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1 - Introdução
O carbono forma muitos compostos com cloro, alguns dos quais são encontrados na
natureza, embora normalmente em quantidades muito pequenas. Em virtude de sua toxidade
para algumas plantas e insetos, muitos desses compostos organoclorados, produzidos
sinteticamente pela ação de cloro elementar sobre hidrocarbonetos derivados do petróleo, tem
tido um amplo uso como pesticidas. Outros organoclorados são utilizados extensivamente nas
indústrias de plásticos e eletrônicos.
Não obstante, um relatório de 1993 da National Academy of. Sciences dos Estados
Unidos destacou que a regulamentação dos pesticidas até o presente momento não havia dado
suficiente atenção à proteção da saúde humana, especialmente a dos bebês e das crianças, cujo
crescimento e desenvolvimento apresentam-se ameaçados.
Como será visto posteriormente, às vezes são traços de impurezas, como as dioxinas,
presentes nessas substâncias comerciais, que representam a principal preocupação ambiental.
Vamos focalizar uma série de hidrocarbonetos que são poluentes tóxicos tanto do ar quente da
água. Finalmente, pra concluir, serão considerados os produtos químicos que podem ter
efeitos degenerativos sobre nossos sistemas reprodutivos.
2 - Inseticidas Tradicionais
Inseticidas de um ou outro tipo têm sido usados há milhares de anos pela humanidade.
Uma das principais motivações para o uso de inseticidas é o controle de enfermidades: através
dos tempos, as mortes de seres humanos em razão de doenças transmitidas por insetos têm
excedido em muito às atribuídas aos efeitos das guerras.
O uso mais antigo de pesticidas de que se tem registro é a queima de enxofre para
fumigar os lares gregos cerca do ano 1000 a.C. As substâncias para fumigação são pesticidas
que penetram no inseto por inalação. O uso de SO 2 procedente da combustão de enxofre
sólido, as vezes mediante a incorporação do elemento em velas, continuou ao menos até o
século 19. O emprego do próprio enxofre, na forma de pó ou aerossol, foi também utilizado
como inseticida e fungicida; ele ainda é usado por sua ação importante contra o míldio
pulverulento das plantas.
O gás cianeto de hidrogênio também tem sido usado como substância para
fumigação.Seu emprego para evitar danos a peças expostas em museus foi registrado em
1877, e, alguns anos depois, foram utilizados para controlar insetos em árvores frutíferas. Ele
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O uso do arsênio e seus compostos no controle de insetos data da época dos romanos,
sendo utilizado pelos chineses no século 16, tornando-se bastante difundido no final do século
19 até a Segunda Guerra Mundial.O “verde de paris”, que é um sal de cobre que contém o íon
arsenito, AsO3 -2, foi um inseticida de uso popular introduzido nos Estados Unidos em 1867.
Outros sais contendo esse íon ou o íon arseniato, AsO 4 -3, também têm sido utilizados; todos
operam como venenos estomacais, matando os insetos que os ingerem. Os compostos de
arsênio continuaram sendo amplamente utilizados como inseticidas nas décadas de 30 e 40 e
no início dos anos cinqüenta.
Para uma certa dose de cada composto em quantidade suficiente para atuar como
pesticida, as substâncias orgânicas são geralmente muito menos tóxicas para os seres humanos
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água. A solubilidade das substâncias traço em líquidos e sólidos são com freqüência expressas
na escala de “partes por” em vez de sobre a base de massa ou mol por unidade de volume.
Contudo, as escalas de “partes por” para meios considerados (não gasosos) expressam a razão
da massa de soluto pela massa de solução, não a razão de mol ou moléculas como é usado
para gases.
Dado que a massa de um litro de uma amostra de água natural é muito próxima de um
quilograma, a solubilidade do HBC assinalada acima (0,0062 miligramas por litro)
corresponde a 0,0062 miligramas de soluto por 1.000 ml, concluiu-se que 0,0062 mg/l
equivale a 0,0062 gramas de soluto por um milhão de gramas de solução, ou seja, a 0,0062
partes por milhão.Em geral, o valor da solubilidade em ppm de qualquer substância traço em
água é o mesmo que seu valor em unidades de miligramas por litro ou de microgramas por
grama.
A partir dessas fontes, se introduzem nos organismos vivos, como peixes; por razões
que serão discutidas mais tarde, sua concentração nos peixes é com freqüência milhares ou
milhões de vezes maiores que a concentração dissolvida em água originalmente potável, mas
poluída. Devido a esse fenômeno, a concentração de organoclorados freqüentemente tem
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O CLORDANE pertence ao grupo dos ciclodienos e é constituído por uma mistura dos
isômeros HEXACLORO, BETA, ALFA, HEPTACLORO e ENEACLORO. Destes, o
Heptacloro é o que possui maior poder como agente pesticida; o isômero Beta por sua vez é
dez vezes mais potente que o Alfa.
A grande estabilidade química dos organoclorados é responsável pelo seu alto poder
residual no ambiente e tem provocado, nestes últimos 20 anos, apoio em pesquisas por parte
da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização para a Agricultura e Alimentação
(FAO), através de suas comissões de especialistas em praguicidas. Como resultados dessas
pesquisas e de outros centros especializados, hoje se sabe que os resíduos de defensivos
organoclorados se acumulam mais no homem, que está no topo da cadeia alimentar e estão
presentes, predominantemente, no tecido adiposo do corpo humano e nas substâncias
lipídicas.
O BHC apresenta toxidez por inalação e, apesar de não ser muito absorvido pela pele
causa irritação local. Sua toxicidade aguda oral no homem é cerca de 400mg/kg. O
LINDANE é absorvido pela pele, causando irritação também no nariz, olhos e garganta. É de
500mg/kg a dose de risco.
O manuseio do ALDRIN deve ser feito com cuidado, pois ele é altamente tóxico para
o homem e animais, sendo absorvido tanto pela pele como por inalação. Sua toxidez aguda
varia de 25 a 67mg/kg, dependendo da espécie animal. O DIELDRIN possui ação residual
maior que a do Aldrin, sendo absorvido pela pele. A dose perigosa do Dieldrin é de
100mg/kg, enquanto que a do Endrin é de apenas 25mg/kg.
