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Micotoxinas em ingredientes cosméticos:

Precisamos olhar para isso?

Dra. Maria Inês Harris


Instituto Harris- www.harris.com.br
mariaines@harris.com.br

Mini currículo
Química (UNICAMP, Brasil) com Doutorado em Síntese Orgânica (UNICAMP, Brasil) e Pós-Doutorado em
Toxicologia Celular e Molecular de Radicais Livres (UNICAMP) e em Lesões de Ácidos Nucleicos (CNRS,
França). Certificada no curso "Cosmetics Safety Assessment in the UE" pela Universidade de Bruxelas.
Entre outras atividades no Brasil, foi gerente técnico de Pesquisa Clínica em Allergisa Pesquisa
Dermatocosmética, Especialista HPLC na Alcon Laboratórios, Gerente de Segurança de produtos da
Natura, e Coordenador de Pesquisa na Universidade Bandeirantes (UNIBAN) e docente do Curso de
Especialização em Cosmetologia das Faculdades Oswaldo Cruz. Autora dos livros "Pele - Estrutura,
Propriedades e Envelhecimento" (pele - estrutura, propriedades e envelhecimento) e "Pele - do
nascimento à Maturidade" (Pele - desde o nascimento até à maturidade).
Diretora do Instituto Harris, uma empresa especializada em operação desde 2008, que destaca-se pela
experiência de sua equipe no suporte à criação de ativos e produtos cosméticos desenvolvidos, avaliados
e aprovados como seguros, sem o uso de testes em animais. Idealizadora e Criadora da COSMETOPEIA- A
biblioteca essencial, contendo informações sobre a segurança e restrições regulatórias de mais de 2000
ingredientes cosméticos.

Resumo

As micotoxinas mais estudadas são aflatoxina B1, ocratoxina A, deoxinoveolenol, zearalenona,


fumonisina B1 e tricotecenos, porém outras podem ocorrer e todas apresentam perigos
característicos. Considerando seus aspectos toxicológicos e exposição do consumidor de
cosméticos, sugerimos que a análise de micotoxinas seja item de especificação em matérias-
primas de origem vegetal.

Las micotoxinas más estudiadas son aflatoxina B1, ocratoxina A, deoxinoveolenol, zearalenona,
fumonisina B1 y tricotecenos, pero otras pueden ocurrir y todas presentan peligros
característicos. En cuanto a sus aspectos toxicológicos y exposición del consumidor de
cosméticos, sugerimos que el análisis de micotoxinas sea elemento de especificación en materias
primas de origen vegetal.

