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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4

2 SUPLEMENTAÇÃO EM NUTRIÇÃO .......................................................... 5

2.1 O que é suplemento? ........................................................................... 6

2.2 Os suplementos ................................................................................... 8

2.3 Suplementos nutricionais ..................................................................... 9

2.4 Atividade física ................................................................................... 10

2.5 Aspectos Nutricionais na Atividade Física .......................................... 11

2.6 Classificação ...................................................................................... 12

2.7 Legislação .......................................................................................... 13

3 VITAMINAS, MINERAIS, HERBAIS, AMINOÁCIDOS E METABOLITOS. 15

3.1 Vitaminas............................................................................................ 15

3.2 Minerais .............................................................................................. 17

3.3 A importância dos minerais para a saúde humana ............................ 32

3.4 Herbais ............................................................................................... 33

3.5 Aminoácidos ....................................................................................... 34

3.6 Metabolismo dos aminoácidos ........................................................... 35

3.7 Síntese dos aminoácidos ................................................................... 36

4 SUPLEMENTOS ORAIS ........................................................................... 38

4.1 Tipos de suplementação oral ............................................................. 39

5 RISCOS DE SUPLEMENTAÇÃO ............................................................. 40

5.1 Principais Suplementos para musculação .......................................... 40

5.2 Multivitamínicos .................................................................................. 48

5.3 Ácidos graxos essenciais ................................................................... 52

5.4 Termogênicos ..................................................................................... 53

6 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ............................................................... 60


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7 SUPLEMENTOS PERIGOSOS PARA A SAÚDE ..................................... 62

8 CONSIDERAÇÕES .................................................................................. 63

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 64

10 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 68

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 SUPLEMENTAÇÃO EM NUTRIÇÃO

Fonte: denisereal.com.br

A nutrição é uma importante ferramenta na maneira de viver das pessoas,


quando bem orientada, promove a manutenção da saúde, além de favorecer o
funcionamento das vias metabólicas, como por exemplo, o armazenamento de
energia através da formação do glicogênio muscular.
O ambiente das academias favorece a disseminação de padrões estéticos
estereotipados, como o corpo magro, com baixa quantidade de gordura ou com
elevado volume e hipertrofia muscular, motivo pelo qual grande número de adeptos
buscam uma nutrição ideal e adequada a cada tipo de treino. Ainda que a
preocupação com a saúde e estética tenha aumentado notavelmente, existe muita
falta de informação e orientação em relação à nutrição ideal e, assim, estes podem vir
a desenvolver ou manter hábitos alimentares inadequados, ou consumir
erroneamente suplementos alimentares, prejudicando o alcance de seus objetivos.
A orientação dietética individualizada é defendida por nutricionistas com o
objetivo de consumir refeições adequadas e equilibradas, somando-se à prática de
exercícios físicos orientados e regulares, pois tais ações podem levar a resultados
satisfatórios sob vários aspectos, salientando que a necessidade de utilização dos
suplementos alimentares também deve ser avaliada por um profissional
especializado.
Sabe-se que a intervenção nutricional é uma via para promover mudanças
nas práticas alimentares com vistas à promoção da alimentação saudável,
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dentro do paradigma da promoção da saúde e da segurança alimentar e
nutricional, particularmente na atenção clínico nutricional, havendo mudanças
no comportamento alimentar. (STREMMEL 2004, apud PINTO, 2016, p.22).

Há o consenso de que a capacidade de rendimento físico tem relação direta


com a ingestão equilibrada de todos os nutrientes: carboidratos, lipídios, proteínas,
minerais, vitaminas, fibras e água. Dessa forma, é importante saber identificar a fonte
de nutrientes que cada alimento oferece, pois muito mais do que aumentar o
rendimento no esporte, o conhecimento nutricional é fundamental para a manutenção
de uma vida saudável e prevenção de doenças.

2.1 O que é suplemento?

Suplementos alimentares são produtos com a finalidade de complementar a


dieta. Tais produtos podem ser encontrados em diversas formas: comprimidos,
cápsulas, cápsulas de gel, pós ou líquidos.
Os suplementos esportivos são uma categoria de suplementos alimentares que
tem como finalidade aumento de massa muscular, perda de peso corporal ou melhora
do desempenho. Enquanto na população em geral as motivações para o uso de
suplementos estão predominantemente relacionadas à saúde, entre os atletas a
melhora do desempenho é o motivo frequentemente relatado, denotando que os
padrões de utilização entre determinados subgrupos populacionais podem variar.
Comparados à população em geral, atletas e indivíduos fisicamente ativos ingerem
com maior frequência e em quantidade diária que excedem as doses recomendadas
pelos rótulos dos suplementos.
Vale ressaltar que muitos produtos vendidos como suplementos dietéticos e
recursos ergogênicos são considerados doping pela Agência Mundial Antidoping
(WADA).

O abuso exagerado de estimulantes na década de 60, com a disponibilidade


das anfetaminas sintéticas, sintetizadas durante a Segunda Grande Guerra,
levou ao estabelecimento, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), do
controle de dopagem em 1967. Essa prática desenvolveu-se aceleradamente
na década de 70. Nas Olimpíadas de Montreal, em 1976, o abuso de
anabolizantes ainda não era adequadamente controlado devido à falta de
metodologia analítica para detectá-los. Novas técnicas de análise como a
cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas foram
desenvolvidas e demonstraram seu potencial para diagnosticar esse abuso.
(CATLIN 1984, apud AQUINO 2003, p.140).

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Desde a Grécia antiga existe o culto por um padrão estético tido como perfeito.
Os cidadãos gregos da época eram bombardeados com imagens de guerreiros,
atletas, heróis, sempre apresentando imagens de corpos perfeitos. Ainda na
antiguidade, o homem primava por maneiras de alcançar seus objetivos e de melhorar
a sua performance por meio de recursos nutricionais. Atletas e guerreiros da época
ingeriam alimentos como corações de leões, fígados de veados, acreditando que
conseguiriam desenvolver características desses animais, como bravura, força e
velocidade. A palavra ergogênica é advinda do grego ergo (trabalho) e gen
(produção), ou seja, gera um incremento do potencial para a melhoria de um trabalho.
Os recursos ergogênicos podem ser classificados em nutricionais, físicos, mecânicos,
psicológicos, fisiológicos ou farmacológicos.
Esses recursos podem ser utilizados com finalidade de tratamento clínico ou
isoladamente em substâncias elaboradas para melhorar o desempenho desportivo ou
aprimorar a capacidade de realizar um trabalho físico. Na Grécia antiga, observam-se
as premissas da origem da prática da musculação, tendo como referência principal
Milo. Este tinha como objetivo ser o homem mais forte do mundo, e para alcançar tal
façanha, passou a levantar um bezerro, ainda jovem, e na medida em que o bezerro
crescia, Milo aumentava a sua força. Quando o animal atingiu sua fase adulta, Milo
passou não apenas a levantar o animal, como também caminhar com ele sobre os
seus ombros. Daí o primeiro relato de treinamento com progressão de sobrecarga.
Assim como na antiguidade, as pessoas continuam sendo estimuladas por
imagens de corpos tidos como perfeitos, por meio dos principais meios de
comunicação que permeiam a sociedade contemporânea. Algumas dessas são as
práticas de atividades físicas, dietas e de cirurgias estéticas. No entanto, para se
conseguir tais objetivos mais rápido, alguns indivíduos acabam por utilizarem de
meios, como recursos ergogênicos e androgênicos. A utilização e comercialização
desses recursos têm sido muito comuns nas academias, principalmente pelos
praticantes de musculação.
A pressa pelo alcance do tão almejado corpo idealizado por esses usuários,
fazem com que esses indivíduos não esperem atingir as metas naturalmente, por meio
do treinamento e da dieta, fazendo com que muitos acabem, lançando mão da
utilização dessas substâncias, muitas vezes, sem acompanhamento profissional,
constantemente incentivados, principalmente atendendo a fortes interesses

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mercadológicos das indústrias da beleza e saúde e da alimentação, ao culto ao corpo
magro, belo e saudável. Por outro lado, também há a exposição ao padrão alimentar
ocidental, que incentiva o consumo de alimentos hipercalóricos, tais alimentos
hipercalóricos são compostos por um baixo teor de fibras, elevado teor de carboidrato
simples e lipídios e sendo estes relacionados ao aumento da compulsão alimentar
devido ao prazer e saciedade momentânea que podem proporcionar ao serem
ingeridos.
Tais alimentos e hábitos nutricionais não são condizentes com a alimentação
de quem busca um corpo perfeito. É notável que muitas pessoas vão à busca de
academias de ginásticas, procurando por saúde, emagrecimento e condicionamento
físico, mas muitos representam objetivos exclusivamente estéticos, almejando
alcançar a imagem corporal ideal. A insatisfação com a imagem corporal é
influenciada pelo "ideal cultural de magreza" e que tem, como consequência, uma
adesão por parte, principalmente das mulheres, em dietas, cada vez mais
precocemente e muitas vezes não sabem e não procuram um profissional habilitado
para prescrição de tais produtos. Os suplementos alimentares não são recomendados
para praticantes de atividade física não-atletas.

2.2 Os suplementos Dietéticos

Suplemento dietético é uma expressão genérica que tem sido utilizada para
designar qualquer substância ingerida de forma oral que contenha elementos com
capacidade para complementar a dieta, sendo denominado também como suplemento
nutricional, esportivo ou mesmo ergogênico.
O uso abusivo de suplementos alimentares e drogas, tem crescido muito
tendendo à generalização em algumas academias e associações esportivas. Portanto,
as pessoas devem estar cientes que a alimentação saudável e adequação com outros
nutrientes e suplementos realizados com orientação profissional e capacitados como
os nutricionistas e ou médicos especializados.
Levando em consideração o consumo calórico total e o tempo entre digestão e
aproveitamento metabólico, determina-se a quantidade necessária de
macronutrientes, ou seja, carboidratos, proteínas e lipídios, essenciais na manutenção
ou melhora do desempenho esportivo e saúde do corpo humano.

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Os carboidratos são necessários para armazenamento de energia. O
requerimento diário de glicose por esses tecidos é da ordem de 300g/dia, ao passo
que a capacidade do fígado, principal reservatório de carboidratos, em armazenar
glicogênio é de cerca de 100g/dia em adultos. Já as reservas de lipídios no organismo
são superiores aos dos carboidratos tanto em condições basais e em jejum,
aumentando a disponibilidade de glicose para outros tecidos, por isso a necessidade
de orientação profissional em nutrição para evitar o excesso de nutrientes e prejuízo
ao funcionamento dos órgãos.
Os carboidratos são considerados um dos melhores recursos ergogênicos
disponíveis para atletas e praticantes de atividade física. O consumo deste
macronutriente é capaz de repor os estoques de glicogênio hepático e
muscular dos indivíduos ativos, resultando em melhora da capacidade de
performance do exercício e das adaptações do treinamento. No caso de
atletas e desportivas envolvidos em treinamento intenso, a necessidade de
carboidratos pode ser consideravelmente elevada, e o fornecimento
adequado deste macronutriente apenas pela alimentação torna-se
fisicamente inviável, pois o volume e número das refeições pode interferir
negativamente nos treinos. Em situações como essa, a suplementação é uma
conduta recomendável. (KREIDER 2010, apud MARETH 2015, p.5).

Quando se trata do uso de algumas drogas e hormônios de comprovada ação


ergogênica, mas que oferecem riscos para a saúde e são considerados doping, a
situação caracteriza-se não somente como antiética, mas até mesmo criminosa. Se
ficar caracterizado o dolo do profissional responsável pela prescrição, há necessidade
até mesmo de uma ação punitiva advinda da justiça comum.

2.3 Suplementos nutricionais

A alimentação adequada e balanceada oferece todas as necessidades


nutricionais de um indivíduo visando a manutenção, o reparo, os processos
fisiológicos e o crescimento. Assim, inclui obrigatoriamente todos os nutrientes em
quantidades apropriadas e proporcionais. Estes nutrientes são classificados em
grupos: Os macronutrientes representados pelos carboidratos, gorduras, proteínas e
os micronutrientes compostos pelas vitaminas e minerais.
Os carboidratos são fonte de energia e devem compor 50% a 60% das calorias
diárias de um indivíduo adulto saudável. As gorduras também fornecem energia e são
constituintes estruturais de muitas células do organismo, devendo contemplar de 25%
a 30% das calorias totais. As proteínas desempenham uma série de papéis, sendo

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necessárias na formação, no crescimento e no desenvolvimento de tecidos corporais,
na formação de enzimas que regulam a produção e a geração de energia, sobretudo
quando os estoques de carboidratos estão baixos. Estas devem estar presentes na
alimentação diária na faixa de 10% a 15% das calorias totais.
As vitaminas regulam os processos metabólicos, trabalhando como
coenzimas. São divididas em dois grupos: lipossolúveis (A, D, E e K) e hidrossolúveis
(Vitaminas do complexo B e Vitamina C).
Os minerais estão envolvidos na regulação do metabolismo e são componentes
de enzimas, hormônios e secreções. As quantidades necessárias de vitaminas e
minerais são determinadas em função do gênero, idade e fase da vida em que os
indivíduos se encontram.
A alimentação saudável exige equilíbrio e variedade de alimentos de diferentes
grupos. Em geral, não há necessidade de se fazer suplementação de qualquer
nutriente quando se tem como hábito uma dieta balanceada, acompanhada por
adequada ingestão de líquidos. Neste sentido, a água é fundamental, já que compõe
a maior parte do peso corporal e participa de enorme variedade de processos
metabólicos.

Entende-se por alimentação saudável o direito humano a um padrão


alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos,
respeitando os princípios da variedade, da moderação e do equilíbrio, dando-
se ênfase aos alimentos regionais e o respeito ao seu significado
socioeconômico e cultural, no contexto da Segurança Alimentar e Nutricional.
(WHO 2004, apud 2013, MARTINEZ, p. 202).

As recomendações de ingestão energética para pessoas sedentárias ou que


praticam atividade física de forma moderada são insuficientes para atletas. Estes
fazem do esporte sua profissão e por isso suas necessidades energéticas são
elevadas.

2.4 Atividade física

A Organização Mundial da Saúde declarou que atividade física e esportes são


essenciais para a saúde e bem-estar do ser humano e constituem um dos mais
importantes determinantes do estilo de vida saudável. Atividade física é qualquer
movimento corporal voluntário, produzido por contração de músculos esqueléticos e

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que resulta em gasto energético, segundo a portaria nº 222 do Ministério da Saúde,
de 24 de março de 1998.
A atividade física está positivamente associada a estratégias para melhorar
hábitos alimentares, desencorajar o fumo e a utilização de outras substâncias
prejudiciais à saúde, como álcool e drogas. Além disso, é fundamental no controle de
peso corporal e está diretamente associada à redução do risco de doenças, tais como
enfermidades cardiovasculares, diabetes mellitus e alguns tipos de câncer.
Além dos aspectos anteriormente mencionados, os objetivos da atividade física
ou de um programa de exercícios são melhorar o desempenho, a força, a postura, a
flexibilidade geral e, ainda favorecer a manutenção da massa óssea, retardando a sua
redução.

2.5 Aspectos Nutricionais na Atividade Física

Num mundo em que a busca pela manutenção da saúde e pelo melhor


condicionamento físico tem levado muitas pessoas a praticar várias modalidades de
exercícios físicos em academias, coexiste também a simultânea procura por meios
rápidos para alcançar esses objetivos. Do ponto de vista alimentar, destaca-se o
surgimento de diversas dietas milagrosas bem como o crescimento do consumo de
suplementos nutricionais. Os suplementos, via de regra, são comercializados com
variados propósitos.
Em geral, são anunciados e oferecidos como meio de melhorar algum aspecto
do desempenho físico, principalmente, aumentar massa muscular, reduzir gordura
corporal, prolongar a resistência, melhorar a recuperação e promover alguma
característica que determina melhor rendimento esportivo. Além disso, também se
lhes atribuem outros efeitos como perda de peso, melhora da estética corporal,
prevenção de doenças e retardo dos efeitos adversos do envelhecimento.
A partir dessa premissa, muitos esportistas com forte desejo de melhorar o
desempenho físico e garantir a saúde em geral ou, ainda pela crença de que tais
produtos podem reduzir os efeitos adversos dos treinos contínuos passam a consumir
esses produtos sem qualquer critério de indicação.

