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1.

Introdução

O presente trabalho da cadeira de Agrotoxicos, abordarei em resumo o seu historial a


nível da classificação mundial, o agrotóxicos podem ser definidos como quaisquer
produtos de natureza, o fato de utilização de produtos químicos para controlar pragas e
doenças estava interferindo com as defesas naturais do próprio ambiente natural e
acrescentava: nós permitimos que esses produtos químicos fossem utilizados com pouca
ou nenhuma pesquisa prévia sobre seu efeito no solo, na água, animais selvagens e
sobre o próprio homem. Os pesticidas orgânicos compreendem os de origem vegetal e
os organo-sintéticos. Os primeiros, muito utilizados por algumas correntes da
Agroecologia são de baixa toxicidade e de curta permanência no ambiente.

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2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
 Estudar o historial e evolução dos agrotoxicos.

2.2. Objectivos Específicos


 Avaliar o grau de instrução dos agricultores relativamente a utilização de
agrotóxicos no sector familiar;
 Verificar os procedimentos utilizados pelos agricultores para o manuseio e
aplicação de agrotóxicos;
 Contribuir para a monitorização dos agrotoxicos nas comunidades;

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3. Histórial dos Agrotóxicos

Em 1962, Primavera Silenciosa de Rachel Carson, foi a primeira obra a detalhar os


efeitos adversos da utilização dos pesticidas e insecticidas químicos sintéticos, iniciando
o debate acerca das implicações da actividade humana sobre o ambiente e o custo
ambiental dessa contaminação para a sociedade humana.

Para o fato de utilização de produtos químicos para controlar pragas e doenças estava
interferindo com as defesas naturais do próprio ambiente natural e acrescentava: nós
permitimos que esses produtos químicos fossem utilizados com pouca ou nenhuma
pesquisa prévia sobre seu efeito no solo, na água, animais selvagens e sobre o próprio
homem.

3.1. Agrotóxicos

O termo agrotóxico é de uso muito controvertido em decorrência dos significados dos


substantivos que o formam, seja. Agro-tóxico

Se admitirmos que Agro seja um designativo daquilo que se refere às actividades


humanas dedicadas ao cultivo das plantas, e tóxicos é aquilo que tem a propriedade de
envenenar.

3.2. Classificação dos Agrotóxicos

Os agrotóxicos podem ser definidos como quaisquer produtos de natureza biológica,


física ou química que têm a finalidade de exterminar pragas ou doenças que ataquem as
culturas agrícolas.

Os agrotóxicos podem ser :

 Pesticidas ou praguicidas combatem insetos em geral)


 Fungicidas (atingem os fungos)
 Herbicidas (que matam as plantas invasoras ou daninhas)

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3.3. Os agrotóxicos podem ser classificados de acordo com os seguintes
critérios

Quanto à finalidade

 Ovicidas (atingem os ovos dos insectos)


 Larvicidas (atacam as larvas), acaricidas (específicos para ácaros),
 Formicidas (atacam formigas).

Quanto à maneira de agir

 Através de ingestão ( a praga deve ingerir a planta com o produto),


 Microbiano (o produto contém microorganismos que atacarão a praga ou o
agente causador da doença)
 Por contacto (ao tocar o corpo da praga o produto já faz efeito).

Quanto à origem

 Inorgânicos
 Orgânicos.

Os pesticidas inorgânicos foram muito utilizados no passado, porém, actualmente não


representam mais do que 10% do total de pesticidas em uso. São eles produtos à base de
arsénico e flúor e os compostos minerais que agem por contacto matando a praga por
asfixia.

Os pesticidas orgânicos compreendem os de origem vegetal e os organo-sintéticos. Os


primeiros, muito utilizados por algumas correntes da Agroecologia são de baixa
toxicidade e de curta permanência no ambiente.

3.4. Os agrotóxicos organo-sintéticos de uso proibido na Agricultura

Clorados: grupo químico dos agrotóxicos compostos por um hidrocarboneto clorado


que tem um ou mais anéis aromáticos. Embora sejam menos tóxicos que outros organo-
sintéticos, são também mais persistentes no corpo e no ambiente, causando efeitos
patológicos no longo prazo. O agrotóxico organoclorado actua no sistema nervoso,
interferindo nas transmissões dos impulsos nervosos.

