Você está na página 1de 8

RESUMO 12 – CROMOSSOMO – 2009

• São resultados da condensação da cromatina que ocorre durante a divisão celular.

• O grau de condensação é máximo na metáfase

• A duplicação do DNA é condição determinante para que a célula entre em divisão.

• Cada cromátide é resultado da compactação da fibra cromatínica de 30nm.

Desenho esquemático mostrando vários graus de compactação da cromatina

• A estrutura dos cromossomos metafásicos foi demonstrada experimentalmente:

- Cromossomos foram tratados com substâncias polianiônicas, que competem com o DNA pela ligação com as
histonas, que foram removidas, a estrutura resultante manteve a morfologia original dos cromossomos em
um esqueleto central -- Esqueleto metafásico

• Esse experimento sugere que o cromossomo metafásico é formado por um esqueleto central de proteínas
não-histônicas, ao qual a fibra cromatínica de 30nm se associa em alças.
• Foi isolada e caracterizada bioquimicamente uma família de proteínas envolvidas com a organização
estrutural dos cromossomos – SMC (structural mantenance chromosomes).

• Pertencem a essa família dois grandes complexos proteícos:

• Complexo condensina

• Complexo coesina

As coesinas mantêm unidas as duas cromátides-irmãs

As condensinas enrolam moléculas de DNA no processo de compactação dos


cromossomos

Juntas, as coesinas e condensinas auxiliam na redução dos cromossomos mitóticos a pequenas estruturas
condensadas que podem ser facilmente segregados durante a mitose.

 As duas cromátides de um cromossomo se unem através de uma região de estrangulamento, com a


participação das proteínas do complexo coesina, constrição primária ou centrômero.

 Nessa região, a cromatina está bastante condensada e as sequências de DNA são altamente repetitiva – DNA
satélite.

 Cada cromossomo possui apenas um centrômero, e a posição deste permite a classificação morfológica dos
cromossomos:

 Metacêntrico – dois braços com tamanhos iguais

 Submetacêntrico – braços com tamanho desiguais


 Acrocêntrico – centrômero subterminal, deslocado para uma das extremidades

 Telocêntrico - centrômero terminal

 Lateralmente ao centrômero, cada cromátide apresenta uma estrutura proteíca associada – cinetócoro.

 ME – cinetócoro aparece constituído por três discos empilhados:

- disco mais interno contacta com o centrômero

- disco mais externo se ligam os microtúbulos

 os cinetócoros dirigem a migração dos cromossomos durante a divisão celular.

Certos cromossomos apresentam estreitamento que aparece sempre no mesmo lugar – constrição secundária -
utilizada a caracterização dos cromossomos.

• A região organizadora do nucléolo está presente na constrição secundária de alguns cromossomos.


• Nas extremidades do cromossomo metafásico são encontradas sequências especiais de DNA – Telômero –
impedem a adesão dos cromossomos entre si, mantendo a sua estabilidade.

• As sequencias teloméricas são replicadas por uma enzima específica: Telomerase

CICLO CELULAR

Ä Período que compreende as modificações ocorridas em uma célula, desde a sua formação até sua própria divisão
em duas células filhas.

Principal característica do processo é sua natureza cíclica.

Ä Crescimento e divisão celular devem compensar-se de tal modo que o ciclo duplicação-divisão permita um
equilíbrio com a manutenção das características celulares essenciais.

• EX: conservação do tamanho celular constante à crescimento interfásico se compensa com a divisão
mitótica ð equilíbrio essencial.

Duas amplas etapas ocorrem no ciclo celular:

1) a célula não apresenta evidentes mudanças morfológicas nucleares, a célula cresce e se prepara para nova
divisão ð etapa entre duas divisões (mitoses) sucessivas ð Interfase.

2) célula se divide originando 2 células descendentes ð com divisão do núcleo ð Mitose e a divisão do
citoplasma ð Citocinese.

O uso de precursores radioativos, utilizando-se métodos bioquímicos ou radioautográficos ð descobrimento-chave


ð que permitiu a divisão da interfase em 3 períodos: G1, S, G2 sendo G = gap (intervalo)

S = síntese de DNA
• PERÍODO G1:

• Fase do ciclo mais variável em duração.

• Caracteriza-se pelo reinício da síntese de RNA e proteínas (interrompidos durante a mitose).

• Célula cresce continuamente durante esta fase.

• 80% do RNA sintetizado é rRNA.

• G1 curto: epitélio que reveste o intestino delgado (3 dias)

• G1 longa: epiderme (20 dias)

• G0 = células que não se dividem, permanecendo indefinidamente na interfase: células nervosas e músculo
liso.

• Importância do período G1 ð controlador de uma decisão celular ð continuar proliferando ou retirar-se do


ciclo e entrar em um estado quiescente.

• PERÍODO S: a célula duplica seu conteúdo de DNA è técnicas de radioautografia (precursor marcado)
demonstrou que a incorporação não ocorre ao mesmo tempo em todos os cromossomas e dentro de um
mesmo cromossoma à há uma assincronia.

• Portanto: conclui-se que, dentro do período S, os diversos segmentos dos cromossomas começam e
terminam sua duplicação em movimentos distintos è síntese de DNA é semiconservativa.

