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Introdução

Este presente trabalho de abordagem de Analise de Balanço, tem como principal tema Rácio,
onde vamos tratar sobre o assuntos relacionado ao mesmo, contexto de achar as suas
informações, dizer que Rácio são relações entre as contas das demonstrações financeiras,
Balanço e Demonstração de Resultados, para quantificar factos, detectar anomalias, e fazer
comparações no tempo. Rácios são uma razão ou quociente entre duas grandezas tendo como
pontos fundamentais a tratar, a sua definição, tipos, entre eles destacados rácios financeiros;
económicos; económico-financeiros; técnicos e de funcionamento), seus objectivos, e por fim as
vantagens e desvantagens dos mesmo foram desenvolvidos.

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1. Deificação de rácios:

Os Rácios ou Indicador – É uma das técnicas mas utilizadas em análise financeira. Estabelecem
relações entre as contas das demonstrações financeiras, Balanço e Demonstração de Resultados,
para quantificar factos, detectar anomalias, e fazer comparações no tempo. Rácios são uma razão
ou quociente entre duas grandezas e permitem:

 Permitem quantificar factos ou características da empresa;


 Apontar indícios ou detectar anomalias;
 Fazer comparações no tempo e no espaço.

Existem inúmeros rácios que podem ser aplicados às empresas, no entanto os mais usuais são os
rácios económicos e os rácios financeiros, de grande utilidade no controlo de gestão, na
quantificação e estimativas de riscos nos negócios, na concessão e análise de créditos. Os rácios
permitem analisar a evolução e o desempenho financeiro de uma empresa em diferentes
perspectivas, desta forma deverão existir alguns cuidados, tais como:

 Deverão sempre ser analisados em conjunto com outros rácios e rubricas;


 Ter em conta o tipo de empresa e o sector de actividade da empresa em análise.

1.2 Usos dos rácios:

Os rácios são usados desta forma seguinte:

 Estabelecer o nível de valorização de uma empresa;


 Comparar esse nível ao de empresas no mesmo sector;
 Comparar esse nível a empresas de sectores diferentes;
 Comparar o nível de avaliação de sectores;
 Comparar o nível de avaliação de mercados;
 Comparar o nível de avaliação de produtos financeiros diferentes;
 Comparar a evolução de uma mesma empresa em períodos de tempo diferentes.
Deste modo, a utilização do rácio só terá sentido se os elementos contabilísticos disponíveis permitirem
o seu cálculo em períodos sucessivos de actividades da empresa que é feito normalmente em três e
cinco anos, tendo a utilizar sempre os mesmos critérios, pode ser na preparação e correcção de contas
ou no respectivo conteúdo e critérios valorimétricos.

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2. Tipos de Rácios:

Os rácios classificam – se em vários tipos que são:

 Rácios Económicos;
 Rácios Económicos – Financeiros;
 Rácios Técnicos;
 Rácios de Funcionamentos.

2.1 Rácios Económicos - pretendem analisar acontecimentos do foro económico, estrutural e sua
evolução no tempo. São os anteriores, são também calculadas a partir de cifras da contabilidade,
mas alguns deles baseiam-se mais particularmente nas estatísticas de produção e de venda. Com
estes rácios procura apreciar-se especialmente a situação económica, a estrutura patrimonial e a
marcha da empresa formação do lucro, andamento dos custos e proveitos auto – financiamento,
etc.

Os Rácios Económicos classificam – se em:

a) Rendibilidade das vendas - Esta relação entre o resultado líquido e as vendas do período
em análise, mostra-nos o lucro obtido por cada unidade monetária vendida. Interessa
também comparar o resultado obtido com os capitais investidos que lhes deu origem.
 Formula:
Resultado Liquido
Rendibilidade das Vendas =
Vendas

b) Rendibilidade dos Capitais Próprios - Este rácio permite ao investidor concluir se a


rendibilidade do capital investido está ao nível expectável do investidor e comparar com
as alternativas existentes no mercado.
 Formula:
Resultado Liquido
Rendibilidade dos Capitais Próprios =
Capitais Proprios

c) Prazo Médio de Recebimentos - Esta relação mostra-nos o tempo médio necessário para
receber dos clientes. Este indicador deverá ser inferior ao prazo médio de pagamentos
para equilíbrio da tesouraria.
 Formula:

