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COLÉGIO TABLEAU

LÍVIA COPPI DA SILVA

PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS PARA

CÃES, GATOS, EQUINOS E BOVINOS

GUARATINGUETÁ - SP

2021
INTRODUÇÃO

As plantas tóxicas apresentam substâncias que modificam a fisiologia do


organismo perante sua incompatibilidade vital, levando a reações
biológicas diversas. Uma planta é vista como tóxica quando é capaz de
causar uma determinada doença no animal ou até mesmo sua morte
quando consumida em circunstâncias naturais, causando prejuízos aos
produtores.

Os casos de intoxicação geralmente ocorrem em animais jovens, por


conta da curiosidade e troca de dentição, tendendo a morder folhas,
flores ou caule. Entretanto, o estresse, mudança de ambiente, alteração
na rotina, além de privação de alimentos possibilitam a busca pelas
plantas como forma de distração e alimentação.

O propósito deste trabalho é apresentar as principais espécies de plantas


tóxicas para os animais e seus sinais clínicos.
PLANTAS TÓXICAS

Plantas ornamentais possuem destaque nas intoxicações em pequenos


animais. Cães e gatos podem ter acesso às plantas tóxicas em seu
ambiente, como jardins ou interior das casas, por conta de o proprietário
desconhecer o caráter tóxico de suas plantas para o animal.

Uma das principais vias de intoxicação nos animais é a via oral, porém,
em algumas situações apenas o contato físico já é o suficiente. Além
disso, ao longo dos anos as intoxicações por plantas têm causado
prejuízos significativos para os criadores de gado de várias regiões do
Brasil, afetando de forma direta o setor pecuário do país. O interesse pelo
estudo das plantas tóxicas cresce a cada vez mais no Brasil e no mundo,
visto que as plantas são a base da alimentação dos bovinos e equinos, e
estes na sua maioria são criados de forma extensiva.

A seguir será apresentado uma lista das principais plantas que são tóxicas
para cães, gatos, equinos e bovinos.

Cartucheira (Brugmansia suaveolens L.)

Contém alcaloide tropânico (beladonado), e seus princípios ativos


tóxiocos são representados pela atropina e pela escopolamina, que
estão presentes nas flores, folhas e, em maior concentração, nas
sementes. Grande parte das intoxicações pela cartucheira acontecem
com os felinos, pelo hábito que esses animais têm de beber água dos
pratos que são colocados embaixo do vaso de planta, e também por
brincarem com as folhas e flores.
Os principais sinais clínicos que ela apresenta são os neurotóxicos (por
conta dos alcaloides que são capazes de causar alucinações),
cardíacos (taquicardia, hipertensão), digestivos (náusea, vômito)
podendo causar também distúrbios respiratórios, hipertermia, secura de
pele e mucosas.

Fonte: Pinterest

Chumbinho (Lantana camara L.)

Os princípios tóxicos do camará são os triterpenos (lantadeno A e


lantadeno B), que têm ação direta no fígado, na área periportal e nos
canalículos biliares, e lesão grave do parênquima hepático com
obliteração dos ductos biliares.

As folhas e os frutos, quando verdes, são tóxicos. Os frutos maduros não


apresentam toxicidade e são consumidos por diversos animais.

Geralmente os surtos de intoxicação por “chumbinho” em bovinos


ocorrem em condições especiais como, por exemplo, quando o gado
faminto é transferido para uma área infestada com essa planta.
Os sintomas iniciais são anorexia e diminuição ou parada dos movimentos
do rúmen, os animais apresentam manifestações de fotossensibilzação,
inquietação, icterícia, urina de cor amarelo escura e até marrom, fezes
ressecadas e em pequena quantidade ou fezes moles e com sangue.
Animais que sobrevivem aos sintomas iniciais, procede para a segunda
fase, caracterizada pelo aparecimento de fendas cutâneas com
desprendimento de pedaços de pele, formação de feridas abertas e
com mau cheiro.

Fonte: mapio.net

Mamona (Ricinus communis)

Principais sinais clínicos: Gastroenterite, alterações neurológicas.

A mamona tem como principal ativo tóxico a toxoalbumina, a qual pode


ser encontrada principalmente nas sementes e também nas folhas junto
do alcaloide ricinina.