Introdução

Micotoxinas são compostos tóxicos produzidos por fungos (do grego, mykes = fungo) e que
foram descobertas apenas em 1960, após um surto de mortes de aves de criação (perus) no
Reino Unido, atribuído à ração preparada com amendoins importados da África e Brasil. Hoje já
há mais de 400 micotoxinas identificadas, havendo indicativos de que existem milhares delas.1
Essas toxinas são metabólitos secundários policetônicos resultantes das reações de
condensação que ocorrem quando se interrompe a redução dos grupos cetônicos na biossíntese
dos ácidos graxos realizada pelos fungos. Não são conhecidas exatamente suas funções nos
fungos, mas sabe-se que alguns deles produzem diferentes micotoxinas, e há micotoxinas
comuns a diferentes fungos.2
As micotoxinas existem principalmente em micélios e esporos de estirpes toxigênicas dos
fungos. Elas também podem ser encontradas nos conidiosporos (do grego, konis = poeira), que
são células leves que flutuam no ambiente e que, ao cair em um material apropriado, são
capazes de gerar sozinhas um novo mofo ou bolor.
Condições tropicais, tais como altas temperaturas e umidade, monções, chuvas fora de época
durante a colheita, e enchentes propiciam a proliferação de fungos e produção de micotoxinas.2
Dentre as milhares de espécies de fungos, apenas cerca de 100 pertencentes aos gêneros
Aspergillus, Penicillium, Alternaria e Fusarium são reconhecidos por produzir micotoxinas e,
dentre as aproximadamente 400 micotoxinas conhecidas, as mais importantes são as aflatoxinas
(AFs), zearalenone (ZON), deoxinevalenol (DON ou vomitoxin), fumonisins (FUM), ocratoxinas
(OTs) e tricotecenos (T-2 e HT-2).
Esses fungos produtores de micotoxinas são categorizados em dois grupos principais: os fungos
de campo, que atacam as plantas antes da colheita, e aqueles que se proliferam nas sementes
armazenadas, denominados fungos de armazenamento. Muitos desses fungos são também
encontrados em residências3, levando à ocorrência de doenças imunológicas e neurológicas
diversas, associando-se o maior tempo de exposição diretamente à observação de doenças.
As espécies Aspergillus e Fusarium são provavelmente as mais significativas dentre os fungos de
campo encontrados em países tropicais em desenvolvimento. 4
Depois da colheita, quando os grãos ou sementes ficam dormentes, como resultado do processo
de secagem, desaparecem as associações entre os fungos e as plantas, e os fatores físicos
determinam se membros do outro grupo - os fungos de armazenamento - criarão e/ou
produzirão ou não micotoxinas.
Os fatores primários que influenciam a criação de fungos em produtos armazenados são o
conteúdo de umidade (mais precisamente, a atividade da água) e a temperatura de
armazenamento do produto. Na prática, nos trópicos, a temperatura é quase sempre boa para
fungos de armazenamento. Por isso, é a ação da água que se torna o principal determinante de
invasão e crescimento de fungos4,5. Práticas de colheita, armazenamento, distribuição,
transporte e processamento inadequados também podem contribuir para o crescimento de
fungos e aumentar o risco de produção de micotoxinas.4
Assim, a ameaça de contaminação de produtos de origem vegetal por micotoxinas aumenta,
tornando a intoxicação humana e animal real e de grande preocupação, visto que na América
Latina a contaminação de alimentos leva a uma elevada exposição crônica6, ressaltando que a
aflatoxicose (intoxicação pelo consumo crônico de aflatoxinas) foi reconhecida pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) como a sexta entre as dez maiores ameaças à saúde pública nos países
em desenvolvimento7.
Deve-se ressaltar porém que a contaminação com fungos e suas micotoxinas atinge também
alimentos que nem sempre são arrolados nas listas dos alimentos suspeitos, como por exemplo
o arroz polido. Em um trabalho desenvolvido na Coreia8, se observou uma exposição da
população à ocratoxina A (OTA) presente em arroz, produzida pelo fungo P. verrucosum, a níveis
que representam um risco à saúde daquela população, contudo, no Brasil apenas as micotoxinas
DON e ZON são monitoradas em arroz e derivados. OTA, assim como AFB1 e DON foram também
detectadas em alimentos (massas)9, observando que, embora os níveis encontrados estejam
dentro do aceito para adultos, não são aceitáveis para crianças que, adicionalmente, estariam
mais expostas devido à dieta pouco variada.
Em um estudo com 1360 amostras de alimentos de diferentes regiões (tabela 1)10, se observou
haver grande flutuação no perfil de micotoxinas presentes. Nesse mesmo estudo observou-se
que 89% das amostras analisadas continham ao menos uma micotoxina e 35% continham mais
de uma micotoxina.
Tabela 1: Prevalência das principais micotoxinas no mundo10

Região Afla (%) ZON (%) DON (%) FUM (%) OTA (%)
América do Norte 25 17 60 52 21
América do Sul 9 12 13 63 1
Norte da Europa 0 35 68 36 30
Centro da Europa 33 22 40 60 30
Sul da Europa 26 21 19 69 28
Oriente Médio 39 0 14 67 43
Norte da Ásia 13 64 51 48 72
Sudoeste da Ásia 61 30 43 46 17
Sul da Ásia 75 14 29 46 39
Oceania 4 10 47 6 4

Estudos conduzidos no Brasil mostram que a situação local não se diferencia dos demais países.
Pelo contrário: em algumas situações pode ser considerada pior. Um interessante exemplo onde
essas situações poderiam ser consideradas críticas seria no uso de ingredientes de origem
vegetal, como por exemplo na fitoterapia.
Um estudo analisou Cassia acutifolia Delile (sene) e Peumus boldus (Molina) Lyons (boldo-do-
Chile) comercializadas em farmácias de manipulação e mercados da cidade de Campinas, Brasil,
e evidenciou que 45% das amostras analisadas apresentavam contaminação por fungos acima
de 500 UFC/g, limite preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).11 Dentre os fungos
identificados nessas amostras encontravam-se fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium,
produtores de aflatoxinas.

