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A célula necessita realizar uma intensa movimentação interna para ajustar continuamente os
componentes de sua membrana bem como garantir matéria prima para a síntese de
substancias de acordo com sua necessidade. Essa movimentação ocorre através de vesículas
transportadoras que irão levar os produtos aos locais de destino corretos.
Via endocítica:
Trafego 2
** todas essas vias dependem de componentes específicos. São eles: os revestimentos das
vesículas (são 3) e os marcadores de superfície na membrana alvo (garantem o processo
correto de fusão, de entrega da mercadoria transportada). garantem seletividade do
processo
Para executar a função a vesícula transportadora deve ser seletiva, captando apenas proteínas
apropriadas e fusionar-se somente com a membrana alvo apropriada. Elas brotam de regiões
especificas chamadas de elemento transicional (locais do REG que não há poliribossomos, há,
ao invés, toda a maquinaria necessária para a marcação das vesículas; no CG é na face TRANS,
onde há também toda a maquinaria envolvida na formação de uma vesícula revestida).
Tragefo 1
Existem 3 tipos principais de revestimentos (há mais, mas esses são mais conhecidos). Cada um
deles é responsável por uma etapa do transporte:
fora da membrana do CG), tornando-o afim das proteínas adaptadoras que já estão
dimerizadas e, por sua vez, atraem o revestimento. Há um abaulamento da membrana,
ocasionado por interações laterais entre complexos adaptadores e moléculas de
clatrina, formando-se a vesícula.
Para ocorrer a fusão de membrana com membrana, é necessário a retirada do
revestimento. Isso ocorre através de chaperonas hsp70 (ATPase) que fosforilam
componentes das adaptinas, induzindo uma mudança na estrutura terciaria,
desarranjando as ligações que eram interações fracas porém estáveis, desligando as
adaptinas dos receptores e do revestimento, os quais acabam se separando.
Tráfego 6
Tráfego 7
2) COPII: reveste vesículas que levam RE ao CG. Essas vesículas brotam do RER de regiões
especializadas com ausência de polirribossomos (elemento transicional), porém cheia
de aparatos proteicos para formar a vesícula.
As proteínas solúveis produzidas no REG se ligam aos receptores de carga (união feita
porque na carga há um sinal identificado pelo receptor). A porção citoplasmática do
receptor funciona como sinais de saída e se modifica após a interação com a carga e,
dessa forma, atrai os componentes do revestimento (proteínas adaptadoras e
revestimento propriamente dito), que irão se ligar a essa porção citosólica.
proteínas sem esses sinais, como as proteínas de secreção produzidas em altas
concentrações, deixam o RE sem auxilio de sinais de saída e receptores de carga.
Geralmente as GTPases recrutadoras de revestimento (proteína Sar1) são encontradas
no citosol em abundância na forma de SAR1-GDP (inativa). Quando há a ligação da
carga ao receptor na membrana do RE, a Sar1-GEF (fator de troca de nucleotídeo
guanosina, localizado na membrana do REG para preparar o local para a formação da
vesícula) irá se ligar a Sar1-GDP citosólica fazendo com que o GDP seja desligado e
Tráfego 8
Tráfego 9 e 10
Curiosidade 2: alguns receptores de carga são lectinas. Essas lectinas se ligam a manoses nos
fatores de coagulação 5 e 8. Deficiência nesses receptores causam sangramento excessivo.
Tráfego 11, 12 e 13
- Eletromicrografia revestida
Tragefo 3 e 4
Proteínas Rab: atuam aproximando a vesícula da membrana alvo, tendo um papel central na
especificidade do transporte. À 200 nm de distancia perde-se o revestimento e a proteína Rab
atua. Elas basicamente direcionam a vesícula aos locais específicos de fusão da membrana-
alvo. A família dessas proteínas é muito numerosa, sendo descritos cerca de 60 membros. São
GTPases monoméricas. Cada proteína Rab se associa com organelas das vias de transporte de
vesículas e cada uma dessas organelas possui pelo menos uma proteína Rab em sua superfície.
