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29/11 – PARTE 1
Fígado – Vit A – ela é tóxica para o homem em teores de 2- 5 milhões de Ul (1Ul = 0,3 ug de
retinol)
Toxic. Aguda: Tonteiras, irritabilidade, dores de cabeça, dores nas juntas e vômitos
Alguém consumir entre 200-300g de fígado de algum animal é algo difícil, então dentro do
nosso hábito é difícil de ser alcançado. O problema é em algumas regiões/épocas pela
disponibilidade do alimento e ai alguns animais tem teores elevadíssimos de retinol e é
possível atingir a dose tóxica de vitamina A.
Substâncias presentes em animais marinhos, a gente encontra toxinas que em doses bem
pequenas são capazes de causar um efeito significativo (pirofeoforbida A (cacacois),
saxitoxina (maricos), tetrodotoxina (peixe balão, salamandra), ciguatoxina (peixe azul,
barracudas.)).
Saxitoxina
Maré Vermelha – florações (intensas) de algas nocivas – FAN – quando ocorre esse
fenômeno, onde há as florações aparecem essas toxinas. Essa maré tem se expandido pelo
litoral brasileiro.
Dose para matar – 20g em 20 min --- 1 UMC = 0,18 microgramas de saxitoxina
A dose letal em humanos é em torno de 4 mg, a intoxicação leve de 1mg, intoxicidade oral é
~ 1/10 da toxicidade por injeção intraperitoneal. Indicando uma perda durante a absorção.
Modo de ação – entorpecimento dos lábios, mãos e pés que acontecem de 15 min a 2-3 de
consumo dos mariscos consumidos (interfere na contração muscular), dificuldade de
caminhar, vômito, coma, morte por paralisia respiratória
Tetrodotoxina
Baiacu – não é pescado no Brasil, tem alguns casos de amadores, mas pescadores sabem
que não se pesca baiacu.
A Saxitoxina é mais reversível os sintomas. A cada ano, no Japão, algumas pessoas morrem
envenenadas ao comer baiacu, a tetrodoxina encontra-se nos ovários, fígado e intestinos, e
só chefs especialmente licenciados eram qualificados para preparar o peixe para consumo.
Os pesquisadores de Nagasaki, no sul do Japão, estão superando esse obstáculo
potencialmente mortal ao examinar a dieta do peixe. Acredita-se que o baiacu adquire o
veneno ao consumir alimentos tóxicos, como estrelas do mar e moluscos e não a produzindo.
29/11 – PARTE 2
Lectinas (leguminosas)
Bócio é uma doença significativa em certas regiões do mundo, somente 4% não se relaciona
à deficiência de iodo. E que impacta no desenvolvimento de crianças, dependendo da faixa
etária. Aqui no Brasil a gente tem poucos casos por causa da fortificação do sal com iodo.
Além disso a gente também tem a exposição através das enzimas tioglicosidase que converte
os glicosinolatos em diversos produtos – nitrilas, tiocianatos e oxazolidinas (goitrina).
A gente tem um controle da tireoide pelo hipotálamo, que vai mandar essa informação para
produção do hormônio, T3 e T4. Quando a gente tem ausência desses hormônios a gente
tem um impacto importante no metabolismo e desenvolvimento desses indivíduos. O
tiocianato impacta na captação do iodo, então a tireoide não tem esse componente suficiente
para produção hormonal então a gente fica com constante informação de produção e ai tem
o aumento da glândula. A goitrina também dá essa informação continua de produção de
hormônio e ai aumenta a glândula. Esses problemas serão controlados então através do
consumo adequado de IODO. Se eu tenho uma dieta adequada, o organismo mantém essa
homeostase.
Glicosideos Cianogênicos:
No Brasil temos mandiocas com teores maiores que isso que ainda podem ser
utilizados, se processados como por exemplo em farinhas (mandioca brava no
nordeste). Há o controle dos glicosídeos, preparo adequado para redução de riscos.
Rotas metabólicas secundárias que incluem a reação com cisteina para formar uma tiasolina,
via oxidatia produzindo co2 e formato, via envolvendo a cianocobalamina e isso vai ser
importante no efeito crônico.
Já foi relatado em pessoas que estão com consumo próximo ao limiar/baixo de iodo reações
de ataxia tropical neuropática com atrofia ótica, ataxia, desordem mental. Redução de
aminoácidos sulfurados circulantes, ocorrência comum de bócio. Além de Ambliopia tropical
com atrofia do nervo ótico levando à cegueira.
29/11 – PARTE 3
Quando você faz testes com a soja crua você observa o atraso no crescimento de ratos e isso
tem a ver com as lectinas. O tratamento térmico é suficiente para inativação das lectinas.
