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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
3.1 Vitaminas............................................................................................ 15
8 CONSIDERAÇÕES .................................................................................. 63
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 SUPLEMENTAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Fonte: denisereal.com.br
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Desde a Grécia antiga existe o culto por um padrão estético tido como perfeito.
Os cidadãos gregos da época eram bombardeados com imagens de guerreiros,
atletas, heróis, sempre apresentando imagens de corpos perfeitos. Ainda na
antiguidade, o homem primava por maneiras de alcançar seus objetivos e de melhorar
a sua performance por meio de recursos nutricionais. Atletas e guerreiros da época
ingeriam alimentos como corações de leões, fígados de veados, acreditando que
conseguiriam desenvolver características desses animais, como bravura, força e
velocidade. A palavra ergogênica é advinda do grego ergo (trabalho) e gen
(produção), ou seja, gera um incremento do potencial para a melhoria de um trabalho.
Os recursos ergogênicos podem ser classificados em nutricionais, físicos, mecânicos,
psicológicos, fisiológicos ou farmacológicos.
Esses recursos podem ser utilizados com finalidade de tratamento clínico ou
isoladamente em substâncias elaboradas para melhorar o desempenho desportivo ou
aprimorar a capacidade de realizar um trabalho físico. Na Grécia antiga, observam-se
as premissas da origem da prática da musculação, tendo como referência principal
Milo. Este tinha como objetivo ser o homem mais forte do mundo, e para alcançar tal
façanha, passou a levantar um bezerro, ainda jovem, e na medida em que o bezerro
crescia, Milo aumentava a sua força. Quando o animal atingiu sua fase adulta, Milo
passou não apenas a levantar o animal, como também caminhar com ele sobre os
seus ombros. Daí o primeiro relato de treinamento com progressão de sobrecarga.
Assim como na antiguidade, as pessoas continuam sendo estimuladas por
imagens de corpos tidos como perfeitos, por meio dos principais meios de
comunicação que permeiam a sociedade contemporânea. Algumas dessas são as
práticas de atividades físicas, dietas e de cirurgias estéticas. No entanto, para se
conseguir tais objetivos mais rápido, alguns indivíduos acabam por utilizarem de
meios, como recursos ergogênicos e androgênicos. A utilização e comercialização
desses recursos têm sido muito comuns nas academias, principalmente pelos
praticantes de musculação.
A pressa pelo alcance do tão almejado corpo idealizado por esses usuários,
fazem com que esses indivíduos não esperem atingir as metas naturalmente, por meio
do treinamento e da dieta, fazendo com que muitos acabem, lançando mão da
utilização dessas substâncias, muitas vezes, sem acompanhamento profissional,
constantemente incentivados, principalmente atendendo a fortes interesses
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mercadológicos das indústrias da beleza e saúde e da alimentação, ao culto ao corpo
magro, belo e saudável. Por outro lado, também há a exposição ao padrão alimentar
ocidental, que incentiva o consumo de alimentos hipercalóricos, tais alimentos
hipercalóricos são compostos por um baixo teor de fibras, elevado teor de carboidrato
simples e lipídios e sendo estes relacionados ao aumento da compulsão alimentar
devido ao prazer e saciedade momentânea que podem proporcionar ao serem
ingeridos.
Tais alimentos e hábitos nutricionais não são condizentes com a alimentação
de quem busca um corpo perfeito. É notável que muitas pessoas vão à busca de
academias de ginásticas, procurando por saúde, emagrecimento e condicionamento
físico, mas muitos representam objetivos exclusivamente estéticos, almejando
alcançar a imagem corporal ideal. A insatisfação com a imagem corporal é
influenciada pelo "ideal cultural de magreza" e que tem, como consequência, uma
adesão por parte, principalmente das mulheres, em dietas, cada vez mais
precocemente e muitas vezes não sabem e não procuram um profissional habilitado
para prescrição de tais produtos. Os suplementos alimentares não são recomendados
para praticantes de atividade física não-atletas.
Suplemento dietético é uma expressão genérica que tem sido utilizada para
designar qualquer substância ingerida de forma oral que contenha elementos com
capacidade para complementar a dieta, sendo denominado também como suplemento
nutricional, esportivo ou mesmo ergogênico.
O uso abusivo de suplementos alimentares e drogas, tem crescido muito
tendendo à generalização em algumas academias e associações esportivas. Portanto,
as pessoas devem estar cientes que a alimentação saudável e adequação com outros
nutrientes e suplementos realizados com orientação profissional e capacitados como
os nutricionistas e ou médicos especializados.
Levando em consideração o consumo calórico total e o tempo entre digestão e
aproveitamento metabólico, determina-se a quantidade necessária de
macronutrientes, ou seja, carboidratos, proteínas e lipídios, essenciais na manutenção
ou melhora do desempenho esportivo e saúde do corpo humano.
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Os carboidratos são necessários para armazenamento de energia. O
requerimento diário de glicose por esses tecidos é da ordem de 300g/dia, ao passo
que a capacidade do fígado, principal reservatório de carboidratos, em armazenar
glicogênio é de cerca de 100g/dia em adultos. Já as reservas de lipídios no organismo
são superiores aos dos carboidratos tanto em condições basais e em jejum,
aumentando a disponibilidade de glicose para outros tecidos, por isso a necessidade
de orientação profissional em nutrição para evitar o excesso de nutrientes e prejuízo
ao funcionamento dos órgãos.
Os carboidratos são considerados um dos melhores recursos ergogênicos
disponíveis para atletas e praticantes de atividade física. O consumo deste
macronutriente é capaz de repor os estoques de glicogênio hepático e
muscular dos indivíduos ativos, resultando em melhora da capacidade de
performance do exercício e das adaptações do treinamento. No caso de
atletas e desportivas envolvidos em treinamento intenso, a necessidade de
carboidratos pode ser consideravelmente elevada, e o fornecimento
adequado deste macronutriente apenas pela alimentação torna-se
fisicamente inviável, pois o volume e número das refeições pode interferir
negativamente nos treinos. Em situações como essa, a suplementação é uma
conduta recomendável. (KREIDER 2010, apud MARETH 2015, p.5).
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necessárias na formação, no crescimento e no desenvolvimento de tecidos corporais,
na formação de enzimas que regulam a produção e a geração de energia, sobretudo
quando os estoques de carboidratos estão baixos. Estas devem estar presentes na
alimentação diária na faixa de 10% a 15% das calorias totais.
As vitaminas regulam os processos metabólicos, trabalhando como
coenzimas. São divididas em dois grupos: lipossolúveis (A, D, E e K) e hidrossolúveis
(Vitaminas do complexo B e Vitamina C).
Os minerais estão envolvidos na regulação do metabolismo e são componentes
de enzimas, hormônios e secreções. As quantidades necessárias de vitaminas e
minerais são determinadas em função do gênero, idade e fase da vida em que os
indivíduos se encontram.
A alimentação saudável exige equilíbrio e variedade de alimentos de diferentes
grupos. Em geral, não há necessidade de se fazer suplementação de qualquer
nutriente quando se tem como hábito uma dieta balanceada, acompanhada por
adequada ingestão de líquidos. Neste sentido, a água é fundamental, já que compõe
a maior parte do peso corporal e participa de enorme variedade de processos
metabólicos.
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que resulta em gasto energético, segundo a portaria nº 222 do Ministério da Saúde,
de 24 de março de 1998.
A atividade física está positivamente associada a estratégias para melhorar
hábitos alimentares, desencorajar o fumo e a utilização de outras substâncias
prejudiciais à saúde, como álcool e drogas. Além disso, é fundamental no controle de
peso corporal e está diretamente associada à redução do risco de doenças, tais como
enfermidades cardiovasculares, diabetes mellitus e alguns tipos de câncer.
Além dos aspectos anteriormente mencionados, os objetivos da atividade física
ou de um programa de exercícios são melhorar o desempenho, a força, a postura, a
flexibilidade geral e, ainda favorecer a manutenção da massa óssea, retardando a sua
redução.
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Assim, apesar dos suplementos nutricionais serem cada vez mais amplamente
disseminados pelos meios de comunicação e utilizados por muitas pessoas, vários
aspectos importantes precisam ser questionados e respondidos.
2.6 Classificação
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2.7 Legislação
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produto atende à finalidade a que se propõe. Os repositores hidroeletrolíticos
apresentam-se prontos para o consumo líquido ou em pó.
Repositores Energéticos: Nestes produtos, os carboidratos devem constituir, no
mínimo, 90% dos nutrientes energéticos presentes na formulação. Opcionalmente,
estes produtos podem conter vitaminas e ou minerais. São encontrados na forma
líquida, em pó, em barra ou gel.
