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Alteração do material genético

Mutações são alterações ou modificações súbitas, mas permanentes.

As alterações na sequência nucleotídica do DNA têm o nome de mutações génicas e os


indivíduos em que se manifestam dizem-se mutantes. (exs.: albinismo, hemofilia e
drepanocitose- anemia falciforme). Se a alteração na sequência de bases conduzir a mudanças
numa proteína que assegura funções chave no organismo, a realização da determinada pode
ser muito afetada.

As mutações podem também conduzir à formação de proteínas com novas capacidades que
poderão ser extremamente úteis, tanto na natureza como em laboratório e é por causa das
mutações que existe uma grande diversidade de genes que permitem a evolução de espécies.

Quando as mutações ocorrem ao nível dos gâmetas, mutações germinais, podem ser
transmitidas à geração seguinte; se as mutações têm lugar noutras células, mutações
somáticas, não são transmissíveis à descendência.

Fatores que podem aumentar a possibilidade de mutações:

Alterações ambientais
Raios X, raios gama e radiações ultravioleta
Calor
Substâncias químicas como corantes alimentares e alguns componentes do fumo do
cigarro

Ciclo celular

Ciclo celular – processo que ocorre na célula desde que esta se forma até que ela se replique

Quando as células de dividem, cada célula origina em regra duas células-filhas iguais à célula
mãe. Estas podem por sua vez tornar-se células mães de outra geração celular. Esta
capacidade das células é a base do crescimento dos seres vivos, da reconstituição de células e
de tecidos e da reprodução.

Nos organismos unicelulares, como as bactérias ou as leveduras, cada divisão celular


corresponde à reprodução pois a partir de uma célula formam-se duas ou mais células
independentes. Nos seres pluricelulares, são necessárias muitas divisões celulares para qie se
constitua um individuo a partir de um ovo. Um traço comum na divisão celular, tanto nos
eucariontes como procariontes é a precisão com que a informação genética é autoduplicada e
as cópias rigorosamente distribuídas por cada uma das células-filhas.

Estrutura dos cromossomas das células eucarióticas

Nos eucariontes, as moléculas de DNA estão no núcleo das células associadas a proteínas
constituindo estruturas filamentosas complexas, os cromossomas. São chamados corpos
coloridos pois apresentam grande afinidade para certos corantes. Ao longo da sua vida, podem
apresentar-se de forma distendida ou condensada.

A unidade básica de um cromossoma de uma célula eucariótica é uma longa molécula de DNA
que se encontra ligada a proteínas, representando mais de 50% do cromossoma. O DNA
transporta a informação genética e as proteínas são responsáveis pela forma física dos
cromossomas e por regular a atividade do DNA.
Em alguns períodos da vida celular, cada cromossoma é formado por uma única molécula de
DNA associada a proteínas, sendo assim constituído por um cromatídeo. Noutros períodos, o
DNA duplica e o cromossoma fica constituído por dois cromatídeos – duas moléculas de DNA
associadas a proteínas. Os dois cromatídeos apresentam-se ligados por uma estrutura sólida e
resistente chamada centrómero, que é uma zona de constrição do cromossoma, com uma
sequência de DNA especifica, à qual se liga um disco proteico.

Quando as células se encontram em divisão, os cromossomas apresentam-se bem


individualizados pois estão extramente condensados devido a fenómenos de espiralização –
possíveis de visualizar no microscópio ótico. Quando o cromossoma se apresenta distendido é
fino e flexuoso sendo de difícil visualizar ao microscópio.

Fases do ciclo celular


CICLO CELULAR
Conjunto de transformações que
ocorrem desde a formação de uma
célula até se dividir e originar duas
células filhas – processo dinâmico e
continuo
INTERFACE
FASE MITÓTICA
Período compreendido entre o fim
de uma divisão celular e o início da Período durante o qual ocorre a
seguintedurante
Período – maior parteocorre
o qual das células
a divisão celular – etapa visível ao
passa grande
divisão celular –parte
etapada vidaaonesta
visível microscópio
fase – crescimento e a duplicação
microscópio
do conteúdo celular

GIG1 G2

GG S

MITOSE CITOCINESE

METÁFASE ANÁFASE

PROFÁSE TELÓFASE

As células possuem numerosos filamentos cilíndricos, microtúbulos, constituídos por uma


proteína. Estes são coordenados por um centro organizador de microtúbulos (MTOC). Nas
células animais o centro organizador de microtúbulos é constituído pelo centrossoma, que
inclui os centríolos dispostos perpendicularmente. Os centríolos são estruturas cilíndricas
constituídas por microtúbulos altamente organizados, possuindo cada centríolo nove
conjuntos de 3 microtúbulos.