A ingestão das folhas tende a causar efeitos neurotóxicos (torpor,


convulsão, edema cerebral, coma), já a ingestão das sementes causa
sinais digestivos (náuseas, vômito, diarreia muco sanguinolenta,
gastroenterite hemorrágica, dor abdominal), visto que elas são matéria-
prima do óleo de rícino, o qual possui ação laxativa e pode causar ainda,
hemoaglutinação e hipertermia.

Fonte: meucantinhoverde.com

Espada-de-São-Jorge (Sanseviera trifasciata)

Principais sinais clínicos: estomatite e glossite

Nessas plantas, predominam os cristais de oxalato de cálcio, os quais são


classificados em solúveis ou insolúveis e o grau de toxicidade varia de
acordo com o tipo e quantidade presente.

O primeiro, tende a provocar injúria renal e hipocalcemia, já o segundo


causa um efeito local, em especial no trato gastrointestinal, visto que os
íons cálcio impedem a formação do ácido oxálico presente no trato
alimentar, e em seguida origina os cristais insolúveis de oxalato.
São encontrados principalmente nas folhas, e ao animal mastigá-las,
ocorre a liberação de histamina pelos mastócitos.

Fonte: odairplantas.com.br e pinterest

Copo-de-leite (Zantendeschia aethiopica)

Todas as partes dessa planta são consideradas tóxicas, ela possui cristais
de oxalato de cálcio, e quando ingerida por animais, pode causar
irritação das mucosas, dor severa, edema de glote, aumento da
salivação e dificuldade de deglutição.

Fonte: jardineiro.net
Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta)

Principais sinais clínicos: estomatite e glossite

Os acidentes envolvendo a comigo-ninguém-pode costumam atingir


principalmente os cães, é uma planta de fácil acesso e resistente (no que
se refere a aspectos ambientais), o que contribui para tal situação.

Essa planta contém cristais de oxalato de cálcio, e os sinais clínicos que


predominam são digestivos (náusea, vómito, diarreia, estomatite,
gastroenterite, salivação, pitalismo), nefrotóxicos (anúria, uremia,
distúrbios hidroelerolíticos), e também os de caráter local como irritação
da mucosa oral, glossite, dor, dermatite, entre outros.

Fonte: terra.com.br

Palma-de-Ramos (Cycas revoluta Thunb.)

Rica em glicosídeo e BMAA (ácido alfa-amino-beta-


etilaminopropionico), que são encontrados nas folhagens, raiz e
sementes dessa planta e tendem a causar sinais digestivos (vômito,
diarreia, dor abdominal e polidipsia se ingerir as sementes), neurotóxicos
(tremores, ataxia, convulsão e coma), hepatotóxicos (elevação das
transaminases), alterações na bioquímica sanguínea, entre outros.

Fonte: floresefolhagens.com.br

Cinamomo (Melia azedarach)

O cinamomo é composto por triterpenos (meliatoxinas A1, A2, B1) que


são encontrados principalmente nos frutos, os quais são responsáveis
pela maioria dos casos de intoxicação. Afeta o sistema gastrointestinal e
nervoso central provocando náuseas, vômito, dor abdominal, diarreia,
salivação, podendo causar também miose, euforia, depressão, ataxia,
tremores, convulsão e coma. Em alguns casos pode ocorrer dispneia ou
dificuldade respiratória.

Fonte: eoatelier.blogspot.com e viveiroimperium.com.br


Prímula (Primula abconica)

A prímula é uma das principais flores que contém saponina e quinona


(ativos tóxicos), as quais podem ser encontradas nas folhas, caules e
flores. Os acidentes ocorrem na maioria das vezes em cães e pode
ocorrer dermatite, sinais digestivos (irritação gastrointestinal, vômito,
diarreia), anorexia, glossite, sialorreia, dispneia e convulsão.

Fonte: incrivel.club

Alamanda (Allamanda cathartica L.)

Intoxicações por alamanda pode gerar pústulas e prurido intenso, por ela
conter latéx irritante.

Fonte: fazfacil.com.br
Costela-de-Adão (Monstera deliciosa)

Suas folhas são tóxicas e quando ingeridas podem causar irritação e


edema nas mucosas, asfixia, vômito, náuseas, queimação, além de gerar
coceira, paralisia na língua, e se em contato com os olhos, pode levar a
lesão na córnea.

