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Tudo que você precisa saber sobre

Biologia nessa P2
Núcleo Celular
Descoberta do Núcleo
Identificado e descrito no século XVII
Antonie van Leeuwenhoek (o “pai da microbiologia”) identificou-o como uma cavidade (séc. XVII)
Franz Bauer identificou-o em células vegetais em no início do século XIX
Robert Brown descreveu detalhadamente sua estrutura e nomeação em 1833
No final do século XIX Eduardo Balbiani descreveu o papel regulador do núcleo através do experimento de
merotomia em amebas: Uma ameba foi cortada de forma que um pedaço ficou com o núcleo, e o outro sem
ele. Como resultado, a parte sem núcleo celular morreu, enquanto a parte com núcleo regenerou-se
Em 1930, Joachim Hämmerlin realizou um experimento com duas espécies de algas do gênero Acetabularia,
removendo as umbrelas de ambas e fazendo um transplante cruzado dos núcleos. Esse processo levou ao
desenvolvimento de características de uma espécie na outra, levando Joachim à conclusão de que o nucléo
celular tem papel fundamental na determinação das características celulares

Características Gerais
Presente, exclusivamente, nas células eucarióticas
Centro de controle da atividade celular, possuindo quatro
componentes nucleares para seu funcionamento:
> Envelope nuclear (ou carioteca)
> Nucleoplasma (ou cariolinfa)
> Nucléolo
> Cromatina
Além disso, armazena os cromossomos, os quais são, de simples
Possui estrutura
modo, moléculas de DNA condensadas, contendo os genes ovoide ou esférica

Componentes Nucleares
Carioteca
Dupla membrana lipoproteica (composta por lipídios e proteínas) que envolve a lâmina nuclear,
a qual está entre as membranas
Protege e delimita o núcleo, controlando a passagem de substâncias entre o próprio núcleo e o
citoplasma
Interligada ao retículo endoplasmático
Possui poros nucleares, estruturas proteicas complexas. Cada poro é rodeado por um conjunto
de proteínas, que formam o “Complexo do Poro” (que atua no controle da passagem de
substâncias entre o núcleo e o citoplasma)
É desintegrada e, posteriormente, reconstituída durante a divisão celular
Nucleoplasma
Líquido semelhante ao citosol que preenche o núcleo (situa-se entre a cromatina e o(s)
núcleolo(s))
Sua composição (água, íons, ATP, nucleotídeos, enzimas, proteínas) favorece reações químicas,
como a síntese de ácidos nucleicos
Nucléolo
Estrutura esférica não membranosa e densa composta por um aglomerado de RNA
ribossômico recém-sintetizado (RNAr), DNA e proteínas, estando no interior do núcleo
Genes responsáveis pela síntese do RNAr estão em regiões especiais de múltiplas cópias de
cromossomos: RON (regiões organizadores do nucléolo)
Moléculas de RNAr são intensamente produzidas pelas RON e acumulam-se ao redor destas,
formando os nucléolos. Neles, as moléculas associam-se às proteínas e geram as subunidades
ribossômicas, que se unem para formar novos ribossomos
Estrutura e quantidade dos nucléolos varia ao longo do ciclo celular e o estado funcional da
célula
É desintegrado e, posteriormente, reconstituído durante a divisão celular

Cromatina
Conjunto de fios altamente corável, composto por DNA e histonas (proteínas que se ligam ao
DNA e desempenham o controle da atividade dos genes e outras funções)
Dois tipos: Heterocromatina, a qual é permanentemente condensada, e a Eucromatina, a qual
se condensa para a divisão celular
A condensação total da cromatina resulta na visualização dos cromossomos individualizados

Cromossomos
Bastões de cromatina altamente condensados
Entre a mesma espécie, o número é constante. Contudo, esse número varia
entre espécies
Estrutura:
1. Cromatídeo/Cromátide 2. Centrômero
3. Braço curto 4. Braço longo
• Cromossomo simples: Apresenta uma cromátide
• Cromossomo duplo/duplicado : Um cromossomo simples, antes da divisão
celular, produz outro idêntico a ele e os dois ficam unidos por meio de proteínas
chamadas coesinas. Essas duas cromátides idênticas são denominadas cromátides-
irmãs, sendo separadas e migrando cada uma para uma célula filha na divisão
celular
Organização varia durante o ciclo celular: Nível de condensação e estado de
duplicação
Diferentes níveis de condensação do DNA:
1. Cadeia simples de DNA
2. Filamento de cromatina (DNA com histonas)
3. Cromatina condensada em intérfase com centrômero
4. Cromatina condensada em prófase (Há agora duas
cópias da molécula de DNA)
5. Cromossomo em metáfase 1. 2. 3. 4. 5.