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Assim, apesar dos suplementos nutricionais serem cada vez mais amplamente
disseminados pelos meios de comunicação e utilizados por muitas pessoas, vários
aspectos importantes precisam ser questionados e respondidos.

2.6 Classificação

No passado, esteroides anabolizantes foram utilizados sem maior preocupação


pelos atletas que os consideraram recursos ergogênicos. Entretanto, hoje, são
considerados doping (substâncias que oferecem risco à saúde) pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI) e passaram a constituir um problema ético no esporte.
Assim, diversos esportistas começaram a procurar por outras opções legais,
particularmente os suplementos nutricionais.
Os suplementos nutricionais divididos em quatro categorias:
1. Suplementos que podem influenciar o metabolismo energético (creatina, carnitina,
bicarbonato e cafeína);
2. Suplementos que aumentam a massa muscular (proteínas e aminoácidos
essenciais, cromo e B-hidroxi-B-metilbutirato);
3. Suplementos que melhoram a saúde em geral (aminoácido glutamina e minerais
antioxidantes);
4. Outros compostos (ginseng, pólen de abelha, alguns minerais e vitaminas).
Existem características inerentes aos suplementos nutricionais, utilizados no
meio atlético, que os caracterizam de forma diferenciada em produtos específicos para
promover ganho de massa muscular, estimular o sistema imunológico ou fornecer
energia. Além disso, os suplementos podem ser agrupados de acordo com a forma
comercial como são apresentados em pílulas, pó e bebidas. São também classificados
de acordo com a necessidade ou não de prescrição médica, podendo ser vendidos
pela internet, em grandes distribuidoras e farmácias, conforme o tipo. A grande
quantidade de produtos é certamente um fator que dificulta o entendimento da questão
dos suplementos nutricionais.

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2.7 Legislação

No Brasil, a portaria no 32 de 13 de janeiro de 1998 da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, aprovou o Regulamento Técnico para Suplementos Vitamínicos
e ou de Minerais e define-os, como ‘’Alimentos que servem para complementar com
vitaminas e minerais a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua
ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requerer
suplementação’’.
A Portaria n° 40, de 13 de janeiro de 1998, da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária definiu ainda, que os suplementos de vitaminas e minerais cujas doses
situam-se acima dos 100% DRI são considerados medicamentos. Entretanto, na
Resolução No 390/2006 do Conselho Federal de Nutricionistas só haveria
necessidade de estes serem vendidos com prescrição médica se apresentarem
dosagens acima dos limites considerados seguros.
Já os produtos classificados como “Repositores Hidroeletrolíticos para
Praticantes de Atividade Física; Repositores Energéticos para Atletas; Alimentos
Proteicos para Atletas; Alimentos Compensadores para Praticantes de Atividade
Física; Aminoácidos de Cadeia Ramificada para Atletas”, são considerados pela
portaria do Ministério da Saúde no 222 de 24 de março, de 1998, como alimentos para
praticantes de atividade física, uma categoria de produtos com finalidade e públicos
específicos.
Este, um subgrupo dos chamados Alimentos para Fins Especiais, tem como
objetivo fixar a identidade e as características mínimas de qualidade desses produtos,
evitar o consumo indiscriminado, bem como fornecer orientações precisas quanto à
suplementação alimentar de pessoas que praticam atividade física.
São disponíveis sob várias formas, mas não podem ser considerados alimentos
convencionais e usados como único item isolado de uma refeição ou dieta, devendo
ter em seu rótulo a especificação de suplemento dietético. Os produtos especialmente
formulados e elaborados para praticantes de atividade física são classificados em:
Repositores Hidroeletrolíticos: Os produtos devem apresentar concentrações
variadas de sódio, cloreto e carboidratos, podendo conter opcionalmente vitaminas e
outros minerais. Para concessão do registro como bebida isotônica, o Ministério da
Saúde exige que o fabricante comprove, por cálculos ou análise laboratorial, que o

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produto atende à finalidade a que se propõe. Os repositores hidroeletrolíticos
apresentam-se prontos para o consumo líquido ou em pó.
Repositores Energéticos: Nestes produtos, os carboidratos devem constituir, no
mínimo, 90% dos nutrientes energéticos presentes na formulação. Opcionalmente,
estes produtos podem conter vitaminas e ou minerais. São encontrados na forma
líquida, em pó, em barra ou gel.
Alimentos Proteicos: A composição proteica deve ser constituída de, no mínimo,
65% de proteínas de qualidade nutricional equivalente às proteínas de alto valor
biológico, sendo estas formuladas a partir da proteína intacta e hidrolisada. A adição
de aminoácidos específicos é permitida para repor as concentrações dos mesmos
níveis do alimento original perdido em função do processamento, ou para corrigir
limitações específicas de produtos formulados à base de proteínas incompletas, em
quantidade suficiente para atingir alto valor biológico, no mínimo comparável ao das
proteínas do leite, carne ou ovo. Opcionalmente, estes produtos podem conter
vitaminas e ou minerais. Podem conter ainda carboidratos e gorduras, desde que a
soma dos percentuais do valor calórico total de ambos não supere o percentual de
proteínas.
Alimentos Compensadores: Devem conter concentração variada de
macronutrientes (proteínas, carboidratos, lipídios), obedecendo aos seguintes
requisitos:
• Carboidratos: Abaixo de 90% do valor energético total do produto;
• Proteínas: No mínimo 65% de proteínas presente no produto devem corresponder a
proteína de alto valor biológico;
• Gorduras: Manter a relação de 1/3 gordura saturada, 1/3 monoinsaturada e 1/3 poli-
insaturada;
• Opcionalmente, estes produtos podem conter vitaminas e ou minerais.
Nesse segmento enquadram-se, sobretudo produtos popularmente conhecidos
como hipercalóricos e alimentos considerados nutricionalmente completos.
Aminoácidos de Cadeia Ramificada para Atletas (ou BCAA): Os aminoácidos de
cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina), isolados ou combinados, devem
constituir no mínimo 70% dos nutrientes energéticos da formulação, fornecendo na
ingestão diária recomendada até 100% das necessidades diárias de cada aminoácido.

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Outros alimentos com fins específicos: Estes são produtos formulados de forma
variada com finalidades metabólicas específicas, de acordo com determinada prática
de atividade física. As vitaminas e minerais podem ser também adicionados a esses
alimentos.

3 VITAMINAS, MINERAIS, HERBAIS E AMINOÁCIDOS.

3.1 Vitaminas

As vitaminas são nutrientes indispensáveis ao crescimento e à manutenção da


vida. Como o organismo não tem a capacidade de as sintetizar, deve-se assegurar a
sua ingestão através da alimentação. São ativas em quantidades muito pequenas e
estão envolvidas em vários processos relacionados com a transferência e
armazenamento de energia, proteção e reforço do sistema imunitário, formação de
ossos e tecidos, atividade de outros nutrientes, formação e manutenção da estrutura
e funções celulares. As vitaminas não fornecem energia, mas como estão envolvidas
em diversos processos metabólicos são essenciais para a vitalidade, vigor e energia
diária.
Tradicionalmente as vitaminas agrupam-se de acordo com um critério de
solubilidade em hidrossolúveis (se forem solúveis em água) e lipossolúveis
(solúveis em gordura e que têm que ser veiculadas através de gorduras alimentares).
Cada vitamina desempenha funções próprias e específicas, por isso o excesso
de uma vitamina não pode ser usado para compensar a falta de outra. O excesso de
vitaminas hidrossolúveis é excretado principalmente na urina pois o organismo não
tem capacidade para as armazenar. O consumo excessivo de vitaminas lipossolúveis
pode conduzir à sua acumulação nos depósitos de gordura, o que tem poucas
vantagens funcionais, podendo mesmo assumir proporções de toxicidade no caso de
um consumo excessivo prolongado.

As vitaminas são substâncias orgânicas necessárias ao funcionamento


adequado do organismo, sendo essenciais para a manutenção de diversas
funções orgânicas, tais como crescimento e metabolismo. Elas são
necessárias em quantidades pequenas (mg/dia) e podem atuar como co-
fatores de diferentes reações bioquímicas. A recomendação da quantidade
diária a ser ingerida pelos indivíduos é baseada atualmente nas Referências
Dietéticas de Ingestão (DRIs). No entanto, apesar dessas recomendações,
percebe-se o uso indiscriminado de suplementos vitamínicos pela sociedade
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moderna, devido à influência da mídia e da busca das pessoas por uma saúde
plena e um corpo perfeito, sem grandes esforços. Todavia, é importante
ressaltar que o uso de suplementação é recomendado em situações
específicas, em caso de dificuldade em se atingir as recomendações
vitamínicas via alimentação. Nesse sentido, é fundamental conhecer as
consequências da deficiência e do excesso das vitaminas no organismo tanto
para evitar o surgimento de doenças quanto para tratá-las. (DEVLIN 2002,
apud CHAVES, 2014, p. 1).

Fonte: edisciplinas.usp.br

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3.2 Minerais

Os minerais são substâncias nutritivas indispensáveis ao organismo, pois


promovem desde a constituição de ossos, dentes, músculos, sangue e células
nervosas até a manutenção do equilíbrio hídrico. Os minerais são, no mínimo, tão
importantes quanto às vitaminas para auxiliar a manter o organismo em perfeito
estado de saúde. Porém, como o organismo não pode fabricá-los, deve-se utilizar
fontes externas, como os alimentos e os suplementos nutritivos para assegurar uma
ingestão adequada. Após serem incorporados no organismo, os minerais não
permanecem estáticos, sendo transportados por todo o corpo e eliminados por
excreção.
São elementos inorgânicos, combinados com algum outro grupo de elementos
químicos, como por exemplo, óxido, carbonato, sulfato, fósforo, porém, no organismo,
os minerais não estão combinados desta forma, mas de um modo mais complexo, ou
seja, quelados, o que significa que são combinados com outros constituintes
orgânicos, como as enzimas, os hormônios, as proteínas e, principalmente, os
aminoácidos.
Os alimentos naturais são as principais fontes de minerais para o organismo,
tanto os de origem vegetal como animal. Nestes alimentos, o mineral se apresenta na
forma de um complexo orgânico natural que já pode ser utilizado pelo organismo.
Porém, os alimentos nem sempre são suficientes em qualidade e quantidade para
satisfazer a necessidade do organismo e, nesse caso, é preciso recorrer aos
suplementos minerais.
A quelação, é definida como um processo onde o mineral é envolvido pelos
aminoácidos, formando uma espécie de esfera com o mineral no centro, evitando que
reaja com outras substâncias. É um processo natural pelo qual os elementos
inorgânicos minerais são transformados em formas orgânicas, que podem ser
perfeitamente absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando, desse modo, à
corrente sanguínea. Nesta forma, são absorvidos minerais como o ferro, cálcio,
magnésio, unidos a aminoácidos procedentes da digestão da proteína. Pesquisas
comprovam que a absorção dos quelados de aminoácidos e minerais é muito superior
a qualquer outro tipo de suplemento mineral. Cálcio e ferro são os dois participantes
mais famosos do grupo dos sais minerais.

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Os quelados, também chamados de minerais orgânicos, são moléculas
formadas pela ligação de um íon metálico a um carreador orgânico –
aminoácidos ou carboidratos normalmente – por meio de ligações
covalentes. Tais carreadores, ou ligantes, acoplam-se aos minerais por
ligações covalentes através de seus grupos amino ou oxigênio. Esta
ligação covalente permite que a molécula resultante tenha carga elétrica
praticamente nula. A obtenção do quelato se dá após a hidrólise de uma
fonte proteica e a exposição do elemento mineral ao hidrolisado resultando
na formação de complexos íons metálicos quelatados. Alternativamente,
os minerais quelatados podem ser sintetizados por meio de um processo
biossintético, como ocorre com o uso de leveduras. (LESSON 1997, apud
OLIVEIRA 2008, p. 2).

Cálcio
O cálcio é um macroelemento e é o mineral mais abundante do organismo, dos
quais 90% estão no esqueleto. O restante é repartido entre os tecidos, sobretudo os
músculos e o plasma sanguíneo. É um elemento primordial da membrana celular, na
medida em que controla sua permeabilidade e suas propriedades eletrônicas. Está
ligado às contrações das fibras musculares lisas, à transmissão do fluxo nervoso, à
liberação de numerosos hormônios e mediadores do sistema nervoso, assim como a
atividade plaquetária (coagulação do sangue).
As trocas entre o tecido ósseo e o plasma sanguíneo se fazem nos dois
sentidos, de maneira equilibrada nos indivíduos normais. A quantidade de cálcio
presente no sangue resulta de vários movimentos: duas entradas (a absorção do
cálcio no intestino delgado e a reabsorção óssea) e duas saídas (depósito nos ossos
e perdas através da urina). A calcemia não é um espelho fiel destes movimentos e
não pode ser o único parâmetro para identificação de uma patologia cálcica. Pode-se
observar uma redução do mineral ósseo (osteoporose) ou uma anomalia do
metabolismo cálcico (doença de Paget) sem que seja modificado na taxa de cálcio no
sangue.
Os principais fatores de regulação do metabolismo cálcico são o paratormônio,
secretado pelas glândulas paratireoides, que tendem a liberar o cálcio a nível ósseo e
favorecer a reabsorção a nível renal, e a vitamina D, que é indispensável para a
mineralização correta.
Enquanto que dificilmente se podem administrar os fatores interiores, que
intervém na fisiologia do cálcio, é possível atuar sobre os fatores externos, o aporte
de cálcio e da vitamina D, a relação do cálcio com o magnésio e o fósforo ou, ainda,
a composição da dieta alimentar. Assim, por exemplo, o excesso de proteínas na

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refeição aumenta a eliminação urinária do cálcio. Da mesma forma, a ingestão de
alimentos ricos em ácido oxálico (por exemplo, espinafre) ou em ácido fítico (pão
integral) faz diminuir a disponibilidade do cálcio em razão da formação de sais
insolúveis. A cafeína, o álcool e diversos medicamentos são fatores desfavoráveis à
disponibilidade do cálcio.
As carências profundas em cálcio - hipocalcemias, são bastante raras, contudo,
as carências moderadas são frequentes. Os sintomas provocados pela
hiperexcitabilidade neuromuscular incluem formigamentos, agulhadas,
entorpecimento dos membros e contrações musculares. A nível ósseo, a redução da
taxa de cálcio no organismo pode ser traduzida por sinais de descalcificação, como
raquitismo, retardamento do crescimento e osteoporose.
As hipocalcemias são devidas, mais frequentemente, ao déficit de vitamina D e
também à falta de aporte de cálcio e se manifestam sob formas diversas, como
poliúria, formação de cálculos renais, inapetência, sonolência, fraqueza muscular e
palpitações. Os hipercalcêmicos apresentam uma patologia subjacente, como câncer
com metástase óssea, hiperparatireoidismo e insuficiência renal, ou um incidente
iatrogênico, como nos casos de utilização prolongada de grandes doses de vitamina
D ou de certos diuréticos.
Normalmente, a concentração do cálcio na célula é pequena, mas em
circunstâncias patológicas há uma sobrecarga de cálcio intracelular, pois a membrana
celular não preenche mais seu papel de barreira face ao cálcio extracelular. Esta
entrada maciça de cálcio no interior da célula implanta canais membranários rápidos,
que se abrem quando o equilíbrio da célula é perturbado. A elevação do cálcio livre
na célula tem consequências desastrosas, como a vasoconstrição, uma diminuição
da deformabilidade dos glóbulos vermelhos com aumento da viscosidade do sangue
e a tendência à hiperagregação das plaquetas sanguíneas. É importante lembrar que
as necessidades em cálcio aumentam no período de crescimento, durante a gravidez
e o aleitamento.

