Você está na página 1de 54

“omnis cellula e cellula”, isto é, toda a célula provém de outra

célula.
(Rudolf Virchow, 1821-1902)

Teoria Celular:

• A célula é unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos.


(Schawnn & Schleiden, 1838-39)

• Todas as células provêm de uma célula pré-existente.


(R. Virchow, 1855)

• A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade


dos seres vivos.
(Haeckel, 1866)
Da Cromatina ao Cromossoma
Alguns dados:

• Cada cromossoma mede,


em média, 10-3 nm de
comprimento e 10-2 nm de
diâmetro, a molécula de DNA
que o constitui tem 8 cm de
comprimento.

Metro (m) – 1m
Milímetro (mm) - 10-3m
Micrómetro (um) – 10-6m
Nanómetro (nm) - 10-9m
Histona
Angstrom (A) – 10-10m
Picómetro (pm) – 10-12m
Nucleossoma
• No núcleo de cada uma das
nossas células tem, bem
“empacotados” cerca de 2
metros de DNA?
Pares de
Cromossomas
homólogos

Cariótipo humano (homem XY)

Só são possíveis de contar e caracterizar quando a célula se encontra em


divisão (idealmente em metáfase). Os cromossomas homólogos são
semelhantes na forma e tamanho – os autossomas, ou cromossomas
somáticos, mas não os cromossomas sexuais ou heterossomas X e Y.
Ciclo celular – conjunto de transformações que
decorrem desde a formação de uma célula até ao
momento em que ela, por divisão, origina duas
células-filhas exatamente com o mesmo número
de cromossomas que a célula-mãe – mitose.

Mas…
A divisão celular pode ser mitótica (células-filhas
rigorosamente idênticas à célula-mãe – base da
reprodução assexuada) ou meiótica (que ocorre
associada à reprodução sexuada, originando
células-filhas diferentes da célula-mãe).
Ciclo celular
Ciclo celular em Procariontes

• A maioria dos procariontes apresenta uma só


molécula do DNA, circular, que não está
associada a proteínas e que se encontra dispersa
no hialoplasma, mas unida a um local da
membrana celular

• Antes da divisão celular ocorre a replicação


semiconservativa do DNA; cada uma das moléculas
de DNA resultantes une-se a dois locais
distintos da membrana celular da célula-mãe

• À medida que a célula-mãe cresce a sua membrana


celular alonga-se e as duas moléculas de DNA são
afastadas uma da outra de forma gradual

• Quando a célula-mãe atinge cerca do dobro do


tamanho inicial, duas moléculas de DNA estão
totalmente separadas. Nesta altura assiste-se ao
crescimento, para o interior da célula-mãe, da
membrana e da parede celulares, que permitem
individualizar duas células-filhas

• Este processo de divisão celular nos procariontes é


designado por fissão binária ou bipartição
Ciclo celular em Eucariontes

• A informação genética está


distribuída por vários
cromossomas

• Cromossoma = 1 ou 2 moléculas
de DNA + histonas (proteínas
que conferem estabilidade ao DNA
e são responsáveis pelo processo
de condensação).

• Nucleossoma = fragmento da
molécula de DNA + histona

• Quando o cromossoma possui na


sua constituição 2 moléculas de
DNA associadas a histonas, diz-se
que o cromossoma é constituído
por 2 cromatídeos

• Os 2 cromatídeos estão unidos por


um centrómero
Ciclo celular em Eucariontes

Compreende duas fases:

 Interfase (período que antecede a fase mitótica; mais demorada do que a fase

mitótica)

 Sub-dividida nas fases/nos períodos G , S e G


1 2

 Fase mitótica

 mitose (processo de divisão nuclear, que permite formar dois núcleos-

filhos com o mesmo número de cromossomas que o núcleo da célula-

mãe)

 Sub-dividida nas seguintes fases: profase, metafase, anafase,

telofase

 maior parte dos casos, citocinese (processo de divisão do citoplasma;

muitas vezes tem início durante a mitose)


Cronologia de acontecimentos num ciclo celular
Interfase em Eucariontes

INTERFASE

 Fase G (gap 1; growth 1)


1

• Aumento do tamanho da célula-mãe


• Intensa actividade de síntese – entre outros componentes, de proteínas necessárias à
replicação semiconservativa do DNA (as células com divisão lenta ou que não irão
sofrer divisão entram na fase G0 ou então sofrem morte celular programada)

