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Resumo
Os fungos anemófilos pertencem a uma classe fúngica dispersa em geral na atmosfera.
Embora normalmente não sejam patogênicos, podem ser potencialmente perigosos
quando adquiridos por pacientes imunocomprometidos. A pesquisa em questão foi
realizada em um laboratório de zoologia, na Universidade do Oeste de Santa Catarina-
UNOESC, campus de Xanxerê e objetivou a identificação de fungos anemófilos a partir
da realização de culturas provenientes de 6 amostras coletadas no local.Posterior a
incubação, foram identificadas macroscopicamente 13 colônias fúngicas, nas quais 11
continham aspecto filamentoso e 2 leveduriformes. Para a confirmação, realizou-se o
exame direto com adição do corante Lactofenol azul de algodão, onde confirmou-se
microscopicamente os elementos celulares. Embora uma das amostras demonstrou se
tratar de uma colônia bacteriana, as demais coincidiram com a avaliação macroscópica
realizada previamente. Apesar de não terem sido realizados teste bioquímicos para
confirmação das espécies encontradas, concluiu-se que há a presença de fungos
anemófilos no laboratório da universidade em questão.
Introdução
Os fungos são organismos eucariotos podendo ser uni ou multicelular, o que
distinguem as hifas como septadas ou cenocíticas, além disso, é importante ressaltar que
não possuem clorofila em suas células (SILVA, COELHO, 2006).
Estes organismos são bastante comuns e presentes em diversos locais, podendo
variar de ambientes como no ar atmosférico, água e solo, até em outros organismos
como animais, plantas e seres humanos, podendo causar reações patogênicas ou não
(RÊGO, SANTOS, 2015).
Como um subgrupo dos fungos, existem a classe dos anemófilos, que são os
fungos presentes na atmosfera que em sua maior parte não são prejudiciais ao ser
humano. No entanto, em algumas pessoas podem ocasionar alergias, intoxicações e
infecções oportunistas, principalmente nos casos em que há um sistema imune
comprometido (FLORES, ONOFRE, 2010).
Um exemplo que é bastante comum, são os casos de reações respiratórias, como
asma, rinite e sinusite, que podem ser causados pelos esporos liberados pelas leveduras
no momento de sua reprodução (RÊGO, SANTOS, 2015).
Materiais e Métodos
Inicialmente foram preparadas as placas com meio de cultura para posterior
coleta e identificação dos fungos encontrados. O meio de cultura escolhido foi o Ágar
Sabouraud dextrose, que é um meio não seletivo, e nutricionalmente escasso,
permitindo o crescimento da grande maioria de fungos e impedindo a formação de
colônias bacterianas.
Em balança analítica, foram pesadas 6,5 g de ágar Sabouraud dextrose, sempre
mantendo uma fonte de calor próximo ao manuseio dos materiais. Após, adicionou-se o
pó em um béquer com 100 mL de água deionizada, agitando-o para melhor dissolução.
O béquer foi então aquecido em um micro-ondas até atingir o ponto ideal.
Posteriormente, próximo ao bico de Bunsen, o ágar foi adicionado em três placas
de petri e 3 tubos. Os tubos foram colocados sob um suporte com o intuito de exercer
um efeito levemente diagonal no meio adicionado.
Após a secagem dos meios, as placas de petri e os tubos, bem como as alças
bacteriológicas foram embalados com papel pardo e encaminhados para a autoclave.
Para o processo de esterilização dos meios, a autoclavagem normalmente ocorre em
temperatura de 121°C por cerca de 15 minutos. Por fim, os materiais foram retirados e
após o esfriamento, as coletas foram realizadas.
A coleta do material foi realizada no laboratório de zoologia da Universidade do
Oeste de Santa Catarina, campus de Xanxerê. As três placas de petri foram expostas a
atmosfera local durante 15 minutos. A primeira placa foi deixada dentro da gaveta de
EPI’s da bancada laboratorial. A segunda placa foi posicionada em cima da bancada,
próximo as pias. Já a terceira placa foi disposta na estante utilizada para o
armazenamento de diversos animais conservados em formol.
Para as culturas realizada nos tubos, as amostras foram colhidas com auxílio de
swab estéril. A primeira amostra foi coletada do interruptor de luz, a segunda, do
micrometro de um microscópico óptico e a terceira, da centrífuga das amostras.
Resultados e Discussão
Macroscopicamente observou-se a presença de 13 colônias, sendo 2
aparentemente leveduriformes e 11 filamentosas, como apresenta a imagem abaixo.
No tubo com amostra coletada do botão giratório que marca o tempo retrógrado
de funcionamento da centrífuga, foi possível visualizar macroscopicamente o
crescimento de quatro colônias filamentosas de cor preta, ambas de aspecto algodonoso,
que ao serem submetidas ao exame microscópico confirmaram a presença de inúmeras
hifas cenocíticas.
Já no tubo com amostra coletada do interruptor do laboratório não foi
visualizado o crescimento de nenhuma colônia macroscopicamente, deste modo, não foi
feita nenhuma lâmina para análise.
Mediante o exposto, pode-se afirmar que o laboratório da zoologia da
universidade apresenta fungos anemófilos em seu ambiente, e a maioria das culturas que
cresceram nas placas foram analisadas macro e microscopicamente.
Conclusão
A pesquisa contemplou a confecção e análise de três placas de petri e três tubos
para a verificação da presença de fungos anemófilos no laboratório de zoologia da
universidade, nos quais cresceram colônias tanto filamentosas quanto leveduriformes.
Embora nem todas as colônias tenham sido analisadas a nível microscópico, é
possível afirmar, a nível macroscópico, a prevalência no crescimento de colônias
filamentosas, em sua maioria de aspecto algodonosas.
Ressalta-se o achado de uma cultura bacteriológica, a qual não foi aprofundada
em pesquisa para distinguir sua classificação e sua patogenicidade devido a pesquisa
não ter essa finalidade, embora possa ser afirmado a importância de uma pesquisa mais
Referências