A necessidade de adequação da ingestão do cálcio tem despertado a atenção


de inúmeras pesquisas. O cálcio é um nutriente essencial necessário em
funções biológicas como a contração muscular, mitose, coagulação
sanguínea, transmissão do impulso nervoso ou sináptico e o suporte
estrutural do esqueleto. (MILLER 2001, apud PEREIRA 2009, p.164).

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O cálcio é também o centro de debate da osteoporose, que se tornou uma
espécie de “epidemia silenciosa”, notadamente entre as mulheres. É difícil analisar a
eficácia do aporte de cálcio nesta doença, devido às divergências encontradas nos
resultados dos estudos. Estas divergências são provenientes, por um lado, pelo
diferente comportamento dos ossos nas várias regiões do esqueleto; por exemplo, os
ossos do rádio não reagem ao suprimento de cálcio, enquanto que as taxas de fraturas
dos outros ossos (fêmur, bacia) diminuem de maneira significativa.
Nas mulheres com taxa normal de estrógenos, o equilíbrio cálcico se
estabelece mais rapidamente do que nas mulheres carentes de estrógenos. Todavia,
as pesquisas concordam que é primordial assegurar à massa óssea a maior
densidade possível entre os 20 e 40 anos. Os primeiros anos da idade adulta são
decisivos para uma predisposição futura à osteoporose.
Como fonte de cálcio, os derivados do leite são os mais ricos. Em caso de
intolerância à lactose, os iogurtes podem substituir o leite. Pode-se recorrer, ainda, a
um complemento alimentar de cálcio.
Cobre
O cobre é um ótimo antioxidante, além de componente de diversas enzimas
envolvidas na produção de energia celular, na formação de tecidos conectivos e na
produção de melanina.
O organismo humano contém cerca de 80mg de cobre para um homem de 70
kg. A recomendação das academias científicas considera como mínimo a absorção
diária de cerca de 2mg /dia. Um regime equilibrado contém de 2 a 5 mg/dia.
Os órgãos mais ricos em cobre, são o fígado onde o excesso é estocado, e o
cérebro. Cerca de 1/3 está nos músculos e no esqueleto. O transporte de cobre é
assegurado por uma proteína, a ceruloplasmina. Quando este transportador está
saturado, a absorção do cobre pelos intestinos é diminuída.
A deficiência de cobre é rara. No entanto, um sinal clínico de sua manifestação
é revelado por um tipo de anemia que não se cura com o consumo de ferro, mas que
é corrigida com uma suplementação de cobre. Outros sintomas das taxas insuficientes
de cobre são a baixa pigmentação e a deficiência no crescimento. A deficiência do
sistema imunológico é outro sintoma, porque as baixas no mineral levam à diminuição
das células de defesa do sangue, aumentando a suscetibilidade para infecções.

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O cobre está ligado ao metabolismo de numerosas enzimas, como a
ceruloplasmina, a citocromo oxidase, as transaminases, a lisina oxidase, que favorece
a reticulação do colágeno e da elastina, as aminos oxidases, e a tirosinase.
Os alimentos ricos em cobre são carnes, frutos do mar, sementes e
oleaginosas. A recomendação de consumo de cobre para adultos é de 900mcg diárias
Cromo
Apesar de ser reconhecido como um nutriente essencial, as funções do cromo
no organismo ainda não são totalmente conhecidas, com exceção do seu papel no
metabolismo da glicose. O cromo potencializa os efeitos da insulina, responsável por
captar a glicose no sangue, levando-a para dentro das células. A falta de cromo pode
ocasionar resistência à ação da insulina, impedindo-a de captar a glicose.
O cromo é absorvido ao nível do jejuno e menos de 1% do cromo ingerido é
absorvido. Sua absorção é influenciada pela presença de agentes quelantes, sendo,
em particular, diminuída na presença de fitatos e de ferro diminui. Após a absorção, o
cromo é transportado pela mesma proteína que transporta o ferro, ou seja, a
transferrina.
Há sugestões de que o cromo desempenhe o papel de ativação das enzimas,
estabilização das proteínas e ácidos nucléicos (papel na espermatogênese). Contudo,
sua principal atuação é a de potencializar o papel da insulina, não unicamente no
metabolismo dos açúcares, mas também no das proteínas e das gorduras, além de
um efeito favorável sobre as taxas de colesterol e de lipoproteínas. Os alimentos ricos
em cromo são carnes, feijão, brócolis, batata e cereais integrais.
Ferro
O ferro é indispensável para o desenvolvimento correto de numerosas funções
fisiológicas. É um constituinte da hemoglobina e ocupa o centro do núcleo pirrolidínico,
chamado heme. Com outros constituintes proteicos, o ferro faz parte da mioglobina,
que estoca o oxigênio no músculo, e dos citocromas, que asseguram a respiração
celular, além disso ativa numerosas enzimas, como a catalase, que assegura a
degradação dos radicais livres prejudiciais.
Do total de ferro ingerido, 5% a 10% é absorvido no duodeno e no jejuno, sendo
captado pela ferritina, uma proteína de estocagem que sequestra o ferro e pode
transformar o ferro bivalente em ferro trivalente ativo. Uma outra molécula, proteína
de transporte, a transferrina, sintetizada no fígado, vai se carregar de ferro junto a

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ferritina. É a transferrina que fornece o ferro aos reticulócitos, células precursoras dos
glóbulos vermelhos.
A dosagem de ferritina permite avaliar o estado das reservas de ferro no
organismo. Um grama de ferritina pode estocar até 8mg de ferro. Os valores dessas
proteínas permitem avaliar o estado do organismo quanto ao metabolismo do ferro.
A carência de ferro pode ser devida a perdas excessivas (hemorragias
digestivas, hemorroidas, ulcerações digestivas, hipermenorreias), à má absorção
(diarreias, gastrectomia) ou, ainda, a dieta diária insuficiente, causada por alimentação
composta de gorduras, farinhas brancas e açúcar refinado, todos pobres em ferro. O
déficit de ferro ocasiona diminuição das defesas imunitárias e, consequentemente,
menor resistência às infecções, além de alteração das estruturas epiteliais.
Os cereais integrais são bastante ricos em ferro. Outros alimentos ricos em
ferro são espinafre, aspargo, alho poro, salsa, batatas, lentilhas, cenouras e cerejas,
carnes vermelhas, folhas verde- escuras, leite e derivados.
Fósforo
A maioria do fósforo no organismo se encontra no esqueleto, combinado ao
cálcio, e 10% nos tecidos moles, músculos, fígado e baço. Assim como o cálcio, o
fósforo está sob a influência da vitamina D e do hormônio paratireoideano. Exerce
papel estrutural na célula, notadamente nos fosfolipídios, constituintes das
membranas celulares. Participa de numerosas atividades enzimáticas e, sobretudo,
desempenha papel fundamental para a célula como fonte de energia sob a forma de
ATP (adenosina trifosfato). É graças ao fósforo que a célula pode dispor de reservas
de energia.
O aporte de fósforo é amplamente coberto pela alimentação, uma vez que este
mineral se encontra em quantidade relativamente importante em numerosos
alimentos, notadamente os que contém cálcio (leite, queijo, frutas secas).
A carência em fósforo pode ter causas múltiplas, como diminuição dos aportes
no curso da alimentação parenteral exclusiva, alcoolismo crônico, jejuns ou
desnutrição prolongados, perdas de origem digestiva (diarreias, vômitos, pancreatite
crônica,), ou precipitação por antiácidos gástricos em tratamentos prolongados. Enfim,
a excreção renal é aumentada no hiperparatireoidismo, no raquitismo, no déficit de
vitamina D ou em casos de utilização de determinados medicamentos, como os
barbitúricos, por exemplo.

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As hipofosforemias podem ser assintomáticas ou, ao contrário, provocar sinais
clínicos dominados por diminuição dos reflexos, parestesias (formigamentos) das
extremidades e ao redor do orifício bucal, fraqueza muscular e distúrbios da atenção.
O fósforo é classicamente prescrito em casos de desmineralização óssea, de
sobrecarga física e intelectual e na espasmofilia.
Flúor
O flúor é um dos oligoelementos mais conhecidos por seu papel na prevenção
das patologias buco dentária e óssea, atuando também nos tecidos e nas células. O
tecido mineral contém praticamente 99% de flúor do organismo com uma grande
maioria nos ossos. O componente mineral dos tecidos duros do organismo é
geralmente a apatita, um fosfato de cálcio que consiste em pequenos cristais
encaixados em uma matriz.
Apesar de seu papel indiscutível na prevenção dentária, a concentração de
flúor no esmalte é menor do que nos ossos.
O flúor é rapidamente absorvido ao nível do estômago e do intestino delgado,
por via passiva ligada ao gradiente de concentração. Mesmo não se falando de
mecanismos de regulação homeostásicas, como no caso do cálcio, sódio ou cloro, há
ainda assim uma adaptação às concentrações pelos ossos e pelos rins. A excreção
do flúor se dá pela urina. É difícil encontrar exemplos de deficiência em flúor
determinando uma patologia particular, mas tende-se a considerar o flúor como um
oligoelemento essencial.
Apesar da quantidade de flúor encontrada na alimentação ser baixa, boas
fontes do micronutriente são chás e peixes de água salgada consumidos com ossos,
como a sardinha, por exemplo. A ingestão adequada do mineral é de 4mcg diárias.
Iodo
O iodo é um elemento indispensável ao funcionamento de todo o organismo.
Integra a formação de dois fatores hormonais da glândula tireoide (tiroxina e
triiodotiroxina), que agem na maioria dos órgãos e nas grandes funções do organismo;
no sistema nervoso (atua na termogênese), no sistema cardiovascular, nos músculos
esqueléticos, nas funções renais e respiratórias. Em suma, estes hormônios são
indispensáveis ao crescimento e ao desenvolvimento harmonioso do organismo.
O principal sinal de carência de iodo é o bócio. Com a carência de iodo, há uma
diminuição da formação de hormônios tireoideanos e, por um mecanismo de

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feedback, um aumento da estimulação da glândula pelo hormônio hipofisiário que rege
a tireoide, gerando um aumento do volume da glândula. Quando a carência atinge
crianças, estas ficam raquíticas por deficiência no crescimento ósseo, são atingidas
pelo cretinismo, sua pele se torna seca e edemaciada (mixedema), e seus traços são
grosseiros. A insuficiência tireoidiana pode existir sem bócio, neste caso, a glândula
apresenta frequentemente nódulos.
Os sintomas de hipotireoidismo são cutâneos, com presença de pálpebras
inchadas, tegumentos sem vida e secos, cabelos quebradiços e se rarefazendo,
musculares como astenias e câimbras, com um metabolismo reduzido (sensação
hipotérmica, anorexia, distúrbios dispépticos), amenorreia ou impotência sexual,
sinais neuropsíquicos (apatia, lentidão de raciocínio).
O hipertireoidismo resulta de um hiper funcionamento da glândula tireóide, cuja
etiologia mais frequente é a doença de Graves, uma doença de natureza imunológica,
cíclica e que evolui espontânea e lentamente para a cura.
As principais fontes de iodo são os peixes de água salgada e frutos do mar,
como bacalhau, sardinha, molusco, ostra e camarão. O leite e seus derivados também
contêm quantidade importante de iodo, assim como os legumes (vagem, agrião,
cebola, alho poró, rabanete, nabo) e certas frutas (ananás, groselhas, ameixas).
Sua recomendação diária é de 150mcg para pessoas com mais de 14 anos.
Gestantes, no entanto, precisam consumir 220mcg/dia. A quantidade ideal de iodo
para lactantes é de 290mcg diariamente.
Magnésio
O magnésio é o cátion intracelular mais importante, depois do potássio. Mesmo
sendo menos abundante que os outros três grandes macroelementos (sódio, potássio
e cálcio). O papel fisiológico do magnésio é importante na regulação da atividade de
mais de 300 reações enzimáticas; intervém, igualmente, na duplicação dos ácidos
nucléicos, na excitabilidade neural e na transmissão de influxo nervoso, agindo sobre
as trocas iônicas da membrana celular.
Uma parte importante do magnésio é fixada sobre os ossos sob a forma de
fosfatos e bicarbonatos, outra pequena parte entra na composição da massa
molecular, e outra fração minúscula, presente no sangue, está ligada às proteínas,
ionizadas e fisiologicamente ativas. Mesmo variações mínimas da concentração do

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magnésio nas células, podem afetar o metabolismo, o crescimento e a proliferação
celular. O magnésio também é importante na função cardíaca.
Dados epidemiológicos demonstraram que uma hipomagnesemia (associada
frequentemente a uma hipopotassemia) é acompanhada de um determinado número
de problemas cardiovasculares, notadamente de ritmo cardíaco. Foi também
constatado que após um dano provocado por antiarrítmicos, somente a administração
concomitante de magnésio pode debelar certas arritmias cardíacas. Outra descoberta
interessante foi a relação entre o déficit magnesiano e o prolapso da válvula mitral,
que apresentam como sintomas a clássica bolha na garganta com dificuldade de
deglutição, uma pequena instabilidade com mudanças de posição da cabeça e do
corpo, rinites persistentes ligadas a hiper-reatividade das mucosas nasais e,
sobretudo, uma fadiga vocal durante o dia. Este último sintoma, acompanhado às
vezes de dores faríngeas e de pigarro na garganta, geralmente ligada a uma origem
infecciosa e a distúrbios psicossomáticos, podem desaparecer com a
magnesioterapia.
A deficiência em magnésio pode causar hiperexcitação neuromuscular, que
apresenta uma espécie de círculo vicioso: um déficit magnesiano crônico conduz a
uma baixa no nível da excitação neuromuscular e a uma maior sensibilidade ao stress,
o que favorece ainda mais uma perda magnesiana. Esta depleção magnesiana passa
por mecanismos muito complexos de desregulações nervosa e endocrinológica,
ligadas ao stress agudo ou crônico. Outras causas que podem dar origem à depleção
de magnésio são intoxicação por chumbo, uso prolongado de determinados
medicamentos, notadamente diuréticos, problemas intestinais crônicos, alimentação
parenteral prolongada, pancreatite e diabetes. O álcool e alimentação rica em glicídios
e em lipídeos podem igualmente aumentar a eliminação de magnésio.
Boas opções de magnésio são as verduras e legumes verdes, cereais integrais
e oleaginosas. Carnes e leite apresentam uma quantidade intermediária, enquanto os
alimentos refinados contêm baixo nível de magnésio.
Envolvido no metabolismo do cálcio, na síntese da vitamina D e na integridade
da formação da estrutura mineral do esqueleto ósseo. É requerido para o metabolismo
de carboidratos, de proteínas e de lipídios e é vital para a saúde dos tecidos muscular
e nervoso.
Manganês

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O manganês é parte constituinte de diversas enzimas e atua como ativador de
outras. Entre outras ações, funciona como antioxidante e ativa enzimas que participam
do metabolismo dos carboidratos, aminoácidos e colesterol, e colabora na formação
da cartilagem e ossos. A distribuição do manganês é grande nos tecidos e líquidos do
organismo, notadamente onde a atividade das mitocôndrias é maior. O papel
metabólico do manganês é considerável, pois ativa numerosas enzimas implicadas
na síntese do tecido conjuntivo, na regulação da glicose, na proteção das células
contra os radicais livres e nas atividades neuro-hormonais.
No rol dos benefícios imputados ao manganês estão a ação hipoglicemiante,
ação sobre o metabolismo das gorduras, ação protetora das células hepáticas, papel
na biossíntese das proteínas e dos mucopolissacarídeos das cartilagens, assim como
implicação no metabolismo dos neurotransmissores.
O manganês é considerado em oligoterapia como um carro-chefe, pois é básico
no tratamento da diátese alérgica, igualmente presente na associação manganês-
cobre, que constitui o remédio da diátese. Este tratamento melhora sensivelmente as
crianças frágeis, perpetuamente resfriadas e com problemas de fixação da atenção.
O manganês encontra, ainda, excelentes indicações no campo da artrose.
O déficit de manganês no organismo pode interferir no crescimento e causar
anormalidades do esqueleto, disfunções reprodutivas, menor tolerância à glicose e
alteração no metabolismo dos carboidratos e das gorduras.
O manganês é encontrado nos cereais integrais, nozes, leguminosas, abacaxi
e chás.
Potássio
O potássio é o principal cátion intracelular que contribui para o metabolismo e
para a síntese das proteínas e do glicogênio. Desempenha papel importante na
excitabilidade neuromuscular e na regulação do teor de água do organismo. O líquido
intracelular contém mais de 90% do potássio do corpo. No plasma sanguíneo, o
potássio representa uma parte ínfima do potássio total. No entanto, a ausência total
de potássio sérico é um sinal bastante fiel de um déficit global deste cátion.
As necessidades de potássio são maiores no período de crescimento; fora esse
período são mínimas e cobertas pela alimentação. Entretanto, se observam
hipopotassemias bastante frequentes, raramente ligadas à carência de aporte

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alimentar, salvo para os grandes alcoólatras crônicos e pessoas possuidoras de
anorexia mental.

