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ANATOMIA
EFISIOLOGIA
PARA PSICÓLOGOS
EDICON
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-PONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE
LIVROS, RJ.
P3272 Pastore, Carlos Alberto
Anatomia e fisiologia para psicólogos, parte II : endocrinologia : aparelho
reprodutor masculino e feminino / Carlos Alberto Pastore - São Paulo: Edicon 2a
edição 2007
EDICON
Editora e Consultoria Ltda rua herculano de freitas, 181 01308-020 - são paulo - sp edicon@edicon.com.br
www.edicon.com.br telfax: 3255-1002/3255-9822
SUMÁRIO
ABAR
...........
CAPITULO 1 FISIOLOGIA, 1 - PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS...
1. INTRODUÇÃO
2. ESTRUTURA E FUNÇÃO CELULAR... 11 -
COMPARTIMENTO LÍQUIDO
DO ORGANISMO... 1. INTRODUÇÃO. .........
................ 15 2. COMPOSIÇÃO
DOS LÍQUIDOS DO ORGANISMO........... 3. FORÇAS RESPONSÁVEIS PELA
MANUTENÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS ENTRE OS COMPARTIMENTOS.............. 4.
SUBSTÂNCIAS TAMPÃO E PH.....
............ 5. HOMEOSTASE.
........ 18
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
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.......... ............
............
E
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.
I
..........
................
7. SOPROS.. 8. CIRCULAÇÃO CORONÁRIA. 9. PRESSÃO
ARTERIAL
Mo
...........
CAPITULO 4 APARELHO GENITOURINÁRIO ..........
1. ANATOMIA.......
............. 2. ÓRGÃOS GENITAIS
MASCULINOS ............... 3. ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS 2.
DESENVOLVIMENTO DOS GENITAIS MASCULINOS
E FEMININOS: OVÁRIO E TESTÍCULOS .......... 3. RINS
........................
WOS
......
CAPITULO 5 APARELHO DIGESTÓRIO.............
1. ANATOMIA... 2. FISIOLOGIA DO APARELHO DIGESTÓRIO.. 3.
CONSIDERAÇÃO SOBRE A MOTILIDADE
E FUNÇÕES GASTRINTESTINAIS 4. PÂNCREAS (PORÇÃO EXÓCRINA)
................ 5. FIGADO E SISTEMA BILIAR..
..89
............
101
....
4. A VESÍCULA SEMINAL .......
102 5. PROSTATA.
.................. 102 6. O SÊMEM.
............... 103 7. A HIPÓFISE ANTERIOR E O
CONTROLE DAS FUNÇÕES
SEXUAIS MASCULINAS ...........
......... 104
...........107
............... 108
..............
112
CAPITULO 7 APARELHO REPRODUTOR
FEMININO. 1. INTRODUÇÃO .............. 2. CICLO
MENSTRUAL 3. CICLO OVARIANO. 4. CICLO UTERINO.... 5.
GRAVIDEZ.... 6. LACTAÇÃO.. 7. MENOPAUSA. 8. HORMÔNIOS
SEXUAIS FEMININOS........
.............. 112 ............... 113
.................. 14 ........... 17
1.18
120
.
.
125
128
CAPITULO 8 ENDOCRINOLOGIA ..........................125
1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS GLÁNDULAS............... 2.
HIPÓFISE (GLÂNDULA PITUITÁRIA) .........
................ 3. TIREOIDE ..........
4. ...............
BIBLIOGRAFIA ............
............ 159
ÍNDICE DE FIGURAS
.70
84
........ 118
CAPITULO
1
FISIOLOGIA
A
1 - PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS
**
1. INTRODUÇÃO
Nos organismos unicelulares, todos os processos vi tais ocorrem numa única
célula. A medida que ocorre a evolução dos organismos multicelulares, vários grupos de
células assumem funções próprias. Nos animais supe riores e no homem, os grupos de
células especializadas compreendem: um sistema cardiovascular que distribui os
alimentos, o oxigênio e os produtos do metabolismo; um sistema gastrointestinal, que digere e
absorve os alimen tos; um sistema respiratório que retira o oxigênio do ar e elimina gás
carbônico; um sistema urinário que remove as excreções; um sistema reprodutor que perpetua a
espécie e os sistemas nervoso e endocrino que coordenam e inte gram as funções dos
outros sistemas.
Neste livro será visto o funcionamento dos sistemas cardiovascular,
respiratório, urinário, gastrointestinal, en docrino e reprodutor e o modo, pelo qual, cada
um contri bui para o funcionamento do organismo como um todo.
Reticulo Endoplasmático
Membrana
Complexo de Golgi
Centriolos
Lisossomos
A célula para manter a vida necessita retirar os ali mentos do meio externo e nele
lançar as excreções, para isso, as substâncias necessitam atravessar a membrana plasmática. Isto
se chama permeabilidade da membrana plasmática (propriedade de deixar passar
substâncias do meio externo para o hialoplasma ou vice-versa).
As células têm como uma das funções importantes promover trocas e quanto maior a
superfície celular maior o volume de trocas.
Desta maneira as células apresentam modificações morfológicas superficiais que, sem modificar o
volume ce lular, aumentam consideravelmente a superfície.
As células fazem captura de substâncias extracelulares por um processo chamado de
Endocitose, que é quando a membrana plasmática invagina-se formando uma depressão na
superfície celular e depois forma uma bolsa na qual fica aprisionada certa porção do meio
extracelular, destacando-se da superfície e penetrando no hialoplasma. Conforme o nível no
qual ocorre a Endocitose, fala-se em Fagocitose, quando a célula aprisiona partículas sólidas
de grande tamanho, ou em Pinocitose, quando retira gotículas de líquido extracelular.
O fenômeno da Endocitose é muito importante na nutrição celular, no
armazenamento de substâncias e no transporte de substâncias, aparece principalmente
nos gló bulos e nos protozoários.
Fagocitose é a maneira pela qual certos glóbulos bran cos fazem a sua nutrição, pois os
mesmos nutrem-se de outras células (bactérias) ou de restos celulares. (Fig. 2) Exemplo: o glóbulo
branco encosta numa bactéria, apoia sua membrana plasmática, que se invagina, e a bactéria é
levada para dentro do hialoplasma ficando presa num vacúolo (pequena bolsa) de fagocitose.