Intérfase - Período de preparação da célula para a divisão, ocorrendo crescimento e duplicação do DNA.
Prófase - Fase de condensação dos cromossomos.
Metáfase - Estágio em que os cromossomos estão nos polos da célula após atingiram nível máximo de
condensação. Melhor período para a visualização dos cromossomos
Cromossomos são classificados pela posição do centrômero:
1. Metocêntrico 2. Sub-metacéntrico
3. Acrocêntrico 4. Telocêntrico
Todas as células do corpo humano (exceto as reprodutoras)
possuem 23 cromossomos duplos/pares de cromossomos,
totalizando 46 cromossomos 1. 2. 3. 4.
Cromossomos homólogos são pares de cromossomos que têm formatos e tamanhos idênticos,
apresentando genes para uma mesma característica num mesmo local em sua estrutura. Um
origina-se do pai e outro da mãe
Células podem ser classificadas em:
• Diploide: Apresenta dois conjuntos cromossômicos (2n), ocorrendo cromossomos homólogos
• Haploide: Apresenta um conjunto cromossômico (n), não ocorrendo cromossomos homólogos

(Intérfase)

Cariótipo humano
Conjunto de cromossomos de uma espécie = cariótipo
Cariótipo humano normal é 46, XX (feminino) ou 46, XY (masculino)
Cariograma é a montagem da fotografia de um cariótipo, cujos cromossomos são
cuidadosamente identificados e organizados, possibilitando a análise da estrutura e do número
de cromossomos
Aberrações/Alterações/Mutações cromossômicas são mudanças na estrutura ou número dos
cromossomos, afetando o fenótipo do organismo portador e podendo levar a morte
• Alterações cromossômicas numéricas: Alteração no número de cromossomos
• Alterações cromossômicas estruturais: Alteração na estrutura dos cromossomos

Síndrome de Down: Trissomia do cromossomo 21 (um Síndrome de Cri-du-Chat: Parte do cromossomo


cromossomo extra) - Alteração numérica 5 está faltando - Alteração estrutural
Ciclo Celular
Informações Gerais
É o conjunto de eventos que engloba a existência da célula até a divisão
celular ou até o fim de sua atividade metabólica.
A frequência das divisões é diferente para cada célula.
Nos seres unicelulares, visa a reprodução. Nos seres pluricelulares, visa a
regeneração e crescimento, além da própria reprodução.
Dividido em intérfase e divisão celular (mitose ou meiose).

Intérfase
Preparação metabólica, antecedendo a divisão celular.
Possui 3 fases:
> G1: Crescimento celular
> S: Duplicação do DNA
> G2: Preparação para a divisão + Checagem adicional
Em certas células, como as presentes no início do desenvolvimento embrionário, o ciclos
celulares são mais curtos (S + divisão), e não seguem as 3 fases por completo
Em células com pouca frequência de divisão celular, existe o G0: a suspensão temporária do
ciclo celular, podendo entrar no G1 mediante à estímulos

Mitose
Divisão, além de fundamental, equacional: há a geração de células-filhas iguais à célula-mãe.
Falta de variabilidade genética (por ser equacional)
Prófase
Envolve:
Prometáfase
> Prófase
> Metáfase Centríolo
Mitose propriamente dita: duplicação do núcleo
> Anáfase Fuso
Metáfase
> Telófase
> Citocinese Divisão do citoplasma após a mitose
Telófase e
Fases da Mitose Citocinese

Prófase Anáfase
Início da condensação dos cromossomos e da formação do fuso mitótico
Desaparecimento do nucléolo e afastamento dos cromossomos

Prometáfase
Não citado por muitos autores: considerado parte da prófase
Fragmentação do envelope celular e maior condensação dos cromossomos

Metáfase
Pico da condensação dos cromossomos
Liberação dos cromossomos para o citoplasma: ligação dos cromátides com as fibras do fuso
mitótico e migração deles para a região mediana da célula
Anáfase
Cromátides irmãs se separam, acontecimento denominado de disjunção
Encurtamento do fuso mitótico e afastamento das cromátides para extremidades opostas
A não disjunção cromossômica resulta em aberrações cromossômicas numéricas, acarretando
na destruição celular ou câncer (distúrbios somáticos)

