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tráfego intracelular de vesículas

Toda célula deve alimentar-se, comunicar-se com o mundo que a circunda e responder rapidamente às
mudanças em seu ambiente. Para auxiliar na realização dessas tarefas, as células ajustam continuamente a
composição da sua membrana plasmática e de seus compartimentos internos mediante respostas rápidas à
necessidade. Elas utilizam um elaborado sistema interno de membranas para adicionar e remover
proteínas da superfície celular, como receptores, canais iônicos e transportadores.

MECANISMOS MOLECULARES DO TRANSPORTE DE MEMBRANA E MANUTENÇÃO DA


DIVERSIDADE DE COMPARTIRMENTOS

Marcadores moleculares dispostos na superfície citosólica da membrana servem como sinais de orientação
para o tráfego de entrada para garantir que vesículas transportadoras se fundam somente ao compartimento
correto. É a combinação específica de moléculas marcadoras que atribui a cada compartimento o seu
endereço molecular.

Os três tipos de vesículas revestidas

 A maioria das vesículas transportadoras se forma a partir de regiões revestidas especializadas da


membrana. Elas podem ser de diferentes tamanhos e formas.
 As vesículas revestidas possuem proteínas diferentes cobrindo sua superfície citosólica. Antes de se
fusionarem com uma membrana alvo, elas perdem esse revestimento e só então as duas membranas
interagem para se fundir.
 Esse revestimento é composto por duas camadas: a primeira é responsável por selecionar as
moléculas de membrana apropriadas ao transporte e a segunda é responsável por dar a forma
de vesícula.
 Existem três tipos de vesículas revestidas, caracterizadas pelas proteínas de revestimento
- Vesículas revestidas por clatrina
- Vesículas revestidas por COPI
- Vesículas revestidas por COPII

 As vesículas revestidas por clatrina


transportam material originado na
membrana plasmática e entre os
compartimentos endossômicos e de golgi.
 As vesículas revestidas por COPI e
COPII transportam material no
início da via secretora: as
vesículas revestidas por
COP brotam dos

compartimentos de Golgi, e as vesículas revestidas por COPII brotam do RE.

Proteínas: adaptadoras, revestimento e transporte

 As proteínas adaptadoras ligam o revestimento de clatrina à membrana e aprisionam receptores


transmembrana que capturam moléculas-carga solúveis para dentro das vesículas. Desse modo, elas
selecionam um conjunto específico de proteínas transmembrana, junto com as proteínas solúveis que
interagem com elas, e as empacotam dentro de cada vesícula de transporte revestida por clatrina.
 Cada tipo de proteína adaptadora é específico para um diferente conjunto de receptores de carga.
Essas proteínas se arranjam somente no momento e no local certos. Com a ligação, elas induzem a
curvatura da membrana.

 Fosfoinositídeos: através de ciclos de fosforilação e desfosforilação, produzem PIPs. A produção de


um tipo particular de PIP induz a ligação de proteínas que ajudam a regular a formação de vesícula e
outras etapas no controle do tráfego vesicular.
 Proteínas com domínio BAR: através de interações eletrostáticas com os grupos de cabeça lipídica,
são geradoras de forças que atuam na formação do broto revestido por clatrina, deformando a
membrana e formando a vesícula.
 Dinamina: é uma proteína citoplasmática que possui um domínio de GTPase que regula a frequência
na qual as vesículas se liberam da membrana.
 GTPases recrutadoras de revestimento: controlam a montagem dos revestimentos de clatrina nos
endossomos e dos revestimentos de COPI (proteínas RF) e COPII (proteína Sar I) nas membranas de
Golgi e RE.
 Proteínas RAB: direcionam a vesícula a locais específicos na membrana-alvo correta. São
marcadores moleculares ideais para identificar cada tipo de membrana e guiar o tráfego de vesículas
entre elas. Elas podem atuam nas vesículas de transporte, nas membranas-alvo ou em ambas.
Obs: cascatas de RAB podem alterar a identidade de uma organela porque convertem um endossomo
primário (Rab5) em um endossomo tardio (Rab7). Toda a carga contida no endossomo primário que
não foi reciclada para a membrana plasmática agora faz parte do endossomo tardio.
 SNAREs: são proteínas que catalisam as reações de fusão das membranas no transporte vesicular. A
atuação dessas proteínas é mediada por uma outra proteína, a NSF, que atua no controle para que
somente as membranas apropriadas se fusionem.

