. 54
6.7 Identificação do caminho crítico ...................................................................................... 55
6.7.1 Características do Caminho Crítico ........................................................................... 62
6.8 Geração do cronograma ................................................................................................... 63
6.8.1 Marcos ....................................................................................................................... 64
6.8.2 Dias úteis e Dias corridos .......................................................................................... 64
6.9 Curva S .............................................................................................................................. 64
6.9.1 Observações importantes ......................................................................................... 66
6.9.2 Benefícios da Curva S ................................................................................................ 66
6.10 Verificação da rastreabilidade ....................................................................................... 66
6.11 Linha de Base .................................................................................................................. 67
7 RECURSOS................................................................................................................................. 68
7.1 Alocação de recursos ........................................................................................................ 68
7.2 Relação recurso-duração .................................................................................................. 68
7.3 Nivelamento de recursos ................................................................................................. 69
8 FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO......................................................................................... 72
8.1 Cronograma ...................................................................................................................... 72
8.1.1 Cronograma de Marcos (Milestone) ......................................................................... 73
8.1.2 Diagrama de Rede ..................................................................................................... 73
8.1.3 Linha do tempo .......................................................................................................... 74
8.1.4 Gráfico de GANTT ...................................................................................................... 75
8.2 Linhas de Balanço ............................................................................................................. 76
8.2.1 Conceito ..................................................................................................................... 76
8.2.2 Parâmetro .................................................................................................................. 76
8.2.3 Histórico ..................................................................................................................... 77
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.2.4 Ritmos ........................................................................................................................ 78
8.2.5 Aplicabilidade da técnica .......................................................................................... 79
8.2.6 Definição de pacotes de trabalho ............................................................................. 79
8.2.7 Número de tarefas acontecendo simultaneamente na obra................................... 80
8.2.8 Tempo de abertura e tempo de espera .................................................................... 80
8.2.9 Linhas de Balanço e PERT/CPM................................................................................. 80
8.2.9 Balanceamento das linhas......................................................................................... 83
8.2.10 Benefícios das LoBs ................................................................................................. 89
8.3 Lista de Atividades: atrasadas, adiantas e com início próximo ...................................... 89
8.3.1 Lista de Atividades Atrasadas ................................................................................... 89
8.3.2 Lista de Atividades Adiantadas ................................................................................. 89
8.3.3 Lista de Atividades com Início Próximo .................................................................... 90
8.4 As 7 ferramentas da qualidade ........................................................................................ 90
8.4.1 Fluxograma ................................................................................................................ 91
8.4.2 Diagrama Ishikawa (Espinha de Peixe) ..................................................................... 91
8.4.3 Folhas de verificação ................................................................................................. 92
8.4.4 Diagrama de Pareto ................................................................................................... 92
8.4.5 Histograma................................................................................................................. 93
8.4.5.1 Histograma simétrico ou normal ....................................................................... 93
8.4.5.2 Histograma assimétrico...................................................................................... 94
8.4.5.3 Histograma com dois picos ................................................................................ 94
8.4.5.4 Histograma platô ................................................................................................ 95
8.4.5.5 Histograma aleatório.......................................................................................... 95
8.4.5.6 Diagrama de Dispersão ...................................................................................... 96
8.4.5.7 Gráfico de Controle ............................................................................................ 97
8.5 Histograma de Mão de Obra ............................................................................................ 97
8.5.1 Cálculo de Oficiais...................................................................................................... 98
8.5.2 Cálculo de Serventes ................................................................................................. 98
8.5.3 Cálculo de Equipes ..................................................................................................... 98
8.5.4 Exemplos de visões de histogramas e análises ........................................................ 98
8.5.5 Apontamento de Mão de Obra ............................................................................... 100
8.6 Cronograma de Suprimentos ......................................................................................... 100
8.6.1 Premissas para o cronograma de suprimentos ...................................................... 101
8.6.2 Cálculo de datas ........................................................................................................... 101
9 ABORDAGENS DE PLANEJAMENTO ........................................................................................ 102
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
9.1 Análise Física-Financeira ................................................................................................ 102
9.2 Lean Construction ........................................................................................................... 104
9.2.1 O Sistema Toyota de Produção (STP)...................................................................... 104
9.2.2 O Lean Construction ................................................................................................ 106
9.2.3 Os Princípios do Lean Construction......................................................................... 106
9.2.3.1 Trabalho padronizado ...................................................................................... 107
9.2.3.2 Jidoka ................................................................................................................ 107
9.2.3.3 Just-in-Time (JIT) ............................................................................................... 108
9.2.3.4 Geração de valor – Foco no cliente e na melhoria contínua........................... 110
9.2.3.5 Trabalho em equipe - Transparência ............................................................... 113
9.2.4 Indicadores do Lean Construction........................................................................... 114
9.2.4.1 Lead Time.......................................................................................................... 114
9.2.4.2 Takt Time .......................................................................................................... 115
9.3 Engenharia Simultânea................................................................................................... 116
9.3.1 Conceitos e definições de Engenharia Simultânea ................................................. 116
9.4 BIM 4D ............................................................................................................................ 119
9.4.1 BIM 4D ..................................................................................................................... 120
10 PLANO MESTRE .................................................................................................................... 121
10.1 Conceito de Plano Mestre ............................................................................................ 122
10.2 Benefícios do Plano Mestre ......................................................................................... 122
10.3 Plano Mestre no Cronograma Executivo de Obra ....................................................... 123
11 REPLANEJAMENTO, ACOMPANHAMENTO E PROGRAMAÇÃO ............................................ 123
11.1 Last Planner System..................................................................................................... 124
11.1.1 Master Scheduling (Plano Mestre) - PRÉ-OBRA ................................................... 124
11.1.2 Pull/Phase Scheduling – LONGO PRAZO ............................................................... 125
11.1.3 Look-Ahead Planning – MÉDIO PRAZO................................................................. 125
11.1.4 Comprometimento / Weekly Work Plan (Plano de trabalho semanal) – CURTO
PRAZO ............................................................................................................................... 125
11.1.5 Responsabilidades ................................................................................................. 125
11.2 Recapitulando o Roteiro de Planejamento ................................................................. 127
11.3 Razões para o acompanhamento................................................................................. 127
11.4 Etapas do acompanhamento ....................................................................................... 128
11.4.1 Avaliação do progresso das atividades ................................................................ 128
11.4.2 Atualização do planejamento .............................................................................. 128
11.4.2.1 Conceito de Projeção...................................................................................... 129
11.4.2.2 Manipulação de Datas .................................................................................... 130
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
11.4.2.3 Duração Restante ........................................................................................... 135
11.4.2.4 Técnicas de Compressão de cronograma ...................................................... 136
11.4.2.5 Movendo partes incompletas ........................................................................ 137
11.4.3 Interpretação do desempenho ............................................................................ 138
11.4.3.1 Status e Tarefas Críticas ................................................................................. 138
11.4.3.2 Valor Planejado .............................................................................................. 139
11.4.3.3 Valor Agregado ............................................................................................... 139
11.4.3.4 Índice de Desempenho de Prazo (IDP) .......................................................... 139
11.4.3.5 Índice de Desempenho de Custo (IDC) .......................................................... 140
11.4.3.6 IDP e IDC no Project........................................................................................ 141
11.4.4 Programação de serviços...................................................................................... 141
11.4.4.1 PPI (Percentual de Programação Iniciada) ................................................... 142
11.4.4.2 PPC (Percentual de Programação Concluída) ............................................... 142
12 PORTFÓLIO ........................................................................................................................... 143
12.1 Técnicas de seleção e priorização de projetos ........................................................ 144
13 RISCOS DO CRONOGRAMA .................................................................................................. 147
13.1 Gerenciando os riscos................................................................................................... 149
13.2 Identificação dos riscos ................................................................................................ 149
13.2.1 Estoque de conhecimento ..................................................................................... 149
13.2.2 Coleta de dados ..................................................................................................... 149
13.2.2.1 Entrevistas ...................................................................................................... 150
13.2.2.2 Brainstorming ................................................................................................. 150
13.2.2.3 Técnica Delphi ................................................................................................ 150
13.2.2.4 Análise Swot ................................................................................................... 151
13.2.2.5 Análise da causa-raiz ...................................................................................... 152
13.3 Análise dos riscos...................................................................................................... 153
13.4 Respostas aos riscos ..................................................................................................... 154
13.4.1 Prevenção .............................................................................................................. 155
13.4.2 Transferência ......................................................................................................... 155
13.4.3 Mitigação ............................................................................................................... 155
13.5 Monitoramento e controle dos riscos ......................................................................... 155
13.6 Análise dos riscos e erros nos cronogramas ................................................................ 156
13.6.1 Desconsideração de recursos ........................................................................... 156
13.6.2 Ausência de contingência de tempo ................................................................ 157
13.6.3 Estrutura de planejamento inadequada ............................................................... 157
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
13.6.4 Falta de utilização do cronograma como instrumento de trabalho diário.......... 157
13.6.5 Relatórios inapropriados ....................................................................................... 158
13.6.6 Falta de interpretação das modificações do cronograma após atualização ....... 158
14 COMUNICAÇÃO EM PROJETOS ............................................................................................ 158
14.1 Gerenciamento da comunicação ............................................................................. 160
14.1.1 Identificação das partes interessadas .............................................................. 161
14.1.2 Planejamento das comunicações .................................................................... 161
14.1.3 Distribuição das informações e relatório de desempenho ............................. 163
15 GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS.................................................................................................. 163
15.1 O que é Scrum? ............................................................................................................. 163
15.2 Time Scrum ................................................................................................................... 164
15.3 Produtos de trabalho.................................................................................................... 164
15.4 Eventos.......................................................................................................................... 165
16 DICAS FINAIS......................................................................................................................... 167
16.1 Biblioteca de Planejamento ......................................................................................... 167
16.2 Treinamentos no Desenvolver ..................................................................................... 168
16.2.1 Treinamentos de Sistemas e Processos de Planejamento ................................... 169
16.2.2 Treinamentos de Histograma de MO ................................................................... 169
16.2.3 EaD Teoria de Planejamento ................................................................................. 169
17 PALESTRANTES ..................................................................................................................... 171
18 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 174
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
LISTA DE FIGURAS
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Figura 46 Identificação de folgas - os autores (2020) ................................................................. 71
Figura 47 Limite definido para nivelamento - os autores (2020) ................................................ 71
Figura 48 Histograma de pintor nivelado - os autores (2020) .................................................... 72
Figura 49 Gráfico de histograma nivelado - os autores (2020) ................................................... 72
Figura 50 Cronograma de Marcos - Artia (2020)......................................................................... 73
Figura 51 Cronograma de marcos - Artia (2020) ......................................................................... 74
Figura 52 Cronograma em linha do tempo - Vannpage (2020)................................................... 74
Figura 53 Cronograma no Project - os autores (2020) ................................................................ 75
Figura 54 Gráfico de GANNT no Project - os autores (2020) ...................................................... 75
Figura 55 Linhas de balanço - autores (2020) ............................................................................. 76
Figura 56 Parâmetros das LoB - os autores (2020) ..................................................................... 76
Figura 57 Construção Empire State Building - Tudo por Email (2020) ........................................ 77
