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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - CAMPUS DIADEMA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS, QUÍMICAS E FARMACÊUTICAS


GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

Ana Beatriz Mariano Moreno; RA: 158.593


Caroline Cristina Dias de Souza; RA: 157.356
Daisy Sayuri Matsuzawa; RA: 158.518
Isabella Araujo Malafati; RA:157.211
Larissa dos Santos Duarte; RA: 158.909
Lethicia Marin de Azevedo; RA: 157.403

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 04

DIADEMA - SÃO PAULO


2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - CAMPUS DIADEMA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS, QUÍMICAS E FARMACÊUTICAS
GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

Primeira parte
Diferenciação de colônias de leveduriformes e filamentosas

Objetivos
● Observar e descrever as principais características macroscópicas dos fungos
filamentosos e leveduras

Resultados e discussão
Observação e descrição das principais características macroscópicas das diversas
colônias fúngicas analisadas:

A colônia acima (que denominaremos de colônia 1) é filamentosa de textura


granulosa de coloração preta no verso e uma coloração branca levemente
amarelada com alguns pontos mais amarronzados no verso. na face inferior da
lâmina podemos observar que a colônia apresenta um relevo rugoso.
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Nas imagens anteriores, observamos uma colônia (que denominaremos de


colônia 2) filamentosa de textura algodonosa, relevo liso e pigmentação acinzentada
no anverso e um branco amarelado no verso.
Segunda parte
Observação das microestruturas fúngicas

Objetivos
● Identificação de colônias pela técnica de esgarçamento
● Desenhar/fotografar e identificar as estruturas observadas ao microscópio

Materiais e métodos
A técnica de esgarçamento envolve a utilização de uma alça de platina em formato
de "L" para extrair uma porção da colônia de mofo desenvolvida em meio de ágar.
Em seguida, adicionam-se de 1 a 2 gotas de Lactofenol azul-algodão. A preparação
é coberta com uma lamínula, aplicando uma leve pressão. A análise é realizada no
microscópio com um aumento de 400X e as estruturas observadas podem então
serem desenhadas/fotografadas.
Observar as seguintes estruturas:
- Esporângios e esporangióforo (Mucor ou Rhizopus);
- Hifas cenocíticas (Mucor ou Rhizopus);
- Hifas hialinas septadas (Microsporum gypseum, Trichophyton
rubrum);
- Hifas demáceas (Fonsecaea pedrosoi).

Resultados e discussão

Lâmina: colônia 1
Setas vermelhas: Conidióforos
Setas azuis: Conidiosporos
Seta preta: Hifa hialina septada
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Lâmina: colônia 2
Seta vermelha: Esporângio e
esporangióforo
Seta preta: Hifas cenocíticas

Terceira parte
Laminário

Objetivos
● Examinar ao microscópio as estruturas fúngicas
● Observar esporângios e esporangióforo (Mucor ou Rhizopus); Conidióforos,
conidiosporos (Aspergillus sp, Penicillium sp); Hifas cenocíticas (Mucor ou
Rhizopus); Hifas hialinas septadas (Aspergillus sp, Penicillium sp)

Resultados e discussão
Desenhar/fotografar e identificar as estruturas observadas ao microscópio

1)

Aumento: 400x
Agente: Psalliota sp (basidiocarpo - corpo de frutificação)
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Aspectos microscópicos:
Himenóforo (em amarelo);
Basídios (em vermelho) células alongadas que se projetam do himenóforo;
Basidiósporos: esporos liberados pelos basídios (em azul).

2)

Aumento: 400x
Agente: Trichophyton rubrum
Aspectos microscópicos: hifas hialinas septadas (em vermelho) e macroconídios
(em azul)

3)

Aumento: 400x
Agente: Curvalaria sp
Aspectos microscópicos: hifas demáceas (em vermelho), macroconídios (em
azul).

4)
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Aumento: 400x
Agente: Peziza sp (Ascocarpo - corpo de frutificação)
Aspectos microscópicos: ascos (grifado em vermelho) com oito ascósporos
(pontos em amarelo) cada.