O potássio, juntamente com o sódio, é importante na manutenção do


equilíbrio hidroeletrolítico celular. Os íons de sódio e potássio ocorrem em
concentrações específicas dentro e fora das células. Assim, o sódio, em
maior concentração no meio extracelular, pelo processo da difusão, se move
para dentro da célula, enquanto o potássio, mais concentrado no meio
intracelular, se move para fora da célula pelo mesmo processo. Com isso, a
tendência é o equilíbrio entre as concentrações interna e externa desses dois
íons, porém, para a manutenção do potencial elétrico da célula, é necessário
que haja baixa concentração de íons de sódio e elevada de íons de potássio
dentro da célula. A manutenção das concentrações ideais dos dois íons é
dada pela sódio-potássio ATPase, que bombeia sódio para fora da célula e
potássio para dentro dela. Como esse transporte é realizado contra os
gradientes de concentração desses dois íons, há necessidade de energia,
obtida com a clivagem de ATP (adenosina trifosfato). Isso permite a
manutenção da pressão osmótica intracelular e do volume celular. (MORRIS
2006, apud CUPPARI 2008, p.5).

Suas causas são mais frequentemente de origem iatrógena e podem se traduzir


por distúrbios neuromusculares (cãibras e paralisias), aumento da pressão arterial ou,
às vezes, distúrbios graves do ritmo cardíaco. As principais causas medicamentosas
de hipopotassemia são a ingestão de diuréticos, suscetíveis de aumentar a excreção
urinária do potássio, e os laxativos, que aumentam as perdas digestivas. Pode-se,
também, observar uma transferência de potássio para as células, ocasionando uma
hipopotassemia nos tratamentos por insulina. Outra causa iatrogênica da
hipopotassemia é a ingestão prolongada de corticoides.
A relação sódio/potássio desempenha papel fundamental nos mecanismos da
hipertensão. Um regime enriquecido em potássio ou uma suplementação sob a forma
medicamentosa ocasiona um rebaixamento da pressão arterial estatisticamente
significativo.
Os níveis de concentração entre potássio e sódio criam uma diferença
eletroquímica conhecida como potencial de membrana, mantido principalmente, pela
bomba sódio/potássio/ATPase. Essa bomba utiliza energia para jogar sódio para fora
da célula e potássio para dentro. O perfeito controle do potencial de membrana das
células é essencial para a transmissão do impulso nervoso, contração muscular e
funcionamento do coração. A baixa concentração de potássio no plasma é conhecida
por hipocalemia. Os sintomas da deficiência são fadiga, fraqueza, cãibra muscular,
constipação intestinal e dor abdominal. A hipocalemia severa pode levar à arritmia
cardíaca, o que pode ser fatal.
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Frutas e legumes em geral, como banana, tomate, batata e laranja, são ótimas
fontes de potássio. Outros alimentos ricos nesse mineral são peixes, carnes, aves
domésticas e damascos.
É um dos principais eletrólitos que controlam os níveis de pH, a pressão
osmótica e o balanço hídrico nos espaços corporais, através da bomba de sódio-
potássio, e a pressão sanguínea, atua na atividade elétrica que leva a regular a função
dos músculos e das células nervosas, e para o batimento cardíaco e age para a
conversão da glicose em glicogênio.
Sódio
O sódio, juntamente com o cloreto, forma o sal de cozinha. A dupla se destaca
por estar entre os principais íons do fluído extracelular, importantes para a
manutenção do potencial de membrana, mantido, como mencionado anteriormente,
principalmente pela bomba sódio/potássio/ATPase. O sódio desempenha ainda
outras tarefas, como participação na absorção de aminoácido, glicose e água. Por ser
um micronutriente determinante no volume extracelular, é possível regular a pressão
arterial ajustando o conteúdo de sódio no organismo, ou seja, quem sofre de pressão
alta deve diminuir a ingestão de sal, pois é rico no mineral. Já quem apresenta pressão
baixa, precisa ter um consumo adequado de sódio.
As necessidades de sódio são mínimas e largamente cobertas pela
alimentação. Além disso, os rins são capazes de reabsorver praticamente todo o sódio
filtrado anteriormente.
Selênio
O selênio é um oligoelemento por excelência. Entre as funções
desempenhadas, destacam-se a participação na síntese de hormônios tireoidianos, a
ação antioxidante e o auxílio a enzimas que dependem dele para terem um bom
funcionamento. Foi provado que o selênio é um componente da glutationa peroxidase,
uma enzima que destrói os peróxidos, ou seja, os agentes oxidantes que atacam a
célula. Não há dúvida, hoje, de que o selênio, por seu papel na glutationa peroxidase,
faz parte dos defensores das células contra a ação dos agentes oxidantes, como o
fazem a vitamina E, a catalase e a superóxido dismutase.
A atividade catalítica do selênio é reforçada na presença da vitamina E, que é
também indispensável na redução dos radicais livres. Sua associação aparece como
fundamentalmente necessária às células na prevenção de sua degeneração. Também

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destaca-se por suas propriedades anti-inflamatórias e imune estimulantes. No
homem, a suplementação em selênio é benéfica para melhorar a forma geral e
prevenir o envelhecimento.
A deficiência de selênio é rara, mas tem sido observada em condições em que
não há oferta suficiente do micronutriente, como regiões onde o solo é pobre no
mineral. Castanha de caju e carnes fornecem números significativos de selênio.
O aporte alimentar diário de selênio varia de acordo com cada país. No Brasil,
a quantidade ideal de ingestão para adultos é de 55mcg/ dia.
Zinco
Diversos aspectos do metabolismo celular são dependentes do zinco.
Aproximadamente 100 enzimas dependem do zinco para realizar reações químicas
vitais. O mineral tem papel importante, por exemplo, no crescimento, na resposta
imune do organismo, na função neurológica e na reprodução. Além dessas funções,
o zinco atua na estrutura das proteínas e membranas celulares e também está
envolvido na expressão dos genes, na síntese de hormônios e na transmissão do
impulso nervoso. Na Antiguidade, era utilizado sob a forma de óxido de zinco para
curar feridas e queimaduras.
É encontrado em todos os órgãos, mas sua concentração é particularmente
elevada no pâncreas, no fígado, na pele e nos fâneros. No sangue, está ligado às
proteínas e aos aminoácidos. O organismo aproveita apenas de 5% a 10% do zinco
contido na alimentação. O estudo de sua biodisponibilidade é importante, pois há
certas substâncias existentes na alimentação que modificam sua absorção, assim, os
fitatos que são encontrados em grande número de alimentos vegetais, entre os quais
as fibras, inibem a absorção do zinco. Outros queladores do zinco são o álcool, os
taninos, alguns antibióticos e os contraceptivos orais.
A biodisponibilidade do zinco depende da interação com outros minerais na luz
intestinal. Quando a falta de zinco acontece, surgem sintomas como atraso da
maturidade sexual, déficit de crescimento, diarreia crônica, pouco apetite e deficiência
do sistema auto-imune; produz também modificações importantes no metabolismo
dos ácidos graxos e pode constituir-se em um fator de risco à arteriosclerose.
Boas fontes de zinco são carne bovina, peixes, aves, leite e derivados,
mariscos, feijão e nozes.

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Destacam-se também a regulação de uma variedade de atividades do sistema
imunológico, tem função antioxidante, além de ser componente da insulina e regular
a atividade desta. É necessário para a maturação do esperma, para a ovulação e para
a fertilização.
Outros minerais
Existem ainda outros minerais, cujos benefícios foram descobertos
recentemente. Entre eles, estão o boro, o enxofre, o molibdênio, o silício e o vanádio.
Boro: Começou a atrair a atenção devido a um estudo que indica seus possíveis
benefícios na prevenção da osteoporose pós menopausa. É um mineral encontrado
principalmente nos alimentos de origem vegetal e aparentemente, é essencial ao
crescimento e desenvolvimento das plantas.
Embora seja importante para o crescimento e desenvolvimento de animais, sua
importância em animais e seres humanos ainda não foi comprovada. Por outro lado,
seus efeitos estimulantes da saúde em seres humanos estão se tornando cada vez
mais aparentes. Além de promover benefícios no tratamento da artrite, previne a
osteoporose em mulheres na fase pós menopausa.
Enxofre: É um elemento fundamental da matéria viva, protagonista dos fenômenos
biológicos celulares. Possui funções energéticas, plásticas e de desintoxicação. Está
presente na constituição de todas as proteínas celulares, nos aminoácidos taurina,
metionina, cistina e cisteína, e é indispensável para a síntese do colágeno. É
importante nos tecidos densos, como cartilagens, cabelos e unhas, e faz parte dos
mucopolissacarídeos, que são fundamentais na constituição das cartilagens, das
secreções mucosas, do humor vítreo e do fluido sinovial.
Como o manganês, o enxofre é o elemento do artritismo sob todas as formas,
ou seja, asmas, erupções, cefaleias e reumatismos. É indicado nas manifestações
dermatológicas, como acne, eczema e urticária; nas manifestações alérgicas, tais
como urticária, rinite alérgica, asma brônquica, alergias alimentares; nas
manifestações reumáticas de naturezas inflamatória, degenerativa e dismetabólica;
nas infecções recidivas a nível otorrinolaringológico, respiratório, urinário; na cefaleia
vaso motriz e músculo tensora.
Os alimentos ricos em enxofre são carne, leite, ovos, queijos, cereais e frutas
secas.

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Molibdênio: Está presente em pequena quantidade no organismo e é rapidamente
absorvido no estômago e intestino delgado. Participa de várias reações no organismo,
já que aparece como co-fator de três enzimas. As funções dessas enzimas são
metabolizar os aminoácidos metionina e cistina, quebrar os nucleotídeos (precursores
do DNA e RNA) para a formação de ácido úrico e participação do metabolismo de
toxinas. Suas funções biológicas são bem conhecidas; é absolutamente indispensável
à vida dos microrganismos vegetais e animais e ao desenvolvimento normal do
homem.
No corpo humano, o molibdênio se encontra, sobretudo, no fígado, nos rins e
nas glândulas suprarrenais, local da atividade de numerosas enzimas ligadas a ele.
Não existem relatos de deficiência de molibdênio em humanos, sendo as principais
fontes encontradas na ervilha, feijão e lentilha.
Silício: É um elemento essencial, cuja ação fisiológica é fundamental. Esse mineral
se revelou necessário para a formação dos ossos, cartilagem e tecido conjuntivo. É o
segundo elemento mais importante em concentração na crosta terrestre, sendo raro
na água do mar. É encontrado, em geral, sob a forma de silicato ou de óxido. A
concentração de silício diminui com a idade nos diferentes tecidos, em particular na
pele e vasos arteriais.
Colabora na construção da matriz orgânica para a correta mineralização dos
ossos e dos dentes. É componente de mucopolissacarídeos e do colágeno de tecidos
conectivos que fornecem força, rigidez e flexibilidade aos ossos, dentes, tendões,
ligamentos, paredes e membranas celulares, unhas e pele.
Vanádio: Também faz parte dos “novos” oligoelementos. É encontrado nas águas de
fontes e na água do mar.
Nos vegetais, o vanádio está presente na maioria das frutas e legumes, mas
em concentrações diferentes, dependendo do local onde são cultivados. As
oleaginosas e as nozes são particularmente ricas em vanádio. Os crustáceos e os
peixes possuem quantidades relativamente importantes. Somente 1% da quantidade
ingerida é absorvida. As taxas de vanádio são muito baixas, em torno de 0,1 a 0,3mcg
por grama de peso.
Desempenha papel no crescimento, na fertilidade, na psicose maníaco-
depressiva e nas cáries dentárias. Além disso, experimentalmente, pôde-se
demonstrar que tem ação sobre a contração das fibras musculares cardíacas, sobre

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a função da bomba de sódio, do metabolismo dos glicídios e dos lipídeos. Numerosos
estudos estão sendo realizados para provar a relação entre o vanádio, a atividade
cerebral, o crescimento e a reprodução.
Este possui um metabolismo ligado ao do fósforo. Está presente em numerosas
reações enzimáticas, nas quais o fósforo é o encarregado. Seu papel específico
parece ser o de regulador da bomba de sódio. É também um co-fator para algumas
enzimas, como a adenilciclase e as transaminases. Seu metabolismo é,
provavelmente, ligado a determinadas funções endócrinas.

3.3 A importância dos minerais para a saúde humana

O corpo humano tem como componentes principais a água, as proteínas, os


lipídios, os carboidratos, os minerais e as vitaminas. Cada um destes componentes
apresenta características e funções especiais, próprias para o perfeito funcionamento
e estrutura saudável do organismo.
Suas funções são essenciais à saúde como a regulação de processos
enzimáticos; manutenção do equilíbrio osmótico e acidobásico; facilitação da
transferência de substâncias pelas membranas celulares; estimulação nervosa e
muscular. Para cumprir estas funções os minerais se encontram na forma iônica ou
como constituintes de compostos como, por exemplo, as enzimas, os hormônios e as
proteínas estruturais.

As necessidades são pequenas e variam de acordo com cada indivíduo, e


mesmo necessitando de pequenas quantidades de micronutrientes, é comum
encontrar diversas deficiências nutricionais de vitaminas e minerais. Quando
não há deficiências a suplementação em excesso de vitaminas e minerais
não altera na capacidade física e intelectual, mas pode trazer danos à saúde
(GARZÓN, 2002 apud FRINHANI 2016, p. 654).

Todos os minerais desempenham funções especiais e de forma coordenada


entre eles. É fundamental tomar em conta que, para o perfeito funcionamento do
organismo, os teores distintos de minerais devem se manter dentro de limites
especiais para que, individualmente, apresentem seu melhor desempenho e para que
haja uma ação harmônica destes com os demais componentes inter-relacionados do
organismo.

32
3.4 Herbais

Fonte: br.synergytaste.com

A utilização de preparações a base de plantas tem se expandido enormemente


ao longo da última década, dentre elas, os suplementos herbais e dietéticos vêm
sendo cada vez mais consumidos pela população em geral.
Eles podem ser classificados como um produto alimentício que tem como
principal finalidade suplementar a alimentação, tendo em sua composição básica:
vitamina, mineral, erva ou outras plantas, aminoácidos e alguma substância que
aumente o conteúdo calórico de uma dieta, para que tenha capacidade de substituir
uma refeição. Em geral são utilizados para perda de peso, melhora da estética
corporal, prevenção de doenças e retardo dos efeitos do envelhecimento e se
apresentam na forma de shakes, chás, cápsulas, sopas e sucos.
Os produtos naturais podem ser facilmente adquiridos em farmácias, lojas de
saúde, academias e, mais recentemente, a partir de fontes da internet, sem a
necessidade de prescrição médica ou mesmo de uma recomendação de um
nutricionista. Entretanto, a hepatotoxicidade, vem sendo descrita como a reação
adversa mais comum entre os usuários desses produtos.