TRANSPORTE DO RE ATRAVÉS DO APARELHO DE GOLGI

As proteínas recém-sintetizadas atravessam a membrana do RE, a partir do citosol, para entrar na via
secretora. Durante o seu transporte subsequente, do RE para o aparelho de Golgi e do aparelho de Golgi para
a superfície celular ou outro local, essas proteínas são sucessivamente modificadas à medida que passam
através de uma série de compartimentos. A transferência de um compartimento para o próximo envolve um
equilíbrio delicado entre as vias de progressão e de retrocesso (recuperação).

Proteínas deixam o RE em vesículas de transporte revestidas por COPII


 As proteínas que entraram no RE e são destinadas ao complexo de Golgi são empacotadas em
vesículas de transporte revestidas por COPII. Essas proteínas saem de regiões do RE cujas
membranas não possuem ribossomos ligados.
 Existem proteínas que são recrutadas para dentro das vesículas porque possuem sinais de saída
(transporte), que as proteínas adaptadoras reconhecem. Algumas dessas vesículas possuem
receptores de carga e são recicladas de volta para o RE depois que entregam sua carga no Golgi,
 A etapa de saída do RE é o principal ponto de verificação no qual o controle de qualidade é
exercido sobre as proteínas que a célula secreta ou dispõe na sua superfície.
 As proteínas-carga solúveis no lúmen do RE possuem sinais de saída que as ligam aos receptores de
carga transmembrana. A lectina, por exemplo, é um desses receptores transmembranas.
 As proteínas devem ser enoveladas de forma adequada para que saiam do RE. Se forem
incorretamente montadas elas permaneceram no RE e serão ligadas às chaperonas. Esse mecanismo,
no entanto, pode ser desvantajoso. No caso da fibrose cística, por exemplo, se a proteína mutante
chegasse à membrana plasmática ela funcionaria normalmente, mas ela é retida no RE, sendo então
degradada pelos proteassomos.
 Depois de terem perdido o seu revestimento, essas vesículas começam a se fundir umas as outras,
formando agrupamentos tubulares vesículas. Esses agrupamentos são gerados continuamente e
funcionam como pacotes de transporte que trazem material do RE para o aparelho de golgi. Além
disso, essas vesículas são revestidas por COPI e possuem uma via de recuperação que traz de volta
proteínas residentes no RE que tenham escapado.

 A via de recuperação para trazer de volta ao RE as proteínas que escaparam depende dos sinais de
recuperação do RE. Proteínas de membrana residentes no RE contêm sinais que se ligam diretamente
aos revestimentos de COPI e assim são entregues ao RE. Já as proteínas solúveis devem se ligar a
proteínas receptoras especializadas, como o receptor de KDEL.

O aparelho de Golgi consiste em uma série


ordenada de compartimentos

 O complexo de Golgi consiste em uma


coleção de compartimentos achatados
definidos por membranas, chamados de
cisternas. A organização dessas cisternas
depende dos microtúbulos. Se estes forem
despolimerizados, o Golgi reorganiza-se em
pilhas individuais espalhadas pelo
citoplasma.
 As moléculas transportadas através do golgi sofrem uma série ordenada de modificações covalentes.
As proteínas e os lipídeos entram na rede cis de Golgi e saem na rede trans de Golgi. As
proteínas que entram na CGN podem ir adiante no aparelho ou ser devolvidas para o RE. As
proteínas que saem da TG podem ser distribuídas de acordo com seu destino (endossomo, vesícula
secretora ou superfície celular).
 O complexo de golgi promove também a glicosilação de proteínas, que é a vista nas proteínas
maduras. As proteínas são modificadas a medida que se movem de cisterna a cisterna através da
pilha, de maneira que a pilha forma uma unidade de processamento de múltiplos estágios.
 A remoção da manose e a adição de N-acetilglicosamina ocorrem nas cisternas cis e média,
enquanto a adição de galactose e ácido siálico ocorre na cisterna trans e na rede trans de golgi.

Processamento de oligossacarídeos N-ligados

 As proteínas residentes no aparelho de Golgi são todas ligadas à membrana, já que as reações
enzimáticas parecem ocorrer inteiramente sobre as superfícies de membrana.
 Duas classes principais de oligossacarídeos N-ligados são adicionadas as glicoproteínas: o
complexo e os ricos em manose. Os complexos são gerados quando o oligosscarídeo N-ligado
adicionado no RE é aparado e açucares completares são adicionados. Já os ricos em manose são
aparados, mas não recebem adição de novos açucares no Golgi,
 Se o oligossacarídeo N-ligado for acessível as proteínas processadoras no Golgi, é provável que ele
seja convertido a uma forma complexa. Se ele estiver inacessível por causa de seus açúcares
estarem presos a superfície proteica, é provável que ele permaneça na forma rica em manose.