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Cloro-fosforados: grupo químico dos agrotóxicos que possuem um estere de ácido
fosfórico e outros ácidos à base de fósforo, que em um dos radicais da molécula possui
também um ou mais átomos de cloro.

Fosforados: grupo químico formado apenas por ésteres de ácido fosfórico e outros
ácidos à base de fósforo. Actua inibindo a acção da enzima colinesterase na transmissão
dos impulsos nervosos.

Carbamatos: grupo químico dos agrotóxicos compostos por ésteres de ácido


metilcarbônico ou dimetilcarbônico. Em relação aos pesticidas organoclorados e
organofosforados, os carbamatos são considerados de toxicidade aguda média, sendo
degradados rapidamente e não se acumulando nos tecidos gordurosos.

4. Fórmula química dos agrotóxicos.

Avermectin: é um composto químico descoberto em um fungo que habita os solos, ele


foi então estudado e sua molécula copiada em laboratório, daí então, transformado em
um agrotóxico para combater ácaros, que são como que pequenos piolhos que atacam e
envenenam plantas.

O Diazinon: é outro agrotóxico, muito venenoso, que é usado em controlo de insectos


diversos que sugam plantas como repolho, alface e couve.

Mas ele também é usado no combate a parasitas em animais.

A deltametrina: é um produto usado tanto para matar insetos de plantas, como piolhos
em animais e também em seres humanos, sendo que, volto a lembrar em cada um dos
seus usos existe uma versão própria da substância, seja para planta, ou para animais e
outra para seres humanos, mas fundamentalmente são a mesma coisa;

A Terramicina: é outra substância, desta vez adoptada no controle de bactérias porque


é um antibiótico, também é um agrotóxico, que toma o nome de ” remédio” quando
usado para debelar infecção nos seres humanos ou animais.

5. Uso de Agrotóxicos

Os agrotóxicos químicos tornaram-se a forma conscientemente aplicada mais


importante da gestão de pragas. Esta é uma generalização, é claro, pois algumas culturas
em algumas áreas, formas alternativas de controlo de pragas ainda são muito usados,

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como a queima dos campos de grama que nós experimentamos no verão e outono no
Vale do Willamette.

6. Fase dos Agrotoxicos

Primeira fase, os agrotóxicos foram compostos em grande parte, altamente tóxicos,


como arsénico e cianeto de hidrogénio. Seu uso foi abandonado porque eles eram muito
ineficazes ou muito tóxicos.

Segunda fase, os agrotóxicos incluído em grande parte compostos orgânicos sintéticos.


Sintética aqui significa feito por seres humanos – que não ocorrem naturalmente,
enquanto orgânico significa que contém carbono, para não ser confundido com o uso
popular de orgânico, como em agricultura biológica.

7. O Uso de Pesticidas dos Agrotóxicos

A prática da agricultura começou há aproximadamente 10.000 anos no Crescente Fértil


da Mesopotâmia, onde sementes comestíveis foram inicialmente recolhidos por uma
população de caçadores ou colectores. O cultivo de trigo, cevada, ervilhas, lentilhas,
grão de bico, ervilhaca amarga e linho, em seguida, seguiu como a população tornou-se
mais estável e agricultura tornou-se o modo de vida.

8. Agrotoxicos em Moçambique

Os agrotóxicos foram desenvolvidos na Primeira Guerra Mundial e utilizados mais


amplamente na Segunda Guerra Mundial como arma química. Com o fim da guerra, o
produto desenvolvido passou a ser utilizado como “defensivo agrícola”.

O primeiro agrotóxico, o composto orgânico DDT, foi sintetizado em 1874 por


Othomar Zeidler, porém só em 1939 Paul Muller descobriu suas propriedades
inseticidas.

Em Moçambique Existem cerca de 15.000 formulações para 400 agrotóxicos diferentes,


sendo que cerca de 8.000 formulações encontram-se licenciadas no País. Mais ainda É
bastante difícil citar o ano exacto que iniciaram a usar estes produtos. Pois só se faz
menção que foi a milhões de anos atrás.

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Desde a Revolução Verde, na década de 1950, o processo tradicional de produção
agrícola sofreu drásticas mudanças, com a inserção de novas tecnologias, visando a
produção extensiva de commodities agrícolas. Estas tecnologias envolvem, quase em
sua maioria, o uso extensivo de agrotóxicos, com a finalidade de controlar doenças e
aumentar a produtividade.

