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Apontamentos para Psicologia do Desenvolvimento

Marcos do desenvolvimento motor (159-162)


 Tem vários marcos;
 Desenvolvem-se sistematicamente e permitem o bebé
conseguir lidar com as habilidades mais complexas á
medida que progridem.
 Primeiro eles aprendem as habilidades mais simples e
depois as combinam em sistemas de ação mais complexos.
 Ficam assim com um espectro mais amplo, preciso de
movimentos e um maior controlo eficaz do ambiente.
 Sistemas de ação: combinações cada vez mais complexas de
habilidades motoras que permitem um espectro mais amplo,
preciso de movimentos e um maior controlo eficaz do
ambiente.
 Teste de Avaliação de Denver: mapeia o progresso das
crianças de 1 mês a 6 anos de forma a identificar se as mesma
têm um desenvolvimento normativo ou não;
o Avalia as habilidades motoras gerais (envolvem músculos
maiores)- ex: apanhar uma bola;
o Avaliam as habilidades motoras finas (envolvem músculos
menores e coordenação olhos-mãos)- ex: desenhar um
circulo;
o Avaliam a linguagem
o Avaliam a personalidade e o desenvolvimento social;
o Não há diferenças nos géneros no desenvolvimento motor;
 Controlo da cabeça -> No nascimento quase todos os bebés
conseguem virar a cabeça de um lado ao outro e, quando
são deitados de bruços, conseguem erguer a cabeça para a
virar. Nos 2 e 3 meses conseguem erguê-la cada vez mais
alto, sendo que, às vezes, perdem o equilíbrio. Aos 4 meses
quase que a conseguem manter ereta quando são apoiados
para se sentar ou quando alguém os segura.
 Controlo da mão -> quando nascem, os bebés já veem com o
reflexo de preensão e, quando acariciamos a mão, eles
fecham com firmeza. Com 3 meses e meio conseguem
agarrar objetos com tamanho moderado mas têm
dificuldade em pegar em objetos pequenos. Depois
conseguem transferir os objetos de uma mão para a outra e
conseguem segurar (mas não apanhar) os pequenos. Entre
os 7 e os 11 meses as mãos tornam-se mais coordenadas para
conseguir apanhar os objetos pequenos. Aos 16 meses bebés
medianos conseguem montar uma torre com 2 cubos. Com 3
anos conseguem desenhar fazer um circulo razoavelmente.
 Locomoção-> Depois dos 3 meses um bebé mediano
consegue rolar deliberadamente: primeiro tenta rola da
frente para trás e depois de trás para a frente. Os bebés
conseguem se sentar sem apoio e assumir a mesma sem
auxilio depois dos 8 meses. Entre os 6 aos 10 meses
deslocam-se por conta própria começando a gatinhar
(autolocomoção traz notáveis ramificações cognitivas e
psicossociais). Os bebés que gatinham ficam mais sensíveis
aos objetos ao seu redor. Também aprendem a avaliar
distancias e profundidas. Os bebés aprendem a olhar para
os cuidadores para entender se a situação é segura ou não.
Aos 7 meses conseguem ficar um pouco em pé. E um bebé
mediano pode largar o apoio e ficar em pé sozinho por volta
dos 11 meses.
 Todos os desenvolvimentos levam à principal realização da
infância: andar.
 A cabeça pesada e as pernas curtas podem fazer com que as
crianças comecem a andar mais tarde.
 Crianças dão o seu primeiro passo sem precisar de ajuda e,
logo apos o seu 1º aniversario, conseguem andar
razoavelmente.
 Durante o 2º ano, conseguem subir degraus, um de cada vez
e depois conseguem correr e pular. Aos 3 anos e meio
grande parte das crianças conseguem equilibrar-se
brevemente um pé e começam a saltar.