Gicosilação de oligossacarídeos O-
ligados (proteoglicanos)

 Glicosilação em oligossacarídeos
O-ligados: é catalisada por enzimas
glicosiltransferases que
utilizam nucleotídeos de açúcar
do lúmen do golgi para adicionar açúcares a uma proteína, um de cada vez. A N-acetilglicosamina é
adicionada primeiro, seguida por um número variável de açucares adicionais.
 Envolve a polimerização de uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanos sobre serinas da proteína-
nucleo. Muito proteoglicanos são secretados e se tornam componentes da matriz extracelular,
enquanto outros permanecem ancorados na face extracelular da membrana plasmática. Outros ainda
formam o componente principal de materiais viscoso, como o muco que reveste os epitélios.
 É importante, por exemplo, para promover o enovelamento de proteínas.
 A presença de oligossacarídeos tende a tornar-se uma glicoproteína mais resistente a digestão por
enzimas proteolíticas.
 A presença de oligossacarídeos pode modificar as propriedades antigênicas e funcionais de uma
proteína, fazendo da glicosilação um importante fator na produção de proteínas com propósitos
farmacêuticos.

O transporte através do aparelho de Golgi pode ocorrer pela maturação das cisternas

 Modelo de Maturação de Cisternas: de acordo com essa visão, as cisternas cis se formam
continuamente a medida que agrupamentos tubulares de vesículas chegam do RE e
progressivamente amadurecem para se tornar uma cisterna média e depois uma cisterna trans.
- Quando uma cisterna finalmente se move adiante para formar parte da rede trans de golgi,
vários tipos de vesículas revestidas brotam dela até a rede desaparecer, para ser substituída por
uma cisterna em maturação posicionada logo atrás.
- Ao mesmo tempo, outras vesículas de transporte estão continuamente recuperando membranas
de compartimentos posicionados após o golgi e devolvendo-as à rede trans de golgi.

 Modelo de transporte vesicular: de acordo com essa visão, as cisternas de Golgi são estruturas
duradouras que matêm seu conjunto característico de proteínas residentes de Golgi firmemente
no lugar, e as proteínas-carga são transportadas de uma cisterna para a próxima pelo transporte de
vesículas.
- O fluxo retrógrado de vesículas recupera as proteínas que escapam do RE e do Golgi e as
devolve aos compartimentos anteriores no fluxo.
- O deslocamento de vesículas de transporte entre as cisternas de Golgi pode não ser de todo
direcional, transportando cargas aleatoriamente para frente e para trás. O fluxo ocorreria, então,
por causa da entrada continua na cisterna cis e saída na cisterna trans.

É provável que ambos os modelos sejam


verdadeiros e que o transporte através do
complexo de Golgi seja dual.
Proteínas da matriz do Golgi ajudam a organizar a pilha

 A arquitetura do aparelho de Golgi depende do citoesqueleto de microtúbulos e de proteínas


citoplasmáticas da matriz do Golgi que formam um arcabouço entre cisternas adjacentes e conferem
às pilhas de Golgi a sua integridade estrutural.
 Proteínas Globinas: formam longas amarrar compostas de domínios
super-hélices rígidos com regiões articuladas intercaladas. Acredita-se que
essas proteínas ajudam a manter o transporte de vesículas de Golgi perto da
organela mediante interações com as proteínas Rab.
 Quando a célula se prepara para divisão, essas proteínas da matriz do golgi
são fosforiladas, determinando a fragmentação do aparelho de Golgi e a
dispersão por todo citosol

TRANSPORTE DA REDE TRANS DE GOLGI PARA OS LISOSSOMOS

Os lisossomos são os principais sítios de digestão intracelular

 Os lisossomos são organelas envoltas por membranas preenchidas com enzimas hidrolíticas
solúveis que digerem macromoléculas. Essas enzimas incluem proteases, nucleases, glicosidases,
lipases, fosfolipases, fosfatases e sulfatases. Todas elas são hidrólises ácidas e precisam ser ativadas
por clivagem proteolítica.
 A acidez proporcionada pelo lisossomo, permite que os conteúdos do citosol sejam protegidos contra
o ataque do sistema digestivo da própria célula. A membrana do lisossomo mantém as enzimas
digestivas fora do citosol, mas, mesmo que elas escapem, elas causarão poucos danos com o ph
citosólico mais básico.
 A maioria das proteínas de membrana do lisossomo são altamente glicosiladas, o que ajuda protegê-
las das proteases dos lisossomos no lúmen.
 Uma H+ ATPase vacuolar na membrana do lisossomo usa a energia da hidrolise de ATP para
bombear H+ para dentro do lisossomo, mantendo, assim, o lúmen em seu pH ácido.

