ESCOLA SECUNDÁRIA SANTA MARIA MAIOR

2022/2023

ATIVIDADE LABORATORIAL - RELATÓRIO

“MICRORGANISMOS NO MEIO
AMBIENTE”

DISCIPLINA: BIOLOGIA

DOCENTE: CONCEIÇÃO BARBOSA

ELABORADO POR: CAROLINA JORGE | CLARA DANTAS | MÁRCIA OLIVEIRA

12ºE
ÍNDICE

Introdução……………………………………………………………………………………………………………………3

Objetivo……………………………………………………………………………………………………………………….3

Material e reagentes………………..………………………………………………………………………………….4

Protocolo experimental….……………………………………………………………………………………………5

Resultados……………………………………………………………………………………………………………………6

Discussão…………………………………………………………………………………………………………………….7

Conclusão……………………………………………………………………………………………………………………9

Nota crítica………………………………………………………………………………………………………………….

Fontes de Informação………………………………………………………………………………………………….9
INTRODUÇÃO

Microrganismos são caracterizados por serem invisíveis ao olho nu podendo apresentar-se

como unicelular ou como uma colónia de células, desempenhando importantes funções no
meio ambiente. Estão divididos em diversos grupos, sendo essenciais para a manutenção da
vida e o equilíbrio dos ecossistemas, apesar de poderem ser considerados nefastos em certas
circunstâncias. Devido à sua relativa simplicidade morfológica e grande diversidade genética e
metabólica os microrganismos adaptam se a um enorme número de condições, sendo que a
sua diversidade e atividade metabólica está intimamente ligada à existência e diversidade dos
seres vivos no planeta.

Dos microrganismos que estudamos, destacam-se os fungos e as bactérias pela sua vasta
dispersão pelo meio atmosférico. Os fungos constituem um reino muito vasto, incluindo por
exemplo as leveduras e os bolores. Estes seres eucariontes são bastante disseminados pelo
meio ambiente, principalmente sob a forma de esporos, os quais podem ser produzidos de
forma assexuada ou sexuada. As formas unicelulares dos fungos são as leveduras (utilizadas na
confeção do pão e de bebidas alcoólicas), que se multiplicam rapidamente e realizam
respiração anaeróbia ou fermentação, reproduzindo se de forma assexuada, geralmente por
gemulação. Os bolores são fungos filamentosos que formam massas visíveis chamadas
micélios, compostas por longos filamentos, as hifas, que se ramificam e se entrelaçam. São
normalmente utilizados na produção de alguns queijos.

Bactérias são organismos unicelulares que não possuem núcleo definido nem organelos
membranosos. Podem ser classificadas de acordo com o seu formato, tal como os fungos,
sendo uma das formas mais comuns a esférica. Muito conhecidas por causarem doenças nos
seres humanos, as bactérias apresentam também a sua importância, atuando, por exemplo, na
limpeza da água e dos ambientes contaminados por resíduos químicos, na decomposição da
matéria orgânica e no fabrico de alimentos, como os iogurtes.

Estes microrganismos, tal como os outros organismos vivos, necessitam de obter os nutrientes
apropriados ao seu meio ambiente. Deste modo, se pretendemos cultivar e manter certos
microrganismos vivos em laboratório, é imperativo que os coloquemos em meios de cultura
contendo os nutrientes apropriados para o seu crescimento. Para além dos nutrientes, é
necessário também que as condições de oxigénio, pH e pressão osmótica sejam adequadas ao
desenvolvimento destes microrganismos. Na preparação dos meios e na manutenção das
culturas destes seres é importante observar as condições necessárias de assepsia, de modo a
se evitarem contaminações.

As colónias de diferentes espécies de microrganismos diferem nas diversas características

morfológicas como o tamanho, forma, textura e cor. Estas diferenças podem ser observadas
após a incubação, tendo ocorrido crescimento das mesmas.