Eles podem ser classificados como um produto alimentício que tem como
principal finalidade suplementar a alimentação, tendo em sua composição
básica: vitamina, mineral, erva ou outras plantas, aminoácidos e alguma
substância que aumente o conteúdo calórico de uma dieta, para que tenha
capacidade de substituir uma refeição. Em geral são utilizados para perda de
peso, melhora da estética corporal, prevenção de doenças e retardo dos

33
efeitos do envelhecimento. Dentre as marcas de suplementos nutricionais
mais vendidos, existe uma que ocupa o maior espaço neste cenário, a
Herbalife. (STICKEL 2015, apud BEGOTTI 2017, p.81).

3.5 Aminoácidos

As proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes nas células e


correspondem a cerca de 50% ou mais de seu peso seco. São encontradas em todas
as partes de todas as células, tendo funções fundamentais na lógica celular. Em
virtude desta importância qualitativa e quantitativa, as proteínas têm sido largamente
estudadas e seus segredos desvendados, no que diz respeito à sua síntese ou
aproveitamento metabólico.
As proteínas são macromoléculas de alto peso molecular, polímeros de
compostos orgânicos simples, os α-aminoácidos. A união entre dois aminoácidos,
forma um dipeptídeo, assim como três unem-se formando um tripeptídeo e assim
sucessivamente, sendo que a união de vários aminoácidos irá dar origem a uma
cadeia polipeptídica.
São conhecidos 20 aminoácidos; a Alanina, Arginina, Aspartato, Asparagina,
Cisteína, Fenilalanina, Glicina, Glutamato, Glutamina, Histidina, Isoleucina, Leucina,
Lisina, Metinonina, Prolina, Serina, Tirosina, Treonina, Triptofano e Valina,
encontrados nas moléculas de proteínas, com sua síntese controlada por mecanismos
genéticos, envolvendo a replicação do DNA e transcrição do RNA.
A metade dos aminoácidos é sintetizada pelo organismo e vai suprir as
necessidades celulares; são os não-essenciais, e aqueles que não são sintetizados
precisam estar presentes na dieta e são chamados de aminoácidos essenciais.
Esta grande variabilidade proporciona arranjos incontáveis entre as cadeias
peptídicas em sua estrutura tridimensional bem como na função da proteína, uma vez
que os diferentes aminoácidos possuem diferentes propriedades químicas que, em
conjunto, serão responsáveis pela função da proteína.
Classes
Aminoácidos com grupamento R apolar ou hidrofóbico: São os menos solúveis,
devido à ausência de grupamentos hidrofílicos no grupamento R.
A alanina representa o aminoácido mais solúvel deste grupo é a prolina, na
realidade, um aminoácido onde o grupamento R é um substituinte do aminogrupo. A

34
glicina é o aminoácido mais simples em virtude de possuir como R apenas um átomo
de hidrogênio (apolar), sendo também o único aminoácido que não possui carbono
assimétrico. Algumas vezes é classificado como polar, pois o grupamento funcional
lhe confere certa solubilidade.
Aminoácidos com grupamento R polar não-carregado: Possuem grupamentos
hidrofílicos na cadeia carbonada que não se ionizam, porém conferem maior
solubilidade ao aminoácido.
A cisteína e a tirosina tem os grupamentos R mais polares, sendo, portanto, os
mais solúveis desta classe. A cisteína, frequentemente, ocorre nas proteínas em sua
forma oxidada, a cistina, na qual as sulfidrilas estão unidas formando pontes dissulfeto
que são ligações covalentes importantes na estabilização da molécula proteica. A
asparagina e a glutamina são amidas do ácido aspártico e do ácido glutâmico,
respectivamente.
Aminoácidos com grupamento R polar carregado positivamente (básicos):
Lisina, arginina e histidina; todos possuem grupamento R de 6 carbonos e a carga
positiva localiza-se em um átomo de nitrogênio do R.
Aminoácidos com grupamento R polar carregado negativamente (ácidos): Ácido
aspártico e ácido glutâmico. São citados como aspartato e glutamato em virtude de se
ionizarem em pH fisiológico adquirindo carga negativa no grupamento carboxila.

3.6 Metabolismo dos aminoácidos

A fração metabólica de energia obtida a partir de aminoácidos, se eles são


derivados de proteína dietética ou a partir de proteína tecidual, varia muito com o tipo
de organismo e com condições metabólicas.
A maioria dos microrganismos pode expulsar aminoácidos a partir de seu
ambiente e utilizá-los como combustível, quando exigido pelas condições metabólicas.
Plantas, no entanto, raramente ou nunca oxidam aminoácidos para fornecer energia,
os hidratos de carbono produzidos a partir de CO2 e H2O na fotossíntese são
geralmente sua única fonte de energia. Nos animais, aminoácidos sofrem degradação
oxidativa em três diferentes circunstâncias metabólicas:

35
1. Durante o procedimento normal de síntese e degradação de proteínas celulares
alguns aminoácidos que são liberados a partir de proteína de degradação e não são
necessários para a nova síntese proteica sofrem degradação oxidativa.
2. Quando uma dieta é rica em proteínas e aminoácidos e a ingestão ultrapassa as
necessidades do organismo para a síntese proteica, o excedente é catabolizado;
aminoácidos não podem ser armazenados.
3. Durante o jejum prolongado ou de diabetes mellitus não controlada, quando
carboidratos ou estão indisponíveis ou não devidamente utilizados, as proteínas
celulares são utilizadas como combustível.
De acordo com todas estas condições metabólicas, aminoácidos perdem os
seus grupos amino para formar grupos α-ceto ácidos, os "esqueletos de carbono" de
aminoácidos. Os α-ceto ácidos sofrem oxidação a CO2 e H2O, ou, muitas vezes mais
importante ainda, fornecem três e quatro unidades de carbono que podem ser
convertidos por neoglicogênese em glicose, o combustível para o cérebro, músculo
esquelético, e de outros tecidos.
Os aminoácidos são importantes fontes de energia para o metabolismo celular,
porém só são utilizados quando há uma extrema carência energética ou durante a
prática de exercícios físicos intensos. É importante frisar que os carboidratos e lipídios
são melhores produtores de energia e a mobilização de aminoácidos pode estar
relacionada a uma degradação de proteínas musculares ou plasmáticas levando o
organismo a uma depleção dessas proteínas, o que pode trazer consequências
desastrosas como a atrofia muscular e a hipoalbuminemia.
A síntese da ureia é um dos processos metabólicos mais importantes, pois
impede a formação de amônia tóxica ao organismo a partir do nitrogênio proteico, é
exclusiva do fígado, o que o torna o centro da degradação de aminoácidos. Os
músculos precisam ajustar o consumo de aminoácidos com a exportação da amônia
para o fígado na forma dos aminoácidos glutamina ou alanina.

3.7 Síntese dos aminoácidos

Os aminoácidos essenciais são sintetizados nos vegetais através do


aproveitamento do nitrogênio na forma de NH4+, nitritos e nitratos presentes no solo e

36
que são produzidos por bactérias capazes de fixar o N 2 atmosférico convertendo-os
nos produtos nitrogenados absorvidos pelos vegetais.
Os aminoácidos não-essenciais são sintetizados nos animais a partir de
moléculas precussoras que fazem parte do ciclo de Krebs e do grupamento amino
proveniente da degradação de aminoácidos. Como vários aminoácidos fornecem
intermediários do ciclo de Krebs, há uma interdependência entre os aminoácidos no
seu processo de degradação e síntese.

Aminoácidos são as unidades básicas da composição de uma proteína. Em


humanos saudáveis, nove aminoácidos são considerados essenciais, uma
vez que não podem ser sintetizados endogenamente e, portanto, devem ser
ingeridos por meio da dieta. Dentre os aminoácidos essenciais, se incluem os
três aminoácidos de cadeia ramificada (ACR), ou seja, leucina, valina e
isoleucina [...] A concentração de ACR também difere em relação ao tipo de
fibra muscular, sendo 20-30% maior em fibras de contração lenta em
comparação àquelas de contração rápida. Os ACR correspondem a cerca de
35% dos aminoácidos essenciais em proteínas musculares e, uma vez que a
massa muscular de humanos é de cerca de 40-45% da massa corporal total,
verifica-se que grande quantidade de ACR está presente em proteínas
musculares. (MARCHINI 1998, apud ROGERO 2008, p. 565).

O glutamato, glutamina e prolina são sitentizados a partir do α-cetoglutarato. O


aspartato é sintetizado a partir do oxalacetato (recebendo o grupo amino do
glutamato). A asparagina é sintetizada a partir do aspartato e o grupo amino provém
da glutamina. A alanina é oriunda da transaminação do piruvato e glutamato. A serina
é sintetizada a partir do gliceraldeído-3-fosfato, sendo que a glicina e a cisteína derivam
da serina. A arginina é utilizada durante o ciclo da ureia. A tirosina origina-se a partir
da hidroxilação da fenilalanina.

37
4 SUPLEMENTOS ORAIS

Fonte: posugf.com.br

Os Suplementos Nutricionais Orais são produtos industrializados, formulados


com macronutrientes, hidratos de carbono, proteínas e lipídios e micronutrientes,
vitaminas e minerais, além de diversas substâncias importantes para a saúde.
Devem ser usados quando a alimentação habitual não satisfaz as
necessidades nutricionais. No entanto, devem ser associados a uma alimentação
equilibrada, não devendo substituir as refeições, mas sim complementá-las.
A ingestão de suplementos poderá ser importante no tratamento e recuperação
dos pacientes com disfagia (dificuldade de deglutição) e em idade geriátrica, onde se
verifica uma redução da ingestão de alimentos.
O principal objetivo dos suplementos é aumentar a ingestão nutricional,
corrigindo ou evitando carências nutricionais, provocadas pela alimentação
inadequada. Além disso, melhora as condições clínicas e funcionais e contribui para
o tratamento e recuperação da perda de peso.
Os suplementos Nutricionais Orais são tomados entre as refeições principais.
Alguns produtos já estão prontos para a ingestão, outros precisam ser preparados. A
escolha do suplemento adequado depende de diversos fatores como: as
características do produto (composição nutricional, volume, sabor, etc.), as condições
clínicas e o custo total do tratamento.

38
4.1 Tipos de suplementação oral

Suplementos orais completos: Têm o macro e micronutrientes de modo a satisfazer


as necessidades dos indivíduos. São indicados para situações de anorexia, perda de
peso involuntária, desnutrição e doentes com cancro.
Suplementos orais modulares: Contém apenas um macronutriente de modo a
suplementar a alimentação de indivíduos que não atingem a necessidade diária desse
macronutriente com a alimentação tradicional.
 Maltodextrina: Módulo de hidratos de carbono em pó para enriquecer a dieta.
Indicado em caso de necessidades energéticas aumentadas, tais como: atraso
de crescimento, desnutrição, anorexia, insuficiência renal e cardiopatias
congénitas.
 Proteínas (caseína, lecitina de soja, etc.): Módulo de proteínas solúvel em pó.
Indicado em situações associadas a necessidades proteicas aumentadas
como: perda de massa muscular associada ao envelhecimento, queimaduras
graves, anorexia, desnutrição, perda de peso involuntária, dietas
desequilibradas.
 L-arginina: Indicado como suplementação em indivíduos que apresentam
úlceras de pressão ou feridas.
 Fibra: Uma mistura de fibras solúveis e insolúveis em pó indicada para a
satisfação das necessidades nutricionais em fibra, ou pela reduzida ingestão
da mesma.
 Água gelificada: Bebida aromática com textura gel para facilitar a hidratação.
É uma solução prática, com textura modificada para doentes com dificuldade
na deglutição (disfagia, AVC, Parkinson ou Alzheimer).
 Espessante: Espessante instantâneo para alimentos líquidos e semissólidos.
Indicado para prevenção e tratamento da desidratação em doentes com
disfagia para líquidos. Apresenta sabor neutro e não altera o sabor das bebidas
ou alimentos.
 Purés e papas: são de consistência mole ou cremosa, enriquecidos com macro
e micronutrientes e são indicados para dificuldades na mastigação, alterações
na deglutição (disfagia) e em doenças neurológicas (Parkinson ou Alzheimer).

39
A ingestão excessiva destes suplementos pode provocar efeitos adversos,
aconselhe-se sempre com o seu médico ou nutricionista.

5 RISCOS DE SUPLEMENTAÇÃO

O mercado de suplementos alimentares é formado por produtos com diferentes


níveis de risco, forte assimetria de informações em relação aos benefícios e riscos e
que misturam características de alimentos e de medicamentos.
Assim, o arcabouço normativo aplicável ao mercado de suplementos
alimentares é fragmentado e existem lacunas regulatórias, além de sobreposições
entre categorias de produtos e requisitos desatualizados, ambíguos e
desproporcionais ao nível de risco. Essa situação prejudica o controle sanitário e a
gestão do risco dos suplementos, além de criar insegurança jurídica e obstáculos à
comercialização.

Os suplementos devem ser utilizados quando as necessidades de nutrientes


não estão sendo alcançadas pela alimentação, como é o caso de atletas
profissionais, que são submetidos ao estresse do exercício, aumentando
muito o seu metabolismo, bem como suas necessidades nutricionais
(WAGNER, 2011, apud FERNANDES 2016, p. 59).

5.1 Principais Suplementos para musculação

A nutrição e atividade física atuam como importantes componentes, através


dos quais, pode-se melhorar a capacidade de rendimento do organismo, além de
contribuir para redução da incidência de fatores de risco à saúde, tais como: aumento
de peso corporal e quantidade de gordura, elevadas taxas de colesterol, hipertensão,
diminuição das funções cardiovasculares, estresse entre outros, que vêm aumentando
a cada dia. As evidências cientificas atuais incentivam a prática de exercícios físicos
e uma alimentação equilibrada, no intuito de fornecer os nutrientes necessários à
manutenção, restauração e crescimento do tecido muscular.
É fato que uma nutrição adequada é fundamental para um melhor desempenho
físico associada à melhoria do rendimento, diminuição da fadiga e ainda evitando a
perda de massa magra, porém, devido às dificuldades encontradas em se alimentar
corretamente, cresce o interesse de fabricantes de produtos que prometem os

40
mesmos benefícios de uma alimentação adequada, ou seja, suplementos alimentares.
Os suplementos alimentares surgiram a quatro décadas, destinados ás pessoas que
não conseguiam suprir suas necessidades nutricionais somente com a alimentação.
As necessidades proteicas de um atleta dependem das características
individuais como: idade, peso, altura, sexo, característica do exercício que pratica,
intensidade, duração e frequência de treino. Não excedendo a 1,8g de proteína por
Kg de peso corporal por dia, visto que quantidades superiores não promovem
aumento de massa muscular nem melhora o desempenho.
Entende-se que os suplementos devem ser utilizados quando as necessidades
de nutrientes não estão sendo alcançadas pela alimentação, em pessoas que são
submetidos ao stress físico geral, metabólico, bem como suas necessidades
nutricionais. Necessariamente precisa-se dar condições ao corpo para que este
consiga recuperar e construir novos músculos, lembrando que quando pratica-se
atividade física a necessidade energética aumenta, isso significa que há necessidade
em comer um pouco mais que o normal, porém, comer mais não significa comer
qualquer coisa, é preciso comer certo, nos horários certos.
A falta de tempo, aliados a impaciência em atingir os resultados esperados,
tornam indivíduos propensos a consumir qualquer coisa que se apresente como atalho
para atingir o padrão da beleza imposto pelos canais de comunicação e sociedade.
As academias de musculação, recebem cada vez mais um número maior de
frequentadores, que as procuram no intuito de melhorar seu perfil estético, essa busca
muitas vezes reflete desde a utilização de programas de treinamentos resistidos
inadequados com seu nível de condicionamento físico, bem como a utilização de
suplementos sem a devida prescrição e acompanhamento dos profissionais
especializados.
Os suplementos mais utilizados nas academias é a creatina, que vem sendo
testada a vários anos. Essa suplementação aumenta a massa magra corporal total,
melhora as atividades de alta intensidade e curta duração, aumento da velocidade de
recuperação entre as séries e retardo da fadiga muscular.
A creatina é uma substância produzida no fígado e nos rins a partir da arginina,
glicina e da metionina. Cerca de 95% da creatina, é transportada pelo sangue para
ser armazenada nos músculos, no coração e em outras células do organismo e serve
como uma pequena fonte de energia suficiente para vários segundos de ação.