O risco dos Organofosforados é que alguns deles são extremamente tóxicos para os
mamíferos. Os efeitos tóxicos agudos são basicamente devidos à desativação da
acetilcolinesterase (AChE), localizada na sinapse do sistema nervoso.
O PARATION ETÍLICO, tóxico por inalação, com toxicidade oral aguda elevada (6 a
15mg/kg) é absorvido pela pele e apresenta a dose perigosa da ordem de 50mg/kg. Não se
acumula no organismo, de modo que é pouco tóxico sob o aspecto crônico.
Possui toxicidade por via oral elevada, com DL50 entre 50 e 80mg/kg para ratos.
Apesar de tóxicos para as abelhas sofre hidrólise nos mamíferos, sendo pouco tóxico para
eles. MEVINFOS, muito tóxico para os mamíferos, oxida-se química e biologicamente,
tornando-se forte inibidor da enzima colinesterase. DL50 oral para ratos é de 30mg/kg (Dados
citados por Ribeiro, 1991, (3)).
2.4 - Carbamatos
O ALDICARB é metabolizado pelos animais e plantas, sendo tóxico não só por via
oral como também pela absorção, através da pele e por inalação dos vapores. Sua toxicidade
aguda oral é muito elevada, sendo de apenas 0,9mg/kg seu DL50 em ratos.
PROPOXUR possui baixa toxicidade por via oral, não sendo tóxico por inalação.
CARBARIL age por contato e inalação, sendo de baixa toxicidade: 540mg/kg sua dose média
aguda oral. Inibe a colinesterase do sangue e não se acumula no organismo. Ele tem sido
associado a efeitos teratogênicos.
Tabela 3 - Os valores limites (em μg/L) estipulados pela Resolução CONAMA nº 20, para
agrotóxicos nos corpos d’água de classes 1 e 2
A América Latina não se salva do impacto. Mais de um terço da sua população vive
em zonas de risco e a cada ano 1,4 milhão de pessoas, sobretudo crianças, contraem a
enfermidade, que em seu combate são consumidos mais de US$ 105 milhões anuais, segundo
dados da Organização Pan-americana de Saúde (OPS). Alguns observadores atribuem o
devastador efeito da malária às limitações impostas por governos e ambientalistas ao uso do
DDT, composto de amplas propriedades inseticidas, patenteado em 1937 pelo químico suíço
Paul Muller. A eficácia e persistência inseticida do DDT evitaram grandes perdas de colheita
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Entretanto, o mundo se colocou em guarda contra o DDT nos anos 70, quando alguns
estudos sugeriram que é cancerígeno, provoca partos prematuros, contamina alimentos e
causa danos neurológicos, respiratórios e cardiovasculares. Então, surgiram outros inseticidas,
mas todos mais caros. "Nenhum estudo é concludente sobre os efeitos danosos do DDT, mas
com base no princípio da precaução e pela aparente pressão de algumas grandes companhias
que produzem inseticidas, que competem com o DDT, foi estabelecido seu limite de uso",
disse ao Terramérica o cientista Américo Rodríguez, do Centro de Pesquisa de Paludismo do
México.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), motor do Convênio,
de antemão pediu cautela com a questão do DDT. Documentos dessa agência redigidos a
propósito do encontro no Uruguai, indicam que os participantes poderiam concluir que "os
países que atualmente utilizam o DDT para controle de vetores de enfermidades talvez
necessitem manter esse uso enquanto as condições locais não forem as ideais e até que se
disponha de alternativas". O diretor-executivo do Pnuma, Klaus Toepfer, foi ainda mais claro:
"A menos que sejam feitos investimentos ambiciosos na busca de melhores vacinas contra o
parasita do paludismo e melhores inseticidas para lutar contra os mosquitos vetores, vai
demorar muitos anos para se chegar à completa eliminação do DDT".
A cada ano são usadas em alguns países 7.500 toneladas de DDT para desinfetar
paredes interas de residências. É uma forma relativamente barata e eficaz de repelente e morte
para os mosquitos transmissores do paludismo. Na América Latina, várias nações consideram
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o DDT sua última arma para combater uma possível epidemia. O Equador, por exemplo,
pedirá em Punta del Este que o inseticida não seja eliminado no momento do mercado.
Este país deseja que se possa usar o DDT "pelo menos nos próximos anos" até
existirem estratégias integrais alternativas para combater a malária, disse ao Terramérica
Ricardo Tapia, coordenador do projeto sobre contaminantes orgânicos persistentes, financiado
pela ONU. Nesse país, que registrou 52 mil casos de malária em 2003, não se usa DDT desde
1990, mas as autoridades não desejam acabar com a possibilidade de fazê-lo sem que haja
uma emergência sanitária (CEVALLOS, 2005).
Desde que Rachel Carson publicou em 1962 seu livro "Silent Spring" (Primavera
Silenciosa), os ambientalistas extremistas têm procurado proibir a utilização do DDT.
Usando estudos fraudulentos do Fundo de Defesa Ambiental e do Conselho de Defesa dos
Recursos Naturais, a Agência de Proteção Ambiental (APA), sob controle dos ativistas
ambientais, proibiu o DDT em 1972. Os extremistas convenceram a nação de que o DDT não
só era perigoso para os seres humanos, mas também perigoso para os pássaros e outras
criaturas. Desde então, os argumentos deles têm sido cientificamente refutados.
O DDT salvava não somente as colheitas, as florestas e o gado, mas também os seres
humanos. Em 1970, a Academia Nacional de Ciências dos EUA avaliou que o DDT salvou
mais de quinhentos milhões de pessoas durante o período em que foi amplamente utilizado.
Uma comissão de avaliação científica da APA mostrou que o DDT não é prejudicial ao meio
ambiente e revelou que o DDT é uma substância benéfica que "não deveria ser proibida". De
acordo com a Organização Mundial de Saúde, a malária contagia trezentos milhões de
pessoas no mundo inteiro. Aproximadamente um milhão de pessoas morre de malária
anualmente. A maioria das vítimas está na África, e a maioria são crianças.
No Sri Lanka, em 1948 ocorreram quase três milhões de casos de malária e sete mil e
trezentas mortes. Com a utilização extensiva do DDT, os casos de malaria caíram para 17,
sem nenhuma incidência de morte, em 1963. Depois que a utilização do DDT foi suspensa, os
casos de malaria no Sri Lanka subiram para dois milhões e meio nos anos de 1968 e 1969, e
até hoje essa doença continua matando nesse país.