PALAVRAS-CHAVE:

 Microrganismos, diversidade, fungos, bactérias, meio de cultura, colónias de bactérias

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OBJETIVO

O objetivo desta atividade prática é observar e analisar, num contexto formal, os

microrganismos que nos rodeiam e que estão presentes no meio ambiente, de modo a
aprofundar os conteúdos estudados relacionados com o uso de bactérias e fungos, na
fermentação lática e alcoólica, respetivamente, e ainda entender os conceitos associados a
estes seres vivos.

MATERIAL

 2 Placas de Petri
 Autoclave
 Meio de cultura/ nutritivo
 Frigorífico
 Gobelé
 Balança
 Vareta
 Balão volumétrico
 Estufa

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PROCEDIMENTO
Preparação do meio de cultura de acordo com as indicações do rótulo:

I. Pesar 11.5 g de meio nutritivo;

II. Dissolver em 500 mililitros de água;

III. Transferir solução para um balão volumétrico;

IV. Colocar na Autoclave durante 15 minutos a uma pressão de 1,02 Bar e a 100 °C de
modo a esterilizar o conteúdo.
V. Desligar a Autoclave e esperar que o indicador de pressão seja 0, sempre com atenção
à possibilidade de os materiais se encontrarem ainda a temperaturas elevadas;
VI. Lavar as placas de Petri com água e sabão, de modo a desinfetar;
VII. Derramar 10 ml do meio nutritivo estéril, ainda quente, na parte funda das placas de
Petri esterilizadas;
VIII. Colocar as Placas de Petri no frigorífico de modo a solidificarem;

IX. Identificar as placas (com a Data, Operador e Inócuo)

X. Com o auxílio de um cotonete, recolhe-se amostras de microrganismos presentes no
couro cabeludo. Com o mesmo, realiza-se um movimento em “zig zag” que abrange
toda a superfície, não sobrepondo o traçado de modo que as colónias se consigam
desenvolver separadamente. Fecha-se imediatamente a placa após o esfregaço para
evitar a sua contaminação;
XI. Uma segunda placa foi colocada a aproximadamente 20 cm acima do tampo de uma
sanita cujo autoclismo foi descarregado, ficando a placa contaminada com os
microrganismos deste ambiente. Fecha-se imediatamente a placa após a exposição
para evitar a sua contaminação;
XII. Colocar ambas as Placas de Petri na estufa onde se encontram as condições favoráveis
para o desenvolvimento dos microrganismos (24 °C);
XIII. Após uma semana, observam-se os primeiros resultados e analisa-se as caraterísticas
morfológicas das colónias em relação ao tamanho, cor, forma, margem e textura;
XIV. Após outra semana, repete-se as observações de modo a verificar se houve algumas
alterações;
XV. Registam-se os resultados.

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RESULTADOS

Inócuo: Couro Cabeludo Total de Colónias: 3

Número
Dimensão de Cor Forma Elevação Margem Desenho
colónias

7 mm 1 Amarelada Irregular Achatada Filamentosa

3 cm 1 Leitosa Punctiforme Achatada Lobulada

7 mm 1 Leitosa Circular Achatada Inteira

*foram encontrados 4 parasitas que se desenvolveram consideravelmente em 7 dias

Inócuo: Ambiente próximo do autoclismo Total de colónias: 2

Dimensão Número Cor Forma Elevação Margem Desenho

de
colónias
1 mm 35 aprox. Branca Circular Achatada Ondulada

5.5cm 1 Leitosa Rizoide Achatada Filamentosa

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Discussão
Nesta experiência, realizamos com sucesso a incubação de microrganismos de dois meios
distintos, o meio próximo do autoclismo e o couro cabeludo.

