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Gestão de segurança do trabalho: um guia completo

para você

Por Fortes Tecnologia

28 de agosto

11 minutos de leitura
 Publicado em: 28 de agosto de 2019




Exercer uma boa gestão de segurança do trabalho é uma das principais preocupações
dos gestores, pois minimiza a ocorrência dos riscos ambientais de trabalho — como os
de acidentes ou ergonômicos. Por essa razão que investir nessa gestão é crucial para o
desenvolvimento saudável da empresa, bem como sua sobrevivência a longo prazo.

Esse é um conceito complexo que envolve muitos termos, documentos e metodologias,


gerando inúmeras dúvidas tanto para profissionais no ramo como gestores. Por meio
deste artigo, apresentamos um guia completo que responderá às principais questões
sobre o assunto. Confira!

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Qual é o conceito de gestão de segurança do trabalho?


A segurança do trabalho é um conjunto de normas, ações, atividades e medidas
preventivas destinadas à melhoria do ambiente de trabalho, prevenção de ocorrência de
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e proteção à integridade e capacidade do
trabalhador.

No Brasil, esse conceito é tratado como Serviço Especializado em Engenharia de


Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), que é obrigatória a todas as empresas e
regulamentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego por meio de Normas
Regulamentadoras (NRs).

Geralmente as empresas têm um departamento destinado à gestão da segurança e saúde


do trabalho (SST), os responsáveis realizam estudos para identificar possíveis causas de
acidentes ou doenças, bem como desenvolvem procedimentos, metodologias e técnicas
que garantam o controle e prevenção dessas ocorrências.

Quais são os termos mais comuns da segurança do


trabalho?
Antes de conhecer as NRs sobre a segurança do trabalho, é relevante conhecer os
termos e as siglas usadas na SST. Assim você elimina eventuais dúvidas que você ao
seu aprofundar no assunto. A seguir esclarecemos alguns deles.

Comissão Interna de Prevenção dos Acidentes (CIPA)

Trata-se de um grupo formado pelos representantes dos funcionários e da empresa,


sendo que os primeiros são eleitos pelos colaboradores enquanto os segundos são
indicados pelos empreendedores. Esses representantes fazem reuniões para discutir
situações de risco na empresa e discutir suas respectivas soluções.

Mapa de risco

Trata-se de uma representação visual de todos riscos e suas intensidades presentes no


ambiente de trabalho, além de incluir medidas preventivas e corretivas para evitar
situações de risco. Ele é obrigatório e deve estruturado pelos membros da CIPA.

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

Esse é um programa que estabelece metodologias para garantir uma melhor qualidade
de vida para os colaboradores, evitando doenças e acidentes do trabalho por meio da
análise do ambiente. Todas as empresas devem ter o PPRA, independente do risco que
os funcionários estão suscetíveis.
Programa de Controle Médico de Saúde operacional (PCMSO)

Esse é outro programa que objetiva identificar de forma antecipada os desvios capazes
de comprometer a saúde dos funcionários. As atividades inclusas no PCMSO estão o
mapeamento de zonas de risco, identificação de doenças por meio de exames
ocupacionais, realização o mapeamento das doenças mais frequentes e direcionamento
dos colaboradores para tratamentos.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

São acessórios e produtos de uso individual que têm a finalidade de proteger os usuários
contra ameaças à sua saúde e segurança. Eles devem ser fornecidos pelo empregador e
podem eliminar total ou parcialmente os riscos do ambiente de trabalho. Alguns
exemplos de EPIs são:

 óculos de proteção;
 protetor auricular;
 abafador de som;
 capacete;
 luva;
 cinto de segurança;
 protetor solar.

Ficha de EPI

Documento que comprova que os EPIs foram devidamente entregues aos funcionários,


devendo ser assinado pelos mesmos antes de iniciar a atividade. Isso garante que a
empresa não seja penalizada pela falta de entrega dos equipamentos em eventual litígio
judicial.

Ordem de serviço

Essa ordem tem a finalidade de apresentar os riscos presentes no ambiente de trabalho


ao colaborador, bem como apresentar as medidas de proteção que devem ser usadas ao
desenvolver as atividades.

Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)

Esse atestado evidencia se o colaborador está apto ou não para exercer uma determinada
função. No documento são registrados os exames de admissão, de desligamento, de
retorno ao trabalho e de alteração de funções realizadas pelo colaborador.

