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UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
UNIVERSIDADE DA PISCINA
BAUMINAS HIDROAZUL
Guia de Estudos
Curso avançado
Cataguases, 2021
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UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
Edição – 2021
Projeto Gráfico – Marketing BAUMINAS Hidroazul
Diagramação – Suporte Técnico BAUMINAS Hidroazul
Revisão técnica – Suporte Técnico BAUMINAS Hidroazul
Coordenação
2021
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ÍCONES
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SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................................................ 11
Unidade I- Importância das Piscinas ................................................................................ 14
1. Importância social .......................................................................................................... 14
2. Importância sanitária..................................................................................................... 14
2.1 Principais parâmetros físico-químicos............................................................. 15
2.2 Principais parâmetros microbiológicos ........................................................... 16
Unidade II- Classificação das piscinas ............................................................................. 20
1 Critério de uso................................................................................................................. 20
1.1 Públicas .................................................................................................................... 20
1.2 Coletivas ................................................................................................................... 21
1.3 De hospedaria ......................................................................................................... 21
1.4 Residenciais coletivas .......................................................................................... 22
1.5 Residências privativas .......................................................................................... 22
2 Suprimento e tratamento de água ............................................................................. 23
2.1 Recirculação e tratamento ................................................................................... 23
2.2 Renovação contínua programada com tratamento....................................... 23
2.3 Renovação contínua programada sem tratamento ....................................... 23
2.4 Renovação programada (encher e esvaziar) .................................................. 23
3 Finalidade ......................................................................................................................... 23
3.1 Desportivas .............................................................................................................. 23
3.2 Recreativas .............................................................................................................. 24
3.3 Mistas ........................................................................................................................ 24
3.4 Infantis....................................................................................................................... 24
3.5 Especiais .................................................................................................................. 25
4 Condicionamento da temperatura da água ............................................................. 27
5 Características físico-químicas da água .................................................................. 27
6 Local das piscinas ......................................................................................................... 27
6.1 Abertas ...................................................................................................................... 27
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6.2 Cobertas-fechadas ................................................................................................. 28
6.3 Cobertas-abertas .................................................................................................... 28
7 Concepção ....................................................................................................................... 29
7.1 Artificiais................................................................................................................... 29
7.2 Naturais ..................................................................................................................... 29
8 Tipos de borda ................................................................................................................ 29
8.1 Borda transbordante ............................................................................................. 29
8.2 Borda infinita ........................................................................................................... 30
8.3 Borda seca ............................................................................................................... 30
8.3.1 Borda seca com skimmer ............................................................................ 30
8.3.2 Borda seca com canaleta ............................................................................. 31
9 Tipos de estrutura .......................................................................................................... 31
9.1 Piscina de concreto e alvenaria ......................................................................... 31
9.2 Piscina de fibra de vidro ....................................................................................... 32
9.3 Piscina de vinil ........................................................................................................ 33
RESUMO ............................................................................................................................... 34
Unidade III - Acessórios e Equipamentos de Manutenção.......................................... 36
1. Cabo e cabo telescópio ................................................................................................ 36
2. Peneiras ............................................................................................................................ 36
2.1 Peneira rasa ou cata folha ................................................................................... 36
2.2 Peneira funda .......................................................................................................... 36
3. Escovas ou esfregões................................................................................................... 37
3.1 Escova de nylon ..................................................................................................... 37
3.2 Escova de aço inoxidável .................................................................................... 37
4 Mangueira de aspiração ............................................................................................... 38
5 Aspirador .......................................................................................................................... 38
6 Capas ................................................................................................................................. 38
7 Bomba dosadora ............................................................................................................ 39
8 Skimmer ou coadeira .................................................................................................... 39
9 Ralo de fundo .................................................................................................................. 40
10 Aspiradores automáticos e robôs ......................................................................... 40
11 Equipamentos para tratamento .............................................................................. 40
11.1 Clorador flutuante .................................................................................................. 40
11.2 Dosador automático de cloro em pastilhas .................................................... 41
11.3 Gerador de cloro a base de sal ........................................................................... 41
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11.4 Ozônio ....................................................................................................................... 42
11.5 Ultravioleta ............................................................................................................... 43
11.6 Ionizador ................................................................................................................... 45
12 Casa de máquinas ...................................................................................................... 46
13 Equipamentos de filtragem...................................................................................... 46
13.1 Filtro ........................................................................................................................... 46
13.2 Tipos de filtros ........................................................................................................ 47
13.3 Componentes do filtro de areia .......................................................................... 49
Meio filtrante .................................................................................................................... 49
Manômetro ....................................................................................................................... 49
Visor de lavagem ............................................................................................................ 50
Válvula de purga ............................................................................................................. 50
Bomba ............................................................................................................................... 50
Pré-filtro ............................................................................................................................ 51
Válvula seletora ou multivia ........................................................................................ 51
13.4 Operações da válvula seletora com o filtro de areia .................................... 52
a) Filtrar ......................................................................................................................... 52
b) Retrolavar ................................................................................................................. 53
c) Pré-filtrar ou enxaguar .......................................................................................... 53
d) Recircular ................................................................................................................. 54
e) Fechar ou testar ...................................................................................................... 54
f) Drenar ........................................................................................................................ 55
RESUMO ............................................................................................................................... 57
Unidade IV – Contaminação da água da piscina ........................................................... 59
1. Veículos de contaminação da água da piscina ...................................................... 59
1.1 Ar ................................................................................................................................ 59
1.2 Água de alimentação ............................................................................................. 59
1.3 Materiais, equipamentos e vestimentas dos banhistas ............................... 59
1.4 Animais ..................................................................................................................... 59
1.5 Homem ...................................................................................................................... 60
2. Doenças relacionadas ao uso da piscina ................................................................ 63
3. Como prevenir infecções em piscinas ..................................................................... 64
RESUMO ............................................................................................................................... 66
Unidade V – Noções básicas de microbiologia aplicadas às águas de piscina.... 68
1. Microrganismos de maior relevância para balneabilidade e potabilidade da
água. .......................................................................................................................................... 69
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1.1 Bactérias ................................................................................................................... 69