Telófase (Fim da mitose propriamente dita)


Cromossomos irmãos completamente afastados em polos opostos
Cromossomos, anteriormente condensados, se descondensam
Reconstituição do envelope celular e ressurgimento do nucléolo
Desagregação do fuso mitótico
Na célula vegetal, há a formação do fragmoplasto no final do processo

Citocinese
Separação do citoplasma dando origem a duas novas células
Na célula animal, acontece de fora para dentro, “estrangulando” o citoplasma e partindo-o em
dois (citocinese centrípeta)
Na célula vegetal, acontece de dentro para fora, em decorrência do desenvolvimento da
lamela média, o qual acontece com a deposição de vesículas ricas em pectina e hemicelulose
(citocinese centrífuga)

Meiose
Divisão reducional: células filhas com metade do número de cromossomos da espécie
Graças aos eventos de permutação ou crossing-over, há mistura de material genético e,
consequentemente, variabilidade genética
Inclui:
> Meiose I
> Prófase I
> Leptóteno
> Zigóteno
> Paquíteno
> Diplóteno
> Diacinese
> Metáfase I
> Anáfase I
> Telófase I
> Citocinese I
> Meiose II
> Prófase II
> Metáfase II
> Anáfase II
> Telófase II
> Citocinese II
Fases da Meiose
Prófase I: Conjunto de eventos
Leptóteno: Baixa condensação cromossômica e possível visualização dos cromossomos
Zigóteno: Há a sinapse cromossômica, ou seja, o pareamento de cromossomos homólogos, o
qual acontece em função do complexo sinaptonêmico, um grupo de proteínas juntas. Os
cromossomos homólogos ficam extremamente próximos por conta desse processo,
possibilitando a troca de trechos de DNA
Paquíteno: Formação dos bivalentes ou tétrades (as duas cromátides-irmãs de cada
cromossomo tornam-se visíveis, fazendo os dois homólogos pareados mostrarem quatro
cromatídes), os quais participam do processo de crossing-over ou permutação: permuta (troca)
de material genético entre os cromossomos homólogos, gerando variabilidade genética
Diplóteno: Início da separação dos cromossomos, ainda unidos nos pontos das cromátides
onde houve permutação. Esses pontos, agora visíveis, são os quiasmas
Diacinese: O afastamento leva ao deslocamento dos quiasmas para as extremidades dos
cromossomos, fenômeno chamado de terminalização dos quiasmas. Além disso, há o
desaparecimento do nucléolo e a fragmentação da carioteca

Leptóteno Zigóteno Paquíteno Diplóteno Diacinese

Metáfase I
Bivalentes dispõem-se na zona equatorial da célula, formando a placa equatorial ou
metafásica, cada componente do par de homólogos está ligado, pelo seu centrômero, às fibras
do fuso que partem de centríolos opostos. Além disso, há o pico da condensação
cromossomática

Anáfase I
Migração dos cromossomos homólogos para os polos da célula, em decorrência do
encurtamento das fibras do fuso. Diferentemente da mitose ou meiose II, nessa etapa não há a
divisão do centrômero

Telófase I
Chegada dos cromossomos nos polos, reorganização do nucléolo e da carioteca e
descondensação dos cromossomos

Citocinese I
Separação do citoplasma: surgimento de duas células filhas com metade do número original de
cromossomos
Meiose II
É uma divisão equacional, que, de simples modo, é semelhante à mitose, composto por prófase
(II), metáfase (II), anáfase (II) e telófase (II), dando origem a células haplóides
A não disjunção cromossômica — que ocorre quando os pares de cromossomos homólogos ou
cromátides irmãs não conseguem separar-se durante a meiose I ou II (ou durante a mitose) — gera
aneuploidias, ou seja, alterações cromossômicas, que, tirando as exceções das síndromes, são
incompatíveis com a vida

