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Mariana Simões

BIOLOGIA 11º ANO

Diferenças entre DNA e RNA


DNA RNA

● Pentose + Grupo fosfato + Bases ● Pentose + Grupo fosfato + Bases


Azotadas Azotadas
● Estrutura cadeia dupla ● Estrutura cadeia simples
● Desoxirribose ● Ribose
● Adenina, Timina, Guanina, Citosina ● Adenina, Uracilo, Guanina, Citosina
● Cadeias longas ● Cadeias curtas
● Núcleo, mitocôndrias, cloroplastos. ● Citoplasma

*Bases pirimídicas - C, T e U
*Bases púricas (anel dupla) - A e G

Molécula de DNA
● Armazena a informação genética e exprime-a pelas proteínas
● Histonas: proteínas que são enroladas pelo DNA
● Cromatina: DNA + Histonas
● Cromatina condensa e forma um cromossoma
● Estrutura em dupla hélice - duas cadeias enroladas entre si, complementares e
antiparalelas; crescimento de 5´ → 3´
● Estabelecem-se ligações de hidrogénio:
- A (2) T
- G (3) C
● Genes: sequência de DNA
● Genoma: conjunto de genes

Replicação semiconservativa do DNA


● Enzima DNA polimerase separa a dupla cadeia de DNA por rutura das ligações de
hidrogénio
● Cada cadeia serve de molde à formação de uma nova cadeia a partir de nucleótidos
livres, e no final formam-se duas moléculas de DNA e uma delas pertence à
molécula inicial

Molécula de RNA
● Forma-se a partir do DNA
● mRNA (mensageiro): trás a mensagem direta do DNA para o citoplasma.
● tRNA (transferência): transporta aminoácidos para os ribossomas
● rRNA (ribossómico): constitui os ribossomas
● Cadeia simples
Mariana Simões

Síntese proteica
● Expressão do DNA
● Ocorre nos ribossomas
● A sequência de nucleótidos de DNA contém a informação sob a forma de código
genético.
● Codogene: 3 nucleótidos
● Codão: sequência de 3 nucleótidos que codificam um aminoácido no mRNA.

● Código genético
- Linguagem que a célula utiliza para expressar informação genética em
proteínas; vem do mRNA
- 3 nucleótidos, 64 combinações e 20 aminoácidos
- Universal
- Não é ambíguo (cada codão codifica apenas um aa)
- Redundante (existe mais que um codão para codificar um aa)
- 3º nucleótido de cada codão não é tão específico
- AUG tem dupla função; UAA, UAG, UGA são codões “stop”

● Transcrição
- Ocorre no núcleo
- Síntese de mRNA a partir de uma cadeia de DNA que contém informação e
que lhe serve de molde
- Esta síntese faz-se através da enzima RNA polimerase
- Antes de ir para o citoplasma, ocorre o processamento que remove os
intrões que não codificam os aa.
- A molécula fica mais curta e permanecem os exões
- Cada tripleto corresponde a um codão, que codifica um aa.

● Tradução
- Ocorre no citoplasma e consiste na leitura do mRNA proveniente do núcleo
através de poros do invólucro nuclear
- O tRNA possui uma sequência de 3 nucleótidos - anticodão - e este liga-se
ao codão complementar, permitindo a adição do aa específico.
- No final resulta uma sequência de aa que se torna uma proteína funcional

Mutações
● Génicas: sequências de nucleótidos do DNA podem sofrer alterações que conduzem
à síntese de proteínas anómalas
● Somáticas: não se transmitem à descendência
● Germinais: ocorrem nas células sexuais (gâmetas) e pode passar a descendência
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Ciclo celular
● Desde a formação de uma célula até que origina duas células filhas
● Cariótipo: nº de cromossomas que define a espécie
- o nosso cariótipo é de 46 cromossomas (23 pares)
- 23C do pai e 23C da mãe
● Cromossoma: DNA + proteínas
● Quando DNA duplica, o cromossoma apresenta 2 cromatídeos ligados por um
centrômero
● Fases do ciclo: Interfase + Mitose