Os lisossomos são heterogêneos

 A diversidade dos lisossomos reflete a ampla variedade de funções


digestivas mediadas pelas hidrolases ácidas, incluído a quebra de
restos intra e extracelulares, a destruição de microrganismos
fagocitados e a produção de nutrientes para a célula.
 Endossomos tardios: contém o material recebido da membrana
plasmática por endocitose e hidrolases lisossômicas recém-
sintetizadas.
 Endolisossomos: são formados a partir da junção dos endossomos
tardios com lisossomos pré-existentes. Os endossomos unem-se uns
aos outros.
 Endossomos “clássicos”: ocorrem quando a maior parte do material
endocitado dentro de um endolisossomo foi digerida de modo que
somente resíduos resistentes ou de digestão lenta permaneçam nessas organelas.
Portanto, não existe distinção real entre os endolisossomos e os lisossomos: eles são os mesmos,
exceto pelo fato de que eles estão em diferentes estágios do ciclo de maturação. A característica
comum entre essas organelas “distintas” é o fato de que todas possuem um alto conteúdo de enzimas
hidrolíticas.

Múltiplas vias entregam materiais para os lisossomos

Os lisossomos são locais de encontro para onde várias vias de tráfego intracelular convergem. As cinco
vias fontes de diferentes substâncias que alimentam os lisossomos são:

 Sequência sinalizadora KFERQ: Lys-Phe-Glu-Arg-Gln em peptídeos citoplasmáticos


 Endocitose: macromoléculas captadas do líquido extracelular. Destaque para a fagocitose,
realizada principalmente pelos macrófagos e neutrófilos, é dedicada ao engolfamento de grandes
partículas e microrganismos para formar o fagossomo.
 Crinofagia: células secretoras que deixam de receber estímulo para secreção, precisam eliminar
os grânulos onde seus produtos são acumulados. Então, é acionado o processo de crinofagia, no
qual os grânulos são digeridos pela via lisossomal.
 Autofagia: se origina no citoplasma da própria célula e é utilizada para digerir organelas do
citosol e deterioradas.

A autofagia degrada proteínas e organelas indesejadas

 A autofagia pode remover grandes objetos, com quais outros mecanismos de descarte, como a
degradação proteossômica, não conseguem lidar. Defeitos na autofagia podem impedir que as células
se liberem de micróbios, agregados de proteínas e proteínas anormais e, assim, contribuir para
doenças desde distúrbios infecciosos a neurodegeneração e câncer.
 A autofagia está intimamente relacionada com a expressão gênica, que controla quando essa ação
ocorre.
Um receptor de manose-6-fosfato seleciona hidrolases lisossômicas na rede trans de Golgi

 As vesículas que deixam a rede trans do Golgi incorporam as proteínas lisossômicas e excluem as
várias outras proteínas que são empacotadas em diferentes vesículas de transporte para destiná-las a
outros locais.
 Essas proteínas acidas já chegam glicosiladas do retículo endoplasmático e na cisterna cis ela sofre
fosforilação para que a manose seja reconhecida.
 As hidrolases lisossômicas possuem um marcador único na forma de grupos de manose-6-fosfato,
que são adicionados aos oligossacarídeos ligados ao N dessas enzimas à medida que elas passam
através do lumen da rede cis de Golgi.
 As proteínas receptoras de M6P transmembrana, que estão presentes na rede trans, reconhecem os
grupos M6P e se ligam às hidrolases lisossômicas na face luminal da membrana e a proteínas
adaptadoras para montar os revestimentos de clatrina na face citosólica. Dessa forma, os receptores
ajudam a empacotar as hidrolases em vesículas revestidas por clatrina que brotam da TGN e entregar
seu conteúdo aos endossomos primários.
 O sinal para a adição das unidades de M6P é um agrupamento de nucleotídeos vizinhos em cada
superfície proteica de cada hidrolase, conhecido como região-sinal, que possui alta afinidade para o
receptor M6P

Defeitos na GlcNAc-fosfotransferase causam uma doença de depósito lisossômico em humanos