 Fase S (synthesis)

• Replicação semiconservativa do DNA


• As novas moléculas associam-se a histonas; cada cromossoma passa a ser constituído
por2 cromatídeos ligados pelo centrómero (os cromossomas passam a ser constituídos
por duas moléculas de DNA, ou seja, pelo dobro da quantidade de DNA, em relação à
que apresentavam na fase G1)
• Replicação do centrossoma (cada centrossoma = 2 centríolos perpendiculares)
 Fase G2 (gap 2; growth 2)

• Intensa actividade de síntese - entre outros componentes, de proteínas necessárias à


separação dos cromatídios de cada um dos cromossomas
LINKS – SITES:

FASE MITÓTICA
https://www.youtube.com/watch?v=dBTMhHTALMo

https://www.youtube.com/watch?v=5gV5OML7jtA
A fase mitótica é constituída pela mitose e pela citocinese.
Interfase Prófase Metáfase
Na mitose, um núcleo (núcleo
original) divide-se e origina dois
núcleos geneticamente iguais entre si
e iguais ao núcleo original.
A mitose é subdividida em 4 etapas:
 Prófase
MITOSE  Metáfase
 Anáfase
 Telófase

A citocinese consiste na divisão do


citoplasma pelas duas células-filhas.
Citocinese Telófase Anáfase
Mitose - PROFASE
 É a etapa mais longa da mitose, os filamentos de cromatina
condensam-se, tornando-se cada vez mais curtos e densos.

 Cada cromossoma é constituído por


dois cromatídeos unidos pelo
centrómero.
 Os dois pares de centríolos
começam a afastar-se em sentidos
opostos, formando-se entre eles, o
fuso acromático ou mitótico,
constituído por um sistema de
microtúbulos proteicos (feixes).
 No final da profase, a membrana
nuclear desintegra-se, o nucléolo
desaparece e os cromatídeos ligam-
se ao fuso acromático.
Mitose - METAFASE
 Os cromossomas atingem o seu máximo encurtamento.

 Os centríolos encontram-se nos pólos da célula.

 Os cromossomas, unidos ao fuso


acromático, deslocam-se para o
centro da célula e alinham-se,
formando uma placa equatorial
(plano equidistante entre os dois
pólos).

 Os cromossomas dispõem-se com


os centrómeros no plano equatorial
voltados para o centro desse plano
e com os cromatídeos voltados para
fora (para os pólos).
Mitose em Eucariontes

• Profase

– os cromossomas enrolam-se em torno das histonas e, por isso, ficam


progressivamente mais condensados, curtos e grossos – condensação
– os centrossomas afastam-se para pólos opostos, formando entre eles o fuso
acromático (ou mitótico), constituído por feixes de fibrilas de microtúbulos
proteicos
– no final da profase o(s) nucléolo(s) “desaparece(m)” e a membrana nuclear
desintegra-se
– as cromossomas associam-se ao fuso acromático

• Metafase

– os cromossomas apresentam a sua condensação máxima


– os cromossomas, ligados ao fuso acromático pelos centrómeros
(cinetocoros/proteínas do centrómero), dispõem-se no pano equatorial da
célula formando a placa equatorial
– os centrómeros encontram-se voltados para o centro do plano equatorial,
enquanto que os braços dos cromossomas voltam-se para fora deste
Mitose - ANAFASE
 Dá-se a clivagem de cada um dos centrómeros, separando-se os
cromatídeos de cada cromossoma, originando cromossomas apenas
com um cromatídeo.

Os microtúbulos ligados aos


cromossomas encurtam-se e estes
começam a afastar-se, migrando
para pólos opostos: ascensão polar
dos cromossomas-filhos.

 No final da anafase, cada pólo da


célula contém um conjunto de
cromossomas iguais (cada um
constituído por um cromatídeo).
Mitose - TELOFASE
 Dissolve-se o fuso acromático.
 A membrana nuclear reorganiza-se à volta dos cromossomas de cada
pólo, individualizando os núcleos.

Os nucléolos reaparecem.

 Os cromossomas descondensam-se e
alongam-se até se tornarem num emaranhado de
cromatina com aspecto semelhante ao da
interfase.