Laudo Técnico da Condição de Ambiente do Trabalho (LTCAT)

Obrigatório para empresas que têm funcionários celetistas (contratados de forma direta),
independente do setor de atuação e número do pessoal. O documento apresenta se os
colaboradores têm direito a aposentadoria especial, que é concedida aos trabalhadores
que são expostos a agentes nocivos à saúde.
Laudo de Insalubridade

Esse é um laudo que documenta a existência de agentes que causam danos graduais à
saúde e integridade do trabalhador, o que gera a obrigação do pagamento de adicional
de insalubridade. Alguns exemplos desses agentes são ruídos, umidade, frio e radiações
não ionizantes.

Laudo de Periculosidade

Esse documento define a existência ou não de situações que colocam a vida do


colaborador em risco de morte, como manejo de explosivos, inflamáveis, substâncias
radioativas e a atividade de segurança. Tudo isso gera o direito de adicional de
periculosidade.

O que são normas regulamentadoras (NR)?


As normas regulamentadoras (NR) são textos legais relativos à segurança e medicina do
trabalho, elas trazem de forma detalhada as atividades práticas a serem exercidas pelas
entidades para garantir a segurança no ambiente de trabalho.

Atualmente há 36 NRs aprovadas pelo MTE que tratam de diferentes aspectos e áreas,
como indústria, agricultura, mineração, trabalha a céu aberto, procedimentos contra
incêndios etc.

Elas devem ser seguidas obrigatoriamente pelas empresas privadas, públicas e órgãos da
administração direta e indireta que possuem funcionários regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).

Quais são as principais NRs sobre segurança do


trabalho?
Apesar do amplo número de normas, são apenas 7 as NRs que dizem respeito à saúde e
segurança do trabalho. Confira-as nos tópicos abaixo.

NR 1 — Disposições gerais

Trata-se de um documento base para aplicação de todas as outras NRs. Ela apresenta, de
forma geral, os direitos e obrigações dos empregadores, funcionários e o governo em
relação à SST.

A NR 1 considera empregador qualquer entidade que tenham empregados. Bem como
afirma que as frentes do trabalho, canteiros de obra e outros locais onde são exercidos
os trabalhos devem ser considerados parte da empresa para aplicação da norma.

NR 2 — Inspeção prévia
Determina que todo estabelecimento deve requisitar a inspeção e aprovação das
instalações pelo MTE antes de iniciar suas atividades ou quando realizar modificações
no ambiente.

Se a inspeção na empresa não for aprovada, ela ficará impedida de funcionar, mas a
apresentação dos projetos de construção das instalações é opcional. Porém, essa NR
2 está atualmente revogada, por força da Portaria n.º 915/2019 da SEPREVT.

NR 4 — Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho (SESMT)

Estabelece quando as organizações devem constituir o SESMT, que é um grupo


formado por profissionais das áreas de segurança e da saúde.

O SESMT é um serviço que elimina ou reduz riscos do trabalho, impõe o uso de EPIs,
conscientiza e orienta os colaboradores, registra a ocorrência de acidentes, entre outras
funcionalidades. A NR 4 também apresenta modelos de documentos do SESMT, com
espaços para colocar o número de acidentes (com ou sem vítimas), insalubridade e
doenças ocupacionais.

NR 5 — Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Essa norma detalha a formação, diretrizes e funcionamento da CIPA, incluindo:

 sua forma de constituições;


 atribuições;
 processo eleitoral dos representantes;
 treinamento dos membros eleitos;
 quantidade de membros (que varia de acordo com o número de empregados e
área de atuação).

NR 6 — Equipamento de Proteção Individual (EPI)

A NR 6 explica o que são EPIs e traz uma lista de equipamentos que se encaixam no seu
conceito. Ela também determina que as empresas devem fornecê-los obrigatoriamente
aos colaboradores de acordo com as atividades desenvolvidas, bem como capacitar e
registrar o pessoal que os utilizam.

NR 7 — Programa de Controle Médico de saúde Ocupacional (PCMSO)

Traz a obrigatoriedade da implementação do PCMSO, com o objetivo de promover e


preservar a saúde dos funcionários. De acordo com a norma, o programa deve ser
coordenado por um médico do trabalho, que também mapeará as zonas de risco e
coordenará a realização dos exames ocupacionais periódicos para identificar doenças de
forma antecipada.