No inócuo meio próximo do autoclismo, observou-se um total de duas espécies distintas. Uma
destas apresenta aproximadamente 35 colónias, medindo cada uma 1 mm, sendo a sua forma
circular, a margem ondulada e a elevação achatada (Espécie 1). Foi analisada uma segunda
espécie de cor leitosa, forma rizoide, achatada e com uma margem filamentosa (Espécie 2). Na
primeira observação, após uma semana de incubação, a cor da espécie 1 era um branco
intenso sendo que na segunda observação, uma semana mais tarde esta cor tinha desvanecido
significativamente a olho nu. Uma possível explicação para este acontecimento é o
desenvolvimento da outra espécie, de cor leitosa, sobre esta, diminuindo a vivacidade da sua
coloração branca original.

Espécie 1

Espécie 2

Fig.1 Placa de Petri com o inócuo do ambiente

próximo ao autoclismo (duas espécies distintas
de bactérias desenvolvidas).

No inócuo relativo ao couro cabeludo, encontrou-se um total de três espécies distintas com
apenas uma colónia cada uma. Uma destas mede 7 mm, possuindo uma cor amarelada, forma
irregular, elevação achatada e filamentosa (Espécie 1). Foi ainda observada uma segunda
colónia com 3 cm, de cor leitosa, forma punctiforme, elevação achatada e margem lobulada

7
(Espécie 2). Por fim, analisou-se uma terceira colónia com 7 mm, cor leitosa, forma circular,
elevação achatada e margem inteira (Espécie 3).

Espécie 1

Espécie 3

Espécie 2

Fig.2 Placa de Petri com o inócuo do couro

cabeludo (três espécies de bactérias distintas
desenvolvidas).

Neste inócuo houve um inesperado infestamento de parasitas que se desenvolveram até

medirem 3 mm o que levou a ser necessário eliminar todo o conteúdo da placa de Petri, após
apenas uma semana. Devido a esta contaminação não possível verificar os resultados na
segunda semana. Uma possível explicação para o rápido crescimento destes organismos é as
condições em que estes se encontravam, nomeadamente a presença de nutrientes e a sua
colocação na estufa, que se podem considerar as ideias para o seu desenvolvimento. No que
toca ao momento da contaminação, coloca-se a hipótese de que estes seres vivos já
estivessem na estufa, pois, a Placa de Petri de controlo demonstrou a presença da mesma
infestação.

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Conclusão

Através da análise de diferentes microrganismos presentes no meio ambiente, foi possível

observar as diferentes espécies de seres vivos, nomeadamente bactérias, que fazem parte do
nosso quotidiano. Analisaram-se as características morfológicas dos mesmos o que permitiu
uma melhor compreensão das suas diferentes características e dos seus processos de
desenvolvimento.

Conclui-se desta forma que foi concretizado o objetivo da experiência em questão, tendo sido
possível aprofundar os conhecimentos já existentes relativos a este tema.

Nota crítica
Numa experiência futura, recomenda-se o uso de uma melhor técnica de esterilização das
Placas de Petri, de modo a se .evitarem possíveis infestações. Recomenda-se, por exemplo, o
uso de álcool etílico.

Fontes de Informação
 Toda a Matéria – “Microrganismo”. Acedido a 18/10/2022
https://www.todamateria.com.br/microrganismos/
 Toda a Biologia- “Microbiologia/ Microrganismos”. Acedido a
18/10/2022https://www.todabiologia.com/microbiologia/microorganismos.htm
 Toda a Matéria – “Bactérias”. Acedido a
18/10/2022https://www.todamateria.com.br/bacterias/
 Pensamento Verde – “Meio ambiente/ Saiba qual é a importância ecológica das
bactérias”. Acedido a 25/10/2022https://www.pensamentoverde.com.br/meio-
ambiente/saiba-qual-importancia-ecologica-das-bacterias/
 Science buddies- “Science fair projects/references/interpreting agar plates”. Acedido a
25/10/2022https://www.sciencebuddies.org/science-fair-projects/references/
interpreting-agar-plates

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 Universidade de Évora – “Micro manual- Textos de apoio e protocolo experimental”.
Acedido a 25/10/2022http://home.dbio.uevora.pt/~ibrito/micro/MICRO/MANUAL.pdf

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