 A célula fica constituída por dois núcleos


idênticos entre si e ao núcleo que os originou a
nível da constituição cromossómica e, como tal, da
constituição genética, assegurando-se a
manutenção das características hereditárias ao
longo das gerações.
Mitose em Eucariontes

• Anafase

– divisão dos centrómeros, separando-se os dois cromatídeos-irmãos que


constituíam cada um dos cromossomas
– os cromossomas iniciam a ascensão polar arrastados pela contracção das
fibrilas do fuso à qual estão fixos
– no final da anafase, cada pólo da célula possui um conjunto de cromossomas
exactamente igual (cada cromossoma é constituído por um só cromatídio)

• Telofase

– inicia-se a organização dos núcleos-filhos, com a formação de uma membrana


nuclear em torno dos cromossomas de cada núcleo-filho
– os cromossomas iniciam um processo de descondensação
– as fibrilas do fuso acromático desorganizam-se
– a mitose termina quando a célula possui dois núcleos
Mitose
CITOCINESE

Nas células animais, Nas células vegetais, a citocinese ocorre


a citocinese ocorre, por fusão de vesículas do aparelho de Golgi,
geralmente, que desta forma originam nova membrana
por estrangulamento celular e contribuem para a formação
do citoplasma. da parede celular.
Citocinese em Eucariontes animais

Nas células animais a citocinese faz-se por intermédio de um anel contráctil ou


estrangulamento do citoplasma. O estrangulamento resulta da contracção de um conjunto
de filamentos proteicos localizados junto à membrana plasmática, na parte interior. O
estrangulamento acentua-se até que a célula-mãe seja dividida em duas células-filhas.
Citosinese em Eucariontes
Vegetais
Citocinese em Eucariontes Vegetais

Citocinase nas células vegetais

• Nas células vegetais das plantas superiores não existem centríolos. As fibras do
fuso acromático são formadas a partir de estruturas, que se localizam nos pólos,
designadas por centros organizadores de microtúbulos.

• Nas células vegetais a existência de uma parede celular rígida impede a citocinese
por estrangulamento. Assim, verifica-se que vesículas resultantes do complexo de
Golgi, contendo celulose e outros polissacarídeos e proteínas, são depositados na
região equatorial da célula devido à acção orientadora de microtúbulos que se
formam entre os dois pólos celulares.

• A fusão das vesículas permite a formação da membrana plasmática de cada uma


das células-filhas. A libertação de polissacarídeos, como a celulose, contidos nas
vesículas permite formar a parede celular primária de cada uma das células-filhas.
Variação da quantidade de
DNA/lote de cromossomas
durante o ciclo celular de
células eucarióticas

- durante a fase G1 cada cromossoma é constituído por 1 só cromatídeo (1 molécula de DNA). Por
isso, a quantidade de DNA/lote de cromossomas é x

- na fase S ocorre replicação semiconservativa de DNA e cada cromossoma passa a ser constituído
por 2 cromatídeos (2 moléculas de DNA). Por isso, a quantidade de DNA/lote de cromossomas
duplica, passa a ser 2x

- na fase G2, profase e metafase, a quantidade de DNA/lote de cromossomas mantém-se igual a


2x

- na anafase ocorre a ascensão polar de cromatídeos-irmãos e a quantidade de DNA/lote de


cromossomas começa a diminuir para x

- na telofase a individualização de dois núcleos-filhos, cada um com o mesmo número de


cromossomas que o núcleo da célula-mãe, e cada um constituído apenas por um cromatídio, faz
com que a quantidade de DNA/lote de cromossomas seja x
Variação da quantidade de DNA no decurso do ciclo
celular
CICLO CELULAR

Variação da quantidade de DNA da célula durante o ciclo celular

Quantidade de DNA por lote de cromossomas

4Q

2Q

G1 S G2 M G1

0 14 28 Tempo (horas)
COMPARAÇÃO ENTRE CITOCINESE ANIMAL E VEGETAL

A- citocinese em células animais; B- citocinese em células vegetais


COMPARAÇÃO ENTRE CITOCINESE ANIMAL E VEGETAL
Fase mitótica em células animais Fase mitótica em células vegetais