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Saldo Clientes
Prazo Médio de Recebimentos = × 365 dias
Total de Vendas c / IVA

d) Prazo Médio de Pagamentos - Esta relação mostra-nos o tempo médio utilizado pela
empresa para pagar aos seus fornecedores. Um valor baixo deste indicador pode querer
dizer que a empresa tem fraco poder negocial perante os fornecedores.
 Formula:
Saldo Fornecedores
Prazo Médio de Pagamentos = × 365 dias
Total de Compra

e) Prazo Médio de Stocks - É um rácio que mostra o tempo médio de stock dos produtos,
quanto menor é este indicador maior é a rotatividade do stock, e deverá ser um objectivo
de gestão a redução de permanência de stocks, tempo é dinheiro.
 Formula:
Existencias
Prazo Médio de Stocks = × 365 dias
CMVMC . Custo das Vendas

2.2 Rácios económico-financeiros - consistem fundamentalmente no estabelecimento de uma


série de relações entre diferentes rubricas das demonstrações financeiras. Ao estabelecer a
relação entre diferentes rubricas, os rácios fornecem informação bastante mais expressiva
do que a que se obteria considerando essas rubricas em valor absoluto. Permitem apreender
os aspectos económico-financeiros, como sejam, a rendibilidade dos capitais, as rotações
dos elementos do activo, etc.

2.2.1 Principais rácios Financeiros:

a) Liquidez geral ou Liquidez corrente - expressa a capacidade da empresa satisfazer as


suas obrigações a curto prazo com os activos circulantes. Um valor superior a 1, significa
que a empresa pode utilizar activos líquidos para pagar as dívidas a curto prazo. Um valor
inferior a 1, significa que a empresa tem dificuldades de tesouraria para o pagamento das
obrigações.
 Formula:

Activo Circulante
Liquidez Geral=
Dividas de CP (Passivo corrente)

b) Índice de Liquidez Seca: - Elimina o risco associado à incerteza da venda de stocks.

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 Formula:

Activo Circulante-Stocks
Liquidez Seca=
Dividas de CP (Passivo corrente )

c) Solvabilidade total - expressa a capacidade da empresa para satisfazer os compromissos


com terceiros, à medida que se vão vencendo. Um valor superior a 1, significa que o
valor do património é suficiente para cobrir todas as dívidas da empresa. Um valor
inferior a 1, significa que a empresa está impossibilitada de satisfazer todos os seus
compromissos com meios próprios.
 Formula:
Capital Proprio
Solvabilidade Total =
Passivo Total

d) Autonomia financeira - expressa a participação do capital próprio no financiamento da


empresa. Um valor inferior a 1/3, significa uma excessiva dependência de capitais
alheios. Um valor maior ou igual a 1/3, representa um bom grau de autonomia financeira.
 Formula:

Capital Proprio
Autonomia Financeira=
Activo Liquido
e) Dependência financeira ou endividamento geral - expressa a participação dos capitais
alheios no financiamento da empresa, ou seja, o nível de endividamento. Rácio de
autonomia + Rácio de dependência = 1
 Formula:

Passivo
Dependencia Financeira=
Activo Total

f) Indice de Cobertura de Juros - mede a capacidade de efectuar os pagamentos de juros


previstos em contrato.
 Formula:

Juros Antes de Juros e Imposto de Renda


Indece de Cobertura de Juros=
Juros

g) Liquidez Reduzida - expressa a capacidade da empresa satisfazer as suas dívidas a curto


prazo com os activos circulantes, sem contar com as existências. Consideram-se bons os
Valores entre 0,9 e 1,1. Se houver uma diferença muito grande entre a liquidez geral e a
liquidez reduzida, significa que existem stocks “mortos”, com elevados custos para a
empresa.