Capacidades de perceção e processamento visual e auditivo


(atenção conjunta/partilhada) (p.184-185)
 Preferência visual -> Tendência dos bebés a passar mais
tempo olhando para a imagem.
 Os bebés com menos de 2 dias de vida preferem: linhas
curvas, padrões complexos, objetos tridimensionais,
figuras, configurações semelhantes, imagens novas (chama-
se preferência por novidade).
 Memória de reconhecimento visual -> capacidade de
distinguir um estimulo familiar a outro quando ambos são
mostrados ao mesmo tempo.
 Quando o bebé olha por mais tempo para um estimulo novo
(por ser mais interessante)quer dizer que reconhece o outro
estímulo (é familiar).
 A memória de reconhecimento visual depende da
comparação entre a informação que chega e a informação
que já tem- capacidade da criança formar as representações
mentais.
 As diferenças individuais no processamento da informação
reflete com que os bebés formam e se referem às
representações mentais.
 Os bebés que alternam o olhar de um estimulo para o outro
tendem a ter uma memoria de reconhecimento maior e uma
maior preferência para a novidade.
 A velocidade de processamento aumenta rapidamente durante
o 1º ano de vida e aumenta ainda mais no 2º e 3º ano. Torna-
se mais capacitados a distinguir novas informações das
informações já processadas.
 A discriminação auditiva também se baseia na preferência
da audição. Os recém-nascidos conseguem distinguir sons
novos do que aqueles que já reconhecem.
 Piaget afirmava que os sentidos ficavam interligados á
medida que cresciam mediante a experiencia. Esta interação
começa quase no momento em que eles nascem.
 Quando os neonatos olham para a fonte sonora quer dizer
que associam a audição à visão.
 Transferência intermodal -> capacidade de utilizar
informações obtidas por meio de um dos sentidos para
orientar o outro (ex: passar numa sala escura e tatear os
objetos familiares).
 Bebés com 1 mês transferir informações obtidas no ato de
sugar para a visão.
 Entre o nascimento até o segundo mês de vida a quantidade
de tempo que os bebés ficam a olhar para uma nova imagem
aumenta.
 Entre 2 a 9 meses o tempo de visão diminui à medida que
eles aprendem a examinar os objetos com mais eficiência e
a deslocar a atenção.
 No 1º e 2º ano a sustentação da atenção é mais voluntaria e
orientada para uma tarefa sendo que o tempo de visão
permanece o mesmo ou aumenta.
 Atenção conjunta-> Desenvolvida entre 10 e 12 meses.
o Importante para a interação social, aquisição da
linguagem, compreensão dos estados mentais e intenções
alheias.
o Acontece quando a criança acompanha o olhar dos
adultos, olhando e apontando para os objetos.
 Bebés que olham e apontam para o mesmo objeto, têm um
crescimento do vocabulário mais rápido.
 Ver televisão afeta no desenvolvimento da atenção (só em
horas excessivas).

Abordagem piagetiana: o estágio sensório-motor (pp. 176 a 179)