5)

Aumento: 400x
Agente: Granuloma de pulmão devido a paracoccidioidomicose (PCM)
Aspectos microscópicos: granuloma de pulmão cheio de leveduras (brancas)
multibrotantes (uma delas está sendo apontada pela seta).

6)
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Aumento: 100x
Agente: Rhizopus sp
Aspectos microscópicos: Esporângios (bola azul), esforangióforosmos, hifas
cenocíticas, rizóides (“raízes” do fungo)

7)

Aumento: 400x
Agente: Penicillium sp
Aspectos microscópicos: Conidióforo, conidios, hifas septadas, hialina

8)
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Aumento: 400x
Agente: Fusarium sp
Aspectos microscópicos: Presença de macroconídios fusiforme (grifado em
vermelho) e hifas hialinas septadas (grifado em amarelo).

9)

Aumento: 100x
Agente: Piedra Branca
Aspectos microscópicos: pelo com presença de nódulo fúngico.

10)
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Aumento: 400x
Agente: Aspergillus fumigatus
Aspectos microscópicos: Conidióforo (em vermelho), conídios (em azul), vesícula
(em amarelo), hifas septadas (em rosa) e hialina.
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Quarta parte
Cultivo de fungos filamentosos

Objetivos
● Verificar o crescimento das colônias
● Análise macroscópica e microscópica das culturas

Materiais e métodos
Procedimento: utilizando uma alça de platina em formato de "L", coletar uma porção
da colônia de mofo desenvolvida na placa de cultura mãe próxima à chama. Inocular
essa amostra em um ponto no tubo contendo meio de cultura inclinado. Incubar a
placa a uma temperatura de 28°C por um período de 4 a 7 dias.
Verificar o crescimento das colônias e descrever características macro e
microscópicas, incluindo o tamanho das mesmas e ocorrência de contaminações.

Resultados e discussão

1º fungo (colônia filamentosa)

Esta colônia apresentou coloração escura e textura granulosa, além de ter crescido
por toda a superfície do meio de cultura. Além disso, em um dos tubos, a colônia se
espalhou até mesmo no fundo do meio de cultura.
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2º fungo (colônia leveduriforme)

Esta colônia apresentou coloração branca e uma textura algodonosa, além disso a
colônia não cresceu por toda a superfície e formou uma camada muito fina do
fungo.

Conclusão
Pode-se dizer que a colônia 1 cresceu muito mais do que a colônia 2, isso pode ter
acontecido por conta das diferentes características dos fungos (estrutura, ciclo de
vida, condição de crescimento, etc.)

Quinta parte
Cultivo de leveduras em meio CHROMagarTM

Fundamentação teórica
Candida albicans e outras espécies de Candida (C. tropicalis, C. kefyr, C.
parapsilosis, C. guilliermondii) são frequentemente encontradas nas mucosas
normais da boca, da vagina humana e na saliva. Quando associadas a
circunstâncias predisponentes, essas leveduras podem se tornar invasivas,
resultando em candidose. A identificação das diversas espécies de Candida é de
grande interesse médico atualmente, devido às diferentes características de
virulência e à variabilidade na resistência aos antifúngicos apresentada por essas
espécies. Além de C. albicans, outras espécies de Candida têm emergido em várias
patologias relacionadas ao gênero.O gênero Candida abrange cerca de 200
espécies de leveduras não produtoras de endósporos. Elas têm a capacidade de
formar pseudohifas, sendo a C. glabrata a única exceção, e as demais espécies do
gênero podem ser identificadas com base na morfologia colonial e na capacidade de
assimilação e fermentação de carboidratos.
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O meio cromogênico CHROMagar™ Candida possibilita a identificação presumida


das leveduras, pois contém vários substratos enzimáticos. Esses substratos,
quando hidrolisados pelas hexoaminidases correspondentes, permitem a
identificação da levedura com base na pigmentação exibida pela colônia em um
período de 24 a 48 horas.

Objetivos
● Identificar a levedura com base na pigmentação da colônia

Materiais e métodos
Inocular a suspensão de micro-organismos no meio CHROMagar™ utilizando a
técnica de esgotamento conforme instruções aprendidas na aula anterior. Incubar a
uma temperatura entre 30-37°C por um período de 48-72h.

