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Educação Continuada

Apostila de Estudo

Curso EaD
NUTRIÇÃO AVANÇADA
NO COMBATE À CELULITE
Professora: Aline Petter Schneider
Etiopatogenia e Mecanismos
Fisiológicos da Celulite
Celulite é um termo utilizado para descrever
uma afecção de aparência ondulada e
irregular na pele, com aspectos de casca
de laranja, encontrada principalmente nas
regiões das nádegas e coxas, sendo mais
comuns em mulheres.

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Muitos são os termos utilizados para definir estas alterações do
tecido subcutâneo, na tentativa de adequar as alterações
histomorfológicas, sendo eles: Lipodistrofia, Lipoedema, Fibroedema
Geloide, Hidrolipodistrofia, Hirolipodistrofia Ginoide, Paniculopatia
edemato fibro esclerótica, Paniculose, Lipoesclerose Nodular,
Lipodistrofia Ginoide. Trata-se de uma afecção cuja a
nomenclatura teve origem há 150 anos na literatura médica
francesa. Não existe nenhuma morbimortalidade associada a esta
disfunção, estando ela associada a condições estéticas mais
importantes entre mulheres.

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A obesidade não se trata de uma condição necessária para o
surgimento da celulite, apesar de ser encontrada em qualquer
área em que há acúmulo de tecido adiposo. Logo, a celulite não
pode ser confundida com obesidade, onde ocorre apenas
hipertrofia e hiperplasia de adipócitos.

Apesar de ser uma afecção de etiologia desconhecida, muitos


fatores podem contribuir com o seu surgimento, incluindo fatores
hormonais, circulatórios e inflamatórios. É caracterizada como uma
distrofia que envolve o metabolismo hídrico, tendo como
consequência uma saturação do tecido conjuntivo. As três
principais hipóteses etiológicas baseiam-se em: alterações
anatômicas e hormonais, microcirculação e processo inflamatório
crônico.

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1 Alterações anatômicas e hormonais

Esta hipótese etiológica baseia-se nas diferenças entre homens e


mulheres em relação às características estruturais dos lóbulos de
gordura subcutânea e dos septos de tecido conjuntivo que os
separam. Mulheres possuem bandas fasciais verticais e homens
horizontais.

O aparecimento da celulite, caracterizada pela aparência


ondulada e irregular da pele, é causado pela protrusão de gordura
na interface dermo-hipodérmica. Essa alteração ocorre
especificamente nas mulheres, devido ao alongamento de bandas
fasciais verticais determinadas geneticamente.

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O alongamento, por sua vez, debilita e afina a base do tecido
conjuntivo dérmico, permite a protrusão da gordura na interface
dermohipodérmica, causando a aparência de pele ondulada e
irregular. Essas herniações da gordura na derme são características
da anatomia feminina.

O subcutâneo nos homens, por outro lado, é caracterizado por


bandas fasciais horizontais e diagonais formadoras de estrutura que
impede a herniação da gordura. Uma vez que a celulite está
presente em grande parte das mulheres pós-púberes e raramente
é encontrada em homens sem deficiência androgênica, é
altamente provável que os hormônios femininos desempenhem
papel fundamental em sua etiopatogenia.
Embora existam várias suposições para explicar o aparecimento da
celulite, a melhor delas aponta as diferenças hormonais como
responsáveis pelas variações estruturais na arquitetura da gordura
subcutânea das mulheres, ou seja, trata-se de alteração
fundamentalmente anatômica.

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2 Microcirculação

Outra hipótese atribui à celulite alteração na microcirculação,


envolvendo compressão dos sistemas venoso e linfático. Esta
alteração circulatória está relacionada com a obesidade, uma vez
que, durante a fase inicial de desenvolvimento de celulite, os
adipócitos estiveram associados ao edema e à dilatação dos vasos
linfáticos.

Segundo essa teoria, o processo se originaria com a deterioração da


vascularização cutânea, particularmente em resposta às alterações
do esfíncter pré-capilar arteriolar em áreas afetadas juntamente com
a deposição de glicosaminoglicanos hiperpolimerizados na parede
de capilares dérmicos e entre o colágeno e as fibras elásticas.

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O aumento da pressão capilar levaria ao aumento da
permeabilidade dos capilares venulares e à retenção de excesso
do líquido na derme, entre os adipócitos e entre os septos
interlobulares, provocando mudanças celulares e hipóxia
tecidual.

O aumento da resistência lipolítica


resultante da hipóxia e o aumento
da lipogênese, causada pela ação
do estrógeno, prolactina e dietas
rica em carboidratos levariam à
hipertrofia dos adipócitos.