Enzinas digestivas são lançadas no vacúolo e é feita a digestão da bactéria. As partículas
resultantes atravessam a membrana vacuolar e passam para o hialoplasma. Após a absorção
do alimento as sobras são postas para fora da célula.
11
Glóbulo Branco
bactéria
Choir
13
2.4. COMPLEXO DE GOLGI
É uma coleção de túbulos e vesículas da membrana plasmática. Está, geralmente, localizado
próximo ao nú cleo e é particularmente visível durante a atividade secre tora das células
glandulares. Acredita-se que a função do Complexo de Golgi seja a de "acondicionar" as
proteínas secretadas pela célula. Hormônios e enzimas são armaze nados nas células secretoras
de proteínas como grânulos de secreção envoltos por membranas e estes grânulos, pro
vavelmente, são produzidos no Complexo de Golgi.
2.5. MITOCONDRIAS
São bolsas membranosas presentes no citoplasma de quase todas as células. Elas têm a
capacidade de auto-repro dução e são responsáveis pela respiração celular. Fornecem a maior
parte da energia necessária ao funcionamento da célula.
As mitocôndrias têm como função fazer:
• Fosforilação Oxidativa: Processo também chamado de "Respiração Celular", por utilizar o
oxigênio como no processo normal da respiração pulmonar Tem como finalidade básica a
produção de energia (ATP) para as reações químicas celulares (metabolismo). Ao nível das
mitocôndrias, certos produtos são oxidados (perdem água e reagem com o oxigênio) e a
energia liberada serve em parte para regeneraro ATP pela fosforilação (ligação de um radical
fósforo) do ADP (adenosina di-fostato). O conjunto de reações de oxidação e
fosforilação constitui a fosforilação oxidativa.
• Concentração: Diversas substâncias podem ser con centradas nas mitocôndrias como: íons,
pequenas e grandes moléculas. Os íons como o sódio e o potássio acumulam-se nas
mitocôndrias isoladas. Síntese: Na mitocôndria existe uma síntese contínua de proteínas. A
reunião de aminoácidos em cadeias
14
protéicas se realiza ao nível dos ribossomos que deci fram as informações pelo
RNA mensageiro. Estes resul tados fazem a mitocôndria aparecer como órgão celular
com capacidade de sintetizar determinadas proteínas, as quais eram de autonomia
exclusiva dos ribossomos.
II - COMPARTIMENTO LÍQUIDO DO
ORGANISMO
1. INTRODUÇÃO
As células que constituem os organismos de todos os animais
multicelulares estão contidas num líquido chamado Líquido Extracelular (LEC).
Deste líquido as células retiram o oxigênio e as substâncias nutritivas e nele excretam
as substân cias já utilizadas. Nos animais de sistema fechado, como o ho mem, o líquido
extracelular é dividido em dois componentes; o líquido intersticial (que banha as células)
e o plasma sanguíneo circulante. O plasma e os elementos celulares do sangue, prin
cipalmente os glóbulos vermelhos, preenchem o sistema vas cular e juntos
constituem o volume sanguíneo total. O líquido intersticial é a parte do LEC que se
encontra fora do sistema vascular, banhando as células. Cerca de um terço de água do
organismo está fora das células e os restantes dois terços estão no líquido intracelular
(dentro da célula).
Um adulto jovem, sexo masculino, apresenta 18% do peso corporal
constituído de proteínas, 7% de minerais e 15% de gor dura. O restante 60% é água,
distribuída da seguinte maneira: o componente intracelular da água é responsável por
40% do peso, o extracelular por 20% sendo distribuído em 5% no sis tema vascular
(plasma) e 15% no líquido intersticial. O volume total do sangue corresponde a cerca
de 8% do peso corporal.
S
CAU
et
15
3.1. DIFUSÃO
É o processo pelo qual um gás ou uma substância em solução se expande, devido ao movimento
das partículas, a fim de ocupar todo o volume disponível. As partículas (moléculas ou ions) de uma
substância estão em movimen
16
c.
arribar a
to constante, ao acaso, sendo mais freqüente a colisão en tre elas quando são mais abundantes.
Assim, as partícu las tendem a se expandir das áreas de maior concentração para as de baixa
concentração, até que fique uniforme a concentração em toda a solução.
S
Y
3.2. FILTRAÇÃO
É o processo pelo qual o líquido é forçado, através de uma ou outra barreira,
pela diferença de pressão hidrostá tica entre os dois lados.
STE**.
3.3. OSMOSE
É o movimento das moléculas do solvente, através de uma membrana, para uma área onde
existe uma concen tração maior de soluto em relação ao qual a membrana é impermeável. A
permeabilidade da membrana, sendo sele tiva, faz com que estes processos sejam muito
importantes para os mecanismos fisiológicos.
A pressão necessária para impedir a migração do sol vente é a chamada pressão
osmótica.
Shrewni
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17
om
4. SUBSTANCIAS TAMPAO E PH
SIN
5. HOMEOSTASE
As células vivem no componente intersticial do LEC. As funções normais das células
dependem da constância desse meio. Assim, nos animais superiores, um grande número
de mecanismos reguladores se desenvolvem para manter esta constância.
Os vários ajustes fisiológicos que servem para restau rar o estado de constância do meio,
uma vez que tenha ha vido desvio, foi chamado de Homeostase. As propriedades de
tamponamento dos líquidos do organismo, os ajustes respiratórios e renais, na presença de
um excesso de áci do ou base, são exemplos de mecanismos de homeostase. Existe um grande
número de mecanismos reguladores que colaboram com a homeostase como por exemplo os meca
nismos de retro-ativação negativa (Feedback) fundamen tais no funcionamento das
glândulas.