1.2 Fungos ...................................................................................................................... 70
1.3 Vírus ........................................................................................................................... 70
1.4 Protozoários ............................................................................................................ 71
1.5 Algas microscópicas ............................................................................................. 71
Clorofíceas ....................................................................................................................... 72
Cianobactérias ou cianofíceas ................................................................................... 72
RESUMO ............................................................................................................................... 73
Unidade VI – Etapas para o tratamento de água das piscinas................................... 75
1. Cálculo do volume de água ......................................................................................... 75
2. Tratamento físico............................................................................................................ 78
3. Tratamento químico....................................................................................................... 79
3.1 Prevenção ou remoção de metais ..................................................................... 80
3.2 Ajuste de Alcalinidade .......................................................................................... 80
3.2.1 Análise da alcalinidade ..................................................................................... 81
3.2.2 Correção da alcalinidade.................................................................................. 82
3.3 Ajuste do pH ............................................................................................................ 84
3.3.1 Importância do pH .............................................................................................. 85
3.3.2 Análise do pH ...................................................................................................... 85
3.3.3 Correção do pH baixo ....................................................................................... 86
3.3.4 Correção do pH alto ........................................................................................... 87
3.4 Dureza Cálcica ........................................................................................................ 88
3.4.1 Consequências das variações da dureza cálcica .................................. 88
3.4.2 Correção da dureza cálcica ......................................................................... 89
3.5 Prevenção ou eliminação de algas .................................................................... 90
3.6 Prevenção ou eliminação de oleosidade ......................................................... 93
3.7 Prevenção ou eliminação de matéria orgânica .............................................. 93
3.8 Clarificação ou decantação ................................................................................. 94
3.8.1 O que é clarificação? ..................................................................................... 95
Resumo dos procedimentos para o processo de clarificação: ......................... 96
3.8.2 O que é floculação? ....................................................................................... 96
Resumo dos procedimentos para o processo de floculação e decantação: . 97
3.9 Cloração/Desinfecção ........................................................................................... 98
3.9.1 Desinfecção – conceito ................................................................................ 98
3.9.1.1 O que são desinfetantes ........................................................................... 98
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3.9.1.2 O fator de Ct ................................................................................................. 99
3.9.2 Cloro ................................................................................................................ 100
3.9.3 Cloro não estabilizado ................................................................................ 104
3.9.3.1 Cloro gasoso ou elementar ................................................................... 104
3.9.3.2 Hipoclorito de sódio ................................................................................ 104
3.9.3.3 Hipoclorito de Cálcio ............................................................................... 106
Exemplos de cloro granulado não estabilizado: ................................................. 107
3.9.4 Cloros estabilizados .................................................................................... 109
3.9.4.1 Dicloroisocianurato de Sódio ............................................................... 110
3.9.4.2 Ácido Tricloroisocianúrico .................................................................... 111
Exemplos de cloro granulado estabilizado: .......................................................... 112
3.9.5 Residual de cloro.......................................................................................... 115
Ácido cianúrico e a superestabilização do ácido hipocloroso ................................ 117
RESUMO ............................................................................................................................. 119
Unidade VII – Cuidados e segurança .............................................................................. 121
1. Cuidados com os produtos químicos..................................................................... 121
1.1 Cuidados com o manuseio dos produtos químicos ................................... 121
1.1.1 Equipamentos de proteção individual (EPI) .......................................... 121
1.1.2 Produtos químicos ....................................................................................... 121
1.1.3 Respingos ...................................................................................................... 122
1.1.4 Preparação de soluções ............................................................................. 122
1.1.5 Adição de produtos na piscina ................................................................. 122
1.1.6 Cigarro e fósforo .......................................................................................... 123
1.2 Cuidados com as embalagens dos produtos químicos ............................ 123
1.2.1 Transporte ...................................................................................................... 123
1.2.2 Recipientes .................................................................................................... 123
1.2.3 Após o uso do produto químico............................................................... 123
1.2.4 Embalagens vazias ...................................................................................... 123
1.3 Cuidados na armazenagem dos produtos químicos .................................. 123
1.3.1 Local ................................................................................................................ 123
1.3.2 Como armazenar .......................................................................................... 124
2. Cuidados com os equipamentos ............................................................................. 124
2.1 Equipamentos de segurança para evitar afogamentos ............................. 124
2.2 Cuidados com a energia elétrica na piscina ................................................. 126
RESUMO ............................................................................................................................. 127
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Unidade VIII – Saúde do Tratador e primeiros socorros............................................ 129
1. Proteja-se do sol........................................................................................................... 129
2. Ergonomia ...................................................................................................................... 129
3. Equipamentos de Proteção Individual .................................................................... 130
4. Primeiros socorros ...................................................................................................... 131
RESUMO ............................................................................................................................. 132
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Introdução
O uso das piscinas vem se popularizando ao longo dos tempos, seja para
eventos esportivos, seja para recreações ou atividades físicas. Dessa forma, é
importante conhecer o processo de tratamento da água da piscina, uma vez que
o banhista está diretamente em contato com essa água.
A água da piscina deve, além de apresentar boa aparência, estar
quimicamente balanceada, com características físico-químicas que não
prejudiquem os banhistas e nem os equipamentos que compõem a piscina.
(MAIERÁ, 2021)
Para um tratamento adequado da água da piscina, é necessário
compreender diversos fatores que influenciam nesse tratamento, como:
• o revestimento da piscina;
• finalidade e frequência da utilização (esportiva, residencial, clubes,
etc.);
• se a piscina é coberta ou ao ar livre;
• as características da água de abastecimento (como por exemplo,
se possui metais);
• parâmetros físico-químicos (como alcalinidade e pH).
DICIONÁRIO
SAIBA MAIS
.
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1. Importância social
No ano de 2017, uma notícia publicada no site da Associação Nacional das
Empresas e Profissionais de Piscinas – ANAPP, informa que, no Brasil, existem
cerca de 2,5 milhões de piscinas, sejam públicas ou particulares. Dessa forma,
tanto as piscinas residenciais quanto as de clubes, de hotéis, de condomínios,
dentre outras, são consideradas um local de encontro, pois, além do convívio
social, possibilitam a prática de exercícios físicos que contribuem para a
qualidade de vida.
Segundo Macedo (2018), as piscinas passaram a compreender grande
importância social, pois, devido ao aumento populacional, nas grandes cidades,
este espaço, além do baixo custo, passa a ser considerado como uma fonte de
lazer.
Figura 1 – Piscina
Fonte: https://ihateflash.net/set/auslander-pool-party-1
2. Importância sanitária
Por mais limpas que sejam as águas das piscinas, elas apresentam, com o
tempo, forte tendência a concentrar impurezas, degradando-se e tornando-se
um risco à saúde dos usuários, visto que o vento, a chuva, as aves e,
eventualmente, certos animais contribuem para isso, o que piora, ainda mais,
com o desenvolvimento de algas e de outros microrganismos.
Para um bom tratamento da água das piscinas, é preciso considerar o
aspecto físico e químico da água, o que pode ocorrer em várias etapas,
dependendo do estado e da procedência da água (de rio, de poços profundos,
dentre outros).
Além disso, é primordial saber que a água da piscina deve ser potável*,
pois, mesmo que seja em pequenas quantidades, os usuários acabam ingerindo
um pouco dessa água. Para que uma água seja considerada potável, deve
atender a dois parâmetros: físico-químicos e microbiológicos. (MAIERÁ, 2021)
* Água potável é aquela que pode ser usada para beber.
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2.1 Principais parâmetros físico-químicos
• pH: é o potencial de Hidrogênio, a medida da concentração dos íons de
Hidrogênio na água. Na piscina, deve estar entre 7,4 e 7,6. O pH baixo
deixa a água ácida; o pH alto deixa a água básica. A pele, a mucosa e a
conjuntiva (pele que reveste a membrana dos olhos) são muito sensíveis
ao pH. Quando o pH está desajustado, o cloro perde parte de sua eficiência.
• Dureza cálcica: caracterizada pela presença de sais de cálcio na água.
Quando os valores medidos estão baixos, a água fica corrosiva e, quando
há excesso, pode implicar incrustações.
• Alcalinidade total: são íons presentes na água, que neutralizam ácidos. É
importante que a alcalinidade esteja ajustada para que o pH se mantenha
estável.
• Total de sólidos dissolvidos: são todos os compostos químicos sólidos
dissolvidos na água. Reduzem o poder desinfetante do cloro e diminuem o
brilho da água.
• Cor: varia de acordo com a presença de diferentes substâncias dissolvidas,
como metais e matéria orgânica.
• Odor: a água da piscina não deve ter cheiro. Quando ocorre o contrário,
caracteriza-se algum tipo de problema, como a presença das cloraminas.
• Sabor: o ideal é que a água da piscina não tenha sabor. Água com sabor
pode ser um sinal de desequilíbrio químico, como quantidades muito baixas
ou muito altas de algum composto.