● Interfase
- G1: forte atividade biossintética e síntese protéica; ocorre grande
crescimento celular

- S: replicação do DNA; onde os cromossomas passam a ser constituídos por


2 cromatídios e 1 centrómero

- G2: a célula atinge o máximo volume e acaba de produzir todos os seus


componentes necessários para a divisão celular

● Mitose
- Prófase: fase mais longa, formação do fuso acromático, destruição do
invólucro nuclear e dos nucléolos - 2 cromatídios

- Metáfase: formação da placa equatorial, cromossomas alinhados no plano


equatorial e os centrômeros orientados para o centro, máxima condensação
- 2 cromatídios

- Anáfase: rompimento dos centríolos e separação dos cromatídeos,


ascensão polar - 1 cromatídeo

- Telófase: invólucro nuclear aparece, desaparece fuso acromático,


descondensação dos cromossomas, núcleos aparecem - 1 cromatídeo

- Citocinese: divisão do citoplasma e formação de 2 células filhas


- Célula Animal: estrangulamento do citoplasma
- Célula Vegetal: CG coloca vesículas na região equatorial com
deposição de celulose formando uma parede pelo alinhamento.

Regulação do ciclo
● Controlo G1 - a célula pode passar pelo Go (células que na dividem podem entrar
em apoptose)
● Controlo G2 - se o DNA se replicou corretamente, caso contrário pode levar a
apoptose.
● Controlo M - caso cromossomas não se alinhem corretamente
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Diferenciação celular
● Processo sofrido pelas células que as torna morfologicamente diferentes e aptas ao
desempenho de determinada função.
● Células iniciais são indiferenciadas e podem ser usadas na formação de clones,
por um processo de clonagem - reprodução assexuada.

Reprodução assexuada
● Um único progenitor produz descendência através de divisões celulares
● Os descendentes são idênticos geneticamente entre si e ao progenitor

Bipartição Célula original divide-se em duas Paramécia,


células-filhas Bactérias

Formação de expansões chamadas


Gemulação de gomos; Cada gomo origina um Leveduras, Hidra
novo ser vivo

Divisão do corpo do progenitor em


Fragmentação fragmentos, dando origem a um Estrela-do-mar,
novo ser Planária

Multiplicação vegetativa Uma parte do organismo pode dar


origem à planta completa Plantas

Formação de esporos, nos


Esporulação esporângios, que originam novos Fungos
indivíduos.

Óvulo desenvolve-se, originando um


Partenogénese novo organismo, sem ter havido Pulgões, Abelhas
fecundação.

Reprodução sexuada
● Fusão de duas células, os gametas, um de cada progenitor
● A célula resultante é o ovo ou zigoto.
● Os gametas são células haplóides (n) - possuem metade do nº de cromossomas
● O zigoto é uma célula diplóide (2n) - a fecundação restabelece o nº de
cromossomas
● Cromossomas homólogos - origem materna e paterna
● A formação de gametas dá se através da meiose - resulta em 4 células haplóides
● Meiose:
- Divisão reducional: divide-se os cromossomas
- Divisão equacional: divide-se os cromatídeos
- Importância: depois de ocorrer a fecundação há união de 2 gametas, e é
preciso haver meiose para manter constante o número de cromossomas em
cada organismo.
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● Divisão reducional
- Prófase I: emparelhamento dos cromossomas homólogos e cada par contém
4 cromatídeos, constituindo um bivalente; ocorre também o crossing over
nos pontos de quiasma

- Metáfase I: pontos de quiasma alinham-se no centro

- Anáfase I: separação dos cromossomas homólogos devido à ascensão polar

- Telófase I: formam-se 2 células

● Divisão equacional
- Prófase II: desorganização celular e formação do fuso acromático