CAPITULO
APARELHO CARDIOVASCULAR
m
1. INTRODUÇÃO
O sistema cardiovascular ou circulatório é o meio de transporte que fornece
substâncias nutritivas e oxigênio para os tecidos. As substâncias são, em geral, absorvidas ao
nível do aparelho gastrointestinal (intestino delgado e grosso) e o oxigênio através do
aparelho respiratório (pul mões) e chegam até a corrente sangüínea. Tanto as subs
tâncias nutritivas como o oxigênio são usados pelo meta bolismo celular e voltam
através do sangue sob a forma de produtos do metabolismo e CO, (gás carbônico) para os
pulmões, coração e rins.
O sangue ainda exerce importante papel na regulação da temperatura
corporal, além de distribuir os hormônios e outros agentes que regulam a função
celular.
O sangue que carrega todas estas substâncias é bombeado pelo coração
através de um sistema vascular fechado.
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2. CONSTITUIÇÃO
Os constituintes do sangue, glóbulos brancos (leucó citos), glóbulos vermelhos
(eritrocitos ou hemáceas) e pla quetas estão suspensos no plasma sangüíneo. Devemos
lembrar que 55% deste volume corresponde ao plasma.
Todos os constituintes do sangue são formados na me dula óssea dos ossos longos.
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24
Este mecanismo é chamado de Hemostasia (impedi mento de perda
sanguínea) e produz a coagulação do vaso seccionado e ocorre em quatro etapas:
(1) espasmo vascular: imediatamente após a ruptura ou o corte de um vaso
sangüíneo ocorre vasoconstrição (contração) do vaso sangüíneo lesado.
(2) formação de tampão plaquetário: acúmulo de pla quetas para formar um
tampão plaquetário no vaso lesado (adesividade das plaquetas no local da lesão e aderência
das plaquetas entre si).
(3) coagulação sangüínea: esquema acima.
(4) regeneração: crescimento de tecidos fibrosos no coágulo sangüíneo
para obturar o orifício do vaso. Coagulação:
tw
Tecidos com
lesões
Plaquetas aglomeradas
Tromboplastinogênio
Tromboplastina
www
(plasma) Protrombina
Enzima Tromboplastina
Trombina
!
i Catt(plasma)
forma Vitamina K
librina
Fibrinogênio
(Coágulo)
(plasma)
..
26
2.4. PLASMA
A porção líquida do sangue, chamada plasma, é uma solução complexa,
contendo um grande número de íons e moléculas inorgânicas, as quais, através do plasma, es
tão em trânsito pelas várias partes do organismo, além do transporte de outras substâncias.
O volume plasmático é de 5% do peso corporal (3.500ml para 70kg). Se o sangue fica
estagnado, o plasma coagula, só permanecendo fluído se um anticoagulante for acrescentado. Se o
sangue coa gular forma-se um coágulo, que se retirado, deixará um fluído chamado soro, o qual tem a
mesma composição do plasma, porém contém fatores de coagulação e serotonina.
No plasma encontramos um número grande de pro teínas que são divididas em fração
albumina, globulina e fibrinogênio. A fração globulina é subdividida em alfa 1, alfa 2, beta 1, beta 2, gama-
globulina e às vezes inclui o fibrinogênio (coagulação).
3. TIPOS SANGUÍNEOS
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apreciável de um anticorpo chamado aglutinina B ou anti B. Quando este plasma é misturado
com glóbulos tipo B as aglutininas anti-B, reagem com os aglutinogenios dos glóbulos B, causando
aglutinação, e posteriormente a he molise (quebra das hemácias). Assim, os indivíduos do tipo B
possuem no plasma aglutininas Anti-A, indivíduos do tipo o possuem aglutininas Anti-A e Anti-B e os
do tipo AB não possuem aglutininas.
Existem outras subdivisões do grupo ABO que não serão aqui discutidas.
As chamadas reações de transfusão acontecem quando O sangue é transfundido para um
indivíduo com incompa tibilidade de tipo sangüíneo, isto é, uma pessoa que possui aglutininas
contrárias aos glóbulos vermelhos contidos na transfusão. O plasma do receptor possui aglutininas
contrá rias aos glóbulos verinelhos do doador. Assim, quando reuni das, os glóbulos vermelhos
se hemolisam e se aglutinam. Em geral, o plasma do doador fica diluído no do receptor que
ra ramente aglutina, a não ser que a concentração de aglutininas contrárias a dos glóbulos do
receptor for muito alta.
A severidade de uma reação de transfusão pode variar desde assintomática
elevação de bilirrubina no plasma, até uma severa icterícia, lesão renal, anúria e morte.
Pessoas com o tipo sangüíneo AB são algumas vezes, chamadas de receptores
universais, porque elas não pos suem aglutininas circulantes, e podem receber sangue de
qualquer tipo. Inversamente, os indivíduos do tipo O são chamados doadores universais, pois não
existem agluti ninas anti-O. A possibilidade de reações de sensibilização devido a outras
incompatibilidades, às vezes nem conheci das, devem ser levadas constantemente em
consideração.
Atualmente existem novos tipos sangüíneos conheci dos e muitos que serão descobertos,
de modo que, no fu turo será possível identificar a população pelos seus tipos sangüíneos do mesmo
modo que atualmente isto é feito através das impressões digitais.
28
DELA AMETUVA
3.2. SISTEMA RH
Paralelamente aos antígenos do sistema ABO, o siste ma Rhéo de maior importância clínica.
O "fator Rh” é assim chamado porque foi estudado inicialmente no sangue do
macaco Rhesus. Este Sistema é constituído por 13 antígenos. Por motivos de importância nos
déteremos no antígeno mais freqüente que é o chama do aglutinogenio D que caracteriza o Rh
positivo quando presente. Os indivíduos Rh negativo não possuem antige no De produzem a aglutinina-
anti-D ou anti-Rh, só quan do entram em contacto com células com antígeno D, que são de indivíduos Rh
positivo.
Uma complicação devido à incompatibilidade relativa ao fator Rh, surge na situação em que
a mãe é Rh negativo (D-ausente) e o feto Rh positivo (D-presente). Quando isto acontece a mãe,
Rh negativo, recebe através da placenta cé lulas do sangue fetal, Rh positivo, desenvolvendo a agluti
nina anti-D. Nesta situação pode haver hemolise e as várias formas da Doença Hemolítica do Recém-Nascido
(eritro blastose fetal). Esta hemolise no feto é grave, quando no útero, podendo levar à morte,
icterícia grave ou anemia.