Câncer
No processo da divisão celular, agentes cancerígenos tem o poder de alterar o material genético
da célula, a qual pode gerar tumores com a divisão descontrolada e invadir tecidos e orgãos.
As células cancerígenas pode afetar diversas áreas do corpo, podendo até se locomover pelo
sangue para chegar em outros orgãos. Esse processo é a metástase
O câncer não se “pega”, e sim se desenvolve em decorrência de fatores ambientais e hereditários.
Alguns fatores, como tabagismo, obesidade, má alimentação e radiação colaboram para o
desenvolvimento desse processo, mas não necessariamente trarão câncer para todos que se
enquadram nesses fatores
Alguns cânceres são hereditários, ou seja, se desenvolvem por um efeito genético herdado.
Ir ao médico com uma certa frequência e desenvolver hábitos saudáveis diminui as chances de
desenvolvimento de câncer
Gametogênese
Informações Gerais
É o processo de produção de gametas, dividido em dois tipos:
> Espermatogênese: Formação de espermatozoides
> Ovulogênese/Oogênese/ovogênese: Formação de óvulos

Espermatogênese
Formação de espermatozoides a partir de células precursoras, as espermatogônias
No testículo, esse processo se dá nos túbulos seminíferos e, ao seu fim, os espermatozoides
são transportados para o epidímo, onde amadurecem e são armazenados até a ejaculação
É composto por 4 períodos:
> Período germinativo: Proliferação intensa e rápida por mitose.
> Período de crescimento: Crescimento das espermatogônias,
duplicando seus cromossomos, se tornando espermatócitos I
> Período de maturação: Espermatócitos I, por meiose I, se
tornam espermatócitos II, os quais, por meiose II, se tornam
espermátides
> Período de diferenciação: Processo de espermiogênese: cada
espermátides sofre mudanças em sua estrutura celular e se
torna um espermatozoide
Em idades mais avançadas, o período germinativo é mais lento e
menos intenso

Ovulogênese
Formação de óvulos iniciado na vida intrauterina, a partir de células precursoras, as ovogônias.
É composto por 3 períodos:
> Período germinativo: Intensa multiplicação das ovogônias nos
ovários do feto
> Período de crescimento: Ovogônias se tornam ovócitos I por
crescimento sem divisão celular, obtendo substâncias nutritivas
no citoplasma
> Período de maturação: Ovócitos I entram em meiose I, mas param
esse processo, apenas dando continuidade na puberdade, pela
estimulação de FSH (hormônico folículo estimulante - checa o
funcionamento dos testículos/ovários). Durante a vida fértil da
mulher, o FSH estimula alguns folículos ovarianos de forma
mensal, continuando a meiose I e produzindo um ovócito II e
um glóbulo polar. O glóbulo polar degenera, enquanto o
ovócito II inicia a meiose II, mas para esse processo na metástase II, apenas dando
c continuidade se houver fecundação. Caso contrário, haverá a degeneração do ovócito II.
C Caso aconteça, há a produção de um glóbulo polar e do óvulo, o qual forma um zigoto
q quando o espermatozoide funde-se com seu núcleo

Folículos ovarianos - Camadas de células envolvidas nos ovócitos I


Organelas Citoplasmáticas

Informações gerais
Também chamadas de orgânulos, organitos ou organoides
São pequenos componentes intracelulares responsáveis por funções específicas para as células
que as possui. Funcionam como pequenos órgãos dentro da célula, desempenhando papéis vitais
Podem ser membranosas (delimitadas por uma membrana) ou não

Organelas não-membranosas
Ribossomos
Pequenos grânulos constituídos por moléculas de RNAr conjugadas a moléculas de proteína (proteínas
ribossomais)
Função: Responsável pela síntese de proteínas, realizando a “leitura” das moléculas de RNAm e
promovendo a ligação entre aminoácidos
Presente em: Células procarióticas e eucarióticas (onde podem ser encontrados dispersos no citosol ou
aderidos às membranas do retículo endoplasmático e do envoltório nuclear). É a única organela presente
nas células procarióticas

Centríolos
Par de pequenos cilindros ocos situados no centrossomo e formados por nove conjuntos de microtúbulos
em trio
Funções: Separação dos cromossomos para as células filhas na divisão celular; formação de cílios e
flagelos (especializações móveis) em função de modificações estruturais.
Presente em: Células animais e vegetais (apenas nas células vegetais de briófitas e pteridófitas). Não está
presente em células de fungos

