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Cromossomas

O material genético está distribuído por várias moléculas de DNA.

• Cada molécula de DNA, associada a histonas, constitui um filamento de cromatina


dispersa que, quando se enrola, origina um cromossoma (cromatina condensada).
• Quando o DNA duplica, o cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídios
ligados pelo centrómero.

O que é um cromossoma?
• Quando a célula se encontra em divisão a cromatina apresenta-se sob a forma de
filamentos curtos e espessos, tornando-se visíveis ao microscópio.
• Quando a célula não se encontra em divisão, a cromatina apresenta-se sob a forma
dispersa no núcleo (filamentos longos e finos) .
Ciclo celular
Conjunto de transformações que decorre entre a formação de uma célula e a sua própria
divisão em duas células-filhas.

• A auto-replicação do DNA permite que, sempre que uma célula se divide, cada célula-
filha herde uma cópia do seu material genético, perpetuando as características da
espécie. (Da divisão da célula depende a manutenção e continuidade da vida. A este
processo está sempre associada a replicação da informação genética.)

Nos organismos unicelulares,


como as bactérias ou as
leveduras, cada divisão celular
corresponde à reprodução.
Centríolos: Estruturalmente o centrossoma é
formado por um par de centríolos dispostos
perpendicularmente. Cada centríolo é constituído por
um nove trios de microtúbulos proteicos, que se
organizam em cilindro. (células animais só)

Os centríolos são organelos não envolvidas por


membrana que participam do processo de divisão
celular.

Nas células de fungos complexos, plantas superiores


(gimnospérmicas e angiospérmicas) e nemátodes não
existem centríolos. Eles estão presentes na maioria
das células de animais, algas e vegetais inferiores
como as briófitas (musgos) e pteridófitas.

Estruturalmente, são constituídos por um total


de nove trios de microtúbulos proteicos, que se
organizam em cilindro.

São autoduplicáveis no período que precede a


divisão celular, migrando, logo a seguir, para os polos
opostos da célula.

Interfase
Período que decorre entre o fim de uma divisão celular e o início da divisão seguinte e os
cromossomas estão descondensados.

O termo Interfase diz respeito à a fase compreendida entre duas mitoses diz respeito à a fase
compreendida entre duas mitoses sucessivas, durante a qual os cromossomas diz respeito à a
fase compreendida entre duas mitoses sucessivas, durante a qual os cromossomas estão
relaxados e funcionalmente ativos e onde se processa uma intensa atividade metabólica. É a
fase mais longa do ciclo celular e é subdividida em Fase G1, Fase S e Fase G2.

• Intervalo G1 – biossíntese de RNA e proteínas; formação de organitos; crescimento


celular. (Cada cromossoma é constituído por um cromatídio)
• Período S – replicação semiconservativa do DNA e síntese de histonas; filamentos de
cromatina com estrutura dupla. (Cada cromossoma passa a ser constituído por dois
cromatídeos unidos por um centrómero. / Não ocorre alteração do número de
cromossomas, no entanto, a quantidade de DNA duplica.)
• Intervalo G2 – biossíntese de RNA e proteínas; crescimento celular. (Nesta fase os
centríolos encontram-se duplicados havendo por isso dois pares enquanto que na
fase G1 só há um par.)
Fase mitótica
É a etapa da divisão propriamente dita, pela qual se originam duas células-filhas e que se
caracteriza pela divisão do núcleo chamada cariocinese ou mitose, seguida pela divisão do
citoplasma ou citocinese.

Mitose: Processo que decorre na divisão das células eucarióticas, pelo qual se formam
núcleos com o mesmo número de cromossomas do núcleo inicial. Embora a mitose seja um
processo contínuo, costumam distinguir-se quatro subfases: Profase  Metafase  Anafase 
Telofase.