De um modo geral, somente 5% das mães negativas ficam sensibilizadas pelo feto
D-positivo. Mesmo para a mulher que foi sensibilizada durante a gravidez, o primei- - ro filho é
freqüentemente normal. Somente numa gravidez subseqüente pode se desenvolver a anemia
hemolítica.
AKEREME
SO
11 - CORAÇÃO E VASOS
1. ANATOMIA
W
WA SIASA
1.1. INTRODUÇÃO
O coração (do grego Kardia) está situado no mediastino médio (mediastino é
o espaço entre os dois pulinões, atrás do osso esterno), dividido em duas metades, direita e
esquerda, por um septo longitudinal e oblíquo. Cada metade consiste em um
câmara chamada átrio, que recebe o sangue das veias, e outra câmara, chamada
ventrículo, que impulsiona o san gue para as artérias. No homem, a sua situação é predomi
nante para a esquerda, com seu maior eixo de trás para frente, para a esquerda e para
baixo.
A veia cava, a veia cava inferior e as próprias veias do co ração conduzem o
sangue que vem do organismo para o átrio direito. A seguir o sangue penetra no ventrículo
direito atra vés da valva tricúspide de onde é ejetado para o tronco artério pulmonar. As artérias
pulmonares direita e esquerda levam sangue aos pulmões e as quatro veias pulmonares trazem
o sangue de volta para o átrio esquerdo. Após, penetra pela valva mitral no ventrículo
esquerdo, de onde é impulsionado para o interior da artéria aorta, através da qual é distribuído à
circulação sistêmica. As valvas importantes do coração são quatro: as átrio ventriculares
direita (tricúspide) e esquerda (mitral ou bicúspide), a valva pulmonar, entre o ventrículo
direito e o tronco artério pulmonar, e a valva aórtica, entre o ventrículo esquerdo e a aorta.
(Fig. 4)
WASTANI
Cajado da aorta
Artéria pulmonar
.
be
Tic
Aorta ascendente
Tronco pulmonar
nonar
Auricula direita
BRA
ENTES
Ventriculo direito
Figura 4 - Coração
1.2. ESTRUTURA
De fora para dentro o coração é constituído por três
camadas: epicárdio, miocárdio e endocardio. O epicárdio corresponde
ao epicárdio visceral, pois o coração está en volto por duas
camadas que formam um saco fibroseroso. A primeira é o pericárdio
fibroso (feixes de colágeno e fi bras elásticas), e a segunda é o
pericárdio seroso que é di vidido em: epicárdio ou pericárdio visceral e o
pericárdio parietal. Este também forra o pericárdio fibroso formando
a cavidade do pericárdio que contém uma película líquida. O miocárdio
é constituído fundamentalmente por fibras musculares cardíacas. A
espessura da camada miocárdica é proporcional ao trabalho que ela
executa. Os ventrículos trabalham mais que os átrios e suas paredes são
mais es pessas. O trabalho do ventrículo esquerdo é maior que o do
ventrículo direito, pois a pressão na aorta é maior que no tronco artério
pulmonar. Desta maneira, a parede do
31
Won
.
C
Tronco branquiocefálico
w
ww.
Fossa oval
Ventriculo esquerdo
Músc
32
Na porção interna dos átrios notamos pequenas eleva ções musculares chamadas
músculos pectineos, porém eles são observados principalmente no átrio direito pois o esquer do tem a
parede praticamente lisa. No átrio direito encontra mos às vezes a válvula do seio coronário e, sempre, o
óstio (cavidade) átrio-ventricular direito onde abaixo está a valva tricúspide (três cúspides). Entre
o átrio direito e o esquerdo encontramos o septo interatrial, no qual podemos notar a fos sa oval que
no átrio esquerdo aparece como uma região mais translúcida e no direito como uma depressão
ovoide.
Noátrio esquerdo encontramos o óstio atrioventricular esquerdo ou mitral onde abaixo está
a valva mitral (duas cúspides).
A anatomia interna dos ventrículos mostra uma superfí cie irregular formada pelas
trabéculas cárneas das quais são importantes os pilares que são os músculos papilares. Estes são
fixos nas bases, implantadas nas paredes dos ventrículos e os ápices se continuam por fibras
finas tendinosas (cordoálias tendíneas) que se inserem nas cúspides das valvas atrioventri
culares. O aparelho valvar, em cada ventrículo, consiste de um anel fibroso em torno do óstio
atrioventricular, as cúspides, as cordoálias tendineas e os músculos papilares. As valvas semi
lunares da aorta e do tronco artério pulmonar estão situadas na origem destes vasos, apresentando três
cúspides cada uma delas.
O ventrículo direito apresenta a valva atrio-ventricular direita ou tricuspide, que
apresenta 3 cúspides: anterior, poste rior (inferior) e septal. No ventrículo esquerdo situa-se a valva
atrioventricular esquerda ou mitral, a qual apresenta duas cús pides: uma anterior ou aórtica e outra
posterior ou ventricular.
Finalmente devemos destacar o septo interven-tricu lar que é uma formação
músculo membranácea, cuja parte membranácea é mais delgada e que separa as câmaras di
reita da esquerda. (Fig. 6)
Veia cava
Aorta
Válvula pulmonar
Ramo da artéria pulmonar
vula aórtica
superior
02
Auricula
direita
ws
Veias
ko
Válvula tricuspide
NA
JES
:
AW
Válvula mitral
válvula mira
Ventriculo
direito
A
RE
Septo
EAD
in
H
Cordas tendinosas
Gordura
Venteluco esquerdo
Músculo
Vela cava
Aorta
inferior
2. SISTEMA DE CONDUÇÃO
ELÉTRICA
As várias partes do coração trabalham numa certa
se qüência: sístole atrial (contração atrial) seguida de
sístole ventricular (contração ventricular) e diástole onde
temos o relaxamento das 4 câmaras. Para que esta
sequência seja mantida, os estímulos elétricos devem
percorrer o coração através de um sistema de condução
ordenado cujo estímu lo se inicie nos átrios e vá até os
ventrículos.