 1º estágio- Sensório motor.
o Do nascimento aos 2 anos.
o Aprendem sobre si e o mundo mediante as suas atividades
sensoriais e motoras.
o Passa a ser crianças orientadas em vez de respondem por
reflexos e comportamentos aleatórios.
o Tem 6 subestágios e passam de um para outro através de
esquemas onde os padrões de pensamento e
comportamento vão ficando mais elaborado.
o Nos primeiros subestágios o bebé aprende a coordenar os
dados que vinham dos sentidos e a organizar as suas
atividades em relação ao ambiente.
o No ultimo subestágio o bebé usa símbolos e conceitos com
a finalidade de resolver os problemas.
 O crescimento cognitivo inicial surge através movimentos
circulares.
 Reações circulares -> o bebé aprender a produzir eventos
agradáveis ou interessantes que foram descobertos ao mero
acaso ( a atividade feita gera satisfação, a repetição gera
prazer e motiva o bebé a fazer outra vez).
 1º subestágio (nascimento- 1 mês)- começa a ter controlo
nos seus reflexos inatos, iniciando comportamentos mesmo
os estímulos não estando presentes (Ex: tocar nos lábios do
bebé e ele sugar). Com o passar do tempo ele aprende a
modificar e amplificar os esquemas.
 2º subestágio (1-4 meses)- aprende as reações circulares, a
se voltar para os sons demonstrando a sua capacidade de
coordenação dos diferentes tipos de informação sensorial.
 3º subestágio (4-8 meses)- interesse na manipulação e
propriedades dos objetos. Repetem intencionalmente as
ações com o objetivo de obter resultados para alem do corpo
da criança (a criança emite um barulho para uma pessoa com
a intenção desta ficar mais tempo).
 4º subestágio (8-12 meses)- aprendem a generalizar
situações para a resolução de novos problemas. Eles
modificam e coordenam esquemas anteriores para
encontrar algo que funcione. Este subestágio é marcado pelo
desenvolvimento de comportamentos complexos orientados
para uma meta.
 5º subestágio (12-18 meses)- experimentam novos
comportamentos para ver o que acontece. Envolvem reações
circulares terciarias variando uma ação para obter um
resultado semelhante. Demonstram originalidade na
resolução de problemas. E por tentativa e erro tentam
encontrar o comportamento que melhor atinge uma meta.
 6º subestágio (18 meses a 2 anos)- transição para o estagio
pré-operatório. A capacidade de representação (capacidade
de armazenar imagens mentais ou símbolos de objetos ou
eventos) liberta a criança da experiência imediata.
Conseguem fingir e a sua capacidade de representação afeta a
sofisticação do fingimento. Pensam nas ações antes de as
realizar. Podem experimentar soluções mentalmente (não
precisa de recorrer a tentativa e erro).
 Ao longo dos subestagios aprendem a pensar e lembrar.
Desenvolvem alguns aspetos do mundo físico, como
objetivos e relações especiais. Alguns estudiosos afirmam
que a capacidade de representação pode acontecer um pouco
mais cedo.
O desenvolvimento do conhecimento sobre objetos e símbolos
(pp. 181 a 183)
 Perceber o tamanho e a forma dos objetos e distinguir os
seus movimentos pode ser um mecanismo de sobrevivência.
 O conceito e objeto é um desenvolvimento tardio
fundamental para uma visão ordenada da realidade.
 Este conceito é a base para a consciência que as crianças têm
de que elas existem de forma separada dos objeitos e das
outras pessoas. Conseguem entender que o mundo é cheio de
objetos e evento.
 Permanência no objeto-> a pessoa ou objeto continuam a
existir mesmo estando fora do campo de visão.
o Esta permanência desenvolve-se gradualmente durante o
sensório-motor.
o Inicialmente o bebé não tem essa noção.
o 3º subestágio-> procura algo que derrubou e, se não o
encontrar, age como se ele nunca existisse;
o 4º subestágio-> procura o objeto no lugar em que o
encontrou pela primeira vez mesmo tendo sido deslocado
para outro lado. Erro A-não-B.
o 5º subestágio-> não comete mais o erro anterior; vai
procurar o objeto no ultimo lugar em que o viu escondido.
o 6º subestágio-> a permanência do objeto é conquistada; as
crianças procuram o objeto mesmo se não o virem
escondido.
 Teoria dos Sistemas Dinâmicos de Esther Thelen-> a
decisão de onde procurar o objeto escondido não é sobre o
que os bebés sabem, mas o que eles fazem e o porquê.
o Fator: tempo decorrido entre o momento em que o bebé vê
o objeto escondido num lugar e o momento em que ele o
alcança na nova localização;
o Um tempo breve: maior probabilidade de ele alcançá-lo na
nova localização;
o Se demorar mais tempo mas a sua memoria já o tiver
localizado no local antigo: maior será a probabilidade de o
procurar no local antigo;
 Outras investigações demonstraram que as crianças não
conseguiam executar essas tarefas por necessitar da execução
de uma sequencia com 2 etapas ou de utilizar as duas mãos.
 Entre os 6 aos 12 meses, a tarefa é executada com sucesso.
 Quando a permanência do objeto é testada na escuridão e o
objeto é alcançado uma apenas com uma sequência de um
movimento, os bebés no terceiro subestágio têm um
desempenho muito positivo.
 Grande parte do conhecimento que as pessoas têm do mundo é
obtida por meio de símbolos- representações intencionais da
realidade.
 Aprende a interpretar símbolos que é uma tarefa essencial
na infância. Primeiro as crianças precisam de estar atentas ao
símbolo e às suas relações para serem orientadas pelos
símbolos.
 Desenvolvimento simbólico- temos de ter o desenvolvimento
da competência imagética (capacidade de entender a
natureza das imagens).
 A exploração da imagem manual (utilizar as mãos para
explorar os objetos) diminui aos 15 meses.
 19 meses-> as crianças conseguem apontar para uma imagem
ou figura e as nomear, demonstrando que a imagem ou figura
é símbolo de uma outra coisa.
 2 anos-> as crianças entendem que a imagem é tanto um
objeto quanto um símbolo.
 Até aos 3 anos-> as crianças assistem televisão mas não
parece que elas percebem que o que estão a ver é uma
representação da realidade.
 Crianças de até 3 anos cometem erros de escalas (utilizar
objetos demasiado pequenos para a concretização da sua
tarefa).
 Erros de escala são distinguíveis do faz de conta e podem
resultar por falta de impulso.
 Dois sistemas cerebrais que trabalham em conjunto
normalmente durante a interação de objetos familiares: um
deles permite a criança reconhecer e categorizar o objeto e
planear o que fazer com ele; o outro pode estar envolvido na
perceção do tamanho do objeto e a utilização dessa
informação.
 Uma falha nas interações cerebrais imaturas pode resultar em
erros de escala nas crianças.
 Hipótese de dupla representação -> crianças com menos de
3 anos têm dificuldade para entender relações espaciais
devido à necessidade de manter mais de uma representação
mental ao mesmo tempo.
o Explica o problema da interação de modelos de escalas nas
crianças de 2 anos.