INTERFASE

Os cromossomas encontram-se distendidos não sendo visíveis ao microscópio.


FASE G1 FASE S FASE G2

Corresponde ao período entre o fim da Ocorre a autorreplicação de cada Decorre entre o final da síntese de
mitose e o início da síntese de DNA. uma das moléculas de DNA. A DNA e o início da mitose. Dá-se a
Intensa atividade biossintética estas novas moléculas associam- síntese de biomoléculas necessárias à
(proteínas estruturais, enzimas e RNA) se as respetivas proteínas e a a divisão tal como exemplo proteínas
havendo ainda formação de organelos partir deste momento cada que vão ser utilizadas na fase miótica.
celulares e como tal um crescimento cromossoma passa a ser
notório da célula. constituído por dois cromatídeos
ligados pelo centrómero. Nas
células animais, fora do núcleo,
dá-se a duplicação dos centríolos,
originando-se dois pares.

REPLICAÇÃO DO DNA E
CENTRÍOLOS

FASE MIÓTICA

MITOSE OU CARIOCINESE – divisão do núcleo


CITOSINESE – divisão física do citoplasma

FASE MIÓTICA
Conjunto de transformações durante as quais o núcleo das células eucarióticas se divide. As
células reorganizam os seus microtúbulos na forma de um fuso bipolar, estando o MTOC nos polos
do fuso. É um processo contínuo onde se distinguem quatro fases.
PRÓFASE METÁFASE ANÁFASE TELÓFASE
-Os filamentos de -Os cromossomas -Dá-se a clivagem -A membrana nuclear
cromatina atingem o seu de cada um dos desorganiza-se á volta dos
condensam-se máximo centrómeros, cromossomas de cada
tornando-se cada vez encurtamento. separando-se os célula-filha.
mais grossos e curtos. -Os pares de cromatídios, que -Os nucléolos reaparecem.
-Cada cromossoma é centríolos estão nos passam a -Dissolve-se o fuso miótico.
constituído por dois polos da célula. constituir dois -Os cromossomas
cromatídeos ligados -O fuso cromático cromossomas descondensam-se e
pelo centrómero. completa o seu independentes. alongam-se, tornando-se
-Os dois pares de desenvolvimento, -Os microtúbulos menos visíveis.
centríolos começam a notando-se que ligados aos -A célula fica constituída
afastar-se formando- alguns microtúbulos cromossomas por dois núcleos,
se entre entes o fuso se ligam a encurtam-se e terminando assim a mitose.
acromático ou cromossomas. estes começam a
mitótico, constituído -Os cromossomas afastar-se,
por um sistema d dispõem-se com os migrando para
microtúbulos centrómeros plano polos opostos:
proteicos. equatorial voltados ascensão polar
-Quando as centríolos para o centro desse dos cromossomas-
atingem os polos a plano e com os filhos.
membrana nuclear braços para fora. -No final da
desorganiza-se e os -Assim imobilizados anáfase, os dois
nucléolos na placa equatorial polos da célula
desaparecem. estão prontos para têm conjuntos
se dividir. completos e
equivalentes de
cromossomas e
portanto, DNA.

CITOSINESE – diz respeito à divisão do citoplasma e, portanto, à consequente individualização


das duas células – filhas. Em regra, nos dois últimos dois estados da mitose, no fim da anáfase
e na telófase, forma-se ma zona do plano equatorial um anel contráctil de filamentos
proteicos. Estes contraem-se e puxam a membrana para dentro, causando um sulco de
clivagem que vai estrangulando o citoplasma, até se separarem as duas células- filhas.

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