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1. Como as organelas surgiram ? (P.491) A origem das organelas, de acordo com a evolução, tem duas
maneiras. As membranas nucleares e as membranas do RE, aparelho de Golgi, endossomos e lisossomos
provavelmente se originaram pela invaginação da membrana plasmática; as mitocôndrias e os cloroplastos se
diferem de todas as outras organelas por possuírem os seus próprios pequenos genomas e por poderem
sintetizar parte de suas próprias proteínas. A similaridade dos seus genomas com os das bactérias e a grande
semelhança de algumas de suas proteínas com proteínas bacterianas sugerem fortemente que ambas as
organelas evoluíram a partir de bactérias que foram incorporadas por células pré-eucarióticas primitivas com as
quais elas inicialmente viveram em simbiose.
3. Explique o que direciona cada proteína para sua determinada organela e como esse processo ocorre.
(P.492-493) O destino de uma molécula proteica sintetizada no citosol depende de sua sequência de
aminoácidos, a qual pode conter um sinal de distribuição que direciona a proteína para a organela onde é
necessária. As proteínas que não possuem esses sinais permanecem no citosol; aquelas que possuem um sinal
de distribuição são transportadas do citosol para a organela apropriada. Diferentes sinais de distribuição
orientam as proteínas para o núcleo, mitocôndrias, cloroplastos (em plantas), peroxissomos e RE. Dependendo
da organela esse transporte pode ocorrer de 3 maneiras:
1. As proteínas que se movem do citosol para o núcleo são transportadas pelos poros nucleares que funcionam
como portões seletivos que transportam ativamente macromoléculas específicas, mas também permitem a
difusão livre de moléculas menores.
2. As proteínas que se movem do citosol para o RE, mitocôndrias ou cloroplastos são transportadas pelas
membranas das organelas por translocadores proteicos localizados nas membranas. Diferentemente do
transporte pelos poros nucleares, a proteína transportada normalmente deve se desdobrar (desenovelar,
desnaturar) para atravessar a membrana com auxílio do translocador.
3. As proteínas transportadas a partir do RE – e de um compartimento do sistema de endomembranas para outro
– são transportadas por vesículas de transporte, que se desprendem da membrana de um compartimento e então
se fundem com a membrana de um segundo compartimento.
4. Explique como as proteínas passam pelo núcleo. (P.495) O envelope nuclear é perfurado por poros
nucleares, os quais formam canais por onde todas as moléculas entram ou saem do núcleo. Para conseguir
entrar em um poro, essas grandes moléculas e complexos macromoleculares devem apresentar um sinal de
distribuição. A sequência-sinal que direciona uma proteína do citosol para o núcleo, chamada de sinal de
localização nuclear. Esse sinal é reconhecido pelos receptores de importação nuclear, que interagem com as
fibrilas citosólicas que se estendem a partir da borda do poro. Após serem capturados, os receptores se movem
aleatoriamente com sua carga através da malha, semelhante a gel, formada a partir das regiões não estruturadas
das proteínas do poro nuclear até que a sua localização no interior do núcleo promova a liberação da carga.
Após a liberação da proteína-carga, os receptores retornam ao citosol pelo poro nuclear para serem reutilizados.
A importação de proteínas nucleares requer energia. Neste caso, a energia é fornecida pela hidrólise de GTP,
mediada por uma GTPase monomérica chamada Ran. Essa hidrólise de GTP promove o transporte nuclear na
direção apropriada. As proteínas do poro nuclear operam esse portão molecular a uma velocidade incrível,
rapidamente bombeando macromoléculas em ambas as direções através de cada poro.
5. O que são chaperoninas e qual a sua função ? (P.497) As proteínas chaperonas dentro das organelas
ajudam a transportar a proteína pelas duas membranas (no caso de mitocôndrias ou cloroplasto) e enovelá-las,
uma vez que estejam no interior da organela.
7. O que são t-SNAREs e v-SNAREs ? Qual a importância dessa classe de proteínas (ou de outras) no
processo de endereçamento vesicular? O que tem que ocorrer para que haja fusão de membranas em
casos envolvendo as SNAREs ? (P.505-507;808) SNAREs são uma das famílias de proteínas de membrana
responsável pela fusão seletiva de vesículas com a membrana-alvo no interior da célula; v-SNAREs são as
proteínas presentes na vesícula e integram-se com as SNAREs complementares presentes na membrana-alvo,
que são as t-SNAREs. Essa proteína é importante, porque ancora firmemente a vesícula no seu local de destino.
Para que haja a fusão é preciso que as SNAREs se aproximem muito, ao ponto que seja possível que os lipídeos
das bicamadas possam se misturar e para isso é necessário que a água seja removida das superfícies hidrofílicas
das membranas e também deve ser catalisadas por meio de proteínas especializadas que se agrupam para formar
um complexo de fusão, que fornece os meios para cruzar essa barreira de energia.
8. Descreva a morfologia e função do retículo endoplasmático e do aparelho de Golgi. (P. 510;786;807) O
aparelho de Golgi consiste em um conjunto de sacos achatados delimitados por membrana, denominados
cisternas, que estão amontoados como pilhas de pães pita. Cada pilha de Golgi possui duas faces distintas:
uma face de entrada, ou cis, e uma face de saída, ou trans. A face cis é adjacente ao RE, e a face trans está
voltada em direção à membrana plasmática. Modifica proteínas e lipídeos sintetizados no retículo
endoplasmático e os distribui para o transporte a outros locais da célula. O Retículo endoplasmático é um
compartimento labiríntico delimitado por membrana, onde lipídeos e proteínas são sintetizados.
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