RESUMO 10 – NÚCLEO

• NÚCLEO – principal característica que distingue uma célula eucarionte de uma procarionte.

• Controla o metabolismo celular pela transcrição do DNA, nos diferentes tipos de RNAs, traduzidos em
proteínas, os efetores finais da informação genética.

• Maior parte da informação genética acumula-se no DNA do núcleo Þ forma codificada

• Núcleo controla o metabolismo celular:

DNA è DNA

Replicação

DNA è RNA è Proteína

Transição Tradução

• A célula passa por dois estágios durante o seu ciclo de vida:

Þ Mitose: período de divisão em duas células-filhas ® núcleo mitótico.

Þ Intérfase: período que se intercala entre duas divisões sucessivas ® núcleo interfásico.

 Características gerais do núcleo:

- Quantidade/Localização:

- Maioria das células g núcleo único e central,

- Célula secretora g núcleo basal,

- Células vegetais g núcleo periférico,

- Células hepáticas g dois núcleos,

- Fibras musculares g vários núcleos.

- Formas:

- Geralmente os núcleos acompanham as formas das células, podendo ser alongados, esféricos,
irregulares.

- Tamanho: pode variar:

- de acordo com o metabolismo da célula,

- com o conteúdo de DNA da célula

 - Núcleo interfásico Þ componentes: envoltório, cromatina, nucleoplasma, matriz e nucléolos.

 Envoltório nuclear:

Þ Separa conteúdo nuclear do citoplasma;

Þ Ao MO é visível a região de membrana;

Þ Visível ao microscópio eletrônico;

Þ Constituído por duas unidades de

membrana concêntricas limitando um espaço: cisterna perinuclear

- membrana externa,

- membrana interna

 Membrana externa: na face citoplasmática, ribossomos.

Membrana externa se continua com retículo endoplasmático do citoplasma, razão pela qual é considerada uma
porção deste retículo que envolve o conteúdo nuclear.

Ao redor da membrana externa encontra-se uma rede de filamentos intermediários citoplasmáticos, que
contribuem para a sustentação mecânica do envoltório nuclear.

 Membrana interna: face nucleoplasmática apresenta-se associada a uma rede de filamentos chamada
de lâmina nuclear, que é parte da matriz nuclear.
 As membranas do envoltório nuclear são lipoproteícas.

 Cerca de 90% dos lipídeos são fosfolipídeos e o 10% restante são triglicerídeos, colesterol e ésteres de
colesterol.

 As proteínas da membrana externa são comuns às do retículo.

 As proteínas da membrana interna possuem composição própria de proteínas intrínsecas e periféricas.

 Várias proteínas da membrana interna estão caracterizadas e envolvidas com a interação da membrana
à lâmina nuclear e à cromatina.

 O envoltório nuclear não é contínuo.

 A fusão da membrana externa com a interna leva a formação de poros.

 O s poros são preenchidos por agregados protéicos ® complexos de poros ® regulam o trânsito de
macromoléculas entre o núcleo e o citoplasma.

• No centro: estrutura em forma de tubo constituindo o transportador central.

 • Conectando os dois anéis existem oito raios, que se conectam também ao transportador central.

• Cada raio mergulha na membrana e faz saliência no espaço perinuclear.

• Oito filamentos se projetam dos  anéis citoplasmático e nuclear:

Cesta de Basquete

• Complexo de poros é ancorado na bicamada lipídica, nos pontos em que as duas membranas se
fundem, através de duas proteínas intrínsecas: POM121 e gp210.

• Complexos de poros: mais de 100 moléculas protéicas ® nucleoporinas (Nup).

• O trânsito de moléculas através do complexo de poros pode ocorrer por transporte passivo como
transporte ativo.

• Moléculas até 9 nm de diâmetro atravessam o complexo de poros nos dois sentidos.

• Moléculas maiores (proteínas e RNA) atravessam os complexos de poro por um processo que consome
energia ® são reconhecidas e transportadas seletivamente.

• O núcleo importa do citoplasma proteínas de alto peso molecular

• Moléculas nucleares são sintetizadas no citoplasma e importadas para o núcleo  sinais de localização
nuclear  atravessam os complexos de poros com gasto de ATP e GTP.

• Os sinais de destinação nuclear são reconhecidos pelos receptores de importação.

• Proteínas citoplasmáticas  importina

Proteínas destinadas ao núcleo são ativamente transportadas pelos poros:

- Importina liga-se a proteína a ser transportada e estabelece sua ligação com o complexo de poro,
translocando-a através do poro.

- Após o transporte desliga-se da proteína e retorna para o citoplasma, podendo ser utilizada novamente.
- O sinal de localização nuclear não é removido depois que a proteína entra no núcleo, permitindo assim a
reintrodução da proteína quando o envoltório nuclear se refaz após a divisão celular.

