Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
❖ Introdução:
• A célula possui subcompartimentos com características e proteínas próprias.
Essas proteínas podem servir como marcadores de membrana, a fim de
direcionar proteínas e lipídeos especificamente para determinada organela.
Eles também se comunicam transportando moléculas para dentro e fora de seus
limites.
• Como a bicamada lipídica das membranas celulares é impermeável a muitas
moléculas hidrofílicas, a membrana de uma organela deve conter proteínas de
transporte de membrana para a importação e a exportação de metabólitos
específicos.
• A abundância e a forma das organelas envoltas por membrana são reguladas
em função das necessidades da célula.
• É importante saber que o citoesqueleto (principalmente, os microtúbulos) é
responsável em posicionar as organelas em posições específicas e favoráveis as
suas funções, por exemplo, o complexo de golgi encontra-se próximo ao núcleo.
• A célula eucariótica tem uma razão muito menor de área de superfície da
membrana plasmática em relação ao volume. A presença das endomembranas
ameniza esse desequilíbrio.
• Existe a teoria que as organelas endomembranosas teriam surgido de
invaginações e dobramentos da membrana plasmática. Dessa forma, as
organelas delimitadas por membrana com um interior ou lúmen que é
topologicamente equivalente ao exterior de uma célula. Sugere-se, também,
que a célula eucariótica evoluiu de uma arqueia e não de uma bactéria.
• Os compartimentos intracelulares são divididos em:
O núcleo e o citosol, os quais se comunicam por meio dos complexos do poro
nuclear e são, assim, topologicamente contínuos (embora funcionalmente
distintos).
Todas as organelas envolvidas em vias secretoras e endocíticas – incluindo o RE,
o aparelho de Golgi, os endossomos, os lisossomos, as numerosas classes de
intermediários de transporte, como vesículas de transporte que se movem
entre elas, e os peroxissomos. Topologicamente equivalentes ao meio
extracelular.
As mitocôndrias.
Os plastídios (somente em plantas).
• O citosol é o principal sítio de síntese e degradação de proteínas. É onde
acontece o METABOLISMO INTERMEDIÁRIO, síntese e degradação de
biomoléculas.
• Lembre-se: o citosol é um ambiente extremamente redutor.
• Parece que as informações necessárias à construção de organelas não residem
exclusivamente no DNA que especifica as proteínas das organelas. A informação
na forma de, pelo menos, uma proteína distinta preexistente na membrana da
organela também é necessária, e essa informação é passada da célula parental
às células-filhas na forma da própria organela. Ou seja, as organelas
endomembranosas não são fabricadas do zero.
❖ Núcleo
• Comanda a síntese do DNA e RNA.
• É envolto, também, por uma dupla membrana, porém com alguns poros.
• As membranas interna e externa são contínuas uma com a outra e com a
membrana do retículo endoplasmático.
• O extenso tráfego de materiais entre o núcleo e o citosol ocorre através dos
complexos do poro nuclear (NPCs), os quais constituem uma passagem direta
pelo envelope nuclear. Pequenas moléculas se difundem passivamente através
dos NPCs, porém grandes macromoléculas são ativamente transportadas.
❖ Retículo endoplasmático rugoso:
• O retículo endoplasmático rugoso (ribossomas aderidos) realiza síntese proteica
para exportação, para outras organelas e para ficarem aderidas a membrana.
❖ Retículo endoplasmático liso:
• O retículo endoplasmático liso realiza a síntese de lipídios e serve de reserva de
ions Ca2+.
❖ Complexo de golgi: recebe lipídios e proteínas e os modifica e endereça. Muito
importante no processo de glicosilação, já que é um dos principais locais de síntese de
carboidratos. (as proteínas já sabem do RE com carboidratos, no entanto eles são
modificados no CG)
❖ Endereçamento celular:
• O destino das proteínas depende da sua sequência de aminoácidos, a qual pode
conter sinais de endereçamento que direcionam seu envio a locais fora do
citosol ou a superfícies de organelas. Esses sinais de endereçamento são
reconhecidos pelos receptores de endereçamento complementares (entregam
a proteína ao alvo). Se uma proteína não possui sinal de endereçamento ela fica
no citosol latentes.
• Os receptores funcionam cataliticamente: depois de completar uma rodada de
entrega de sua carga (molécula), eles retornam ao seu ponto de origem para
serem reutilizados. Muitos receptores de endereçamento reconhecem classes
de proteínas mais do que proteínas específicas.