Alimentos Proteicos: A composição proteica deve ser constituída de, no mínimo,
65% de proteínas de qualidade nutricional equivalente às proteínas de alto valor
biológico, sendo estas formuladas a partir da proteína intacta e hidrolisada. A adição
de aminoácidos específicos é permitida para repor as concentrações dos mesmos
níveis do alimento original perdido em função do processamento, ou para corrigir
limitações específicas de produtos formulados à base de proteínas incompletas, em
quantidade suficiente para atingir alto valor biológico, no mínimo comparável ao das
proteínas do leite, carne ou ovo. Opcionalmente, estes produtos podem conter
vitaminas e ou minerais. Podem conter ainda carboidratos e gorduras, desde que a
soma dos percentuais do valor calórico total de ambos não supere o percentual de
proteínas.
Alimentos Compensadores: Devem conter concentração variada de
macronutrientes (proteínas, carboidratos, lipídios), obedecendo aos seguintes
requisitos:
• Carboidratos: Abaixo de 90% do valor energético total do produto;
• Proteínas: No mínimo 65% de proteínas presente no produto devem corresponder a
proteína de alto valor biológico;
• Gorduras: Manter a relação de 1/3 gordura saturada, 1/3 monoinsaturada e 1/3 poli-
insaturada;
• Opcionalmente, estes produtos podem conter vitaminas e ou minerais.
Nesse segmento enquadram-se, sobretudo produtos popularmente conhecidos
como hipercalóricos e alimentos considerados nutricionalmente completos.
Aminoácidos de Cadeia Ramificada para Atletas (ou BCAA): Os aminoácidos de
cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina), isolados ou combinados, devem
constituir no mínimo 70% dos nutrientes energéticos da formulação, fornecendo na
ingestão diária recomendada até 100% das necessidades diárias de cada aminoácido.
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Outros alimentos com fins específicos: Estes são produtos formulados de forma
variada com finalidades metabólicas específicas, de acordo com determinada prática
de atividade física. As vitaminas e minerais podem ser também adicionados a esses
alimentos.
3.1 Vitaminas
Fonte: edisciplinas.usp.br
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3.2 Minerais
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Os quelados, também chamados de minerais orgânicos, são moléculas
formadas pela ligação de um íon metálico a um carreador orgânico –
aminoácidos ou carboidratos normalmente – por meio de ligações
covalentes. Tais carreadores, ou ligantes, acoplam-se aos minerais por
ligações covalentes através de seus grupos amino ou oxigênio. Esta
ligação covalente permite que a molécula resultante tenha carga elétrica
praticamente nula. A obtenção do quelato se dá após a hidrólise de uma
fonte proteica e a exposição do elemento mineral ao hidrolisado resultando
na formação de complexos íons metálicos quelatados. Alternativamente,
os minerais quelatados podem ser sintetizados por meio de um processo
biossintético, como ocorre com o uso de leveduras. (LESSON 1997, apud
OLIVEIRA 2008, p. 2).
Cálcio
O cálcio é um macroelemento e é o mineral mais abundante do organismo, dos
quais 90% estão no esqueleto. O restante é repartido entre os tecidos, sobretudo os
músculos e o plasma sanguíneo. É um elemento primordial da membrana celular, na
medida em que controla sua permeabilidade e suas propriedades eletrônicas. Está
ligado às contrações das fibras musculares lisas, à transmissão do fluxo nervoso, à
liberação de numerosos hormônios e mediadores do sistema nervoso, assim como a
atividade plaquetária (coagulação do sangue).
As trocas entre o tecido ósseo e o plasma sanguíneo se fazem nos dois
sentidos, de maneira equilibrada nos indivíduos normais. A quantidade de cálcio
presente no sangue resulta de vários movimentos: duas entradas (a absorção do
cálcio no intestino delgado e a reabsorção óssea) e duas saídas (depósito nos ossos
e perdas através da urina). A calcemia não é um espelho fiel destes movimentos e
não pode ser o único parâmetro para identificação de uma patologia cálcica. Pode-se
observar uma redução do mineral ósseo (osteoporose) ou uma anomalia do
metabolismo cálcico (doença de Paget) sem que seja modificado na taxa de cálcio no
sangue.
Os principais fatores de regulação do metabolismo cálcico são o paratormônio,
secretado pelas glândulas paratireoides, que tendem a liberar o cálcio a nível ósseo e
favorecer a reabsorção a nível renal, e a vitamina D, que é indispensável para a
mineralização correta.
Enquanto que dificilmente se podem administrar os fatores interiores, que
intervém na fisiologia do cálcio, é possível atuar sobre os fatores externos, o aporte
de cálcio e da vitamina D, a relação do cálcio com o magnésio e o fósforo ou, ainda,
a composição da dieta alimentar. Assim, por exemplo, o excesso de proteínas na
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refeição aumenta a eliminação urinária do cálcio. Da mesma forma, a ingestão de
alimentos ricos em ácido oxálico (por exemplo, espinafre) ou em ácido fítico (pão
integral) faz diminuir a disponibilidade do cálcio em razão da formação de sais
insolúveis. A cafeína, o álcool e diversos medicamentos são fatores desfavoráveis à
disponibilidade do cálcio.
As carências profundas em cálcio - hipocalcemias, são bastante raras, contudo,
as carências moderadas são frequentes. Os sintomas provocados pela
hiperexcitabilidade neuromuscular incluem formigamentos, agulhadas,
entorpecimento dos membros e contrações musculares. A nível ósseo, a redução da
taxa de cálcio no organismo pode ser traduzida por sinais de descalcificação, como
raquitismo, retardamento do crescimento e osteoporose.
As hipocalcemias são devidas, mais frequentemente, ao déficit de vitamina D e
também à falta de aporte de cálcio e se manifestam sob formas diversas, como
poliúria, formação de cálculos renais, inapetência, sonolência, fraqueza muscular e
palpitações. Os hipercalcêmicos apresentam uma patologia subjacente, como câncer
com metástase óssea, hiperparatireoidismo e insuficiência renal, ou um incidente
iatrogênico, como nos casos de utilização prolongada de grandes doses de vitamina
D ou de certos diuréticos.
Normalmente, a concentração do cálcio na célula é pequena, mas em
circunstâncias patológicas há uma sobrecarga de cálcio intracelular, pois a membrana
celular não preenche mais seu papel de barreira face ao cálcio extracelular. Esta
entrada maciça de cálcio no interior da célula implanta canais membranários rápidos,
que se abrem quando o equilíbrio da célula é perturbado. A elevação do cálcio livre
na célula tem consequências desastrosas, como a vasoconstrição, uma diminuição
da deformabilidade dos glóbulos vermelhos com aumento da viscosidade do sangue
e a tendência à hiperagregação das plaquetas sanguíneas. É importante lembrar que
as necessidades em cálcio aumentam no período de crescimento, durante a gravidez
e o aleitamento.
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O cálcio é também o centro de debate da osteoporose, que se tornou uma
espécie de “epidemia silenciosa”, notadamente entre as mulheres. É difícil analisar a
eficácia do aporte de cálcio nesta doença, devido às divergências encontradas nos
resultados dos estudos. Estas divergências são provenientes, por um lado, pelo
diferente comportamento dos ossos nas várias regiões do esqueleto; por exemplo, os
ossos do rádio não reagem ao suprimento de cálcio, enquanto que as taxas de fraturas
dos outros ossos (fêmur, bacia) diminuem de maneira significativa.
Nas mulheres com taxa normal de estrógenos, o equilíbrio cálcico se
estabelece mais rapidamente do que nas mulheres carentes de estrógenos. Todavia,
as pesquisas concordam que é primordial assegurar à massa óssea a maior
densidade possível entre os 20 e 40 anos. Os primeiros anos da idade adulta são
decisivos para uma predisposição futura à osteoporose.
Como fonte de cálcio, os derivados do leite são os mais ricos. Em caso de
intolerância à lactose, os iogurtes podem substituir o leite. Pode-se recorrer, ainda, a
um complemento alimentar de cálcio.
Cobre
O cobre é um ótimo antioxidante, além de componente de diversas enzimas
envolvidas na produção de energia celular, na formação de tecidos conectivos e na
produção de melanina.
O organismo humano contém cerca de 80mg de cobre para um homem de 70
kg. A recomendação das academias científicas considera como mínimo a absorção
diária de cerca de 2mg /dia. Um regime equilibrado contém de 2 a 5 mg/dia.