O fato de que o DDT salva vidas podia ser, em parte, a explicação do motivo da
hostilidade que existe contra esse produto. Alexander King, fundador do Clube Maltusiano
(WILLIAMS, 2007) de Roma, escreveu num documento biográfico de 1990:
"Minhas próprias dúvidas vieram na época do surgimento do DDT. Na Guiana, dentro de dois anos
depois de sua utilização, o DDT tinha quase eliminado a malária. Então minha principal briga com o DDT, em
retrospecto, é que esse produto ajudou em muito a aumentar o problema populacional".
Conforme informações registradas, o Dr. Charles Wurster (WILLIAMS, 2007), um
dos principais oponentes do DDT, disse:
"As pessoas são a causa de todos os problemas. Há muitas pessoas. Precisamos nos livrar de algumas,
e isso [referindo-se às mortes de malária] é um bom meio".
Ficamos realmente perplexos então com a posição dos grupos religiosos, dos comitês
de defesa dos negros no Congresso, das ONGs, dos políticos e outros que alegam estar
preocupados com a situação dos pobres ao redor do mundo enquanto ao mesmo tempo
aceitam ou promovem proibições contra o DDT e o sofrimento e mortes desnecessários que
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seguem o rastro dessas proibições. A malária transmitida por mosquito não só tem
conseqüências devastadoras para o sistema de saúde, mas também sufoca o crescimento
econômico.
Foi distribuída para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Governo Federal, para
decisão em caráter terminativo, o Projeto de Lei do Senado n° 416, de 1999, de autoria do
Senador Tião Viana, com parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ).
relacionado com a extinção de insetos, peixes, aves, mamíferos e outras espécies animais,
podendo permanecer no ambiente por dezenas de anos sem se degradar.
Por ser altamente volátil, é levado para a atmosfera e conduzido até os pólos, por
exemplo. Pesquisas indicam a presença de DDT até em pingüins do Ártico, área nunca
submetida à aplicação do produto. Além da capacidade de persistência, o produto apresenta
elevada toxicidade, sendo armazenados nos tecidos gordurosos do organismo humano e de
outras espécies animais, com efeitos cumulativos danosos para o coração, fígado, rins, cérebro
e outros órgãos.
Os efeitos colaterais decorrentes do uso em larga escala do DDT terminaram por levar
a maioria dos países a banir a fabricação e o uso desse inseticida de alto poder residual. Se
por um lado, ele permite controlar os danos causados pelas pragas na agricultura e os
mosquitos transmissores de diversos tipos de enfermidades, por outro, conforme sustenta o
autor do projeto, no ambiente, sua ação não seletiva ataca tanto as pragas agrícolas ou os
vetores de doenças contra os quais é empregado quanto destrói, indiscriminadamente, outras
espécies da fauna e da flora nativas, elimina predadores naturais e gera resistência [das
pragas].
Com vistas a evitar definitivamente o uso desse produto, a Justiça Federal proferiu, em
janeiro de 1997, sentença determinando que o Ministério da Saúde instituísse no prazo de três
anos, programa científico federal voltado à substituição do inseticida DDT nas campanhas de
saúde pública.
de doenças transmitidas por insetos, inclusive da malária. Não obstante muitos países onde a
malária é endêmica ainda fazerem uso do DDT, seu emprego na batalha contra a moléstia está
bem documentado e os resultados não chegam a ser convincentes. Isso acontece devido à
capacidade de adaptação do mosquito transmissor, o qual, em pouco tempo, dada a rapidez
com que se reproduz, pode desenvolver resistência ao inseticida, tornando-o ineficaz.
Dados da literatura específica indicam que o DDT foi introduzido na Índia nos anos
50. Inicialmente os casos de malária caíram de 75 milhões para 50 mil. No entanto, em 1976,
o número de casos havia subido para 6,5 milhões, o que vem exigindo o uso de drogas cada
vez mais potentes – e, portanto, gastos mais vultosos – para o controle da doença.
Esse acordo, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), visa,
inicialmente, à eliminação total de 12 (doze) substâncias extremamente nocivas à saúde
ambiental e à saúde humana, resistente à degradação, muito estável, e cuja característica mais
perniciosa é seu efeito bioacumulativo nos tecidos de animais e do homem. Nessa lista
encontra-se o DDT.
O DDT foi o primeiro, e mais importante, de uma nova família de inseticidas, ditos
"orgânicos", feitos a base de derivados de carbono, que agem bloqueando os processos
metabólicos vitais das espécies afetadas. O DDT pertence ao grupo dos compostos
organoclorados, ou seja, baseados numa combinação de carbono e cloro; outro grupo de
inseticidas orgânicos é baseado na combinação de carbono e fósforo.
pela necessidade de combater os insetos que servem de vetores para doenças tropicais como a
malária: na campanha da então Birmânia, as tropas inglesas sofreram mais baixas por malária
do que por fogo inimigo.
Desde os anos 40, o DDT passou a ser usado em larga escala, em alguns casos com
efeitos imediatos extremamente benéficos - por exemplo, no combate ao mosquito
transmissor da já citada malária: em algumas regiões, o uso do DDT fez a incidência de novos
casos cair em mais de 90%. No Brasil, por volta de 1960, a malária, embora continuasse
sendo endêmica na Amazônia, estava controlada.
Mudança essa que, muitas vezes, por sua vez não raro acarreta novas oportunidades
para que tais doenças ressurjam e se disseminem. Mas o fato é que, naquele momento, a
incidência de novos casos de malária no Brasil e em outros países, mesmo nas regiões em que
era endêmica, havia sido reduzida a patamares extremamente baixos e era estável quando não
decrescente. Não por muito tempo.
Como inseticida, o DDT tem uma característica que o torna particularmente eficaz: é o
que se chama um agente "de largo espectro", atua sobre várias espécies de insetos. No Brasil,
o Detefon, a base de DDT, tinha como "slogan" "Detefon é que mata mosca e mosquito, pulga
e barata". E matava mesmo.
Por isso mesmo, além do combate a pragas domésticas e a doenças, o DDT - o mesmo
vale para outros inseticidas orgânicos - passou a ser usado como defensivo agrícola.