Desenvolvimento da linguagem (pp.193 a 197)


 Linguagem-> sistema de comunicação baseada em palavras
e gramatica.
 Quando a aprende, a criança representa os objetos, ações,
reflete sobre as pessoas, lugares e coisas, comunica as suas
necessidades, sentimentos e ideias- isto tudo para ter mais
controlo na sua vida.
 Fala pré-linguística-> emissão de choro, balbucio, arrulho,
imitação acidental- tudo que são sons e não palavras; sons
sem compreensão de significado.
 Por volta do final 1º ano->pronunciam a primeira palavra.
 Vocalização inicial-> choro- 1º meio de comunicação.
Diferentes tipos de choro significam diferentes tipo de
necessidades. Os adultos procuram encontrar o motivo do
choro- o choro tem um grande valor adaptativo.
 6 semanas-3 meses-> arrulha quando está feliz (gritos
agudos, gorgolejando e sons vocais com “ahh”).
 3-6 meses-> brinca com os sons de fala, imita o que ouve.
 6-10 meses-> eles balbuciam (repetição de sequencias
consoantes). Confundem com a primeira palavra. O balbucio
não é linguagem pois não possui significado; com o tempo, o
bebé aprende a balbuciar de forma a parecer mais com
palavras.
 Inicialmente o bebé imita acidentalmente sons do idioma,
depois imita-se a produzir sons.
 9-10 meses-> imita sons deliberadamente sem entendê-los.
Encadeiam padrões que parecem linguagem que não parece
ter sentido.
 Quando ficam familiarizados com os sons das palavras e
frases, começam a atribuir significado.
 Reconhecendo sons e a estrutura da linguagem->
antes/depois do nascimento, os bebés conseguem perceber
diferenças sutis entre sons- o seu cérebro está pré-
configurado para tal (começa no útero).
 A linguagem natural tem os seus sistemas de sons que são
utilizados na produção da fala- os bebés discriminam esses
sons.
 A perceção e categorização desses padrões comprometem as
redes neurais do cérebro com a aprendizagem dos padrões
de linguagem nativa restringindo a futura aprendizagem de
padrões diferentes.
 Bebés que não foram expostos a esses padrões de linguagem
no período sensível, provavelmente não os irão adquirir
naturalmente (pode ser na exposição pré-natal ou pós-natal).
 Mães que falam 2 línguas durante a gravidez, o bebé terá
interesse nas duas línguas. Eles são sensíveis aos sons em
geral mas, também, aos padrões e ritmos que distinguem as
duas línguas.
 6-7 meses-> bebés ouvintes reconhecem aproximadamente 40
fonemas ou sons básicos.
 Até o final do primeiro ano, os bebês perdem sua
sensibilidade aos sons que não fazem parte da língua ou das
línguas que eles costumam ouvir.
 Durante a segunda metade do primeiro ano, os bebês
começam a se conscientizar das regras fonológicas de sua
língua.
 Gestos-> antes de aprenderem a falar, os bebés apontam.
Gestos símbolos (Ex: soprar para mostrar que está quente)
emergem próximo da mesma altura em que a criança diz a sua
primeira palavra.
 Estes gestão funcionam quase do mesmo modo em bebés
“normais” e em bebés surdos.
 Ao associar os símbolos aos objetos, eventos, desejos e
condições específicas, o bebé mostra o seu entendimento
pela realidade.
 Os gestos aparecem quando a criança ainda não possui um
vocabulário extenso e desaparece quando a mesma aprende
a se comunicar. Aprender os gestos faz com que esses
aprendam a falar.
 Crianças até os 3 anos combinam os gestos com as palavras.
 As primeiras palavras-> um bebé mediano diz a sua
primeira palavra entre os 10 e os 14 meses.
 Assim dá inicio á fase linguística- expressão verbal que
transmite significado.
 Às vezes uma silaba pode significar mais do que um
significado- holófrase- Uma única palavra que transmite um
pensamento completo.
 Antes de aprenderem a falar, eles associam padrões sonoros
que ouvem frequentemente.
 5 meses-> ouvem seu nome por mais tempo do que qualquer
outro nome
 8 meses ou mais novos-> começam a aprender as formas
das palavras (como pa e pai) e armazenam formas possíveis
de palavras na memória. Também notam a pronúncia, a
ênfase nas sílabas e mudanças de tom. Isto serve de base
para o desenvolvimento do vocabulário.
 Entendem muitas palavras antes de as usar.
 Crianças de 6 meses-> associam som com significado- pelo
menos no que diz respeito a pessoas especiais.
 13 meses-> a maioria das crianças entende que uma palavra
representa uma coisa ou evento específico; pode aprender
rapidamente o significado de uma palavra nova.
 10 meses e 2 anos-> o processo em que aprendem as palavras
gradualmente muda de simples associação para deteção de
indicações sociais.
 10 meses-> associam um nome que eles ouvem a um objeto
que consideram interessante, seja o nome correto ou não.
 12 meses-> prestam atenção a indicações dos adultos quando
falam e apontam para um objeto. Aprendem os nomes para
objetos interessantes e ignoram os não interessantes.
 18 e 24 meses-> as crianças seguem indicações sociais na
aprendizagem dos nomes, não importando o interesse
intrínseco.
 24 meses-> reconhecem rapidamente nomes de objetos
familiares na ausência de indicações visuais.
 O vocabulário passivo (recetivo ou entendido) continua a
crescer à medida que a compreensão verbal torna-se cada
vez mais rápida, precisa e eficiente.
 A aprendizagem inicial da língua está intimamente ligada ao
desenvolvimento cognitivo posterior.
 A princípio, o acréscimo de novas palavras ao vocabulário
expressivo (falado) é lento.
 16 -24 meses-> pode ocorrer uma “explosão de vocabulário”,
embora esse fenômeno nem sempre acontece com todas as
crianças.
 2º ano de vida-> Rápidas aquisições no vocabulário falado
reflete na velocidade e precisão do reconhecimento do
vocabulário e como as coisas pertencem a categorias.
 Os substantivos parecem ser o tipo de palavra mais fácil de
aprender.
 As primeiras sentenças-> avanço linguístico importante
ocorre quando a criança junta duas palavras para expressar
uma ideia- acontece entre os 18-24 meses (varia bastante).
 A fala linguística não está ligada á idade cronológica- a
maioria das crianças que começam a falar tarde acabam por
alcançar as outras
 É comum as crianças utilizarem a fala telegráfica- Forma
inicial do uso de sentenças que consiste em falar apenas
algumas palavras essenciais; a fala telegráfica varia
dependendo da língua a ser aprendida.
 A ordem das palavras que a criança fala está de acordo com
aquilo que ela ouve/ouviu.
 20 e 30 meses-> a criança demonstra uma competência cada
vez maior na sintaxe- as regras para juntar sentenças em
sua língua
 Ficam cada vez mais conscientes do propósito da fala e do
fato das suas palavras serem entendidas.
 Por volta dos 3 anos-> a fala é fluente, mais longa e mais
complexa; pode omitir partes do discurso, ela consegue
comunicar com sucesso o que quer dizer.