O chamado marca-passo natural do coração (onde o es
tímulo elétrico é originado) é o no sinusal ou sino-atrial (S-A),
localizado na junção da veia cava superior com o átrio
direito. O nó sinusal tem a propriedade de gerar estímulos
elétricos ritmados, capazes de manter a freqüência cardíaca
normal e o funcionamento do coração (ritmo sinusal). O nó sinusal
está ligado
ao nó átrio-ventricular (A-V), localizado na
porção pos
34
tero-inferior do septo inter-atrial, através de fibras nervosas que levam os estímulos do átrio
direito para o átrio esquerdo e finalmente para o no A-V e daí para os ventrículos. Quando o estímulo
elétrico chega ao nó A-V, ele irá percorrer o cha inado Feixe de Hiss e seus ramos direito e esquerdo (um
para cada ventrículo) e finalmente alcançar o miocárdio (músculo cardíaco) através das fibras do Sistema
de Purkinje.
Resumindo, conforme o estímulo elétrico percorre as estruturas do sistema de
condução, vão sendo ativadas as câmaras cardíacas, iniciando pelos átrios (sístole atrial) e terminando nos
ventrículos (sístole ventricular).
3. CONTROLE DO CORAÇÃO
PELO SISTEMA NERVOSO
Alguns detalhes do Sistema Nervoso serão referidos antes da explicação da
regulação do coração, pois será de valia em todas as relações entre o sistema nervoso e os
vá rios aparelhos.
O Sistema Nervoso é dividido anatomicamente em: Sis tema Nervoso Central (Encéfalo e Medula
Espinhal) e Sis tema Nervoso Periférico (Nervos e Gânglios). Dentro dessa divisão encontramos
estruturas (núcleos e nervos) que for mam outras divisões, agora funcionais, responsáveis pelo
funcionamento dos músculos, tanto voluntários como invo luntários, das vísceras e outros
sistemas especiais.
Neste capítulo, é importante conhecermos uma parte da divisão funcional chamada de
Sistema Nervoso Auto nomo (ou Neuro-Vegetativo), responsável pelo funciona mento de todas
as vísceras, inclusive do coração, o qual divide-se em Simpático e Parassimpático. De uma
maneira geral o Sistema Nervoso Simpático estimularia os múscu los involuntários das vísceras
(liberando noradrenalina e adrenalina) e o Sistema Nervoso Parassimpático inibiria as fibras
musculares (liberando acetilcolina).
35
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4. CICLO CARDÍACO
O processo elétrico descrito acima, também chamado de despolarização
atrial e ventricular, provoca uma onda de contração que se propaga sobre o miocárdio.
Este fenôme no dá início ao chamado ciclo cardíaco formado por sístole (contração) atrial
e ventricular e diástole (relaxamento).
malitiamond
36
huduminicante atender samm
quatro veias-pulmonares (átrio esquerdo) fazendo com que o volume ile sangue contido nos átrios passe
para os ven trículos. Durante a sístole atrial as válvulas átrio-ventricu lares (mitral e tricúspide) estão
abertas para que o sangue possa fluir de uma câmara para outra c as válvulas sigmói des (aórtica e
pulmonar) estão fechadas para que o sangue não saia do coração e fique nos ventrículos.
5. PULSO ARTERIAL
A expulsão do sangue, na sístole, para dentro da aorta não
impulsiona o sangue somente nos vasos, mas provo ca também, uma
onda de pressão que caminha sobre as artérias em direção à periferia. Na
sua passagem, a onda de pressão distende as paredes arteriais. Esta distensão
é palpável como um pulso, conhecido por pulso arterial. Com o aumento da
idade, as artérias tornam-se mais rígi das, (arteriosclerose e outros
fenômenos) e a onda do pulso caminha mais rapidamente.
A intensidade do pulso é determinada pela pressão diferencial
(diferença entre a máxima e a mínima) não tendo quase relação com a
pressão média. O pulso é fraco nos casos de hemorragias graves ou outras
patologias que levem ao estado de choque. Nos casos de exercício físico
intenso, o volume sistólico sanguíneo aumenta muito cau sando um pulso
forte.
38
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6. RUÍDOS CARDÍACOS
Dois ruídos são ouvidos pelo estetoscópio, normal mente, durante um ciclo cardíaco.
Um ruído grave, ligeiramente prolongado semelhan te à sílaba "TUM" (primeira bulha)
causado pelo fecha mento das valvas mitral e tricúspide no início da sístole ventricular. Após, no fim
da sístole ventricular, ouvimos um ruído mais curto e agudo, semelhante à sílaba "TA"
(segunda bulha) causado pelo fechamento das valvas aór tica e pulmonar. Podemos ouvir uma terceira
bulha, pouca intensa e grave, ouvida no início da diástole em indivíduos jovens normais e também
podendo ser ouvida em algumas patologias. Este ruído coincide com a fase do enchimento rápido dos
ventrículos que devido ao volume grande de sangue provoca vibrações nas estruturas.
7. SOPROS
Os sopros são ruídos anormais em várias partes do sistema vascular.
O fluxo sangüíneo é silencioso quando lento e lami nar. Entretanto, se o sangue
encontra uma obstrução ou passa por um estreito orifício em alta velocidade aparecem redemoinhos
que geram sopros. Nas situações que o fluxo sangüíneo torna-se turbulento ao invés de lento e
laminar, o sangue pode gerar o ruído de um sopro.
A maior, mas certamente, não única causa dos sopros cardíacos é a lesão das valvas
cardíacas. Quando a valva é estreitada (estenose), o sangue passa em direção normal, porém em fluxo
turbulento. Sendo incompleto o fechamen to das valvas, o sangue passa pela valva em direção
anor mal (regurgitação ou insuficiência).
Devemos lembrar que os sopros sistólicos fracos são comuns em indivíduos, especialmente
em crianças, sem le
39
sões cardíacas. Sopros sistólicos também são encontrados em pacientes anêmicos devido,
provavelmente, à viscosi dade baixa (sangue com menos glóbulos vermelhos fica menos
concentrado e mais líquido) e ao fluxo rápido do sangue.