Organelas membranosas
Retículo endoplasmático
Sistema de finas membranas duplas, lipoproteicas, mergulhadas no citosol, formando uma complexa rede
de canais na célula
Pode apresentar cisternas (sacos achatados) e vacúolos, que armazenam substâncias. Há também túbulo,
que comunicam as cisternas entre si, e vesícula, bolsas que se destacam das membranas e transportam
substâncias
Presente em: Células animais e vegetais.
Há dois tipos de retículo endoplasmático:
Retículo endoplasmático rugoso (RER)/granuloso: Contém ribossomos aderidos
> Função específica: Intensa síntese e distribuição de proteínas (devido aos ribossomos aderidos a sua
membrana)
Retículo endoplasmático liso (REL)/não granuloso: Não contém ribossomos aderidos
> Funções específicas: Síntese de fosfolipídeos e esteroides (lipídios); metabolismo de carboidratos;
armazenamento de cálcio em células musculares; facilita a eliminação de substâncias tóxicas pelo processo de
inativação de substâncias.
Complexo Golgiense
Conjunto de cisternas (bolsas) empilhadas e achatadas: geralmente de 4 a 6, mas pode haver 20.
Faces polarizadas: cis (formativa, voltada para o RE) e trans (de maturação, voltada para a membrana
plasmática
Funções: Armazenamento, processamento e empacotamento de substâncias produzidas no RE (proteínas
e lipídios); secreção celular; síntese de carboidratos (celulose, pectina, mucopolissacarídeos); formação
dos lisossomos, acrossomos e lamela média
Presente em: Células animais e vegetais

Lisossomos
Pequenas vesículas lipoproteicas que contém enzimas formadas pelo complexo golgiense, como
nucleases (DNA e RNA) e fosfatases (remoção de fosfatos) .
Funções: Função heterofágica - Digestão de componentes externos à célula, obtidos por fagocitose ou
pinocitose; Função autofágica - Digestão de componentes intracelulares: reaproveitamento de
substâncias úteis, rejuvenescimento celular, esforço de sobrevivência (ex. privação alimentar), autólise
(autodigestão da célula)
Presente em: Células animais

Peroxissomos
Pequenas organelas membranosas que contém mais de 50 enzimas direcionadas a diversas funções;
destaque para a enzima catalase (degrada água oxigenada): 2 H2O2 -> 2 H2O + O2
Algumas outras funções: No fígado, há enzimas relacionadas com a produção do colesterol e a síntese de
sais biliares; no figado e rins, há a realização da oxidação de substâncias tóxicas provenientes da corrente
sanguínea, neutralizando-as; nas células de folhas, auxilia na fixação do gás carbônico; nas células de
sementes, transformação de ácidos graxos em nutrientes mais simples, que serão convertidos em glicose
e utilizadas pelo embrião em germinação. Peroxissomos de células de folhas e sementes são
denominados de glioxissomos
Presente em: Células animais e vegetais

Mitocôndrias
Organelas citoplasmáticas com dupla membrana: a membrana interna possui cristas mitocondriais
(dobras) e um líquido chamado de matriz mitocondrial (composto por DNA, RNA, ribossomos, proteínas,
entre outros). Diretamente relacionadas a processos energéticos celulares, sendo as “usinas de energia”
da célula
Funções: Degradação de carboidratos e lipídios para a produção da molécula de ATP, fundamental para a
respiração celular
Presente em: Células animais e vegetais

Cloroplastos
Organelas ricas em clorofila, sendo encontradas, nas plantas, principalmente nas folhas
Possuem cor verde pela presença da clorofila
Função: Responsáveis pelo processo de fotossíntese
Presente em: Células vegetais

Vacúolos
Estruturas envolvidas por membrana plasmática
Funções: Regula o pH; controla a entrada e saída de água; armazena substâncias; faz a digestão e excreta
os resíduos
Presente em: Células vegetais
Questões
1 - (ENEM 2013) A estratégia de obtenção de plantas transgênicas pela Inserção de transgenes em
cloroplastos, em substituição á metodologia clássica de inserção do transgene no núcleo da célula hospedeira,
resultou no aumento quantitativo da produção de proteínas recombinantes com diversas finalidades
biotecnológicas. O mesmo tipo de estratégia poderia ser utilizada para produzir proteínas recombinantes em
células de organismos eucarióticos não fotossintetizantes, como as leveduras, que são usadas para produção
comercial de várias proteínas recombinantes e que podem ser cultivadas em grandes fermentadores.

