Você está na página 1de 2

RESUMOS FILOSOFIA

Falácias informais – são argumentos (não dedutivos) inválidos, aparentemente válidos e cuja
validade não resulta de uma deficiência formal, antes decorre do conteúdo do argumento, da
sua matéria, da linguagem natural comum usada nestes argumentos.

Falácia da generalização precipitada (argumento indutivo por generalização) – ocorre


quando se conclui abusivamente o geral de apenas um ou poucos casos.
“Fiz um teste de Filosofia e foi difícil. Logo, todos os testes de Filosofia são difíceis.”
Falácia da amostra não representativa (argumento indutivo de generalização) –
consiste em concluir de um segmento da população para toda a população, apesar de
a amostra incluir um número significativo de casos.
“Com base em inquéritos feitos aos estudantes do ensino superior, constata-se que
estes valorizam este tipo de ensino. Logo, todos os portugueses valorizam este tipo de
ensino.”
Falácia da previsão inadequada (argumento indutivo por previsão) – não existe forte
possibilidade de a conclusão corresponder à realidade, ou há informações que são
contra a conclusão.
“Este clube venceu todos os jogos até este momento. Logo, irá vencer os restantes 27
que faltam disputar”. “A temperatura da Terra nunca apresentou variações
explicativas. Logo, não terá variações no futuro.”
Falácia da falsa analogia (argumento por analogia) – as semelhanças não são
relevantes para a conclusão, não são em número suficiente ou existem outras
diferenças relevantes que permitem refutar a conclusão.
“O carro X é de uma marca potente. O carro Y tem a mesma cor que X. Logo, o carro Y
também é potente.” “O medico A estudou nesta universidade e é muito bom medico.
O médico B estou na mesma universidade. Logo, o médico B também é bom médico.”
“As máquinas não são conscientes. A mente humana é como uma máquina. Logo, a
mente humana não é consciente.”
Falácia do apelo ilegítimo à autoridade (argumento de autoridade) – não referir quem
será a figura de autoridade, a figura de autoridade não é relacionada com o assunto
em questão, controvérsia entre especialistas.
“Estudos indicam que comer um ovo por dia faz mal. Logo, comer um ovo por diz faz
mal.”
Falácia da petição de princípio – assume como verdadeiro aquilo que se pretende
provar sendo que a conclusão é usada como premissa de forma, muitas vezes,
disfarçada.
“O ser humano é inteligente, porque é um ser que possui inteligência.”
Falácia do falso dilema – reduzir as opções possíveis a apenas duas, ignorando as
restantes alternativas, obtendo uma conclusão a partir de uma disjunção falsa.
“Ou votas no partido X ou será a desgraça do país.”
Falácia da falsa relação causal – sempre que se toma por causa de algo, aquilo que é
apenas um antecedente ou circunstância acidental.
“Quando faço testes em dias de chuva tiro negativa. Logo, a chuva é a causa das
negativas.”
Falácia ad hominem – dirigido contra o homem, em vez de refutar a tese ou o
argumento, ataca-se quem o defende.
“Satre estava errado acerca do ser humano, pois não ia à missa.”
Falácia ad populum – comete-se quando se apela à opinião da maioria para tornar a
conclusão verdadeira.
“A maioria dos contribuintes considera legítimo fugir ao fisco. Logo, é legitimo fugir ao
fisco.”
Falácia do apelo à ignorância – sempre que a proposição é verdadeira só porque não
se provou a sua falsidade ou quando só é falsa porque não se provou como
verdadeiro.
“Não se sabe se os fantasmas existem. Logo, é falso que exista fantasmas.
Falácia do espantalho ou do boneco de palha – em vez de refutar o argumento do
outro, ataca uma versão simplificada, fraca e deturpada do mesmo.
“António defende que não devemos comer carne cujo processo de industrialização
seja cruel. Logo, o António quer que só comamos alface.”
Falácia da derrapagem ou bola de neve – para refutar algo, apresenta uma premissa
ou uma sequência de premissas progressivamente inaceitáveis.
“Se jogares a dinheiro vais-te viciar. Se te viciares, vais perder tudo o que tens. Se
perderes tudo o que tens terás de mendigar…”

Você também pode gostar