- Metáfase II: centrómeros no centro

- Anáfase II: migração para os polos - 1 cromatídeo

- Telofase II: formam-se 4 células

● Variabilidade da reprodução sexuada


- Segregação independente dos cromossomas homólogos: migração dos
cromossomas para os pólos da célula é aleatória
- Crossing-over: cromossomas homólogos trocam segmentos
- Fecundação: junção aleatória de um gameta feminino e de um gameta
masculino

● Mutações cromossómicas
- Podem ocorrer:
- Durante a divisão reducional, pela não separação dos homólogos
- Durante a divisão equacional, pela não separação dos cromatídeos
- Durante o crossing-over

- Podem ser:
- Numéricas: alteram os números de cromossomas
- Estruturais: Modificam a disposição dos genes

- Podem ser prejudiciais para o indivíduo ou podem ser fonte de variabilidade


genética que permite diversidade e evolução da espécie.
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No nosso caso:
Mitose Meiose

2C: 46 cromossomas com 1 cromatídeo 2C: 46 cromossomas com 1 cromatídeo


4C: 46 cromossomas com 2 cromatídeos 4C: 46 cromossomas com 2 cromatídeos
Divisão Divisão reducional
2C: 46 cromossomas com 1 cromatídeo 2C: 23 cromossomas com 2 cromatídeos
Divisão equacional
C: 23 cromossomas com 1 cromatídeo

Reprodução assexuada vs Reprodução sexuada


Assexuada Sexuada

- Formação de clones - Grande variabilidade na


- Todos os indivíduos podem descendência
Vantagens originar descendentes - Maior capacidade de
- Processo rápido e pequeno sobrevivência
gasto de energia - Proporciona a evolução
- Rápida colonização de habitats

Desvantagens - Diversidade é praticamente nula - Processo lento


- Difícil adaptação - Enorme dispêndio de energia, na
- Não favorece a evolução formação de gametas e na
fecundação

Ciclos de vida
● Haplofase está compreendida entre a meiose e a fecundação (fase n)
● Diplofase está compreendida entre a fecundação e a meiose (fase 2n)

● Ciclo diplonte: meiose pré-gamética


- Meiose ocorre antes da formação de gametas
- Os gâmetas são os únicos haploides (n)
- O zigoto é diplóide e origina todas as células somáticas do organismo.
- Exemplo: espécie humana
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● Ciclo haplonte: meiose pós-zigótica


- Meiose ocorre após a formação do ovo
- Os gâmetas são haplóides e fundem-se, formando o zigoto
- O zigoto é o único diplóide (2n) e sofre meiose
- Exemplo: espirogira
Espirogira:
- Reprodução sexuada: Quando as condições são favoráveis, os dois filamentos
são postos lado a lado e formam-se nessas células saliências que ao entrarem em
contacto dão origem a tubos de conjugação. Cada célula passa a ter um gametângio
e sofrem fecundação quando estão em contacto.

- Reprodução assexuada: Quando as condições não são favoráveis,


reproduzem-se por fragmentação.

● Ciclo haplodiplonte: meiose pré-espórica


- Meiose ocorre para a formação de esporos

- Fase diplóide (2n): início no zigoto que sofre mitoses formando o


esporófito. Este diferencia esporângios, onde por meiose produzem
esporos (n).

- Fase haplóide (n): os esporos sofrem mitoses originando o gametófito


onde se formam gâmetas que fecundam e dão origem ao zigoto (2n)

Fase haplonte - Fase haplodiplonte - Fase diplonte


Mariana Simões

Evolução biológica

Modelo autogénico: invaginações da própria membrana que encerra DNA no núcleo e


forma outros organelos.

Modelo endossimbiótico: células unicelulares incorporam outras células que resistem à


digestão; relações de simbiose.
- Mitocôndrias - células que produzem ATP
- Cloroplastos - células com capacidades fotossintéticas

Procariontes → Eucariontes → (colónias e diferenciação) → Multicelulares

Fixismo: diferentes espécies são independentes umas das outras.