41
Eficiente no transporte rápido no treinamento de força, que requer arranques curtos e
rápidos e atividade, ainda que os músculos absorvam uma quantidade limite, o
excesso não será acumulado nele, doses altas podem causar prejuízos hepáticos e
renais. O uso indiscriminado dessa substancia pode promover hipertensão, câimbras
e estresse renal, entre outros.
Ela pode oferecer risco para indivíduos com função renal prejudicada, mas os
rins sadios são perfeitamente capazes de eliminar o excesso de creatinina (metabólito
proveniente da decomposição da creatina) em uma suplementação apropriada, desde
que a hidratação diária seja eficiente.
Glutamina
Outro suplemento bastante utilizado pelos frequentadores de academia é a
glutamina, um aminoácido livre mais abundante no músculo e plasma sanguíneo,
sendo também encontrada em vários outros tecidos humanos. A suplementação
desse aminoácido antes, durante e após o exercício tem sido estudada com a intenção
de reverter a diminuição das concentrações plasmáticas tecidual, que ocorre durante
o período de treinamento intenso ou após exercício exaustivo e prolongado. Ela é
essencial para o crescimento e diferenciação celular e está envolvida tanto em
funções anabólicas quanto catabólicas em diversos tecidos do corpo, ou seja, nosso
organismo é altamente dependente desse aminoácido, e esta também estimula a
síntese de hormônio do crescimento, além de reduzir a ação catabólica do hormônio
cortisol.

Em todas as células, a glutamina pode ceder átomos de nitrogênio para a


síntese de purinas, pirimidinas e amino açúcares. Resultados de pesquisas
evidenciam a importância da glutamina para um grande número de vias
metabólicas e tais mecanismos, dependentes de glutamina, passaram a ser
denominados como vias glutaminolíticas. O desenvolvimento de novas
técnicas científicas possibilitou a observação de diversos efeitos e
mecanismos moleculares em que a glutamina está envolvida. (CURI 2005,
apud CRUZAT 2009, p. 392).

É um aminoácido não essencial obtido do metabolismo do ácido glutâmico com


função no organismo de transportar amônia dos tecidos para o fígado, para ser
biotransformada em ureia. Também é um potente estimulante do anabolismo proteico
e principal fonte de energia para o sistema imunológico.
Em períodos de restrição calórica, a suplementação com esse aminoácido é
muito interessante, porque pode auxiliar na manutenção da massa magra tanto quanto

42
a L-carnitina, produtos à base de cafeína, garcinia, faseolamina, picolinato de cromo,
chás verde e branco. Estes produtos são prescritos como estimulantes para a
melhoria do desempenho físico durante os programas de treinamento resistido.
As vitaminas e minerais também são encontradas na suplementação de atletas.
Esses micronutrientes desempenham um papel importante na produção de energia,
como síntese da hemoglobina, manutenção da massa óssea, função autoimune e
proteção dos tecidos contra danos oxidativos, estão envolvidas no metabolismo
energético e tem uma importante função durante após a pratica de exercício físicos.
Os sais minerais são essenciais para vários processos orgânicos, tais como:
contração muscular, equilíbrio ácido-básico sanguíneo, condução de impulsos
nervosos, transporte de oxigênio, fosforização oxidativa, ativação enzimática, função
imunológica, ação antioxidante e saúde óssea.
Indicações e Ação Farmacológica: Utilizado como suplemento dietética na prática
esportiva com importante papel na síntese proteica, volume celular e crescimento
muscular, minimiza a imunossupressão provocada pelo exercício físico, regula as
atividades das células cerebrais, podendo ser usada em tratamentos de alterações de
comportamento, epilepsia, esquizofrenia e senilidade, ajuda a preservar a glutamina
endógena, modula a secreção de hormônios como GH, prolactina e ACTH, utilizado
nos tratamentos de artrites, fibroses, alterações gastrointestinais (disbiose), úlceras,
antioxidante e importante cicatrizante e imunoestimulante.
Whey Protein
Dentre os suplementos mais utilizados destaca-se o Whey Protein ou proteína
do soro do leite, muito usado nos pós treino, pois tem uma rápida absorção e digestão
intestinal, o que proporciona elevação da concentração de aminoácidos no plasma,
que por sua vez estimula a síntese proteica nos tecidos e tem grande facilidade de
absorção, geralmente é utilizada pós-treino e proporciona uma reposição rápida de
aminoácidos aos tecidos danificados, iniciando prontamente a reparação muscular.
Esse suplemento evita o catabolismo e impulsiona os níveis de força.
O outro suplemento também muito citado é o BCAAs, compostos por três
aminoácidos: leucina, isoleucina e valina, que são denominados aminoácidos de
cadeia ramificada, devido à sua formação estrutural. Eles são metabolizados no
músculo e não no fígado, compondo aproximadamente 19% em proteínas

43
musculares, fornecendo energia durante o exercício prolongado, e ainda reduzindo as
taxas de degradação proteica endógena durante o exercício.
Na área de suplementação nutricional, a Proteína do Soro do Leite é
interessante por ser bastante concentrada, com alto grau de pureza e que nenhuma
outra apresenta o mesmo desempenho quando o objetivo é a hipertrofia ou a
manutenção da massa magra, evitando o catabolismo. Whey Protein é uma proteína
de excelente qualidade derivada do leite. Seus benefícios estão na capacidade de
suas proteínas formarem géis irreversíveis ao rearranjarem-se em estruturas
reticulares tridimensionais. Com a gelificação, a água é aprisionada nos capilares da
matriz do gel, propiciando adicional retenção de água, além da capacidade obtida por
meio do simples desdobramento da estrutura proteica.
Sua aplicabilidade no esporte é grande, com possíveis efeitos sobre a síntese
proteica muscular esquelética, redução da gordura corporal, assim como na
modulação da adiposidade, e melhora do desempenho físico com efeitos hipotensivo,
antioxidante e hipocolesterolêmico.
Creatina
A Creatina é uma substância endógena que se encontra principalmente no
músculo esquelético dos vertebrados. Ela tem sido empregada no tratamento de
transtornos metabólicos e é utilizada como suplemento dietético. A creatina e a
fosfocreatina têm papéis importantíssimos não só como tampão intracelular, mas
como transportador de energia para a movimentação do fosfato de alta energia em
várias células.
Devido à quebra espontânea e irreversível da creatina e da fosfocreatina em
creatinina, ela precisa ser continuamente reposta através de uma combinação de dieta
e síntese. A taxa de perda da creatina é estimada em aproximadamente 1,7% da
produção total diária do corpo, como a grande parte da creatina e da fosfocreatina do
corpo são encontrados nos músculos, as perdas variam em função do gênero e da
idade de cada pessoa, com eliminação máxima na faixa etária de 18 a 29 anos.

A creatina é um derivado de aminoácidos de uso frequente entre atletas e


praticantes de atividade física, em especial aqueles que praticam
modalidades de alta intensidade e curta duração. O principal objetivo desses
atletas é se beneficiar do efeito ergogênico da creatina, com o possível ganho
de massa muscular e a melhoria no desempenho físico. Em humanos, a
creatina é armazenada principalmente na musculatura esquelética (95%) e,
em menor quantidade, no cérebro, fígado, rins e testículos. (GREENHAFF
1997, apud ZANELLI 2015, p.29).
44
A creatina precisa ser reposta através de dieta ou de síntese, sendo a principal
fonte as carnes e derivados do leite. Indivíduos com hábitos alimentares vegetarianos,
por exemplo, recebem muito pouca creatina em suas dietas e devem, portanto, obtê-
la quase toda por síntese que exige muito do metabolismo de aminoácidos. A
suplementação de creatina é usada como agente ergogênico, principalmente por
atletas envolvidos em exercícios de alta intensidade e de curta duração.
Um dos efeitos mais pronunciados da suplementação é o aumento da massa
muscular, principalmente quando acompanhada a um programa de exercícios.
BCAAs: Aminoácido de Cadeia Ramificada

Fonte: revistashape.com.br

Para os atletas, a massa muscular não aumenta simplesmente graças ao


consumo de alimentos ricos em proteínas. Na verdade, a proteína extra ingerida pode
ser convertida em componentes de outras moléculas, proteína em excesso pode
aumentar o porcentual de gordura, bem como induzir efeitos colaterais, como uma
sobrecarga nas funções hepática e renal, em virtude da eliminação da ureia e de
outros compostos.
A principal contribuição das proteínas dietéticas é fornecer aminoácidos para
os processos anabólicos. São encontrados aminoácidos de cadeia ramificada em
todas as fontes de proteína animal. Não obstante, a suplementação deve ser feita sob
a orientação de um nutricionista, somente este profissional conhece as peculiaridades
de cada produto. Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), são liberados pelo

45
fígado durante a atividade motora; são eles os seguintes aminoácidos essenciais:
valina, leucina e isoleucina.
Processo do BCAA: Com o esforço intenso, os aminoácidos de cadeia
ramificada atingem, sobretudo, a musculatura exercitada, onde são consumidos e
participam da conversão do piruvato em alanina, a qual é encaminhada ao fígado para
nova formação, de piruvato. Com o esforço moderado, os aminoácidos de cadeia
ramificada atingem a mitocôndria da musculatura exercitada, participando da síntese
de glutamina, a qual segue para os tecidos para a formação de glutamato. Enfim,
observa-se que o consumo muscular de aminoácidos de cadeia ramificada visa à
manutenção da funcionalidade do Ciclo de Krebs, e tanto a síntese de alanina quanto
a de glutamina são a forma encontrada para remover da musculatura os grupos
amínicos.
Na verdade, dessa forma, os aminoácidos de cadeia ramificada podem
substituir a glicose nas vias de energia. Contudo, efeitos ergogênicos da sua
suplementação não costumam ser verificados, particularmente quando comparados
com os que ocorrem devido a suplementação de carboidratos, uma escolha mais
natural, quando a intenção é fornecer energia e poupar glicogênio.
Função do BCAA: Muitas funções são atribuídas aos aminoácidos de cadeia
ramificada; dentre elas, é possível destacar aumento da síntese de proteínas
musculares e redução da sua degradação, encurtamento do tempo de recuperação
após o exercício, aumento da resistência muscular, diminuição da fadiga muscular,
fonte de energia durante dieta e preservação do glicogênio muscular. Embora a
maioria das alegações veiculadas não encontre ainda respaldo científico, estudos
sugerem que a queda do desempenho possa estar vinculada à fadiga, a qual pode
ocorrer por hipoglicemia e pelo aumento da serotonina, um neurotransmissor
responsável pelas sensações de sonolência, devido ao aumento de captação do
triptofano, um aminoácido precursor da serotonina. Nesse caso, a suplementação de
aminoácidos de cadeia ramificada é válida, pois eles competem com o triptofano pelo
mesmo sistema transportador.
ZMA
ZMA é uma fórmula de suporte mineral anabólico contendo sulfato de mono-L-
metionina de zinco, uma forma altamente biodisponível de zinco, aspartato de
magnésio e de zinco e vitamina B6. ZMA otimiza a absorção e a disponibilidade de

46
zinco e magnésio, que aumentam a força muscular. Além disso, ZMA aumenta os
níveis de testosterona total e livre, IGF-1 e também aumenta força e potência muscular
em atletas treinados. Ambos, testosterona e IGF-1 são fatores anabólicos
responsáveis por aumentar a função muscular e performance física.
ZMA é o ingrediente de escolha para performance esportiva e processos de
recuperação e regeneração do músculo e foi desenvolvido para otimizar a absorção e
disponibilidade de zinco e magnésio para força, desempenho e recuperação muscular.
E a adição de vitamina B6 à fórmula pode aumentar ainda mais a absorção e utilização
desses minerais.
Propriedades: Devido à eficácia documentada no aumento dos níveis de
testosterona, esse suplemento é utilizado por milhares de atletas em todo mundo
como uma alternativa segura e natural ao uso de pró-hormônios. A falta de magnésio
é comum entre os atletas que praticam musculação devido à grande perda desse
nutriente durante os treinos com pesos.
As reservas de zinco e vitamina B6 são também consumidas durante os
exercícios intensos. O lado bom é que o ZMA pode agir contra essas deficiências e
trazer benefícios reais em termos de performance e de saúde, aumentando os ganhos
musculares e a recuperação física da seguinte forma:
 Aumento da produção de hormônios anabólicos como a testosterona, para
ganhos de força e de massa muscular;
 Melhora do relaxamento muscular durante o sono ajudando no processo de
recuperação do tecido muscular no pós-treino.
 Alívio de câimbras e tensões musculares, insônia e problemas do sono;
 Auxilia no catabolismo, melhora de níveis baixos de testosterona.
O ZMA auxilia na melhora da qualidade do sono, sendo fundamental para
promover a recuperação do tecido muscular e ativar a liberação de hormônio do
crescimento (GH). O corpo libera a quantidade máxima de GH a cada noite por volta
de 90 minutos depois de dormir e, sendo assim, é fundamental que todos esses
importantes minerais e elementos (zinco, magnésio e vitamina B6) estejam
disponíveis para serem usados pelo organismo nessa hora. De outra forma, ocorrerá
a limitação da capacidade de aumentar a liberação de GH, que é o principal elemento
responsável pelos ganhos musculares. Se o indivíduo faz musculação ou pratica outra

47
atividade esportiva, essa combinação de nutrientes é indispensável para atingir seus
objetivos de performance e de ganhos musculares.
Benefícios:
 Elevada absorção e biodisponibilidade de ZMA,
 Aumento da concentração sérica de testosterona em e de IGF-1.
 Força muscular cinco vezes maior.
 Regeneração e recuperação muscular.
 Suporte anabólico.
 Redução da concentração sérica de cortisol.
 Ação antioxidante.
 Modificação na composição corporal com redução de gordura.
Indicações: ZMA é indicado para a nutrição esportiva, especialmente para
aumentar a força muscular nos atletas e também pode ter efeito positivo sobre o
desempenho físico, força e recuperação em idosos. Pode ser usado por homens e
mulheres, sendo recomendado seu com o estômago vazio, de 30 a 60 minutos antes
de deitar para dormir. A recuperação, reparação tecidual e crescimento muscular são
mais elevados durante o sono o que pode ajudar a otimizar esses processos.
O cálcio pode interferir na absorção de zinco e magnésio, portanto, recomenda-
se que não seja formulado com excipientes à base de cálcio, nem tomado com
alimentos ou suplementos que contenham cálcio.

5.2 Multivitamínicos

O consumo de alimentos processados com alta densidade calórica e pobres


em nutrientes essenciais, em substituição ao consumo de alimentos mais nutritivos,
como as frutas e as verduras tem aumentado drasticamente. Em decorrência das
mudanças no estilo de vida e padrão alimentar da população, suplementos vitamínicos
e alimentos enriquecidos tornam-se veículos práticos de vitaminas para a população.
O aumento da expectativa de vida e a preocupação com uma vida saudável
passaram a ser prioridades para uma parcela crescente da população, que está
disposta a investir tempo e recursos a fim de viver mais e melhor. A grande variedade
de usos terapêuticos aliada ao lucrativo mercado desses produtos estimula o aumento
da publicidade e, consequentemente, o seu consumo com finalidades diversas, tais
48
como retardar o envelhecimento, combater o estresse, prevenir doenças e melhorar a
saúde.