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Os adipócitos alargados, juntamente com a hipertrofia e
hiperplasia das fibras reticulares periadipócitos, formariam
micronódulos cercados por fragmentos de proteínas que,
posteriormente, causariam esclerose dos septos fibrosos,
levando ao aparecimento da celulite. O efeito geral desse
processo fisiopatológico seria a redução do fluxo sanguíneo e
da drenagem linfática das áreas afetadas. Em função dessa
teoria, muitas terapias popularizaram-se tentando corrigir a
circulação tecidual e a drenagem ineficientes, com o objetivo
de melhorar a aparência da pele ondulada e irregular

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3 Processo inflamatório crônico

Algumas evidências científicas conseguiram


demonstrar e justificar esta hipótese etiológica
pelo aspecto difuso do processo inflamatório
celular crônico, com macrófagos e linfócitos,
nos septos fibrosos, a partir de biopsias de
pele. Essas evidências mostraram que os
septos seriam os responsáveis pela inflamação
leve que resultaria em lise dos adipócitos e
atrofia cutânea.

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Principais Fatores de Risco

• Fatores genéticos
• Emocionais, • Obesidade,
• Metabólicos e hormonais, • Tabagismo,
• Idade, • Sedentarismo,
• Sexo, • Roupas apertadas
• Hipertensão arterial, • Má alimentação.
Avaliação em Celulite
A celulite tem sido classificada conforme o proposto por Nürenberger e
Müller em 1978. Essa classificação baseou-se em metodologia simples, ou
seja, em graus variados conforme a apresentação clínica:
 Grau 0: sem alterações da superfície cutânea.

 Grau I: a superfície da área afetada é plana quando o indivíduo está deitado ou


em pé, mas as alterações podem ser vistas quando se pinça a área com os dedos
ou sob contração da musculatura local;

 Grau II: aspecto em pele de laranja ou acolchoado é evidente quando o indivíduo


está em pé sem nenhuma manipulação (pinçamento ou contração muscular);

 Grau III: as alterações descritas em II estão presentes e associadas a sobrelevações


e nodulações.

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Avaliação Atual
Devido a grande dependência da subjetividade e do avaliador,
uma nova metodologia foi proposta e publicada por Hexsel
(2009), objetivando tornar a classificação da celulite mais
objetiva através de escalas fotonuméricas. O autor desenhou
uma escala mais complexa composta de cinco variáveis cuja
soma final da pontuação proposta classifica o indivíduo em uma
das 3 seguintes categorias de gravidade: leve (1-5 pontos),
moderada (6-10 pontos) e grave (11-15 pontos).
As cinco variáveis analisadas seriam:

A- número de depressões evidentes;


B- profundidade das depressões visíveis;
C- aparência morfológica das alterações de superfície da pele;
D- grau de flacidez ou frouxidão cutânea;
E- classificação de escala de Nürenberger e Müller.

Para cada uma dessas variáveis seria possível atribuir pontos de 0 a 3.

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Identificação da Celulite
Os métodos diagnósticos para celulite são diversos, desde
simples e baratos, como mensurações antropométricas, até
caros e complexos, como ressonância nuclear magnética.

1 Macrofotografia:
Método simples que envolve os custos de material fotográfico e
profissional treinado para obter as fotos, além do material necessário à
padronização das fotos, como iluminação, posição reprodutível do
paciente para futuras fotos comparativas, fundo e câmera
equidistantes do foco em todas fotos. Entretanto é método limitado
por avaliar apenas o aspecto clínico visível das alterações da celulite,
por ser dependente de profissional habilitado para padronização das
fotos e idealmente dever ser usado com outros métodos.

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2 Medidas antropométricas:

Constituem método objetivo no qual as medidas de peso, altura,


circunferências e pregas cutâneas indicam obesidade e distribuição de
gordura corporal; no entanto, representam medida indireta de celulite,
apresentando falhas uma vez que nem todos os indivíduos com alterações
nesses parâmetros apresentam celulite e tampouco a melhora dos
parâmetros por perda ponderal e de medidas significa melhora da celulite.

3 Bioimpedanciometria:

Método que tenta ser mais preciso do que as medidas antropométricas pois
permite acessar os tecidos através de corrente elétrica alternada
percorrendo o corpo por meio de eletrodos posicionados nos membros
superiores e inferiores, e quantificar porcentagens das massas magra e gorda
e de água total corporal; apresenta, no entanto, as vulnerabilidades do
método anterior quanto à análise da celulite em si, além de ambos os
métodos não poderem avaliar a microcirculação do tecido adiposo.