Fonte: Pinterest

Jibóia (Scindapsus aureus)

Principais sinais clínicos: diarreia, estomatite. O oxalato de cálcio é o


princípio ativo responsável pela toxicidade das Jiboias. Quando ingerida
pode causar inchaço das mucosas orais e de outras partes do trato
gastrointestinal.

Fonte: hungaroplantas.com.br
Espirradeira (Nerium Oleander L.)

Principais sinais clínicos: Respiração dificultada, diarreia, coma e morte.


Contém oleandrina (glicosídeo cardiotóxico) seu efeito é mais
permanente e tende a ser mais tóxica.

Fonte: floresefolhagens.com.br

Aroeira brava (Lithraea brasiliensis)

Todas as partes dessa planta são tóxicas, geralmente causam reação


dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), e sua ingestão pode
provocar manifestações gastrointestinais.

Fonte: ufrgs.br
Antúrio (Anthurium andraeanum)

O antúrio é uma planta muito venenosa por possuir oxalato de cálcio,


princípio ativo que oferece riscos à saúde dos animais, em todas as suas
partes. Os principais sintomas de intoxicação por essa planta são
queimação de mucosas, inchaço da boca, lábios e garganta, edema
de glote, asfixia, náuseas, salivação, queimação, vômitos e diarreia.

Fonte: petz.com.br

Lírio-da-paz (Spathiphyllum wallisii)

Principais sinais clínicos: estomatite e glossite

Pelo fato do lírio, além de ser tido como ornamental, também é vendido
em buquês e em vasos de jardim, são comuns os acidentes envolvendo
essa flor, principalmente com os felinos por gostarem de beber água do
vaso e morderem as plantas.

Todas as partes dessa planta são tóxicas, pelo fato dela possuir cristais
solúveis (nefrotóxica) em grande quantidade.
Os cães, mesmo ingerindo grandes quantidades de lírio-da-paz,
desenvolvem somente sinais gastrointestinais leves.

Fonte: thiagoorganico.com

Azaléia (Rhododendron indicum spp.)

Possui andrometatoxina (glicosídeo cardiotóxico). Casos de intoxicação


envolvendo a azaleia, geram alterações cardíacas e distúrbios
gastrointestinais que tendem a aparecer após 6 horas da ingestão, além
disso, o pólen das flores dessa flor tende a ser tóxico, pode apresentar
fraqueza muscular, convulsões, coma, e levar à morte.

Fonte: plantslive.in
Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima)

Apresenta latéx irritante que causa principalmente lesões cutâneas, se


tiver contato com os olhos pode ocorrer lesões de córnea, ceratite ou
conjuntivite. A ingestão tende a provocar náuseas, vômito e
gastroenterite. Outros sinais que podem ser apresentados são sialorreia e
irritação mucosa oral com edema de língua.

Fonte: terra.agr.br

Cheflera (Schefflera spp.)

Principais sinais clínicos: dermatite por contato, irritação gastrointestinal,


estomatite, glossite, vômito, diarreia, salivação, incoordenação motora,
podendo ocorrer também, inflamação da língua, e convulsão.

Fonte: mfrural.com.br
Coroa-de-cristo (Euphorbia milii)

Principais sinais clínicos: dermatite por contato, Irritação grave o esôfago,


cólicas intestinais, coceira na parte do focinho. Apresenta latéx irritante
que ao entrar em contato com o animal, pode causar reações
inflamatórias, como inchaço, dor e vermelhidão.

Fonte: minhasplantas.com.br

Hera (Hedera helix)

Principais sinais clínicos: Gastroenterite, vômito, dor abdominal, muita


salivação, diarréia, irritação nas mucosas, irritação oral, purido severo
(coceira), dificuldades de deglutição e até de respiração em casos mais
graves.

Fonte: incrível.club
Hortênsia (Hydrangea macrophylla)

É rica em glicosídeo cianogênico, o qual predomina nas flores dessa


planta e tende a causar cianose, dispnésia, taquipnéia, alterações
respiratórias sinais digestivos (vômito, cólica, diarreia) e neurotóxicos
(convulsões, coma).