Os suplementos vitamínicos têm sido bastante explorados pela indústria


farmacêutica, na qualidade de produtos promotores da saúde. Para as
vitaminas comercializadas sob a forma de medicamentos, são atribuídas
propriedades cuja representação simbólica faz com que os nutrientes
contidos nesses produtos passem a ser vistos como mais eficazes do que
aqueles mesmos elementos disponíveis nos alimentos. (BARROS 1995,
apud MELO 2005, p. 360).

A legislação brasileira segue a tendência mundial no que diz respeito à


preocupação com a qualidade e segurança dos alimentos, cuja finalidade é proteger
a saúde da população e incentivar práticas justas no comércio internacional de
alimentos. Em relação aos suplementos vitamínicos e minerais, cabe defini-los como
fontes de nutrientes na forma concentrada, isolados ou em combinação,
comercializados em cápsulas, comprimidos, pós e soluções, que são formulados para
serem ingeridos em pequenas quantidades, diferindo de alimentos convencionais,
cujo propósito é suplementar a ingestão de vitaminas e minerais na dieta normal.
Diferentemente dos medicamentos, os suplementos não apresentam funções
curativas, sendo, portanto, proibida toda e qualquer expressão que se refira ao uso do
suplemento para prevenir, aliviar, tratar uma enfermidade, ou alterar o estado
fisiológico. Já os medicamentos à base de vitaminas e minerais devem apresentar a
denominação “poli vitamínicos e/ou poli minerais”, porém não se exige que conste no
rótulo a palavra “medicamento”, dificultando a distinção entre suplemento e
medicamento.
Há algum tempo, a importância das vitaminas era atribuída somente às funções
nutritivas e de prevenção de doenças decorrentes de sua deficiência. Recentemente,
diversas pesquisas têm se concentrado no papel que esses micronutrientes
desempenham na manutenção da saúde, especificamente na redução do risco de
desenvolvimento de patologias crônicas, como doenças coronarianas, câncer e
diabetes. Muitas dessas investigações têm como foco os alimentos que contêm
vitaminas C e E, além de betacaroteno, precursor da vitamina A, reconhecidos por
apresentarem atividade antioxidante, exercendo importante função de defesa do
organismo contra os radicais livres. Assim como as vitaminas antioxidantes, a vitamina
D também tem sido alvo de muitas pesquisas nos últimos anos. Embora sua função
de manter o metabolismo do cálcio e de prevenir o raquitismo tenha sido descrita pela
49
primeira vez há cerca de cem anos, estudos atuais têm relacionado a deficiência de
vitamina D com o desenvolvimento de várias doenças, como diabetes tipo II, esclerose
múltipla, doença inflamatória intestinal, Lúpus Eritematoso Sistêmico e artrite
reumatoide.
A deficiência de vitamina D tem aumentado em virtude dos hábitos da vida
moderna e principalmente por causa do tempo limitado de exposição ao sol pela
população, a fim de evitar câncer de pele. Seguindo essa tendência, foram lançados
diversos suplementos à base de vitamina D no mercado, alguns específicos para o
público infantil e outros destinados ao uso adulto. Durante várias décadas, defendeu-
se a utilização de suplementos de cálcio para prevenção e tratamento da osteoporose,
porém estudos recentes demonstram que esse uso pode aumentar o risco de eventos
cardiovasculares, formação de cálculos renais e causar problemas gastrointestinais.
O cálcio com a vitamina D é uma das associações mais comuns de nutrientes
em suplementos, já que esta vitamina age como um hormônio fundamental para a
homeostase do cálcio e para o desenvolvimento saudável do sistema ósseo.
Riscos à saúde
A quantidade de micronutrientes necessária para cada indivíduo depende de
vários fatores, tais como sexo, idade, nível de atividade física, presença de patologias,
entre outros. Em geral, não há necessidade de se fazer suplementação de qualquer
nutriente quando se tem uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Como consta em sua definição, suplementos vitamínicos e minerais são
indicados somente para pessoas que necessitem complementar a dieta caso a
ingestão não seja suficiente, já que a carência de nutrientes pode levar ao
desenvolvimento de doenças. A carência de vitamina A, por exemplo, leva ao
desenvolvimento da cegueira noturna; a falta de vitamina C é responsável pelo
escorbuto; a deficiência de ferro causa a anemia ferropriva.
Finalidade do uso de multivitamínicos
As vitaminas e os minerais são considerados pelos especialistas como
nutrientes muito importantes ao corpo humano, que não é capaz de produzi-los
naturalmente, tendo de ser ingeridos pela alimentação consumida pelo indivíduo ou
através da ingestão de multivitamínicos, que são nutrientes essenciais para as
funções de contração muscular, produção energética, balanço hídrico e
funcionamento cerebral.

50
Portanto, quando há um déficit desses nutrientes no organismo humano,
podem parecer vários sintomas, como por exemplo: Queda do sistema imunológico,
fraqueza muscular e complicações nos tecidos do corpo humano responsáveis pela
conectividade. Dependendo do objetivo que a pessoa quer alcançar com o uso de
multivitamínicos, ela pode ingerir os micronutrientes que são necessários para as suas
necessidades.

A utilização de preparações vitamínicas como suplementos dietéticos ou em


doses terapêuticas pode ser recomendada, ressaltando-se a necessidade da
prescrição médica no uso de doses superiores às necessidades nutricionais,
casos nos quais as vitaminas passam a ter ação farmacológica cujos riscos
devem ser avaliados. (LEÃO 1999, apud MELO 2005, p. 360)

Cuidados no Uso de Multivitamínicos


Os multivitamínicos devem ser ingeridos com cautela e moderação,
principalmente pelas pessoas que possuem algum tipo de problema clínico. No caso
de mulheres gestantes é aconselhável que consultem o médico que faz seu
acompanhamento, antes de fazer uso de qualquer tipo de multivitamínico.
Vale ressaltar que algumas deficiências sérias de vitaminas e minerais
demandam tratamento médico e não devem ser tratadas somente com
multivitamínicos, sob pena de agravar a situação do indivíduo. Alguns multivitamínicos
podem ser tóxicos, se forem ingeridas altas doses de mineras e vitaminas como por
exemplo, vitamina D, vitamina A, vitamina B6, potássio e ferro que se consumidos em
excesso são prejudiciais ao organismo, devendo também atentar para a interação
medicamentosa, que pode ocorrer com o uso em conjunto com outros medicamentos.
Recomendações Contrárias ao Uso de Multivitamínicos
As propriedades benéficas dos multivitamínicos para o organismo humano não
é uma unanimidade entre os profissionais da área de saúde. Alguns especialistas
informam que os micronutrientes importantes para o organismo humano, podem ser
encontrados naturalmente em legumes, frutas e cereais. Além disso, o organismo
produz os radicais livres que são prejudiciais aos tecidos do corpo humano, pois
aceleram o processo de envelhecimento.
Para combater a acúmulo desses radicais e consequentemente retardar o
envelhecimento, a indústria de alimentos passou a produzir os multivitamínicos.
Recomenda-se uma consulta a um profissional especializado, para receber orientação
sobre os reais benefícios desse suplemento.
51
5.3 Ácidos graxos essenciais

Fonte: dicademusculacao.com.br

São compostos que, além de nutrir, apresentam propriedades fisiológicas


específicas. O ser humano, assim como os demais mamíferos, é capaz de sintetizar
certos ácidos graxos saturados e insaturados, porém essa capacidade é limitada
quando se trata de ácidos graxos poli-insaturados, sem os quais nosso organismo não
funciona adequadamente. Por essa razão, estes ácidos graxos são chamados de
“essenciais” e devem ser incluídos na dieta alimentar.
Os ácidos graxos essenciais para a alimentação humana são o ácido linolênico
(ômega-6) e o ácido linoleico (ômega-3). O primeiro está presente em grande
quantidade nos óleos de milho e soja, enquanto o segundo, em vegetais de folhas
verdes, no óleo de linhaça e nos óleos de peixes marinhos. A importância destes
ácidos graxos está na sua capacidade de se transformar em substâncias
biologicamente mais ativas, com funções especiais no equilíbrio homeostático, e em
componente estrutural das membranas celulares e do tecido cerebral e nervoso.

O ômega 3 (ω-3) é um alimento funcional que pode ser encontrado em


animais marinhos (peixes), nas sementes da linhaça ou pode ser sintetizado
por indústrias farmacêuticas. A função do ômega 3 no organismo humano é
reduzir os problemas cardiovasculares como a formação de trombos, evita e
reduz os níveis de colesterol, e auxilia no tratamento de processos
inflamatórios, incluindo a artrite. (VIDAL 2012, apud SILVA 2015, p. 11).

52
Os óleos de muitas espécies de peixes marinhos são ricos em ácido graxo
eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosaexaenoico (DHA), que são as formas longas
e insaturadas ativas da série ômega-3, e que podem ser absorvidas diretamente pelos
ciclos metabólicos dos seres humanos. Estes ácidos graxos são produzidos pelas
algas marinhas, e depois transferidos de forma bastante eficiente, através da cadeia
alimentar, para os peixes. Dentre os peixes, aqueles que contêm maior quantidade de
EPA e DHA são os que habitam águas frias, como salmão, truta e bacalhau. Estes
apresentam, além dos ácidos graxos essenciais, proteína de alta qualidade, ótima
digestibilidade e baixo teor calórico, são, portanto, recomendados para auxiliar na
manutenção da sanidade geral, e também para gestantes e lactentes, pois influem no
desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso da criança. Portanto, é bastante
recomendável, numa orientação dietética, prescrever a ingestão de uma ou duas
porções de peixe por semana.

5.4 Termogênicos

Estas substâncias, são consideradas nutricionais, possuem recursos


ergogênicos cuja composição pode apresentar variados tipos de substratos como
cafeína, catequinas, efedrina, entre outras, que prometem aumentar o desempenho
atlético, elevar a oxidação de gordura e, por conseguinte, melhorar a composição
corporal através da redução da quantidade de gordura.
Recursos ergogênicos são definidos como substâncias produtoras de trabalho
e que, consequentemente, aumentam o desempenho. Supostamente, esse aumento
de trabalho induz a termogênese que é o aumento da produção de calor através da
energia liberada por reações químicas controladas pelo sistema nervoso e que
promovem a liberação de vários hormônios, gerando dessa forma maior dispêndio
energético e maior perda de gordura corporal.
Ação termogênica significa transformar em energia as calorias provenientes da
gordura corporal e da alimentação; metabolismo é a quantidade de energia que o
corpo consome para se manter ativo. A velocidade que o corpo queima calorias é
chamada de "taxa metabólica" que com o aumento da temperatura do corpo
proveniente da ação dos termogênicos será acelerada. O exercício físico exige maior

53
consumo de energia do corpo e aliado com o produto termogênico a queima de
calorias é maior.

A termogênese corresponde à energia na forma de calor gerada ao nível dos


tecidos vivos. A quantidade de calor produzida é diretamente proporcional à
taxa de metabolismo basal, quantidade de calor produzida no estado de
repouso em presença de um ambiente térmico neutro onde nenhuma
transferência de calor ocorre entre o organismo e o meio ambiente. 40-60%
da energia proveniente da hidrólise do trifosfato de adenosina, ATP, é perdido
sob a forma de calor. (MAGALHÃES, 2002 apud CARDOSO 2010, p. 3)

A taxa metabólica de cada um é determinada em grande parte por


características genéticas. Algumas pessoas tem um metabolismo lento, e com isso
tem dificuldade de emagrecer e de se manterem magras. Um metabolismo lento na
verdade leva ao acúmulo de gordura. Outras têm um metabolismo médio e algumas
poucas privilegiadas tem um metabolismo rápido. Mas em qualquer caso é possível
aumentar a sua taxa metabólica.
As substâncias mais usadas para a queima de gordura são chamadas “fat
burners”, elas agem através de uma via de ativação dos receptores beta adrenérgicos.
Essa ativação resulta em lipólise e termogênese, levando ao objetivo procurado.
Farmacologia dos Termogênicos
Os receptores beta-adrenérgicos possuem três subtipos e todos estão ligados
à uma proteína Gs (estimulatória) que, ao ser estimulada, ativa a enzima adenilato-
ciclase, levando ao acúmulo de AMPc, à ativação de proteínas cinases dependentes
de AMPc (PKA) e à alteração da função de diversas proteínas intracelulares em
consequência de sua fosforilação. No coração, a estimulação desses receptores leva
a respostas inotrópicas (força de contração) e cronotrópicas (frequência cardíaca)
positivas. Além disso, a Gs pode aumentar diretamente a ativação dos canais de Ca2+
sensíveis à voltagem da membrana plasmática. Mecanismos que aumentam a queima
e alteram positivamente o metabolismo, desde que haja controle do uso.
Substâncias Termogênicas
Efedrina: A efedrina é uma amina simpatomimética, agonista não específico,
que atua em receptores alfa e beta adrenérgicos, com efeitos sobre o sistema
cardiovascular e SNC, além de levar ao aumento dos níveis séricos de noradrenalina
através de sua liberação das terminações nervosas periféricas para o líquido
extracelular. A efedrina é o principal alcaloide encontrado em plantas do gênero
Ephedra (Ephedraceae), também conhecidas por Ma Huang, as quais podem ser
54
localizadas em zonas subtropicais da Ásia, Europa e Américas. Estão presentes em
diversas especialidades farmacêuticas utilizadas no tratamento de doenças
respiratórias como asma, resfriado e congestão nasal, devido a sua ação
descongestionante e bronco dilatadora e também hipertensora.
No passado, a efedrina era utilizada no tratamento dos ataques de Stokes
Adams com bloqueio cardíaco completo e como estimulante do SNC na narcolepsia
e nos estados depressivos. Além disso, seu uso como bronco dilatador em pacientes
com asma tornou-se muito menos frequente com o desenvolvimento de agonistas
beta2 seletivos. Seu uso em formulações emagrecedoras foi baseado em uma
suposta estimulação específica de receptores β adrenérgicos encontrados
principalmente em adipócitos e no fígado, que quando estimulados, causam aumento
na taxa metabólica e temperatura corporal a nível central, levando à aceleração do
gasto calórico e queima de gordura.
Contudo, sua efetividade na perda de peso ainda é controversa. Ela também
estimula a liberação de noradrenalina, que ativa a enzima adenilato-ciclase,
aumentando os níveis de AMPc. Sendo assim, há ativação da lipase hormônio-
sensível e liberação de ácidos graxos a partir do tecido adiposo.
A toxicidade da efedrina é manifestada por supra estimulação do sistema
adrenérgico e efeitos no sistema cardiovascular, incluindo cefaleia, ansiedade,
insônia, agitação, tonturas, náuseas, vômitos, sudorese, sede, palpitações, fraqueza
muscular e tremores, psicose, e crises convulsivas.
Os suplementos alimentares e compostos emagrecedores contendo efedrina
foram associados a ocorrência de infarto agudo do miocárdio, arritmia cardíaca,
hipertensão grave, hepatite, convulsões e acidente vascular cerebral. Os efeitos
adversos da efedrina incluem hipertensão, por estimular a frequência e débito
cardíaco e aumentar de modo variável a resistência periférica, tem como
consequência o aumento da pressão arterial. A insônia constitui um efeito adverso
comum do SNC, podendo ocorrer também taquifilaxia.
As formulações a base de efedrina não são proibidas, mas tem sua venda
regulamentada pela Portaria 344/1998-Lista D1 de substâncias precursoras. A
legislação brasileira considera a efedrina, assim como seus sais isômeros,
substâncias sujeitas a controle especial. De acordo com a Portaria n° 169 de 2003 do
Ministério da Justiça, as atividades de compra, venda, fabricação, transporte e

55
armazenamento de efedrina, pura ou em misturas, a partir de qualquer quantidade ou
concentração, estão sujeitas a controle pela Polícia Federal, que concede autorização
para comercialização. Contudo, o comércio ilegal destes produtos é frequente devido
à ausência de fiscalização.
Cafeína: A cafeína é um derivado metilado de bases purínicas pertencente ao
grupo das metilxantinas, onde se incluem também a teobromina e a teofilina. Este
alcaloide é estruturalmente identificado como 1,3,7-trimetilxantina. Essa substância
está presente na natureza em mais de 60 espécies vegetais em todo o mundo e pode
ser encontrada nas sementes de café, nas folhas de chá-verde, no cacau, no guaraná,
na erva-mate e na cola.