NR 26 — Sinalização de segurança
Estabelece que os riscos presentes no ambiente de trabalho deverão ser sinalizados
utilizando determinadas cores. A cor laranja é utilizada para indicar perigo, indicando
que há partes móveis de equipamentos ou dispositivos elétricos, por exemplo.

A NR 26 também traz como a rotulagem deve ser feita, qual a classificação a ser
utilizada, como será elaborada a ficha dos produtos químicos, entre outras obrigações.
Além disso, os funcionários devem receber treinamentos adequados para compreender
todas essas informações.

Quais são as vantagens da boa gestão de segurança do


trabalho?
Exercer uma boa gestão de segurança do trabalho traz mais vantagens do que muitos
gestores imaginam. Esses proveitos estão diretamente ligados à maior segurança no
ambiente de trabalho, mas ainda se desdobram em diferentes impactos positivos tanto
para as empresas como para os funcionários. Entenda melhor a seguir.

Redução dos custos

Apesar de ser necessário desembolsar certa quantia para investir na gestão de segurança
do trabalho, a empresa terá um retorno financeiro através da minimização dos riscos que
gerariam diversos custos como:

 indenização decorrente de acidentes de trabalho;


 multas dos órgãos fiscalizadores;
 danos às máquinas;
 afastamentos constantes dos colaboradores;
 entre outros.

Aumento da qualidade de vida

Com a aplicação das normas regulamentadoras, a empresa promoverá uma melhor


qualidade de vida de todos os presentes no ambiente de trabalho, como os operadores,
supervisores, gestores e até clientes.

Aumento da produtividade

O fato de o ambiente de trabalho ser mais seguro torna o clima organizacional mais
agradável, sendo importante para aumentar a produtividade do escritório ou aumentar a
produtividade dos funcionários da empresa, ou da indústria. Isso acontece das seguintes
formas:

 o colaborador estará mais motivados a trabalhar;


 há maior confiança entre as equipes;
 a relação entre os grupos é melhorada, fazendo com eles se ajudem na resolução
de problemas.
Além disso, o pessoal conseguirá utilizar os equipamentos e as máquinas com mais
eficiência, pois eles passarão por treinamentos específicos de segurança.

Retenção de talentos

Talentos são colaboradores que se identificam com os valores das empresas e desejam o


seu sucesso no mercado, assim eles são mais produtivos e almejam crescer na
organização. Entretanto, eles buscam condições melhores de trabalho, por isso é
importante que você invista na segurança do trabalho para atrair e reter os funcionários
com esse perfil.

Isso também diminui o turnover (rotatividade de funcionários) do negócio, o que reduz


despesas com encargos trabalhistas decorrentes de desligamentos, custos com processos
seletivos — o que inclui entrevista, dinâmicas, testes — e treinamentos.

Melhoria da imagem da empresa

Implementar uma boa gestão de segurança do trabalho melhora sua credibilidade e


reputação perante a sociedade de forma generalizada. Isso inclui os:

 clientes internos (colaboradores): atrai talentos e líderes que buscam melhor


qualidade de vida;
 clientes externos (clientes): atualmente as pessoas estão mais preocupadas com
causas sociais, por isso terão uma visão melhor da empresa;
 parceiros e fornecedores: enxergarão o negócio com maior profissionalismo e
saberão que ela conseguirá sobreviver a longo prazo, o que pode gerar
negociações mais benéficas.

Além disso, a gestão de segurança do trabalho diminui o índice de reclamações


trabalhistas da empresa, o que possibilita maior organização financeira e,
consequentemente, permite que ela obtenha melhores condições de empréstimos e
financiamentos perante instituições financeiras e bancárias.

Quais são as funções do departamento de segurança do


trabalho?
Como a segurança do trabalho é um tema extenso e complexo, as funções desse
departamento são bastante amplas. Para que você entenda melhor sobre o trabalho dos
profissionais do ramo, listamos neste tópico as principais atividades desempenhadas na
rotina da empresa.

Avaliar os ambientes de trabalho

O primeiro trabalho exercido pelos profissionais é a avaliação do ambiente de trabalho


empresarial. Eles realizarão o diagnóstico completo dos riscos ambientais. Aqui há duas
formas de fazê-lo:
 avaliação qualitativa: consiste em conversar com os colaboradores de cada setor
para identificar as atividades exercidas e funções realizadas na empresa;
 avaliação quantitativa: feita pelo técnico em segurança e com equipamento de
medição para identificar os agentes ambientais.