Intensamente - em grandes quantidades. E extensamente - em grandes áreas. Por ser solúvel
em óleo, o DDT é de fácil aplicação, desde o borrifamento direto - muitos talvez se lembrem
das imagens de pessoas com tambores nas costas, borrifando plantações com inseticidas - até
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a nebulização, nuvens de inseticida que são despejadas de aviões - sendo que por esse método
às vezes o vento mudava, e o inseticida acabava caindo em outro lugar que não o visado.
E rapidamente começou a haver a contaminação por DDT de rios e lençóis d' água. O
DDT não é solúvel em água, donde resíduos de DDT eram levados, pelas chuvas ou por
irrigação, para rios e para lençóis subterrâneos, em quantidades crescentes, e daí se
espalhavam por até centenas ou milhares de quilômetros, devastando a fauna fluvial e lacustre
como nas várias mortandades de peixes observadas na década de 50, principalmente nos
Estados Unidos onde o uso desenfreado de inseticidas havia se disseminado - e afetando até
mesmo suprimentos de água potável. Conseqüentemente, pessoas vivendo muito longe das
áreas tratadas com DDT estavam bebendo inseticida em concentrações cada vez maiores.
Os efeitos foram mais além. Exatamente por ter uma grande afinidade com substâncias
graxas, o DDT se transmite, pelas gorduras, através da cadeia alimentar - às vezes, de forma
exponencializada. Por exemplo: se um rebanho leiteiro for alimentado com forragem em que
haja resíduos de DDT da ordem de 7 a 8 partes por milhão, no leite desse gado a concentração
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terá caído para menos da metade, aí umas 3 partes por milhão; mas na manteiga produzida
com esse leite terá subido, devido ao alto teor de gordura, para 60 a 70 partes por milhão -
quase dez vezes a concentração original. Como se não bastasse, foi constatado que a
contaminação por DDT passava de mãe para filho, através do leite materno; as criancinhas, ao
serem amamentadas, já ingeriam DDT.
Nos Estados Unidos, o livro Silent Spring teve um grande impacto sobre a opinião
pública, e é considerado o deflagrador do que viria a ser chamado de "consciência" e
"movimento" ambientalistas. E foi alvo de uma imediata e violenta campanha negativa. Não
apenas pelo interessados diretos em o desacreditar, como os fabricantes, distribuidores e
usuários desses inseticidas e setores associados como a indústria alimentícia, mas também por
boa parte da "grande imprensa" (a revista Time alegou que o livro usava "linguagem
inflamatória") e pela maioria das instituições ditas científicas.
A tal ponto que a American Medical Association, a Associação Médica dos Estados
Unidos, divulgou um relatório oficial destinado a "tranqüilizar" o público, afirmando
categoricamente que - a despeito da evidência apresentada em Silent Spring bem como por
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médicos, serviços de saúde e biólogos - não havia qualquer "evidência científica" de que o
DDT e similares oferecessem o menor risco que fosse à saúde humana.
A pessoa de Rachel Carson foi igualmente alvo das mais pesadas acusações. O
mínimo que foi dito, diante da impossibilidade de se negar seu histórico acadêmico, é que não
estaria qualificada para conduzir investigações, e chegar a resultados, tão abrangentes quanto
havia feito - em linguagem mais simples, que teria "dado um passo maior que as pernas", de
novo desconsiderando a base estritamente factual do livro. Além disso, foi tachada entre
outros epítetos de "alarmista", "anti-business", "anti-American" e, num óbvio deslize sexista,
"histérica".
Rachel Carson morreu em 1964. Em 2000, Silent Spring (partes do qual haviam sido
publicados na revista The New Yorker) foi eleito pela New York School of Journalism como
o segundo melhor trabalho de jornalismo publicado nos Estados Unidos no século 20.
E até 1972 - dez anos depois da publicação de Silent Spring - o mesmo Robert White
Stevens ainda defendia ferrenha e publicamente que inseticidas orgânicos podiam ser usados à
vontade, porque, de novo "cientificamente", eram absolutamente inofensivos para o meio
ambiente e para a saúde humana. E o DDT e congêneres continuam a ser usados até hoje. Não
nos Estados Unidos onde foram banidos. Mas empresas estadunidenses ainda fabricam DDT e
o exportam para países do chamado Terceiro Mundo - e assim também fazem, nesses países,
subsidiárias locais de empresas sediadas nos EUA.
Com isso, não raro os usuários de inseticidas se viram trocando uma praga por outra
ainda mais devastadora, mais resistente aos inseticidas usados e que pôde proliferar ou por
não ter mais de competir com as espécies atingidas pelo uso de inseticidas ou porque estes
haviam também dizimado as espécies benéficas, que as predavam e mantinham suas
populações controladas.
Uma outra situação típica foi a infestação por lagartas, que de modo geral tendem a ter
maior tolerância a inseticidas: mesmo que morram ao se alimentarem de vegetais saturados,
tal processo é mais lento, e até que se consume podem ter ocorrido sérios danos à agricultura.
Além disso, inseticidas orgânicos têm pouco ou nenhum efeito direto sobre aracnídeos
(alguns extremamente nocivos à agricultura e à pecuária, como algumas famílias de ácaros
que sugam a clorofila de vegetais e os carrapatos hematófagos que infestam o gado) e sobre
moluscos como lesmas, que são herbívoras, e caramujos, que podem ser transmissores de
parasitas patogênicos como o Schistosoma, causador da esquistossomose. Mas podem ter
graves resultados quando seus efeitos se difundem pela cadeia alimentar.
Menos de vinte anos após a adoção indiscriminada dos inseticidas orgânicos surgiram
e se disseminaram cepas de insetos resistentes. A resposta a essa ameaça foi a busca frenética
por desenvolver novos inseticidas, cada vez mais potentes. O que por sua vez acelerou o
processo de surgimento e disseminação de novas cepas ainda mais resistentes.
Desencadeamos uma "corrida armamentista" em que os insetos, por suas próprias
características biológicas, estão e estarão sempre um passo à frente.
Dependem:
a) Condições sócio-econômicas;
b) Oportunidades de emprego;
c) Sistemas ambientais seguros (água, esgoto, moradia, ...);
d) Garantia de direitos (segurança, assistência médico-hospitalar);
e) Convivência em sociedade.
