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Compartimentos

intracelulares e
endereçamento de proteínas
Alan Joaquim
Trenz Pruca - 24 April 2018


ALAN JOAQUIM 1
Introdução
A evolução de membranas internas, evidentemente, acompanhou a especialização
da função da membrana. Um esquema hipotético de como as primeiras células
eucarióticas, com núcleo e RE, poderiam ter evoluído por meio de invaginação e
dobramento da membrana plasmática de uma célula ancestral está ilustrado na. Esse
processo poderia criar organelas delimitadas por membrana com um interior ou lúmen
que é topologicamente equivalente ao exterior de uma célula. Veremos que essa relação
topológica é mantida para todas as organelas envolvidas em vias secretoras e endocíticas,
incluindo o RE, o aparelho de Golgi, os endossomos, os lisossomos e os peroxissomos.
Poder-se-ia pensar que todas essas organelas são membros do mesmo compartimento
equivalente topologicamente. Como discutiremos em detalhes no capítulo seguinte, seus
interiores comunicam-se extensivamente um com o outro e com o exterior da célula via
vesículas de transporte, que se desprendem de uma organela e se fundem com outra

As proteínas podem mover-se entre os compartimentos de diferentes maneiras

Para entender os princípios gerais pelos quais os sinais de endereçamento operam, é


importante distinguir três caminhos fundamentalmente diferentes pelos quais as
proteínas se movem de um compartimento a outro. Esses três mecanismos são descritos a
seguir, e os passos de transporte nos quais eles operam são delineados na. Discutimos os
primeiros dois mecanismos (transporte fechado e transporte transmembrana) neste
capítulo, e o terceiro (transporte vesicular).
1. No transporte controlado por comportas, proteínas e moléculas de RNA se
movimentam entre o citosol e o núcleo através de complexos do poro nuclear no envelope
nuclear. Os complexos do poro nuclear funcionam como canais seletivos que auxiliam o
transporte ativo de macromoléculas específicas e conjuntos macromoleculares entre os
dois espaços equivalentes topologicamente, embora também permitam a difusão livre de
pequenas moléculas.
2. Na translocação de proteínas, translocadores de proteínas transmembrana
transportam diretamente proteínas específicas através da membrana do citosol para
um espaço que é topologicamente diferente. A molécula de proteína transportada
em geral precisa desdobrar-se para passar pelo translocador. O transporte inicial
das proteínas selecionadas do citosol para o lúmen do RE ou para a mitocôndria,
por exemplo, ocorre dessa forma. Proteínas integrais da membrana costumam usar
os mesmos translocadores que deslocam apenas parcialmente essas proteínas

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através da membrana, tornando-se então
incorporadas à bicamada lipídica. 


3. No transporte vesicular,
intermediários de transporte envoltos por
membrana – vesículas de transporte esféricas
que podem ser pequenas ou grandes,
fragmentos de organelas com forma irregular
– levam proteínas de um compartimento
topologicamente equivalente a outro. As
vesículas e os fragmentos de transporte são
carregados com uma leva de moléculas
derivadas do lúmen de um compartimento à
medida que se desprendem da sua
membrana; o conteúdo é descarregado em
um segundo compartimento por fusão com a
membrana que o envolve. A transferência de
proteínas solúveis do RE ao aparelho de
Golgi, por exemplo, ocorre dessa maneira.
Devido ao fato de as proteínas transportadas
não cruzarem uma membrana, o transporte
vesicular pode mover proteínas somente entre
com- partimentos topologicamente equivalentes 


Transporte de moléculas entre o núcleo e o citosol

O envelope nuclear encerra o DNA e define o compartimento nuclear. Esse envelope


consiste em duas membranas concêntricas, penetradas pelos complexos do poro nuclear.
Embora as membranas interna e externa sejam contínuas, elas mantêm composições
proteicas distintas. A membrana nuclear interna contém proteínas que atuam como sítios
de ligação para cromossomos e para a lâmina nuclear, uma malha proteica que fornece
suporte estrutural para o envelope nuclear; a lâmina também atua como um sítio de
ancoragem para cromossomos e citoesqueleto citoplasmático (via complexos proteicos que
cruzam o envelope nuclear). A membrana interna é circundada pela membrana nuclear
externa, a qual é contínua com a membrana do RE. Assim como a membrana do RE
(discutida mais adiante), a membrana nuclear externa apresenta ribossomos envolvidos