Cuidar da integridade dos colaboradores

O setor se preocupará em cuidar da saúde e integridade dos funcionários é aplicado em


todos os sentidos (psicológico, físico e mental). Os profissionais avaliarão ambientes de
trabalho e medir riscos, níveis de insalubridade etc.

Será a partir desse estudo de doenças e acidentes, bem como o acompanhamento das
situações de risco e da integridade ocupacional que o setor será encarregado de elaborar
pareceres médicos sobre a integridade dos funcionários.

Determinar procedimentos e cuidados

O pessoal do setor também terá a responsabilidade de fazer e promover o mapa de risco,


educar os gestores sobre as ameaças, efetuar treinamentos para as operações e mais.

Por exemplo, um colaborador que depende várias horas seguidas digitando em um


computador precisa seguir a NR 17, que dispõe sobre a distância mínima da tela, altura
da escrivaninha, tipo de cadeira e mais. O objetivo do setor será o de evitar que o
funcionário desenvolva lesões como DORT, LER, entre outras.

Garantir o cumprimento das normas regulamentadoras

Mesmo que os gestores e funcionários conheçam as regras de segurança, eles terão


dificuldades em segui-las à risca, já que elas são bastante extensas e complexas. Por isso
os profissionais também deverão providenciar EPIs, acompanhar a manutenção dos
aparelhos, tomar as medidas para que os demais colaboradores as sigam etc.

Realizar demais atividades que lhe são competentes

Ainda há um amplo número de atividades desempenhadas pelo setor. Alguns exemplos


das outras atividades são:

 acompanhar perícias;
 divulgar e elaborar o mapa de risco e o programa de segurança;
 elaborar o mapa de risco;
 fornecer e orientar a entrega dos EPIs;
 elaborar o laudo ergonômico;
 preencher CAT e EPP;
 promover o programa de proteção respiratória e auditiva;
 efetuar palestras sobre segurança;
 fazer inspeção periódica com envio de relatórios;
 elaborar ordem de serviço operacional;
 realizar treinamentos introdutórios de segurança e específicos por função;
 entre outras.
Como implementar esse departamento na empresa na
prática?
Toda empresa deve ter um departamento de gestão de segurança do trabalho. Se você
quer saber como implementá-lo de eficiente, veja os passos abaixo.

Desenvolva um plano de ação

Trata-se de um planejamento específico para sua empresa que criará o departamento,


devendo ser elaborado em conjunto pelo gestor e profissionais da área. Basicamente, ele
consiste nos seguintes passos:

 identificação de problemas: encontram-se problemas que podem ocorrer no


ambiente de trabalho;
 estudo da situação: análise minuciosa de todos os setores da empresa e suas
características;
 definição das equipes de trabalho: definição da equipe responsável pela
segurança do trabalho;
 definição das ações: registro dos objetivos, metas, custos, data de início e fim da
atividade, forma de medição dos resultados etc.;
 mobilização: envolvimento de todos os colaboradores sobre a segurança do
trabalho;
 avaliação das ações: medição dos resultados atingidos.

Implemente o OHSAS 18001

O OHSAS 18001 (também conhecido como ISO 45001) é uma certificação que se
baseia em um padrão internacional de segurança do trabalho e focada no Sistema de
Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO).

Essa é uma iniciativa que aperfeiçoa a performance da segurança e saúde do trabalho


das empresas, fornecendo as orientações e ferramentas necessárias para fazê-lo.

Conheça as funções de cada profissional do setor

No setor há diferentes profissionais e cada um contribui para a gestão de segurança do


trabalho com seus conhecimentos técnicos específicos. Confira os cargos e seus
respectivos requisitos mínimos para cumpri-los:

 técnico da segurança de trabalho: deve ter curso técnico na área e registro no


MTE;
 engenheiro da segurança de trabalho: graduado em arquitetura ou engenharia e
ser especializado na engenharia da segurança do trabalho;
 médico de trabalho: deve ter diploma de médico, especializado na medicina do
trabalho ou residência em uma área afim;
 enfermeiro de trabalho: formado em enfermagem com pós-graduação na
enfermagem do trabalho;
 auxiliar de enfermagem de trabalho: técnico em enfermagem com especializado
em enfermagem de trabalho.