Figura 58 Ritmos LoBs – Prado (2002) ........................................................................................ 78
Figura 59 Abertura e Espera - Lutz (1990)................................................................................... 80
Figura 60 Quadro de Sequenciamento para montar as LoBs – os autores (2020) ..................... 81
Figura 61 Rede do 1º pavto - os autores (2020) ......................................................................... 81
Figura 62 Rede replicada nos outros pavimentos - os autores (2020) ....................................... 82
Figura 63 Linhas conectando os nós - os autores (2020) ............................................................ 82
Figura 64 Linhas de Balanço resultantes - os autores (2020)...................................................... 83
Figura 65 Balanceamento #1 - os autores (2020) ....................................................................... 84
Figura 66 Balanceamento #2 - os autores (2020) ....................................................................... 85
Figura 67 Balanceamento #3 - os autores (2020) ....................................................................... 85
Figura 68 Balanceamento #4 - os autores (2020) ....................................................................... 86
Figura 69 Balanceamento #5 - os autores (2020) ....................................................................... 87
Figura 70 Balanceamento #6 - os autores (2020) ....................................................................... 88
Figura 71 Lista de Atividades Atrasadas - TecPlaner (2012) ....................................................... 89
Figura 72 Lista de Atividades Adiantadas - TecPlaner (2012) .................................................... 90
Figura 73 Lista de Atividades com Início Próximo - TecPlaner (2012)........................................ 90
Figura 74 Fluxograma - Wikipédia (2020) ................................................................................... 91
Figura 75 Diagrama Espinha de Peixe - Lean Blog (2019) ........................................................... 92
Figura 76 Folha de Verificação - os autores (2020) ..................................................................... 92
Figura 77 Diagrama de Pareto - os autores (2020) ..................................................................... 93
Figura 78 Histograma Simétrico ou Normal - Ferramentas da Qualidade (2020) ...................... 94
Figura 79 Histograma Assimétrico - Ferramentas da Qualidade (2020) ..................................... 94
Figura 80 Histograma com Dois Picos - Ferramentas da Qualidade (2020) ................................ 95
Figura 81 Histograma Platô - Ferramentas da Qualidade (2020)................................................ 95
Figura 82 Histograma Aleatório - Ferramentas da Qualidade (2020) ......................................... 96
Figura 83 Diagrama de Dispersão - HDRUP (2020) .................................................................... 96
Figura 84 Gráfico de Controle - PMO (2020) .............................................................................. 97
Figura 85 Exemplo de Histograma de MO – MRV (2020) ........................................................... 99
Figura 86 Hiato de MO - os autores (2020) ................................................................................. 99
Figura 87 Curva de MO x Produção Mensal - os autores (2020) .............................................. 100
Figura 88 Principal atividade para apontar MO - os autores (2020) ......................................... 100
Figura 89 Métrica para datas de suprimentos - os autores (2020) ........................................... 101
Figura 90 Exemplo de cronograma de suprimentos - os autores (2020) .................................. 102
Figura 91 Curva de Consumo - os autores (2020) ..................................................................... 102
Figura 92 Análise Física-Financeira - os autores (2020) ............................................................ 103
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Figura 93 Linha do tempo do surgimento do Sistema Toyota de Produção - Projeto Gestão de
Fábricas, 2020. .......................................................................................................................... 105
Figura 94 Templo de princípios do Lean - UFC .......................................................................... 107
Figura 95 Processo de Produção Empurrada x Produção Puxada - UFC ................................... 109
Figura 96 Fluxo do Processo Tradicional - Artigo Lean Construction: princípios bases e exemplo
(2020) ........................................................................................................................................ 109
Figura 97 Fluxo do Processo Puxado - Artigo Lean Construction: princípios e exemplo (2020)110
Figura 98 Comparativo entre processo atual e desejável quando se compara a atividades que
agregam e as que não - Climb (2020)........................................................................................ 111
Figura 99 Ciclo contínuo da Melhoria contínua - Kaizen - Ecoprod (2020) ............................... 113
Figura 100 Fluxo do Processo 5S - Isaflex (2020) ...................................................................... 114
Figura 101 Exemplo de Takt Time para bloco e torre – Projeto Gestão de Fábrica (2020) ...... 115
Figura 102 Método Sequencial - Manufatura em Bloco (2020) ................................................ 116
Figura 103 Método Simultâneo - Manufatura em Bloco (2020) ............................................... 116
Figura 104 Integração de áreas - Fabricio (2002)...................................................................... 118
Figura 105 Partes e Processos envolvidos na construção - Pretti (2013) ................................. 119
Figura 106 Modelos BIM - os autores (2020) ............................................................................ 120
Figura 107 Vaso - os autores (2020).......................................................................................... 122
Figura 108 Last Planner System - Siqueira (2017) ..................................................................... 124
Figura 109 Roteiro de Planejamento - os autores (2020) ......................................................... 127
Figura 110 Etapas do Acompanhamento - os autores (2020)................................................... 128
Figura 111 Projeção - os autores (2020) ................................................................................... 129
Figura 112 Projeção no Project - os autores (2020) .................................................................. 130
Figura 113 TI alterando data de início – os autores (2020) ...................................................... 130
Figura 114 TI alterando data de término – os autores (2020) .................................................. 131
Figura 115 II alterando data de início – os autores (2020) ....................................................... 131
Figura 116 II alterando data de término – os autores (2020) ................................................... 132
Figura 117 TT alterando data de início (e término) – os autores (2020) .................................. 132
Figura 118 TT alterando data de término (mantendo a de início) – os autores (2020) ............ 133
Figura 119 IT alterando data de início (e término) – os autores (2020) ................................... 133
Figura 120 IT alterando data de início (mantendo a de término) – os autores (2020) ............. 134
Figura 121 Alteração de restrição de tarefas - os autores (2020)............................................. 135
Figura 122 Duração restante - os autores (2020) ..................................................................... 135
Figura 123 Durações no Project – os autores (2020) ................................................................ 136
Figura 124 Compressão e Paralelismo – os autores (2020) ...................................................... 137
Figura 125 Mover partes incompletas – os autores (2020) ...................................................... 137
Figura 126 Movendo partes incompletas no Project – os autores (2020) ............................... 138
Figura 127 Status e Tarefas Críticas no Project - os autores (2020) ......................................... 139
Figura 128 Valor Planejado - os autores (2020) ........................................................................ 139
Figura 129 Valor Agregado - os autores (2020) ........................................................................ 139
Figura 130 IDP - os autores (2020) ............................................................................................ 140
Figura 131 IDC - os autores (2020) ............................................................................................ 140
Figura 132 IDP e IDC no Project - os autores (2020) ................................................................. 141
Figura 133 Last Planner System - Siqueira (2017) ..................................................................... 141
Figura 134 PPI - os autores (2020) ............................................................................................ 142
Figura 135 PPC - os autores (2020) ........................................................................................... 143
Figura 136 Padrão de Gerenciamento de Portfólio 2ª ed. PMI ................................................ 143
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Figura 137 Inovação, Projetos e Portfólio: Integração para Resultados Promissores - José
Ignácio Jaeger Neto e Fernanda Schmidt Bocoli (2020)............................................................ 145
Figura 138 Gerenciamento de Riscos - os autores (2020) ........................................................ 149
Figura 139 Diagrama espinha de peixe - os autores (2020) ...................................................... 153
Figura 140 Modelo de comunicação, segundo Shannon e Weaver – Rabaça & Barbosa (1995)
................................................................................................................................................... 159
Figura 141 Biblioteca de Planejamento - WorkPlace MRV (2020) ............................................ 168
Figura 142 - Treinamento de Sistemas e Processos de Planejamento - Desenvolver MRV (2020)
................................................................................................................................................... 169
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Composição unitária de insumos por metro quadrado de alvenaria – Mattos (2019) 44
Tabela 2 Proporcionalidade equipe-duração – Mattos (2019) ................................................... 45
Tabela 3 Término Início - os autores (2020)................................................................................ 49
Tabela 4 Término Término - os autores (2020)........................................................................... 49
Tabela 5 Início Início - os autores (2020) .................................................................................... 50
Tabela 6 Início Término - os autores (2020)................................................................................ 51
Tabela 7 Exemplos de vínculos com latências - os autores (2020) ............................................. 52
Tabela 8 Informações contidas no bloco – Mattos (2020).......................................................... 55
Tabela 9 Quadro de sequenciamento - os autores (2020).......................................................... 56
Tabela 10 Categorias de recursos - Mattos (2019) ..................................................................... 68
Tabela 11 Quantidade de operários - Mattos (2019).................................................................. 69
Tabela 12 Metas de Produção - os autores (2020) ................................................................... 103
Tabela 13 Resumo manipulação de datas - os autores (2020) ................................................. 134
Tabela 14 Gestão de projeto e portfólio – adaptado de Rabechini Jr. e Carvalho (2006) ........ 144
Tabela 15 Peso para avaliação de critérios - os autores (2020) ................................................ 146
Tabela 16 Ranking de projetos - os autores (2020) .................................................................. 147
Tabela 17 Matriz SWOT - os autores (2020) ............................................................................. 152
Tabela 18 Matriz para avaliação de risco - os autores (2020) .................................................. 153
Tabela 19 Qualificação do nível do risco - os autores (2020) ................................................... 154
Tabela 20 Planilha de análise qualitativa dos riscos - os autores (2020) .................................. 154
Tabela 21 Matriz de identificação de Stakeholders - os autores (2020)................................... 161
Tabela 22 Matriz de Comunicação - os autores (2020)............................................................. 162
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
1. INTRODUÇÃO
Nesse contexto, o Planejamento é um pilar fundamental para que a assertividade e sucesso dos
projetos sejam alcançados. Sem o Planejamento, os empreendimentos podem ficar vulneráveis
em relação a prazo, custo, lucro, fluxo de caixa e outros aspectos. O planejamento, em todas as
instâncias de uma organização, é base fundamental para a perenidade do negócio.
Quando o planejamento é feito, a obra tem uma ferramenta importante que lhe dá condições
de priorizar ações, acompanhar e comparar o andamento dos serviços com o planejamento
inicial (Linha de Base), identificar desvios com antecedência, tomar providências em tempo
hábil, o que evita ou minimiza muitos impactos e problemas.
“Planejamento é a definição do momento em que cada atividade deve ser concluída (e com
quais recursos) e o desenvolvimento de um plano de produção que mostre as entregas das
atividades conforme necessidade e ordem de execução”. (CARDOSO; ERDMANN, 2001).
O planejamento deve ser visto como um exercício técnico que se presta a tentar prever, dentro
do melhor cenário futuro verossímil, o impacto das atividades.
14
TEORIA DE PLANEJAMENTO
1.2 Benefícios do Planejamento
São vários os benefícios do planejamento. Quando uma obra tem um cronograma e segue os
processos de planejamento e replanejamento, muitos são os frutos colhidos para o sucesso do
projeto.
Segundo Mattos (2019): “Ao planejar uma obra, o gestor adquire alto grau de conhecimento do
empreendimento, o que lhe permite ser mais eficiente na condução dos trabalhos”. E ainda
destaca os principais benefícios do Planejamento:
15
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Documentação e rastreabilidade;
• Criação de dados históricos;
• Profissionalismo.
16
TEORIA DE PLANEJAMENTO
1.2.3 Agilidade de decisões
O planejamento juntamente com o controle traz uma visão panorâmica e estratégica de uma
obra. Assim, as decisões poderão ser tomadas de maneira eficaz e assertiva. Mobilização e
desmobilização de equipamentos, distribuição de equipes, alteração de soluções construtivas,
terceirização de equipes e outros casos, poderão sempre ser calibrados através do planejamento
e controle.
1.2.7 Padronização
Segundo Mattos (2019):
17
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Se não houver uma padronização, esta situação ainda se agrava quando a empresa quer ter uma
boa gestão de seu portfólio. Imagine uma construtora com várias obras e cada uma delas sendo
planejada de uma forma diferente, ou pior, sem nenhum planejamento? Daí a importância de
um Plano Mestre, assunto que será abordado mais à frente.
1.2.11 Profissionalismo
Uma obra que segue um planejamento tem maior credibilidade e inspira mais confiança tanto
para clientes, equipes envolvidas e para a própria empresa no geral.
18
TEORIA DE PLANEJAMENTO
“Enquanto algumas construtoras se esforçam para gerar cronogramas detalhados e
aplicar programações semanais de serviços, outras creem que a experiência de seus
profissionais é o bastante para garantir o cumprimento do prazo e do orçamento.”
Mattos (2019) ainda diz que um planejamento deficiente pode trazer consequências desastrosas
não só para aquela obra, mas toda a empresa. No cenário nacional da construção, vários são os
casos de frustação de prazo, estouro de orçamento, atrasos sem justificativas, indisposição do
construtor com o cliente e até litígios judiciais.
19
TEORIA DE PLANEJAMENTO
e outros. Mestres e encarregados em outros países investem mais tempo em análises
de programações com antecedência quando comparados com os colegas brasileiros.
• Falta de monitoramento do planejamento (controle): muitas empresas até tem
processos de planejamento bem implantados, mas pecam nas rotinas de controle.
Salvam uma Linha de Base em um cronograma e de certa forma esquecem daquele
planejamento original, não tendo compromisso com as atualizações e rotinas de
controle periódicas que irão propiciar a identificação de desvios e antecipação de riscos.
O Project Management Body Of Knowledge (PMBOK) é o guia que reúne as melhores práticas
de gerenciamento de projetos. Ele aborda essas práticas através de 10 áreas de conhecimento:
• Iniciação
• Planejamento
• Execução
• Monitoramento e Controle
20
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Encerramento
Analisando sob a ótica do gerenciamento de projetos, repare que mais da metade dos processos
do PMBOK estão no grupo de Planejamento. Isso demonstra o quão é importante e o forte
impacto que o planejamento de um projeto (obra, nesse contexto) tem em várias outras áreas
e processos correlacionados. Assim, mais uma vez, pode-se perceber a necessidade de um bom
planejamento de obras.
21
TEORIA DE PLANEJAMENTO
22
TEORIA DE PLANEJAMENTO
2.1.1.4 Com base nas informações anteriores, o gerente do projeto monta uma versão inicial do
plano de gerenciamento do projeto.
23
TEORIA DE PLANEJAMENTO
2.1.5 A sessão de aprovação
Na sequência, é importante que o plano do projeto seja divulgado às partes interessadas
(stakeholders). Cabe fazer destaques dos pontos críticos e principais sessões.
A tríplice restrição foca em atender os objetivos dos custos previstos no projeto, a entrega do
escopo definido dentro do tempo acordado.
Escopo: o projeto deve ser executado entregando todos os produtos e serviços necessários para
a entrega de seu produto final, de acordo com o que foi acertado com o cliente.
Tempo: o projeto deve ser entregue no tempo previsto. Cabe aqui uma diferenciação entre
Tempo e Prazo.
24
TEORIA DE PLANEJAMENTO
O gráfico abaixo, demonstra a curva de evolução do projeto e seus estágios (eixo vertical: %
pronto; eixo horizontal: tempo). Repare a curva típica de evolução dos projetos: lenta nos
estágios inicial e final, mas rápida no estágio de execução.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Termo de recebimento.
Os processos de planejamento muitas vezes são vistos como rotinas burocráticas pelas equipes
de obra. É muito importante que antes de sentar-se para criar um cronograma, o Planejador
enfatize e destaque a importância e benefícios do planejamento como foi destacado no capítulo
1. A equipe de produção da obra precisa enxergar o planejamento como um grande aliado para
o sucesso do projeto.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
4.2 Nem otimista, nem pessimista, mas realista
28
TEORIA DE PLANEJAMENTO
pela construtora em orçamento e contratos de venda deverão ser seguidos. Porém, o Planejador
precisa buscar alinhar as expectativas e identificar os pontos que poderão ser trabalhados para
que os prazos sejam alcançados. Em uma obra com um prazo muito curto para a sua execução,
o Planejador, junto com a equipe de obra poderá levantar alternativas como reforço de mão de
obra, aumento do número de equipamentos, troca de uma solução construtivas etc.