• PERÍODO G2 : preparativos necessários para a próxima mitose (maioria desconhecidos).

• Sabe-se que a síntese de RNA e de proteínas iniciadas em G 1 continua nos períodos S e G 2 e se interrompe no
período seguinte (mitose).

• Um sistema central de controle aciona os principais processos do ciclo celular.

• O controlador central aciona cada processo em uma seqüência determinada.

• O sistema de controle do ciclo celular executa tudo isso por meio de freios moleculares que podem parar o
ciclo em vários pontos de checagem.

• Assim sendo, o sistema-controle não aciona a próxima etapa no ciclo a não ser que a célula esteja preparada.
• Dois importantes pontos de checagem ocorrem em G 1 e G2.

• G1 = sistema de controle determina se a célula deve proceder para fase S.

• G2 = sistema de controle determina se a célula deve proceder para a mitose

• Em G1 controladores internos do ciclo constituídos por diversos componentes protéicos agem induzindo ou
impedindo a progressão do ciclo.

• Em células animais, o ponto de checagem em G1 é chamado de ponto de restrição ou ponto R.

• É transposto quando proteínas sintetizadas em G 1 são acumuladas e alcançam uma quantidade crítica.

• Passado o ponto R, a célula está comprometida a entrar na fase S e prosseguir até o final do ciclo de divisão.

• Um outro mecanismo de controle que ocorre em G 1 é a interrupção temporária do ciclo, induzida pela
presença de danos no DNA, para que os mecanismos de reparo operem antes da fase de replicação.

• Em células animais, o sinal de parada em G 1 é dado por uma proteína  p 53 (aumento dos níveis
intracelulares em resposta a danos no DNA)

• Período S = início de síntese do DNA

• Célula duplica seu conteúdo de DNA ð replicação.

• Duas fitas de DNA original (parentais) são copiadas ð duas moléculas-filhas com somente uma das fitas
recém-sintetizadas ð replicação semiconservativa.

• A duplicação de DNA não se dá ao mesmo tempo em todas as moléculas de DNA de um núcleo ð


assincrônica ð regiões específicas do material genético ou genes individuais começam e terminam sua
duplicação em momentos definidos.

• Início da replicação

• céls. procariontes ð único local ð origem de replicação.

• céls. eucariontes ð várias origens ð unidades de replicação ð réplicons.


• As duas cadeias são antiparalelas ð um filamento tem direção 5’à 3’ e o outro direção contrária 3’à 5’ ð
replicação semidescontínua.

• Cópia da cadeia parental 3’à 5’ ð síntese contínua ð cadeia líder ou contínua

• Cópia da cadeia parental 5’à 3’ ð síntese série de fragmento ð cadeia retardatária ou descontínua .

• Fragmentos da cadeia descontínua ð fragmento de Okazaki

• Enzimas envolvidas na replicação:

• DNA-polimerases à sintetizar DNA a partir de seus precursores.

• céls. eucariontes à DNA-polimerases alfa(a) e delta(d) à replicação DNA nuclear

à DNA-polimerase épsilon(e)à mecanismo de reparo

à DNA-polimerse beta(b) à processo de reparo

à DNA-polimerse gama(g) à replicação DNA mitocôndria

• Início da síntese à auxílio de uma pequena seqüência inicial de nucleotídeos à primer à segmentos
curtos de RNA.

• primers que fazem parte dos fragmentos de Okazaki à RNA-polimerase à primase.

• primer da cadeia contínua à RNA-polimerase.

• helicase à desenrolamento da dupla hélice à quebra das pontes de hidrogênio entre as duas bases.

• DnaA à proteína de ligação da helicase

• proteínas SSP à mantêm os filamentos separados

• DNA-topoisomerase à DNA-girase à impede que um superenovelamento ocorra

• exonuclease à DNA-polimerase que possuem atividade de remover os primers

• DNA-ligase à união dos fragmentos

• Células eucariontes à DNA + proteínas histonas.


• Montagem do DNA recém-duplicado em nucleossomos parece ocorrer logo atrás da forquilha de
replicação à conforme esta avança à fibra nucleossômica é reestruturada nas duas novas moléculas de
DNA nascentes.

• Apesar da complexidade a replicação do DNA é extremamente precisa à propriedade especial da DNA-


polimerase à capacidade de conferir as bases à medida em que as adiciona ao novo filamento de DNA.

• São capazes de remover imediatamente as bases adicionadas erradas antes que a síntese do filamento de
DNA continue.

• Período G2 = preparativos para a próxima mitose.

• Fundamental que a replicação tenha sido completada e que possíveis danos tenham sido completamente
reparados à checagem de G2.

• Síntese de proteínas não-histonas à associar-se aos cromossomos durante a condensação na mitose.

• Acúmulo de complexo protéico citoplasmático à complexo ciclina-Cdk à regulador geral da transição de G 2


para M à induzindo a célula a entrar em mitose e ainda sendo responsável por eventos típicos dessa fase:
condensação cromossômica, ruptura do envoltório nuclear , montagem do fuso e degradação da proteína
ciclina

• Síntese de RNAs extranucleolares e continua a síntese geral de proteínas iniciada em G 1.

Você também pode gostar