É possível terceirizar os serviços de segurança do trabalho, ou seja, é contratada uma


empresa especializada no ramo para lidar sobre essas questões. Isso elimina gastos e
riscos decorrentes das contratações diretas, como também há terceirizadas para certos
setores, como SST para empresas contábeis.

5 dicas para fazer uma gestão da segurança do


trabalho eficaz?
Neste tópico trazemos as dicas mais eficientes para que o departamento de segurança do
trabalho de forma eficiente, garantindo a melhor qualidade de vida do ambiente.

1. Elabore um checklist

Crie planilhas destinadas à checagem da usabilidade e controle de manutenção


periódicas de ferramentas EPIs, materiais, equipamentos etc. Entre alguns itens dessas
listas estão:

 ferramentas: verifique se há necessidade de enviar ferramentas para a área de


reparos;
 EPIs: consiste no uso de capacetes, lucras, botas, coletes, aventais e outros
usados na rotina da empresa;
 máquinas: certifique-se que as máquinas estão plenamente operáveis.

2. Monitore os processos

Designe um supervisor para acompanhar de perto a execução das atividades


desempenhadas pelos operadores, garantindo que tudo ocorra conforme planejado e
imprevistos sejam evitados.

3. Realize a manutenção das máquinas

Estruture um cronograma para realização de manutenção das máquinas utilizadas pelos


colaboradores. É importante que você conheça os tipos de manutenções existentes e
aplique a preventiva. Entenda cada tipo:

 preventiva: realizam-se reparos antecipadamente com o objetivo de evitar que


ele apresente defeitos durante o trabalho;
 corretiva: corrige os defeitos dos equipamentos depois que os defeitos surgem;
 preditiva: monitora-se a máquina com o intuito de identificar suas condições de
funcionamento.

4. Invista em treinamentos de integração


Trata-se de um treinamento introdutório que deve ser ministrado assim que um
funcionário é admitido.  Ele somente pode ser ministrado após a contratação do
empregado e durante horário de expediente do colaborador.

5. Crie programas de incentivo

Essas são metodologias baseadas no esforço e recompensa dos colaboradores pelos seus


trabalhos. Crie programas de incentivo cujas metas incluem a utilização dos EPIs e
cumprimento dos procedimentos na área.

Qual é a relação entre o eSocial e a gestão de segurança


do trabalho?
O eSocial é um sistema em que as empresas comunicam o Governo as informações
previdenciárias e trabalhistas de seus colaboradores. Essa novidade fornecerá maior
economia e simplicidade no cumprimento das obrigações.

Os gestores devem considerar as especificidades, mudanças e obrigações do eSocial na


SST ao falarmos sobre a gestão de segurança do trabalho, já que a sua utilização será
obrigatório para as empresas a partir das seguintes datas:

 julho/2019: empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões em 2016 (grupo


1);
 janeiro/2020: empresas com faturamento de até R$ 78 milhões em 2016 (grupo
2);
 julho/2020: entidades sem fins lucrativos, optantes do Simples Nacional,
empregadores e produtores rurais pessoas físicas (grupo 3);
 janeiro/2021: entes públicos (grupo 4).

A empresa poderá investir em uma plataforma de gestão que automatizará o máximo de


atividades dessa obrigação, o que aumenta a produtividade da empresa, reduz diversos
custos, aumenta a segurança, entre muitos outros benefícios.

A gestão de segurança do trabalho pode parecer bastante complexa, entretanto, o envio


das informações ao governo será facilitada. Assim, com o investimento na SST e
utilização inteligente da economia, a empresa conseguirá aproveitar de inúmeros
benefícios e desenvolver seu negócio saudavelmente.

Gostou do nosso conteúdo? Então aproveite para conhecer nosso e-book 


Investir em saúde e
segurança no trabalho é
estratégico para os negócios

Diretor de Operações do Serviço Social da Indústria (SESI), Marcos Tadeu de Siqueira,


destaca que a preocupação com a saúde do trabalhador traz ganhos para as empresas, como
redução das ausências ao trabalho e aumento da produtividade

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Gestão da saúde e da segurança no trabalho está cada vez mais na estratégia
dos negócios e nas prioridades das empresas. Pesquisa realizada pelo Serviço
Social da Indústria (SESI) com 500 médias e grandes empresas, entre outubro
de 2015 e fevereiro de 2016, mostrou que 71,6% das indústrias afirmaram dar
alta atenção à saúde e segurança no trabalho (SST). Isso ocorre, sobretudo,
por uma maior conscientização sobre a necessidade de se investir em ações
de prevenção de acidentes e de promoção da saúde e bem-estar no trabalho
para melhorar a competitividade dos negócios. O levantamento aponta ainda
que 48% dos gestores verificaram que esses investimentos geraram redução
nas faltas ao trabalho, 43,6% deles constataram aumento da produtividade no
chão de fábrica e 34,8% apontaram redução de custos com a saúde dos
trabalhadores.