Os órgãos mais ricos em cobre, são o fígado onde o excesso é estocado, e o
cérebro. Cerca de 1/3 está nos músculos e no esqueleto. O transporte de cobre é
assegurado por uma proteína, a ceruloplasmina. Quando este transportador está
saturado, a absorção do cobre pelos intestinos é diminuída.
A deficiência de cobre é rara. No entanto, um sinal clínico de sua manifestação
é revelado por um tipo de anemia que não se cura com o consumo de ferro, mas que
é corrigida com uma suplementação de cobre. Outros sintomas das taxas insuficientes
de cobre são a baixa pigmentação e a deficiência no crescimento. A deficiência do
sistema imunológico é outro sintoma, porque as baixas no mineral levam à diminuição
das células de defesa do sangue, aumentando a suscetibilidade para infecções.
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O cobre está ligado ao metabolismo de numerosas enzimas, como a
ceruloplasmina, a citocromo oxidase, as transaminases, a lisina oxidase, que favorece
a reticulação do colágeno e da elastina, as aminos oxidases, e a tirosinase.
Os alimentos ricos em cobre são carnes, frutos do mar, sementes e
oleaginosas. A recomendação de consumo de cobre para adultos é de 900mcg diárias
Cromo
Apesar de ser reconhecido como um nutriente essencial, as funções do cromo
no organismo ainda não são totalmente conhecidas, com exceção do seu papel no
metabolismo da glicose. O cromo potencializa os efeitos da insulina, responsável por
captar a glicose no sangue, levando-a para dentro das células. A falta de cromo pode
ocasionar resistência à ação da insulina, impedindo-a de captar a glicose.
O cromo é absorvido ao nível do jejuno e menos de 1% do cromo ingerido é
absorvido. Sua absorção é influenciada pela presença de agentes quelantes, sendo,
em particular, diminuída na presença de fitatos e de ferro diminui. Após a absorção, o
cromo é transportado pela mesma proteína que transporta o ferro, ou seja, a
transferrina.
Há sugestões de que o cromo desempenhe o papel de ativação das enzimas,
estabilização das proteínas e ácidos nucléicos (papel na espermatogênese). Contudo,
sua principal atuação é a de potencializar o papel da insulina, não unicamente no
metabolismo dos açúcares, mas também no das proteínas e das gorduras, além de
um efeito favorável sobre as taxas de colesterol e de lipoproteínas. Os alimentos ricos
em cromo são carnes, feijão, brócolis, batata e cereais integrais.
Ferro
O ferro é indispensável para o desenvolvimento correto de numerosas funções
fisiológicas. É um constituinte da hemoglobina e ocupa o centro do núcleo pirrolidínico,
chamado heme. Com outros constituintes proteicos, o ferro faz parte da mioglobina,
que estoca o oxigênio no músculo, e dos citocromas, que asseguram a respiração
celular, além disso ativa numerosas enzimas, como a catalase, que assegura a
degradação dos radicais livres prejudiciais.
Do total de ferro ingerido, 5% a 10% é absorvido no duodeno e no jejuno, sendo
captado pela ferritina, uma proteína de estocagem que sequestra o ferro e pode
transformar o ferro bivalente em ferro trivalente ativo. Uma outra molécula, proteína
de transporte, a transferrina, sintetizada no fígado, vai se carregar de ferro junto a
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ferritina. É a transferrina que fornece o ferro aos reticulócitos, células precursoras dos
glóbulos vermelhos.
A dosagem de ferritina permite avaliar o estado das reservas de ferro no
organismo. Um grama de ferritina pode estocar até 8mg de ferro. Os valores dessas
proteínas permitem avaliar o estado do organismo quanto ao metabolismo do ferro.
A carência de ferro pode ser devida a perdas excessivas (hemorragias
digestivas, hemorroidas, ulcerações digestivas, hipermenorreias), à má absorção
(diarreias, gastrectomia) ou, ainda, a dieta diária insuficiente, causada por alimentação
composta de gorduras, farinhas brancas e açúcar refinado, todos pobres em ferro. O
déficit de ferro ocasiona diminuição das defesas imunitárias e, consequentemente,
menor resistência às infecções, além de alteração das estruturas epiteliais.
Os cereais integrais são bastante ricos em ferro. Outros alimentos ricos em
ferro são espinafre, aspargo, alho poro, salsa, batatas, lentilhas, cenouras e cerejas,
carnes vermelhas, folhas verde- escuras, leite e derivados.
Fósforo
A maioria do fósforo no organismo se encontra no esqueleto, combinado ao
cálcio, e 10% nos tecidos moles, músculos, fígado e baço. Assim como o cálcio, o
fósforo está sob a influência da vitamina D e do hormônio paratireoideano. Exerce
papel estrutural na célula, notadamente nos fosfolipídios, constituintes das
membranas celulares. Participa de numerosas atividades enzimáticas e, sobretudo,
desempenha papel fundamental para a célula como fonte de energia sob a forma de
ATP (adenosina trifosfato). É graças ao fósforo que a célula pode dispor de reservas
de energia.
O aporte de fósforo é amplamente coberto pela alimentação, uma vez que este
mineral se encontra em quantidade relativamente importante em numerosos
alimentos, notadamente os que contém cálcio (leite, queijo, frutas secas).
A carência em fósforo pode ter causas múltiplas, como diminuição dos aportes
no curso da alimentação parenteral exclusiva, alcoolismo crônico, jejuns ou
desnutrição prolongados, perdas de origem digestiva (diarreias, vômitos, pancreatite
crônica,), ou precipitação por antiácidos gástricos em tratamentos prolongados. Enfim,
a excreção renal é aumentada no hiperparatireoidismo, no raquitismo, no déficit de
vitamina D ou em casos de utilização de determinados medicamentos, como os
barbitúricos, por exemplo.
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As hipofosforemias podem ser assintomáticas ou, ao contrário, provocar sinais
clínicos dominados por diminuição dos reflexos, parestesias (formigamentos) das
extremidades e ao redor do orifício bucal, fraqueza muscular e distúrbios da atenção.
O fósforo é classicamente prescrito em casos de desmineralização óssea, de
sobrecarga física e intelectual e na espasmofilia.
Flúor
O flúor é um dos oligoelementos mais conhecidos por seu papel na prevenção
das patologias buco dentária e óssea, atuando também nos tecidos e nas células. O
tecido mineral contém praticamente 99% de flúor do organismo com uma grande
maioria nos ossos. O componente mineral dos tecidos duros do organismo é
geralmente a apatita, um fosfato de cálcio que consiste em pequenos cristais
encaixados em uma matriz.
Apesar de seu papel indiscutível na prevenção dentária, a concentração de
flúor no esmalte é menor do que nos ossos.
O flúor é rapidamente absorvido ao nível do estômago e do intestino delgado,
por via passiva ligada ao gradiente de concentração. Mesmo não se falando de
mecanismos de regulação homeostásicas, como no caso do cálcio, sódio ou cloro, há
ainda assim uma adaptação às concentrações pelos ossos e pelos rins. A excreção
do flúor se dá pela urina. É difícil encontrar exemplos de deficiência em flúor
determinando uma patologia particular, mas tende-se a considerar o flúor como um
oligoelemento essencial.
Apesar da quantidade de flúor encontrada na alimentação ser baixa, boas
fontes do micronutriente são chás e peixes de água salgada consumidos com ossos,
como a sardinha, por exemplo. A ingestão adequada do mineral é de 4mcg diárias.
Iodo
O iodo é um elemento indispensável ao funcionamento de todo o organismo.
Integra a formação de dois fatores hormonais da glândula tireoide (tiroxina e
triiodotiroxina), que agem na maioria dos órgãos e nas grandes funções do organismo;
no sistema nervoso (atua na termogênese), no sistema cardiovascular, nos músculos
esqueléticos, nas funções renais e respiratórias. Em suma, estes hormônios são
indispensáveis ao crescimento e ao desenvolvimento harmonioso do organismo.
O principal sinal de carência de iodo é o bócio. Com a carência de iodo, há uma
diminuição da formação de hormônios tireoideanos e, por um mecanismo de
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feedback, um aumento da estimulação da glândula pelo hormônio hipofisiário que rege
a tireoide, gerando um aumento do volume da glândula. Quando a carência atinge
crianças, estas ficam raquíticas por deficiência no crescimento ósseo, são atingidas
pelo cretinismo, sua pele se torna seca e edemaciada (mixedema), e seus traços são
grosseiros. A insuficiência tireoidiana pode existir sem bócio, neste caso, a glândula
apresenta frequentemente nódulos.