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na síntese de proteínas. As proteínas sintetizadas nesses ribossomos são transportadas
para o espaço entre as membranas nucleares interna e externa (o espaço perinuclear), o qual
é contínuo com o lúmen do RE.
Os grandes e elaborados complexos do poro nuclear (NPCs, de nuclear pore
complexes) perfuram o envelope nuclear em todas as células eucarióticas. Cada NPC é
composto de um conjunto de cerca de 30 diferentes proteínas, ou nucleoporinas.

Peroxissomos

Os peroxissomos são especializados em promover reações de oxidação usando


oxigênio molecular. Eles geram peróxido de hidrogênio, que é empregado em reações
oxidativas – e contêm catalases para destruir o excesso do mesmo. Assim como as
mitocôndrias e os plastídios, os peroxissomos são organelas autorreplicativas. Pelo fato de
não conterem DNA ou ribossomos, toda sua proteína é codificada no núcleo da célula.
Algumas dessas proteínas são repassadas aos peroxissomos via vesículas precursoras
peroxissômicas que brotam do RE, mas muitas são sintetizadas no citosol e importadas
diretamente. Uma sequência específica de três aminoácidos próxima à região C-terminal
de muitas proteínas funciona como um sinal de importação peroxissômica. O mecanismo
de importação de proteínas difere daquele de mitocôndrias e cloroplastos, no qual mesmo
proteínas oligoméricas são importadas do citosol sem estarem desenoveladas.

Retículo Endoplasmático

Todas as células eucarióticas possuem retículo endoplasmático (RE). Sua membrana


em geral constitui mais do que a metade da membrana total de uma célula animal. O RE
está organizado em um labirinto de túbulos ramificados e de vesículas achatadas que se
estendem através do citosol. Os túbulos e sacos são interconectados, e suas membranas
são contíguas com a membrana nuclear externa; o compartimento que elas encerram,
portanto, também é contíguo com o espaço entre as membranas nuclear externa e interna.
Dessa forma, o RE e as membranas nucleares formam uma folha contínua envolvendo um
espaço interno único, chamado de lúmen do RE ou espaço cisternal do RE, que costuma
ocupar mais de 10% do volume celular total. A membrana contém dolicol.
O RE tem um papel central na biossíntese de lipídeos e proteínas, servindo também
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como um local de armazenamento intracelular de Ca , que é usado em muitas respostas
de sinalização celular. A membrana do RE é o sítio de produção de todas as proteínas
transmembrana e lipídeos para a maioria das organelas celulares, incluindo o próprio RE,
o aparelho de Golgi, os lisossomos, os endossomos, as vesículas secretoras e a membrana