Comunicando essas ações à empresa para decisões sejam tomadas a fim de preservar o prazo.
4.5 Projetar a estrutura de gestão para a obra (EAP de cronograma), planos de comunicação e
contratação
Ao criar um cronograma, especialmente na etapa de EAP, o Planejador determina a estrutura
de gestão para a obra. A Fundação, por exemplo, pode ser planejada como Escavação, Armação
e Concretagem ou apenas como Tubulão. Vários controles serão feitos utilizando o cronograma
como base: previsto x realizado, orçado x gasto, programações de compras por tarefas etc.
Assim, o Planejador, ao criar a estrutura de gestão, deverá pensar no melhor formato e
estratégia, pensando não apenas na etapa de planejamento, mas também nas futuras etapas de
controle.
29
TEORIA DE PLANEJAMENTO
vistos à diante os tipos de replanejamento: longo, médio e curto prazo que irão ajudar a manter
sempre o planejamento em voga. Outras estratégias também podem ser usadas como o envio
periódico de relatórios de planejamento e controle (email, redes sociais da empresa, canais de
comunicação internos, plotagens de cronogramas afixados em obra etc.), reuniões periódicas
de feedbacks, disseminação de conteúdos de planejamento e outros.
30
TEORIA DE PLANEJAMENTO
4.10 Instalar sensores e circuitos de controle para monitorar e ajustar o planejamento durante
a obra
Para facilitar os processos de acompanhamento, alguns sensores e circuitos de controle podem
ser instalados para que os desvios sejam rapidamente identificados e corrigidos. Abaixo,
algumas das análises que podem ser feitas:
Todas essas análises podem ser feitas através dos relatórios de Planejamento.
5 PDCA
O Ciclo PDCA, ou Ciclo da Melhoria Contínua, ou ainda Ciclo de Deming é uma ferramenta de
gestão que tem o objetivo de promover a melhoria contínua dos processos.
O método foi criado nos Estados Unidos na década de 1920 pelo estatístico Walter Andrew
Shewhart e posteriormente, na década de 1950, foi aprimorado e popularizado pelo professor
e especialista em qualidade William Edwards Deming, autor dos princípios do Gerenciamento
da Qualidade Total (TQM).
31
TEORIA DE PLANEJAMENTO
A seguir detalha-se o significado de cada quadrante do ciclo.
5.1.2 Do – Fazer/Executar
Esta etapa consiste na realização física da tarefa planejada sem alterações deliberadas por parte
dos executores. Este é um princípio para o correto gerenciamento de uma obra, embora
discrepâncias possam ocorrer por falta de comunicação, por falta de entendimento do que foi
planejado, por premissas inadequadas assumidas na fase de planejamento, por inexequibilidade
da tarefa ou por outros riscos não mapeados. Por isso, para aumentar o grau de interesse e
engajamento da equipe as programações de serviços devem ser apresentadas a todos, o método
empregado deve estar claro, assim como o sequenciamento das atividades, durações previstas,
recursos disponíveis e os requisitos de qualidade esperados.
32
TEORIA DE PLANEJAMENTO
5.1.4 Act – Agir/Atuar
Este é o momento em que os setores de planejamento e produção devem discutir as ações para
manter o projeto no caminho correto e alcançar o objetivo inicial comum a todos. Através das
informações geradas na etapa de verificação devem ser discutidas oportunidades de melhorias,
detecção de focos de erro, ações corretivas e mudança de estratégia, se necessário. Caso não
haja desvios em relação ao que foi planejado inicialmente é importante que a equipe pense em
alternativas para otimizar o trabalho na tentativa de redução de prazo e/ou custo.
De forma resumida, podemos dizer que um Plano de Ação é um documento utilizado para fazer
um planejamento de trabalho necessário para se alcançar um resultado desejado ou a resolução
de problemas.
A metodologia 5w2h também é uma forma de se fazer o plano de ação. Ela é uma ferramenta
extremamente simples e prática, que corresponde a 7 palavras em inglês. Logo, na elaboração
de um plano de ação a ideia é responder as seguintes perguntas:
Um ponto importante para o uso dessa metodologia no dia a dia é que não são necessários
softwares, equipamentos e nenhum outro grande investimento para começar a utilizar, mas sim
uma planilha eletrônica.
Todo plano de ação deve ser monitorado, isso não apenas para garantir que as tarefas sejam
efetuadas, mas também para que o prazo seja feito certo e na ordem correta.
33
TEORIA DE PLANEJAMENTO
5.3 Lições aprendidas
É comum as empresas executem projetos muito similares na sua linha de produção, onde a
cadeia de fornecedores e matéria prima, o processo produtivo é até o produto acabado são o
mesmo. Dessa forma, uma maneira inteligente de economizar tempo e prever riscos é manter
um histórico sobre os processos, erros e acertos encontrados durante a execução do projeto.
As vantagens para uma organização em manter este banco de dados está na melhoria da tomada
de decisão, na otimização dos recursos, melhoria contínua dos seus processos e prevenção de
erros repetitivos.
6 ROTEIRO DO PLANEJAMENTO
O cronograma é resultado do Planejamento da obra. Desta forma, se foi feito um bom
planejamento, com critérios e referências de confiança, o cronograma será de qualidade. Caso
contrário, ele se tornará inútil.
Mattos (2019) diz que o cronograma é o instrumento fundamental de planejamento para que a
equipe tome providências:
34
TEORIA DE PLANEJAMENTO
A construção de um cronograma passa por etapas de estudos e análises. Os empreendimentos
e uma empresa podem até ser parecidos, mas sempre haverá algo diferente: tipo de terreno,
logística, vizinhança, tipo de solo, condições climáticas, leis municipais e restrições no geral.
Cada projeto é único e isso faz com que as análises sejam sempre necessárias.
Desta forma, é muito importante que a equipe entenda que deverá dedicar um tempo para as
análises de planejamento e replanejamento, não só o profissional que administra o cronograma,
mas também a equipe de obra que deve discuti-lo e acompanhá-lo à quatro mãos.
35
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Quantas frentes serão abertas na obra? Exemplo: se o método construtivo for Parede
de Concreto, quantas formas estarão disponíveis? Cada forma é uma frente, portanto
as equipes de acabamento poderão ser planejadas em detrimento delas.
• A sequência até aqui definida favorece a otimização de circulação e utilização de
recursos humanos e de equipamentos?
• Qual a duração da obra informada pelo Orçamento?
• Há alguma outra restrição neste projeto? Exemplo: as leis de trânsito impedem que a
circulação de caminhões em determinados horários.
De posse de essas e outras informações que julgar importante, o planejador pode iniciar o
desenvolvimento detalhado do cronograma.
Levando em conta a importância desta etapa, a primeira coisa a se fazer é dividir o projeto em
fases, facilitando assim, a visualização de todas as tarefas e a leitura detalhada do processo
construtivo em questão. A maneira mais prática de se identificar as atividades é por meio da
elaboração da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) ou Work Breakdown Structure (WBS), que
basicamente é uma estrutura hierárquica onde se divide a totalidade da obra em pacotes de
trabalho.
A EAP é uma das ferramentas mais vitais no gerenciamento de projetos, pois ela explicita com
clareza o escopo (o que fazer), além de ser um excelente meio para planejar e controlar as
entregas.
É recomendável que esta decomposição seja feita com a participação dos envolvidos no projeto,
principalmente a equipe de produção. O ideal é que os projetos técnicos sejam analisados, os
métodos construtivos sejam identificados e assim as etapas sejam determinadas.
36
TEORIA DE PLANEJAMENTO
É muito comum, na Construção Civil, as obras desenvolverem seus cronogramas utilizando a EAP
do orçamento da obra, ou então, partindo do orçamento, mas decompondo os itens do
orçamento em níveis menores de controle.
A EAP do cronograma deve ser elaborada de maneira sensata. Nem tão detalhada e nem tão
resumida. As etapas construtivas mais críticas que demandarem menores níveis de controle
deverão ser abertas em mais etapas (exemplo: Fundação -> Escavação, Armação e
Concretagem). Já etapas mais simples, poderão ser apresentadas como um item único (Limpeza,
por exemplo).
A EAP varia de obra para obra e pode ser apresentada na forma analítica, na forma de árvore ou
mapa mental, conforme as figuras a seguir.
37
TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
6.3.3 EAP do tipo Mapa Mental
40
TEORIA DE PLANEJAMENTO
41
TEORIA DE PLANEJAMENTO
6.4 Estimar as durações
As durações das tarefas são parte fundamental do cronograma. A relação lógica das tarefas e
durações associadas irão determinar a duração total do projeto. É importante ressaltar que a
duração é um valor estimado. Para serviços mais conhecidos e repetitivos, ela será mais
assertiva. Para serviços não tão comuns, poderá apresentar alguma distorção. E para lidar com
essa situação, daí mais uma vez a importância de se acompanhar o Planejamento com os dados
de Controle, replanejando o cronograma quando necessário.
Segundo Mattos (2019), duração é a quantidade de tempo necessária para a execução de uma
tarefa (seja em meses, semanas, dias, horas ou minutos). Em Planejamento, o mais comum é
sempre considerar as durações em dias (ou semanas etc.) úteis. Assim, 30 dias úteis são
diferentes de 30 dias corridos.
Mattos (2019) ainda destaca algumas regras práticas para determinar a duração de uma tarefa:
• Experiência da equipe: quanto mais experiente for a equipe, mas rapidamente a tarefa
será executada;
• Grau de conhecimento do serviço: trata-se da curva de aprendizagem. Uma tarefa nova
requer familiarização da equipe, portanto o ritmo de execução poderá ser mais lento no
início e crescer ao longo do tempo;
• Apoio logístico: entrega de materiais, mobilização de equipamentos e suporte à mão de
obra. A mão de obra não pode ficar parada esperando, para que possa produzir é
necessário que estes itens estejam disponíveis no tempo certo.
42
TEORIA DE PLANEJAMENTO
6.4.1 Estimativa de duração através de opinião especializada
Segundo o PMBOK (2016), a opinião especializada é baseada em expertise numa área de
aplicação, Área de Conhecimento, disciplina, setor econômico etc. adequada para a tarefa que
está sendo realizada. A expertise pode ser passada por grupo ou pessoa com formação,
conhecimento, habilidade, experiência ou treinamento. Pode-se ter como exemplo também, um
template de cronograma que já venha com durações determinadas pela companhia.
Exemplo:
43
TEORIA DE PLANEJAMENTO
6.4.4 Estimativa de Duração Paramétrica
Estimativa que usa os dados e parâmetros do projeto para o cálculo da duração, portanto, mais
precisa. Antes de exemplificar, é importante retomar o conceito de índice e produtividade.
Segundo Mattos (2019):
• Índice: é a incidência de cada insumo na execução de uma unidade do serviço, assim ele
é expresso pela unidade de tempo por unidade de trabalho (h/kg, h/m², dia/m³, etc.);
• Produtividade: é o inverso do Índice. É a taxa de produção de uma pessoa, equipe ou
equipamento, ou seja, é a quantidade de unidades de trabalho produzida em um
intervalo de tempo especificado (kg/h, m²/h, m³/dia, etc.).
No caso acima, o insumo principal, que irá ditar o ritmo do serviço, é o pedreiro. O índice 0,90
significa 0,90 h/m², ou seja, 90% de 1 hora (54 minutos) de pedreiro para a execução de 1 m² de
alvenaria.
Ainda é possível calcular a relação servente/pedreiro através dos índices, sendo 1,05: 0,90 =
1,16:1, assim, 7 serventes para cada 6 pedreiros.
44
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Segundo Mattos (2019), o Planejador precisa identificar bem as predecessoras de cada tarefa
que são aquelas que a conclusão necessariamente precisa acontecer para que a tarefa em
questão possa iniciar. Portanto, ele irá identificar aquelas que a tarefa depende imediatamente
ou diretamente. Exemplo: em um prédio, a pintura do 10º andar não será feita antes da
concretagem da estrutura do 4º pavimento, mas esta relação não é caracterizada como
imediatamente anterior. Já a aplicação da massa corrida é imediatamente anterior à pintura.
45
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Sucessora, por sua vez, é o inverso da predecessora. É aquela que pode ser iniciada
imediatamente após o término da tarefa em análise.
6.5.1 Redundâncias
É importante sempre pensar na dependência imediata para que vínculos redundantes não
sejam criados. Exemplo: Se Estrutura depende de Fundação, e Acabamento depende de
Estrutura, é desnecessário dizer que Acabamento depende de Fundação.
Ligações redundantes não agregam no Planejamento, além disso, podem dificultar as rotinas
de replanejamento de um cronograma.
46
TEORIA DE PLANEJAMENTO
6.5.3 Circularidade
Segundo Mattos (2019), em cronogramas extensos é comum o Planejador se perder e acabar
criando circularidades, como no exemplo abaixo:
47
TEORIA DE PLANEJAMENTO
6.5.4 Dependência mandatória
Conhecida também como lógica rígida, acontece quando a ligação entre duas atividades é
obrigatória. Exemplo: é impossível fazer o pilar sem que o bloco de fundação esteja pronto.