Os sintomas de hipotireoidismo são cutâneos, com presença de pálpebras
inchadas, tegumentos sem vida e secos, cabelos quebradiços e se rarefazendo,
musculares como astenias e câimbras, com um metabolismo reduzido (sensação
hipotérmica, anorexia, distúrbios dispépticos), amenorreia ou impotência sexual,
sinais neuropsíquicos (apatia, lentidão de raciocínio).
O hipertireoidismo resulta de um hiper funcionamento da glândula tireóide, cuja
etiologia mais frequente é a doença de Graves, uma doença de natureza imunológica,
cíclica e que evolui espontânea e lentamente para a cura.
As principais fontes de iodo são os peixes de água salgada e frutos do mar,
como bacalhau, sardinha, molusco, ostra e camarão. O leite e seus derivados também
contêm quantidade importante de iodo, assim como os legumes (vagem, agrião,
cebola, alho poró, rabanete, nabo) e certas frutas (ananás, groselhas, ameixas).
Sua recomendação diária é de 150mcg para pessoas com mais de 14 anos.
Gestantes, no entanto, precisam consumir 220mcg/dia. A quantidade ideal de iodo
para lactantes é de 290mcg diariamente.
Magnésio
O magnésio é o cátion intracelular mais importante, depois do potássio. Mesmo
sendo menos abundante que os outros três grandes macroelementos (sódio, potássio
e cálcio). O papel fisiológico do magnésio é importante na regulação da atividade de
mais de 300 reações enzimáticas; intervém, igualmente, na duplicação dos ácidos
nucléicos, na excitabilidade neural e na transmissão de influxo nervoso, agindo sobre
as trocas iônicas da membrana celular.
Uma parte importante do magnésio é fixada sobre os ossos sob a forma de
fosfatos e bicarbonatos, outra pequena parte entra na composição da massa
molecular, e outra fração minúscula, presente no sangue, está ligada às proteínas,
ionizadas e fisiologicamente ativas. Mesmo variações mínimas da concentração do
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magnésio nas células, podem afetar o metabolismo, o crescimento e a proliferação
celular. O magnésio também é importante na função cardíaca.
Dados epidemiológicos demonstraram que uma hipomagnesemia (associada
frequentemente a uma hipopotassemia) é acompanhada de um determinado número
de problemas cardiovasculares, notadamente de ritmo cardíaco. Foi também
constatado que após um dano provocado por antiarrítmicos, somente a administração
concomitante de magnésio pode debelar certas arritmias cardíacas. Outra descoberta
interessante foi a relação entre o déficit magnesiano e o prolapso da válvula mitral,
que apresentam como sintomas a clássica bolha na garganta com dificuldade de
deglutição, uma pequena instabilidade com mudanças de posição da cabeça e do
corpo, rinites persistentes ligadas a hiper-reatividade das mucosas nasais e,
sobretudo, uma fadiga vocal durante o dia. Este último sintoma, acompanhado às
vezes de dores faríngeas e de pigarro na garganta, geralmente ligada a uma origem
infecciosa e a distúrbios psicossomáticos, podem desaparecer com a
magnesioterapia.
A deficiência em magnésio pode causar hiperexcitação neuromuscular, que
apresenta uma espécie de círculo vicioso: um déficit magnesiano crônico conduz a
uma baixa no nível da excitação neuromuscular e a uma maior sensibilidade ao stress,
o que favorece ainda mais uma perda magnesiana. Esta depleção magnesiana passa
por mecanismos muito complexos de desregulações nervosa e endocrinológica,
ligadas ao stress agudo ou crônico. Outras causas que podem dar origem à depleção
de magnésio são intoxicação por chumbo, uso prolongado de determinados
medicamentos, notadamente diuréticos, problemas intestinais crônicos, alimentação
parenteral prolongada, pancreatite e diabetes. O álcool e alimentação rica em glicídios
e em lipídeos podem igualmente aumentar a eliminação de magnésio.
Boas opções de magnésio são as verduras e legumes verdes, cereais integrais
e oleaginosas. Carnes e leite apresentam uma quantidade intermediária, enquanto os
alimentos refinados contêm baixo nível de magnésio.
Envolvido no metabolismo do cálcio, na síntese da vitamina D e na integridade
da formação da estrutura mineral do esqueleto ósseo. É requerido para o metabolismo
de carboidratos, de proteínas e de lipídios e é vital para a saúde dos tecidos muscular
e nervoso.
Manganês
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O manganês é parte constituinte de diversas enzimas e atua como ativador de
outras. Entre outras ações, funciona como antioxidante e ativa enzimas que participam
do metabolismo dos carboidratos, aminoácidos e colesterol, e colabora na formação
da cartilagem e ossos. A distribuição do manganês é grande nos tecidos e líquidos do
organismo, notadamente onde a atividade das mitocôndrias é maior. O papel
metabólico do manganês é considerável, pois ativa numerosas enzimas implicadas
na síntese do tecido conjuntivo, na regulação da glicose, na proteção das células
contra os radicais livres e nas atividades neuro-hormonais.
No rol dos benefícios imputados ao manganês estão a ação hipoglicemiante,
ação sobre o metabolismo das gorduras, ação protetora das células hepáticas, papel
na biossíntese das proteínas e dos mucopolissacarídeos das cartilagens, assim como
implicação no metabolismo dos neurotransmissores.
O manganês é considerado em oligoterapia como um carro-chefe, pois é básico
no tratamento da diátese alérgica, igualmente presente na associação manganês-
cobre, que constitui o remédio da diátese. Este tratamento melhora sensivelmente as
crianças frágeis, perpetuamente resfriadas e com problemas de fixação da atenção.
O manganês encontra, ainda, excelentes indicações no campo da artrose.
O déficit de manganês no organismo pode interferir no crescimento e causar
anormalidades do esqueleto, disfunções reprodutivas, menor tolerância à glicose e
alteração no metabolismo dos carboidratos e das gorduras.
O manganês é encontrado nos cereais integrais, nozes, leguminosas, abacaxi
e chás.
Potássio
O potássio é o principal cátion intracelular que contribui para o metabolismo e
para a síntese das proteínas e do glicogênio. Desempenha papel importante na
excitabilidade neuromuscular e na regulação do teor de água do organismo. O líquido
intracelular contém mais de 90% do potássio do corpo. No plasma sanguíneo, o
potássio representa uma parte ínfima do potássio total. No entanto, a ausência total
de potássio sérico é um sinal bastante fiel de um déficit global deste cátion.
As necessidades de potássio são maiores no período de crescimento; fora esse
período são mínimas e cobertas pela alimentação. Entretanto, se observam
hipopotassemias bastante frequentes, raramente ligadas à carência de aporte
26
alimentar, salvo para os grandes alcoólatras crônicos e pessoas possuidoras de
anorexia mental.
28
destaca-se por suas propriedades anti-inflamatórias e imune estimulantes. No
homem, a suplementação em selênio é benéfica para melhorar a forma geral e
prevenir o envelhecimento.
A deficiência de selênio é rara, mas tem sido observada em condições em que
não há oferta suficiente do micronutriente, como regiões onde o solo é pobre no
mineral. Castanha de caju e carnes fornecem números significativos de selênio.
O aporte alimentar diário de selênio varia de acordo com cada país. No Brasil,
a quantidade ideal de ingestão para adultos é de 55mcg/ dia.
Zinco
Diversos aspectos do metabolismo celular são dependentes do zinco.
Aproximadamente 100 enzimas dependem do zinco para realizar reações químicas
vitais. O mineral tem papel importante, por exemplo, no crescimento, na resposta
imune do organismo, na função neurológica e na reprodução. Além dessas funções,
o zinco atua na estrutura das proteínas e membranas celulares e também está
envolvido na expressão dos genes, na síntese de hormônios e na transmissão do
impulso nervoso. Na Antiguidade, era utilizado sob a forma de óxido de zinco para
curar feridas e queimaduras.
É encontrado em todos os órgãos, mas sua concentração é particularmente
elevada no pâncreas, no fígado, na pele e nos fâneros. No sangue, está ligado às
proteínas e aos aminoácidos. O organismo aproveita apenas de 5% a 10% do zinco
contido na alimentação. O estudo de sua biodisponibilidade é importante, pois há
certas substâncias existentes na alimentação que modificam sua absorção, assim, os
fitatos que são encontrados em grande número de alimentos vegetais, entre os quais
as fibras, inibem a absorção do zinco. Outros queladores do zinco são o álcool, os
taninos, alguns antibióticos e os contraceptivos orais.
A biodisponibilidade do zinco depende da interação com outros minerais na luz
intestinal. Quando a falta de zinco acontece, surgem sintomas como atraso da
maturidade sexual, déficit de crescimento, diarreia crônica, pouco apetite e deficiência
do sistema auto-imune; produz também modificações importantes no metabolismo
dos ácidos graxos e pode constituir-se em um fator de risco à arteriosclerose.