8. CIRCULAÇÃO CORONÁRIA
O coração necessita, como os outros órgãos, de oxigê nio e substâncias nutritivas
para o seu bom funcionamen to, os quais devem ser levados até as estruturas cardíacas e
principalmente ao miocárdio. A distribuição do sangue para o próprio coração é feita
através das artérias coroná rias. São duas as artérias coronárias que irrigamo miocár dio, as
quais nascem na raiz da aorta, num lugar chamado seio coronário (seio = coleção de sangue
represado). O san gue chega assim até o miocárdio através dos ramos destas artérias que
formam pequenas artérias (arteríolas), depois capilares (vasos de pequeno calibre = fio de
cabelo) que al cançam assim as fibras musculares nutritivas.
Após a sua utilização, este sangue (sem oxigênio) vai através de
pequenas veias (vênulas) ser drenado para as cavidades cardíacas, para um outro seio
coronário, que de semboca no átrio direito, indo assim para oxigenação.
De um modo geral a coronária direita irriga princi palmente o ventrículo direito,
e a parede inferior (ou dia fragmática) do ventrículo esquerdo e a coronária esquerda bifurca-
se logo no seu início, na artéria coronaria descen dente anterior e artéria coronaria circunflexa,
as quais irri gam as paredes anterior e lateral desse último ventrículo.
A partir destes conhecimentos da circulação podemos entender o mecanismo do
Infarto do Miocárclio, decorrente da obstrução de um ou mais ramos das artérias coronárias.
Das causas de obstrução coronariana a arterio esclerose, que é o endurecimento da
parede das artérias,
40
é a causa mais comum, sendo atualmente responsável por 95%, pelo menos, das obstruções arteriais.
Não devemos confundir o termo arterioesclerose (en durecimento da parede das
artérias) com ateroesclerose (deposição de gordura na parede das artérias, a qual leva ao
processo de arterioesclerose).
O depósito progressivo de gordura na parede das arté rias leva a uma diminuição da
chegada do sangue ao mio cárdio (isquemia), por diminuição do calibre das artérias, com
consequente diminuição do aporte de oxigênio (hipo xia), essencial para a sobrevivência do músculo. Quando
a obstrução é total, ou ao redor de 90%, a artéria coroná ria não consegue irrigar o miocárdio e temos
uma anóxia (ausência total de oxigênio) com consequente morte celular (necrose) que caracteriza o
Infarto do Miocárdio.
9. PRESSÃO ARTERIAL
A pressão na aorta, na artéria braquial (braços) e nas outras grandes artérias atinge, num
indivíduo joven, um valor máximo (pressão sistólica) ao redor de 120 mmHg durante cada ciclo
cardíaco e cai a um valor mínimo (pres são diastólica) ao redor de 80 mmHg.
A pressão arterial é dada convencionalmente, como pressão sistólica, isto é 120/80
mmHg.
Teoricamente, a pressão arterial máxima seria realmente a pressão do sangue ao sair
pela aorta do ventrículo esquerdo, no momento da sístole. Na prática, seria impossível colocar um
cateter na aorta e ligá-lo a um manômetro (medidor de pressão) para sabermos a pressão exata, sistólica e
diastólica a cada ciclo cardíaco. Desta maneira, foram criados métodos capazes de medir a pressão arterial
sem a necessidade de re cursos cirúrgicos e de determinação precisa e rápida.
Atualmente o método mais utilizado é o chamado "auscultatório” que consiste num manguito,
que vai colo
CAPITULO DE
hc
APARELHO
RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório humano é
constituído por um par de pulmões e por vários
órgãos que conduzem o ar para dentro e para
fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos
são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a
traquéia, os bronquios, os bronquiolos e os
alvéolos, os três últimos localizados nos
pulmões. (Fig. 7)
MS25
Ris
foss
RE
faringe
cavidade bucal -
laringe -
bronquios
traquéia
pulmão direito
AL
met
TAMEN so
pulmão esquerdo
1833
LUIS
RAFAEL
DHE
1. PULMÕES - ANATOMIA
Os pulmões são órgãos da respiração. O adjetivo pul monar é originado do Latim
pulmo que quer dizer pulmão. Os pulmões estão livres na cavidade torácica ficando apenas presos ao
coração e a traquéia por ligamentos. Os pulmões contêm ar quando sadios (flutuam se colocado na
água), apresentando uma coloração azulada e às vezes acinzentada escura, com um fundo
azulado. Na criança recém-nascida apresentam-se róseos tornando-se mais escuros com
a ida de, devido a impregnação pelas partículas do ar atmosféri co. Cada pulmão apresenta um
brônquio principal que vcio da divisão da traquéia. Este bronquio principal penetra pela região do hilo
pulmonar (este nome, para qualquer órgão, é a região onde penetram as artérias, saem as veias
e passam outras estruturas de relação) dividindo-se e subdividindo se dentro do pulmão,
formando um sistema de tubos aéreos ramificados chamados árvore bronquial. (Fig. 8) Os tubos
conduzem o ar para os alvéolos os quais são sacos aéreos delicados, com finas paredes contendo
vasos capilares. Os alvéolos são as partes respiratórias dos pulmões, onde o oxigênio (0) é colhido
pelo sangue e o dióxido de carbono (CO) é eliminado. (Fig 9 e 10)
Cada pulmão apresenta um ápice, uma base, três fa ces (costal, medial e
diafragmática) e três bordas (anterior, inferior e posterior). O pulmão esquerdo está
dividido em dois lobos: superior e inferior separados por uma fissura obliqua. O pulmão direito está
dividido em três lobos: su perior, médio e inferior, provavelmente, desvia-se para a esquerda por
causa do coração (incisura cardíaca). (l'ig:11)
Os dois pulmões estão cada um, envolto por um saco chamado “saco pleural”. A
pleura é uma membrana serosa, brilhante, escorregadia que forra a parede torácica onde é
chamada de pleura parietal. Após se estender pela cavidade torácica a pleura se reflete, indo
revestir os pulmões e se apro fundando pelas fissuras dos mesmos, sendo agora chamada
E
:
44
27
FAKSI
042 MAG
222
45
O sangue que tem de ser oxigenado é conduzido pelas artérias pulmonares
direita e esquerda que vem do tronco pulmonar, o qual por sua vez, parte do
ventrículo direito. As artérias pulmonares ao penetrarem nos pulmões vão se dividindo em
artérias menores, que acompanham os brôn quios, formando uma verdadeira árvore arterial. Da
mesma maneira que os bronquios se dividiram e subdividiram-se para formar a
árvore brônquica as artérias dividem-se até o tamanho de capilares. Estes por sua vez, se
distribuem para os 300 milhões de alvéolos, formando uma superfície de contato
alvéolo-capilar de aproximadamente 70 m2 de superfícies (de trocas gasosas).