Bloco de fundação é predecessor obrigatório de pilar. Assim, são dependências mandatórias
inerentes à natureza do trabalho (Mattos, 2019). Outros exemplos:
48
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Tarefa Predecessora
Estrutura TI Fundação
Tabela 3 Término Início - os autores (2020)
Tarefa Predecessora
Piso Cerâmico TT Azulejo
Tabela 4 Término Término - os autores (2020)
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Tarefa Predecessora
Formas II Armação
Tabela 5 Início Início - os autores (2020)
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Tarefa Predecessora
Estrutura Fundação IT
Tabela 6 Início Término - os autores (2020)
6.5.7 Latências
Latência é um intervalo de tempo (defasagem) no vínculo estabelecido.
Retomemos o exemplo de TI. Veja que a Fundação termina no dia 10/09 e, no dia seguinte
11/09, a Estrutura é iniciada.
51
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Portanto, a Estrutura iniciará 3 dias (úteis neste caso) após o término da Fundação. Latências
podem ser adotadas em todos os tipos de vínculo. Exemplos:
Tarefa Predecessora
Estrutura TI + 3d Fundação
Piso Cerâmico TT + 5d Azulejo
Formas II + 2d Armação
Limpeza Grossa IT + 2d Piso Laminado
Tabela 7 Exemplos de vínculos com latências - os autores (2020)
52
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Caso seja necessário configurar a Latência como dias corridos, no MS Project, por exemplo,
basta representar como dd: TI + 3dd.
6.6.1 PERT/CPM
O termo PERT vem do inglês Program Evaluation and Review Technique (Técnica de avaliação e
revisão de programas). Foi desenvolvido pela Marinha americana em parceria com a consultoria
Booz Allen & Hamilton na década de 1950 para o planejamento e controle do projeto Polaris.
Este projeto era muito complexo, contava com 250 fornecedores e 9 mil empreiteiros. A técnica
do PERT visava ter estimativas mais assertivas
O Critical Path Method (COM) é o Método do Caminho Crítico. Ele também tem sua origem na
década de 1950, quando matemáticos fizeram experimentos tentando analisar quais atividades
deveriam ser aceleradas (ou não deveriam sofrer nenhum atraso) para que o projeto fosse
entregue mais rapidamente ou sem atrasos.
Existem 2 métodos para a montagem do diagrama de rede, que além de muito similares
apresentam o mesmo resultado, portanto a escolha de qualquer um deles depende apenas da
preferência do planejador. O primeiro é o Método das Flechas e o segundo Método dos Blocos.
53
TEORIA DE PLANEJAMENTO
54
TEORIA DE PLANEJAMENTO
De acordo com Aldo Dórea Mattos (2010), as fases do projeto que fazem parte do caminho
crítico devem ser iniciadas imediatamente após o término da fase antecessora, já as fases que
não constituem o caminho crítico podem ter uma folga entre si.
O Caminho Crítico pode ser analisado tanto pelo Método das Flechas quanto pelo Método dos
Blocos. Por uma questão didática, estudaremos o de Blocos.
ID D
PDI PDT
UDI UDT
FT FL
Tabela 8 Informações contidas no bloco – Mattos (2020)
55
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Desta forma, traça-se o Diagrama de Blocos com a identificação das tarefas e durações. E segue-
se os passos (Mattos, 2020):
b) Calcula-se a primeira data de término (PDT) das atividades iniciais (A neste exemplo),
sendo:
56
TEORIA DE PLANEJAMENTO
PDT = PDI + D
c) Informe a primeira data de início (PDI) das atividades seguintes (que é a primeira data
de término (PDT) de sua predecessora. Caso a atividade tenha mais de uma
predecessora, adota-se o maior valor:
PDT = PDI + D
57
TEORIA DE PLANEJAMENTO
e) Passada reversa: percorre-se a rede de trás para a frente começando por atribuir
como término mais tarde do projeto a própria data de término mais cedo do projeto
já calculada, anotando-a na parte superior da barra de fim. Transfere-se este número
como a última data de término (UDT) para as atividades finais (aquelas sem
sucessoras, a G neste exemplo).
58
TEORIA DE PLANEJAMENTO
f) Calcula-se a última data de início (UDI) das atividades finais:UDI = UDT – D
h) Calcular a UDI de cada atividade usando a fórmula abaixo. Ao terminar, anotar o início
mais tarde do projeto na parte superior da barra de início.
UDI = UDT - D
59
TEORIA DE PLANEJAMENTO
i) Calcular a folga total (FT). Ela apresenta o quanto a atividade pode atrasar sem
comprometer a data final do projeto.
j) Calcular a folga livre (FL). Ela significa o quanto a atividade pode atrasar sem
prejudicar o início mais cedo (PDI) de suas sucessoras.
60
TEORIA DE PLANEJAMENTO
O Caminho Crítico é a sequência de atividades com menor folga total (no exemplo: A; B; D; F
e G). Uma vez que há sequências de atividades paralelas, uma delas não poderá atrasar, do
contrário irá atrasar a data final do projeto.
61
TEORIA DE PLANEJAMENTO
62
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Atividades críticas têm as datas mais cedo iguais às datas mais tarde;
• Atividades não críticas têm as datas mais cedo diferente das datas mais tardes;
• A folga total representa quanto tempo uma atividade pode atrasar sem impactar no
prazo final do projeto;
• Uma atividade não crítica pode atrasar a quantidade de dias de sua folga total sem
afetar a data final do projeto;
• Se uma atividade não crítica atrasar mais do que sua folga total, o prazo total do projeto
será aumentado;
• Uma atividade não crítica que consome sua folga torna-se crítica;
• Quanto menor a folga total; maior a probabilidade de essa atividade se tornar crítica
(ela é subcrítica);
• A folga livre é o tempo que uma atividade pode atrasar sem atrasar o início mais cedo
de suas sucessoras;
• Se a folga livre de uma atividade for consumida, suas sucessoras não iniciarão na data
mais cedo.
63
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Através do cronograma é possível facilmente:
6.8.1 Marcos
É possível destacar no cronograma destaques de etapas, os chamados Marcos. Podem sinalizar
final de ciclos ou pontos estratégicos para o controle. No cronograma, os Marcos ficam com
duração zero (uma vez que não são atividades, portanto não consomem recurso e tempo).
Exemplos de Marcos: Início de Obra, Início de Fundação, Liberação para Vistoria de AT etc.
Desta forma é importante o planejador está atento ao prazo total da obra, prazos de contratos,
períodos de carências, PES e afins quando é informado dias úteis ou corridos. É necessário ter
atenção aos calendários regionais, períodos de férias e finais de semanas.
6.9 Curva S
Para sintetizar a análise do planejamento feito, uma das ferramentas mais utilizada é a Curva S.
Como cada atividade tem uma unidade diferente (metro quadrado, metro cúbico, kg, etc) adota-
se um mesmo critério para todas as atividades, normalmente Homem-Hora ou o Custo
64
TEORIA DE PLANEJAMENTO
(dinheiro), sendo esta última conhecida como visão física-financeira. Assim, a Curva S distribui
Homem-Hora, Custo ou o Avanço em função do tempo.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Se a curva do projeto ficar à esquerda da curva teórica, isso sinaliza que o cronograma
tem maior concentração de atividades na etapa inicial do projeto (maior número de
atividades em paralelo no início do projeto);
• Se a curva estiver à direita da teórica, isso sinaliza que há alta concentração de
atividades na etapa final do projeto. Exemplo: a obra tem um “gargalo” que impede o
andamento das atividades simultâneas, está prendendo frentes;
• Em ambos os casos o ideal é que o planejamento seja balanceado à Curva Teórica para
se ter equilíbrio de esforços no projeto;
• Se a Curva S apresentar degraus isso sinaliza que o planejamento está deficiente.
Desta forma, ao chegar até aqui, é importante analisar a Curva S do projeto. É uma excelente
maneira de se ter o feedback do planejamento realizado, identificando possíveis pontos de
melhoria e reajustes no planejamento feito.
66
TEORIA DE PLANEJAMENTO
mas também ele não pode estar tão resumido de maneira que torne o planejamento e controle
imprecisos.
Atividades que são executadas quase que ao mesmo tempo podem ser associadas como pacotes
de trabalho. Exemplos:
• armação e forma da fundação podem ser consideradas como uma única atividade;
• azulejo e rejunte: neste caso não é recomendável considerar apenas uma atividade, pois
é necessário aguardar 3 dias após o término do assentamento do azulejo para que o
rejunte seja iniciado. Assim é relevante que no planejamento haja essa separação.
• a Linha de Base representa um consenso da equipe que irá fazer a obra, é um plano de
trabalho válido, factível, racional e de uso comum;
• é com relação à Linha de Base que o andamento real do projeto será comparado
(previsto x realizado), servindo como parâmetro para atrasos e adiantamentos;
• a LB funciona como um farol durante o acompanhamento da obra e o planejador
consegue ir identificando os desvios e alertando a equipe para as medidas cabíveis.
O ideal é que a execução da obra seja a mais próxima possível da Linha de Base, afinal foi feito
um planejamento detalhado e à quatro mãos com a equipe executora. Os desvios precisam ser
identificados e tratados o mais rápido possível para garantir o sucesso do projeto. Caso a
execução se distancie demais da Linha de Base é necessário uma avaliação profunda com as
lideranças do projeto e ver a possibilidade de se salvar uma nova Linha de Base, replanejando o
restante da obra de maneira a se garantir a data final do projeto, com o menor número de
impactos possíveis. Mesmo assim, é importante guardar a primeira Linha de Base salva para
poder se apurar porque aquele planejamento ficou tão fora da realidade e os mesmos erros não
serem cometidos em projetos futuros, o que é chamado de Lições Aprendidas (Mattos, 2019).
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
7 RECURSOS
Em um projeto os recursos podem ser materiais, humanos ou de equipamentos. É muito comum
eles apresentarem restrições frente a um cronograma e expectativas de execução. Como
exemplo, uma atividade pode estar planejada para acontecer em dois locais simultâneos e os
recursos requeridos para que elas aconteçam não serem suficientes. Esse tipo de situação é
muito recorrente e pode-se concluir que planejar as tarefas considerando apenas o fator tempo
nem sempre resolve todos os problemas (MATTOS, 2019).
Categoria Exemplos
Mão de obra Carpinteiro, pedreiro, soldador, projetista, desenhista, João, Maria.
Material Concreto, madeira, chapa de aço, cabo.
Equipamento Caminhão, trator, bate-estacas.
Dinheiro Reais (R$)
Tabela 10 Categorias de recursos - Mattos (2019)
MATTOS (2019) diz que um recurso pode estar alocado em várias tarefas. Alocar recursos
significa atribuir recursos às diversas atividades do planejamento. Portanto, a alocação é
qualitativa (carpinteiro, concreto, trator) e quantitativa (três carpinteiros, 20 m3 de concreto, 2
tratores).
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 =
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑥 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑥 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎
Uma atividade que precisa de 160 Hh de operário para ser executada, pode ser planejada com
as combinações abaixo (adotando 8 h/dia).
Repare que nos dias 2, 3, 4, 6 e 9 o pintor trabalhará em mais de um apto o que não é possível
neste exemplo, pois ele gasta 1 dia inteiro para pintar um apto.
69
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Quando isso acontece significa que há uma superalocação do recurso. Para contornar este
problema é necessário fazer o nivelamento de recursos.
Caso o nivelamento seja feito priorizando o recurso, o cronograma deverá ser modificado de
maneira que não haja concorrência para o recurso. Assim, teríamos o seguinte cenário:
Mas repare que neste caso, a data final da obra foi postergada para o dia 18, na maioria das
vezes isso não atende ao projeto.
70
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Uma outra opção é fazer o nivelamento de recursos sem alterar a data final da obra.
Aproveitaremos das folgas das atividades não críticas para diminuir ao máximo possível a
quantidade de recursos.
Abaixo, em laranja, estão destacadas as tarefas críticas. E as células em azul representam a folga
da tarefa (Término Mais Tarde).
71
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Neste último caso, o nivelamento feito redistribuiu os picos dos dias 3 e 4, aproveitando das
folgas das atividades em questão, de forma que o prazo final da obra foi mantido. Neste caso,
ainda seriam necessários 2 pintores, mas evitou-se a necessidade de 4 e 3 pintores nos dias de
pico (d3 e d4).
8 FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO
8.1 Cronograma
Como já foi dito, o cronograma é a principal ferramenta de planejamento. Ele oficializa e registra
o que foi planejado. O cronograma deve sempre responder: o quê, quando e onde. Ele é o
resultado de um método bem definido e não uma lista de datas aleatórias.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.1.4 Gráfico de GANTT
Como mencionado o Gráfico de Gantt é o tipo de cronograma mais conhecido e utilizado.
Softwares como o MS Project e Primavera geram o gráfico como resultado do planejamento
elaborado. No GANTT, é possível interpretar durações das tarefas, seus relacionamentos,
informações de previsto, realizado, caminho crítico e marcos mais visualmente.
No Project, por exemplo, é possível ver as informações através das colunas de tabela:
E no gráfico em si:
Marco
Tarefas
Críticas.
Setas:
Relacionamentos
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.2 Linhas de Balanço
As Linhas de Balanço ou Line of Balance (LoB) são uma representação gráfica e prática do
cronograma. Elas representam de uma maneira muito visual
8.2.1 Conceito
Nas Abscissas representa-se o tempo. Ex: meses, quartos de meses, trimestres e outros.
Nas Ordenadas as unidades planejadas. Ex: pavimentos, Km, trechos, percentuais e outros.