Boas fontes de zinco são carne bovina, peixes, aves, leite e derivados,
mariscos, feijão e nozes.
29
Destacam-se também a regulação de uma variedade de atividades do sistema
imunológico, tem função antioxidante, além de ser componente da insulina e regular
a atividade desta. É necessário para a maturação do esperma, para a ovulação e para
a fertilização.
Outros minerais
Existem ainda outros minerais, cujos benefícios foram descobertos
recentemente. Entre eles, estão o boro, o enxofre, o molibdênio, o silício e o vanádio.
Boro: Começou a atrair a atenção devido a um estudo que indica seus possíveis
benefícios na prevenção da osteoporose pós menopausa. É um mineral encontrado
principalmente nos alimentos de origem vegetal e aparentemente, é essencial ao
crescimento e desenvolvimento das plantas.
Embora seja importante para o crescimento e desenvolvimento de animais, sua
importância em animais e seres humanos ainda não foi comprovada. Por outro lado,
seus efeitos estimulantes da saúde em seres humanos estão se tornando cada vez
mais aparentes. Além de promover benefícios no tratamento da artrite, previne a
osteoporose em mulheres na fase pós menopausa.
Enxofre: É um elemento fundamental da matéria viva, protagonista dos fenômenos
biológicos celulares. Possui funções energéticas, plásticas e de desintoxicação. Está
presente na constituição de todas as proteínas celulares, nos aminoácidos taurina,
metionina, cistina e cisteína, e é indispensável para a síntese do colágeno. É
importante nos tecidos densos, como cartilagens, cabelos e unhas, e faz parte dos
mucopolissacarídeos, que são fundamentais na constituição das cartilagens, das
secreções mucosas, do humor vítreo e do fluido sinovial.
Como o manganês, o enxofre é o elemento do artritismo sob todas as formas,
ou seja, asmas, erupções, cefaleias e reumatismos. É indicado nas manifestações
dermatológicas, como acne, eczema e urticária; nas manifestações alérgicas, tais
como urticária, rinite alérgica, asma brônquica, alergias alimentares; nas
manifestações reumáticas de naturezas inflamatória, degenerativa e dismetabólica;
nas infecções recidivas a nível otorrinolaringológico, respiratório, urinário; na cefaleia
vaso motriz e músculo tensora.
Os alimentos ricos em enxofre são carne, leite, ovos, queijos, cereais e frutas
secas.
30
Molibdênio: Está presente em pequena quantidade no organismo e é rapidamente
absorvido no estômago e intestino delgado. Participa de várias reações no organismo,
já que aparece como co-fator de três enzimas. As funções dessas enzimas são
metabolizar os aminoácidos metionina e cistina, quebrar os nucleotídeos (precursores
do DNA e RNA) para a formação de ácido úrico e participação do metabolismo de
toxinas. Suas funções biológicas são bem conhecidas; é absolutamente indispensável
à vida dos microrganismos vegetais e animais e ao desenvolvimento normal do
homem.
No corpo humano, o molibdênio se encontra, sobretudo, no fígado, nos rins e
nas glândulas suprarrenais, local da atividade de numerosas enzimas ligadas a ele.
Não existem relatos de deficiência de molibdênio em humanos, sendo as principais
fontes encontradas na ervilha, feijão e lentilha.
Silício: É um elemento essencial, cuja ação fisiológica é fundamental. Esse mineral
se revelou necessário para a formação dos ossos, cartilagem e tecido conjuntivo. É o
segundo elemento mais importante em concentração na crosta terrestre, sendo raro
na água do mar. É encontrado, em geral, sob a forma de silicato ou de óxido. A
concentração de silício diminui com a idade nos diferentes tecidos, em particular na
pele e vasos arteriais.
Colabora na construção da matriz orgânica para a correta mineralização dos
ossos e dos dentes. É componente de mucopolissacarídeos e do colágeno de tecidos
conectivos que fornecem força, rigidez e flexibilidade aos ossos, dentes, tendões,
ligamentos, paredes e membranas celulares, unhas e pele.
Vanádio: Também faz parte dos “novos” oligoelementos. É encontrado nas águas de
fontes e na água do mar.
Nos vegetais, o vanádio está presente na maioria das frutas e legumes, mas
em concentrações diferentes, dependendo do local onde são cultivados. As
oleaginosas e as nozes são particularmente ricas em vanádio. Os crustáceos e os
peixes possuem quantidades relativamente importantes. Somente 1% da quantidade
ingerida é absorvida. As taxas de vanádio são muito baixas, em torno de 0,1 a 0,3mcg
por grama de peso.
Desempenha papel no crescimento, na fertilidade, na psicose maníaco-
depressiva e nas cáries dentárias. Além disso, experimentalmente, pôde-se
demonstrar que tem ação sobre a contração das fibras musculares cardíacas, sobre
31
a função da bomba de sódio, do metabolismo dos glicídios e dos lipídeos. Numerosos
estudos estão sendo realizados para provar a relação entre o vanádio, a atividade
cerebral, o crescimento e a reprodução.
Este possui um metabolismo ligado ao do fósforo. Está presente em numerosas
reações enzimáticas, nas quais o fósforo é o encarregado. Seu papel específico
parece ser o de regulador da bomba de sódio. É também um co-fator para algumas
enzimas, como a adenilciclase e as transaminases. Seu metabolismo é,
provavelmente, ligado a determinadas funções endócrinas.
32
3.4 Herbais
Fonte: br.synergytaste.com
Eles podem ser classificados como um produto alimentício que tem como
principal finalidade suplementar a alimentação, tendo em sua composição
básica: vitamina, mineral, erva ou outras plantas, aminoácidos e alguma
substância que aumente o conteúdo calórico de uma dieta, para que tenha
capacidade de substituir uma refeição. Em geral são utilizados para perda de
peso, melhora da estética corporal, prevenção de doenças e retardo dos
33
efeitos do envelhecimento. Dentre as marcas de suplementos nutricionais
mais vendidos, existe uma que ocupa o maior espaço neste cenário, a
Herbalife. (STICKEL 2015, apud BEGOTTI 2017, p.81).
3.5 Aminoácidos
34
glicina é o aminoácido mais simples em virtude de possuir como R apenas um átomo
de hidrogênio (apolar), sendo também o único aminoácido que não possui carbono
assimétrico. Algumas vezes é classificado como polar, pois o grupamento funcional
lhe confere certa solubilidade.
Aminoácidos com grupamento R polar não-carregado: Possuem grupamentos
hidrofílicos na cadeia carbonada que não se ionizam, porém conferem maior
solubilidade ao aminoácido.
A cisteína e a tirosina tem os grupamentos R mais polares, sendo, portanto, os
mais solúveis desta classe. A cisteína, frequentemente, ocorre nas proteínas em sua
forma oxidada, a cistina, na qual as sulfidrilas estão unidas formando pontes dissulfeto
que são ligações covalentes importantes na estabilização da molécula proteica. A
asparagina e a glutamina são amidas do ácido aspártico e do ácido glutâmico,
respectivamente.
Aminoácidos com grupamento R polar carregado positivamente (básicos):
Lisina, arginina e histidina; todos possuem grupamento R de 6 carbonos e a carga
positiva localiza-se em um átomo de nitrogênio do R.
Aminoácidos com grupamento R polar carregado negativamente (ácidos): Ácido
aspártico e ácido glutâmico. São citados como aspartato e glutamato em virtude de se
ionizarem em pH fisiológico adquirindo carga negativa no grupamento carboxila.
35
1. Durante o procedimento normal de síntese e degradação de proteínas celulares
alguns aminoácidos que são liberados a partir de proteína de degradação e não são
necessários para a nova síntese proteica sofrem degradação oxidativa.
2. Quando uma dieta é rica em proteínas e aminoácidos e a ingestão ultrapassa as
necessidades do organismo para a síntese proteica, o excedente é catabolizado;
aminoácidos não podem ser armazenados.
3. Durante o jejum prolongado ou de diabetes mellitus não controlada, quando
carboidratos ou estão indisponíveis ou não devidamente utilizados, as proteínas
celulares são utilizadas como combustível.
De acordo com todas estas condições metabólicas, aminoácidos perdem os
seus grupos amino para formar grupos α-ceto ácidos, os "esqueletos de carbono" de
aminoácidos. Os α-ceto ácidos sofrem oxidação a CO2 e H2O, ou, muitas vezes mais
importante ainda, fornecem três e quatro unidades de carbono que podem ser
convertidos por neoglicogênese em glicose, o combustível para o cérebro, músculo
esquelético, e de outros tecidos.