• Temperatura: pode variar de acordo com o tipo de piscina (natural ou
aquecida) e o clima. A diferença de temperatura causa impacto no
tratamento, como maior consumo de cloro.
• Turbidez: interfere na transparência da água, devido à presença de
materiais em suspensão. Os principais causadores de turbidez são areia,
argila e microrganismos. Em geral, quanto menor a turbidez, mais eficiente
será o processo de desinfecção.
• Teor de cloro livre: é o cloro na forma desinfetante, ou seja, cloro livre
para eliminar microrganismos.
• Teor de cloro combinado: combinação do cloro com matérias orgânicas,
que geram cloraminas e reduzem o seu poder desinfetante;
• Teor de cloro total: é a soma do teor de cloro livre e o teor de cloro
combinado
• Teor de ácido cianúrico: funciona como um ‘filtro solar” contra os raios
ultravioleta do sol, estabilizando o cloro. Precisa estar na medida certa
(entre 50 a 100 ppm ou máximo de 150 ppm) para que haja economia de
cloro.
• Matéria orgânica: são resíduos dos próprios banhistas, de animais e de
folhas.
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SAIBA MAIS
* ABNT NBR 10818:2016. Data de Publicação: 11/01/2016. Título: Qualidade da água de piscina
- Procedimento. Comitê: ABNT/CEE-215 Piscinas. Páginas: 2. Status: Em Vigor. Organismo:
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Objetivo: Esta Norma estabelece os
requisitos mínimos para que a qualidade da água de piscina garanta sua utilização de maneira
segura, sem causar prejuízo à saúde e ao bem-estar do usuário.
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SAIBA MAIS
MITOS E VERDADES:
• VERDADE: Para atender aos parâmetros legais, não basta que a água da
piscina esteja visualmente limpa. É preciso fazer, diariamente, os testes
químicos, que são simples de usar, práticos, seguros e apresentam os
resultados em poucos segundos, além de poderem ser adquiridos a baixo
custo.
RESUMO
1 Critério de uso
1.1 Públicas
Destinadas ao uso público em geral.
EXEMPLO
PISCINA PÚBLICA
Centros comunitários.
1.2 Coletivas
Destinadas ao uso exclusivo dos associados de uma entidade.
EXEMPLO
PISCINA COLETIVA
Clubes, escolas, associações.
1.3 De hospedaria
Destinadas ao uso de hóspedes.
EXEMPLO
PISCINA DE HOSPEDARIA
Hotéis, pousadas.
EXEMPLO
PISCINA DE RESID. COLETIVA
EXEMPLO
PISCINA DE RESID. PRIVATIVA
Casas, apartamentos.
IMPORTANTE!
3 Finalidade
3.1 Desportivas
Piscinas destinadas, principalmente, às competições, devendo atender às
características estabelecidas pelas instituições desportivas.
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3.2 Recreativas
Destinadas à recreação e/ou à prática de natação em geral.
3.3 Mistas
Aquelas com áreas específicas destinadas às competições e à recreação.
3.4 Infantis
Destinadas às crianças, por isso a profundidade máxima deve ser de 0,50
m e a distância do topo da borda à superfície da água é de, no máximo, 0,2m.
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3.5 Especiais
Destinadas a fins específicos que não sejam a recreação e a competição,
como piscina utilizada para eventos com barcos em miniaturas.
IMPORTANTE!
SAIBA MAIS
A piscina não pode ser utilizada por uma quantidade indefinida de banhistas,
pois existe um limite máximo de utilizadores que podem estar, ao mesmo tempo, na
piscina de forma segura. Segundo a ABNT NBR 10339:2019, para saber a quantidade
correta de banhistas na piscina, deve-se calcular a Área Mínima que é a área mínima
da superfície da água em m² pelo número de pessoas na piscina. Essa medida é
determinada pela proporção entre a área circundante e a área da superfície de água,
de acordo com duas faixas de profundidades distintas, abaixo de 1,5m e acima de
1,5m, conforme apresentado na tabela abaixo:
Tabela – Área mínima (m²) da superfície da água por quantidade de usuários
simultaneamente na piscina.
Proporção entre a área Partes do tanque com Parte do tanque com
pavimentada circundante profundidade de água profundidade de água
ao tanque e a área da máxima de 1,50 m superior a 1,50 m
superfície de água
EXEMPLO
SAIBA MAIS
O corpo humano tem uma temperatura média de 36°C e a água fria fica
entre 15° e 22°C. Em piscinas cobertas, recomenda-se que a temperatura do ar
ambiente seja de 2°C a 3°C acima da temperatura da água da piscina (MAIERÁ,
2021).
6.2 Cobertas-fechadas
Possuem cobertura e fechamento lateral.
6.3 Cobertas-abertas
Possuem cobertura, mas sem fechamento lateral.
7.2 Naturais
Construídas com o aproveitamento dos recursos naturais.
8 Tipos de borda
8.1 Borda transbordante
A água superficial da piscina permanece em constante passagem pela
borda, sendo conduzida pela canaleta direcionada para um tanque de
compensação.
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UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
Figura 17 – piscina com borda transbordante Figura 18 – piscina com borda transbordante
Fonte: ABNT NBR 10339:2019 Fonte: ABNT NBR 10339:2019
9 Tipos de estrutura
Outras classificações além das apresentadas pela ABNT poderão ser
observadas por meio de outros critérios. Utilizando o critério relacionado a
estrutura da piscina, têm-se as classificações: vinil, fibra de vidro, concreto e
alvenaria que serão apresentados a seguir.
RESUMO
2. Peneiras
2.1 Peneira rasa ou cata folha
É um acessório usado com o auxílio do cabo ou do cabo telescópio. Sua
finalidade é remover as impurezas que se encontram na superfície da água,
como por exemplo, folhas, insetos, entre outros.
A peneira funda difere da peneira rasa por possuir um bolsão que é utilizado
para a remoção de impurezas maiores, também em conjunto com o cabo ou
cabo telescópio.
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UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
3. Escovas ou esfregões
As escovas ou esfregões são acessórios destinados à limpeza do piso e
das paredes da piscina. Existem dois tipos de escovas, a escova de nylon e a de
aço inoxidável.
5 Aspirador
A ABNT NBR 10339:2019 define aspirador como o acessório utilizado para
a remoção dos detritos depositados no fundo da piscina. Esse acessório é
utilizado em conjunto com o cabo, ou cabo telescópio e a mangueira de
aspiração com a finalidade de aspirar os detritos acumulados no fundo da
piscina, cantos e áreas rasas. Existem vários tipos de aspiradores, que são
usados de acordo com o tamanho da piscina, largura e tipo de revestimento.
O ideal é que a aspiração seja feita antes do uso da piscina, pois a entrada
dos banhistas irá movimentar a água. A bomba deve ser ligada, na posição
drenar, quando houver muita sujeira, e, na posição filtrar, quando houver pouca
sujeira.
Figura 7 – Aspirador
Fonte: https://www.americanas.com.br/busca/aspirador-de-piscina-de-plastico
6 Capas
As capas são acessórios usados quando a piscina não estiver sendo
utilizada. Existem diversos tipos de capas, que são classificadas de acordo com
a finalidade principal, mas, em geral, em piscinas abertas ao tempo, a capa
impede que caiam folhas ou pequenos animais na água. Assim, haverá menor
proliferação de algas, o que facilitará o serviço de limpeza.
Dessa forma, o uso das capas, é um procedimento de segurança, pois
barra a entrada de pessoas ou de animais, mas, para isso, essas capas devem
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UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
ser devidamente instaladas, utilizadas e mantidas de acordo com as instruções
do fabricante.