Profase
• Etapa mais longa;
• A cromatina condensa, tornando-se cada vez mais grossa e curta. Os cromossomas
tornam-se cada vez mais visíveis, sendo constituídos por dois cromatídeos.
(Individualização dos cromossomas);
• Desaparecimento dos nucléolos e da membrana nuclear;
• Afastamento dos centríolos e início da formação do fuso acromático, Os centríolos
migram para polos opostos;
• Não ocorre alteração do teor de DNA nem do número de cromossomas. 46

Metafase

• Máxima condensação dos cromossomas;


• Disposição dos cromossomas no plano equatorial da
célula com os centrómeros orientados para o centro; (Os
cromossomas, constituídos por dois cromatídeos
alinham-se no plano equatorial do fuso acromático)
• Formação da placa equatorial
• Não ocorre alteração do teor de DNA, nem do número
de cromossomas. 46
Anafase
• Rompimento dos centrómeros e separação dos cromatídio,
originando dois cromossomas-filhos;
• Ascensão polar (migração aos polos) dos cromatídios-irmãos;
• No final da anafase, cada polo da célula contém um conjunto de
cromossomas iguais iguais;
• O número de cromossomas 46 não se altera, mas o teor de DNA
é reduzido a metade.

Telofase
• Dissolução do fuso acromático;
• Reorganização da membrana núcleo em cada núcleo-filho;
• Descondensação dos cromossomas, que se tornam longos
e finos;
• Não ocorre alteração do teor de DNA, nem do número de
cromossomas.

Citocinese
• Divisão do citoplasma;
• Ocorre por constrição (células animais) ou por
deposição, alinhamento e fusão de vesículas
golgianas (Complexo de golgi) na região equatorial,
com posterior deposição de celulose (células
vegetais);

Na zona do plano equatorial da célula forma-se um anel


contráctil de microfilamentos proteicos, que ao contraírem
vão puxando a membrana citoplasmática para dentro,
provocando um estrangulamento que separa a célula-mãe
em duas células – filhas;

Vesículas de Golgi fundem-se na zona central da célula. O seu


conteúdo em polissacáridos é libertado, originando a lamela
média. As membranas das vesículas são utilizadas na
construção da nova célula, depositando-se mais tarde
celulose que irá originar a parede celular.
Como varia a quantidade de DNA ao longo do ciclo celular?

• A auto-replicação de DNA que ocorre na fase S (1) faz com que a quantidade de
DNA duplique – Q para 2Q (cada cromossoma passa a ficar constituído por 2
cromatídeos).
• Na anafase ocorre a distribuição equitativa dos cromossomas (DNA) pelas células-
filhas (2Q para Q), recebendo cada uma a quantidade Q, que se mantém, assim,
ao longo das gerações.

Qual a importância biológica da mitose?

• Manutenção da estabilidade genética ao longo das gerações;


• Crescimento dos organismos pluricelulares;
• Regeneração de estruturas e renovação de tecidos.

Regulação do ciclo celular

Ao longo do ciclo celular, existem momentos, denominados pontos de controlo


(“checkpoints”), em que mecanismos celulares avaliam as condições da célula, antes de
iniciar a fase seguinte.

É nesses pontos que a célula “decide” se completa a divisão ou se interrompe o processo e,


dependendo das condições, a alternativa pode ser até a apoptose (morte celular programada)
que leva uma célula danificada ao suicídio. Nessas interrupções, são feitos reparos em DNA´s
eventualmente danificados, evitando que moléculas lesadas sejam duplicadas e transmitidas
às células-filhas.

Mutações
• No processo da replicação do DNA, a DNA polimerase revê a sequência formada e tem
a capacidade de corrigir a maior parte dos erros que possam ter ocorrido durante o
processo. Mas, apesar desta revisão, por vezes existem erros que permanecem…
Mutações: Alterações no material genético, na sequencia de DNA (genes). As mutações
são raras e muitas não são hereditárias.

• Silenciosas: Não afeta o a.a que é adicionada, não afeta a proteína;


• Non sense/ sem sentido: Interrompe a síntese proteica;
• Missense/ altera sentido: Um novo a.a é adicionado alterando a proteína.

As mutações podem:

• Cromossómicas: Ocorrer no número ou na estrutura dos cromossomas, afeta um


ou mais cromossomas; EX: síndrome de Down (47,XY+21)
• Genicas: Afeta apenas uma sequencia de DNA, modificam os genes. EX: anemia

As mutações apenas são transmitidas á descendência se ocorrerem em células da linha


germinativa, (espermatogónicas/ ovogónias)

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