Na superfície alvéolo-capilar, os gases presentes no sangue venoso, que vem pelas
artérias pulmonares e suas ramificações (lembrar que isto é uma exceção: sangue ve noso
em artéria), possuem pouquíssimo oxigênio e muito gás carbônico (pois este sangue é
proveniente dos tecidos). Ao chegar naquela superfície, dentro do alvéolo temos o
ar que veio pela respiração rico em oxigênio e pobre em gás carbônico. Deste modo através
da diferença de concentra ção e de pressão dos gases se dá a troca dos
mesmos (he matose) (Fig. 12). O resultado será uma mudança no san gue dos
capilares, de venoso para arterial (mais oxigênio e pouco CO2) ficando no alvéolo
pouco oxigênio e muito CO.,, que será eliminado pela respiração. O sangue arterial passa
para as vênulas e depois para as veias maiores (esta é a segunda exceção: sangue arterial
em veia) até sair dos pulmões pelas quatro veias pulmonares, indo para o átrio esquerdo.
S
46
Artéria Pulmonar
Veia Pulmonar
pow Bronquiolos
Capllares Sanuineos
Alvéolos
WW
WY
Figura 10 - Alvéolos
Traquéia
revence
Apice
Face costal
Face medial
.
9
DU
Pulmão direito
9
Base
Figura 11 - Pulmões
wwwtwintihar
2. VIAS AÉREAS
As vias aéreas podem ser divididas anatomicamente em vias aéreas superiores e
inferiores.
As vias aéreas superiores são formadas pelas narinas, cavidades nasais,
nasofaringe, orofaringe, laringe e traquéia, que se bifurca numa região chamada carina,
dando origem ao bronquio principal direito e brânquio principal esquerdo.
As vias aéreas inferiores são formadas pelos brôn quios primários, brônquios
secundários, bronquiolos, du tos alveolares e alvéolos pulmonares.
O nariz apresenta duas narinas, e entre elas, o chama do septo nasal. A cavidade
nasal estende-se das narinas, an teriormente, e até as coanas, posteriormente. Na porção in
ferior da cavidade nasal, separando-se da cavidade oral, está o palato duro. No final do
palato duro existe uma formação muscular que é o palato mole e cuja extremidade forma a
úvula (campainha). Das estruturas mais importantes do teto da cavidade nasal chamamos a
atenção para a lâmina criva da do osso etmóide, a qual separa a cavidade das
estruturas da órbita (onde estão colocados os olhos) e por onde passam fibras do
nervo olfatório. Devemos lembrar que a cavidade nasal se comunica com a parte
nasal da faringe (nasofarin ge). Na parede lateral interna do septo, dos dois lados das
narinas, observamos as conchas nasais (Superior, média e inferior) nas quais
estão orifícios que comunicam a cavidade nasal e os ouvidos (médio e os ductos
lacrimais). (Fig.13)
O ar entra pelas fossas nasais onde é aquecido e ume decido. Aí existem pêlos
que ajudam a retirar parte das impurezas do ar. Depois de passar pelas fossas nasais, o ar
vai para a orofaringe atingindo a laringo faringe, onde temos a entrada do esofago
(por onde os alimentos chegam ao estômago) o qual, fica posterior à traquéia.
48
wymaganiese momenti
n
da arteria pulmonar
F..
..
.
..
bronquiolo
.
VT
SiSH
l'igura 12 - Hematose
Concha
Nervo olfativo
Sensores
lativos
Sensores olfativos
m
AR
Pêlos da narina
ROSY
KAO
Palaio duro
HRS
Boca
Boca
2
Garganta
Céu da boca
FRENTE LADO
Pomo-de-adão
Cartilagem tireólde
Cartilagem cricoide
Figura 14 - Laringe
-- 1 Laringe
2 Traquéia
3 Bronquio
wa
.
Figura 15 - Traquéia
iit
50
L
A traquéia começa na região do pescoço, indo para dentro da cavidade torácica até
dividir-se, na região da ca rina, em dois bronquios principais.
O ar vai então, dos bronquios principais para os bron quíolos, até chegar aos alvéolos
pulmonares que são envol vidos por capilares pulmonares. É aí que vão acontecer as
trocas gasosas e o sangue que veio para o pulmão vai se oxigenar, num processo chamado
de Hematose.
3. MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO
Os pulmões e a parede torácica são estruturas elás ticas. Normalmente o espaço entre a
parede torácica e os pulmões contém uma fina camada de líquido.
Os pulmões são distendidos e expandidos após o nascimento (um dos motivos da
criança chorar ao nascer). A pressão dentro da cavidade pleural (entre pulmão e a cavi dade
torácica) é negativa, abaixo da pressão atmosférica, fa cilitando a expansão pulmonar.
Deste modo, se abrirmos a parede torácica, os pulmões colabam (“murcham').
A respiração divide-se em duas fases: a inspiração, um processo ativo, que ocorre
com a contração dos músculos ins piratórios e a expiração que na prática é considerada passiva.
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pul mões, dá-se pela contração da
musculatura do diafragma e dos músculos intercostais externos. O diafragma abaixa e as costelas elevam-
se, promovendo o aumento da caixa torácica, com conseqüente redução da pressão interna (em
relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.
A expiração espontânea, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se
pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais externos.
O dia fragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, com
conseqüente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.