7 Bomba dosadora
Esse equipamento, possibilita a introdução de produtos químicos na
tubulação de retorno da água da piscina. Por possuir reguladores, é possível
introduzir a quantidade de produto regulada de acordo com a necessidade.
8 Skimmer ou coadeira
O Skimmer ou coadeira, segundo a ABNT 10339:2019, é um acessório,
instalado na parede do tanque da piscina, que tem como finalidade o
recolhimento das impurezas da superfície da água. De acordo com Maierá
(2021), o Skimmer deve ser fabricado de forma que não permita a entrada e
aprisionamento de braços e pernas, além disso, deve ser resistente à corrosão
e permitir a fácil limpeza e manutenção. Sua instalação deve seguir as normas
da ABNT.
IMPORTANTE!
11.4 Ozônio
Segundo a ABNT 10339:2019 (p. 5), o ozonizador é um equipamento
utilizado para o tratamento da água, por meio da adição de ozônio, um gás
constituído por três átomos de oxigênio. Por meio do ozonizador instalado na
casa de máquinas da piscina, o ozônio é gerado devido à ação de radiação
ultravioleta ou de uma descarga elétrica de alta tensão que dividem as moléculas
de oxigênio, resultando, assim, em dois átomos de oxigênio, chamados de
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oxigênio nascente. Os átomos de oxigênio formados nessa separação se unem
a duas moléculas de gás oxigênio formando o ozônio, um desinfetante que ataca
a parede celular dos microrganismos. Portanto, o ozônio pode trabalhar em
conjunto com outros desinfetantes como cloro e bromo, destruindo bactérias,
vírus, protozoários, esporos, cistos, fungos, leveduras, dentre outros. (MAIERÁ,
2021)
Como principais vantagens destacam-se: o ozônio possui pH neutro,
portanto, não afeta o pH da piscina; possui alto poder desinfetante e oxidante;
auxilia na oxidação das cloraminas e ajuda na remoção da oleosidade da água;
devido à oxidação de outros produtos químicos encontrados na água da piscina,
ajuda na redução do total de sólidos dissolvidos. Como desvantagens de sua
utilização, encontram-se: baixo efeito residual desinfetante, além disso, devido a
sua instabilidade, deve sempre ser utilizado em conjunto com outros
desinfetantes com efeito residual prolongado, como o cloro; pouco eficaz contra
as algas; alto custo do equipamento de produção. Como se trata de uma
substância tóxica ao homem, é preciso estar atento a sua concentração no ar,
principalmente próximo a superfície da piscina, uma vez que o ozônio é um gás
mais denso que o ar atmosférico. Contudo, é difícil medir ozônio, pois são valores
muito baixos, existem aparelhos que façam essa medição, mas são
equipamentos de alto custo. (MAIERÁ, 2021)
Segundo Macedo (2018, p. 439) a falta de residual no processo de
desinfecção com o ozônio se comprova pela Portaria de Consolidação de n°
5/2017 (BRASIL, 2017) revogou a Portaria do Ministério da Saúde n 2.914/2011
(BRASIL, 2011), que dispõe sobre os procedimentos de controle de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Em seu
Art. 35 que, ao utilizar o ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante,
deverá ser adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual
mínimo no sistema de distribuição (reservatório e rede), de acordo com as
disposições no Art. 34, que corresponde a obrigação da manutenção de, no
mínimo, 0,2 mgL-1 de cloro residual livre ou 2 mgL-1 de cloro residual combinado
e/ou de 0,2mgL-1 de dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de
distribuição (reservatório e rede).
Figura 16 – Ozônio
Fonte: https://hidroazul.com.br
11.5 Ultravioleta
O ultravioleta, de acordo com a ABNT 10339:2019 (p. 7), é um acessório a
ser usado no tratamento da água por meio de raios UVC. Os raios UVC é uma
classificação da radiação ultravioleta* compreendendo o comprimento de onda
entre 200 a 280nm**, representando nessa faixa a ação germicida concentrada.
Para o tratamento da água das piscinas, existem dois tipos de lâmpadas
44
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ultravioleta: lâmpada ultravioleta de baixa pressão e lâmpada ultravioleta de
média pressão, assim, o posicionamento da lâmpada com relação à água
depende de seu tipo. A desinfecção ocorre, pois, a radiação destrói o material
genético do microrganismo impedindo seu metabolismo e sua multiplicação.
(MAIERÁ, 2009)
Segundo Maierá (2021), a dosagem de radiação ultravioleta para o
combate dos microrganismos é definida com a multiplicação entre a densidade
de potência – expressa em microwatt/cm² ou miliJoule/cm² – pelo tempo, em
segundos, que o microrganismo fica sob a ação da radiação. Dessa forma, a
tabela abaixo apresenta a dosagem letal para alguns microrganismos em
miliJoule/cm².
Tabela 1: Dosagens letais de radiação ultravioleta para os microrganismos
Figura 17 – Ultravioleta
Fonte: https://ultravioletpools.com/
11.6 Ionizador
A ABNT 10339:2019 (p. 5), informa que o ionizador é um equipamento
utilizado para tratamento químico da água por meio da liberação de íons. Dessa
forma, realizam a desinfecção da piscina a partir da liberação de íons metálicos
de prata e/ou cobre, eliminando os microrganismos da água. Esses aparelhos,
constituídos por eletrodos de cobre e/ou prata ligados a uma fonte elétrica, são
instalados, normalmente, na tubulação de retorno, após o filtro e o aquecedor,
se houver esses equipamentos. Sua durabilidade varia de acordo com o uso da
piscina, com a necessidade de tratamento e com a temperatura da água, mas
tem uma vida útil estimada, em média, de 3 anos. (MAIERÁ, 2009)
De acordo com Maierá (2009), os íons de prata têm um efeito germicida,
os de cobre possuem ação algicida. Nenhum dos dois tem efeito oxidante, por
isso é necessário que o tratamento seja realizado em conjunto com outro
oxidante, geralmente o cloro. Ainda segundo Maierá (2021,), a maioria das
legislações exige que, na utilização de ionizadores, seja utilizada em conjunto
uma concentração de cloro ou bromo.
Utilizar um ionizador na piscina gera economia de cloro e não altera o pH,
a alcalinidade e a dureza cálcica da água. Entretanto, o custo é relativamente
elevado para sua instalação e exige a realização do monitoramento do teor de
cobre e de prata na água. Existem kits específicos que medem o teor de cobre,
mas apresentam dificuldade na medição da prata. Realizar esse controle dos
teores é importante para evitar problemas à saúde humana e à estética da
piscina, como manchas. Outra desvantagem é o fato de a ionização ter um poder
desinfetante mais lento que o cloro e de necessitar do uso de outro produto para
que o processo de oxidação ocorra na piscina. (MAIERÁ, 2009)
46
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
Figura 18 – Ionizador
Fonte: https://www.pool-ionizer.com/product/power-ionizer/
12 Casa de máquinas
A construção da casa de máquinas da piscina, segundo a ABNT NBR
10339:2019, é um local onde está instalado o conjunto de equipamentos
destinados à recirculação, filtração e tratamento da água da piscina, e quando
existir, equipamentos de iluminação, aquecimento, ventilação, controle de
automação. É importante ressaltar que a construção da casa de máquinas
necessita obedecer às normas estabelecidas pela ABNT NBR 10339:2019.
13 Equipamentos de filtragem
13.1 Filtro
Como a piscina está sujeita a contaminações por diversas vias, como o
vento, os banhistas, entre outros, podem surgir, na água da piscina, a presença
de partículas insolúveis. Logo, a filtração se mostra como uma operação
importante no tratamento da água.