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plasmática. A membrana do RE é também o local onde é feita a maioria dos lipídeos para
as membranas mitocondriais e peroxissômicas. Além disso, quase todas as proteínas que
serão secretadas para o exterior celular – acompanhadas daquelas destinadas ao lúmen do
RE, ao aparelho de Golgi ou aos lisossomos – são enviadas inicialmente ao lúmen do RE.
RE LISO:
A grande maioria das células possui regiões limitadas de RE liso, e o RE é, com
frequência, parcialmente liso e parcialmente rugoso. Áreas de RE liso a partir das quais
vesículas carregando proteínas recém-sintetizadas e lipídeos se desprendem para
transporte até o aparelho de Golgi são chamadas de RE transicional. Em certas células
especializadas, o RE liso é abundante e tem funções adicionais. Ele é proeminente, por
exemplo, em células que se especializam no metabolismo de lipídeos, como células que
sintetizam hormônios esteroides a partir do colesterol; o RE liso expandido acomoda as
enzimas que fazem o colesterol e o modificam a fim de formar os hormônios.
Principal tipo celular no fígado, o hepatócito também possui uma quantidade
significativa de RE liso. Ele é o principal sítio de produção de partículas de lipoproteína, que
carregam lipídeos a outras partes do corpo via corrente sanguínea. As enzimas que
sintetizam os componentes lipídicos das lipoproteínas estão localizadas na membrana do
RE liso, a qual também contém enzimas que catalisam uma série de reações para
destoxificar substâncias lipossolúveis e vários compostos danosos produzidos pelo
metabolismo. As reações de destoxificação mais extensamente estudadas são realizadas pela
família de enzimas citocromo P450, que catalisam uma série de reações nas quais
substâncias insolúveis em água ou metabólitos que, de outra forma, poderiam ser
acumulados em níveis tóxicos nas membranas celulares são transformados em solúveis
em água o suficiente para deixarem a célula e serem excretados na urina. Uma vez que o
RE rugoso sozinho não pode conter quantidades suficientes dessas e de outras enzimas
necessárias, uma grande porção de membrana em um hepatócito normalmente consiste
em RE liso.
Outra função crucial do RE na maioria das células eucarióticas é sequestrar Ca2+ do
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citosol. A liberação de Ca do RE para o citosol e sua subsequente recaptação estão
envolvidas em muitas respostas rápidas a sinais extracelulares,
RE RUGOSO:
O processo de transferência cotraducional cria duas populações espacialmente
separadas de ribossomos no citosol. Os ribossomos ligados à membrana, ligados ao lado
citosólico da membrana do RE, estão empenhados na síntese de proteínas que es- tão
sendo simultaneamente translocadas para o RE. Os ribossomos livres, não ligados a
membranas, sintetizam todas as outras proteínas codificadas pelo genoma nuclear.
Síntese proteica no REG:

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A SRP e seu receptor agem em conjunto. A SRP liga-se à sequência-sinal do RE
exposta e ao ribossomo, induzindo, portanto, uma pausa na tradução. O receptor SRP na
membrana do RE, que, nas células animais, é composto de duas cadeias polipeptídicas
diferentes, liga-se ao complexo SRP-ribossomo e direciona-o ao translocador. Em uma
reação pouco conhecida, a SRP e seu receptor são então liberados, deixando o ribossomo
ligado ao translocador na membrana do RE. O translocador insere a cadeia polipeptídica
na membrana e a transfere através da bicamada lipídica. Uma vez que uma das proteínas
SRP e ambas as cadeias do receptor SRP contêm domínios de ligação a GTP, supõe-se que
as mudanças conformacionais que ocorrem durante os ciclos de ligação e hidrólise do GTP
garantam que a liberação de SRP ocorra somente após o ribossomo es- tar adequadamente
associado ao translocador na membrana do RE. O translocador permanece fechado até
que o ribossomo tenha se ligado, mantendo a barreira de permeabilidade da membrana
do RE em todos os momentos.

Complexo de Golgi

Ele consiste em uma coleção de compartimentos achatados definidos por


membranas, chamados de cisternas, que se assemelham um pouco a uma pilha de
panquecas. Durante a sua passagem pelo aparelho de Golgi, as moléculas transportadas
sofrem uma série ordenada de modificações covalentes. Cada pilha de Golgi possui duas

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faces distintas: uma face cis (ou face de entrada) e uma face trans (ou face de saída).
Ambas as faces, cis e trans, estão intimamente associadas a compartimentos especiais, cada
um composto de uma rede de estruturas tubulares e de cisternas interconectadas: a rede
cis de Golgi (CGN, do inglês cis Golgi network) e a rede trans de Golgi (TGN, trans Golgi
network), respectivamente. A CGN consiste em uma coleção de agrupamentos tubulares de
vesículas provenientes do RE. As proteínas e os lipídeos entram na rede cis de Golgi e
saem da rede trans de Golgi com destino à superfície celular ou a outro compartimento.
Ambas as redes são importantes para a distribuição de proteínas: as proteínas que entram
na CGN podem ir adiante no aparelho de Golgi ou ser devolvidas para o RE. Da mesma
forma, as proteínas que saem da TGN podem ir adiante e ser distribuídas de acordo com
seus destinos: endossomos, vesículas secretoras ou superfície celular. Elas também podem
ser devolvidas para um compartimento anterior. Algumas proteínas de membrana são
retidas na parte do aparelho de Golgi onde atuam.