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 Formula:
Activo Circulante−Existencias
Liquidez Reduzida =
Dividas aTerceiros CP

h) Liquidez imediata - expressa a capacidade da empresa satisfazer as suas dívidas a curto


prazo, apenas com as disponibilidades. Um valor superior a 0,9 poderá ser demasiado
elevado e significar uma má aplicação dos fundos de tesouraria.
 Formula:
Disponibilidades
Liquidez Imediata =
Dividas aTerceiros CP

i) Rácio de Endividamento - É um rácio muito utilizado para a análise de crédito e no


Crédito Consolidado, pois compara o nível de dívida que a empresa contraiu para
financiamento da sua actividade, ou nos casos de particulares o valor de dívida com os
rendimentos obtidos. Um rácio demasiado alto pode inviabilizar pedidos de
financiamento bancário ou Consolidação de Créditos, uma vez que o risco é maior.
 Formula:

2.2.2 Principais rácios Económicos:

a) Rendibilidade do capital próprio ou Retorno do Capital Próprio (ROE) - relaciona o


lucro obtido num determinado exercício com o capital próprio da empresa. Permite ao
accionista avaliar a taxa de retorno do capital que investiu, podendo compará-la com
outras remunerações oferecidas no mercado de capitais.
 Formula:
Resultado Liquido
Rendibilidade de Capital Próprio =
Capital Proprio

b) Rendibilidade do activo total ou Retorno do Activo Total (ROA) - relaciona o lucro


obtido num determinado exercício com o activo total da empresa. Mostra o lucro obtido
pela empresa por cada unidade monetária investida, ou seja, a rendibilidade do
investimento realizado.
 Formula:
Resultado Liquido
Rendibilidade do Activo Total =
Activo Liquido

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c) Rendibilidade das vendas - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o
valor das vendas da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade
monetária de vendas.
 Formula:
Resultado Liquido
Rendibilidade das vendas =
Vendas

d) Rotação do activo total - relaciona o valor das vendas com o activo total da empresa.
Mede o grau de eficácia na utilização dos activos.
 Formula:

Vendas
Rotacao do Activo Total =
Activo Total

e) Margem de lucro Bruto:


 Formula:

Vendas-Custo dos Produtos vendidos


Margem de Lucro bruto= =Lucrobruto /Vendas
Vendas

f) Margem de Lucro Operacional:


 Formula:

Lucro operacional
Margem de Lucro Operacional =
Vendas

g) Margem de Lucro Liquido:


 Formula:

Lucro disponivel aos accionistas ordinarios


Margem de Lucro Liquido=
Vendas

h) Lucro por Acção:


 Formula:

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Lucro disponivel aos accionistas ordinarios
Lucro por Accao ( LPA)=
Nr de Accoes Ordinarias

2.3 Rácios Técnicos - Respeitam geralmente á produção ou às actividades especificamente


tecnológicas da empresa e os seus termos expressam-se frequentemente em quantidades físicas.
Baseiam-se em estatísticas da produção, do rendimento e utilização das máquinas, de
produtividade da mão – de – obra, etc. É nestes rácios que assenta predominantemente o exame
das produtividades _ dos equipamentos, da mão – de – obra, etc. – Expressas em unidades – tipo
horas de máquinas, horas de trabalho de operários, rendimento de matérias, etc.

Os rácios técnicos classificam – se em:

a) Rácios efectivos: são extraídos directamente do balanço, das contas de exploração ou das
estatísticas da produção, das vendas, dos rendimentos, etc., de determinada empresa em
particular.
b) Rácios orçamentais: Os respeitantes a dados extraídos de orçamentos.
c) Rácios médios ou básicos: Os representativos de uma empresa «média» do ramo em
observação. São obtidos através de médias estatísticas simples baseadas em dados de
muitas empresas ou, de preferência, de médias combinadas de forma a eliminarem-se
defeitos de valores erráticos.