Segundo a ABNT NBR 10339:2019, a filtração é uma operação do
processo de tratamento físico que consiste em passar a água por um meio
filtrante que promoverá a retenção das partículas que se encontram em
suspensão. Entretanto, é importante ressaltar que não se pode usar somente o
47
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
filtro para tratar adequadamente uma piscina. A utilização do filtro, sem os
produtos adequados, não garante a desinfecção, pois não mata os
microrganismos que possam estar presentes.
Conforme Maierá (2021), o processo de filtração ocorre pela atuação dos
equipamentos de filtragem juntamente com a bomba, que é responsável pelo
bombeamento da água pelos equipamentos de filtragem. Dessa forma, os filtros
são acessórios que possuem elementos filtrantes destinados à remoção dessas
partículas. Os equipamentos de filtragem devem ser planejados e instalados de
acordo com as recomendações da ABNT NBR 10339:2019.
Meio filtrante
O meio filtrante é constituído por areia de granulometria adequada, livre de
carbonatos e material orgânico. Nesse meio não deve conter materiais que se
fragmentam facilmente, como por exemplo, feldspato, pois no processo de
retrolavagem podem se fragmentar e passar pelas ranhuras do sistema de coleta
de água. É importante que, para uma boa filtração, os grãos de areia não tenham
formas redondas. É observado que, nos filtros de grande porte, além da areia,
se adiciona pedra brita com um volume de aproximadamente 50% do volume da
areia na base do filtro. (MAIERÁ, 2021)
IMPORTANTE!
Manômetro
O manômetro é um equipamento utilizado para medir a pressão da água
no sistema. Para isso, um único manômetro deve ser instalado na entrada do(s)
filtro(s). Caso haja um segundo manômetro, este deve ser instalado após o(s)
filtro(s) na tubulação de retorno para piscina.
As informações por meio da leitura do manômetro são (BIOMETA, 2017):
a) O grau de impurezas, retidas no meio filtrante, permite ao operador decidir
o momento da retrolavagem. No manômetro (colorido) a faixa de trabalho é a
verde, não devendo atingir a faixa vermelha.
- Existindo dois manômetros, a leitura da diferença entre o manômetro de
entrada e o de saída não deve atingir 10 lb/pol².
b) A entrada de ar no sistema constatada pela oscilação do ponteiro, o que
dificulta a leitura da pressão.
c) A abertura parcial de algum registro quando a pressão se elevar.
Figura 23 – Manômetro(s)
Fonte: https://www.ma-gaco.es/MANOMETRO-VERTICAL-PARA-FILTRO-PISCINA-3-Bar-40-psi-1/4
50
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
Visor de lavagem
É um aparelho que permite ao operador, através da sua observação
durante a retrolavagem, concluir o serviço ao constatar a passagem de água
límpida.
Válvula de purga
É um aparelho que deve ser posicionado na parte superior do filtro. Possui
a função de eliminar o ar presente no sistema, por meio de sua abertura,
diminuindo, assim, a pressão interna.
SAIBA MAIS
Os filtros de alta vazão que dispõem de válvula seletora não são dotados
da válvula de purga.
Bomba
A bomba é o equipamento responsável pela circulação da água no sistema
de filtragem. Por meio de dispositivos que são instalados na piscina, a bomba
faz a sucção da água, e impulsiona sua passagem pelo filtro. Após a passagem
do filtro, por meio de dispositivos de retorno, volta com a água para a piscina. É
importante ressaltar que o tempo de funcionamento da bomba varia conforme
seu modelo e o volume de água a ser filtrada.
51
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
Pré-filtro
O pré-filtro é uma parte anexa à bomba. É formado por um cesto coletor
que tem a função de reter os materiais insolúveis, de tamanho maiores, em água,
como, por exemplo, moedas, fios de cabelos, entre outros, que podem causar
danos aos equipamentos. Esse processo é chamado de pré-filtragem.
*Bomba e pré-filtro
Figura 26 – Pré-filtro
Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-769955153-moto-bomba-p-piscina-dancor-pf-17-34cv-m-110220v-promoco-_JM | Cortesia
Hayward
IMPORTANTE!
Figura 28 – Filtrar
Fonte: Maierá (2009) página 14.5
b) Retrolavar
A retrolavagem é o processo que proporciona a limpeza da areia do filtro,
sem que a água retorne para a piscina. Essa operação deve ser selecionada, de
acordo com as informações do manômetro. Segundo Maierá (2009), nos filtros
de areia com apenas um manômetro é indicada a retrolavagem se a leitura
indicar um aumento da pressão de 0,6 kgf/cm² (8,5 psi) em relação a pressão
inicial, ou seja, com o filtro limpo. Maierá (2009) informa também que, caso o
filtro tenha dois manômetros, a retrolavagem é indicada quando a diferença entre
a pressão dos manômetros aumentar 1,2 kgf/cm² (17psi) em relação a pressão
inicial.
c) Pré-filtrar ou enxaguar
Essa operação deve ser realizada após a retrolavagem. O processo de pré-
filtração tem duração de 30 segundos a um minuto com objetivo de eliminar as
54
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
partículas remanescentes da retrolavagem, o que impede o retorno da água para
a piscina. (MAIERÁ, 2009)
d) Recircular
Quando a válvula seletora está na posição de recircular, a água da piscina
é recirculada, mas não passa pelo filtro. É uma operação utilizada quando o
objetivo é homogeneizar produtos químicos que são jogados na piscina.
(MAIERÁ, 2009)
e) Fechar ou testar
Quando for necessário fazer a manutenção na tubulação ou dos
equipamentos da piscina, deve-se usar a válvula na posição fechar ou testar.
Além disso, Maierá (2009) destaca que uma função importante dessa posição é
verificar se existe vazamento para outras tubulações que não a indicada pela
válvula. O autor ressalta que essa operação não pode ter duração maior do que
um minuto, pois pode danificar a válvula.
55
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
f) Drenar
Segundo Maierá (2009) a função drenar da válvula seletora é utilizada
quando: se deseja fazer a aspiração do fundo da piscina, e esta apresenta uma
sujeira densa e não é recomendado passar pelo filtro; esvaziar parcialmente a
água da piscina seja devido ao excesso de água, seja devido à correção de
alguns parâmetros, como, por exemplo, o teor de dureza; para esvaziar
totalmente a piscina.
IMPORTANTE!
RESUMO
1.4 Animais
A contaminação pode acontecer devido à presença de animais na piscina,
com sapos, aves, ratos, cães, insetos e outros podem contaminar a água.
60
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
1.5 Homem
O banhista é considerado o principal veículo de introdução de impurezas e
contaminantes na piscina. Dentre esses contaminantes encontramos pelos, fios
de cabelos, escamas de pele, cremes e diversos tipos de óleos, saliva,
secreções de urina, dentre outros. Além dessas impurezas, pode ocorrer,
também, a introdução de microrganismos como protozoários, bactérias, fungos,
vírus, etc.
Além dos acidentes que podem causar contaminação da água, fezes,
líquidas ou sólidas, e vômitos, quando se misturam à água da piscina, podem
causar doenças intestinais caso a água seja ingerida. Dentre os germes
presentes nas fezes estão a Giardia lamblia e a E. coli.