Características da fala (p. 197 e 198)


 A fala inicial tem uma característica bastante própria.
 Entende relações gramaticais que ainda não consegue
expressar.
 A criança pequena também generaliza o significado das
palavras (Ex: ver uma senhora idosa de cabelões grisalhos e a
chamarem de avó).
 À medida que a criança desenvolve um vocabulário e obtém
feedback dos adultos sobre a propriedade do que diz, ela
generaliza menos.
 A criança pequena regulariza regras, isto é, aplica-as
rigidamente sem saber que algumas regras têm exceções (Ex:
dizerem “balãos” em vez de “balões”). Quando ela aprende as
regras de forma correta, ela aplica-as de forma universal.
As restantes regras ela irá aprender na fase escolar.

Influências no desenvolvimento inicial da linguagem (pp. 200 a


202)
 Desenvolvimento do cérebro-> está estreitamente ligado ao
desenvolvimento da linguagem nos primeiros meses e anos
de vida.
 Choro do recém-nascido-> controlado tronco encefálico e
pela ponte, as partes mais primitivas do cérebro e as
primeiras a se desenvolverem.
 Balbucio repetitivo (possivelmente)-> maturação de partes
do córtex motor (controla os movimentos da face e da
laringe).
 Vínculo entre a perceção fonética e os sistemas motores do
cérebro aos 6 meses; a ligação fortalece-se dos 6 aos 12
meses.
 Linguagem-> afeta as redes neurais, comprometendo-as com
o reconhecimento apenas dos sons da língua nativa.
 Crianças pequenas com vocabulário extenso, têm uma
ativação do cérebro focalizada nos lobos temporal e
parietal esquerdos.
 Crianças com vocabulário modesto, a ativação é mais
dispersada.
 As regiões corticais associadas à linguagem continuam a se
desenvolver até pelo menos os últimos anos da pré-escola ou
além (algumas até a idade adulta).
 O hemisfério esquerdo do cérebro controla a atividade do
lado direito do corpo, e a lateralização das funções
linguísticas aparentemente começa muito cedo
 Interação social: o papel dos pais e cuidadores-> A
linguagem é um ato social, é preciso também interação com
um interlocutor vivo. Crianças autistas que crescem sem um
contato social normal, não desenvolvem a linguagem
normalmente bem como crianças expostas somente à
linguagem através da televisão.
 Modelo bioecológico de Bronfenbrenner-> idade dos pais
ou dos cuidadores, o modo como eles interagem e
conversam com o bebé, a ordem de nascimento da criança, a
experiência em cuidar de criança, a escolaridade, os colegas
e a exposição à televisão, tudo isso afeta o ritmo da
aquisição da linguagem.
 Período pré-linguístico-> Balbucio-os adultos ajudam o
bebê a avançar na direção da fala repetindo os sons emitidos
pela criança, o bebé ira repetir os sons por achar divertido.
Afetará a quantidade de vocalização do bebé e o ritmo de
aprendizagem da linguagem. Ajuda o bebê a vivenciar o
aspeto social da fala.
o 4 meses-> o bebé, ao brincar às escondidinhas, monstra
sensibilidade à estrutura de troca social com o adulto.
 Desenvolvimento do vocabulário-> o bebé começa a falar, os
pais ou cuidadores podem ajudar no desenvolvimento do
vocabulário repetindo as primeiras palavras e pronunciando-
as corretamente, assim, haverá um desenvolvimento mais
rápido.
 Existe uma forte relação entre a frequência de palavras
específicas na fala das mães e a ordem em que a criança as
aprende (Ex: Mães de condição socioeconômica mais elevada
tendem a usar vocabulários mais ricos e expressões mais
longas, e seus filhos de 2 anos têm um vocabulário falado mais
extenso). A sensibilidade e a responsividade parentais
podem ser ainda mais importantes que o número de
palavras usado pela mãe.
 Em lares em que falam mais de uma língua, os bebés atingem
marcos de desenvolvimento semelhantes em cada uma das
línguas. No entanto, tendem, a ter vocabulário menor em
cada uma delas do que crianças que aprendem somente uma
língua.
 Mistura de código-> uso de elementos de duas línguas, às
vezes na mesma expressão, por crianças pequenas em lares
onde ambas as línguas são faladas.
 Troca de código-> mudança na fala para corresponder à
situação, como acontece com pessoas que são bilíngues.
 Fala dirigida à criança-> Tipo de fala geralmente usada para
conversar com bebês ou crianças pequenas; trata-se de uma
fala lenta e simplificada, tonalidade alta, sons vogais
exagerados, palavras e sentenças curtas e muita repetição;
também chamada de manhês.
o Grande parte dos adultos e crianças o fazem naturalmente.
o Muitos pesquisadores acreditam que a FDC ajuda o bebê a
aprender sua língua nativa ou pelo menos a captá-la mais
rápido ao exagerar e direcionar a atenção para os aspetos
distintivos dos sons da fala.
o Outros acreditam que os bebês falam mais cedo e melhor se
ouvirem e puderem responder à fala adulta mais
complexa.
o Mas os bebés preferem uma fala mais simplificada.