As linhas inclinadas representam as tarefas (ou pacotes de trabalho), são também chamadas de
curvas de produção.
8.2.2 Parâmetro
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.2.3 Histórico
Monteiro (2013) diz que a técnica das Linhas de Balanço teve seus primeiros registros em 1930
durante a construção do Empire State Building na cidade de Nova Iorque, EUA. O edifício de
estrutura metálica tem 102 andares e levou 18 meses para ser concluído.
Maziero (1990) e Souza (2014) dizem que as LoBs foram criadas em 1941 pela Goodyear Tire &
Rubber Company, desenvolvendo-se ainda mais no controle da produção industrial
manufatureira da marinha dos Estados Unidos em 1942.
Segundo Souza (2014), com o fim da Segunda Guerra Mundial a técnica foi instrumento
fundamental para a construção de conjuntos habitacionais em cidades europeias que haviam
sido desvastadas pela guerra.
As Linhas de Balanço também são muito utilizadas dentro dos conceitos de Lean Construction
(que serão abordados mais a frente), por permitir fácil gestão visual dos ritmos de trabalho.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Combined PERT/LOB
• Tempo x Caminho (muito comum).
8.2.4 Ritmos
Prado (2002) diz que um bom projeto de planejamento deve ser balanceado, apresentando
ritmo constante de execução das tarefas:
Tais perguntas são fundamentais para a análise crítica de qualquer atividade nas LoBs. A partir
delas, é possível compreender o conceito da técnica que estabelece uma relação entre o número
de unidades com o tempo de construção, mantendo um ritmo constante, distribuindo a mão de
obra de forma equilibrada, obtendo proveitos do conceito de repetitividade.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.2.5 Aplicabilidade da técnica
A necessidade do aumento de produtividade, os menores prazos e as padronizações dos
processos executivos têm gerado a necessidade de um ciclo de repetitividade nas execuções das
tarefas. Projetos como estradas, túneis, conjuntos habitacionais, dentre outros, têm se tornado
um estímulo para a otimização de métodos permitindo uma divisão do planejamento em nível
macro e micro (MENDES JR, 1999).
A ferramenta é muito democrática e prática, trazendo uma visão macro estratégica para
engenheiros e gestores organizarem, sequenciarem e controlarem o projeto. Mas também é um
ótimo guia para mestres de obra, operários e afins, auxiliando nas metas e programações do dia
a dia.
Exemplos de obras com ciclo de produção que favorecem a utilização de Linhas e Balanço
(MATTOS, 2019):
• Representar apenas as atividades críticas: uma vez que estas irão definir o caminho
crítico que irá determinar o prazo final de obra;
• Representar pacotes de trabalho: que neste caso são agrupamentos de tarefas que
acontecem simultaneamente em uma única linha (curva de produção).
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.2.7 Número de tarefas acontecendo simultaneamente na obra
Deve-se atentar para que não exista um alto número de atividades acontecendo ao mesmo
tempo na obra. Por exemplo, no primeiro pavimento (que possui mais atividades concluídos)
pode estar sendo executada a pintura, enquanto no último (que possui menos atividades
concluídas) pode estar sendo executando o chapisco. Entre chapisco e pintura existem muitas
atividades em andamento entre o primeiro e últimos pavimentos.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Representando agora a mesma rede nos demais pavimentos do mesmo prédio, seguindo o
princípio de cada equipe terminar o pavimento inferior e, no dia seguinte, iniciar no pavimento
de cima.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Ao retirar os nós, veja que se tem como resultado as Linhas de Balanço:
Na construção de um prédio, por exemplo, ao se adotar uma semana de duração por pavimento
para as tarefas pode distorcer aqueles serviços que são muito rápidos. Do mesmo modo,
serviços mais lentos precisariam de um efetivo muito grande de mão de obra para conseguir
cumprir aquela etapa em uma semana (MATTOS, 2019).
Exemplo prático:
No exemplo abaixo, foram representados três pacotes de trabalho em ritmo constante, com as
linhas na mesma declividade. Supondo 5 pavimentos em um prazo de 90 dias para a conclusão
da obra. Foram inseridos colchões estratégicos (buffers ou latências) de 10 dias entre os inícios
de Estrutura e Instalações e de 15 dias entre Instalações e Acabamentos das atividades a fim
de absorver eventuais interferências.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Tendo em vista que o 1º pavimento termina no dia 40, há uma duração de 90 – 40 = 50 dias para
finalizar os 4 pavimentos restantes, assim, a taxa de produção é de (90 – 40)/4 = 12,5 dias/pavto
(= 1 pavimento a cada 12,5 dias = 0,08 pavto/dia) por tarefa.
Término da obra.
Término do 1º pavto.
O gráfico mostra o avanço de três pacotes de trabalhos em ritmo constante, portanto as linhas
têm a mesma declividade. Nem sempre isso é factível, pois às vezes não é viável colocar todas
as atividades na mesma velocidade, isso faz com que algumas delas tenham equipes muito
numerosas ou muito reduzidas. Tarefas mais lenta poderão demandar muitos recursos
simultâneos que poderão ocasionar conflitos de espaço, logística e dificuldades de supervisão.
A solução lógica é adotar ritmos variáveis, de acordo com a equipe ótima de cada serviço e sua
respectiva produtividade (MATTOS, 2019).
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Colocando 2 equipes, as Instalações ficarão prontas no prédio em 43 dias (8,6 dias por pavto =
1 pavto a cada 8,6 dias = 0,12 pavto/dia). Neste caso, Instalações alcançaria a Estrutura gerando
um cruzamento de linhas (destacado pela seta vermelha abaixo), Instalações ficariam sem
frente de serviço. Para resolver esta situação, o início das Instalações deverá ser adiado para
que o seu término não cruze com a Estrutura, porém ainda seria necessário adiar o início de
Acabamentos, pois do contrário haveria um cruzamento de linhas (indicado pela seta preta
abaixo) entre Instalações e Acabamentos. Para resolver este segundo cruzamento seria
necessário adiar também o início de Acabamentos (lembrando de manter os buffers). Nota-se
então que apenas acelerar Instalações não resolveria o problema.
85
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Portanto, acelerar a execução de um pacote de serviço ou outro não garante que o prazo do
projeto seja melhorado. As operações precisam estar balanceadas (MATTOS, 2019).
• Se o ritmo (produtividade) da tarefa for maior que o de sua sucessora, então a sucessora
poderá ser iniciada logo após a primeira unidade (pavimento no exemplo) estar
concluída:
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Portanto, o balanceamento das Linha de Balanço é feito desta forma, analisando as equipes de
mão de obra, os ritmos e os inícios/fins das tarefas a fim de se evitar cruzamento de linhas (o
que prejudicaria as frentes de trabalho).
No exemplo, Instalações poderiam ter 2 equipes, porém iniciando um pouco mais tarde para
não se cruzar com a linha da Estrutura. E uma nova análise deverá ser feita para Acabamentos,
vendo a possibilidade de aumentar sua equipe (que não teria tantos problemas, por não haver
sucessoras) e assim garantir o prazo da obra.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.2.10 Benefícios das LoBs
• Fácil interpretação gráfica das tarefas;
• Gestão à vista;
• Melhor gestão dos ritmos de produção;
• Identificação de gargalos;
• Melhoria de produtividade (repetição);
• Melhor dimensionamento de equipes (segmentação de entregas).
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Segundo Ramos (2018) elas são utilizadas para definir, mensurar, analisar e propor soluções aos
problemas que interferem no desempenho e no resultado dos projetos. Ajudam a estabelecer
métodos mais elaborados de resolução baseados em fatos e dados, o que aumenta a taxa de
sucesso dos planos de ações.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.4.1 Fluxograma
Ajuda a identificar o melhor caminho que o produto ou serviço deverá percorrer no processo,
mostrando as etapas sequenciais e utiliza símbolos que representam diferentes tipos de
operação;
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
a. 80% de lucro de uma empresa estão ligados relacionados com 20% dos
produtos;
b. 80% do tempo, usamos 20% das nossas roupas;
c. 80% de acidentes de trânsitos, são causados por 20% dos motoristas.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
No exemplo abaixo, 3 países (aproximadamente 20% da lista) são responsáveis por
aproximadamente 80% das exportações.
8.4.5 Histograma
O Histograma além de ser uma das 7 Ferramentas da Qualidade é uma ferramenta fundamental
de estatística. É um gráfico de colunas que mostra a frequência que uma determinada amostra
de dados ocorre, como a variável se comporta. A altura de cada coluna representa a frequência
relativa do atributo ou característica (Ferramentas da Qualidade, 2020). Exemplo: peso, largura,
comprimento, volume, tempo e outras grandezas.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Normalmente, a relação vem de uma variável que é independente e outra variável que é
dependente da primeira, assim a variável independente é a causa que provoca o efeito e a
dependente é o efeito (a consequência gerada pela causa). Exemplo: a relação entre a
temperatura com a quantidade de sorvetes vendidos.
Pode-se também traçar uma linha ideal como referência, quanto mais os pontos estiverem
próximos à linha, menor será a dispersão da análise feita.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
8.4.5.7 Gráfico de Controle
O Gráfico de Controle tem o objetivo de determinar se um processo é ou não estável e tem
desempenho previsível. Ele mostra quando um processo está sujeito a uma variação de causa
especial que cria uma condição fora de controle. Desta forma, o gráfico ilustra (Montes, 2020):
97
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Quantidade
Oficiais =
Produtividade x Duração
S
Servente = x Oficiais
O
Exemplo:
Calcule a equipe para o assentamento de cerâmica em um apartamento que deverá ser feito em
5 dias. A produtividade de cada oficial é de 5 m² por dia. A área total do serviço a ser feito é de
100 m². A relação servente oficial é de 0,5 servente por oficial.
100 m2
• Oficiais = m2 = 4 oficiais
5 x 5 dias
dia
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
100
TEORIA DE PLANEJAMENTO
A função do cronograma de suprimentos é facilitar a gestão de compras e contratações de
maneira que o início da execução da tarefa não seja comprometido por atrasos na entrega de
materiais ou mobilização de equipes. Além disso, ao se utilizar um cronograma de suprimentos,
a gestão se torna mais precisa o que resulta em estoques mais baixos, negociações mais
estratégicas e outras vantagens.
101
TEORIA DE PLANEJAMENTO
9 ABORDAGENS DE PLANEJAMENTO
Existem algumas abordagens de planejamento muito estratégicas e que facilitam muito as
interpretações de cronogramas. Algumas delas são utilizadas em larga escala, outras são
utilizadas em empreendimentos e situações mais estratégicas.
102
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Porém, para as tarefas resumos, essa distribuição de percentual será ponderada pelo peso custo
da tarefa.
Importante:
103
TEORIA DE PLANEJAMENTO
A grande “virada de chave”, foi quando o presidente da Toyota na época, Toyoda Kiichiro, lançou
um desafio aos seus empregados, o de que a empresa precisava alcançar os Estados Unidos em
três anos. Porém o desafio era enorme, visto que a diferença de produção era de 9 vezes maior,
assim, o engenheiro mecânico da Toyota, Taiichi Ohno, questionou se havia algum desperdício
ocorrendo no processo e se era possível diminuir tal, porém aumentando a produtividade.
Assim, surgiu o sistema Toyota de Produção, que tinha como principal objetivo o de aumentar
os lucros eliminando os custos.
25 anos depois, por volta da década de 70, a Toyota, com seu o Corolla (seu carro chefe), torna-
se o carro mais vendido no mundo. Já nos anos 2000, a empresa torna-se a terceira mais
admirada do mundo. Com seu sistema de produção sendo aplicado em diversas áreas da
indústria, não só no automobilístico, inclusive seu sistema inspirando a criação do pensamento
Lean. Na figura 1 é possível verificar a linha do tempo do Sistema Toyota de Produção.
Por volta dos anos 80, observou-se uma necessidade de aplicar os princípios da Total Quality
Management (TQM – gestão da qualidade total), tendo como um meio de buscar um nível maior
do controle dos processos produzimos dentro das empresas. Porém, apesar das grandes
contribuições, o TQM atendia parcialmente, pois não contemplava completamente as
necessidades relacionadas à eficiência e eficácia do sistema de produção. Surgiu, assim, o Lean
Thinking (pensamento enxuto) e o Lean Production (produção enxuta), que consiste em uma
1 Trecho retirado do livro "A máquina que mudou o mundo", 6 ed. da Editora Campus Ltda., 1992, p. 7.
104
TEORIA DE PLANEJAMENTO
nova filosofia que possuía o objetivo de trazer os princípios da gestão da produção aos setores,
sendo esse paradigma contrário ao do Mass Production (produção em massa) do fordismo. Logo,
essa nova filosofia agregou os princípios do STP e o do TQM, sendo que o Lean não é apenas
uma aplicação de ferramentas e sim que a empresa deve implantar e desenvolver o pensamento
enxuto.
Figura 93 Linha do tempo do surgimento do Sistema Toyota de Produção - Projeto Gestão de Fábricas, 2020.
Figura 94 - Comparativo entre o pensamento tradição e o pensamento Lean - Moretti. C. E. Cultura Lean
105
TEORIA DE PLANEJAMENTO
O objetivo do trabalho era beneficiar o setor da construção civil com um sistema de gestão de
qualidade e produtividade de sucesso como foi o Sistema Toyota de Produção para as linhas de
produção da Toyota Motor Company.