Essa elevada importância dada pelas indústrias à gestão de saúde e


segurança no trabalho tem se refletido na redução de acidentes e doenças
ocupacionais no Brasil. Dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social
apontam que o número de acidentes de trabalho por grupo de 100 mil
profissionais caiu mais de 17% entre 2007 e 2013 – de 1.378, em 2007, para
1.142, em 2013. Trata-se de uma redução significativa, sobretudo, em relação
a custos, já que acidentes e doenças trazem grande variedade de despesas,
desde médicas e indenizações aos trabalhadores e famílias até perda de
produtividade e desgaste da imagem das empresas.
Mesmo com esses avanços, há, por outro lado, um desafio maior: o
crescimento de afastamentos por doenças não relacionadas ao trabalho, como
as doenças osteomusculares, os transtornos mentais e comportamentais, os
problemas de saúde causados por violência e acidentes de trânsito e as
doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, doenças do
coração, etc.).

Nesse novo contexto, as empresas são, portanto, desafiadas a aprimorarem


seus esforços em saúde e segurança no trabalho para ampliarem os resultados
positivos que vêm obtendo. Ao mesmo tempo precisam tratar a saúde do
trabalhador de forma mais integral para reduzir custos relacionados a
ausências no trabalho, perda de produtividade e custos com planos de saúde.

Muitas são as experiências empresariais de sucesso nessa área no Brasil.


Exemplo disso são os cases de sucesso apresentados na série Almanaque
Saúde, estreada em novembro no Canal Futura. A iniciativa, realizada em
parceria com o SESI, aborda nos episódios temas relevantes relacionados ao
bem-estar, à qualidade de vida e à segurança no trabalho com exemplos reais
de ações empreendidas por empresas de diversos setores, como construção
civil, frigorífico, têxtil, siderurgia, e outros.

Programas televisivos como o Almanaque Saúde e o uso de novas tecnologias


– como os aplicativos em celulares e tablets, as redes sociais, os cursos a
distância, os jogos e os vídeos – permitem a interação e a troca de experiência
entre os trabalhadores e a disseminação de uma cultura de segurança.
Também são importantes ferramentas na gestão de doenças crônicas e
redução de custos com saúde, é o que revela a Gold Sachs, empresa
americana de consultoria em tendências de mercado e investimentos.

Ao analisar esse cenário e as tendências em saúde e segurança no trabalho, o


SESI busca desenvolver soluções inovadoras adequadas à realidade
empresarial, que vão de materiais educativos, interativos e motivacionais em
plataformas virtuais e em redes sociais até consultorias em gestão da saúde e
segurança no trabalho que visam reduzir os custos das empresas.
Matriz: Objetivos e Estratégias do
Plano Nacional de Segurança e Saúde
no Trabalho - PLANSAT*