Resultados e discussão
Interpretação dos resultados:

Microrganismo Aspecto característico das colônias

C. albicans Verde

C. tropicalis Azul metálico

C. krusei Rosa, rugosa

Outras espécies Branco a violeta

Analisando a Placa obtida no referido experimento observa-se o isolamento eficaz


das leveduras pela presença acentuada de colônias isoladas, pela cor azul metálica
apresentada por grande parte das leveduras pode-se concluir que a espécie de
Candida mais abundante na placa é a C. tropicalis, em um dos cantos da placa
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também é possível se observar uma coloração esverdeada o que sugere a presença


da espécie C. albicans.

A parte com coloração preta/escura não era esperada e sugere a ocorrência de


contaminação no momento da preparação da placa.

Sexta parte
Contagem de leveduras do gênero Candida na saliva

As leveduras pertencentes ao gênero Candida são microrganismos que residem na


cavidade bucal de seres humanos e de outros animais. A prevalência de portadores
de Candida na cavidade bucal varia, oscilando entre 50% e 60% dos indivíduos,
dependendo das características individuais e de fatores predisponentes específicos.

Objetivos
● Realizar a contagem do número de colônias características de leveduras do
gênero Candida
● Calcular o número de UFC/mL

Materiais e métodos
- Obter uma amostra de saliva não estimulada de 2 a 3 mL;
- Inocular 0,3 mL da saliva na superfície de uma placa contendo ágar-Sabouraud
dextrose com cloranfenicol, utilizando uma pipeta;
- Espalhar uniformemente o inóculo de saliva sobre o meio de cultura utilizando uma
alça de Drigalski e proceder à identificação da placa;
- Incubar a 37°C por 48 horas, seguido de mais 3 a 4 dias à temperatura ambiente.
- Realizar a contagem do número de colônias características de leveduras do
gênero Candida e calcular o número de UFC/mL da saliva

Resultados e discussão

Resultado após incubação

Pode-se afirmar que este não foi o resultado esperado para este experimento. O
que pode ter ocorrido é a falta de atenção no grupo que inverteu as placas do
experimento 4 e 6, onde na placa onde deveria ter sido aplicada a saliva foi aplicado
um dos fungos recebidos para outra parte do experimento.
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Resultado de outro grupo após incubação

Após o problema com o experimento, outro grupo nos ofereceu a foto de sua placa
para que pudéssemos continuar a análise do experimento.
Na placa podem ser observadas 4 colônias de leveduras do gênero Candida,
calculando o UFC temos:

UFC = 4 colônias /0,3 mL


UFC ~ 13,3 UFC/mL

Sétima parte
Prova do tubo germinativo

Objetivos
● Identificação de Candida albicans com base na formação de tubos
germinativos

Materiais e métodos
A partir de culturas previamente semeadas de C. albicans e Saccharomyces
cerevisiae (após 24 a 48 horas), transferir uma colônia para um tubo contendo 0,5
mL de soro usando uma alça de platina. Incubar a 37°C por duas horas. Depois,
colocar uma gota da suspensão na lâmina utilizando uma pipeta Pasteur e cobrir
com uma lamínula. Examinar no microscópio com aumentos de 100x e 400x.

Resultados e discussão
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Desenho lâmina C. albicans

Desenho lâmina Saccharomyces cerevisiae

A positividade na prova do teste do tubo germinativo confirma que se trata da


Candida albicans. O tubo germinativo é o pequeno filamento que brota do
blastoconídio, sem formação de constrição e septos como ocorre nas pseudo-hifas.
A prova do tubo germinativo teve sua incubação por um período de 2 horas, com
muita atenção para esse prazo, já que se ultrapassar o período de no máximo 3
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horas ocorre a formação de tubo germinativo em demais espécies de Candida e


outros gêneros.
Houve a negatividade da prova do tubo germinativo na lâmina de Saccharomyces
cerevisiae, o que já era esperado.

Referências bibliográficas
1. BROCK, T.D. et al., MICROBIOLOGIA DE BROCK. 14ª Ed. Artmed, 2016;

2. TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed.


Artmed, 2017.

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