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4 Ecografia bidimensional:
Varia em frequências de 7,5 a 40MHz; é método capaz de analisar a
morfologia do tecido subcutâneo e, portanto, do tecido alterado
pela celulite, podendo avaliar nodulações, irregularidades, espessura,
profundidade, edema e até limites da derme; é método não invasivo
e pode avaliar a microcirculação do tecido, no entanto, depende de
equipamento adequado e equipe treinada.

5 Termografia por anodo:


Pode mapear termicamente o tecido alterado pela celulite e até
graduar essa alteração; é método não invasivo em que, no entanto, a
umidade e temperatura da sala de exame, bem como alterações
inerentes ao pacientes como exposição solar, febre, ciclo menstrual,
tabagismo devem ser levados em consideração, pois podem alterar o
resultado do exame.

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6 Tomografia computadorizada :

É método pouco acurado na avaliação do


tecido adiposo e por isso pouco utilizado.

7 Ressonância nuclear magnética:

Melhorada por novas técnicas e equipamentos


mais modernos que possibilitam detalhamento
cada vez maior das imagens de tecidos, permite
análises estruturais do tecido adiposo e sua
arquitetura, mas não avalia a microcirculação.

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8 Fluxometria de Doopler por Laser:

Para avaliar a microcirculação tecidual;


aplica-se um Laser de 632nm e, através de
cálculos de reflexão da radiação desse Laser
pelos tecidos e hemácias, pode-se quantificá-
la.

9 Biópsia de pele seguida de exame histopatológico:

Acessa direta e invasivamente o tecido subcutâneo normal ou


alterado e analisa sua microestrutura.

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Tratamento
Várias formas de tratamento são sugeridas na literatura, e
consequências perceptíveis na redução da gravidade,
frequentemente, levam à flacidez da pele. É impossível estabelecer
o tratamento correto, sem ter um entendimento fisiológico da
doença. Qualquer tratamento deve se basear na tentativa de
reproduzir a fisiologia do organismo.

Por se tratar de um distúrbio estético de etiologia multifatorial, vários


são os tratamentos propostos para a celulite, envolvendo uma
equipe multidisciplinar, onde os bons resultados são obtidos
quando os procedimentos e recursos são perfeitamente integrados

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Tratamentos não invasivos sem substâncias biologicamente ativas

1 Massagem/Endermologia:
ex. a drenagem linfática. Essas massagens podem ser realizadas
manualmente ou por dispositivos desenvolvidos para, em tese,
obter maior rapidez e consistência, método denominado
endermologia.

1Fonte: http://corpoeestetica.com/endermologia-aprenda-aqui-como-funciona-esse-tratamento-estetico/ 22
2 Dispositivos baseados em luzes:
Nessa categoria encontram-se a luz intensa pulsada (LIP) e o
Laser. O princípio do uso da LIP seria o estímulo à formação de
colágeno novo, tornando a derme mais espessa e, portanto,
mais semelhante à masculina, que é menos susceptível à
celulite.

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Tratamentos não invasivos com substâncias biologicamente ativas

São pouquíssimos os produtos tópicos


disponíveis no mercado para o
tratamento da celulite que dispõem de
estudos bem desenhados, controlados,
com eficácia e segurança comprovadas.
Os que apresentam melhores resultados,
ainda que discretos, são os retinoides e
as metilxantinas.

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Tratamentos invasivos com substâncias biologicamente ativas

Uso de produtos injetáveis, cuja técnica é denominada mesoterapia; os


métodos são muito variáveis, assim como a gama de produtos injetados,
e nenhum deles teve comprovada sua eficácia no tratamento da
celulite.

Uma questão relevante é o fato de serem utilizados produtos


manipulados com riscos de contaminação e efeitos colaterais sistêmicos
pelo uso, por exemplo, de hormônios tireoidianos.

Ainda entre as técnicas que envolvem injeções de substâncias


teoricamente ativas, há poucos relatos do uso do gás carbônico. Essa
técnica, chamada de carboxiterapia, até o momento, porém, não há
evidências que reforcem sua eficácia e segurança

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Tratamentos invasivos sem substâncias biologicamente ativas

A Subcisão é a técnica cirúrgica invasiva


em que, com uma agulha introduzida no
tecido subcutâneo, faz-se movimentos
paralelos à superfície cutânea
objetivando romper as traves de tecido
fibroso que têm papel relevante na
etiopatogenia da celulite. Embora seja
técnica bem aceita mesmo sem estudos
clínicos controlados, há a possibilidade
de recidiva e efeitos adversos, como
eritema persistente e hiperpigmentação.