Cozimento desses alimentos, portanto, garante não ter problema com as lectinas.
Principais:
A tripsina é produzida no pâncreas como tripsinogênio, que tem que ser degradado e digerir
as proteínas e mandar uma resposta que não precisa mais de liberar tripsinogênio. Como o
inibidor de tripsina interage com ela e a elimina nas fezes, não tem feedback negativo para o
pâncreas que permanece produzindo e liberando o tripsinogênio. Junto eu não tenho
aproveitamento proteico.
Inibidores de colinesterase
Enzima que hidrolisa a acetilcolina (atua no sistema parassimpático) e produz acetato e colina
A sua importância tem a ver com a degradação da acetilcolina e permite a repolarização do
neurônio após o impulso nervoso. Tenho um acumulo da acetilcolina que vai continuar
impedindo a repolarização e há impacto na contração muscular.
Ex: Fisostigmina
Ex: Solanina
Aminas – são bases orgânicas de baixo peso molecular que são formadas durante os
processos metabólicos em plantas, animais e microrganismos. Aminas naturais ou formadas.
Histaminas, tiramina, triptamina, serotonina. Elas podem ser aminas naturais, sendo
naturalmente encontradas síntese de novo, ou aminas biogênicas formadas por ação
enzimática e microorganismos. Enzimas descarboxilam aminoácidos.
Quando a gente consome um alimento essas aminas apresentam efeito potencializador uma
das outras. Aminas competem pelas enzimas que metabolizam essas aminas e acabam
fazendo com que ela permaneça no corpo mais tempo e atue provocando algo.
É uma substancia existente que em alergia é liberada, quando a gente ingere a gente tem
sintomas semelhantes à uma alergia. Hipotensora
Micotoxinas – fungos
Universalmente quando a gente pensa em intoxicação por micotoxinas - A gente precisa tem
a contaminação de alimentos por fungos, fatores biológicos e ambientais favoráveis, produção
de metabolitos tóxicos, micotoxinas.
Fungos produtores –
Penicillium – importante em regiões temperadas e polares, mas certas espécies são comuns
nos trópicos
Amendoim - aflatoxinas
Essas toxinas não alteram sabor, e esses fungos tem um crescimento aéreo com filamentos
(hifas) para dentro do alimento. Mandioca não tem tanto relato de micotoxinas mas já foram
identificados fungos que são capazes de produzir.
Aula 06/12 – PARTE 3
Pode ter sua ação potencializada pelo vírus do HBV. Risco 15x maior de desenvolver o câncer
hepático. Aqueles que não tem os detoxificantes da aflo B1, o risco de carcinogenese é 77x
maior.
Nos mamíferos a ingestão dessas aflo, no metabolismo há formação de M1, que não é
diretamente formada de fungos, ela é derivada a partir da biotransformação, e podem estar
presentes nos leites materno ou de vaca.
Os animais são mais sensíveis (monogastricos) consumirem eles morrem. Suinos toleram um
pouco mais e existe um controle muito grande nas rações desses animais.
Somos susceptíveis a formação dos fungos que crescem a uma temperatura ambiente, quase.
A atividade de agua desses alimentos tem que estar menor que 0,8, como eu controlo isso?
Eu tenho que garantir que a umidade desses alimentos esteja baixa. Tenho que pensar em
formas de armazenamento de forma que tenha circulação de ar e não tenha condensação de
agua. E não permita temperaturas mais elevadas.
Fumonisina – FB1 2 e 3 – São polialcoois, esterificado com ácido carboxílico. Tem baixa
solubilidade e está presente em milho e produtos derivados. Tem muitas discussões
relacionadas à forma de eliminação e alguns produtos tem teores mais baixos de fumonisinas.
Algumas estão ligadas e não se sabe quanto que elas são hidrolisadas no processo de
digestão, consequentemente não sabe o impacto disso.
T2 – identificada há muito tempo atrás, sec XX. Durante a guerra aconteciam casos
relacionadas a uma angina séptica porque as pessoas por conta da guerra escondiam os
grãos debaixo da neve, que é um isolante térmico. O solo fica quente e propiciava a formação
das micotoxinas e desenvolviam sintomas como febre, sangramentos, destruição das vias
aeras, leucopenia e destruição da medula. Casos eram repentinos e a taxa de mortalidade
era alta. Depois que identificou a relação dos sintomas com o fungo e a toxina T2 e os outros
tricotecenos. O principal mecanismo é a inibição da síntese proteica por meio da ligação aos
ribossomos. Causam um estresse ribotoxico, ativa sinase e tem interrupção da síntese do
material genético.