Para diminuir infecções adquiridas por contaminação da água da piscina,
deve-se orientar os banhistas para que algumas ações sejam realizadas antes
de entrar na piscina, como ir ao banheiro e tomar uma ducha; não entrar na
piscina quando se sentir indisposto ou estiver com infecção intestinal; não se
alimentar próximo da piscina; ao cuidar dos bebês, as fraldas devem ser trocadas
no banheiro e não na beira da piscina; além de outras práticas que serão
descritas no item 3 dessa unidade.
Segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (em inglês:
Centers for Disease Control and Prevention - CDC) (CDC, 2018), uma agência
do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, os
acidentes fecais apresentam risco de contaminação de microrganismos na
piscina. Portanto, é importante a realização da desinfecção da água
contaminada.
3. Aumente o teor de cloro livre para 2 ppm (caso esteja inferior a 2ppm),
por meio da utilização de um cloro não estabilizado e com o valor do pH
entre 7,2 e 7,5 e a temperatura da água de aproximadamente 25°C.
Mantenha esse teor de cloro livre por 30 minutos*. Para isso, é importante
a verificação dessa concentração em diferentes pontos da piscina.
Normas e regulamentos locais podem exigir concentração diferente de
cloro livre na presença de estabilizadores (ácido cianúrico).
61
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
4. Depois de ajustar o teor do cloro, para 2 ppm (caso esteja inferior a 2ppm),
na faixa de pH indicado, entre 7,2 e 7,5, utilize o sistema de filtração
durante o tempo de desinfecção, 30 minutos.
*Esse tempo de contato e concentração são baseados para a eliminação ou inativação de 99,9%
dos cistos de giárdia no pH indicado e temperatura de aproximadamente 25°C, de acordo com
U.S. Environmental Protection Agency (EPA) Disinfection Profiling and Benchmarking Guidance
Manual (Manual de orientação de avaliação e perfil de desinfecção da Agência de Proteção
Ambiental dos EUA (EPA))
6 Após esse processo, a piscina pode ser reaberta para os banhistas, mas
antes é necessário observar se os parâmetros estão ajustados dentro da
faixa permitida pelas leis locais.
SAIBA MAIS
DICIONÁRIO
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
EXEMPLO
-+
As doenças que podem ser adquiridas através da utilização de piscinas com
água sem tratamento (MAIERÁ, 2021):
• 50% Dermatológicas (Micoses, Candidíases, Molusco Contagioso, etc.);
• 30% Oftalmológicas ou otorrinolaringológicas (Conjuntivite, Otite, Rinite,
Sinusite, etc.);
• 20% Gastrointestinais (Giardíase, Criptosporidíase, Hepatite A).
RESUMO
DICIONÁRIO
DICIONÁRIO
1.1 Bactérias
As bactérias podem ser definidas como microrganismos unicelulares, ou
seja, de uma única célula. As células bacterianas podem apresentar uma entre
várias formas, como formas de: Bacilos (semelhante a bastões), cocos (esféricos
ou ovoides), espirais (espiralados ou curvados), dentre outros. (TORTORA et al.,
2017)
Algumas bactérias podem causar infecções e doenças. As bactérias
classificadas como coliformes, que possuem forma de bastonete, dividem-se em
coliformes totais e coliformes fecais. A presença de coliformes fecais pode
indicar a possibilidade de contaminação da água por microrganismos
patogênicos. (MAIERÁ. 2021)
Um exemplo de bactéria é a Escherichia coli que é encontrada em fezes
humanas e de animais, utilizada como fator de balneabilidade. (CONAMA, 2000)
70
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
1.2 Fungos
Os fungos podem ser unicelulares ou multicelulares, e são considerados
seres eucariontes*, pois suas células possuem estruturas mais complexas.
Podem ter dimensões microscópicas ou macroscópicas, dessa forma, os fungos
multicelulares de grandes dimensões, como, por exemplo, os cogumelos, podem
parecer com plantas, contudo, não são capazes de realizar fotossíntese e sua
reprodução pode ocorrer de forma sexuada ou assexuada. Os fungos obtêm
nutrientes por meio da absorção de soluções de materiais orgânicos do
ambiente, que podem ser provenientes do solo, da água ou de um hospedeiro,
animal ou vegetal. (TORTORA et al., 2017)
DICIONÁRIO
1.3 Vírus
A maioria dos vírus só podem ser vistos por meio de um microscópio
eletrônico, pois possuem dimensões muito pequenas. Como possuem estruturas
simples, só podem se reproduzir no interior de células hospedeiras que infectam.
(TORTORA et al., 2017)
71
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
1.4 Protozoários
Os protozoários são microrganismos unicelulares eucarióticos e
compreende uma variedade de formas, que, em sua maioria, apresenta vida
livre, entretanto algumas espécies levam vida parasitária no organismo de
diversos hospedeiros. Além disso, alguns protozoários são fotossintéticos, por
isso utilizam a luz e o dióxido de carbono como fonte de energia e de carbono
para a produção de açúcares. A reprodução dos protozoários pode ser de forma
sexuada ou assexuada. (TORTORA et al., 2017)
Exemplos de infecções causadas por protozoários são: a Criposporidíase,
causada pela Cryptosporidium parvum; e a Giardíase, causada pela Giardia
lamblia.
Figura 4 – Protozoários
Fonte: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0501/impressos/plc0501_06.pdf
SAIBA MAIS
Maierá (2021, p. 63.2) apresenta que, mesmo não sendo nocivas para a
saúde, a presença das algas na piscina contribui para a proliferação de
microrganismos; retardam a ação dos desinfetantes; aumentam o pH; aumentam
o consumo de produtos químicos, principalmente os desinfetantes; deixam a
superfície da piscina escorregadia, entre outros. Assim, para se evitar o
surgimento de algas, é recomendável um tratamento constante da piscina, de
forma a manter o teor de sanitizante dentro dos padrões e que se realize a
filtração e as demais etapas de tratamento da água.
Clorofíceas
As Clorofíceas, conhecidas como algas verdes, são as algas mais comuns
em piscinas. Possuem coloração verde, são flutuantes e podem se desenvolver
nas paredes da piscina. Essas algas têm a capacidade de cobrir a superfície da
piscina em questão de horas, tornando, assim, a água turva. (MAIERÁ, 2021)
Cianobactérias ou cianofíceas
São conhecidas como algas de coloração preta, porém, sua coloração se
apresenta como azul-esverdeada. Segundo Maierá (2021), essas algas são mais
difíceis de serem removidas das piscinas e, algumas vezes, são confundidas
com manchas originadas por metais. Elas se aderem à superfície da piscina e
possuem em seu exterior, uma camada de polimucosacarideo que a protege e
dificulta a sua remoção.
RESUMO
DICIONÁRIO
Aprenda a calcular
Para calcular o volume de água da piscina, é preciso saber qual é a
profundidade média. Para isso, use a fórmula abaixo:
1.000 litros = 1 m³
EXEMPLO
EXEMPLO
1,4+1
• Profundidade média = = 1,2𝑚
2
• Cálculo do volume:
6 x 3 x 1,2 = 21,6 m³ ou 21.600 litros
EXEMPLO
1,5+0,5
• Profundidade média = = 1𝑚
2
• Cálculo do volume:
5 x 5 x 1 x 0,785 = 19,625 m³ 19.625 litros
77
UNIVERSIDADE DA PISCINA – CURSO AVANÇADO
SAIBA MAIS
Sendo:
𝜋 = 3,14
altura = profundidade média
raio = diâmetro
2
Então podemos escrever a fórmula acima como:
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 3,14 𝑥 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑥 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑥 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎
2 2
Dividindo 𝜋 (3,14) por 4 (2x2=4), como resultado, tem-se o fator 0,785. Dessa forma,
a equação pode ser escrita como:
EXEMPLO
IMPORTANTE!