Processo de importação

• O processo de exportação de RNAs do núcleo para o citoplasma é semelhante ao processo de

importação.

• Também é mediado por receptores de exportação específico  exportina.

• Processo ativo com gasto de GTP.

• Os RNAs transcritos no núcleo que desempenham papel no citoplasma são exportados com complexos
RNA-proteínas (RNP) e os sinais de proteínas.

• CONTROLE DO SENTIDO DA TRANSLOCAÇÃO DE MOLÉCULAS

• A direção do transporte de moléculas entre o núcleo e o citoplasma é regulada pela Ran (proteína de
baixo peso molecular pertencente à família das enzimas que quebram GTP (Guanosina trifosfato) ou
GTPase).

• Os receptores de importação nuclear (importina) e de exportação (exportina) possuem dois domínios:

- Um que liga ao Ran

- Outro se liga à molécula a ser transportada

- A Ran hidrolisa o GTP fornecendo energia para a translocação das moléculas através dos complexos de
poros.

- Ran dois estados conformacionais , dependendo da sua ligação à molécula de GTP ou de GDP: RanGTP
concentrada no núcleo

RanGDP no citoplasma.
• O processo de importação inicia-se no citoplasma - proteína com sinal de importação liga-se à
importina.

• Complexo proteína-importina atravessa o complexo de poros.

• No núcleo a RanGTP liga-se à importina  alteração conformacional no sítio de ligação da importina 

promovendo a liberação da proteína no nucleoplasma.

• O complexo importina-RanGTP volta para o citoplasma, onde outra proteína  GAP (proteína ativadora
de GTPase) induz a atividade hidrolítica da Ran  quebra do GTP que adota a configuração de RanGDP 
liberação da importina no citoplasma.

• O processo de exportação inicia-se no núcleo  a exportina liga-se à proteína (RNA-proteína – RNP)

contendo o sinal de exportação nuclear e à RanGTP.

• O complexo exportina-RNP- RanGTP  transportado através do complexo de poro.

• No citoplasma a Ran hidrolisa o GTP  configuração RanGDP  liberação da RNP e exportina no

citoplasma.

• A exportina volta para o núcleo  participa de novo processo de exportação.

  Lâmina nuclear – Membrana interna

 Rede protéica associada à superfície interna do envoltório nuclear, que se interrompe nos poros
nucleares  forma e suporte estrutural ao envoltório.

 É responsável pela ligação das fibras cromatínicas ao envoltório.

• Constituída pelas proteínas: laminas (Classe de filamentos intermediários nucleares).

• Vertebrados: três genes codificam sete tipos de laminas: 2 do tipo A, 3 do tipo B e 2 do tipo C.

 Cada molécula de lamina é um dímero de subunidades protéicas

 Laminas associam-se à membrana interna  proteínas intrínsecas  LAP I e II, emerina e LBR.

 MITOSE  fosforilação temporária das laminas causa a desorganização da lâmina nuclear.

 FINAL DA MITOSE  lâminas desfosforiladas para refaz a lâmina nuclear  reconstituição do envoltório
nuclear.

 NUCLEOPLASMA

• Solução aquosa de proteínas, RNAs, nucleosídeos, nucleotídeos e íons.

• Contém os nucléolos e a cromatina.

• Muitas proteínas presentes no nucleoplasma são enzimas envolvidas com a transcrição e com a
duplicação do DNA: DNA-polimerase, helicalises, etc.

• Técnicas de extração, fracionamento e ME

endoesqueleto  matriz nuclear  após a digestão do DNA e extração da maioria das proteínas nucleares
estrutura resultante mantém o tamanho e forma originais.

• Estrutura é constituída por 3 componentes:

- A lâmina nuclear

- A estrutura nucleolar

- Uma rede fibrilar interna – matriz nuclear

• A matriz equivale ao citoesqueleto citoplasmático.

• Várias proteínas estão presentes na matriz:

laminas, matrinas, metalproteínas, actina e um tipo especial de miosina.

• As laminas são mais estáveis e em menor quantidade.

• Núcleo interfásico - estruturado em compartimentos distintos - participação da matriz na organização

desses compartimentos no espaço nuclear.
• As fibras cromatínicas ocupam locais específicos no interior do núcleo.

• Matriz nuclear - função de ancorar as alças cromatínicas, as enzimas envolvidas na replicação e

transcrição do DNA e proteínas envolvidas no transporte de RNAs.

• Nucleoplasma – são encontrados - proteossomos - agregados protéicos envolvidos com a degradação

de proteínas.

• Localizam nas regiões de eucromáticas tanto quanto na periferia da heterocromatina e dos nucléolos.

• Função: hidrólise das proteínas envolvidas com o controle do ciclo celular.