Memória dos bebés (p.171 e 172)


 Eventos até os 2 anos não são armazenados na memória,
porque o cérebro ainda não está suficientemente
desenvolvido- Piaget
 Freud- acreditava que as primeiras lembranças estão
armazenadas, porém reprimidas, porque são
emocionalmente perturbadoras.
 Outros afirmam que só conseguem armazenar eventos na
memória quando podem falar sobre eles.
 De uma perspetiva evolucionista do desenvolvimento, as
habilidades se desenvolvem à medida que podem realizar
funções úteis na adaptação ao ambiente.
 O conhecimento procedural e percetual demonstrado logo
desde cedo pelos bebés ao chutar um móbile para ativá-lo não
é a mesma coisa que a memória explícita de uma criança
mais velha ou de um adulto sobre eventos específicos.
 A primeira infância é uma fase de grandes transformações,
e é improvável que a retenção de experiências específicas seja
útil por muito tempo. Essa pode ser uma das razões de os
adultos não se lembrarem de eventos que aconteceram
quando eram bebés.

Emoções; quando aparecem as emoções?(pp.208 a 210)


 Emoções-> Reações subjetivas a experiências que estão
associadas a mudanças fisiológicas e comportamentais.
 As pessoas diferem na frequência e na intensidade com que
sentem com uma determinada emoção, nos tipos de eventos
que podem produzi-la, nas manifestações físicas que
demonstram e no modo como agem em detrimento.
 A cultura também influencia os indivíduos na forma como
sentem.
 Os primeiros sinais de emoção-> os recém-nascidos
demonstram o que sentem através de gritos agudos,
enrijecimento do corpo e na agitação de braços e pernas.
o Primeiro mês-> ficam quietos com o som de uma voz
humana ou quando alguém os pega no colo. Podem sorrir
quando alguém pega nas suas mãos para fazer com que
batam palmas.
o Com o passar do tempo, tornam-se mais responsivos.
o Estes primeiros sinais são indicativos relevantes para o
desenvolvimento pois são respostas às mensagens ao seu
redor, isso traz, uma maior ligação do bebé com as pessoas.
o Tornam-se mais aptos a participar ativamente na regulação
dos seus estados de excitação e da sua vida emocional.
 Choro-> é uma das únicas formas do bebé comunicar as
suas necessidades.
o Com o passar do tempo, entendem que o choro serve como
forma de comunicação;
o 5 meses-> aprendem a monitorar as suas emoções aos
cuidadores; se forem ignorados, choram com muita
intensidade como forma de atenção e, param se não for bem-
sucedida.
o Alguns pais preocupam-se com o fato de, ao pegar
constantemente o bebé chorão no colo, estar mimando a
criança- isso é mentira, se a criança não for cuidada pelos
pais, o choro depois será mais complicado de acalmar.
o A resposta rápida da mãe face à aflição do filho
influencia-o no futuro através duma competência social e
adaptação positiva, independentemente de os bebés
chorarem com frequência ou raramente.
 Sorriso e risada-> os primeiros sorrisos são espontâneos,
após o nascimento, devido à atividade do sistema nervos
subcortical.- aparecem frequentemente no período de sono.
o 1 mês-> os sorrisos geralmente são induzidos quando o
bebé está sonolento.
o 2 mês-> o bebé sorri com os estímulos visuais, como os de
faces que ele conhece (devido ao desenvolvimento do
reconhecimento visual).
o Sorriso social-> quando os recém-nascidos olham para os
pais e sorriem para eles, desenvolve-se no segundo mês de
vida
o Tem uma participação ativa e positiva do bebé no
relacionamento.
o 4-12 meses-> vem a risada ligada ao sorriso, pode
significar uma intensa e positiva emoção.
o 6 meses-> os sorrisos do bebé refletem uma troca
emocional com um parceiro; podem dar risadinhas para a
mãe quando ela brinca com ele.
o Há medida que crescem, envolvem-se mais ativamente com
comportamentos divertidos de ação mútua.
o 10 meses-> quando alguém brinca com o bebé de esconder o
olhos com a toalha e a mesma cai, ele tenta colocá-la na cara
novamente.
o Estas mudanças refletem-se no desenvolvimento cognitivo.
o As risadas do bebé também o ajudam a libertar tensões,
como o medo.
o 12 aos 15 meses-> os bebês comunicam-se
intencionalmente com o parceiro a respeito de objetos.
o O sorriso antecipatório-> quando os bebês sorriem ao ver
um objeto e depois olham para um adulto enquanto
continuam sorrindo- pode ser o primeiro passo.
o Aumenta abruptamente entre os 8-10 meses e pode estar
relacionado com os primeiros tipos de comunicação do
bebé referente a um objeto ou experiencia.