Saneamento: Controle dos fatores do meio físico do homem, que influenciam diretamente
sobre o seu bem-estar físico, mental e social, ou seja, sobre sua saúde. São atividades de
saneamento:
. Abastecimento de água;
. Esgoto sanitário;
. Drenagem urbana;
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Meio Ambiente: Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química
e biológica que permite, abriga e reage à vida em todas as suas formas. Degradação da
Qualidade Ambiental: alteração adversa das características do meio ambiente.
1- Escala Global:
a) Efeito estufa;
b) Degradação do ozônio;
c) Perada da biodiversidade;
d) Desertificação;
e) Poluentes químico.
Nas últimas duas décadas houve melhora significativa na cobertura de alguns serviços,
sobretudo nas áreas urbanas, em relação à distribuição de água e coleta de lixo. No entanto a
oferta de rede coletora de esgoto, de tratamento de esgoto e disposição final adequada de
resíduos sólidos, bem como o atendimento às áreas rurais, às pequenas cidades, periferias de
grandes centros urbanos e de outros segmentos ficaram relegados a um segundo plano (Censo
demográfico, IBGE, 2000).
II- CHUVA ÁCIDA: Resultante da ligação de SO2 e NO, com umidade, provocam a
formação de ácido sulfúrico e nítrico. Em quantidades limitadas, o ambiente neutraliza a
acidez, quando isso não ocorre, vem a chuva ácida.
Nas Tabelas 4(a) e 4(b), estão mostrados alguns fatores prejudiciais à qualidade
natural das águas por agrotóxicos e por alguns outros poluentes, respectivamente.
Tabela 4(a) - Fatores Prejudiciais dos Agrotóxicos à Qualidade Natural das Águas.
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Tabela 4(b) - Fatores Prejudiciais de alguns poluentes à Qualidade Natural das Águas.
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O mesmo produto químico pode provocar tanto efeitos agudos como crônicos no
mesmo organismo, embora, normalmente, mediante mecanismos fisiológicos diferentes. Por
exemplo, um sintoma de toxicidade aguda à exposição de seres humanos a muitos dos
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organoclorados é uma irritação da pele que leva a cloracne, uma doença persistente,
desfiguradora e dolorosa, análoga à acne comum, mas teme-se também que a exposição
constante a doses individuais muito mais baixas que aquelas capazes de produzir as doenças
de pele possa finalmente levar ao aparecimento do câncer.
para fármacos, tais como remédios contra a dor de cabeça, são menores para crianças que para
adultos, devido principalmente à diferença na massa corporal).
Como a faixa de doses em tais gráficos excede, com freqüência, uma ordem de
grandeza, e como os efeitos no extremo inferior da escala de concentração são muitas vezes
importantes na tomada de decisões ambientais e não podem ser claramente observados pelo
uso de escalas lineares, o gráfico dose-resposta é freqüentemente representado com uma
escala logarítmica para os valores de dose. Normalmente, resulta dessa transformação uma
curva em forma de “S” ou “sigmóide”, figura B.
Na maioria das vezes o efeito “resposta” buscado nos testes com animais para
construir as curvas doses-resposta é a morte. A dose letal para 50% da população dos animais
testados é chamada de valor LD50 da substância; sua determinação a partir de uma curva dose-
resposta está indicada pelas linhas tracejadas mostradas na figura A. Quanto menor o valor de
LD50, mais potente (mais tóxico) é o produto químico, já que é requerida uma menor
quantidade da substância para afetar o animal. Um produto muito menos tóxico que o
ilustrado na figura B teria uma curva sigmóide deslocada para a direita daquela mostrada.
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Muitas fontes cotam os valores de LOD 50, a dose oral letal, quando o produto
químico foi administrado por via oral aos animais testados, em oposição à via dérmica ou a
outras vias. Por exemplo, o valor de LOD 50 para o DDT em ratos é de cerca de 110mg/kg.
Como anteriormente mencionado em geral presume-se que os valores de LD 50 e LOD50 são
aproximadamente transferíveis entre espécies. No caso do DDT, sabe-se que os seres
humanos sobrevivem a doses de cerca de 10mg/kg, portanto, mas não temos evidência direta
de que o valor de 110mg/kg, para ratos, seja também válido para humanos.
Muito mais relevante que a toxicidade aguda do DDT é sua capacidade de causar
efeitos crônicos em pessoas (câncer, por exemplo). Embora não seja considerado
tradicionalmente como carcinógeno para os seres humanos, um estudo epidemiológico feito
por Mary Wolff, do Mount Sinai Hospital de Nova York, mostrou que, quanto maior a
concentração de DDE no sangue de uma mulher, maior sua probabilidade de contrair câncer
de mama. Contudo, estudos posteriores não conseguiram confirmar a associação entre câncer
de mama e DDE.
Nas curvas doses-resposta para algumas substâncias, existe uma dose abaixo da
qual nenhum dos animais é afetado; ela é chamada de limiar. A maior dose para qual não são
observados efeitos encontra-se ligeiramente abaixo e é chamada “nível de efeitos não-
observáveis (NOEL)”, embora algumas vezes os dois termos sejam usados de modo
intercambiável. É difícil determinar o nível limiar ou NOEL, porque pode ocorrer, quando são
envolvidos mais animais em um determinado estudo, a descoberta de alguns efeitos a doses
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baixas que não se manifestam com um número menor de animais testados. A maioria dos
toxicologistas acredita que, para efeitos diferentes da carcinogênese, existe provavelmente
para cada substância química um nível limiar diferente de zero.
4 - Herbicidas Orgânicos
A indústria química que pesquisa, produz e vende defensivos agrícolas tem hoje uma
enorme preocupação com o problema do desenvolvimento de resistências. Também a FAO
(Organização para Agricultura e Alimentação, das Nações Unidas) considera o problema da
resistência de pragas, doenças e ervas daninhas uma das grandes preocupações para a defesa
sanitária vegetal.
Particularmente com herbicidas problemas agudos surgiram, a partir dos anos 80, com
o desenvolvimento de produtos altamente eficientes e seletivos, porém sensíveis ao problema
da resistência, como os inibidores da ACCase e da ALS.
Há uma década uma grande empresa química testava, em média, 10.000 moléculas por
ano e entre 20.000 testadas apenas uma chegava a formar um defensivo agrícola comercial.