Assim surgiu o Lean Construction, que é o termo oficial em inglês para designar um processo de
construção enxuta, baseado no Sistema Toyota de Produção. Trata-se de um corpo de
conhecimento focado em eliminar desperdícios continuamente e resolver problemas de
maneira sistemática, sempre alinhado com a qualidade dos processos, em que toda iniciativa
Lean precisa estar embasada em propósitos claramente definidos e orientados à criação de valor
para o cliente.
106
TEORIA DE PLANEJAMENTO
9.2.3.2 Jidoka
A qualidade é inerente ao processo, pois produzir produtos defeituosos podem fazer com que o
processo seja parado, gerando resserviços e utilização de material, mão de obra e tempo que
não estavam previamente programados, fazendo com que a entrega possa ser atrasada. Porém,
o processo do Lean não tem como finalidade impor um processo sem erros, perfeito, ou que
esconda tais, pelo contrário, é um processo transparente que busca expor os erros assim que
estes acontecem, ou seja, no próximo passo do processo,
Uma das ferramentas utilizadas é o Poka Yoke, que significa evitar (yokeru) erros (poka), ou seja,
uma ferramenta que tem como objetivo o de utilizar dispositivos ou procedimentos que possam
prevenir o surgimento de erros, através da causa raiz, fazendo com que o processo pare para
107
TEORIA DE PLANEJAMENTO
que não venha ser produzido mais produtos defeituosos, onde após encontrar a causa raiz do
problema, são realizados ações para que este erro não aconteça novamente. Essa ferramenta
pode ser utilizada junto com o Andon, que consiste numa mecanismo de sinalização, com cores
normalmente verde (que indica que o processo está ocorrendo normalmente), amarelo
(existência de algum problema que pode ocasionar a parada da produção) e o vermelho
(representando o processo parado).
O JIT trouxe-, assim, um conceito de ferramenta chamada “Kanban” que foi implantada com o
objetivo de fazer essa sinalização visual da demanda, sendo que essa ferramenta é a que irá
“puxar” a produção. Sendo que este pode ser dividido em kanban de produção e de requisição:
um de requisição especifica o tipo e a quantidade do produto que o processo subsequente
deverá retirar do processo precedente, enquanto que o Kanban de Produção especifica o tipo e
a quantidade do produto que o processo precedente terá de produzir.
Na figura abaixo, é possível ver uma comparação do modelo tradional, a produção tradizional
(empurrada) e a produção enxuta (puxada).
108
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Produção tradional (empurrada): conforme pode ser visto na figura abaixo, esse processo
consiste no conjunto de atividades (modelo) de conversão que transformam os materiais
(insumos) em produtos intermediários (ex.: estrutura, revestimento) ou final (ex.: edificação).
a) Processo de produção pode ser dividido em sub-processos (ex.: forma, corte, dobra,
concreto);
b) Minimização do custo total focado no custo separadamente de cada sub-processo;
c) O valor do produto é associado ao custo dos insumos;
Figura 96 Fluxo do Processo Tradicional - Artigo Lean Construction: princípios bases e exemplo (2020)
Produção enxuta (puxada): conforme pode ser visto na figura abaixo, esse processo consiste
em um fluxo de materiais, desde a matéria prima até o final do produto, sendo que esse
109
TEORIA DE PLANEJAMENTO
processo abrange transporte, espera, processamento (conversão) e inspeção. Alguns pontos
importantes:
Figura 97 Fluxo do Processo Puxado - Artigo Lean Construction: princípios e exemplo (2020)
Nem toda atividade agrega valor, logo, esse princípio busca a redução e/ou eliminação
dessas atividades que não agregam, visando uma melhoria contínua dos processos e a
diminuição das perdas e custos. Um processo pode ser melhorado sua eficiência, por exemplo,
através dos desperdícios de tempo gerados no transporte dos materiais, redução de passos para
110
TEORIA DE PLANEJAMENTO
executar uma determinada atividade, como também, na eliminação de algumas atividades que
não agregam valor ao produto final desejado pelo cliente. Porém, nem todas as atividades que
não agregam valor, devem ser eliminadas, pois são essenciais para que o produto seja entregue,
como inspeção, transporte (mesmo que reduzido), treinamento da mão de obra, controles de
dimensão etc.
A figura abaixo ilustra um comparativo do processo atual, tradicional, com o processo enxuto
(desejável), quando se compara com a redução das atividades que agregam e não agregam
valor.
Figura 98 Comparativo entre processo atual e desejável quando se compara a atividades que agregam e as que não -
Climb (2020)
A melhoria contínua é a busca pela perfeição dos processos, em que esse conceito, quando
aplicado e abraçado pela equipe, faz com que todos busquem sempre melhorar as práticas,
processos, sempre buscando ações que possam reduzir o tempo, custo, porém não perdendo a
qualidade, pelo contrário, a melhoria contínua também visa a melhoria na qualidade. Assim,
111
TEORIA DE PLANEJAMENTO
uma das filosofias aplicadas para essa melhoria, está o Kaizen, que vem do japonês e significa
“mudança para melhor”, onde pela filosofia traz uma mudança de mentalidade e
comportamento, e ela entende que é sempre possível fazer melhor, objetivando trazer
resultados concretos, tantos qualitativamente, quanto quantitativamente. Os principais
objetivos da melhoria contínua são:
a) Aumentar a produtividade;
b) eliminar os desperdícios;
c) reduzir o tempo da produção;
d) reduzir os estoques;
e) envolver todas as pessoas na melhoria dos processos;
f) incentivar a gestão à vista.
Dentre as ferramentas utilizadas para buscar a causa raiz, está a aplicação dos “cinco porquês”,
que consiste em fazer cinco perguntas de porquês, para entender a raiz e buscar solução, ou
seja, mais importante que solucionar um problema de forma rápida, é solucioná-lo em sua raiz,
afim de evitar sua recorrência. Exemplo de aplicação do método:
“ATRASEI A ALVENARIA”
112
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Por que não foi solicitado no prazo? (“Porque o cronograma não estava atualizado”).
• Por que o cronograma não estava atualizado? (“Porque o consultor não sabia como
atualizar.”)
113
TEORIA DE PLANEJAMENTO
a) Seiri: senso de utilização – determinar, por exemplo, quais ferramentas, dados,
materiais e equipamentos são essencias;
b) Seiton: senso de organização – todos os itens a serem utilizados devem ficar
disponíveis em locais determinados;
c) Seiso: sendo de limpeza – facilitação da limpeza do ambiente, implantando medidas
preventivas para que deixe o local limpo;
d) Seiketsu: senso de conservação – conscientização das melhores atitudes a serem
tomadas;
e) Shitsuke: senso de disciplina – controlar e fazer com que a disciplina se mantenha,
visando o comprometido de todos e da manutenção dos “S”;
114
TEORIA DE PLANEJAMENTO
representa o tempo gasto, mas não o esforço desprendido. Exemplo: supondo que a estrutura
de um bloco, foi solicitado seu início no dia 02 de fevereiro e a entrega ocorreu dia 10 de
fevereiro, porém a estrutura, de fato, iniciou dia 04, logo o tempo de espera foi de 8 dias da
solicitação até a entrega, porém o tempo gasto (tempo de ciclo, tempo, de esforço) foi de 6 dias.
Figura 101 Exemplo de Takt Time para bloco e torre – Projeto Gestão de Fábrica (2020)
115
TEORIA DE PLANEJAMENTO
9.3 Engenharia Simultânea
116
TEORIA DE PLANEJAMENTO
“Engenharia Simultânea é o processo no qual grupos interdepartamentais trabalham interativa
e formalmente no projeto do ciclo de vida completo do produto/serviço para encontrar e
realizar a melhor combinação entre as metas de qualidade, custo e prazo.” (MUNIZ, apud
FABRICIO; MELHADO, 2000)
“Engenharia Simultânea tenta otimizar o desenho do projeto e do seu processo construtivo para
atingir prazos reduzidos, e uma melhora na qualidade e no custo através da integração do
projeto, fabricação, construção e atividades de obra e através da simultaneidade e colaboração
nas práticas de trabalho.” (EVBUOMWANA; ANUMBA, 1998. Tradução: Pretti, 2013)
• Redução de tempo;
• Redução de custos;
• Aumento da qualidade do produto.
117
TEORIA DE PLANEJAMENTO
118
TEORIA DE PLANEJAMENTO
9.4 BIM 4D
O BIM (Building Information Modeling) ou em português Modelagem da Informação da
Construção é uma metodologia/tecnologia capaz de atuar no gerenciamento de todo o ciclo de
vida do projeto a partir da criação de um modelo 3D. A classificação do modelo BIM depende de
suas atribuições, sendo:
• 3D - Modelagem: Reúne informações gráficas e não gráficas para criar modelos 3D;
• 4D - Planejamento: Está relacionada ao planejamento da obra, adicionando um novo
elemento ao modelo 3D: o tempo;
• 5D - Orçamento: Dimensão na qual se insere informações relativas à custos no modelo;
• 6D - Sustentabilidade: Quantidade de tecnologia (automação, instalações, dentre
outros) existente num edifício, destinada a contribuir com a sustentabilidade;
• 7D – Gestão e Manutenção: Contempla todo o processo relacionado ao gerenciamento
de instalações. O uso do BIM 7D garante que tudo em um projeto permaneça em sua
melhor forma desde o primeiro dia até à demolição de uma estrutura.
119
TEORIA DE PLANEJAMENTO
9.4.1 BIM 4D
O BIM 4D consiste em vincular o modelo ao cronograma da obra, gerando um planejamento
visual do andamento da obra e proporcionando ao engenheiro ou gerente de projeto o
acompanhamento do avanço físico de cada etapa.
Considerações:
120
TEORIA DE PLANEJAMENTO
4. É prudente simular diferentes cenários com o modelo 4D, incluindo atrasos, para
visualizar o impacto no processo e desenvolver possíveis planos de contingência.
10 PLANO MESTRE
Existe uma ilustração da Administração Moderna que ajuda a entender um importante conceito
da administração moderna: o Plano Mestre da Produção (MPS):
A narrativa conta que um professor apresentou aos alunos um grande pote de vidro e
uma sacola. Nela, havia pedras, bolas de gude e areia. Um por um, ele foi colocando esses
materiais dentro do pote. Começou pelas pedras, que aparentemente encheram o vidro.
Depois, colocou as bolas de gude, que também couberam. Questionou os alunos: caberia
mais alguma coisa ali? Disseram que não. O professor então jogou a areia, que foi
ocupando os espaços vazios. O pote ficou realmente cheio, mas ainda coube uma xícara
de café.
Ao explicar suas motivações para a turma, o professor deixou claro que a ordem em que
colocou os objetos foi o mais importante para que tudo coubesse no pote de vidro. Se ele
colocasse primeiro a areia, caberiam menos pedras. Se começasse pelas bolas de gude,
caberia mais areia. Se colocasse as pedras e a areia, as bolas de gude não teriam espaço.
Ou seja, o vidro só ficou cheio, em sua máxima capacidade, porque foi respeitada uma
ordem. O café foi apenas uma brincadeira. Era para que seus alunos sempre se
lembrassem de ter tempo para um encontro com amigos.
121
TEORIA DE PLANEJAMENTO
122
TEORIA DE PLANEJAMENTO
10.3 Plano Mestre no Cronograma Executivo de Obra
É de extrema importância que o cronograma executivo de obra siga o Plano Mestre, pois como
visto, além de melhores práticas, ele é fundamentado nas estratégias da organização. Os
principais quesitos trabalhados pelo Plano Mestre no cronograma da obra são:
Importante o planejador se atentar para que as variáveis acima estejam aderidas ao Plano
Mestre.
Como foi dito, o planejamento deve ser feito com critério, a utilização de técnicas e ferramentas.
Mas ele precisa também ser monitorado e, esse processo de monitoramento, também tem
critério, nome e momento adequado para ser feito. Técnicas como o ciclo PDCA (já visto neste
curso) e o Last Planner System são excelentes maneiras para organizar as rotinas e processos de
replanejamento.
O planejamento de uma obra não termina na Linha de Base. É necessário monitorar o avanço
das atividades e averiguar se o cronograma está sendo seguido e as divergências entre previsto
e realizado. Não adianta planejar uma obra com critério e boa técnica se o planejamento não
for acompanhado, afinal aquele que constrói precisa comparar permanentemente o previsto e
o realizado (MATTOS, 2019).
123
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Sob a ótica do ciclo PDCA, o acompanhamento do terceiro quadrante é o C – checar (ou
controlar). Nessa etapa afere-se o progresso das atividades e se compara o desempenho
planejado com o efetivamente feito. E no quadrante A – atuar (ou agir), acontecem as medidas
corretivas e preventivas que são tomadas pela equipe para voltar o planejamento aos trilhos
(MATTOS, 2019).
124
TEORIA DE PLANEJAMENTO
11.1.2 Pull/Phase Scheduling – LONGO PRAZO
Nesta fase, o cronograma detalhado é criado. Toda a estratégia da obra já precisa estar definida
(Plano de Ataque), além das durações e sequenciamento de atividades (seguindo sempre o
Plano Mestre). É nesta etapa que a Linha de Base é salva.
11.1.4 Comprometimento / Weekly Work Plan (Plano de trabalho semanal) – CURTO PRAZO
Nesta etapa, o que foi definido na etapa anterior (Médio Prazo) é “quebrado” em ordens
planejadas menores, nelas é possível ver de maneira mais detalhada os serviços que precisam
ser executados. Uma boa prática é sempre utilizar a lista de atividades próximas (da próxima
semana ou quinzena) e direcionar esta lista às equipes que serão responsáveis pelas execuções
destas tarefas. Essa rotina tem uma janela de tempo a curto prazo.