Os aminoácidos são importantes fontes de energia para o metabolismo celular,
porém só são utilizados quando há uma extrema carência energética ou durante a
prática de exercícios físicos intensos. É importante frisar que os carboidratos e lipídios
são melhores produtores de energia e a mobilização de aminoácidos pode estar
relacionada a uma degradação de proteínas musculares ou plasmáticas levando o
organismo a uma depleção dessas proteínas, o que pode trazer consequências
desastrosas como a atrofia muscular e a hipoalbuminemia.
A síntese da ureia é um dos processos metabólicos mais importantes, pois
impede a formação de amônia tóxica ao organismo a partir do nitrogênio proteico, é
exclusiva do fígado, o que o torna o centro da degradação de aminoácidos. Os
músculos precisam ajustar o consumo de aminoácidos com a exportação da amônia
para o fígado na forma dos aminoácidos glutamina ou alanina.
36
que são produzidos por bactérias capazes de fixar o N 2 atmosférico convertendo-os
nos produtos nitrogenados absorvidos pelos vegetais.
Os aminoácidos não-essenciais são sintetizados nos animais a partir de
moléculas precussoras que fazem parte do ciclo de Krebs e do grupamento amino
proveniente da degradação de aminoácidos. Como vários aminoácidos fornecem
intermediários do ciclo de Krebs, há uma interdependência entre os aminoácidos no
seu processo de degradação e síntese.
37
4 SUPLEMENTOS ORAIS
Fonte: posugf.com.br
38
4.1 Tipos de suplementação oral
39
A ingestão excessiva destes suplementos pode provocar efeitos adversos,
aconselhe-se sempre com o seu médico ou nutricionista.
5 RISCOS DE SUPLEMENTAÇÃO
40
mesmos benefícios de uma alimentação adequada, ou seja, suplementos alimentares.
Os suplementos alimentares surgiram a quatro décadas, destinados ás pessoas que
não conseguiam suprir suas necessidades nutricionais somente com a alimentação.
As necessidades proteicas de um atleta dependem das características
individuais como: idade, peso, altura, sexo, característica do exercício que pratica,
intensidade, duração e frequência de treino. Não excedendo a 1,8g de proteína por
Kg de peso corporal por dia, visto que quantidades superiores não promovem
aumento de massa muscular nem melhora o desempenho.
Entende-se que os suplementos devem ser utilizados quando as necessidades
de nutrientes não estão sendo alcançadas pela alimentação, em pessoas que são
submetidos ao stress físico geral, metabólico, bem como suas necessidades
nutricionais. Necessariamente precisa-se dar condições ao corpo para que este
consiga recuperar e construir novos músculos, lembrando que quando pratica-se
atividade física a necessidade energética aumenta, isso significa que há necessidade
em comer um pouco mais que o normal, porém, comer mais não significa comer
qualquer coisa, é preciso comer certo, nos horários certos.
A falta de tempo, aliados a impaciência em atingir os resultados esperados,
tornam indivíduos propensos a consumir qualquer coisa que se apresente como atalho
para atingir o padrão da beleza imposto pelos canais de comunicação e sociedade.
As academias de musculação, recebem cada vez mais um número maior de
frequentadores, que as procuram no intuito de melhorar seu perfil estético, essa busca
muitas vezes reflete desde a utilização de programas de treinamentos resistidos
inadequados com seu nível de condicionamento físico, bem como a utilização de
suplementos sem a devida prescrição e acompanhamento dos profissionais
especializados.
Os suplementos mais utilizados nas academias é a creatina, que vem sendo
testada a vários anos. Essa suplementação aumenta a massa magra corporal total,
melhora as atividades de alta intensidade e curta duração, aumento da velocidade de
recuperação entre as séries e retardo da fadiga muscular.
A creatina é uma substância produzida no fígado e nos rins a partir da arginina,
glicina e da metionina. Cerca de 95% da creatina, é transportada pelo sangue para
ser armazenada nos músculos, no coração e em outras células do organismo e serve
como uma pequena fonte de energia suficiente para vários segundos de ação.
41
Eficiente no transporte rápido no treinamento de força, que requer arranques curtos e
rápidos e atividade, ainda que os músculos absorvam uma quantidade limite, o
excesso não será acumulado nele, doses altas podem causar prejuízos hepáticos e
renais. O uso indiscriminado dessa substancia pode promover hipertensão, câimbras
e estresse renal, entre outros.
Ela pode oferecer risco para indivíduos com função renal prejudicada, mas os
rins sadios são perfeitamente capazes de eliminar o excesso de creatinina (metabólito
proveniente da decomposição da creatina) em uma suplementação apropriada, desde
que a hidratação diária seja eficiente.
Glutamina
Outro suplemento bastante utilizado pelos frequentadores de academia é a
glutamina, um aminoácido livre mais abundante no músculo e plasma sanguíneo,
sendo também encontrada em vários outros tecidos humanos. A suplementação
desse aminoácido antes, durante e após o exercício tem sido estudada com a intenção
de reverter a diminuição das concentrações plasmáticas tecidual, que ocorre durante
o período de treinamento intenso ou após exercício exaustivo e prolongado. Ela é
essencial para o crescimento e diferenciação celular e está envolvida tanto em
funções anabólicas quanto catabólicas em diversos tecidos do corpo, ou seja, nosso
organismo é altamente dependente desse aminoácido, e esta também estimula a
síntese de hormônio do crescimento, além de reduzir a ação catabólica do hormônio
cortisol.
42
a L-carnitina, produtos à base de cafeína, garcinia, faseolamina, picolinato de cromo,
chás verde e branco. Estes produtos são prescritos como estimulantes para a
melhoria do desempenho físico durante os programas de treinamento resistido.
As vitaminas e minerais também são encontradas na suplementação de atletas.
Esses micronutrientes desempenham um papel importante na produção de energia,
como síntese da hemoglobina, manutenção da massa óssea, função autoimune e
proteção dos tecidos contra danos oxidativos, estão envolvidas no metabolismo
energético e tem uma importante função durante após a pratica de exercício físicos.
Os sais minerais são essenciais para vários processos orgânicos, tais como:
contração muscular, equilíbrio ácido-básico sanguíneo, condução de impulsos
nervosos, transporte de oxigênio, fosforização oxidativa, ativação enzimática, função
imunológica, ação antioxidante e saúde óssea.
Indicações e Ação Farmacológica: Utilizado como suplemento dietética na prática
esportiva com importante papel na síntese proteica, volume celular e crescimento
muscular, minimiza a imunossupressão provocada pelo exercício físico, regula as
atividades das células cerebrais, podendo ser usada em tratamentos de alterações de
comportamento, epilepsia, esquizofrenia e senilidade, ajuda a preservar a glutamina
endógena, modula a secreção de hormônios como GH, prolactina e ACTH, utilizado
nos tratamentos de artrites, fibroses, alterações gastrointestinais (disbiose), úlceras,
antioxidante e importante cicatrizante e imunoestimulante.
Whey Protein
Dentre os suplementos mais utilizados destaca-se o Whey Protein ou proteína
do soro do leite, muito usado nos pós treino, pois tem uma rápida absorção e digestão
intestinal, o que proporciona elevação da concentração de aminoácidos no plasma,
que por sua vez estimula a síntese proteica nos tecidos e tem grande facilidade de
absorção, geralmente é utilizada pós-treino e proporciona uma reposição rápida de
aminoácidos aos tecidos danificados, iniciando prontamente a reparação muscular.
Esse suplemento evita o catabolismo e impulsiona os níveis de força.
O outro suplemento também muito citado é o BCAAs, compostos por três
aminoácidos: leucina, isoleucina e valina, que são denominados aminoácidos de
cadeia ramificada, devido à sua formação estrutural. Eles são metabolizados no
músculo e não no fígado, compondo aproximadamente 19% em proteínas
43
musculares, fornecendo energia durante o exercício prolongado, e ainda reduzindo as
taxas de degradação proteica endógena durante o exercício.
Na área de suplementação nutricional, a Proteína do Soro do Leite é
interessante por ser bastante concentrada, com alto grau de pureza e que nenhuma
outra apresenta o mesmo desempenho quando o objetivo é a hipertrofia ou a
manutenção da massa magra, evitando o catabolismo. Whey Protein é uma proteína
de excelente qualidade derivada do leite. Seus benefícios estão na capacidade de
suas proteínas formarem géis irreversíveis ao rearranjarem-se em estruturas
reticulares tridimensionais. Com a gelificação, a água é aprisionada nos capilares da
matriz do gel, propiciando adicional retenção de água, além da capacidade obtida por
meio do simples desdobramento da estrutura proteica.