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Lipoaspiração é técnica cirúrgica padrão-ouro para diminuição do
tecido adiposo, mas não tem demonstrado resultados tão
satisfatórios no tratamento da celulite, pois pode ser ineficaz, e
recidivas ou até pioras no quadro clínico podem ocorrer.

Outras opções como a lipoescultura ultrassônica podem ser mais


bem-sucedidas na tentativa de tratamento da celulite, mas existem
poucos estudos sobre essa aplicação.

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Manejo Nutricional
A celulite é considerada uma condição complexa. Tratamentos com
o objetivo de emagrecimento podem ter efeitos positivos ou negativos
sobre esta condição. E que, apesar das várias recomendações
existentes, ainda há muita controvérsia a respeito da melhor
composição dietética para auxiliar no tratamento da celulite.

Embora, na prática clínica exista uma relação importante da celulite


com o sobrepeso e erros alimentares, pacientes eutróficas também
podem apresentar celulite em função do depósito aumentado de
gordura em determinadas regiões do corpo. Em função da escassez
de estudos científicos relacionando a melhora do aspecto da celulite
com fatores dietéticos, as orientações são baseadas em suposições
fisiopatológicas.

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Dieta Hiperglicídica

 A glicose plasmática quando em alta concentração,


tratando-se de dieta hiperglicídica, estimula a
lipogênese, por agir no processo de liberação de
insulina, e este hormônio é, provavelmente, o mais
importante fator hormonal que afeta a lipogênese, por
ativar enzimas glicolíticas e lipogênicas.

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 A fundamentação teórica da redução na ingestão de
carboidratos, é que, em resposta a uma diminuição de glicose
sanguínea, juntamente com alterações nas concentrações de
insulina e glucagon, o metabolismo irá promover a oxidação de
ácidos graxos e, consequentemente, redução do seu
armazenamento, tendo em vista mobilização no tecido
subcutâneo.

 Carboidratos complexos ou a inserção de fibras alimentares aos


carboidratos no planejamento dietético.

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Fibras dietéticas
Atuam na prevenção de doenças intestinais, em específico da
constipação, causa resistência nos vasos sanguíneos e aumento da
permeabilidade vascular. Além disso, contribuem na prevenção e
são coadjuvantes no tratamento do excesso de peso ou
obesidade, redução dos níveis de colesterol sérico e glicemia pós-
prandial, contribuindo no controle de cardiopatias.

Gorduras
O excesso da ingestão de alimentos fontes de lipídeos, é
armazenado na forma de triglicerídeos no tecido adiposo,
aumentando assim, o depósito no tecido subcutâneo, relacionado
à etiopatogenia da lipodistrofia ginóide.

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Bebidas Gaseificadas
 O gás das bebidas, o gás carbônico – CO2, transforma-se,
quando dissolvido na água, em ácido carbônico.

 O excesso desta substância na derme e hipoderme provoca a


acidificação dos tecidos, cujo pH é, em geral, levemente
alcalino.

 A alteração do pH provoca o endurecimento das fibras


protéicas (colágeno e elastina), que perdem sua capacidade
de reter líquido, com diminuição da elasticidade da pele e do
tecido adiposo, além de induzir alterações de permeabilidade
e resistência dos capilares sanguíneos. A recomendação seria
a ingestão mínima de bebidas gaseificadas.

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Estilo de Vida
Há relatos na literatura que uma dieta rica em gorduras e carboidratos ou
mesmo o baixo consumo hídrico e excessivo consumo de sal agravam o
quadro microcirculatório com aumento da resistência capilar.

Açúcares refinados, alimentos gordurosos, chocolate e refrigerantes são


alimentos que agravam o quadro metabólico. Recomenda-se ingestão
hídrica em torno de 2 litros por dia.

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Como a indústria de suplementos, a indústria alimentar tem uma
extensa pesquisa de programas de investigação sobre as derivações
lipídicas, chá verde, cafeína, capsaicina e cálcio no controle de peso.

Estas abordagens também podem ser úteis para o tratamento da


celulite. É muito possível, contudo, que as sinergias entre o tratamento
oral e uso tópicos pode ser a melhor intervenção a melhorar os sinais e
sintomas da celulite.