As proteínas corretamente enoveladas e montadas no RE são empacotadas em


vesículas de transporte revestidas por COPII que se destacam da membrana do RE. Logo
após, as vesículas perdem o revestimento e se fundem umas às outras para formar
agrupamentos tubulares de vesículas. Em células animais, os agrupamentos então se
movem sobre linhas de microtúbulos para o aparelho de Golgi, onde se fusionam uns aos
outros para formar a rede cis de Golgi. Qualquer proteína residente no RE que escape do
RE é devolvida para lá pelos agrupamentos tubulares de vesículas e do aparelho de Golgi
pelo transporte retrógrado em vesículas revestidas por COPI.

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O aparelho de Golgi, diferentemente do RE, contém muitos nucleotídeos de
açúcares, que as enzimas glicosiltransferases utilizam para glicosilar moléculas de lipídeo
e proteína à medida que passam através do aparelho de Golgi. As manoses dos
oligossacarídeos ligados ao N que são adicionados às proteínas no RE são frequentemente
removidas no início, e açúcares adicionais são acrescentados. Além disso, o aparelho de
Golgi é o local onde ocorre a glicosilação ligada ao O e onde as cadeias de
glicosaminoglicanos são adicionadas a proteínas-núcleo para formar proteoglicanos. A
sulfatação de açúcares em proteoglicanos e de tirosinas selecionadas de proteínas também
ocorre em um compartimento de Golgi tardio.
O aparelho de Golgi modifica as várias proteínas e lipídeos que recebe do RE e,
então, os distribui para a membrana plasmática, os lisossomos e as vesículas secretoras. O
aparelho de Golgi é uma organela polarizada, que consiste em uma ou mais pilhas de
cisternas em forma de disco. Cada pilha é organizada como uma série de pelo menos três
compartimentos funcionalmente distintos, chamados cisternas cis, média e trans. As cis-
ternas cis e trans são conectadas a estações especiais de seleção, chamadas de rede cis de
Golgi e rede trans de Golgi respectivamente. As proteínas e os lipídeos movem-se através
da pilha de Golgi em uma direção cis-para-trans. Esse movimento pode ocorrer por
transporte vesicular, pela maturação progressiva das cisternas cis à medida que migram
de modo contínuo através das pilhas ou, mais provavelmente, por uma combinação dos
dois mecanismos. Acredita-se que o transporte vesicular retrógrado contínuo de cisternas
de cima para cisternas mais abaixo mantém as enzimas concentradas onde são
necessárias. As novas proteínas concluídas terminam na rede trans de Golgi, que as
empacota em vesículas de transporte para despachá-las a seus destinos específicos na
célula.

Lisossomos

Os lisossomos são especializados para a digestão intracelular de macromoléculas.


Eles contêm proteínas de membrana únicas e uma ampla variedade de enzimas
hidrolíticas que funcionam melhor em pH 5, que é o pH interno dos lisossomos. Uma
bomba de H+ dirigida por ATP da membrana lisossômica mantém esse pH baixo.
Proteínas lisossômicas recém-sintetizadas são transportadas a partir do lúmen do RE
através do aparelho de Golgi; elas são, então, carregadas da rede trans de Golgi para os
endossomos por vesículas de transporte revestidas por clatrina antes de se moverem
adiante para os lisossomos.
As hidrolases lisossômicas contêm oligossacarídeos ligados ao N que são modi-
ficados covalentemente de forma única no cis de Golgi de forma que suas manoses são

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fosforiladas. Os grupos de manose-6-fosfato (M6P) são reconhecidos por uma proteína
receptora de M6P na rede trans de Golgi que separa as hidrolases e ajuda a empacotá-las
em vesículas de transporte em brotamento que entregam seus conteúdos aos endossomos.
Os receptores de M6P transitam para trás e para frente entre a rede trans de Golgi e os
endossomos. O baixo pH nos endossomos e a remoção do fosfato do grupo M6P levam as
hidrolases lisossômicas a se dissociarem desses receptores, tornando o transporte das
hidrolases unidirecional. Um sistema de transporte à parte utiliza vesículas revestidas por
clatrina para entregar proteínas de membrana residentes nos lisossomos provenientes da
rede trans de Golgi aos endossomos.