Exposição humana às micotoxinas

A exposição humana, confirmada pela detecção de micotoxinas em sangue e leite humano,


ocorre principalmente pelo consumo de grãos contaminados e derivados de suínos.
Contudo, essa exposição também pode ocorrer pela inalação ou pela exposição dérmica às
micotoxinas do ar e do ambiente no geral, pois, o baixo peso molecular e a lipossolubilidade
dessas moléculas permite supor que a exposição ocupacional ou mesmo acidental às
micotoxinas possa levar à sua absorção.
Embora estudos preliminares realizados com marcação isotópica mostrem que a permeação de
Aflatoxina B1 é baixa12, há evidências experimentais demonstrando que em solução etanólica
há permeação de micotoxinas, e avaliações in vitro utilizando pele humana demonstram que
esse fato não deve ser negligenciado.1
Também é conhecido que o risco é maior em populações sensíveis, com função de barreira
prejudicada: bebês prematuros, crianças pequenas, idosos e pacientes com distúrbios
dermatológicos como psoríase, bem como em peles comprometidas por processos químicos ou
mecânicos, que mostram uma maior permeabilidade às micotoxinas.1
Além disso, é importante considerar que a pele pode funcionar não apenas como um
reservatório de micotoxinas, mas também pode atuar no metabolismo das mesmas, tendo sido
observado em estudos ex-vivo a metabolização de micotoxinas T-2 após a aplicação em pele.13,14

Propriedades tóxicas das micotoxinas

As aflatoxinas são consideradas as mais perigosas, apresentando diversos efeitos tóxicos, sendo
o mais conhecido seu potencial carcinogênico. Porém, também se observou que diversas
micotoxinas podem atuar como imunomoduladores. A baixas concentrações e exposição
crônica, essas toxinas atuam como agentes imunossupressores aumentando a susceptibilidade
a doenças. Porém, em função da dose e rota de exposição, as micotoxinas podem também atuar
como imunoestimuladores e, em ambas as situações, se observa que são capazes de atuar tanto
na resposta imunológica celular como na resposta humoral.15
Quando as condições ambientais favorecem o crescimento, várias espécies de fungos podem
crescer juntas e a exposição simultânea a múltiplas micotoxinas pode levar à sinergia ou
potenciação das toxicidades individuais. A reação às misturas de toxinas tem sido associada com
a “síndrome da poeira orgânica”. Esta doença, anteriormente conhecida como “pulmão de
fazendeiro”, que geralmente afeta os trabalhadores da zona rural, é uma síndrome inflamatória
aguda das células respiratórias que ocorre após a exposição a uma alta concentração de
microrganismos (1010 esporos/m3). Entre os agentes etiológicos estão os fungos (micotoxinas,
beta-1,3-glucano e proteinases), mas também pode ser causada pela exposição simultânea a
substâncias de origem fônica e endotoxinas da parede celular bacteriana16, 17
Com base nas toxicidades encontradas, foram estabelecidas doses diárias máximas
consideradas aceitáveis, quando não for possível a remoção do contaminante (tabela 2).

Tabela 2: Doses toleráveis para exposição a micotoxinas

Micotoxina Dose tolerável diária


Aflatoxina B1 < 1 ng/kg pc/dia18
Ocratoxinas A 0,120 µg/ kg pc/dia19
Patulina 0,43 µg/ kg pc/dia20
Zearalenona 0,25 µg/ kg pc/diaErro! Indicador não definido.
Desoxinivalenol 1,0 µg/ kg pc/dia21
Fumosinas B1, B2 e B3 2 µg/ kg pc/dia22
Nivalenol 0,7 µg/ kg pc/dia23
Tricotecenos T-2 e HT-2 0,06 µg/ kg pc/dia24