Enormes avanços tecnológicos aconteceram. Hoje essa mesma empresa testa cerca de 100.000
moléculas por ano, mas a proporção de êxitos ficou menor – talvez 30 ou 40 mil moléculas
testadas para um êxito. O tempo de desenvolvimento, entretanto, tem diminuído, havendo
casos de se desenvolver um produto novo em 5 anos.
É sempre mais fácil desenhar uma nova molécula dentro de um grupo químico que já
tem apresentado moléculas ativas. Essa molécula terá que apresentar vantagens significativas
sobre outras já existentes e ainda não estar coberta por patente. Uma nova molécula, dentro
de um mesmo grupo, pode ser beneficiada se já existe uma unidade de produção industrial
para o grupo químico, dispensando grandes investimentos na construção de uma nova fábrica.
Grande esforço está sendo feito para encontrar moléculas ativas com mecanismo de
ação diferente dos produtos já existentes. Atualmente os processos de análise e síntese
química estão extremamente sofisticados, assim como estudos da bioquímica, o que vem
permitindo avanços científicos fabulosos.
Estudos profundos estão sendo feitos para desvendar todo o mecanismo bioquímico
dos vegetais e encontrar sítios numa cadeia de eventos onde um bloqueio impeça uma reação
essencial, levando a planta à morte.
Biótipos resistentes tem surgido em algumas regiões. A solução é fácil, pois existem
muitos produtos alternativos que dão bom controle, em diversas culturas. Após anos de
intenso uso de Quinchlorac, um produto mimetisador de auxinas, surgiram alguns casos de
resistência. Com a introdução de Clefoxydim, que é um inibidor da ACCase, encontrou-se
uma solução, pois o mecanismo de ação é distinto e não há uma resistência cruzada. No
litoral de Santa Catarina surgiu uma resistência dessa invasora aquática a herbicidas
inibidores de ALS. Como alternativa foi indicado, pela pesquisa oficial, o Bentazon, com
amplo sucesso.
Novas técnicas de cultivo podem alterar o potencial de certos produtos. Por exemplo o
plantio direto na palha restringe o mercado para produtos a serem incorporados ou usados em
pré-emergência. Essa modalidade de cultivo, de extraor-dinária importância, só se tornou
possível com a introdução de herbicidas seletivos de pós-emergência.
Uma nova realidade veio a ser criada com a engenharia genética que, criando plantas
transgênicas resistentes a certos herbicidas, veio restringir fortemente mercados para
herbicidas tradicionais. O exemplo mais dramático é a soja transgênica, tolerante ao herbicida
Glifosato. Muitos projetos de novos herbicidas tradicionais tiveram que ser cancelados.Por
outro lado, diversas empresas estão desenvolvendo plantas transgênicas resistentes a outros
tipos de herbicidas. Serão essas tecnologias o fim dos herbicidas tradicionais? Certamente
não, porém tais produtos precisam agora procurar nichos específicos.
Em geral, as concentrações desses herbicidas nas águas dos canais que servem
para drenar as terras utilizadas para cultivo atingem seu máximo em maio e são indetectáveis
no final do verão; contudo, podem ser detectadas nos Grandes Lagos em ambas as épocas e
são relativamente tóxicas para os peixes. O alaclor e seus produtos de degradação têm sido
detectados em lençóis freáticos situados sob campos de milho. Sabe-se que o metolaclor
degrada-se no ambiente pela ação da luz solar e da água.
O clorobenzeno reage com NaOH a altas temperaturas para substituir o –Cl por
um –OH, produzindo o composto chamado fenol:
O grupo O-Na+ é um grupo reativo, e tal propriedade pode ser explorada para
preparar moléculas que contenham a unidade C – O – C. Assim, se uma molécula R – Cl é
aquecida em presença de um sal que contém o íon fenóxido, produz-se a eliminação de NaCl,
e o oxigênio do grupo fenóxi liga-se ao anel benzênico mediante o grupo R:
Tal reação é a rota comercial mais direta para a preparação em grande escala do
herbicida, introduzido em 1944, cujo nome comercial bem-conhecido é 2,4,5-T. Nele o grupo
R é o ácido acético, CH3COOH, com exceção de um dos hidrogênios do grupo metila, de
maneira que R = – CH2COOH, e o reagente Cl – R é Cl – CH 2COOH. Assim, de acordo com
60
O composto 2,4-D (que é produzido por uma estratégia sintética que não envolve
a formação em primeiro lugar do correspondente fenol ploclorado) é usado para eliminar
ervas daninhas de folhas largas em gramados, campos de golfe e campos de cultura. Já o
2,4,5-T é efetivo para eliminar mato, por exemplo, nas margens das estradas e nos caminhos
de passagem de fios de alta tensão.
O herbicida conhecido como MCPA é como o 2,4-D, mas com o cloro da posição
2 substituído por um grupo metila, CH3. Os herbicidas chamados diclorprop, silvex e
mecoprop são similares ao 2,4-D, 2,4,5-t e MCPA respectivamente, mas suas moléculas têm
um grupo metila substituindo um hidrogênio do grupo – CH 2 – da cadeia ácida; desse modo
são herbicidas fenóxi baseados no ácido propiônico, CH3CH2COOH, e não no ácido acético.
Nesse processo, forma-se um novo anel de seis membros, que conecta os dois
anéis benzênicos clorados. Esse anel central tem dois átomos de oxigênio localizados em
posição para com respeito um ao outro, como encontrado na molécula simples 1,4-dioxina ou
para-dioxina (p-dioxina).
sua fabricação e seu uso na América do Norte foram gradualmente proibidos em meados dos
anos 80 devido ao seu teor de dioxina. O uso de pesticidas baseados em clorofenol foi
responsável pela metade das emissões ambientais de dioxinas no início dos anos 70.
Visto que o fenol havia sido aquecido a uma temperatura elevada, foi produzida
uma quantidade considerável de dioxina – provavelmente alguns quilogramas; a explosão
distribuiu a toxina de maneira efetiva no ambiente. Muitos animais morreram devido à
contaminação. Embora um grande número de pessoas, tanto adultos quanto crianças, também
tenham sido expostas ao produto químico devido à explosão, não foram detectados, durante
muitos anos, efeitos graves para a saúde dos seres humanos.
