Segundo Piaget, o primeiro estágio do desenvolvimento lógico é
denominado sensório –motor porque nele se verifica uma coordenação sensório-motora da ação baseada na evolução da percepção e da motricidade. (Goulart, Iris Barbosa, pag 31) Esse estádio inicia-se no nascimento e finaliza por volta dos 18 meses a 2 anos, dando origem ao um comportamento inteligente, onde a criança desenvolve sua inteligência pratica. Essa fase é curta e de extrema importância por ser o início do pensamento lógico e da organização da realidade.
Vamos compreender cada aspecto do desenvolvimento psíquico, no
período sensório-motor que se dividem em 6 subestádio e cada um contribui para o próximo subestadio. Conheceremos as bases do pensamento lógico e a organização da realidade. 1 Exercício reflexo – Etapa de desenvolvimento que se estende pelo primeiro mês de vida e durante a qual a atividade, puramente reflexa, se restringe às coordenações sensoriais e motoras de fundo hereditário. (Goulart, Iris Barbosa, pag 31) Nesse primeiro subestadio inicial a criança tem o reflexo de sucção (instinto), de preensão, de Babinsky e a nutrição. Cada reflexo com o passar da semanas vão se aperfeiçoando e assim preparando a criança para o próximo subestagio.
2 Reações circulares primárias – Essas reações, que aparecem entre um e
quatro meses, equivalem à formação dos primeiros hábitos. (Goulart, Iris Barbosa, pag 32) A criança emite movimentos que ocorrem por acaso em seu corpo e os repete várias vezes. Não são movimentos pensados e nem escolhidos eles simplesmente acontecem, sendo assim observamos que a criança contem o ato da inteligência. 3 Coordenação de visão e preensão e começo das reações circulares secundárias – É o momento em que se inicia a coordenação entre a visão e a preensão e o bebê agarra e manipula tudo o que vê no seu espaço próximo. (Goulart, Iris Barbosa, pag 32) Esse subestagio inicia-se por volta dos 4 meses e finaliza aos 8 meses. A criança repete seu comportamento,conseguindo puxar os objetos próximos para perto dela, tendo uma diferenciação entre finalidade e meio, sem consciência de uma nova conduta. Nessa fase observa-se que a criança consegue antecipar o efeito de uma ação.
4 Coordenação dos esquemas secundários, com utilização, em certos
casos, de meios conhecidos com vista à obtenção de um objetivo novo – O subestágio, que se inicia por volta dos 8 meses, e vai até cerca dos 11 meses e nele se observa atos mais complexos de inteligência prática. (Goulart, Iris Barbosa, pag 33) Nessa fase a criança já consegue fazer movimento e produzir barulho com brinquedos. Utilizando o esquemas conhecidos que foi positivo e teve resultado, cria -se um novo esquema obtendo uma coordenação dos meios e finalidades nova. 5 Diferenciação dos esquemas de ação por reação circular terciária (variação das condições de exploração e tateamento dirigido) e descoberta de meios novos – Esse subestágio, que se inicia por volta dos 11 meses, vai até aproximadamente 18 meses. (Goulart, Iris Barbosa, pag 33) Esse subestágio a criança tem uma percepção que seus esquemas não sevem para alcançar todos os objetivos desejados, então ela tem a capacidade de criar novos esquemas para completar seu repertorio e atingir seu objetivo.
6 Início da interiorização dos esquemas e solução de alguns problemas
após interrupção da ação e ocorrência de compreensão súbita - Este subestágio, que se inicia por volta dos 18 meses, vai até aproximadamente 2 anos e coincide com a instalação da função de representação. (Goulart, Iris Barbosa, pag 33) Nesse subestágio a criança tema capacidade de observar uma situação e representa-la. Para a criança representar a situação, ela não precisa palpar o objeto, basta simplesmente sua visão, e observar a situação, pensar e adotar uma conduta para representar o que viu.
Organização da realidade
Do ponto de vista da organização da realidade, o período do sensório-
motor apresenta uma coordenação dos movimentos e deslocamentos... (Goulart, Iris Barbosa, pag 34) Esse é o momento em que a criança deixa de centralizar todos os movimentos no seu corpo e passa para um novo estádio onde ela se enxergar como um elemento e descobre o objeto permanente. Vamos conhecer a sequência dessa organização:
1 – Do 1° ao 3° subestádio, tudo está centrado no corpo da criança, numa
forma de narcisismo, embora a criança nem mesmo se perceba como diferente do mundo que a cerca. (Goulart, Iris Barbosa, pag 34) Nessa fase faz movimentos inconscientes, se ela estiver brincando com brinquedo e esconderem dela, ela não vai procurar é como se o objeto não existisse. 2- No 4° subestágio, entretanto, quando se esconde um objeto com o qual a criança brincava, ela começa a procura-lo... (Goulart, Iris Barbosa, pag 34) Nessa etapa a criança só não consegue procurar o objeto se ele for escondido em vários lugares em seguida. 3- No 5° estádio, se escondermos o objeto sob um guardanapo, depois sob um lenço, a criança é capaz de procurá-lo, desde que esteja em lugar visível para ela.(Goulart, Iris Barbosa, pag 34) Nessa etapa a criança consegue procurar o objeto que foi escondido em vários lugares seguidos, desde que esteja ao alcance de sua visão. Podemos observar o grupo pratico dos deslocamentos, porque ela já consegue coordenar os desvios das ações.
4- No 6° estádio, dize –se que, neste subestágio,denomina o esquema do
objeto permanente, cuja construção é solidária da organização espácio- temporal do universo prático, relacionando-se, também, com sua estrutura causal.(Goulart, Iris Barbosa, pag 35) Nessa etapa a criança consegue achar o objeto a qual estava brincando, mesmo se for escondido em diversos lugares seguidos e a sua visão não acompanhar o deslocamento do o objeto.