Micotoxinas em cosméticos

A ação direta das micotoxinas sobre a pele foi avaliada em vários trabalhos, em que se observou,
por exemplo, que os tricotecenos são potentes irritantes e podem causar vermelhidão a doses
muito baixas.
As principais reações causadas pela exposição dérmica a micotoxinas são irritação e necrose,
induzidas principalmente pelas micotoxinas T2 e satratoxina16. Após a exposição cutânea a
micotoxinas, foram observadas também a indução de tumores na pele e no fígado25, assim como
apoptose das células da epiderme.
Devido ao efeito de reservatório da pele, não apenas as pessoas expostas cronicamente, mas
também aquelas expostas ocasionalmente às micotoxinas apresentam um risco aumentado
para apoptose epiderme, câncer de pele e doenças imunológicas relacionadas.1,26
Existem poucos estudos sobre o tema, embora nas avaliações do CIR existam referências à
presença dessas toxinas em matérias-primas cosméticas27 e exista uma colocação da OMS sobre
a importância da avaliação da exposição dérmica às micotoxinas.28
Um estudo realizado que monitorou a presença de micotoxinas em produtos cosméticos
contendo possíveis substratos para o crescimento de fungos produtores de micotoxinas,
mostrou que 68% das amostras continham entre 0,4 a 78,5 μg aflatoxina/kg, sendo que na
maioria das amostras todos os quatro principais tipos de aflatoxinas (B1, B2, G1 e G2) estavam
presentes.29
Conclusão

Embora a regulamentação brasileira seja bastante rigorosa e abrangente em termos de tipos de


toxinas a serem pesquisadas em alimentos, ainda assim algumas categorias potencialmente
sujeitas à contaminação deixam de ser regulamentadas. Além disso, não há regulamentação
específica para ingredientes de origem vegetal como extratos botânicos, óleos, manteigas e
tortas/ farinhas ainda que existam sólidas evidências da elevada possibilidade de existência de
micotoxinas em produtos de origem vegetal, observando-se grandes diferenças regionais no
tocante ao teor e qualidade das micotoxinas identificadas. Também, um aspecto relevante deve
ser ressaltado: em praticamente todos os estudos foram observados mais de uma micotoxina
no mesmo produto, aumentando o perigo pelo sinergismo entre seus diversos efeitos.
Um grande problema decorrente da contaminação com fungos é que, embora seja possível
eliminar a contaminação microbiana por diversas técnicas, desde o uso de
conservantes/microbicidas até o emprego de calor ou radiação ionizante, os seus produtos
tóxicos nem sempre são degradados. Dessa forma, em uma análise microbiológica a amostra
pode apresentar-se “recuperada”, mas levar em seu interior moléculas em baixa concentração
que são tóxicas e que nem sempre interferirão nas características organolépticas dos produtos,
não sendo, portanto, detectadas, a não ser por ensaios específicos.
As micotoxinas são substâncias com elevada toxicidade aguda e crônica, causando alarme a cada
ocorrência de surtos de micotoxicoses. Com efeitos teratogênicos e genotóxicos diversos (que
podem vir a ser crônicos), quando consumidas em doses extremamente baixas (ppm ou mesmo
ppb), podem também ser hepatotóxicas e nefrotóxicas, ou ainda, carcinogênicas. Aplicadas
topicamente, são de uma maneira geral irritantes, podendo causar necrose do tecido cutâneo
após uma única exposição, ainda que diluídas. Sendo absorvidas, passam a atuar também
sistemicamente após a absorção.
O valor assumido como dose máxima diária tolerada (TDL) é utilizado no controle de alimentos
e, considerando a elevada incidência dessas micotoxinas, e consequente elevada chance de
exposição agregada do consumidor, além do fato de tratar-se efeitos crônicos como câncer e
reprotoxicidade, sugerimos que o valor de TDL seja considerado como NOAEL para efeito de
cálculo de margem de segurança, na avaliação de segurança de produtos cosméticos.
Consideramos ainda que seriam interessantes duas ações paralelas para a proteção do
consumidor de produtos cosméticos.
Em primeiro lugar, considerando os aspectos toxicológicos das micotoxinas, sua incidência no
país e a natureza dos produtos botânicos empregados, sugerimos que a análise de micotoxinas
seja estabelecida como um controle permanente no monitoramento de matérias-primas de
origem vegetal, com avaliação do nível de exposição do consumidor para cada produto, caso a
caso, estabelecendo-se um padrão de segurança.
Em segundo lugar, consideramos que seria necessário estabelecer padrões legais específicos
para grupos ou categorias de ingredientes, em função da finalidade de uso, harmonizando assim
a prática geral da indústria com a necessidade de proteção da saúde do consumidor.

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