2. Tratamento físico
A limpeza física da piscina consiste na retirada de sólidos que estão
suspensos na água ou depositados nas superfícies internas das piscinas. Essas
impurezas podem ser folhas, poeiras ou insetos. Antes da limpeza física da
piscina, é preciso realizar algumas operações importantes, como por exemplo a
limpeza da capa; do deck; dos cestos; da coadeira (ou Skimmer) e do pré-filtro.
Além disso, quando necessário, fazer a troca do meio filtrante. O processo de
limpeza ao redor da piscina deve ser realizado de forma que oriente o sentido da
borda da piscina para fora, pois, dessa forma, não permite que as impurezas
sejam transferidas para a água da piscina. (MACEDO, 2018; MAIERÁ, 2021)
A limpeza física da piscina inclui as paredes, o piso, a superfície da água e
o meio aquoso. Portanto, existem várias fases do tratamento físico como as
apresentadas a seguir (MACEDO, 2018; MAIERÁ,2021):
• A limpeza do espaço, ao redor da piscina, deve ser realizada no sentido da
borda da piscina para fora, evitando, assim, que caia sujeira na água. Caso
se utilize capa na piscina, é importante fazer a limpeza da capa.
• As impurezas que se encontram na superfície da água podem ser retiradas
com peneiras e com o auxílio de coadeiras (ou Skimmer), quando houver.
• Realize a limpeza das bordas e das paredes da piscina com produtos
destinados para essa função, de forma que elimine a matéria orgânica.
Nesses ambientes, geralmente, grudam óleos usados pelos banhistas, óleo
natural do corpo, carbonato de cálcio, metais e algas. Portanto, sempre que
necessário, faça a escovação das paredes e do fundo da piscina, de forma
a eliminar a sujeira aderida nesses locais com a utilização dos acessórios
adequados ao revestimento da piscina. Lembrando que não se deve utilizar
palha de aço, escovas metálicas nem esponjas abrasivas. As bordas da
piscina devem ser limpas com esponja embebida em um produto específico
para limpeza das bordas.
• Com o sistema de filtração desligado, realize a limpeza do pré-filtro e da
coadeira (ou Skimmer), quando houver.
• No piso da piscina, pode conter resíduos maiores de impurezas e pode ser
encontrado o mesmo tipo de sujeira que aparece nas paredes. Além disso,
nas piscinas em que a profundidade for maior que 1,80m, podem ocorrer
sujeiras aderidas ao piso da piscina devido à falta de contato com os pés dos
banhistas. A limpeza do fundo é feita, inicialmente, com o escovão e, depois,
com o aspirador. A aspiração do fundo da piscina deve ser realizada quando
houver partículas de impurezas precipitadas no fundo da piscina. No
momento da aspiração, a piscina não deve ser utilizada.
79
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3. Tratamento químico
O tratamento químico engloba um conjunto de etapas que estudaremos a
seguir:
SAIBA MAIS
EXEMPLO
EXEMPLO
3.3 Ajuste do pH
O potencial hidrogeniônico (pH) é definido como cologarítimo da
concentração de íons de hidrogênio na água. Assim, segundo a ABNT NBR
10339:2019 o potencial hidrogeniônico representa uma escala do grau de acidez
ou de basicidade, cujos valores numéricos indicam se o meio está ácido, básico
ou neutro. Dessa forma, os valores da escala de pH variam de 0 (zero) a 14
(quatorze), sendo que o pH abaixo de 7,0 indica que o meio está ácido, acima
de 7,0 indica que o meio está básico, e o pH 7,0 indica que o meio está neutro.
3.3.2 Análise do pH
Em piscinas residenciais, o pH deve ser verificado diariamente. Já em
piscinas coletivas ou de uso frequente, no mínimo, 3 vezes ao dia. A análise do
pH pode ser realizada com Kits de soluções ou com fitas testes.
Para análise do pH, também pode ser utilizada a Fita Teste Aquachek
Hidroazul que foi apresentada acima nesta apostila.
IMPORTANTE!
Barrilha Hidroazul
EXEMPLO
Elevador de pH Hidroazul
EXEMPLO
Produto de ação rápida. Para redução de pH, deve ser diluído, em um balde
com água, para que a solução seja distribuída sobre a superfície da piscina.
Neste caso, a água deve ficar recirculando.
EXEMPLO
Vs = Vp x (Da – Dd)
(Da – Dr)
Sendo
Vs – volume da água a substituir
Vp – volume da água da piscina
Da – dureza cálcica atual da água da piscina
Dd – dureza cálcica final desejada
Dr – Dureza cálcia da água de reposição
EXEMPLO
Considere uma piscina de 100m³, com dureza cálcica de 200 ppm, valor
que precisa ser abaixado para 150 ppm. Considerando que a água de reposição
tem 100 ppm, de dureza cálcica, devemos calcular a quantidade de água de
reposição que deve ser introduzida na piscina (e o quanto de água deve ser
retirado da piscina).
Vp – 100m³
Da – 150 ppm
Dd – 50 ppm
Dr – 50 ppm
Vs = Vp x (Da – Dd)
(Da – Dr)
Vs = 100 x 50
100
Vs = 50 m³
90
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SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Previne a formação de algas, evitando que a água fique verde. Não altera
o pH da água e possui ação prolongada.
IMPORTANTE!
PoderOX Hidroazul
Cubo em gel com alto poder clarificante e de fácil utilização. Para isso,
basta colocá-lo no pré-filtro ou no skimmer. Mantém a água cristalina por até 15
dias. Elimina as micropartículas causadoras de turbidez que ficam suspensas na
água e promove um brilho incomparável. Ideal para todos os tipos de piscinas.
Funciona, aglomerando partículas submicrônicas para serem aprisionadas
pelo filtro de areia, aumentando sua eficácia a fim de que a água da piscina
permaneça cristalina. Reduz o consumo de cloro ao remover contaminantes da
água.
SAIBA MAIS
Produto granulado com alto grau de pureza. De fácil dissolução e com alta
eficiência na floculação e decantação, esse produto transforma a água turva em
cristalina.
Atenção: Ao utilizar o sulfato de alumínio, nunca ligue o filtro na posição
“filtrar”. Aspire o fundo da piscina após, 12 horas, com o filtro na posição “drenar”.
IMPORTANTE!
3.9 Cloração/Desinfecção
SAIBA MAIS
3.9.1.2 O fator de Ct
O fator ou valor de Ct, conforme Macedo (2018), corresponde a um número
que representa a facilidade ou dificuldade na inativação de um microrganismo
por um determinado desinfetante. Ele é calculado por meio da multiplicação da
concentração “C” do desinfetante (em mg/L ou ppm), necessária para inativar
uma certa porcentagem (99,9%) do patógeno, pelo tempo “t” (em minutos) que
o patógeno é exposto a essa concentração. Assim:
Ct = C (concentração em ppm) x t (tempo em minutos)
Quanto maior for o valor Ct, maior é a dificuldade de inativação do
contaminante. Da mesma forma, quanto menor for o valor Ct, menor a dificuldade
de inativação do contaminante
Para compreender melhor esse conceito, Maierá (2021, p. 31.1) apresenta,
como exemplo, a seguinte situação: 99,9% de uma determinada bactéria morre
quando uma concentração de 2ppm de um determinado desinfetante age nessa
bactéria por 2 minutos. Neste caso, o valor Ct para este desinfetante, para este
microrganismo, é igual a 4 (2 ppm x 2 minutos).
