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Os Rácios de Gestão de Empresas oferecem ao empresário, ou outros interessados,

informações sobre o desempenho e evolução dos seus negócios. Estes indicadores


estabelecem relações entre as contas das demonstrações financeiras, Balanço e Demonstração
de Resultados para quantificar factos, detetar anomalias e fazer comparações no tempo.

Existem inúmeros rácios que podem ser aplicados às empresas, porém os mais usuais são os
Rácios Económicos e os Rácios Financeiros.

Rácios Financeiros

Rácio de Compara o nível de dívida que a empresa Capitais Alheios / Capitais


Endividamento contraiu para financiamento da sua atividade, ou Totais
nos casos de particulares, o valor de dívida com
os rendimentos obtidos.

Rácio de É uma estimativa do tempo necessário para a Dívida Total em


Recuperação de empresa poder pagar as suas dívidas. Empréstimos /
Dívida Autofinanciamento

Rácio de Liquidez  É utilizado na concessão de Créditos de Curto Ativo Circulante / Passivo


Prazo. Circulante

Rácio de Apresenta a capacidade da empresa em solver as Capital Próprio / Passivo


Solvabilidade suas dívidas. Total

Rácio de Expressa a participação do Capital Próprio no Capital Próprio / Ativo


Autonomia financiamento da empresa. Total
Financeira

Rácios Económicos

Rentabilidade das Mostra-nos o lucro obtido por cada unidade Resultado Líquido /
Vendas monetária vendida. Vendas (do período
em análise)

Rentabilidade dos Permite ao investidor concluir se a Resultado Líquido /


Capitais Próprios rentabilidade do capital investido está ao nível Capitais Próprios
expectável, e comparar o rácio com as
alternativas no mercado.

Prazo Médio de Mostra-nos o tempo médio necessário para Saldo Clientes / Total
Recebimentos receber dos clientes. Vendas c/IVA
x 365

Prazo Médio de Mostra-nos o tempo médio utilizado pela Saldo Fornecedores /


Pagamentos empresa para pagar aos seus fornecedores. Total Vendas c/IVA

x 365

Prazo Médio de Mostra-nos o tempo médio de stockagem dos Existências / CMVMC –


Stocks produtos. Custo Vendas

x 365

Rácios de Análise Financeira


A análise de rácios de Análise Financeira permite entender a evolução de uma empresa em
determinados contextos, mas não retirar conclusões sobre o seu desempenho. A tomada de
decisões deve ter por base a análise e interpretação dos indicadores económico-financeiros,
observados ao longo do tempo, e tendo por comparação a análise setorial e dos concorrentes,
apoiadas na leitura das demonstrações financeiras.

Assim, os indicadores que iremos apresentar são os principais que poderão ser úteis na
interpretação e compreensão da análise financeira de uma empresa. Nomeadamente, os
indicadores que se relacionam com a estrutura financeira, liquidez, rentabilidade,
funcionamento e risco.

Estrutura Financeira

Autonomia Reflete a solidez financeira e a capacidade das empresas Capital Próprio /


Financeira para cumprirem as suas obrigações não correntes. Ativo

x 100

Solvabilidade Permite avaliar a capacidade de uma empresa garantir Capital Próprio /


geral liquidação do seu passivo com recurso aos seus capitais Capital Alheio
próprios.

Liquidez

Liquidez Evidencia em que medida as obrigações de curto prazo Ativo CirculantePassivo


Geral estão cobertas pelos ativos que podem ser convertidos Circulante
em “liquidez” no prazo de um ano.

Liquidez Tem a mesma finalidade da anterior, mas exclui do Ativo Circulante –


Reduzida numerador dos ativos correntes menos líquidos. Inventário / Passivo
Circulante

Liquidez É utilizada para conhecer a capacidade de a empresa Meios Financeiros / Passivo


Imediata cumprir com as suas obrigações no curto prazo, apenas Circulante
com os seus meios financeiros.

Rentabilidade

Rentabilidade das Reflete a rentabilidade da empresa após terem sido Resultado de


vendas considerados os gastos de exploração. Indica quanto é Exploração /
que cada venda contribui para a obtenção do resultado Volume de
do exercício. Negócios

Margem EBITDA Tem sido considerada de interesse para se ter uma EBITDA / Volume
perspetiva de rentabilidade da empresa sem afetação de Negócios
dos financiamentos, das amortizações e provisões e
impostos sobre lucros.