Os substituintes cloro dos anéis externos devem ser considerados, de maneira que a dioxina
mostrada abaixo é uma tetraclorodibenzo-p-dioxina, ou TCDD, para abreviar.
furanos (um grupo de compostos parecidos com as dioxinas em sua estrutura) estão presentes
em peixes e carnes em níveis de dezenas ou centenas de picogramas (pg, ou 10 -12g) por grama
de alimento; em outras palavras, ocorrem em níveis de algumas partes por quatrilhão (a
grosso modo, uma pessoa deveria consumir um milhão de toneladas de alimentos para ingerir
um grama de dioxina nesse nível de contaminação). Contudo, deve-se observar que o volume
maior de dioxinas e furanos presentes na natureza não se encontra nos sistemas biológicos:
seu sítio de deposição mais comum são os solos e os sedimentos.
a) 2,4-D
Formulação
Marca Fabricante
(expressa em equivalente ácido)
DMA* 806 BR (dimetilamina) solução aquosa concentrada, 670 g/l Dow Agrosciences
Esteron* 400 BR (éster butílico) concentrado emulsionável, 400 g/l Dow Agrosciences
b) Dicamba
Translocação: apossimplástica.
67
c) Fluroxipir – MHE
d) Glyphosate
e) Paraquat
Grupo químico: bipiridilios. Nome químico: 1,1’ -dimetil-4,4 bipiridilio íon (dicloreto).
Absorção: foliar e por outros tecidos verdes da planta, sendo a absorção quase instantânea.
Translocação: muito reduzida, por matar os órgãos de translocação.
f) Picloram
g) Tebuthiuron
h) Triclopyr
Muitas vezes por não respeitar muitos desses aspectos, o produtor pode colocar a sua
cultura em risco, podendo ainda, e isso é muito comum, ficar confuso com relação aos
sintomas apresentados pela planta, que passam desapercebidos. Esses por sua vez sendo
descobertos somente no momento da colheita, afetam bastante a produtividade por área e
conseqüentemente da produção.
72
Os sintomas são bem variados, mas podem ser divididos em dois grupos principais:
aqueles que ocorrem na fase inicial e são percebidos ou visíveis e aqueles sintomas que
ocorrem nas fases finais da cultura e que não foram percebidos, chamados de fitotoxicidade
oculta. A fitotoxicidade oculta ainda divide as opiniões entre os pesquisadores, mas hoje já é
bem mais aceita do que no passado, principalmente em decorrência dos novos produtos que
foram sendo introduzidos no mercado.
concentração do herbicida em contato com a lavoura na sua fase inicial. O técnico explica que
algumas medidas podem ser tomadas para se evitar essas situações. Entre elas, esperar um
prazo em torno de 5 dias, sendo necessário que ocorra alguma precipitação neste intervalo. O
ideal seria uma precipitação de 60 mm; evitar usar doses cheias do 2,4D; evitar o uso deste
produto em solos arenosos; e procurar estudar junto ao agrônomo ou consultor o pós-manejo
de herbicidas. Todas essas medidas devem ser tomadas com suporte técnico de um agrônomo,
consultor ou orientação da empresa fornecedora do herbicida.
Vários produtores optam em não fazer safrinha ou, até mesmo, optam por não fazer
cultivos como cultura sucessora. Porém, no desenrolar do mercado, o preço torna-se atrativo,
o produtor torna-se propenso a plantar e aí começam os problemas. Estes, normalmente, são
decorrentes da falta de planejamento. Para que isso não ocorra, deve-se sempre utilizar
produtos de baixo residual, independente da cultura sucessora. Já quando se trata de áreas
irrigadas ou mesmo regiões de safrinha, este cuidado deve ser constante.
Hoje, no Brasil, existem alguns laboratórios que podem realizar análises de solo para
fins de detecção de resíduos. Para isso, basta se informar junto a uma cooperativa local ou
junto ao agrônomo sobre como proceder. Na prática é simples, basta encaminhar uma amostra
de solo para esse laboratório com a finalidade de identificar níveis existentes de herbicidas
que possam ser tóxicos para a cultura a ser implantada. No caso de dúvida sobre a existência
ou não de residual, pode se optar pela utilização de um teste biológico, que nada mais é do
que simular no campo uma possível situação que a lavoura sucessora irá passar.
plantar, juntamente com uma cultura indicadora o mais rápido possível na área suspeita,
chegando mesmo a se cultivar ainda quando a cultura anterior não foi retirada da área
(colhida). Irrigar, se estiver seco e também plantar num solo vizinho, que não recebeu a
aplicação do herbicida na cultura antecessora, para que sirva como testemunha. É importante
que esse solo tenha características físicas e químicas semelhantes e que a cultura indicadora
seja aquela que tenha uma maior sensibilidade ao herbicida residual, na grande maioria dos
casos o sorgo se apresenta com esta característica, porém existem outras culturas indicadoras
mais sensíveis de acordo com o herbicida estudado.
A cultura indicadora deve ser semeada também para que se possa identificar uma
possível fito oculta no milho (mais tolerante) já nas fases iniciais da lavoura. Após isso, deve
ser feita uma avaliação logo após a emergência e uma semana após, avaliando a lavoura, tanto
na área onde recebeu a aplicação do herbicida suspeito e na área testemunha. Na avaliação
deve-se comparar o número de plantas, plantas normais e a aparência delas (desenvolvimento
das plantas, aspecto das folhas e raízes, etc). Caso nada de anormal tenha sido detectado, ou
não detectando nenhuma diferença entre as plantas nas diferentes áreas, isso significa que a
área terá grandes chances de não apresentar fito imediata e oculta na cultura.
destes agentes químicos resultou em aumento da produtividade, mas por outro lado trouxe
conseqüências adversas ao homem, visto serem estes agentes nocivos ao homem e ao
ambiente.
4.5.3 - Biorremediação
5 - Considerações Finais
maciça e, freqüentemente, sem garantia do cumprimento das regras de segurança, janelas com
vidros espelhados que contribuem para o aquecimento das cidades, campos de golfe e
piscinas, em zonas secas como o Algarve em Portugal, e destruição da zona costeira em nome
do turismo, emanação em larga escala de gases poluentes não só pelos complexos industriais,
mas também pela excessiva circulação de veículos e pelos combustíveis utilizados,
cimenteiras implantadas em zonas protegidas, lixos provenientes de embalagens construídas
com materiais de difícil degradação, lixos hospitalares tratados sem os devidos cuidados
sanitários, lixos provenientes da utilização da energia nuclear. Isto para só lembrar alguns,
pois poderíamos continuar por aí fora.