Evolucionismo: diferentes espécies relacionam-se umas com as outras e alteram-se ao


longo do tempo - evolução.

Teorias evolucionistas:
● Lamark
- Lei do gradualismo: surgimento de organismos mais simples e só depois os
mais complexos.
- Lei do uso e desuso: as partes do corpo usadas desenvolve-se, as não
usadas atrofiam.
- Lei da herança dos caracteres adquiridos: as características que um
organismo adquire ao longo da vida são transmitidas à descendência.

● Darwin
- Seleção natural de indivíduos com características mais adequadas ao meio,
que sobrevivem e reproduzem-se mais.
- Variabilidade intraespecífica entre as espécies, levando a sua evolução.

● Neodarwinismo
- Fontes de variabilidade das populações: mutações e recombinação
genética.
- Mutações: criam novos genes, e consequentemente novas características.
- Recombinação genética: mistura de genes existentes e cria novas
combinações.

Em resumo:
Lamark Darwin Neodarwinismo

Meio cria a necessidade; Meio seleciona os mais aptos; Igual ao Darwin +


Não passa a descendência. Passa à descendência. Mutações e genética.
Mariana Simões

Argumentos que apoiam o evolucionismo:


● Argumentos anatómicos:
- Estruturas homólogas: estruturas iguais, funções diferentes - evolução
divergente (ancestral comum).
- Exemplo: Estrutura dos membros dos tetrápodes

- Estruturas análogas: estruturas diferentes, funções iguais - evolução


convergente.
- Exemplo: Asas de insetos e de pássaros

● Argumentos paleontológicos: fósseis que ilustram a evolução das espécies.

● Argumentos vestigiais: órgão em sentido regressivo que resulta em atrofia.


- Exemplo: apêndice, dente do siso.

● Argumentos citológicos: célula é a unidade base de todos os seres vivos.

● Argumentos bioquímicos: constituintes das células são todos iguais.

● Argumentos embriológicos: os primeiros estados de desenvolvimento são iguais.


- Exemplo: fossetas branquiais presentes em todos os embriões.

Sistemas de classificação

Classificações horizontais: não consideram a evolução.


- Artificiais: com poucas características
- Naturais: com muitas características

Classificações verticais: consideram a evolução e agrupam seres vivos de acordo com o


grau de parentesco entre eles - há um ser vivo comum (ancestral comum)

Reino → Filo → Classe → Ordem → Família → Género → Espécie

*para decorar: Rui Foi Comer Ontem Frango Grelhado Especial

Regras da espécie:
- SUBLINHAR
- Nome da espécie + restritivo Intraespecífico (letra minúscula)
- Dois nomes: Rana ibérica (exemplo)
- Subespécie - três nomes: Homo sapiens sapiens (exemplo)
Mariana Simões

Classificação em cinco reinos segundo Whittaker

Tipos de Organização Tipo de nutrição Interação com Exemplos


células celular ecossistema

Autotróficos
(fotossíntese e Produtores
Monera Procariótica Unicelulares quimiossíntese) Bactérias
Microconsumidores
Heterotróficos
(absorção)

Autotróficos
Unicelulares (fotossíntese) Produtores
Protista Eucariótica e Algas
Multicelulares Heterotróficos Microconsumidores Protozoários
(absorção e Macroconsumidores
ingestão)

Fungi Eucariótica Unicelulares e Heterotróficos Microconsumidores Leveduras


Multicelulares (absorção) Bolores

Plantae Eucariótica Multicelulares Autotróficos Produtores Plantas


(fotossíntese)

Animalia Eucariótica Multicelulares Heterotróficos Macroconsumidores Animais


(ingestão)

Classificação em 3 domínios
● Bacteria (reino monera)
● Archaea (reino monera)
● Eukarya (reino protista, fungi, plantae e animalia)

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