Rentabilidade do Representa a remuneração do capital investido pelos Resultado Líquido /


Capital Próprio retentores de capital. Capital Próprio

Funcionamento

Prazo Médio de Mede a celeridade (em dias) com que a empresa Fornecedores /
Pagamentos costuma pagar as suas dívidas aos fornecedores. Compras + FSE

x 365

Prazo Médio de Traduz a rapidez com que a empresa recebe dos Clientes / Volume
Recebimentos seus clientes. de Negócios

x 365

Prazo Médio de Rotação Traduz o tempo que os inventários estão em Inventários /


dos Inventários armazém. CMVMC x 365

Risco

Ponto Crítico Corresponde ao nível de atividade em que a empresa Gastos Fixos / (1 –


não tem lucro nem prejuízo operacional. Gastos Variáveis /
Volume de Negócios)
Margem de Traduz o nível de segurança com que a empresa Volume de Negócios /
Segurança trabalha. Ponto Crítico – 1

GAF Define-se como variação percentual que ocorre nos EBIT / Resultado Antes
resultados antes de impostos decorrentes de uma de Impostos
variação percentual nos resultados operacionais.

7 métricas financeiras indispensáveis


para a sua empresa
Vamos mostrar quais são as métricas financeiras mais importantes,
independentemente do ramo da sua empresa. Recomendamos que fique
atento a elas, mas não se esqueça de analisar e implementar outros
indicadores mais específicos para a sua empresa e para o seu ramo de
atividade que poderão ajudar a sua análise.

1. Fluxo de caixa
O fluxo de caixa controla todo o dinheiro que entra e sai da empresa. Por
esse motivo é a métrica mais importante, uma vez que mostra a real
saúde financeira da empresa.

Analisá-la com frequência é importantíssimo para que o gestor consiga


ter noção dos gastos e receitas, equilibrando os dois recursos e tomando
as decisões necessárias para manter a empresa com as contas em dia.

2. Receita bruta e receita líquida


A primeira (Receita Bruta) corresponde à faturação total, enquanto a
segunda (Receita Liquida) deduz os custos para que o resultado final seja
atingido. Ou seja, ambas são métricas indispensáveis para um panorama
financeiro geral.

3. Custo fixo e variável


Trata-se das despesas previstas dentro da operação, seja com valor fixo
ou variável. Torna-se cada vez mais importante mapeá-las, dando assim
uma maior previsibilidade na sua gestão.
4. Custo de aquisição por cliente
Mede o valor investido em marketing e vendas para adquirir um novo
cliente. Assim é possível entender se o custo é justo quando comparado à
receita que esse consumidor traz para o caixa.

5. Months of cash left


Todos os negócios passam por incertezas, e a métrica months of cash
left visa prepará-los justamente para isso. Esse rácio mostra quantos
meses de operação saudável a empresa ainda tem, o que facilita a
elaboração de um forecast de previsibilidade.
6. Lucratividade
Este indicador é dado pela divisão entre o lucro líquido e a receita bruta,
mostrando assim o quão saudável é o lucro da empresa como um todo.

7. Despesas por centro de custo


Os centros de custos ajudam a entender, detalhadamente, tudo o que é
gasto em cada setor dentro da empresa, permitindo assim uma análise
financeira mais profunda.

Aumente o controle financeiro na sua empresa


Ao definir métricas financeiras, ficará mais fácil para você e sua equipa
controlarem as despesas corporativas.

Isso serve tanto para despesas internas como materiais, infraestrutura e


contas, mas também para despesas de viagens de negócios, por exemplo.

Estes indicadores são um bom exemplo do que deve monitorizar na sua


empresa. A implementação de um bom sistema de contabilidade de
gestão é fundamental e cada vez mais necessário. Não deve descartar a
hipótese de implementar um sistema de controlo de gestão, que o irá
ajudar a controlar melhor o seu negócio. Infelizmente, é algo que as
PME’s se esquecem com muita facilidade, utilizando uma gestão um
pouco mais “doméstica”.