Endossomos

As células ingerem fluidos, moléculas e partículas por endocitose, em que regiões


localiza- das da membrana plasmática invaginam-se e destacam-se para formar vesículas
endocíticas. Na maioria das células, a endocitose internaliza uma grande fração da
membrana plasmática a cada hora. As células permanecem com o mesmo tamanho
porque a maior parte dos componentes da membrana plasmática (proteínas e lipídeos)
que são endocitados são continuamente devolvidos para a superfície celular por exocitose.
Esse ciclo endocítico-exocítico em larga escala é mediado sobretudo pelas fossas e
vesículas revestidas por clatrina, mas vias endocíticas independentes de clatrina também
contribuem.
Enquanto muitas das moléculas endocitadas são rapidamente recicladas para a
membrana plasmática, outras, por fim, acabam nos lisossomos, onde são degradadas. A
maioria dos ligantes que são endocitados com seus receptores se dissocia dos seus
receptores no ambiente ácido do endossomo e acaba terminando nos lisossomos,
enquanto a maioria dos receptores é reciclada via vesículas transportadoras de volta à
superfície celular para reutilização. Muitos receptores de sinalização de superfície celular
ficam marcados com ubiquitina quando ativados por ligação aos seus ligantes
extracelulares. A ubiquitinação guia os receptores ativados para dentro das fossas
revestidas por clatrina; eles e seus ligantes são internalizados e entregues de maneira
eficiente para os endossomos primários.
Os endossomos primários rapidamente amadurecem em endossomos tardios.
Durante a maturação, regiões da membrana endossômica contendo receptores
ubiquitinados invaginam-se e destacam-se para formar vesículas intraluminais. Esse
processo é mediado por complexos ESCRT e sequestra os receptores para fora do citosol, o
que termina sua atividade sinalizadora. Os endossomos tardios migram ao longo de

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microtúbulos em direção ao interior da célula, onde se fundem uns com os outros e com
os lisossomos para formar os endolisossomos, onde ocorre a degradação.
Em alguns casos, tanto o receptor quanto o ligante são transferidos para um domínio
diferente da membrana plasmática, levando à liberação do ligante em uma superfície
diferente da qual se originou, um processo chamado de transcitose. Em algumas células,
as proteínas e lipídeos da membrana plasmática endocitados podem ser armazenados em
endossomos de reciclagem, por quanto tempo for preciso, até que sejam necessários.

Revestimento de vesículas

Existem vários tipos de vesículas revestidas. As mais bem caracterizadas são as


revestidas por clatrina, que medeiam o transporte de vesículas de endocitose, transportes
de enzimas lisossômicas na rede trans-Golgi para o endossomo, reciclagem de receptores
manose-6-fosfato para a rede trans-golgi as revestidas por COPI e COPII, que medeiam o
transporte entre as cisternas de Golgi e entre o RE e o aparelho de Golgi. Os revestimentos
têm uma estrutura comum de duas camadas: uma camada interna formada de proteínas
adaptadoras une a camada externa (ou gaiola) à membrana da vesícula e também
aprisiona moléculas- -carga específicas para empacotá-las na vesícula. O revestimento é
desfeito antes que a vesícula se fusione com a membrana-alvo apropriada

Correlações clínicas - Lisossomos

1) Doença 1 ou de inclusão:

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# Formação afetada da N-acetilgalactosamina-fosfotransferase, não marcação de manose
6-fosfato, secreção constitutiva de hidrólises lisossomais no plasma e acúmulo de produto
nos lisossomos.
# Mucopolissacaridoses
# Acúmulo de Gags nos lisossomos por ausência de hidrólises específicas.

2) Silicose (doença dos trabalhadores de minas)


# Fagocitose de partículas sólidas por macrófagos alveolares- acúmulo nos pulmões-
rompimento dos lisossomos.

3) Gota
# Acúmulo de cristais de urato de sódio em diferentes tecidos
# Febre reumática
# Digestão de membranas lisossomais por Streptococos
# Artrite Reumática
# Cartilagem degradada por proteases ácidas lisossomais liberadas na matriz.

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