Considerando a estratégia metodológica descrita, qual organela celular poderia ser utilizada para inserção de
transgenes em leveduras?

a) Lisossomo.
b) Mitocôndria.
c) Peroxissomo.
d) Complexo golgiense.
e) Retículo endoplasmático

2 - (ENEM 2022) Uma informação genética (um fragmento de DNA) pode ser inserida numa outra molécula de
DNA diferente, como em vetores de clonagem molecular, que são os responsáveis por transportar o fragmento
de DNA para dentro de uma célula hospedeira. Por essa biotecnologia, podemos, por exemplo, produzir
insulina humana em bactérias. Nesse caso, o fragmento do DNA (gene da insulina) será transcrito e,
posteriormente, traduzido na sequência de aminoácidos da insulina humana dentro da bactéria.

De onde podem ser retirados esses fragmentos de DNA?

a) Núcleo
b) Ribossomo
c) Citoplasma
d) Carioteca
e) Retículo endoplasmático rugoso

3 - (ENEM 2017) Para estudar os cromossomos, é preciso observá-los no momento em que se encontram no
ponto máximo de sua condensação. A imagem corresponde ao tecido da raiz de cebola, visto ao microscópio, e
cada número marca uma das diferentes etapas do ciclo celular.

Qual número corresponde à melhor etapa para que esse estudo


seja possível?

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
4 - (FUNDEP - 2023) Foi perguntado ao professor como era possível um arranhão na pele desaparecer em
poucos dias. O professor explicou que isso era possível devido ao processo de divisão celular, na qual novas
células são formadas, levando assim à regeneração da pele.

A regeneração da pele destacada pelo professor ocorre devido à divisão celular do tipo

a) meiose, pois as células se dividem ao meio, dando origem a células idênticas à célula mãe.
b) meiose, pois a regeneração da pele demanda uma grande quantidade de células, e a meiose é capaz de
formar quatro células filhas.
c) mitose, em que uma célula mãe forma duas células filhas com o mesmo número de cromossomos que a
célula original.
d) mitose, em que as células formadas possuem uma mistura de DNA proveniente da camada mais externa
da pele e outra da camada mais interna.

5 - (FUNDEP 2012 - ADAPTADA) Analise as seguintes afirmativas sobre a meiose e a mitose e assinale com V as
verdadeiras e com F as falsas.
( ) As células-filhas são haploides na meiose.
( ) A meiose é restrita a gametas, e a mitose só ocorre nas células somáticas.
( ) A meiose gera diversidade genética.
( ) O estágio de prófase da mitose tem uma etapa; na meiose I, existem quatro estágios.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.

a) V, V, V, F
b) F, V, V, F
c) V, F, V ,V
d) V, F, V, F
e) V, F, F, V

6 - (IDCAP 2018) Na frase a seguir identifique em que etapa da mitose ocorre: É nesta fase em que o DNA e os
centríolos se duplicam. O DNA é condensado e com os centríolos em movimento dá-se início a divisão
mitiótica.

a) Metáfase.
b) Anáfase.
c) Prófase.
d) Telófase.
e) Citocinese

7 - (UEG - ADAPTADA) O processo de formação de espermatozoides, conhecido como espermatogênese, ocorre


em quatro períodos: germinativo, de crescimento, de maturação e de diferenciação. Sabendo-se que o
espermatócito I é encontrado no período de crescimento e que a espermátide é encontrada ao final do período
de maturação, pergunta-se: quantos espermatozoides serão formados a partir de 80 espermatócitos I e de 80
espermátides?

a) 40 e 20.
b) 160 e 320.
c) 320 e 80.
d) 320 e 160.
e) 160 e 80
8 - (UERR) A reprodução sexuada se caracteriza pela gametogênese e pela fecundação ou fertilização. Em
relação a espermatogênese e a ovulogênese, analise cada proposição e assinale (V) para verdadeiro ou (F) para
falso.

( ) Os espermatozoides e os óvulos são gametas haploides (n).


( ) As ovogônias são haploides (n) e se dividem por mitose.
( ) Na espermatogênese, cada espermatogônia produz quatro células filhas haploides (n) (espermatozoides).
( ) A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto que a ovogênese está relacionada ao ciclo
reprodutivo da mulher.
( ) Os núcleos dos espermatozoides e dos óvulos se unem formando o zigoto, que é uma célula haploide (n).

Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – F – F – V – V.
b) V – V – V – F – F.
c) F – V – F – V – V.
d) V – V – F – F – V.
e) V – F – V – V – F.