A cafeína é a droga mais consumida por adultos mundialmente, podendo ser


encontrada em inúmeras comidas e bebidas, como no chocolate, café,
guaraná e outras. A cafeína também está presente em suplementos,
diuréticos e produtos destinados à perda de peso e manutenção do estado
de alerta. Após sua ingestão, a absorção da cafeína no trato intestinal
acontece de forma rápida e completa, atingindo geralmente o pico médio de
concentração plasmática entre 30 a 45 minutos, com uma meia vida
plasmática de aproximadamente 3 a 7 horas. (GRAHAM, 2001, apud AGUIAR
2012, p. 466).

A cafeína possui como mecanismos de ação bem estabelecidos a nível celular:


a mobilização de cálcio pelo retículo sarcoplasmático, a inibição da enzima
fosfodiesterase, a ação na bomba de sódio e potássio e o antagonismo aos receptores
de adenosina, sendo esse último o mais importante, uma vez que é responsável por
diversas respostas no organismo. No SNC a adenosina age como redutor da
frequência cardíaca, da pressão arterial e da temperatura corporal. Esses efeitos
depressores ocorrem porque a adenosina promove a inibição da liberação de
noradrenalina. Antagonizando esses efeitos, a cafeína promove estimulação dos
sistemas envolvidos, aumentando tanto a liberação de noradrenalina como a taxa de
ativação espontânea dos neurônios noradrenérgicos.
Além disso, observa-se a estimulação cardíaca, aumento da pressão arterial
por vasoconstrição cerebral e redução da mobilidade intestinal, produzindo um
clássico estado de estimulação simpática, e também à inibição pré-sináptica da
liberação de dopamina, levando ao aumento de seus níveis quando do consumo
crônico.
Age também no aumento da secreção da enzima lipase, uma lipoproteína que
mobiliza os depósitos de gordura para utilizá-los como fonte de energia em
56
substituição ao glicogênio muscular, tornando o corpo mais resistente à fadiga e
estimula a lipólise induzida por noradrenalina. Outro mecanismo de ação é a inibição
da enzima fosfodiesterase, que é responsável pela degradação do mediador químico
intracelular, denominado adenosina monofosfato cíclico (AMPc), convertendo-o em
adenosina. Dessa forma ela aumenta o tempo de meia-vida do AMPc levando a um
aumento da lipólise.
DMAA: A 1,3-dimetilamilamina (DMAA) é uma amina alifática, estruturalmente
semelhante às anfetaminas, que age estimulando o sistema nervoso central,
possuindo também ação vasoconstritora, bronco dilatadora e hiperpressora. Em 1944
a foi patenteada para uso como descongestionante nasal, em uma época onde outros
descongestionantes, como a anfetamina, estavam sendo usados abusivamente pelas
suas propriedades psicoativas. A partir de 2005 a DMAA passou a ser empregada em
suplementos dietéticos com o objetivo de estimular o emagrecimento e melhorar o
desempenho atlético, porém este pode provocar uma série de efeitos adversos, como
agitação, náuseas, cefaleia e um grande aumento da pressão arterial.
Salicina: É um glicosídeo fenólico com propriedades analgésicas, antipiréticas
e anti-inflamatórias. É extraído da casca do salgueiro branco, casca seca, inteira ou
fragmentada, de ramificações jovens de Salix alba L. e outras espécies do gênero
Salix, S. purpúrea L. e S. fragilis L. A droga vegetal contém no mínimo 1,5% do total
de derivados salicílicos, expresso como salicina, que é usualmente obtida fazendo-se
um extrato aquoso da casca de espécies de Salix.
Depois da ingestão oral, a salicina é hidrolisada no fígado a álcool salicílico, o
qual é oxidado a ácido salicílico, principal produto de biotransformação. O ácido
salicílico é convertido a ácido salicilúrico e ácido gentísico, os quais são excretados
na urina, na forma de glicuronídeos. Apesar de ser amplamente difundido o uso de
salicilatos em formulações emagrecedoras e termogênicas, praticamente não há
respaldo científico que justifique seu emprego em tais formulações. Acredita-se que a
salicina ajude a potencializar o efeito das outras substâncias de forma sinérgica,
prolongando o tempo de ação da efedrina, sinefrina e cafeína, para reforçar a sua
eficácia como agentes de perda de peso.
Literaturas não científicas apresentam a salicina como sendo um ingrediente
de reforço para a termogênese, ajudando a impulsionar o efeito de outros ingredientes
de modo sinérgico e que promoveria aumento do calor corporal, levando a um

57
prolongamento do tempo de ação da efedrina ou de outras substâncias termogênicas
presentes nas associações.
ECA: São combinações de efedrina, cafeína e aspirina com objetivo de perda
ponderal. Uma advertência para aqueles que desejam utilizar esses produtos é que
os seus compostos geralmente causam uma elevação da pressão arterial, portanto,
aqueles que sofrem de hipertensão e problemas cardíacos não devem consumir, ou
então, devem procurar médico ou nutricionista antes do uso. Além dos hipertensos e
cardíacos, a advertência vale para os que sofrem com diabetes. Esses produtos
podem conter quantidades significativas de açúcares em sua forma líquida.
Hipercalóricos: São suplementos usados para completar o aporte calórico de
atletas que possuem alto gasto energético, mas podem ser consumidos por pessoas
que desejam aumentar o peso. Geralmente são ricos em carboidrato e proteína, e
pobres em gordura, auxiliando o ganho de massa magra. Entretanto, o uso torna-se
abusivo por pessoas que substituem refeições importantes como café da manhã e
almoço por esses shakes.
Por fornecer alto valor calórico, o suplemento hipercalórico é indicado para
pessoas com o metabolismo acelerado e dificuldade de ganhar massa magra, além
de esportistas que gastam muitas calorias nos treinos. Em longo prazo, podem
contribuir para o acúmulo de gorduras, uma vez que contêm boa quantidade
de Maltodextrina em sua composição. Por isso, é recomendado que seu consumo
esteja sempre acompanhado de exercícios físico.
Oxido nítrico- No2: É uma das menores e mais simples moléculas já
biossintetizadas, envolvida em inúmeros processos fisiológicos, que vão desde a
neurotransmissão a modulação do estado inflamatório, atuando na agregação,
vasodilatação e quimiotaxia e também tem propriedades bactericidas. É um dos mais
importantes mediadores do processo intra e extracelular, e como possui função
vasodilatadora, atua em situações de sobrecarga muscular, estimulando a transição
entre fibras musculares.
Este é produzido por células endoteliais vasculares e é um importante regulador
da função vascular. Sua produção nos seres humanos ocorre quando L-arginina é
convertida em L-citrulina, em uma reação catalisada pela enzima óxido nítrico sintase.
É produzido pelas células endoteliais que desempenha um papel essencial no
processo de relaxamento do vaso sanguíneo. Em condições fisiopatológicas, o

58
relaxamento vascular ocorre quando os receptores de membrana de células
endoteliais são ativados por estimuladores solúveis ou quando há um aumento no
atrito exercido pelas células que circulam na camada endotelial, levando à ativação
da enzima e-ONS (ON sintase endotelial) presentes nestas células, e consequente
produção de ON.
A e-ONS é estrategicamente ancorada à membrana de células endoteliais, o
que favorece a presença de grandes quantidades de ON perto da camada de músculo
vascular e próximo de células sanguíneas em circulação. O ON produzido na célula
endotelial se difunde rapidamente para dentro das células musculares e para o lúmen
vascular e sua difusão rápida e a facilidade com que esta molécula penetra em outras
células, graças ao seu pequeno tamanho e a sua lipofilia, são cruciais para seu papel
biológico.
O ON media vários fenômenos, como o relaxamento vascular endotélio-
dependente, a adesão e agregação plaquetária, e regulação da pressão arterial basal.
Em vasos sanguíneos, modula o diâmetro e a resistência vascular através de sua
capacidade de relaxar o músculo liso vascular. A administração oral do suplemento
proporciona melhor qualidade do treinamento por três mecanismos inter-relacionados
e interdependentes, desencadeados simultaneamente pela vasodilatação: aumento
da perfusão sanguínea, facilitando o fornecimento de oxigênio e nutrientes para os
tecidos e maior oferta de glicose, com maior substrato de energia para contração
muscular.
A melhora da perfusão do músculo esquelético em si pode contribuir para
melhor qualidade do treinamento de resistência, com aumento de efeitos do
treinamento na massa muscular e no aumento da potência contrátil ao longo do tempo.
As definições de força e potência são muitas vezes contraditórias e confusas.
Por apresentar esta função, é amplamente utilizada para medicina esportiva,
conferindo ao atleta mais fôlego e explosão durante atividade física.
Os aminoácidos: São, basicamente, microestruturas orgânicas utilizadas pelo
organismo. São indispensáveis na construção e manutenção de tecidos. Além disso,
servem para a formação de enzimas, anticorpos, hormônios, fornecimento de energia
e também na regulação de processos metabólicos. A Arginina, embora possa ser
sintetizada endogenamente a partir da Glutamina, do glutamato ou da prolina,
necessita buscar em quantidades adicionais nos alimentos, pois os níveis

59
conseguidos a partir dos três possíveis precursores são insuficientes para as
necessidades diárias. Desempenha papel importante na melhora do tônus muscular,
na síntese do hormônio de crescimento, na cicatrização e no sistema imunológico. Em
crianças é timo estimulante e, além do aumento na produção de linfócitos, melhora
sua atividade.
A arginina é o aminoácido mais importante para a produção do óxido nítrico
endógeno, sendo fundamental para a ereção e sua manutenção; além de ser um
regulador do tônus vascular (vasodilatador). Um dos processos que ocorrem no
metabolismo dos aminoácidos é a transaminação ou amino transferência. Esta reação
é catalisada por enzimas chamadas transaminases ou aminotransferases. Este
processo metabólico consiste na transferência do grupamento amino para o alfa-
cetoglutarato (um cetoácido) formando um outro cetoácido e o aminoácido glutamato.
Para cada aminoácido transaminado forma-se um tipo diferente de cetoácido, porém
sempre o mesmo aminoácido glutamato é formado.
O metabolismo dos aminoácidos sugere que administrando ao paciente ambas
as moléculas a absorção sejam facilitadas, desta forma o paciente sente os efeitos
terapêuticos mais rapidamente do que se ingerisse apenas a L-arginina. Devido às
ações deste aminoácido, e ao fato de ser um metabolismo mais rápido administrando
as duas substâncias junto, a AAKG vem sendo amplamente utilizada na medicina
esportiva, para melhora do desempenho do atleta durante a atividade física. Por se
tratar de um precursor de NO, que é um potente vasodilatador, não só é utilizada pelos
atletas para melhorar sua performance, como acredita-se que também possa
influenciar na ereção masculina.

6 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

É imprescindível ao preceder o ato de suplementação nutricional, seja ela de


qualquer natureza, a consulta profissional para prescrição adequada do tipo ideal para
cada caso especifico. No que tange aos profissionais dever-se buscar para orientação
e prescrição, profissionais endocrinologistas, nutrólogos, nutricionistas que carreguem
no currículo experiências suficientes para prescrição segura e sem riscos à saúde de
forma geral.

60
O consumo de nutrientes deve ser feito com a orientação de uma nutricionista
ou pessoas especializadas para evitar o excesso de nutrientes, e possível
problema de saúde e até mesmo prejudicando o funcionamento dos órgãos.
Agora, quando o assunto se trata do uso de algumas drogas e hormônios de
comprovada ação ergogênica, mas que oferecem riscos para a saúde e são
considerados doping, a situação caracteriza-se não somente como antiética,
mas até mesmo criminosa. Se ficar caracterizado o dolo do profissional
responsável pela prescrição, há necessidade até mesmo de uma ação
punitiva advinda da justiça comum (BIANCO, 2000 apud CORRÊA 2014,
p.36)

O uso indiscriminado de suplementos, principalmente no âmbito das


academias, vem trazendo serias consequências negativas para optantes por essa
pratica. A forma errônea de se administrar um suplemento, doses indevidas e até
mesmo locais errados para aplicação, no caso de injetáveis, pode levar a graves
sequelas, inclusive a óbito.
Quando não se conhece o mecanismo de ação de determinado produto, seus
efeitos colaterais, doses indicadas, ou em casos de suplementos novos no mercado,
a chance de se ter um efeito indesejado aumenta muito. Pode-se constatar a pratica
ilegal de administração em variadas capitais brasileiras, onde o fluxo de pessoas nas
academias e clinicas estéticas é gigante, deparando-se com clientes cada vez mais
exigentes e dispostos a pagar pela ‘‘perfeição’’, a pratica indevida de suplementação.
Produtos importados e novos no mercado prometem mudanças radicais no
estilo de vida e na estética corporal, atraindo cada vez mais adeptos ao uso
indiscriminado.
Diante da necessidade de suplementação, um profissional deve ser consultado
para que se tenha segurança e certeza no procedimento. Mediante avaliação
minuciosa, a melhor forma de suplementação será prescrita oferecendo maior
segurança e satisfação para alcançar a saúde perfeita.

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7 SUPLEMENTOS PERIGOSOS PARA A SAÚDE

Fonte:gazetadopovo.com.br

Vendidos como suplementos para serem tomados antes da atividade física


intensa, principalmente musculação eles prometem aumentar a energia, acabar com
o cansaço e melhorar o rendimento, tornando mais fácil o ganho de músculos. Entre
esses suplementos que oferecem riscos, destaca-se o trio Jack3d, 1MR e oxylin pro.
Eles prometem grande mudança, porém omitem o mais importante: Afetam o sistema
nervoso e causam danos graves à saúde, em pouco tempo, além de serem proibidos
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apesar de adquiridos via
internet ou de pessoas que viajam ao exterior.
Esse comércio ilegal, clandestino, só traz malefícios, como infarto, doenças
gástricas e dependência química. Um risco desnecessário, alertam médicos e
profissionais de educação física, visto que uma dieta balanceada pode oferecer
qualidade de vida e um corpo saudável sem exageros.
Os suplementos proibidos são, na verdade, drogas estimulantes, contém
teofilina ou dimetilxantina, princípios ativos controlados, receitados contra males como
asma e outras doenças respiratórias, que além de dilatar os brônquios, deixa o usuário
agitado e agressivo, eleva a pressão e o ritmo cardíaco; especialmente para quem
sofre de arritmias. E ainda causa tonteira, náusea, insônia e diarreia.

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8 CONSIDERAÇÕES

O ambiente das academias favorece a disseminação de padrões estéticos


muitas vezes irreais e estereotipados, levando muitos frequentadores a desenvolver
hábitos alimentares inadequados e recorrer à utilização de suplementos alimentares.
A população demonstra moderado a pouco conhecimento quanto a conceitos básicos
na área de nutrição e dificuldade em relacionar o alimento com sua fonte. Ressalta-se
a necessidade de orientação nutricional, auxiliando o esclarecimento de dúvidas,
visando melhorar o desempenho desportivo com os benefícios de uma alimentação
adequada.
Ciente de que o consumo de suplementos é elevado, maiores estudos devem
ser realizados para que se possa ter orientações adequadas sobre os efeitos e
dosagens e evitar problemas de saúde futuros, além de conscientização constante
acerca do uso de tais produtos.

63
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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