E que dizer dos alimentos? Vacas loucas, frutos e vegetais contaminados por
pesticidas e adubos, frangos e porcos engordados com hormonas e defendidos das pragas por
antibióticos ministrados preventivamente, peixes com mercúrio, etc. A ameaça mais recente e
que, a meu ver, pode ter efeitos incalculáveis vem agora dos organismos geneticamente mod
ificados, de que gostaria de falar um pouco mais adiante. Parece-me aconselhável esclarecer
que a crítica às alterações ambientais não pressupõe o sonho idílico de retorno a um qualquer
paraíso perdido, inalterável.
É por isso que o Ambiente é uma questão que vale a pena e deve ser discutida. Perante
o perigo ambiental eminente, os ambientalistas formularam duas perguntas: “para quem é que
o perigo existe? E o que explica esse perigo acrescido? A questão do ‘perigo para quem’ tem,
por seu turno, duas componentes: quem, entre os seres humanos, e quem entre os [outros]
seres vivos.
Para preservar o ambiente, podemos considerar, desde já, dois tipos diferentes de
medidas: um tem a ver com a posterior eliminação e tratamento dos produtos poluentes
resultantes da atividade produtiva (toxinas, lixos industriais); o outro prende-se com
investimento na renovação dos recursos naturais (replantação de árvores, por exemplo) e na
aposta em encontrar fontes de energia ‘limpas’.
temos assistido. (O protocolo de Quioto só agora vai começar a ser implementado por alguns
países e o maior poluente, os Estados Unidos, não o assinou.).
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Apêndice
Art. 3º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição do art. 2º desta
Lei, só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se
previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos
federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.
§ 1º Fica criado o registro especial temporário para agrotóxicos, seus componentes e afins,
quando se destinarem à pesquisa e à experimentação.
§ 5º O registro para novo produto agrotóxico, seus componentes e afins, será concedido se a
sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor
do que a daqueles já registrados, para o mesmo fim, segundo os parâmetros fixados na
regulamentação desta Lei.
Parágrafo único. São prestadoras de serviços as pessoas físicas e jurídicas que executam
trabalho de prevenção, destruição e controle de seres vivos, considerados nocivos, aplicando
agrotóxicos, seus componentes e afins.
Art. 6º As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre outros, aos seguintes
requisitos:
devolução ser intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e
fiscalizados pelo órgão competente.(Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000).
§ 3o Quando o produto não for fabricado no País, assumirá a responsabilidade de que trata o §
2o, a pessoa física ou jurídica responsável pela importação e, tratando-se de produto
importado submetido a processamento industrial ou a novo acondicionamento, caberá ao
órgão registrante defini-la.(Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000).
Art. 7o Para serem vendidos ou expostos à venda em todo o território nacional, os agrotóxicos
e afins são obrigados a exibir rótulos próprios e bulas, redigidos em português, que
contenham, entre outros, os seguintes dados: (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000).
a) os possíveis efeitos prejudiciais sobre a saúde do homem, dos animais e sobre o meio
ambiente;
b) precauções para evitar danos a pessoas que os aplicam ou manipulam e a terceiros, aos
animais domésticos, fauna, flora e meio ambiente;
96
§ 2º Fica facultada a inscrição, nos rótulos, de dados não estabelecidos como obrigatórios,
desde que:
I - não dificultem a visibilidade e a compreensão dos dados obrigatórios;
II - não contenham:
a) afirmações ou imagens que possam induzir o usuário a erro quanto à natureza,
composição, segurança e eficácia do produto, e sua adequação ao uso;
b) comparações falsas ou equívocas com outros produtos;
c) indicações que contradigam as informações obrigatórias;
d) declarações de propriedade relativas à inocuidade, tais como "seguro", "não venenoso",
"não tóxico"; com ou sem uma frase complementar, como: "quando utilizado segundo as
instruções";
e) afirmações de que o produto é recomendado por qualquer órgão do Governo.
Art. 10. Compete aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos dos arts. 23 e 24 da
Constituição Federal, legislar sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e o
armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como fiscalizar o uso, o
consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte interno.
Art. 11. Cabe ao Município legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento dos
agrotóxicos, seus componentes e afins. Art. 12. A União, através dos órgãos competentes,
prestará o apoio necessário às ações de controle e fiscalização, à Unidade da Federação que
não dispuser dos meios necessários.
98
Art. 12A. Compete ao Poder Público a fiscalização: (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000).
Art. 13. A venda de agrotóxicos e afins aos usuários será feita através de receituário próprio,
prescrito por profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionais que forem
previstos na regulamentação desta Lei.
Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das
pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, comercialização, utilização, transporte e
destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, não cumprirem o
disposto na legislação pertinente, cabem: (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000).
d) ao registrante que, por dolo ou por culpa, omitir informações ou fornecer informações
incorretas;
f) ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados à
proteção da saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos na produção, distribuição e
aplicação dos produtos.
Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar, prestar serviço, de
destinação a resíduos e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, em
descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente estará sujeito à pena de
reclusão, de dois a quatro anos, além de multa. (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000).
Art. 17. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração de disposições
desta Lei acarretará, isolada ou cumulativamente, nos termos previstos em regulamento,
independente das medidas cautelares de estabelecimento e apreensão do produto ou alimentos
contaminados, a aplicação das seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa de até 1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referência - MVR, aplicável em dobro
em caso de reincidência;
III - condenação de produto;
IV - inutilização de produto;
V - suspensão de autorização, registro ou licença;
VI - cancelamento de autorização, registro ou licença;
VII - interdição temporária ou definitiva de estabelecimento;
VIII - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, com resíduos acima do
permitido;
100
IX - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, nos quais tenha havido aplicação
de agrotóxicos de uso não autorizado, a critério do órgão competente.
Parágrafo único. A autoridade fiscalizadora fará a divulgação das sanções impostas aos
infratores desta Lei.
Parágrafo único. Aos titulares do registro de produtos agrotóxicos que têm como
componentes os organoclorados será exigida imediata reavaliação de seu registro, nos termos
desta Lei.
101
Art. 21. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contado da
data de sua publicação.