Fonte: meucantinhoverde.com

Timbó ou Timboúva (Enterolobium contortisiliquum Vell.)

Os bovinos são os principais animais acometidos pelos princípios tóxicos


de E. contortisiliquum, por possuírem maior facilidade em ingerir as favas
dessa planta. Quando intoxicados tendem a apresentar sinais clínicos
como empanzinamento, além de alterações no sistema digestório,
fotossensibilização, diminuição ou ausência completa do apetite,
corrimento nasal, fezes pretas e fétidas, lesões hepáticas e abortos.

Fonte: sites.unicentro.br
Maria-mole (Senecio spp.)

Seu princípio ativo são os alcalóides pirrolizidínicos hepatotóxicos e


causadires de lesão crônica irreversível. Atingindo geralmente os bovinos,
provocam agressividade, incoordenação, tenesmo (prolapso retal),
diarréia, falta de apetite, paralisia ruminal, fezes com sangue, elevada
atividade cardíaca.

Fonte: ufrgs.br

Fedegoso (Senna occidentalis)

Seus princípios tóxicos são o N-metilmorfoline e o Oximetilantraquinona,


essa planta é causadora de miopatia e cardiomiopatia degenerativas
em várias espécies. Essa leguminosa é encontrada nas pastagens ao
longo de beiras de estrada, em lavouras, em solos ricos ou bastante
fertilizados.

As intoxicações ocorrem mais na época seca do ano quando os pastos


estão secos e também pela ingestão de cereais e feno contaminado
com sementes ou outras partes da planta.

Seus principais sinais clínicos são: diarréia com cólica e tenesmo em 2 a 4


dias após a ingestão, fraqueza muscular, ataxia dos membros posteriores
e relutância em se mover. Mioglobinúria, decúbito esternal e lateral. Os
animais podem adoecer mesmo após duas semanas de cessada a
ingestão da planta.

Fonte: tuasaude.com

Mio-Mio (Baccharis coridifolia)

Contém uma substância leitosa muito tóxica que, quando ingerida causa
cólicas e muito desconforto abdominal. Afeta principalmente os bovinos
e equinos.

Fonte: agrolink.com.br
Esporão-do-centeio (Claviceps purpúrea)

Possui micotoxicoses, a ingestão de grandes quantidades de sementes


infectadas com escleródios (esporões) de Claviceps purpurea causa o
ergotismo em bovinos e equinos, e também em cães e gatos.

Fonte: vice.com e agronomicabr

Angico (Anadenanthera colubrina)

Desenvolvendo sinais clínicos depois que ingerem as folhas murchas da


planta após serem podadas. Esta é a principal forma observada de
intoxicação por A. colubrina, e ocorre em um período de estiagem,
quando os bovinos se encontram soltos no pasto.

Dentre os principais sinais clínicos, destacam-se: dificuldades para se


alimentar e ingerir água, timpanismo e pelos arrepiados.

Fonte: naturezabela.com.br
Capim braquiária (Brachiaria decumbens Stapf)

Os principais sinais clínicos causados pela intoxicação por Brachiaria spp.


em bovinos são caracterizados por fotossensibilização e perda de peso
contínua, evoluindo para casos de anorexia, e além destes sintomas, os
animais também podem apresentar dermatite deixando a pele mais
grossa com formação de crostas e icterícia (pele amarelada).

Fonte: realpecuaria.com.br

Botão de ouro (Unxia kubitzkii)

Principais sinais clínicos: ardor na cavidade oral e no aparelho digestivos.


Os equinos costumam ser vítimas de intoxicação dessa planta.
Tingui (Mascagnia rigida Juss. Griseb.)

Extremamente tóxica para ruminantes. Caso os animais se alimentem do


“Tingui” e permaneçam no local não desenvolvem sinais clínicos, mas, os
bovinos, se forem estimulados a praticarem exercício físico, apresentam
tremores seguidos de morte. Este efeito provavelmente é causado por
interferência no mecanismo energético, uma vez que o esforço físico
promove aumento na necessidade energética do animal.

Fonte: plantas-medicinais.me

Caruru-de-cacho (Phytolacca decandra)

Atinge principalmente os equinos, apresentando cólicas, fraqueza,


convulsões e irritações cutâneas.
Guizo de cascavel (Crotalaria retusa L.)