Embora o número de agricultores que usam fertilizantes tenha tido um pequeno


aumento (7,9%), a aplicação de pesticidas caiu em 44,1% e a irrigação caiu 19,3%,
combinado com a diminuição de 10,3% no número de agricultores que tiveram acesso
ao crédito rural. em resposta à alta dos preços de alimentos no mercado mundial nos
períodos mais recentes teria havido expansão da área cultivada e maior uso de tração
animal, mas sem nenhum aumento significativo na proporção de agregados familiares
que usam fertilizantes químicos.

Moçambique está entre os países com menor acesso a financiamento (incluindo todos os
tipos de créditos rurais ou não rurais- comércio, indústria, serviços) como pode se
observar na tabela.

Os pequenos produtores em todas as áreas, excepto em Tetê, continuam a usar pouco


fertilizante químico, quer devido a constrangimentos financeiros/crédito, quer devido ao
acesso limitado aos revendedores de insumos. Sair da actual situação de uma virtual
ausência de uso de fertilizantes químicos é um grande desafio para Moçambique, que
vai exigir que fazedores de políticas resolvam os constrangimentos do sector privado
para o desenvolvimento do mercado de insumos.

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9. Conclusão

Depois de vários materiais bibliográficos serem consultados sobre o tema acima citado,
pude concluir que o uso de insumos agrícolas tornou-se fundamental na agricultura,
principalmente na agricultura recente, por esta possibilitar maior segurança,
produtividade e rentabilidade produtiva. Mais o necessário É saber as formas técnicas
na utilização eficaz destes produtos. Os pequenos produtores em todas as áreas, excepto
em Tetê, continuam a usar pouco fertilizante químico, quer devido a constrangimentos
financeiros/crédito, quer devido ao acesso limitado aos revendedores de insumos, Os
pesticidas orgânicos compreendem os de origem vegetal e os organo-sintéticos. Os
primeiros, muito utilizados por algumas correntes da Agroecologia são de baixa
toxicidade e de curta permanência no ambiente

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10. Bibliografia

ALVARENGA, M. A. R. Tomate. Produção em campo, em casa de vegetação e em


hidroponia. 1 ed. Lavras: Editora Perffil, 2004. 400 p.

ARAUJO, J. A. CASTELLANI. Plasticultura. Jaboticabal: FUNEP, 1991.

CROXTON, F. e COWDEN, D. J., Estatistica General Aplicada, Fondo de Cultura


Economica, , México, 1962.

CHICONELA, T., DOMINGOS, C. e SANTOS, L., Protecção das Plantas, Ligalu-


Edições, Lda, 1999.

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UNIVERSIDADE MUSSA BIN BIQUE
DELEGAÇÃO DA ZAMBÉZIA
Faculdade de Ciências Agrárias
4⁰ANO
CADEIRA: Agrotoxicos

TEMA: Histórial dos Agrotóxicos

Discente: Docente:
Ana Bela Henriques Engº. Faira

10
Quelimane
2017

UNIVERSIDADE MUSSA BIN BIQUE


DELEGAÇÃO DA ZAMBÉZIA
Faculdade de Ciências Agrárias
4⁰ANO

TEMA: Histórial dos Agrotóxicos

Docente:
Engº.Faira

11
Quelimane
2017

Índice
1. Introdução..................................................................................................................1

2. Objectivos..................................................................................................................2

2.1. Objectivo Geral......................................................................................................2

2.2. Objectivos Específicos...........................................................................................2

3. Histórial dos Agrotóxicos..........................................................................................3

3.1. Agrotóxicos............................................................................................................3

3.2. Classificação dos Agrotóxicos...............................................................................3

3.3. Os agrotóxicos podem ser classificados de acordo com os seguintes critérios......4

3.4. Os agrotóxicos organo-sintéticos de uso proibido na Agricultura.........................4

4. Fórmula química dos agrotóxicos..............................................................................5

5. Uso de Agrotóxicos....................................................................................................5

6. Fase dos Agrotoxicos.................................................................................................6

7. O Uso de Pesticidas dos Agrotóxicos........................................................................6

8. Agrotoxicos em Moçambique....................................................................................6

9. Conclusão...................................................................................................................8

10. Bibliografia.............................................................................................................9

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