Sua aplicabilidade no esporte é grande, com possíveis efeitos sobre a síntese
proteica muscular esquelética, redução da gordura corporal, assim como na
modulação da adiposidade, e melhora do desempenho físico com efeitos hipotensivo,
antioxidante e hipocolesterolêmico.
Creatina
A Creatina é uma substância endógena que se encontra principalmente no
músculo esquelético dos vertebrados. Ela tem sido empregada no tratamento de
transtornos metabólicos e é utilizada como suplemento dietético. A creatina e a
fosfocreatina têm papéis importantíssimos não só como tampão intracelular, mas
como transportador de energia para a movimentação do fosfato de alta energia em
várias células.
Devido à quebra espontânea e irreversível da creatina e da fosfocreatina em
creatinina, ela precisa ser continuamente reposta através de uma combinação de dieta
e síntese. A taxa de perda da creatina é estimada em aproximadamente 1,7% da
produção total diária do corpo, como a grande parte da creatina e da fosfocreatina do
corpo são encontrados nos músculos, as perdas variam em função do gênero e da
idade de cada pessoa, com eliminação máxima na faixa etária de 18 a 29 anos.
Fonte: revistashape.com.br
45
fígado durante a atividade motora; são eles os seguintes aminoácidos essenciais:
valina, leucina e isoleucina.
Processo do BCAA: Com o esforço intenso, os aminoácidos de cadeia
ramificada atingem, sobretudo, a musculatura exercitada, onde são consumidos e
participam da conversão do piruvato em alanina, a qual é encaminhada ao fígado para
nova formação, de piruvato. Com o esforço moderado, os aminoácidos de cadeia
ramificada atingem a mitocôndria da musculatura exercitada, participando da síntese
de glutamina, a qual segue para os tecidos para a formação de glutamato. Enfim,
observa-se que o consumo muscular de aminoácidos de cadeia ramificada visa à
manutenção da funcionalidade do Ciclo de Krebs, e tanto a síntese de alanina quanto
a de glutamina são a forma encontrada para remover da musculatura os grupos
amínicos.
Na verdade, dessa forma, os aminoácidos de cadeia ramificada podem
substituir a glicose nas vias de energia. Contudo, efeitos ergogênicos da sua
suplementação não costumam ser verificados, particularmente quando comparados
com os que ocorrem devido a suplementação de carboidratos, uma escolha mais
natural, quando a intenção é fornecer energia e poupar glicogênio.
Função do BCAA: Muitas funções são atribuídas aos aminoácidos de cadeia
ramificada; dentre elas, é possível destacar aumento da síntese de proteínas
musculares e redução da sua degradação, encurtamento do tempo de recuperação
após o exercício, aumento da resistência muscular, diminuição da fadiga muscular,
fonte de energia durante dieta e preservação do glicogênio muscular. Embora a
maioria das alegações veiculadas não encontre ainda respaldo científico, estudos
sugerem que a queda do desempenho possa estar vinculada à fadiga, a qual pode
ocorrer por hipoglicemia e pelo aumento da serotonina, um neurotransmissor
responsável pelas sensações de sonolência, devido ao aumento de captação do
triptofano, um aminoácido precursor da serotonina. Nesse caso, a suplementação de
aminoácidos de cadeia ramificada é válida, pois eles competem com o triptofano pelo
mesmo sistema transportador.
ZMA
ZMA é uma fórmula de suporte mineral anabólico contendo sulfato de mono-L-
metionina de zinco, uma forma altamente biodisponível de zinco, aspartato de
magnésio e de zinco e vitamina B6. ZMA otimiza a absorção e a disponibilidade de
46
zinco e magnésio, que aumentam a força muscular. Além disso, ZMA aumenta os
níveis de testosterona total e livre, IGF-1 e também aumenta força e potência muscular
em atletas treinados. Ambos, testosterona e IGF-1 são fatores anabólicos
responsáveis por aumentar a função muscular e performance física.
ZMA é o ingrediente de escolha para performance esportiva e processos de
recuperação e regeneração do músculo e foi desenvolvido para otimizar a absorção e
disponibilidade de zinco e magnésio para força, desempenho e recuperação muscular.
E a adição de vitamina B6 à fórmula pode aumentar ainda mais a absorção e utilização
desses minerais.
Propriedades: Devido à eficácia documentada no aumento dos níveis de
testosterona, esse suplemento é utilizado por milhares de atletas em todo mundo
como uma alternativa segura e natural ao uso de pró-hormônios. A falta de magnésio
é comum entre os atletas que praticam musculação devido à grande perda desse
nutriente durante os treinos com pesos.
As reservas de zinco e vitamina B6 são também consumidas durante os
exercícios intensos. O lado bom é que o ZMA pode agir contra essas deficiências e
trazer benefícios reais em termos de performance e de saúde, aumentando os ganhos
musculares e a recuperação física da seguinte forma:
Aumento da produção de hormônios anabólicos como a testosterona, para
ganhos de força e de massa muscular;
Melhora do relaxamento muscular durante o sono ajudando no processo de
recuperação do tecido muscular no pós-treino.
Alívio de câimbras e tensões musculares, insônia e problemas do sono;
Auxilia no catabolismo, melhora de níveis baixos de testosterona.
O ZMA auxilia na melhora da qualidade do sono, sendo fundamental para
promover a recuperação do tecido muscular e ativar a liberação de hormônio do
crescimento (GH). O corpo libera a quantidade máxima de GH a cada noite por volta
de 90 minutos depois de dormir e, sendo assim, é fundamental que todos esses
importantes minerais e elementos (zinco, magnésio e vitamina B6) estejam
disponíveis para serem usados pelo organismo nessa hora. De outra forma, ocorrerá
a limitação da capacidade de aumentar a liberação de GH, que é o principal elemento
responsável pelos ganhos musculares. Se o indivíduo faz musculação ou pratica outra
47
atividade esportiva, essa combinação de nutrientes é indispensável para atingir seus
objetivos de performance e de ganhos musculares.
Benefícios:
Elevada absorção e biodisponibilidade de ZMA,
Aumento da concentração sérica de testosterona em e de IGF-1.
Força muscular cinco vezes maior.
Regeneração e recuperação muscular.
Suporte anabólico.
Redução da concentração sérica de cortisol.
Ação antioxidante.
Modificação na composição corporal com redução de gordura.
Indicações: ZMA é indicado para a nutrição esportiva, especialmente para
aumentar a força muscular nos atletas e também pode ter efeito positivo sobre o
desempenho físico, força e recuperação em idosos. Pode ser usado por homens e
mulheres, sendo recomendado seu com o estômago vazio, de 30 a 60 minutos antes
de deitar para dormir. A recuperação, reparação tecidual e crescimento muscular são
mais elevados durante o sono o que pode ajudar a otimizar esses processos.
O cálcio pode interferir na absorção de zinco e magnésio, portanto, recomenda-
se que não seja formulado com excipientes à base de cálcio, nem tomado com
alimentos ou suplementos que contenham cálcio.
5.2 Multivitamínicos
50
Portanto, quando há um déficit desses nutrientes no organismo humano,
podem parecer vários sintomas, como por exemplo: Queda do sistema imunológico,
fraqueza muscular e complicações nos tecidos do corpo humano responsáveis pela
conectividade. Dependendo do objetivo que a pessoa quer alcançar com o uso de
multivitamínicos, ela pode ingerir os micronutrientes que são necessários para as suas
necessidades.
Fonte: dicademusculacao.com.br
52
Os óleos de muitas espécies de peixes marinhos são ricos em ácido graxo
eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosaexaenoico (DHA), que são as formas longas
e insaturadas ativas da série ômega-3, e que podem ser absorvidas diretamente pelos
ciclos metabólicos dos seres humanos. Estes ácidos graxos são produzidos pelas
algas marinhas, e depois transferidos de forma bastante eficiente, através da cadeia
alimentar, para os peixes. Dentre os peixes, aqueles que contêm maior quantidade de
EPA e DHA são os que habitam águas frias, como salmão, truta e bacalhau. Estes
apresentam, além dos ácidos graxos essenciais, proteína de alta qualidade, ótima
digestibilidade e baixo teor calórico, são, portanto, recomendados para auxiliar na
manutenção da sanidade geral, e também para gestantes e lactentes, pois influem no
desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso da criança. Portanto, é bastante
recomendável, numa orientação dietética, prescrever a ingestão de uma ou duas
porções de peixe por semana.
5.4 Termogênicos
53
consumo de energia do corpo e aliado com o produto termogênico a queima de
calorias é maior.