Os centríolos estão presentes Os centríolos estão ausentes nas plantas


superiores
A citocinese ocorre por estrangulamento A citocinese não pode ocorrer por
do citoplasma. estrangulamento do citoplasma, havendo
No plano equatorial forma-se um anel formação de um septo de separação de
contráctil de filamentos proteicos que natureza celulósica. Vesículas com
contraem e puxam a membrana para origem no complexo de Golgi alinham-se
dentro, causando um sulco de clivagem na região equatorial, unindo-se e formando
que vai estrangulando o citoplasma, até se uma estrutura que é a membrana
separarem as duas células-filhas citoplasmática de cada célula-filha
(fragmoplasto). O conteúdo das vesículas
origina a lamela mediana entre as células-
filhas. A deposição de fibrilas de celulose
constitui as paredes celulares que
começam a formar-se do centro para a
periferia
Ocorre na generalidade dos tecidos Ocorre apenas em zonas específicas de
animais crescimento – os meristemas
CRESCIMENTO E REGENERAÇÃO DE TECIDOS VS.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

A mitose é responsável pelo


aumento do número de células
(crescimento) e pela
substituição de células
envelhecidas (regeneração).

mitose

https://www.youtube.com/watch?v=g3W54R
vcR-0
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Todas as células do organismo


contêm a mesma informação genética.
Contudo, podem especializar-se,
diferenciando-se umas das outras,
porque expressam diferentes partes
do DNA que possuem.

O ovo ou zigoto é uma célula


indiferenciada (não especializada)
com capacidade de originar todos os
tipos de células.
É, por isso, uma célula totipotente.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Existem algumas células –


células estaminais – que
não podem originar todos
os tipos de células, mas têm
a capacidade de originar
alguns tipos de células.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Algumas características
das células estaminais:

São células indiferenciadas


(não especializadas).
São capazes de se dividir e originar
diferentes tipos de células.
Têm capacidade de autorrenovação,
originando duas células-filhas com
destinos diferentes:
−uma das células permanece como
célula estaminal;
−a outra pode diferenciar-se
numa célula especializada.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

A capacidade de uma célula


originar outros tipos de
células especializadas é tanto
maior quanto menor for o seu
grau de diferenciação.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Será a diferenciação um processo irreversível?

 As células que perdem o núcleo


durante o processo de diferenciação,
como os glóbulos vermelhos, não
podem deixar de ser especializadas.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Será a diferenciação um processo irreversível?

 Nas plantas, células especializadas


podem reverter a diferenciação
e originar uma nova planta.

 Uma parte de uma planta também


pode originar uma nova planta
completa.

 Nestes casos, a nova planta é


geneticamente idêntica
à que a originou, pelo que
é denominada clone.
LINKS

DIFERENCIAÇÃO CELULAR https://ensina.rtp.pt/artigo/a-primeira-clonagem-de-um-


mamifero-adulto/

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/clonagem/#sthash.u4UqBi
Nt.dpbs
Será a diferenciação um processo irreversível?
 Nos animais, de forma geral,
as células diferenciadas perdem
a capacidade de originar todos os
tipos de células do organismo.

 Apesar disso, experiências feitas


em animais, tornaram possível,
em 1996, a clonagem de um
mamífero (a ovelha Dolly) a partir
de uma célula da glândula mamária,
após 277 tentativas.

Ovelha Dolly
Significado biológico da Mitose
• Multiplicação celular, que está na base dos
fenómenos de crescimento e desenvolvimento dos
seres pluricelulares;
• Renovação tecidular em seres pluricelulares;
• Na generalidade das plantas e em muitos animais
ocorre a regeneração celular de porções afectadas
ou amputadas;
• Está na base da reprodução assexuada;
• Está na base de diversos processos de clonagem.
Mitose
“A Mitose assemelha-se a um bailado
microscópico de cromossomas”

(ver) – vídeo mitose:


https://www.youtube.com/watch?v=nPG6480RQo0
COMPARAÇÃO ENTRE CITOCINESE ANIMAL E VEGETAL

• Mitose e Citocinese Animal – Vídeo:


https://www.youtube.com/watch?v=czaO1wYLSDo&gl=BR

• Mitose e Citocinese Vegetal – Vídeo:


https://www.youtube.com/watch?v=-1Mldnj5HFg
Chepoints/Pontos de controlo do ciclo celular
Checkpoints - estádio de paragem do funcionamento do ciclo celular e tradução do sinal que
induz a paragem em determinados pontos do ciclo celular

Os checkpoints existem para garantir a integridade do genoma (totalidade


de genes) e da dimensão das células!!!

