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INTRODUÇÃO

Ao tratar da abertura de uma clínica estética, o fator principal e essencial é a qualidade. A qual rege
qualquer empresa estruturada.

Evidenciar resoluções, regulamentações e parâmetros indispensáveis para que uma clínica estética esteja
nos padrões exigidos resulta em profissionais instruídos e conscientes a oferecer um bom ambiente
acompanhado de um trabalho inquestionável.

A Vigilância Sanitária visa promover e proteger a saúde, ditando regras e padrões mínimos para o
funcionamento desses estabelecimentos. A atuação do biomédico esteta deve estar em harmonia com sua
capacitação profissional, legislação vigente do CFBM e ANVISA.

Considerando os Centros de Estética, para um projeto estruturado e regulamento, deve haver pesquisa de
mercado, boa localização, registro individual em enquadramento jurídico de sociedade, estrutura com
flexibilidade (recepção, sala de espera, sala comum de atendimento, sala individual para atendimento,
banheiro, estacionamento), profissionais de acordo com os serviços ofertados, equipamentos, estoque,
marketing e investimento.

Dessa maneira, serão destacados os pontos principais a se considerar desde a abertura de uma clínica
estética até seu funcionamento de forma a respeitar os padrões exigidos e exercê-los com boa conduta,
visando um ambiente e atendimentos adequados.

DESENVOLVIMENTO

A palavra qualidade, segundo a norma brasileira ABNT NBR ISO 9000 (2015) é definida como o grau no
qual um conjunto de caraterísticas inerentes satisfaz a requisitos.

Em sua maioria, os serviços de estética ao público alvo requerem recursos e equipamentos, cosméticos,
terapias. Sempre conforme a habilitação profissional. A quantidade de profissionais deve ser diretamente
proporcional aos serviços ofertados pela clínica. Visando que suas principais qualidades são:

Responsabilidade; Atualização constante de novas tecnologias e métodos; Comunicação; Boa aparência;


Coordenação motora; Disposição física; Saúde; Autocontrole; Atenção a detalhes; Agilidade; Flexibilidade;
Ética profissional; Concentração; Postura profissional; Desejo de ajudar; Disciplina; Habilidade manual;
Interesse pelo corpo humano; Método; Paciência; Perfeccionismo; Discrição; Noção de tendências da
moda (SEBRAE, [s.d.]).

Na pesquisa de mercado deve-se considerar o foco do negócio, a segmentação e dimensionamento da


área de atuação. De acordo com os dados da ABHIPEC, existem cerca de 2.794 empresas regularizadas
no segmento estética/beleza junto a ANVISA em 2018. Considerando também a localização, que deve
favorecer o acesso ao estabelecimento, verificar o fluxo de pessoas da região. Para isso, deve-se
considerar o público alvo em uma pesquisa de mercado na localidade (SEBRAE, [s.d.]).

Cada empresa deve ter seu registro, assegurando sua segurança para realizar os procedimentos
ofertados. Segundo a resolução 200, do CFBM (2011) os requisitos necessários para a habilitação
definitiva em biomedicina, é necessário certificado/diploma com título de especialista em Estética ou
Certificado de Pós-Graduação. Sequentemente, para a posterior abertura do registro deve-se fazer os
procedimentos:

Contrato Social; Registro de Contrato Social (três vias mandadas ao cartório); Registro na Secretaria de
Receita Federal (CNPJ); Registro na Prefeitura Municipal; Registro no Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS); Alvará de funcionamento; Realizar consulta prévia de endereço na Prefeitura
municipal/administração regional, sobre a lei de zoneamento para a instalação (SEBRAE, [s.d.]).

Após a abertura a clínica estética deverá seguir as exigências legais:

Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de
cosméticos.

Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que trata sobre as normas de vigilância sanitária para diversos
produtos, entre eles os produtos de higiene e os cosméticos.
Decreto nº 8.077, de 14 de agosto de 2013, que regulamenta as condições para o funcionamento de
empresas sujeitas ao licenciamento sanitário

Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão
fiscalizador.

RDC Anvisa 6/2010 - Estende a aplicação do cadastramento para produtos para saúde aos fios têxteis
com propriedades térmicas, indicados para composição de vestimentas com efeitos terapêuticos, de
embelezamento ou correção estética.

RE Anvisa 1554/2002 - Enquadramento dos aparelhos ativos, eletroestimuladores, para utilização em


educação física, embelezamento e correção estética na classe de risco II, Regra 9, conforme previsto pelo
parágrafo único do Art. 1° da Resolução - RDC n° 185, de 22 de outubro de 2001.

RDC Anvisa 56/2009 – Proíbe em todo território nacional o uso dos equipamentos para bronzeamento
artificial, com finalidade estética, baseada na emissão da radiação ultravioleta (SEBRAE, [s.d.]).

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