9 - (UFRGS 2015) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes aos constituintes do
núcleo celular.
( ) A carioteca é uma membrana lipoproteica dupla presente durante as mitoses.
( ) Os nucléolos, corpúsculos ricos em RNA ribossômico, são observados na interfase.
( ) Os cromossomos condensados na fase inicial da mitose são constituídos por duas cromátides.
( ) Cromossomos homólogos são os que apresentam seus genes com alelos idênticos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – V – F – V
b) V – F – V – F
c) F – V – V – F
d) F – F – V – V
e) V – F – F – V

10 - (ENEM 2021) Em uma pesquisa estão sendo testados cinco quimioterápicos quanto à sua capacidade
antitumoral. No entanto, para o tratamento de pacientes, sabe-se que é necessário verificar também o quanto
cada composto agride células normais. Para o experimento, partiu-se de cultivos de células tumorais (colunas
escuras na figura) e células normais (colunas claras) com o mesmo número de células iniciais. Dois grupos-
controle não receberam quimioterápicos: controle de células tumorais (CT) e de células normais (CN). As
colunas I, II, III, IV e V correspondem aos grupos tratados com os cinco compostos. O número de células viáveis
após os tratamentos está representado pelas colunas.

Qual quimioterápico deve ser escolhido para tratamento


desse tipo de tumor?

a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
Questões - Gabarito
1. B
2. A
3. C
4. C
5. D
6. A
7. C
8. E
9. C
10. B

Considerações Finais
Alguns radicais gregos e latinos que podem ser úteis pra essa P2
Akron (ponta, extremidade) – Acrossoma
Ana (separação, para cima) – Anáfase
Autos (próprio) - Autofágia, autólise
Calyx (casca, envoltório) – Glicocálix
Chiasma (cruzamento, em forma de X) - Quiasma
Dia (separação, através de) – Diacinese
Endos (dentro, interno) – Endoplasmático
Eu (verdadeiro, bem, bom) – Eucarionte
Genesis (origem, geração, nascimento) - Gene/Gametogênese
Germen (semente, rendimento de um novo ser) - Germinativa
Haploos (simples, único) - Haploide
Hetero (diferente) - Heterocromatina
Inter (entre) - Intérfase/Intercelular
Karyon (nucléo) - Carioteca/Cariolinfa/Eucarionte/Procarionte
Khroma (cor) - Cromatina/Cromossomo
Kytos (célula) - Citologia/Citoplasma
Leptos (fino, delgado) - Leptóteno
Lympha (fluído, água) - Cariolinfa
Lysis (quebra, destruição, dissolução, separação) - Lisossomo
Meta (além de) - Metocêntrico/Metáfase
Metabole (mudança, troca) – Metabolismo
Mitos, mytos (fio, filamento) – Mitose
Nux (semente) - Núcleo/Nucleoplasma/Nucléolo
Onthos (ser) – Procarionte/Eucarionte
Pachys (espesso, grosso) - Paquíteno
Phagein (comer) – Fagocitose/Heterofagia/Autofagia
Phasis (aparição, visão) – Prófase/Metáfase/Anáfase/Telófase
Pheno (evidente, brilhante) - Fenótipo
Pinein, pino (beber, sorver) – Pinocitose
Plasma (líquido, matéria, molde) – Citoplasma/Nucleoplasma
Pro (anterior) – Procarionte/Prófase
Semen (semente) – Seminífero
Soma, somatos (corpo) – Ribossomo/Lisossomo
Spermatos, sperma (semente) – Espermatozoide
Syn (juntos) – Sinapse
Tainia (fio, fita) – Leptóteno/Zigóteno/Paquíteno
Telos (fim, distante, afastado) – Telófase/Telocêntrico
Theka (estojo, caixa, envoltório) – Carioteca
Typos (característico, modelo, molde) – Genótipo/Fenótipo/Cariótipo
Zygon (par) - Zigóteno

Nota dos Autores


As informações presentes nesse documento se baseiam nos conteúdos fornecidos pelo professor e
algumas fontes de estudo exteriores, mas não englobam as vivências em sala de aula, as quais
podem ser assunto de avaliação. É importante não se basear completamente nesse documento, já
que o aprofundamento do estudo cabe a você, e não a nós, que delimitamos as informações
presentes.
Bons estudos!

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