o Os primeiros sorrisos podem prever o desenvolvimento
futuro: Bebés de 4 meses que sorriem mais em resposta a
algo tendem a ser mais propensos a conversarem e a
participarem aos 4 anos.
o 3 e os 6 meses-> o bebê exerce maior controlo quando
sorri; mais capacitado a sorrir intensamente.

Temperamento (p. 213 a 216)


 Temperamento-> Disposição característica ou estilo de
abordagem e reação às situações.
 O temperamento descreve o modo como as pessoas fazem.
 Poderá afetar não só o modo como a criança se aproxima do
mundo exterior e reage ao mesmo, mas como ela regula as
suas funções mentais e emocionais e seu comportamento.
 Tem uma dimensão emocional: é relativamente estável e
duradouro.
 As diferenças individuais no temperamento podem estar na
constituição biológica básica da pessoa, que forma o núcleo
da personalidade.
 Estudando os padrões de temperamento: o Estudo
Longitudinal de Nova York-> observaram o nível de
atividade das crianças; o grau de regularidade de seus hábitos
de alimentação, sono e evacuação; a disposição para aceitar
pessoas e situações novas; como se adaptavam a mudanças na
rotina; sua sensibilidade a ruídos, luz forte e outros estímulos
sensoriais, entre muitos outros...
o 40% eram crianças “fáceis”: geralmente alegres,
funcionam dentro do ritmo biológico e aceitam
experiências novas. Crianças “fáceis”->Crianças de
temperamento alegre, ritmos biológicos regulares e
dispostas a aceitar novas experiências.
o 10% eram o que os pesquisadores chamaram de crianças
“difíceis”: mais irritáveis e mais difíceis de agradar, com
ritmos biológicos irregulares e mais intensas na expressão
emocional. Crianças “difíceis”-> Crianças de
temperamento irritadiço, ritmos biológicos irregulares e
respostas emocionais intensas.
o 15% eram crianças de “aquecimento lento”: moderadas,
mas lentas em se adaptar a pessoas desconhecidas e a
situações novas. Crianças de “aquecimento lento”-
>Crianças cujo temperamento é geralmente moderado,
mas que hesitam em aceitar novas experiências.
o Muitas crianças não se encaixam perfeitamente em
nenhuma dessas três categorias. A crianças têm as suas
variações e estas são normais, não precisam propriamente
de seguir um destes 3 temperamentos de forma rígida.
 O quão estável é o temperamento?-> em grande parte inato,
provavelmente hereditário e razoavelmente estável.
o O temperamento aos 3 anos prevê aproximadamente a
personalidade aos 18 e aos 21 anos- não significa que o
temperamento esteja plenamente formado no nascimento.
o Desenvolve-se à medida que aparecem as várias emoções e
capacidades autorregulatórias- o tratamento dado pelos
pais e as experiencias de vida mudam o temperamento.
o Pode ser afetado por práticas de educação infantil
influenciadas pela cultura.
 Temperamento e adaptação: adequação da educação->
uma adaptação saudável é a adequação da educação.
o Adequação da educação-> combinação entre o
temperamento de uma criança e as exigências e restrições
ambientais que ela deve enfrentar.
o Bebés com temperamentos difíceis talvez precisem de mais
apoio emocional combinado com respeito por sua
autonomia.
o Cuidadores que reconhecem que a criança age de certa
maneira, não de propósito, estão menos propensos a sentir
culpa, ansiedade ou hostilidade, a perder o controlo, ou a se
tornarem rígidos ou impacientes.
o Poderão prever as reações da criança e ajudá-la a se adapta.
 Timidez e ousadia: influências da biologia e da cultura->
Bebés identificados como inibidos ou desinibidos pareciam
manter padrões até um determinado ponto durante a
infância, além de diferenças específicas em características
fisiológicas.
o Crianças inibidas-> magras, a terem rostos mais estreitos e
a terem olhos azuis, apresentavam ritmos cardíacos mais
altos e menos variáveis, pupilas dilatavam-se mais (menos
presente em crianças desinibidas).
o Crianças desinibidas-> mais altas, mais pesadas e com
maior frequência tinham olhos castanhos.
o É possível que os genes que contribuem para a reatividade
e para o comportamento inibido ou desinibido também
influenciem esses traços fisiológicos.
o Esses autores sugeriram que a sensibilidade dos
cuidadores pode afetar os sistemas neurais que formam a
base das reações ao estresse e à novidade. Influências
ambientais, como ordem de nascimento, raça/etnia, cultura,
relacionamento com professores e com os pares, bem como
eventos imprevisíveis, também podem reforçar ou
abrandar o temperamento original de uma criança.