Conforme Hexsel et al., no tratamento da lipodistrofia ginoide, os


extratos botânicos, administrados tanto via oral quanto tópico, devem
ter a funcionalidade na ativação circulatória, drenagem linfática,
bem como na ativação da lipólise.

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Sugestões de compostos bioativos,
fitoterápicos e suplementos
Princípios ativos vasoprotetores
Envolvem substâncias que melhoram o quadro geral circulatório e
linfático. Como exemplos de princípios ativos citam-se:

• Extratos vegetais ricos em flavonoides (pela sua atividade


antioxidante);

• Leucoantocianidinas: antirradicais livres e vasoprotetores


pertencentes à classe dos flavonoides;

• Saponinas.

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Princípios ativos anti-inflamatórios
Atuam na inibição da síntese de prostaglandinas,
leucotrienos, mediadores inflamatórios e inibem a
liberação de histamina. Como exemplos de princípios
ativos citam-se:

• Extratos vegetais: castanha da Índia, alcaçuz e


camomila;

• Ácido glicirrízico e abisabolol;

• Enzimas: mucopolissacaridase.

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Estimuladores da microcirculação periférica

Agem em nível de tecido conjuntivo, regulando a estruturação das


formas fibrilares conectivas. Como exemplos, temos:

• Extratos vegetais estimulantes como: arnica e urtiga;

• Ésteres nicotínicos: nicotinato de metila.

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Substâncias de ação lipolítica

Podem atuar inibindo a fosfodiesterase ou reduzindo o tamanho do


adipócito. Ao estimular a lipólise, ocorre seu esvaziamento,
melhorando a aparência e a suavidade da superfície da pele. Como
exemplos, temos:

• Bases xantínicas, como cafeína, teofilina e teobromina e o retinol


aumentam o AMP cíclico (AMPc), ocorre o estímulo à enzima
proteinaquinase, que converterá a enzima triacilglicerollipase em sua
forma ativa. A lipase ativada promove a hidrólise dos triacilgliceróis;

• Silícios e iodos orgânicos;

• L-carnitina (transportador de ácidos graxos).

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Outros componentes importantes no tratamento da celulite

• Frutas vermelhas
• Vegetais verde escuros
• Cálcio
• Vitamina C, E
• Magnésio
• Quercetina/Rutina/Hesperidina
• Chá verde/Hibiscus
• Equilíbrio sódio e potássio
• Ingestão hídrica

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Cafeína
Xantinas, como a cafeína, são
usadas em cosméticos anticelulite
devido à sua atividade lipolítica em
células de gordura. As emulsões de
cafeína em uso tópico apresentam
resultados significantes na redução
do número de adipócitos, bem
como diminuição do diâmetro,
sendo a mais indicada com ação
lipolítica, no complemento do
tratamento da celulite.

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Ginkgo Biloba
Usado no tratamento da celulite,
devido aos seus inúmeros efeitos na
circulação periférica, com atuação
na redução da viscosidade do
sangue, por inibirem o fator ativador
de plaquetas. Diminui a
permeabilidade vascular e melhora
o tônus da parede vascular. Todas
essas ações produzem melhora
significativa na microcirculação24.
Além disso, possui flavonoides,
potentes antioxidantes e anti-
inflamatórios.
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Castanha da Índia
Apresenta propriedades anti-
inflamatórias e antiedema. O ativo
escina tem a capacidade de
reduzir as atividades lisossômicas em
até 30% quando em
dermocosméticos, provavelmente
pela estabilização do teor de
colesterol das membranas de
lisossomos, reduzindo assim a
liberação de enzimas e
permeabilidade capilar.

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Centella Asiática
Anti-inflamatório utilizado via oral ou mesoterapia.

Uvas Vermelhas
Ricas em taninos, antioxidantes, que diminuem a
peroxidação lipídica. Contêm prociandinas, que
aumentam a permeabilidade linfática e microvascular.

Mamão e Abacaxi
As frutas e as folhas dessas plantas têm propriedades
antiinflamatórias e efeitos antiedema, por conterem
enzimas proteolíticas, a papaína e a bromelina,
respectivamente.
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Destaca-se que todos ativos mencionados apresentam
significância estatística em relação ao uso de fórmulas tópicas,
os estudos em uso oral para melhora do aspecto da celulite
ainda são limitados. Além destes, muitos extratos botânicos são
usados em produtos de emagrecimento, como o chá verde,
limão, funcho, algas e cevada. Alguns são relatados melhorar a
microcirculação periférica e facilitar a drenagem linfática.

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Educação Continuada

Obrigada!
Curso EaD
NUTRIÇÃO AVANÇADA
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