51
W
ww
Expiração transport
moto Inspiraçãa
Músculos internos Músculos externos Puxam as costelas para Movem os costelas
baixo e para dentro para cima e para fora
qüência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois possui quimiorreceptores que são
bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permite que os tecidos rece bam a quantidade
de oxigênio que necessitam, além de remo ver adequadamente o gás carbônico. Quando o
sangue torna se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro respiratório induz a
aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a freqüência quanto a amplitude da respi
ração tornam-se aumentadas devido à excitação do CR. Em situação contrária, com a depressão
do CR, ocorre diminuição da freqüência e amplitude respiratórias.
5. PATOLOGIAS
DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 5.1. ENFISEMA PULMONAR
Doença caracterizada estruturalmente por aumento anormal permanente dos espaços
aéreos distais ao bron quíolo terminal acompanhado de destruição das paredes alveolares. Não ocorre
fibrose. Ao simples aumento dos espaços aéreos sem sua destruição, chama-se hiperinsufla ção ou
hiperexpansão pulmonar.
A insuficiência respiratória incapacitante costuma ocorrer por volta da quinta ou sexta décadas
de vida, a de ficiência funcional surge precocemente. Os danos são irre versíveis, no entanto,
pode-se deter a evolução do processo eliminando-se o tabagismo.
Ocorre destruição das paredes alveolares. Os Pulmões fi cam aumentados de volume
sendo que suas margens anterio res se sobrepõem. Aparecem bolhas nas margens e no ápice. O
órgão fica pálido (contém pouco sangue), fofo e inelástico.
Há dilatação permanente dos alvéolos, ductos e sacos alveolares e perda do componente
elástico do pulmão.
A obstrução dos pequenos canais aéreos cria obstá culo a saída do ar, aumento do ar
residual e aumento da dilatação dos espaços aéreos distais.
: wit
5,2. ASMA
Esta doença se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, o que
determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória. Este estreitamento é
reversível e pode ocorrerem decorrência da exposição a diferentes fatores desen cadeantes
("gatilhos"). Esta obstrução à passagem de ar pode ser revertida espontaneamente ou com
uso de medicações.
As pessoas asmáticas reagem demais e facilmente ao contato com qualquer
"gatilho". Dentre estes, os mais comuns são: o contato com a poeira doméstica, mofo, pólen,
cheiros fortes, pêlos de animais, fumaça, alimentos, medicamentos.
A mucosa brônquica, que é o revestimento interno das vias aéreas, está
constantemente inflamada por causa da hiper-reati vidade brônquica (sensibilidade
aumentada dos bronquios). Nas crises de asma, esta hiper-reatividade brônquica aumenta
ainda mais e determina o estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno
leva à tosse, chiado no peito e falta de ar.
Os mecanismos que causama asma são complexos e variam entre a população. Nem
toda pessoa com alergia tem asma enem todos os casos de asma podem ser explicados pela
resposta alér gica do organismo a determinados estímulos. De qualquer forma, cerca de um
terço de todos asmáticos possui um familiar (pais, avós, irmãos ou filhos) com asma ou com
outra doença alérgica.
Alguns asmáticos têm como "gatilho" o exercício. Ao se exer citarem, entram numa
crise asınática com tosse, chiado no peito (si bilância) ou encurtamento da respiração.
Alguns vírus e bactérias causadoras de infecções respiratórias também poden estar impli cadas
em alguns casos de asma que se iniciam na vida adulta.
A asma brônquica pode ter início em qualquer elapa da vida. Na maioria das vezes,
inicia na infância e poderá ou não durar por loda a vida.
Caracteristicamente, nesta doença os sintomas apa recem de forma cíclica,
com períodos de piora. Dentre os sinais e sintomas principais, estão: tosse, que pode
estar ou não acompanhada de alguma expectoração (catarro); falta de ar; chiado no peito (sibilância); dor
ou aperto no peito.
56
CAPITULO 4
APARELHO GENITO-URINÁRIO
1. ANATOMIA
5>
Rim
1111
Uréter
Bexiga
Trompa (Tuba Uterina)
Bexiga
WS
Vesiculas Seminais
with
14
1
i No
Prostata
Ovário Pênis Vagina-
.
Epidimio Testículo
Urétra Vulvo do Vestibulo
Glande
Figura 18 - Ureter
58
A uretra é um tubo fino, muscular que serve de pas
sagein da bexiga para o exterior do organismo. No homem serve,
também, como via de passagem para o líquido se minal na maior
parte do seu curso. A uretra feminina e a masculina diferem em muitos
aspectos. A uretra mas culina tem cerca de 20 cm de comprimento,
iniciando-se na bexiga, passando por através da próstata (glândula
de secreção), penetrando na pelve e chegando na raiz do cor po
do pênis até a ponta da glande. Durante o seu trajeto inicial,
(prostático e início da pelve) recebe secreções da próstata, vesículas
seminais e outras pequenas glândulas que vão constituir o sêmen. A uretra
feminina tem cerca de 4 cm de comprimento, se estendendo da
bexiga até o óstio externo da uretra, que está localizado entre os lábios
menores, na frente da abertura da vagina e abaixo do cli tóris. (Fig. 19)
Bexiga
Bexiga
FOR SALE
YAYA
We KOUL
.
Vagina
**
Uretra
Glande
Orificio vaginal
2. ÓRGÃOS GENITAIS
MASCULINOS
Os órgãos genitais masculinos consistem
dos dois tes tículos e epidídimos que se acham
alojados na bolsa escro tal, os ductos
ejaculatórios, a próstata, as glândulas bulbo
uretrais e o pênis. Todos estes são pares, com
exceção da próstata e do pênis. (Fig. 20)
DEXIGA
UHETEN
URETER
resimi
W
YYYDET
VESICULA SEMINAL
CANAL DEFENENTE
meminte
stranih inte
PROSTATA
GLANDULA DE
COOPER
-------- UfRETRA
?
EPIDOMO
PER
RA
RESNIU
* Shaw
TESTICULO
ALATO UNIRARIO
Bexiga
Vesícula seminal
cortant
A
Canal deferente
Próstata
Glândula de Cooper
Uretra
ED BY
Figura 21 - Próstata
.
..