Essa distribuição sobre os sistemas de membrana torna a proteína Rab um marcador de
superfície. Assim, a proteína Rab pode nas vesículas, na membrana-alvo ou em ambos.
Tráfego14
na sua forma ligada à GTP. A Rab5 ativa recruta mais Rab5-GEF de modo a
estimular o recrutamento de mais Rab5 para o mesmo local. Além disso, Rab5-
GTP ativa a PI3cinase, que converte PI em PI(3)P . Em conjunto, Rab5-GTP e
PI(3)P ativam uma série de proteínas efetoras que contem sítios de ligação
para o PI(3)P.
Tráfego15
Proteína SNARE – deixam a membrana da vesícula e da membrana alvo a uma distancia de 1,5
nm para que ocorra a fusão (medeiam a fusão). A fusão requer a aproximação das bicamadas a
uma distancia de 1,5 nm. Quando as membranas estão de tal forma, os lipídios podem fluir de
uma membrana a outra ocorrendo a fusão. Para isso a água deve ser deslocada da superfície
hidrofílica da membrana. Além de catalisar a fusão, as proteínas SNAREs fornecem um
adicional para a especificidade do processo ao permitir que somente moléculas corretamente
marcadas possam se fusionar. Estão localizadas na membrana da vesícula (v-SNARE – cadeia
única) e na membrana alvo (t-SNARE – 2 ou 3 cadeias). As v-SNARE e as t-SNARE possuem
domínios helicoidais e, quando interagem, os domínios de uma interagem com os domínios da
outra para formar um feixe de quatro hélices. Esse feixe de quatro hélices é chamado de
complexo trans-SNARE, e são responsáveis por prender as duas membranas juntas. O complexo
trans-SNARE utiliza a energia liberada pelo enovelamento das hélices para aproximar as faces
das membranas, enquanto expelem as moléculas de água para fora da interface.
Tráfego 18 e 19
Na célula, outras proteínas como as efetoras de Rab cooperam com as SNAREs para a
fusão.
A fusão nem sempre ocorre imediatamente após o pareamento de v-SNAREs e t-
SNARES. No processo de exocitose regulada, a fusão é retardada ate que seja
desencadeada por um sinal extracelular como, por exemplo, influxo de cálcio
(provavelmente por liberar proteínas inibidoras que previnam o fechamento completo
do completo trans-SNARE).
As proteínas SNARE tem sido caracterizadas melhor nas células neuronais. Elas
medeiam a ancoragem e a fusão das vesículas sinápticas. As bactérias que causam o
tétano e o botulismo secretam neurotoxinas que clivam proteínas SNARE ns
terminações nervosas, bloqueando as transmissões sinápticas e a liberação de
neurotransmissores inibitórios. Dessa forma, muita excitação ocorre sem controle
sobre neurônios motores.
As t-SNARE frequentemente estão associadas à proteínas inibitórias que devem ser liberadas.
As proteínas Rab e seus efetores desencadeiam essa liberação. Dessa forma, as SNARE são
ativadas e concentradas no local de fusão, onde há proteínas de apresamento que captam as
vesículas.
*vesículas devem conter proteínas Rab e SNARE apropriadas. Por isso elas só são formadas
quando incorporam o complemento correto.
os complexos trans-SNARE devem ser desmontados antes que as SNAREs possam mediar
novos turnos de transporte. A proteína NSF é uma ATPase que utiliza a energia de hidrolise do
ATP e duas proteínas acessórias para desemaranhar a interação entre os domínios helicoidais
das SNARE. Isso é importante para prevenir que as membranas se fundam
indiscriminadamente: se as t-SNAREs estivessem sempre ativas, qualquer membrana contendo
v-SNARE adequada poderia fusionar-se.
Tráfego 16
HIV – proteínas de fusão irão trabalhar muito semelhante às snare. Estudos tentam inutilizar
essas proteínas HIV-fusion, para que não haja contaminação.
Tráfego 17