11.1.5 Responsabilidades
Segundo Siqueira (2017), há quatro principais responsabilidades nesses ritos de planejamento e
replanejamento, que farão com que de fato funcione:
125
TEORIA DE PLANEJAMENTO
o Ajudar os parceiros a fornecer informações e acompanhar o status dos planos
semanais dos mesmos;
• Últimos planejadores (“last planners”) – fornecer informações para o planejamento,
gerenciar suas equipes que executam o plano e:
o Fazer parte das reuniões de planejamento, na etapa de Pull/Phase plan,
conforme necessário;
o Enviar o Look-Ahead plan a cada semana;
o Participar das reuniões de coordenação semanais – Weekly Work plan
coordination – e se comprometer às tarefas semanais;
o Participar dos Daily Check-ins em campo e fornecer um status preciso na
conclusão dos compromissos;
o Usar o processo de planejamento de projeto para trazer detalhes para o
próprio planejamento interno.
• Gerente de projeto – facilitar a remoção de obstáculos encontrados no projeto e:
o facilitar a remoção de obstáculos encontrados no projeto e:
o Gerenciar a comunicação com o (s) proprietário (s) do projeto;
o Fornecer os recursos necessários para os “últimos planejadores” (“last
planners”) executarem o plano.
126
TEORIA DE PLANEJAMENTO
11.2 Recapitulando o Roteiro de Planejamento
127
TEORIA DE PLANEJAMENTO
11.4 Etapas do acompanhamento
Segundo Mattos (2019), as etapas de acompanhamento são:
• Cuidado com os critérios de medições (pesos e etapas de serviços): precisam estar bem
definidos;
• Períodos de análise: medir sempre no último dia (ou o mais próximo possível) do
período;
• Confiabilidade das informações;
• Cuidado com o foco nas atividades caras: no final da obra, a obra precisa estar 100%
concluída e não apenas as atividades caras. Isso pode induzir ao erro, achando que a
obra está com bons percentuais de executado, mas com um grave problema de
terminalidade que irá comprometer o prazo final da obra.
• Definição da Data de Status: é em relação a ela que será julgado o que está atrasado ou
adiantado;
128
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Após o lançamento do progresso das tarefas, reprograma-se tudo o que falta ser feito
(não deixar nada previsto no passado);
• Ajusta-se o cronograma às condições reais de andamento da obra, como consequência,
algumas atividades são “empurradas” para a frente (as que ficaram atrasadas) e outras
“puxadas” (as que podem ser realizadas antes do previsto);
A Projeção é a instância de informação que a partir da data de status (linha tracejada na vertical),
tem-se:
• A tarefa p1 – Piso Cerâmico – Piso apto: Tem 100% realizados, portanto tem datas de Início
Proj e Término Proj iguais à Início real e Término real, respectivamente;
129
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• A tarefa p2 – Piso Cerâmico – Piso apto: Tem 30% realizados, portanto tem data de Início
Proj igual à Início real. Término real está vazio, pois a atividade não chegou aos 100%
ainda;
• A tarefa p3 – Piso Cerâmico – Piso apto: Tem 0% realizado, portanto tem as datas de Início
real e Término real vazias, pois a atividade não iniciou;
• As datas de Início LB e Término LB (Linha de Base) são outras datas, nota-se que o
cronograma foi replanejado.
130
TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Resumo
Importante: caso as manipulações de datas sejam feitas diretamente nas colunas de Início e
Término, a tarefa passa a ter restrição, o que poderá afetar o replanejamento, pois as datas
passam a ficar fixas e não serão mais atualizadas automaticamente.
134
TEORIA DE PLANEJAMENTO
135
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Abaixo, as colunas de Duração no Project.
• Compressão (Crashing):
o Recrutar mais mão de obra;
o Inclusão de recursos adicionais;
o Horas extras;
o Pagamento para a aceleração da entrega das atividades no caminho crítico;
o Ponto de atenção: troca-se Prazo por Custo.
• Paralelismo (Fasttrack):
o Atividades que normalmente são executadas em sequência, passam a ser
executadas em paralelo; Ponto de atenção: troca-se Prazo por Risco
(Retrabalho).
136
TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
140
TEORIA DE PLANEJAMENTO
11.4.3.6 IDP e IDC no Project
Pensando nas equipes executoras das atividades, entregar um cronograma extenso e cheio de
linhas não é produtivo. É interessante filtrar no cronograma as tarefas que estão para começar
em um curto espaço de tempo e orientar as equipes. Além disso, quando se quebra essas metas
em menores partes é possível fazer uma associação de responsabilidades muito mais efetiva.
141
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Assim, chama-se de Programação ou Programação de Serviços esta etapa. A previsão das
atividades filtradas deve ser a mais precisa possível, é algo programado! É fundamental que nas
ordens contenham: o que, quem, quando, onde e quantidade.
Esse menor detalhe também irá facilitar as apurações de percentuais executados das tarefas.
Supondo o exemplo abaixo sendo o primeiro mês de obra novembro e que novembro é o mês
analisado:
𝑇𝑎𝑟𝑒𝑓𝑎𝑠 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎𝑠 2
PPI= = = 66%
𝑇𝑎𝑟𝑒𝑓𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝐼𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑃𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜 3
142
TEORIA DE PLANEJAMENTO
𝑇𝑎𝑟𝑒𝑓𝑎𝑠 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢í𝑑𝑎𝑠 1
PPC = = = 33%
𝑇𝑎𝑟𝑒𝑓𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑇é𝑟𝑚𝑖𝑛𝑜 𝑃𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜 3
12 PORTFÓLIO
Portfólio de projetos ou carteira de projetos é o conjunto de todos os projetos, programas e
operações da empresa que são gerenciados em conjunto visando o direcionamento de esforços
para se atingir as metas estratégicas da empresa.
143
TEORIA DE PLANEJAMENTO
c) Otimização dos recursos da empresa;
d) Alinhamento com o planejamento estratégico da empresa;
e) Melhor comunicação das prioridades dos projetos dentro da organização;
f) Melhor seleção de projetos.
144
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Figura 137 Inovação, Projetos e Portfólio: Integração para Resultados Promissores - José Ignácio Jaeger Neto e
Fernanda Schmidt Bocoli (2020)
O primeiro passo do processo é determinar quais critérios serão utilizados para categorizar os
projetos. É importante dosar a quantidade de critérios utilizados na seleção de projetos
definindo os mais relevantes em relação a estratégia da organização.
145
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Risco: Avalia os riscos associados com a execução de cada projeto, se a organização está
disposta a assumi-los e se tem capacidade para implementar ações preventivas ou de
mitigação aos riscos.
• Conhecimento Técnico: Leva em consideração quais projetos podem ser desenvolvidos
com o conhecimento e experiência internos.
• Dependência de terceiros: Avalia se a organização possui competência e capacidade
para executar o projeto ou se necessita terceirizar algum serviço ou processo.
Nos casos em que o critério utilizado for objetivo e quantitativo, como avaliação econômico-
financeira, a priorização dos projetos é mais fácil. No entanto, para a maioria dos critérios a
avaliação tende a ser subjetiva e nesses casos sugere-se o uso da avaliação qualitativa, que pode
ser realizada através da utilização de escalas padronizadas com pesos de três ou cinco pontos a
fim de facilitar a próxima etapa: o ranking de projetos.
Peso 1 2 3 4 5
146
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Projeto 1 1 5 1 7 4º
Projeto 2 2 1 2 5 3º
Projeto 3 3 2 4 9 2º
Projeto 4 4 3 3 10 1º
De modo geral os projetos devem ser priorizados de acordo com sua importância e contribuição
para a estratégia da organização, tanto os que estão sendo avaliados como aqueles que estão
em andamento. A avaliação do portfólio de uma organização é um processo dinâmico e a
prioridade de cada projeto pode mudar a cada nova avaliação, de modo que reflita as mudanças
no ambiente.
13 RISCOS DO CRONOGRAMA
De modo geral há uma tendência a se associar a palavra risco a eventos negativos ou a coisas
que podem dar errado. No entanto, no contexto de projetos o termo está relacionado tanto a
ameaças quanto a oportunidades.
Conforme definição do PMI (2020), “risco é um evento ou condição incerta que se ocorrer pode
causar um efeito positivo ou negativo nos objetivos do projeto”.
Os riscos estão ligados diretamente a restrições do projeto. Se um projeto não tivesse nenhuma
restrição, como escopo, prazo, orçamento e qualidade, não haveria risco algum associado. No
entanto, estas restrições existem e estão interrelacionadas impactando umas às outras, por
exemplo, o estouro de custo de um projeto devido ao atraso na sua conclusão, uma vez que
toda estrutura demanda gastos com custos fixos para sua manutenção.
Os riscos podem ser considerados também como incertezas mensuráveis do projeto e são
derivadas da impossibilidade de se contar com todas as informações necessárias para avaliar o
147
TEORIA DE PLANEJAMENTO
projeto, seja pelo fato de não ser possível coletá-las, seja pelo fato de o futuro por natureza ser
incerto. A incerteza pode ser atribuída a diversas causas além da falta de informações: excesso
de informações, informações de veracidade duvidosa, fontes sem credibilidade, dados
contraditórios, entre outros fatores.
Logo, os riscos são a medida da incerteza dos eventos que podem ocorrer e causar algum
impacto sobre os resultados do projeto e são mensurados em função da sua probabilidade de
ocorrência.
• Evento: ocorrência que pode afetar o projeto para melhor ou para pior;
• Probabilidade: chance de o evento ocorrer;
• Impacto: causa da incidência do evento de risco.
Existem diversos tipos de riscos que podem afetar um projeto e para uma correta análise é
adequada uma avaliação prévia das fontes de riscos.
Riscos internos são aqueles inerentes ao projeto e, nesses casos, a organização pode exercer
maior controle. Os riscos internos estão relacionados à parte técnica, ao gerenciamento ou à
organização. Este tipo de risco é facilmente identificável podendo haver um plano de
contingência para o caso da sua ocorrência. São alguns exemplos:
Riscos externos são aqueles sobre os quais a organização tem pouco ou nenhum controle sobre
sua ocorrência por serem difíceis de identificar e de controlar. São exemplos de riscos externos:
a legislação de um país, mudanças sociais, problemas trabalhistas, política econômica, política
ambiental, entre outros.
148
TEORIA DE PLANEJAMENTO
13.1 Gerenciando os riscos
O gerenciamento de riscos é um processo composto basicamente pelas etapas de identificação,
análise (quantitativa e qualitativa), planejamento das ações corretivas, monitoramento e
controle dos riscos envolvidos. O objetivo deste processo é aumentar a probabilidade e o
impacto dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos no
projeto.
• Entrevistas;
• Brainstorming;
• Técnica Delphi;
• Análise Swot
• Análise causa-raiz (Diagrama espinha de peixe).
149
TEORIA DE PLANEJAMENTO
13.2.2.1 Entrevistas
Realização de entrevistas com pessoas chave, especialistas em determinado assunto ou
gerentes de projetos experientes. A escolha das pessoas certas é fundamental para o
levantamento de riscos corretos. Outro ponto importante é a elaboração prévia de um roteiro
para a entrevista, focado no projeto em questão. Além disso, o entrevistador não deve
influenciar a resposta do entrevistado o que levaria a identificação de riscos errados, fraca
qualidade das informações, falta de vontade do entrevistado em compartilhar a informação,
mudança de opinião e julgamentos conflitantes.
13.2.2.2 Brainstorming
O Brainstorming é uma técnica muito conhecida e simples. Seu objetivo principal é estimular os
participantes continuamente sem a preocupação de restringi-los ou criticá-los, esgotando todas
as possibilidades de geração de ideais.
150
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Os passos para a realização da técnica Delphi são:
151
TEORIA DE PLANEJAMENTO
SWOT
+ -
INTERNO S W
FORÇAS FRAQUEZAS
EXTERNO
O
OPORTUNIDADES
T
AMEAÇAS
Já as oportunidades e ameaças fazem parte do ambiente externo à organização sob o qual não
é possível exercer nenhum controle.
A construção do diagrama é simples, o problema em questão deve ser escrito na ponta da flecha
principal. As possíveis causas primárias do problema são descritas nas flechas secundárias do
diagrama, normalmente estão relacionadas a mão-de-obra, máquinas, matéria-prima, método,
meio ambiente e medida. Por último, nas flechas terciárias, são descritas de fato as causas dos
problemas.
152
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Após identificação dos riscos eles são classificados de acordo com o seu grau de impacto no
projeto. Normalmente é utilizada uma escala categórica ordinal ou quantitativa, como por
exemplo risco baixo, risco médio e risco alto. A organização ou integrantes de um projeto são
quem definem os critérios de avaliação e os pesos para o impacto e a probabilidade dos riscos
identificados.
Alto RISCO
Impacto
RISCO ALTO
RISCO MÉDIO
Médio BAIXO RISCO
RISCO ALTO
MÉDIO
Baixo RISCO NULO RISCO BAIXO
Baixa Média Alta
Probabilidade
Tabela 18 Matriz para avaliação de risco - os autores (2020)
Toda vez que um risco apresentar baixa probabilidade de ocorrência, independente do seu
impacto no projeto ele será classificado como risco baixo ou nulo, sendo dispensáveis ações
preventivas ou de contingência.