G1 – durante esta fase as células monitorizam as condições ambientais internas e externas para
assegurar que estão reunidas as condições para a ocorrência da replicação semiconservativa do
DNA e da divisão celular com sucesso.

(1) As condições ambientais são favoráveis à divisão celular?


(2) O tamanho da célula é adequado?
(3) O DNA está em condições de ser replicado? Não está danificado?

Se não, as células não transitam para a fase S: o ciclo celular pára na fase G1 - G0 (1
e 2); o ciclo celular pára na fase G1 até que o DNA seja reparado ou as células sofrem apoptose
(3) – morte celular auto-programada.
Chepoints/Pontos de controlo do ciclo celular

G2 – durante esta fase as células monitorizam as condições internas e externas para


assegurarem que ocorreu uma replicação fiável do DNA e que as condições são favoráveis à
citocinese.
(1) O DNA está correctamente replicado?
(2) O DNA tem danos?
(3) O tamanho da célula é adequado?
• Se não, as células não transitam para a fase M: o ciclo celular
pára na fase G2 até que o DNA seja devidamente replicado ou
reparado ou as células sofrem apoptose (1 e 2); o ciclo celular pára
na fase G2 (3)

MITOSE: Metafase/Anafase – as células verificam se os cromossomas estão unidos ao fuso


acromático pelos cinetocoros e estão posicionados para formar a placa equatorial para que a
distribuição de cromossomas seja equitativa entre o núcleos-filhos.
(1) Existem cinetocoros livres?
(2) A placa equatorial está formada?
• Se não, as células não transitam da metafase para a anafase e
desta para a telofase, até que as condições sejam normalizadas.
Cinetócoro é uma espécie de "disco
de proteínas", localizado
no centrómero. É um complexo
proteico do centrómero que medeia
a ligação dos cromossomas ao
microtúbulo do cinetocoro,
promovendo a captura e o transporte
dos cromossomas.

Cinetocoro a
rosa
Checkpoints e o Cancro

Relação entre Chekpoints e o Cancro – ocorrem mutações nos genes que codificam
proteínas envolvidas nos checkpoints

• Os genes envolvidos na prevenção de cancros são designados por genes


supressores de tumores
– Exemplos de genes supressores de tumores: gene p53 e gene Rb

Gene p53:
- danos moderados do DNA activam o p53 = a sua transcrição e tradução conduzem
à formação de uma proteína que desencadeia um mecanismo de controlo
do ciclo celular, de tal modo que as células páram nas fases G1 e G2
- danos extensos no DNA activam o p53 = a sua transcrição e tradução conduzem à
formação de proteínas que activam genes responsáveis pela morte
celular programada (apoptose)

ATENÇÃO: Se o gene p53 sofrer mutações, desenvolvem-se tumores, em muitos casos


malígnos
Checkpoints e o Cancro

Considere-se a seguinte situação:


- células humanas selvagens e com p53 mutado foram sujeitas a radiações gama
- 8h depois foi determinada a distribuição das células humanas por fases do ciclo celular
Checkpoints e o Cancro

- as células selvagens, com o p53 funcional, pararam nas fases G1 e G2; após 8h depois da
exposição às radiações gama:
– a ausência de células na fase S indica que as radiações danificaram o DNA e
accionaram o checkpoint G1 que evitou a sua entrada na fase S, causando a
sua paragem na fase G1
– as células que haviam entrado na fase S, completaram a replicação
semiconservativa de DNA e entraram na fase G2, onde pararam - contribuíram para
o aumento do n.º de células nesta fase;
- as células com p53 mutado:

– não pararam na fase G1; a presença de um pico na fase S, 8h após a acção


das radiações, indica que o gene p53 sofreu mutações e que não operou no
sentido de evitar que as células transitassem da fase G1 para a fase S
(falha no chekpoint G1)
– o aumento do pico na fase G2 indica que o checkpoint que bloqueia a entrada das
células na mitose (checkpoint G2) ainda opera nestas células

NOTA!!!!

- as células com ambos os alelos p53 mutados não exibem um atraso na entrada da fase S, caso os
danos no DNA sejam moderados, e não sofrem apoptose, caso os danos no DNA sejam extensos. Se
o DNA dessas células sofrer danos, o DNA danificado é replicado, reproduzindo-se as mutações que
contribuem para a formação de células metásticas

Você também pode gostar