 Doença de Inclusão Celular: quase todas as enzimas hidrolíticas estão ausentes nos lisossomos de
muitos tipos celulares, e os seus substratos não digeridos se acumulam nesses lisossomos. A
patologia consequente é complexa, afetando todos os sitemas de órgãos, a integridade esquelética e o
desenvolvimento mental; os indivíduos raramente vivem além de 6 ou 7 anos.
- Essa doença é causada por um único defeito gênico e é recessiva – ocorre apenas em indivíduos que
tem duas copias do gene defeituoso.
- Nesses paciente, todas as hidrolases ausentes nos lisossomos são encontradas no sangue: por elas
não serem selecionadas apropriadamente no aparelho de Golgi, elas são secretadas em vez de
transportadas aos lisossomos.
- O defeito é resultado de uma fosfotransferase GlcNAc ausente ou defeituosa. Por conta disso, as
enzimas lisossômicas não são fosforiladas na rede cis de Golgi, os receptores de M6P não as separam
para dentro das vesículas de transporte corretas na rede trans. Ao invés disso, as hidrolases
lisossômicas são carregadas para a superfície celular e secretadas.
 Nessa doença, os lisossomos de alguns tipos celulares possuem todas as enzimas necessárias, o que
indica que a célula possui uma via que utiliza receptores independentes de M6P para transportar o
material aos endossomos tardios.

 Síndrome de Hunter: acumulação de glicosaminoglicanos


 Leishmania sp: em nós a leishmania encontra-se dentro do endossomo do macrófago. Ela se finge
de morta para que outros macrófagos a absorva e ela passe a dominar os endossomos. Ela consegue
habitar os endossomos porque não deixa que os endossomos primários se tornem maduros e se unam
entre si.

TRANSPORTE DA MEMBRANA PLASMÁTICA PARA DENTRO DA CÉLULA: ENDOCITOSE

 Uma vez geradas na membrana plasmática, a maioria das vesículas endocíticas se funde com um
compartimento receptor comum, o endossomo primário, onde a carga internalizada é selecionada:
algumas moléculas-carga são devolvidas a membrana plasmática, seja diretamente ou via
endossomo de reciclagem, e outras são designadas para degradação por inclusão em um endossomo
tardio.
 Os endossomos tardios se formam a partir de um processo de maturação de um endossomo primário,
na qual há mudança da composição proteica da membrana do endossomo.
 A medida que o endossomo amadurece, ele interrompe a reciclagem de material para a membrana
plasmática e envia irreversivelmente seus conteúdos remanescentes para a degradação: os
endossomos tardios se fundem com os lisossomos para formar endolisossomos, que agregam seus
conteúdos.
 Cada um dos estágios de maturação do endossomo é conectado por vias de transporte de vesículas
bidirecionais para a rede trans de Golgi.
As células
utilizam
endocitose
mediada por
receptores
para importar macromoléculas extracelulares selecionadas

 Endocitose mediada por receptores: macromoléculas ligam-se


às proteínas receptoras transmembrana complementares, que se acumulam
em fossas revestidas e, então, entram na célula como complexos receptor-
macromoléculas em vesículas revestidas por clatrina.
 Endocitose do LDL: permite a capitação do colesterol e sua
manipulação para compatibilizar o colesterol livre, que irá agir em áreas especificas. Existem
pessoas que possuem mutações no receptor da membrana plasmática. Com isso não é possível retirar
o colesterol do sangue, há maior probabilidade de possuir aterosclerose. É um tipo de anomalia que
pode ser transmitida aos descendentes.

Endossomos de reciclagem regulam a


composição da membrana plasmática

 Endossomos de reciclagem: pode


ser utilizado quando a célula não
quer deixar um conteúdo livre no
meio celular. Por isso, ela armazena em um endossomo reciclável.
 Transcitose: alguns receptores/ligantes procedem para um domínio diferente da membrana
plasmática.
 Um recém- -nascido, por exemplo, obtém anticorpos a partir do leite materno (que ajudam a protegê-
-lo contra infecções) por transporte através do epitélio intestinal. O lúmen do intestino é ácido e,
nesse pH baixo, os anticorpos do leite se ligam a receptores específicos da superfície apical
(absorvente) das células do epitélio intestinal. Os complexos receptor-anticorpo são internalizados
por meio de fossas revestidas por clatrina e de vesículas e são entregues aos endossomos primários.
Os complexos permanecem intactos e são recuperados em vesículas de transporte que brotam de um
endossomo primário e, subsequentemente, fusionam- se com o domínio basolateral da membrana
plasmática.
 A via transcitótica do endossomo primário de volta para a membrana plasmática não é direta.
Primeiro os receptores se movem do endossomo primário para o endossomo de reciclagem.

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