Objetivos Estratégias
Estratégia 1.1: elaboração e aprovação de
dispositivos legais, adotando princípios comuns de
SST para todos os trabalhadores, independentemente
de sua inserção no mercado de trabalho
OBJETIVO 1: Inclusão de
todos trabalhadores brasileiros Estratégia 1.2: elaboração e aprovação de
no sistema nacional de dispositivos legais em SST para os trabalhadores do
promoção e proteção da serviço público, nas três esferas de governo
Segurança e Saúde no Trabalho Estratégia 1.3: promoção do trabalho decente
- SST
Estratégia 1.4: promoção da participação dos
trabalhadores e empregadores nas instâncias de
controle social Estratégia 1.5: promoção da SST nas
micro e pequenas empresas
Estratégia 2.1: promoção de estudos da legislação
trabalhista, sanitária, previdenciária e outras que se
relacionem com SST, e proposição do seu
aperfeiçoamento e harmonização
OBJETIVO 2: Harmonização
da legislação trabalhista, Estratégia 2.2: fortalecer e ampliar, nas matérias de
sanitária, previdenciária e interesse comum, mecanismos interministeriais de
outras que se relacionem com regulamentação em SST
SST
Estratégia 2.3: implementação, acompanhamento e
divulgação dos acordos, convenções e
recomendações internacionais subscritos pelo Brasil,
nos assuntos relacionados à SST
Estratégia 3.1: articular as ações de promoção,
OBJETIVO 3: Integração das proteção, prevenção, assistência e reabilitação da
ações de SST saúde do trabalhador, bem como as de reparação
previdenciária
OBJETIVO 4: Adoção de Estratégia 4.1: promoção de estudos para
medidas especiais para aperfeiçoamento da legislação relacionada à SST
atividades laborais submetidas para as atividades laborais submetidas a alto risco
a alto risco de doenças e
Estratégia 4.2: estabelecimento de experiências
acidentes de trabalho
Objetivos Estratégias
piloto articuladas intersetorialmente, com a
participação de
trabalhadores e empregadores, em setores produtivos
definidos como prioritários
Estratégia 4.3: priorização de ações integradas em
setores que apresentem maior incidência e/ou
gravidade de acidentes de trabalho
Estratégia 4.4: proposição de linhas de
financiamento/crédito e outras políticas de
benefícios, com controle social, para a melhoria das
condições, processos e ambientes de trabalho
Estratégia 4.5: criação e aperfeiçoamento, pelos
Ministérios da Saúde, Trabalho e Emprego, e
Previdência Social, em conjunto, de listas de fatores
de risco e agentes nocivos responsáveis por elevada
incidência e/ou prevalência de agravos à saúde
relacionados ao trabalho
Estratégia 5.1: padronização dos conceitos e critérios
quanto à concepção e caracterização de riscos e
agravos à saúde dos trabalhadores relacionados aos
processos de trabalho
OBJETIVO 5: Estruturação de
Estratégia 5.2: compatibilização e aperfeiçoamento
uma rede integrada de
dos atuais e novos instrumentos de coleta de dados e
informações em SST
fluxos de informações a serem partilhados pelos
órgãos de Governo
Estratégia 5.3: definição das possibilidades de
acessos da sociedade às informações em SST
Estratégia 6.1: aperfeiçoamento dos regulamentos,
OBJETIVO 6: Implementação instrumentos e estruturas relacionadas à gestão de
de sistemas de gestão de SST SST
nos setores público e privado Estratégia 6.2: aperfeiçoamento e estudo sobre os
indicadores relacionados à gestão de SST
OBJETIVO 7: Capacitação e Estratégia 7.1: inclusão de conhecimentos básicos
educação continuada em SST em SST no currículo do ensino fundamental e médio
da rede pública e privada
Estratégia 7.2: inclusão de conhecimentos básicos
em SST no currículo do ensino técnico,
profissionalizante e superior, assim como nos cursos
para empreendedores
Estratégia 7.3: revisão de referências curriculares
para a formação de profissionais em SST, de nível
Objetivos Estratégias
técnico, superior e pós graduação
Estratégia 7.4: capacitação em SST para os
representantes de trabalhadores e empregadores, bem
como para os profissionais que atuam na área
Estratégia 8.1: realização e apoio ao
desenvolvimento de estudos e pesquisas pertinentes a
SST atendendo prioridades nacionais, regionais e
setores considerados de alto risco
Estratégia 8.2: estabelecimento de parcerias e
OBJETIVO 8: Criação de uma intercâmbios com organismos e instituições técnicas
agenda integrada de estudos e e universidades, nacionais e internacionais, para a
pesquisas em SST realização de estudos e pesquisas em SST
Estratégia 8.3: busca pela aplicação de recursos das
instituições financiadoras de pesquisa para apoiar
estudos e pesquisas em SST
Estratégia 8.4: promoção de estudos e pesquisas da
informalidade
* Aprovada na 15ª Reunião Ordinária da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no
Trabalho em 14 de abril de 2011
Referência bibliográfica: 

MATRIZ: objetivos e estratégias do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho -


PLANSAT. [Aprovada na 15ª Reunição Ordinária da Comissão Tripartite de Saúde e
Segurança no Trabalho em 14 de abril de 2011]. Plataforma Renast Online. Disponível
em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/matriz-objetivos-estrategias-plano-
nacional-seguranca-saude-trabalho-plansat. Acesso em: 14 dez. 2018.

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