DON ou Vomitoxina – são polares, apresentam estabilidade química, encontrados em aveia,
trigo, cevada e milho. Periodos maiores de chuva e florescência do trigo o valor de DON
aumenta.
T2 e HT2 – encontrados em trigo, milho, aveia, cevada, arroz, são saprofitas presentes nas
plantas. Aqui no Brasil temos poucos relatos, é encontrada mais em regiões frias.
Métodos preventivos:
Evitar contato com solo, entrada de animais e insetos, evitar danos físicos, secagem
adequada quem tem a ver com a atividade de água. Evitar absorção de umidade em grãos
secos.
Buscar na legislação todos os alimentos que tem limites máximos para a micotoxina em
questão, buscar na POF o consumo alimentar da população brasileira e fazer calculo de
exposição considerando dados de ocorrência do GEMS/Food.
Elementos essenciais:
Temos alguns metais que são característicos do solo e que vão ser absorvidos pelas plantas
e nós vamos comer, ingerindo alguns desses metais. Animais também consomem as plantas.
Os metais nesse solo vão depender do local, e eu tenho algumas situações naturais que vão
causar isso, como em regiões vulcânicas com cadmio elevado. Situação ambientais que não
são controladas, e temos também as antropogênicas. Nível de contaminação do ar e da água.
Essa água pode lixiar o que estão no solo, ou pode contaminar o solo.
Arsênio:
Cinética:
Após a ingestão de arsenatos – 66% da dose é eliminada com 2,1 dias – 30% em 9 dias e
3,7% em 38 dias
Arsênio inorgânico é metilado/dimetilado à orgânico e depois reduzido de As V para As III. Em
cereais eu tenho uma proporção maior de inorgânico. Em pescados/crustáceos eu tenho
orgânico que não apresenta o mesmo efeito toxico do inorgânico.
Para avaliação de potencial carcinogênio é importante usar a dose benchmark para aumento
de 0,5% da incidência do efeito.
3 microgramas – câncer pulmão (esse valor me diz que com a ingestão desse valor por kg
corpóreo ao dia há um aumento de 0,5% de chance de desenvolver o câncer)
5,2 – bexiga
Cadmio
A absorção do cadmio via oral é baixa, mas ele se fixa nos rins e no fígado e se une a
metalotioneina e se acumula nesses tecidos e a sua excreção é muito lenta, deixando seu
tempo de meia vida muito alto de 15 anos. A gente tem que ter um controle em relação a isso.
Posso ter intoxicação aguda, tendo náuseas, vômito, dores abdominais, diarreia e choque.
Mas isso não é muito comum. O cadmio causa osteomalacia e proteinúria/danos renais. O
efeito toxico mais sensível é a disfunção renal e a sua lesão pode ser reversível, se cessada
a exposição ao metal. Mas se houver uma exposição continua, possivelmente não será
reversível.
Chumbo
Chumbo tem absorção baixa porque 90% dele é excretado pelas fezes e eu tenho 10% de
absorção. Não tem muito a diferença de chumbo orgânico/inorgânico. Por via respiratória a
absorção é bem maior. Pelo trato gastro ele vai pro sangue, depois vai pro fígado, rins, sistema
nervoso e ossos. Nos tecidos moles eu vou ter um tempo de meia vida de 35 dias, excreção
maior parte pela urina. Uma preocupação é o chumbo ir para o leite materno. Nos ossos o
tempo de meia vida é maior que 25 anos. No geral esse chumbo no osso não faz o efeito
toxico por estar imobilizado, mas está disponível ao longo do tempo e algo pode mobiliza-lo
do osso.
Exposições de 0,6 microgramas em crianças já era suficiente para reduzir 1 ponto de QI. Isso
nos mostrou uma preocupação muito grande em relação ao chumbo presente na alimentação.
Em adultos exposição de 1,2 microgramas por dia há um aumente o de 1mmHg na pressão
sanguínea. Houve um trabalho na UFMG que fez estudo de ingestão crônica total de Pb pela
população. Como minimizar a ingestão de chumbo em alimentos?
Mercúrio
Posso ter mercúrio liquido metálico (absorvido pela pele), inorgânico ou orgânico (ar, agua e
solo). A forma de mercúrio do alimento no mercúrio é fundamental. A absorção do inorgancio
e o orgânico são diferentes. O inorgânico tem absorção de 1-7% e orgânico são 90% (MUITO
PIOR). Em termo de acúmulo eu tenho metilmercurio no cérebro e o inorgânico no rins e
fígado.