Assim, podemos concluir que ao se utilizar uma concentração diferente do
mesmo desinfetante, há necessidade de que o tempo de contato seja um valor
que mantenha o fator de Ct. Da mesma forma, caso tome o tempo de contato
como referência, a concentração deve ser num valor que mantenha o fator de
Ct. Ou seja. tomando o exemplo acima, sendo o valor de Ct= 4, caso se utilize 4
ppm de desinfetante, será necessário um tempo de contato de 1 minuto (4 ppm
x 1 minuto = 4). Analogamente, caso se utilize concentração de desinfetante 1
ppm, serão necessários 4 minutos de tempo de contato (1 ppm x 4 minutos = 4).
Cada desinfetante possui um valor de Ct específico para cada
contaminante. Esse parâmetro é obtido por meio de experimentos em laboratório
e esse valor sofre alterações com o pH e a temperatura, parâmetros importantes
a serem informados juntamente com o Ct. O fator de Ct é considerado o mais
aceitável na comparação de eficiência dos desinfetantes na água, portanto, um
valor alto, implica tolerância do microrganismo ao desinfetante, enquanto um
100
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valor baixo indica menor tolerância ao desinfetante, ou seja, torna-se mais fácil
a inativação do microrganismo. (MACEDO, 2018)
3.9.2 Cloro
O termo cloro, no ramo de tratamento de piscinas, refere-se aos compostos
derivados clorados que, em contato com a água, são hidrolisados e formam o
ácido hipocloroso (HClO), substância que age como desinfetante e oxidante. O
ácido hipocloroso, em água forma os íons: cátion hidrogênio e ânion hipoclorito,
como representado pela reação abaixo:
HClO H+ + ClO-
Ácido hipocloroso cátion hidrogênio ânion hipoclorito
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IMPORTANTE
Jamais misture qualquer tipo de cloro, ainda que seja da mesma marca,
sob risco de combustão e/ou liberação de gases tóxicos.
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Figura 7 – Weekend
Fonte: http://www.hidroazul.com.br
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EXEMPLO
IMPORTANTE!
O teor de ácido cianúrico pode ser analisado por meio de testes práticos
que são feitos com kits através da turbidez da água ou por testes colorimétricos,
usando-se fitas de teste. O valor ideal do ácido cianúrico deve ser de 30 a 100
ppm, valores acima de 150 ppm são considerados altos. Os cloros orgânicos ou
estabilizados, no Brasil, são representados pelo dicloro (dicloroisocianurado de
sódio) e o tricloro (ácido tricloroisocianúirico).
SAIBA MAIS
s-triazine-2,4,6-triol s-triazine-2,4,6-trione
(forma enol) (forma ceto)
SAIBA MAIS
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Dicloroisocianurato de sódio
SAIBA MAIS
EXEMPLO
4250
𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒄𝒍𝒐𝒓𝒐 =
0,381
4250
𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒄𝒍𝒐𝒓𝒐 =
0,7
Hidrogênio
Composto A Composto B
Ácido Cianúrico (Não dissociado) Cianurato (Dissociado)
IMPORTANTE
Vale ressaltar que a troca natural de água da piscina como a perda de água
pelo uso dos banhistas (splash-out), através da drenagem na aspiração,
lavagem do filtro e da reposição do nível da água, diminuem ainda mais a
possibilidade de ocorrer um acúmulo de ácido cianúrico, estando ele na forma
dissociada ou não. De acordo com as referências citadas, conclui-se que, em
uma piscina com os parâmetros ajustados e com um tratamento convencional é
praticamente impossível ocorrer o fenômeno da superestabilização. (MACEDO,
2018)
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RESUMO
1.1.3 Respingos
Na ocorrência de respingos, ao manusear produtos químicos, o local deve
ser lavado imediatamente com água. Se o local do respingo apresentar irritações
ou em casos em que os respingos atingem áreas mais delicadas, como a região
dos olhos, é necessário consultar um médico, levando as informações sobre o
produto químico. (MAIERÁ, 2021)
IMPORTANTE!
1.2.2 Recipientes
Não se deve misturar produtos velhos com produtos novos do mesmo tipo.
De acordo com Macedo (2018), os produtos químicos devem ser armazenados
em suas embalagens originais e em boas condições de uso.
IMPORTANTE!
Produtos químicos não devem ser armazenados próximos uns dos outros,
principalmente quando se tratar de diferentes tipos de cloros.
SAIBA MAIS
IMPORTANTE!
RESUMO
1. Proteja-se do sol
No Brasil, dependendo da região, há
um índice de altas temperaturas e
incidência de sol praticamente o ano
inteiro. Logo a atividade do Tratador de
Piscina é realizada com a exposição ao
sol durante a maior parte do ano.
Portanto, é importante estar atento à
saúde e aos cuidados com a exposição
aos raios ultravioletas, pois o excesso
dessa exposição pode causar problemas
de saúde, principalmente para os
profissionais que trabalham diariamente
expostos a essas radiações, como o
Tratador de Piscina. Dentre os problemas
causados à saúde pela exposição ao sol,
encontram-se queimaduras, insolação,
desidratação, insolação, câncer de pele,
entre outros. (BRASIL, 2003)
Portanto, é essencial que o tratador não se esqueça dos cuidados com a
saúde, por meio da hidratação e proteção ao sol, mediante a utilização de
chapéus, camisas e óculos com proteção ultravioleta, além do filtro solar.
2. Ergonomia
Segundo a Associação Internacional de Ergonomia (IEA), a ergonomia
consiste na disciplina que estuda a relação do ser humano com outros elementos
do ambiente de trabalho (sistema) e a profissão. É a ciência que procura aplicar
teorias, princípios, dados e métodos para a otimização do bem-estar do ser
humano e para melhorar o desenvolvimento de toda a sistemática do trabalho
(BRASIL, 2020, p.4).
Dessa forma, um cuidado importante no exercício do Tratador de Piscina
é com relação à postura, sobretudo no momento da limpeza física da piscina e
no transporte manual de produtos pesados. É importante procurar a orientação
de um ortopedista, de um médico do trabalho e de um fisioterapeuta para ter
uma postura correta durante a atividade profissional para que, assim, possam
ser evitados problemas comuns, como lesões por esforço repetitivo, hérnia de
disco, lombalgia, artrose, escoliose, cifose e lordose.
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3. Equipamentos de Proteção Individual
A saúde do Tratador de Piscina depende, também, do uso dos EPIs,
equipamentos de proteção individuais. Os rótulos e as FISPQs dos produtos
químicos trazem informações sobre quais são os EPI’s necessários para o
manuseio do produto com segurança.
Exemplos de EPI’s:
• Luvas de látex (emborrachadas)
• Óculos de segurança
• Botas de PVC
4. Primeiros socorros
Em caso de acidente com produtos químicos de piscina é importante
observar as orientações do rótulo e da FISPQ do produto sobre os
procedimentos a serem tomados (BRASIL, 2007).
SAIBA MAIS
* A Renaciat é uma rede coordenada pela Anvisa, criada em 2005 pela resolução
RDC nº 19. É composta por 36 Centros de Informação e Assistência Toxicológica
(Ciats), espalhados em 19 estados brasileiros. Os Ciats funcionam em hospitais
universitários, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e fundações.
Quando o usuário utiliza o 0800, sua ligação é transferida para o Ciat mais
próximo da região de onde a chamada foi originada. Os centros estão
preparados para receber ligações de longa distância, 24 horas por dia, sete dias
por semana, durante todo o ano.
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RESUMO
Referências Bibliográficas