Se precisar de ajuda na implementação de um sistema de contabilidade


de gestão para a sua empresa, a nossa equipa pode ajudar. Prestamos
consultoria na implementação deste tipo de sistema contabilístico, pois as
PME têm muito a ganhar com o acesso a este tipo de recurso.
Na maioria das pequenas empresas não é necessário um sistema de
gestão muito avançado, é suficiente uma folha de Excel ou um dashboard
em Power BI (nos casos em que a quantidade de dados a analisar é
maior), por exemplo.

13 KPIs para gestores financeiros


 
Os KPIs ajudam a organizar estratégias e a planear novas metas para alcançar um
melhor resultado. Existem vários tipos de KPIs, dirigidos a várias áreas de negócio. O
mais importante é que o indicador-chave seja relevante para a conquista dos objetivos.
 
Para selecionar quais os indicadores-chave mais importantes, é essencial que tenha
definida qual a estratégia e quais os objetivos a alcançar.
 
Assim, os gestores financeiros podem medir vários indicadores:
 
1. Lucro
O lucro representa a eficiência operacional do negócio. Ao medir o lucro, é possível
compreender quais os riscos associados ao seu negócio. Este indicador mostra-lhe qual
a situação real da empresa e a capacidade de se manter no mercado. 
 
2. Rentabilidade
Este é um KPI que representa o retorno de investimento. Com este indicador é possível
compreender a capacidade que um projeto tem de cobrir os custos a ele associados.
Trata-se, então, do retorno do que foi investido.
 
3. Faturação
Este é um dos KPIs mais importantes, porque indica o quanto a empresa está a vender e
o que isso representa para o negócio. Para utilizar este indicador, deve comparar a
faturação real com a meta que foi estabelecida.
 
4. Recebimentos
Este KPI está diretamente relacionado com a tesouraria. O facto da empresa faturar não
significa que esteja a receber o montante faturado. Assim, é importante manter o valor
de recebimentos perto do valor de faturação. Para isso, deve evitar clientes que não
paguem as suas faturas.
 
5. Despesas
Tal como o nome indica, este é um KPI que permite saber quais as despesas da empresa.
Assim, este indicador ajuda os gestores financeiros a reduzir gastos desnecessários.
 
6. Fluxo de Caixa
Mede a agilidade do Fluxo de Caixa da empresa. Ou seja, mede se os recebimentos são
superiores aos pagamentos. Cruzar o KPI de faturação com o de recebimento permite ter
uma ideia do seu Fluxo de Caixa.

7. Liquidez
Representa a capacidade da empresa captar dinheiro num curto prazo de tempo. Ou seja,
é a facilidade com a qual um ativo pode ser convertido em dinheiro.
 
8. Churn 
Este indicador serve para medir a taxa de evasão de clientes. O churn representa a
percentagem de clientes que um negócio perde num determinado período de tempo.

9. Produtividade
Este indicador representa a relação entre os resultados de um projeto, em determinado
período de tempo, com a quantidade de recursos utilizados. Estes recursos podem ser
materiais, mas também pode ser o tempo necessário para a execução de uma tarefa.
 
10. Competitividade
Estes indicadores-chave vão estudar a relação da empresa com a concorrência,
utilizando várias ferramentas e técnicas.

11. Valor
Os KPIs de valor mostram o quanto o consumidor investiu para adquirir um produto,
comprando à satisfação em consumir o mesmo.

12. Ponto de Equilíbrio


Este KPI informa sobre o valor mínimo de faturação necessário para pagar os custos
operacionais. Pode ser usado para que o gestor financeiro possa identificar a meta
mínima de faturação e saber quando é que as vendas geram lucros.

13. Endividamento
Conhecer o grau de endividamento é fundamental para uma boa gestão. Este KPI indica
qual o nível de endividamento de uma empresa.
 
 
Todos os gestores financeiros devem ter em conta os KPIs corretos para a eficiência do
seu negócio. Outros KPIs que medem a performance financeira são:

EBITDA

ROI (Return On Investment) ou Retorno sobre o Investimento

ROA (Return On Assets) ou Retorno sobre Ativos

ROE (Return on Equity) ou Retorno sobre o Património Líquido

Lucro líquido

Margem de lucro líquido

Margem de lucro bruto

Margem de contribuição

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