55
armazenamento de efedrina, pura ou em misturas, a partir de qualquer quantidade ou
concentração, estão sujeitas a controle pela Polícia Federal, que concede autorização
para comercialização. Contudo, o comércio ilegal destes produtos é frequente devido
à ausência de fiscalização.
Cafeína: A cafeína é um derivado metilado de bases purínicas pertencente ao
grupo das metilxantinas, onde se incluem também a teobromina e a teofilina. Este
alcaloide é estruturalmente identificado como 1,3,7-trimetilxantina. Essa substância
está presente na natureza em mais de 60 espécies vegetais em todo o mundo e pode
ser encontrada nas sementes de café, nas folhas de chá-verde, no cacau, no guaraná,
na erva-mate e na cola.
57
prolongamento do tempo de ação da efedrina ou de outras substâncias termogênicas
presentes nas associações.
ECA: São combinações de efedrina, cafeína e aspirina com objetivo de perda
ponderal. Uma advertência para aqueles que desejam utilizar esses produtos é que
os seus compostos geralmente causam uma elevação da pressão arterial, portanto,
aqueles que sofrem de hipertensão e problemas cardíacos não devem consumir, ou
então, devem procurar médico ou nutricionista antes do uso. Além dos hipertensos e
cardíacos, a advertência vale para os que sofrem com diabetes. Esses produtos
podem conter quantidades significativas de açúcares em sua forma líquida.
Hipercalóricos: São suplementos usados para completar o aporte calórico de
atletas que possuem alto gasto energético, mas podem ser consumidos por pessoas
que desejam aumentar o peso. Geralmente são ricos em carboidrato e proteína, e
pobres em gordura, auxiliando o ganho de massa magra. Entretanto, o uso torna-se
abusivo por pessoas que substituem refeições importantes como café da manhã e
almoço por esses shakes.
Por fornecer alto valor calórico, o suplemento hipercalórico é indicado para
pessoas com o metabolismo acelerado e dificuldade de ganhar massa magra, além
de esportistas que gastam muitas calorias nos treinos. Em longo prazo, podem
contribuir para o acúmulo de gorduras, uma vez que contêm boa quantidade
de Maltodextrina em sua composição. Por isso, é recomendado que seu consumo
esteja sempre acompanhado de exercícios físico.
Oxido nítrico- No2: É uma das menores e mais simples moléculas já
biossintetizadas, envolvida em inúmeros processos fisiológicos, que vão desde a
neurotransmissão a modulação do estado inflamatório, atuando na agregação,
vasodilatação e quimiotaxia e também tem propriedades bactericidas. É um dos mais
importantes mediadores do processo intra e extracelular, e como possui função
vasodilatadora, atua em situações de sobrecarga muscular, estimulando a transição
entre fibras musculares.
Este é produzido por células endoteliais vasculares e é um importante regulador
da função vascular. Sua produção nos seres humanos ocorre quando L-arginina é
convertida em L-citrulina, em uma reação catalisada pela enzima óxido nítrico sintase.
É produzido pelas células endoteliais que desempenha um papel essencial no
processo de relaxamento do vaso sanguíneo. Em condições fisiopatológicas, o
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relaxamento vascular ocorre quando os receptores de membrana de células
endoteliais são ativados por estimuladores solúveis ou quando há um aumento no
atrito exercido pelas células que circulam na camada endotelial, levando à ativação
da enzima e-ONS (ON sintase endotelial) presentes nestas células, e consequente
produção de ON.
A e-ONS é estrategicamente ancorada à membrana de células endoteliais, o
que favorece a presença de grandes quantidades de ON perto da camada de músculo
vascular e próximo de células sanguíneas em circulação. O ON produzido na célula
endotelial se difunde rapidamente para dentro das células musculares e para o lúmen
vascular e sua difusão rápida e a facilidade com que esta molécula penetra em outras
células, graças ao seu pequeno tamanho e a sua lipofilia, são cruciais para seu papel
biológico.
O ON media vários fenômenos, como o relaxamento vascular endotélio-
dependente, a adesão e agregação plaquetária, e regulação da pressão arterial basal.
Em vasos sanguíneos, modula o diâmetro e a resistência vascular através de sua
capacidade de relaxar o músculo liso vascular. A administração oral do suplemento
proporciona melhor qualidade do treinamento por três mecanismos inter-relacionados
e interdependentes, desencadeados simultaneamente pela vasodilatação: aumento
da perfusão sanguínea, facilitando o fornecimento de oxigênio e nutrientes para os
tecidos e maior oferta de glicose, com maior substrato de energia para contração
muscular.
A melhora da perfusão do músculo esquelético em si pode contribuir para
melhor qualidade do treinamento de resistência, com aumento de efeitos do
treinamento na massa muscular e no aumento da potência contrátil ao longo do tempo.
As definições de força e potência são muitas vezes contraditórias e confusas.
Por apresentar esta função, é amplamente utilizada para medicina esportiva,
conferindo ao atleta mais fôlego e explosão durante atividade física.
Os aminoácidos: São, basicamente, microestruturas orgânicas utilizadas pelo
organismo. São indispensáveis na construção e manutenção de tecidos. Além disso,
servem para a formação de enzimas, anticorpos, hormônios, fornecimento de energia
e também na regulação de processos metabólicos. A Arginina, embora possa ser
sintetizada endogenamente a partir da Glutamina, do glutamato ou da prolina,
necessita buscar em quantidades adicionais nos alimentos, pois os níveis
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conseguidos a partir dos três possíveis precursores são insuficientes para as
necessidades diárias. Desempenha papel importante na melhora do tônus muscular,
na síntese do hormônio de crescimento, na cicatrização e no sistema imunológico. Em
crianças é timo estimulante e, além do aumento na produção de linfócitos, melhora
sua atividade.
A arginina é o aminoácido mais importante para a produção do óxido nítrico
endógeno, sendo fundamental para a ereção e sua manutenção; além de ser um
regulador do tônus vascular (vasodilatador). Um dos processos que ocorrem no
metabolismo dos aminoácidos é a transaminação ou amino transferência. Esta reação
é catalisada por enzimas chamadas transaminases ou aminotransferases. Este
processo metabólico consiste na transferência do grupamento amino para o alfa-
cetoglutarato (um cetoácido) formando um outro cetoácido e o aminoácido glutamato.
Para cada aminoácido transaminado forma-se um tipo diferente de cetoácido, porém
sempre o mesmo aminoácido glutamato é formado.
O metabolismo dos aminoácidos sugere que administrando ao paciente ambas
as moléculas a absorção sejam facilitadas, desta forma o paciente sente os efeitos
terapêuticos mais rapidamente do que se ingerisse apenas a L-arginina. Devido às
ações deste aminoácido, e ao fato de ser um metabolismo mais rápido administrando
as duas substâncias junto, a AAKG vem sendo amplamente utilizada na medicina
esportiva, para melhora do desempenho do atleta durante a atividade física. Por se
tratar de um precursor de NO, que é um potente vasodilatador, não só é utilizada pelos
atletas para melhorar sua performance, como acredita-se que também possa
influenciar na ereção masculina.
6 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
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O consumo de nutrientes deve ser feito com a orientação de uma nutricionista
ou pessoas especializadas para evitar o excesso de nutrientes, e possível
problema de saúde e até mesmo prejudicando o funcionamento dos órgãos.
Agora, quando o assunto se trata do uso de algumas drogas e hormônios de
comprovada ação ergogênica, mas que oferecem riscos para a saúde e são
considerados doping, a situação caracteriza-se não somente como antiética,
mas até mesmo criminosa. Se ficar caracterizado o dolo do profissional
responsável pela prescrição, há necessidade até mesmo de uma ação
punitiva advinda da justiça comum (BIANCO, 2000 apud CORRÊA 2014,
p.36)
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7 SUPLEMENTOS PERIGOSOS PARA A SAÚDE
Fonte:gazetadopovo.com.br
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8 CONSIDERAÇÕES
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDOSO, J., MARTINS, J., BENITES, J., CONTI, T., SOHN, V. Uso de alimentos
termogênicos no tratamento da obesidade. Universidade Federal do Rio de Janeiro
Centro de Ciências da Saúde. Rio de Janeiro, 2010.
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MELO, M. de F. G. DE L. M. P., LIRA, I. C. de. Uso de suplementos vitamínicos
e/ou minerais por crianças menores de seis meses no interior do estado de
Pernambuco. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. Recife, Pernambuco, 2005.
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SÍLVIA MARTINEZ. A nutrição e a alimentação como pilares dos programas de
promoção da saúde e qualidade de vida nas organizações. O Mundo da Saúde,
São Paulo, 2013.
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10 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS
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