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de equipamentos
médico-assistenciais
Autores
Eduardo Coura Assis
Daniel Baldoino de Souza
Revisor Técnico
Marcelo Sette Gutierrez
Unidade 2
Instrumentos normativos
e gerenciamento de riscos
Nota do Autor
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AULA 1 - INSTRUMENTOS NORMATIVOS PARA EQUIPAMENTOS
ELETROMÉDICOS
FINALIDADE DE NORMA
Você consegue imaginar tudo que viu aqui até agora sem alguma orien-
tação técnica, ou padronização e que te respalde legalmente nas suas
decisões? Difícil não é mesmo? Se pensarmos que nosso público alvo
são pessoas e que buscam principalmente o reestabelecimento de uma
condição satisfatória de saúde, ou mesmo prevenção de agravos e pro-
moção da saúde, isso se torna ainda mais importante, uma vez que o
objetivo nesse segmento é a garantia do direito à assistência à saúde.
Pressuponho que no seu dia a dia profissional, assim como no âmbito pes-
soal você já tenha se encontrado alguma vez com as questões relaciona-
das às normas, não é mesmo? Por exemplo, você quando precisou obter
sua carteira de habilitação para motorista precisou estudar as normas de
trânsito. Se você participou de um concurso público também precisou ler
acerca das normas que regem este edital, estou certo? Podemos então
notar que estamos “rodeados” de normas e precisamos conhecê-las para
que possamos então, atuar dentro de uma determinada margem de segu-
rança e evitar contratempos de ordem legal, ética e disciplinar.
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Saiba mais
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Em linhas gerais podemos resumir como uma resolução que diz como
você gestor deve atuar no gerenciamento das tecnologias em saúde
existentes no seu EAS.
Vale salientar também que embora haja uma resolução, como a RDC
nº50, que se aplica a todos os serviços que compõem um Hospital, ou
seja, centro cirúrgico, UTI, ambulatório, serviço de radiodiagnóstico,
radioterapia, laboratório, podemos encontrar também resoluções espe-
cíficas para determinados serviços e que na seção de infraestrutura físi-
ca remetem à RDC.
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Você sabia?
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NORMAS DE SEGURANÇA ELÉTRICA E DESEMPENHO DA IEC
Saiba mais
Com certeza, você já deve estar perguntando o que é a sigla IEC, não é
mesmo?
Sim eu, já sei, e você vai dizer, “mas que relação isso tem com os EMAs”?
Se pensarmos que atualmente a grande maioria das tecnologias em saú-
de são eletroeletrônicas, todos eles são abrangidos pela IEC. Na série
60601 que é o segmento de eletromédicos compreendem mais de 74
documentos normativos, dos quais, dentre os atualmente válidos, apro-
ximadamente 66 foram internalizados pela ABNT e ainda há mais de
uma dezena deles em processo de internalização. Praticamente quase
todos EMAs mais utilizados na assistência à saúde estão contemplados
nesses documentos, logo apresentando-se como um ótimo balizador
para que os produtores atendam aos requisitos mínimos estabelecidos
nestas normas.
O importante para você gestor é que você saiba que existem normas téc-
nicas que conferirão melhores garantias de segurança para seus produ-
tos, todavia é interessante que caso tenha uma equipe técnica responsá-
vel pela manutenção destas tecnologias, sugira que eles façam inspeções
nos manuais técnicos e no próprio equipamento em caso de suspeita ou
confirmação de falhas durante o funcionamento. Se o seu serviço dispor
de equipe própria e qualificada de Engenharia Clínica, recomenda-se a
aquisição de tais normas para que se façam as investigações recomen-
dadas em caso de problemas que sejam de origem fabril.
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Essas normas analisam a compatibilidade eletromagnética, softwares
embarcados, usabilidade ou proteção contra raios-x, por exemplo. Além
disso existem ainda requisitos para se avaliarem os riscos do uso de
determinado equipamento, quanto à emissão de radiações indesejadas
(ionizantes ou não), segurança das informações e registros, sinais visu-
ais e sonoros, segurança contra riscos elétricos ou mecânicos, incluindo
estanqueidade (respingos), dentre outros vários aspectos operacionais.
Em suma, as normas da série 60.601 apresentam requisitos quanto à
segurança e ao desempenho essencial dos equipamentos eletromédicos.
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AULA 2 - GERENCIAMENTO DE RISCOS
• O usuário não aciona o botão ou chave de liga/desliga antes de puxar o cabo
de alimentação elétrica da tomada;
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Você sabia?
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Figura 3 - Relação de interface com as diversas áreas de um EAS quanto à
gestão dos riscos
TECNOVIGILÂNCIA
Indo direto ao ponto, segundo a ANVISA, o termo Tecnovigilância no EAS é:
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O fluxo de notificação da gestão de risco pode ser inicializado através da
ocorrência de um evento adverso, ou através de uma queixa técnica ou
mesmo através de um processo mal definido dentro da instituição.
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Com essa situação problema foi possível observar como é importante a
atuação da Gerência de Risco na investigação dos eventos adversos pau-
tados pela equipe clínica. Se o hospital que você está vinculado pertence
a Rede Sentinela de Hospitais, por conseguinte todos estarão contribuin-
do com outros Hospitais da Rede ao notificar esse problema.
Saiba mais
Tchau!
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REFERÊNCIAS
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Produtos para Saúde, de Higiene e Saneantes em Serviços de Saúde.
Consulta Pública nº70 de 11 de julho de 2007 – Brasília, DF, 2007.
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