• No transporte controlado por comportas: proteínas e Os compartimentos são tidos
moléculas de RNA se movimentam entre o citosol e o como topologicamente
núcleo através de complexos do poro nuclear no equivalentes se puderem
envelope nuclear. Os complexos do poro nuclear comunicar-se uns com os outros
funcionam como canais seletivos que auxiliam o no sentido de que as moléculas
transporte ativo de macromoléculas específicas e podem circular de um para outro
conjuntos macromoleculares entre núcleo e citosol, sem precisar atravessar a
embora também permitam a difusão livre de pequenas membrana. As moléculas são
moléculas. Esse é um transporte fechado. transportadas de um espaço para
• Na translocação de proteínas, translocadores de outro através de vesículas.
proteínas transmembrana transportam diretamente
proteínas específicas através da membrana, do citosol
para um espaço que é topologicamente diferente. A molécula de proteína
transportada em geral precisa desdobrar-se para passar pelo translocador, por
ser muito grande. O transporte de proteínas do citosol para o lúmen do RE ou
para a mitocôndria ocorre dessa forma. Proteínas integrais da membrana (que
estão associadas a outras proteínas)
costumam usar os mesmos translocadores
que deslocam apenas parcialmente essas
proteínas através da membrana, tornando-se
então incorporadas à bicamada lipídica.
• No transporte vesicular, vesículas
intermediárias levam proteínas de um
compartimento topologicamente equivalente
a outro.
*Esse mecanismo de inserção que inicia pelo lado citosólico da membrana do RE, gera
uma assimetria na membrana do retículo, de modo que os domínios proteicos expostos
de um lado são diferentes do outro. Essa assimetria é mantida em processos de
brotamento e fusão que transportam as proteínas sintetizadas no RE a outras
membranas celulares. Então, a orientação que a proteína da membrana do RE é
inserida, determina a orientação dela, também, em outras membranas.
• Proteínas ancoradas pela cauda (região C-terminal) a membrana do RE: essas
proteínas possuem muitas subunidades proteicas SNARE que dirigem o tráfego
vesicular e não necessitam da SRP. Após saírem do ribossomo (mecanismo pós-
traducional), complexos de pré-endereçamento, ligam essa proteína a uma ATPase
que direciona a cadeia à membrana do retículo onde haverá a interação de um
receptor com a ATPase. A hidrólise de ATP, então, insere a cauda que ancora a
proteína na membrana do RE.
❖ Glicosilação e enovelamento de proteínas no RE:
• A proteína dissulfeto isomerase (PDI) tem um importante papel na formação de
ligações dissulfeto em aminoácidos cisteínas, o que estrutura o enovelamento de
proteínas. E grupos sulfidrilas livres são um sinal de desenovelamento de proteínas.
• A chaperona BiP dependente de ATP tem a capacidade de reconhecer proteínas que
não foram enoveladas corretamente ou, então, subunidades que estão desagregadas
de seus complexos oligoméricos finais. Por meio de um mecanismo dinâmico de alta
e baixa afinidade de ligação com as proteínas, quando ela identifica um erro, “segura”
as proteínas inadequadas no RE, impedindo que essa vá para a via secretora.
• A maioria das proteínas sintetizadas no RE rugoso é glicosilada pela adição de um
oligossacarídeo mais comum ligado ao NH2 da cadeia lateral do aminoácido
asparagina:
*A transferência de um oligossacarídeo precursor pré-formado (GLICOSE + MANOSE
+N-ACETILGLICOSAMINA) para a proteína é catalisada por uma enzima chamada
oligossacaril transferase que fica presa na membrana do RE com seu sítio ativo
voltado para o lúmen. Essa enzima irá incorporar o oligossacarídeo à proteína,
enquanto essa está sendo sintetizada na membrana do retículo.
Esse oligossacarídeo precursor já fica preso na membrana gosfolipídica do RE pelo lado
do lúmen, através de um lipídio de membrana chamado dolicol. No entanto, eles se
ligam, primeiro, ao lado citosólico do dolicol e atravessam para o lúmen através de
um mecanismo complexo de inversão do lipídio.
É interessante que uma cópia da enzima oligossacaril
Para muitas glicoproteínas,
transferase é associada a cada proteína
somente os açúcares centrais
translocadora a membrana do RE, permitindo a ela
sobrevivem ao extenso processo
glicosilar as cadeias polipeptídicas que entram de
de acabamento com
maneira rápida e eficiente, enquanto estão sendo
oligossacarídeos que ocorre no
sintetizadas.
aparelho de golgi. Os açucares
• Após serem glicosiladas durante a passagem na
centrais são a N-acetilglicosamina
membrana, as proteínas sofrem uma poda em seus
e uma porção da manose.
oligossacarídeos. No próprio retículo posem ser
retiradas glicoses e manoses. Esse processo de
poda também se dá no aparelho de golgi.
• Acredita-se que a glicosilação da proteína seja importante para o processo de
enovelamento. Os oligossacarídeos são utilizados como “rótulos” para marcar o
estado de enovelamento da proteína.
Existem duas proteínas, calnexina (presa a membrana) e calreticulina (solúvel), -
chaperonas de enovelamento - capazes de se ligarem a carboidratos, das proteínas que
não estão completamente enoveladas, e mantê-las presas no retículo. Essas duas
OBS: uma das sinalizações mais conhecidas para fagocitose é a exposição da fosfatidilserina
em células que morreram por apoptose.