Os animais mais vulneráveis às intoxicações por C. retusa são de fato os


bovinos e equinos, devido à presença de alcalóides pirrolizidínicos, que
causam fibrose hepática. Os sinais clínicos apresentam emagrecimento
acentuado ao longo do tempo evoluindo para anorexia, também
apresentam depressão grave, icterícia leve, incoordenação e decúbito,
e alguns acabam indo a óbito.

Fonte: biodiversity4all.org

Samambaia (Pteridium Aquilinum)

Tendo em vista sua alta toxidez, sendo que a mortalidade é de


aproximadamente 100%, a invasão em uma área de pastagem torna-se
uma ameaça aos animais além de causar enormes prejuízos
econômicos.

As principais toxinas presentes na Samambaia são: tanino, canferol,


aquilídeo A, quercetina, ácido chiquímico e prunasina, substâncias com
atividade carcinogênica; tiaminase, enzima degradadora de vitamina
B1 e ptaquilosídeo, causador de tumores intestinais, mamários e de
bexiga, além de uma toxina causadora da diátese hemorrágica. As
concentrações de substâncias tóxicas variam de acordo com os estágios
de desenvolvimento da planta, sendo mais tóxica no período de
brotação. Porém mesmo seca, a Samambaia apresenta níveis
toxicológicos consideráveis. Se houver uma ingestão acidental dessa
planta, geralmente atingindo os bovinos, pode causar três formas de
manifestação clínica: Síndrome Hemorrágica Aguda (SHA), Hematúria
Enzoótica Bovina (HEB) e carcinomas do sistema digestório superior.

Fonte: agrolink.com.br e embrapa.br

Figueira-do-demo (Datura stramonium)

Principais sinais clínicos: Geralmente afeta em especial os equinos, pode


causar cólicas, taquicardia, respiração ofegante e muita sede.

Fonte: Pinterest
Cicuta (Conium maculatum)

Seus princípios tóxicos são os alcalóides (coniína, coniceína) voláteis, os


quais provocam dificuldade de locomoção, incoordenação, tremores
musculares, prolapso da terceira pálpebra, dificuldade respiratória,
salivação, eructação intensa, regurgitação do conteúdo ruminal,
movimento de pedalagem, abortos e nascimentos de bezerros com
defeitos teratogênicos. Costuma causar intoxicação principalmente em
bovinos.

Fonte: biorrede.pt

Dedaleira (Digitalis purpúrea)

Causa problemas cardíacos graves.

Fonte: pinterest
Café bravo (Palicourea marcgravii)

Seu efeito tóxico aos animais é devido à presença de uma substância


chamada ácido monofluoroacético. É um ácido presente em todas as
partes da planta; porém, a maior parte se encontra nas folhas e
sementes. Uma vez ingerido, este ácido bloqueia os processos de
armazenamento de energia e respiração celular.

É a planta que mais mata bovinos no brasil, e na maioria dos casos, causa
tremores musculares, taquicardia, membros distendidos, convulsão,
respiração ofegante, desequilíbrio dos membros posteriores, tremores
musculares e podendo causar morte, ainda mais rapidamente quando o
animal é submetido a exercícios.
CONCLUSÃO

Pode-se perceber com este trabalho que existem muitas plantas tóxicas
em contato direto com animais de estimação e de produção, o que é
preocupante, pois ainda há desconhecimento sobre a maioria das
plantas com caráter tóxico, vindo a ser um risco para os animais e as
pessoas. Conhecendo-se a epidemiologia e ocorrência das
intoxicações, medidas de controle podem ser tomadas evitando ou
minimizando problemas.

A divulgação científica em propriedades rurais também é essencial para


alertar os produtores sobre as espécies de plantas tóxicas que podem
haver na região. Além disso, medidas preventivas como a retirada dos
animais das pastagens infestadas por plantas tóxicas, o controle
mecânico e a eliminação de algumas espécies dessas plantas, podem
ser alternativas eficazes para colaborar com a diminuição de surtos e
mortes desses animais. E para proteger os seus animais de estimação do
risco de intoxicação, é ideal conhecer quais são as plantas venenosas e
evitar trazê-las para casa.
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