2.3 Rácios de Funcionamentos – É aquele que explicam os impactos financeiros da gestão ao


nível do ciclo de exploração. São os rácios dos prazos médios de recebimento e de
pagamento, de duração média de existências, etc.
Os rácios de funcionamento classificam – se em:

a) Prazo médio de pagamento, ou idade média das contas a pagar, é calculado da mesma
maneira que o prazo médio de recebimento.
 Formula:

Contas a pagar
Prazo Medio de pagamento= = Contas a pagar:(conpras a pagar/360)
Compras Diarias Medias
b) Prazo médio de recebimentos – É Uma forma simples de calcular o tempo médio de
recebimentos (medido em dias ou meses), consiste em dividir o valor que os clientes
devem à empresa num determinado momento pelo valor das vendas anuais.
 Formula:

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Clientes
Prazo Medio de Recebimento= X365
Vendas

3. Vantagens e Desvantagens de rácios

3.1 Quanto a sua vantagem de Rácios:

 Os rácios são um meio ou um instrumento importante no estudo dos problemas da gestão


das empresas. Evidenciam, de um modo sistemático e por vezes expressivo, quer a
situação quer a actividade _ seus custos, proveitos e resultados – em termos monetários
ou não ou seja a elaboração do diagnóstico financeiro de uma empresa baseia-se no
triângulo da liquidez, estrutura financeira e rentabilidade que tem subjacente os rácios.
 Permite a formulação de comparações muito úteis só controlo da gestão, sob diversos
aspectos. Assim, comparando rácios reais de uma empresa obtidos em períodos
sucessivos, podem apreciar-se as evoluções verificadas e as suas tendências.
 A possibilidade de comparação entre rácios orçamentais e rácios reais favorece o
cumprimento dos programas, permite a atribuição de responsabilidade e dá indicações
úteis á gestão futura. Contribui para uma maior eficiência dos serviços.

3.2 Quanto à sua desvantagem de Rácios podemos resumi-las em:

 Se tiver havido incorrecções ao nível dos Balanços, Demonstrações de Resultados e


Anexos, os rácios reflectirão essas incorrecções.
 Em relação a determinados fenómenos, os relatórios financeiros podem não ser a base de
dados mais adequada para a sua análise.
 As empresas podem realizar actividades em vários segmentos de negócios. Cada empresa
tem uma classificação das actividades económicas que corresponde à área de negócio
mais importante, se as conclusões disserem respeito a um só segmento e não à actividade
global da empresa, os resultados dos rácios podem ser enviesados.
 As políticas de provisões e de amortizações adoptadas pelas empresas podem ser
diferentes e conduzir a distorções ao nível dos rácios.

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 Um grupo económico pode seguir uma política de transferência de preços entre empresas
no seio do grupo, motivada por interesses de optimização fiscal. Esses preços podem não
corresponder aos custos obtidos através da Contabilidade Analítica, conduzindo a que
numa empresa os resultados sejam superiores e que noutra sejam.
 Inferiores aos que de facto se verificariam se o critério fosse somente o dos preços de
mercado, sem que houvesse outras motivações.
 Os rácios financeiros são apenas um instrumento de análise que pode e deve ser
complementada por outros; tratam apenas dados quantitativos, não tendo em
consideração factores qualitativos como a ética, motivação, etc.
 Podem construir-se inúmeros rácios, mas a sua utilização vai depender sobretudo dos
objectivos de análise: qual a natureza dos fenómenos que se pretende medir ou revelar,
quais as fontes de informação que se vão utilizar, etc.

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Conclusão

De este modo conclui que este presente trabalho de investigação de Analise de Balanço, podemos
denotar ou perceber de uma forma clara e geral que o Rácio, é muito importante nas empresas porque
analisa as operações ou apreciação da sua situação económica e financeira, pois, permite salientar
correlações importantes existentes entre os dados conta bis e que nem sempre são entendidos através
de consulta dos respectivos valores absolutos. Os rácios são assim, um valioso instrumento de apoio
para resumir ou minimizar os dados e avaliar o desempenho económico-financeiro das empresas.

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Bibliografia

Contabilidade Geral e Financeira – rácios económico-financeiros, IRIS-IRC-SOC.OM-iva


NEVES, Carvalho João. Www. Análise Financeiras/rácios.
http:// www. Gestãofinanceira.blogspot.introdução
SILVA, Helder Viegas ET all – www.Análise Financeira.co.mz/ BlogSpot/ rácios

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