153
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Toda vez que um risco apresentar baixo impacto no projeto, independente da sua probabilidade
de ocorrência, ele será classificado como risco baixo ou nulo, sendo dispensáveis ações
preventivas ou de contingência.
Uma das maneiras de se calcular o grau de exposição a um risco é através da multiplicação dos
pesos definidos previamente para os parâmetros de probabilidade e impacto. Com esses dados
a organização pode definir a partir de qual peso seriam tomadas ações para mitigação do risco
encontrado.
IMPACTO
Probabilidade BAIXO (0,2) MÉDIO (0,4) ALTO (0,6)
Alta (0,6) 0,12 0,24 0,36
Média (0,4) 0,08 0,16 0,24
Baixa (0,2) 0,04 0,08 0,12
Tabela 19 Qualificação do nível do risco - os autores (2020)
154
TEORIA DE PLANEJAMENTO
13.4.1 Prevenção
Implica na mudança do curso do projeto para evitar que o risco ocorra. A escolha dessa
alternativa de resposta ao risco se dá em função da sua criticidade e se utilizada em excesso
pode levar o projeto a uma postura extremamente conservadora com pouca abertura para
novos métodos e novas tecnologias.
13.4.2 Transferência
Esta opção não anula a probabilidade de o risco ocorrer, no entanto o intuito é transferir a sua
gestão à outra parte. A terceirização de serviços e os seguros são exemplos de transferência de
risco.
13.4.3 Mitigação
Esta é a estratégia mais utilizada cujo objetivo é minimizar primeiramente a probabilidade de o
risco ocorrer e posteriormente diminuir o impacto causado. No caso de cronogramas muito
apertados, por exemplo, onde inúmeros riscos têm alta probabilidade de ocorrer e seus
impactos podem ser consideráveis, são cabíveis algumas medidas que minimizem essa
dificuldade ou que motivem a equipe a superá-las para atingir metas, tais como:
155
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Novos planos de respostas podem ser realizados sempre que um risco ocorrer ou quando
mudanças forem solicitas e o ponto mais importante é que o processo seja feito em tempo hábil
para a tomada de decisão para a implantação das respostas aos riscos.
Existem muitos fatores que levam à elaboração de um cronograma falho como falta de
conhecimento, deficiência na identificação dos requisitos, problemas na definição de escopo,
ausência de riscos, premissas e restrições. Na maioria dos casos, ao invés da ferramenta servir
para indicar a data de entrega do projeto, ocorre o contrário, a data de término, o escopo e a
equipe são impostos e as entregas devem ser realizadas de qualquer maneira.
A elaboração de um cronograma sob esses critérios leva a problemas como, falta de atividades,
estimativa de esforço irreal, datas irreais, estresse, falta de credibilidade e desmotivação da
equipe.
Uma pesquisa realizada pelo PMI sobre alguns problemas de planejamento pontuou as seis
principais causas de deficiências nos cronogramas, são elas:
• Desconsideração de recursos;
• Ausência de contingência de tempo;
• Estrutura de planejamento inadequada;
• Falta de utilização do cronograma como instrumento de trabalho diário;
• Relatórios inapropriados;
• Falta de interpretação das modificações do cronograma após atualização.
Os recursos são imprescindíveis para a determinação da duração das atividades, assim como
para a ação gerencial de mobilização de recursos humanos, materiais e equipamentos. A
156
TEORIA DE PLANEJAMENTO
quantidade de recursos pode definir a duração de uma atividade ou, se a duração da atividade
for fixa, ela define a quantidade de recurso para a realização da tarefa. Esta conta inversa leva
em consideração a produtividade esperada para o recurso, que é comumente determinada no
orçamento.
Uma medida de contingência para a incerteza na duração das atividades é manter uma reserva
de tempo no cronograma distribuída de acordo com pacotes de serviços. Este “pulmão” de
tempo não é consumido em todos os casos, mas serve como margem de manobra para absorver
possíveis atrasos na execução das tarefas.
157
TEORIA DE PLANEJAMENTO
e duração das atividades, atribuir responsáveis, detectar desvios e prever conflitos em tempo
hábil para a tomada de decisão.
São com informações de previsão de início e término das atividades que os gerentes podem
programar seus recursos e outras providências necessárias. A data estimada de conclusão do
projeto é um dos pontos de maior importância a se avaliar, assim como as causas dos atrasos
ou adiantamento das atividades.
14 COMUNICAÇÃO EM PROJETOS
A realização de projetos bem sucedidos está diretamente ligada à adequada comunicação entre
todas as partes interessadas. A comunicação é essencial para a definição do que será feito, por
quem, de que forma, em qual prazo e qual o resultado esperado.
158
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Figura 140 Modelo de comunicação, segundo Shannon e Weaver – Rabaça & Barbosa (1995)
Existem diversos meios pelos quais uma informação pode ser trocada, cada um deles com suas
vantagens e desvantagens. De forma geral os canais de comunicação podem ser:
159
TEORIA DE PLANEJAMENTO
É importante ressaltar que os meios de comunicação informais são menos enfatizados nos
processos de gerenciamento de projetos, porém muitas vezes seu uso pode contribuir de forma
decisiva para o sucesso do projeto.
Alguns facilitadores podem ser utilizados para se alcançar uma comunicação bem sucedida,
como:
• Empatia;
• Boa vontade;
• Escuta ativa (habilidade de ouvir);
• Disponibilidade;
• Clareza e objetividade;
• Credibilidade;
• Planejamento.
Por outro lado, existem fatores que podem comprometer a comunicação, são as chamadas
barreiras à comunicação. São barreiras à comunicação:
160
TEORIA DE PLANEJAMENTO
O objetivo da gestão da comunicação em um projeto é promover a integração dos envolvidos
(stakeholders) do projeto em quaisquer níveis, evitando a propagação de ideias e conceitos
equivocados a respeito das atividades e dos resultados do projeto, bem como firmar a
periodicidade em que um documento será enviado e recebido.
Interesse
ID Nome Cargo Contato Poder Posição Estratégia
no projeto
- Informar
continuamente.
Idealizador
1 João Diretor joao@xpto.com.br Alto Apoiador - Envolver nas
do projeto
decisões.
- Utilizar apoio
Sua - Manter o
atuação Oposição processo de
2 Maria Gerente maria@xpto.com.br Moderado
será moderada comunicação
alterada - Negociar
Tabela 21 Matriz de identificação de Stakeholders - os autores (2020)
O segundo passo é definir a informação que cada um deverá receber e a forma desejada para
leitura dos dados, o que poderá implicar em uma apresentação para alguns, um gráfico, uma
planilha, um relatório ou mesmo um simples texto de e-mail para outros. Certamente haverá
diferentes formatos e conteúdos e por isso é importantíssimo definir o que cada pessoa
161
TEORIA DE PLANEJAMENTO
identificada precisa saber, o que ela saber e o que você quer que ela saiba, visto que muitas
informações nem sempre serão questionadas, mas deverão ser informadas.
Por fim, define-se a forma de comunicação: uma apresentação, um relatório de status, um ofício
ou uma reunião. Cada qual com suas vantagens e desvantagens que devem ser cuidadosamente
avaliadas e alinhadas com o teor do que se está comunicando e com as pessoas para quem se
deseja comunicar.
Um dos principais resultados de todo este trabalho é sem dúvida a Matriz de Comunicação, uma
ferramenta que especifica quais documentos serão comunicados, para quais stakeholders, com
que frequência e por qual meio de comunicação.
162
TEORIA DE PLANEJAMENTO
i) Gerenciar as expectativas das partes interessadas: o processo de comunicação e
interação com as partes interessadas para atender às suas necessidades e solucionar as
questões à medida que ocorrem.
j) Reportar o desempenho: O processo de coleta e distribuição de informações sobre o
desempenho, incluindo relatórios de andamento, medições do progresso e previsões.
As iterações consistem em ciclos curtos que chamamos de sprints, onde o trabalho é dividido
em pequenas porções priorizadas em entregas frequentes, com valor e qualidade. Assim, o
negócio constantemente afere se estamos no caminho certo, um passo de cada vez,
postergando a decisão do restante para quando realmente for preciso.
163
TEORIA DE PLANEJAMENTO
15.2 Time Scrum
O Time Scrum é composto pelo Product Owner, o Time de Desenvolvimento e o Scrum Master.
Times Scrum são auto-organizáveis e multifuncionais.
Times auto-organizáveis escolhem qual a melhor forma para completarem seu trabalho, em vez
de serem dirigidos por outras pessoas de fora do Time.
164
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Produto, de acordo com a ordenação realizada pelo Product Owner, e movidos para o
Backlog da Sprint que está sendo criado.
• Incremento: O incremento é a soma de todos os itens do Backlog do Produto
completados durante a Sprint e o valor dos incrementos de todas as Sprints anteriores.
Como resultado dessa entrega, o incremento do produto deve ser potencialmente utilizável, de
forma que o Product Owner possa decidir por fazer uma entrega para os clientes do projeto ao
final da Sprint. Eventualmente, o Product Owner pode optar por acumular alguns incrementos
do produto para só então fazer uma entrega.
15.4 Eventos
Eventos prescritos são usados no Scrum para criar uma rotina e minimizar a necessidade de
reuniões não definidas. Todos os eventos são chamados de eventos time-boxed, de tal modo
que todo evento tem uma duração máxima. Uma vez que a Sprint começa, sua duração é fixada
e não pode ser reduzida ou aumentada. Os eventos restantes podem terminar sempre que o
propósito do evento é alcançado, garantindo que uma quantidade adequada de tempo seja
gasta sem permitir perdas no processo.
Além da Sprint, que é um container para outros eventos, cada evento no Scrum é uma
oportunidade de inspecionar e adaptar alguma coisa. Estes eventos são especificamente
projetados para permitir uma transparência e inspeção criteriosa. A não inclusão de qualquer
um deles resultará na redução da transparência e da perda de oportunidade para inspecionar e
adaptar.
165
TEORIA DE PLANEJAMENTO
• Reunião diária (Daily): São reuniões diárias que o grupo se compromete a participar. As
reuniões são feitas em pé e a ideia por trás disso é não desperdiçar tempo, então as
reuniões são curtas. No Daily Scrum é muito comum que o tema abordado seja o
andamento e colaboração de cada participante no projeto;
• Revisão da Sprint (Sprint Review): Toda Sprint se encerra com a Revisão da Sprint, onde
o Time de Desenvolvimento demonstra o incremento de produto potencialmente
utilizável. Ao final de cada Sprint, uma Revisão da Sprint é realizada. Durante esta
reunião, o Time de Desenvolvimento apresenta o que foi realizado durante a Sprint.
Tipicamente, esta apresentação é feita na forma de uma demonstração das novas
funcionalidades. O projeto é avaliado baseado na Meta da Sprint, determinado durante
a Reunião de Planejamento da Sprint. O ideal é que a equipe tenha concluído todos os
itens do Backlog do Produto alocados para a Sprint, mas é mais importante que eles
alcancem a Meta da Sprint.
• Retrospectiva da Sprint (Sprint Retrospective): Ocorrendo após a revisão da sprint, o
time se reúne o Time de Desenvolvimento se reúne para a Retrospectiva da Sprint.
Retrospectiva da Sprint é o mecanismo principal para a visibilidade que o Scrum
proporciona a áreas que potencialmente necessitam de melhorias, transformando-as
em resultados. É uma oportunidade para o Time Scrum inspecionar a si próprio e criar
um plano para melhorias a serem aplicadas na próxima Sprint.
O Time Scrum inspeciona a Sprint que está se encerrando quanto a seus processos de trabalho,
dinâmicas, pessoas, relacionamentos, comportamentos, práticas, ferramentas utilizadas e
ambiente, e planeja as melhorias necessárias. É discutido o que está dando certo e o que não
está e planejam-se ações para mudança. Uma abordagem adotada é que todo o time se reúna
e discuta o que ele gostaria de:
• Começar a fazer.
• Parar de fazer.
• Continuar fazendo.
166
TEORIA DE PLANEJAMENTO
16 DICAS FINAIS
167
TEORIA DE PLANEJAMENTO
168
TEORIA DE PLANEJAMENTO
Caso não esteja localizando o treinamento, entre em contato com a Educação Corporativa da
MRV que é responsável pelo Desenvolver.
Link: https://mrv.csod.com/ui/lms-learning-details/app/curriculum/95b0dee1-17fa-4831-
b576-ea4a6684ad32
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
17 PALESTRANTES
Engenheira Civil (Fumec) e pós graduada em Processos BIM (FUMEC). Isadora tem 1 ano de
experiência em Planejamento Financeiro, 2 anos em obra e 2 anos em Planejamento e Controle
na MRV. Desde abril/19 atua como Analista BIM no núcleo BIM da MRV.
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Maria Gabriela Guimarães
Engenheira Civil (UFMG) e tem MBA em Gestão de Negócios (IBMEC). Trabalhou em obras por
4 anos. Na MRV trabalhou por 7 anos na área de Custos, onde foi Coordenadora. Hoje é
Coordenadora do Planejamento e Controle Estratégico de Obras Central e Product Manager dos
Squads de Planejamento e Obras na MRV. Tem formação complementar em Lean Construction
(Climb).
Engenheiro Civil (Newton Paiva), Pablo tem 2 anos de experiências na área de Suprimentos, 1
ano no setor CEI e hoje atua no Planejamento e Controle Estratégico de Obras Central e Squad
de Data & Analitics da MRV.
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
Realização
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TEORIA DE PLANEJAMENTO
18 REFERÊNCIAS
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