Você está na página 1de 2

Carolina Outeiro de Azevedo Jorge

Nº2 | 10E

Grupo I

1)

O orador que argumentasse desta maneira estaria a cometer uma falácia do falso dilema. Este
tipo de falácias é cometido quando se reduz as opções possíveis a apenas duas, ignorando
outras possíveis alternativas, obtendo uma conclusão a partir daí uma disjunção falsa. Neste
texto, o orador afirma que se não existir praxe os alunos não se vão sentir integrados e ficarão
às margens das atividades académicas e, portanto, se existir praxe os alunos iram sentir-se
integrados e ficarão às margens das atividades académicas. Se analisarmos este argumento
objetivamente, é possível concluir que este não tem de ser sempre o caso, pois a praxe não
tem que obrigatoriamente fazer os alunos sentirem-se integrados assim como eles podem
sentir-se integrados a partir de outras atividades que não sejam relacionadas com a praxe.
Assim, o orador declara que só existem duas respostas possíveis, não tendo em conta outras
alternativas. Por este motivo, consigo concluir que a falácia aqui cometida é a do falso dilema.

Grupo II

1)

A ação humana designa algo que o ser humano executa intencionalmente, pressupondo
sempre a vontade livre do mesmo. A ação humana é, no fundo, aquilo que nos distingue dos
animais irracionais pois enquanto que a sua inteligência opera a favor dos instintos de forma
predeterminada para a sobrevivência, a nossa inteligência está ao serviço da ação. Tendo isto
em conta, podemos identificar neste excerto uma situação que assume a ação humana na
frase “O homem-estátua age por imobilidade”. Este exemplo corresponde a uma ação humana
pois contém as várias caraterísticas que a definem. Possui um agente, que corresponde a
quem toma a iniciativa da ação, neste caso o homem-estátua. O agente tem sempre de ser
humano, pois a realização de uma ação tem de ser de forma consciente e voluntária. De forma
consciente corresponde a termos noção do que estamos a fazer, ou seja, sabermos que a
estamos a realizar. Realizar algo voluntariamente remete para o que referi no início acerca da
livre vontade, que é algo que só o ser humano consegue adquirir pois o seu comportamento
não é regulado por uma conduta biológica específica. Portanto, diz -se que o homem-estátua é
o agente pois foi ele que conscientemente e voluntariamente deu início à ação. Quando
falamos da ação, podemos ainda referir a deliberação, a decisão e a responsabilidade. São
processos mentais que ocorrem durante o processo de o agente tomar uma ação. A
deliberação corresponde à ponderação entre as diferentes alternativas disponíveis, tendo em
conta as informações disponíveis e calculando as hipotéticas consequências de cada
alternativa, antecedendo a decisão. No texto é explicito um bom exemplo deste processo, pois
num jogo de xadrez, os jogadores têm de ponderar qual peça vão mover tendo em conta o que
isso vai implicar para o adversário. A decisão põe termo à deliberação, optando por uma das
alternativas o que implica sempre um risco e um compromisso que envolve aceitar as
consequências possíveis dessa escolha. Um exemplo de uma decisão seria o jogador de xadrez
fazer uma escolha e mover uma determinada peça, aceitando que isso o possa prejudicar ou
favorecer. A ação termina na responsabilidade, que remete ao que referi sobre as
consequências, pois depois de cometermos uma ação, temos que lidar com as consequências
da nossa decisão, sendo elas positivas ou negativas. Assim, a ação humana é algo muito
complexo, ao mesmo tempo que é algo que todos nós realizamos diariamente ao longo das
nossas vidas.

Grupo III

1)

O livre-arbítrio consiste na capacidade de decidir, ou seja, arbitrar em liberdade. O problema


do livre-arbítrio é algo bastante controverso sendo que existe teorias incompatíveis como o
determinismo radical e o libertismo. O libertismo defende que temos livre-arbítrio e
consequentemente não existe determinismo e o determinismo radical defende que todos os
acontecimentos são casualmente determinados por acontecimentos anteriores ou pelas leis da
Natureza e por isso não existe livre-arbítrio. Um dos argumentos do libertismo é que todos
nós, no dia-a-dia sentimos que tomamos decisões. Sentimos que temos o poder de escolher o
que vestimos, o que comemos, em que direção vamos. Se considerarmos o determinismo
como verdadeiro, temos que aceitar que todas essas decisões não foram de facto decisões o
que nos leva a chegar à conclusão de que não somos livres. Será que conseguimos aceitar o
facto de que tudo está determinado e que nunca tomamos nenhuma decisão espontânea?
Para responder à questão, eu acredito que a sensação comum de liberdade que nós possuímos
significa que temos livre-arbítrio, pois a alternativa não me parece razoável. Se realmente não
somos livres, como podemos afirmar que alguém cometeu um crime? Ou que cometeu um ato
de coragem? A responsabilidade moral que constitui um importante pilar na nossa sociedade
não ia ser viável, pois ninguém ia ser responsável pelas suas ações. Como poderíamos explicar
sentimentos como culpa se não formos responsáveis por nada? Tudo isto me leva a considerar
a existência do livre-arbítrio verdadeira pois no meu dia-a-dia sinto o peso das decisões que
tomo, assim como outras alternativas que podia ter tomado e a responsabilidade moral das
consequências das minhas ações.

Você também pode gostar