As primeiras experiências sociais: o bebê na família (pp. 216 a


218);
 As práticas educativas e os padrões de interação variam
dependendo de como uma cultura vê a natureza e as
necessidades da criança.
 Em determinadas culturas um bebé tem vários cuidadores.
 Precisamos considerar que muitos padrões são de origem
cultural relativamente à interação adulto-bebé.
 O papel da mãe-> experimento das mães de arame de Harry
Harlow.
o A maternidade inclui o conforto do contato íntimo com o
corpo.
o Bebés humanos também têm necessidades que precisam ser
satisfeitas para que cresçam normalmente, nomeadamente
que a mãe responda afetuosamente e prontamente ao
bebé.
 O papel do pai-> é uma construção social que tem diversos
significados de cultura para cultura.; pode ser assumido ou
compartilhado por alguém que não seja opai biológico: o
irmão da mãe, ou um avô.
o Em algumas sociedades, os pais estão mais envolvidos na
vida de seus filhos pequenos (economicamente,
emocionalmente e no tempo que lhe é dedicado) do que em
outras. Em muitas partes do mundo, o significado de ser pai
mudou dramaticamente, e continua em estado de
mudança.
o O envolvimento frequente e positivo do pai com seu filho,
desde a primeira infância, está diretamente relacionado ao
bem-estar e ao desenvolvimento físico, cognitivo e social
da criança.

Desenvolvendo a confiança (pp. 219 e 220)


 As primeiras experiências são fundamentais.
 O primeiro dos oito estágios do desenvolvimento
psicossocial de Erikson é confiança básica versus
desconfiança. Esse estágio começa no início da primeira
infância e continua até por volta dos 18 meses:
o Primeiros meses -> bebé desenvolve o senso de confiança
nas pessoas e nos objetos ao seu redor; precisa de
desenvolver um equilíbrio entre confiança (que lhe permite
formar relacionamentos íntimos) e desconfiança (que lhe
permite proteger-se).
o Predominância da confiança- desenvolvimento da virtude
da esperança (crença de que poderá satisfazer suas
necessidades e desejos).
o Predominância da desconfiança- a criança verá um mundo
hostil e imprevisível; terá dificuldade em formar e
estabelecer relacionamentos.
 Elemento crítico no desenvolvimento da confiança->
educação sensível, responsiva e coerente.
Exemplo: Erikson via a situação da alimentação como o cenário
onde é estabelecido a verdadeira combinação de confiança e
desconfiança. O bebé poderá contar com o fato de que será
alimentado quando tiver fome e poderá ele, portanto, confiar na
mãe como representante do mundo? A confiança permite ao
bebé prescindir da presença visual da mãe “porque ela se tornou
uma certeza interna e uma previsibilidade externa”.

Desenvolvendo o apego (p.220 a 225)


 Apego-> Vínculo recíproco e duradouro entre duas pessoas,
especialmente entre bebé e cuidador- cada um contribuindo
para a qualidade do relacionamento.
 Ponto de vista evolucionista-> o apego tem um valor
adaptativo para o bebé, assegurando que as suas necessidades
tanto psicossociais quanto físicas sejam satisfeitas.
 A teoria etológica-> os bebés e os seus pais estão
biologicamente predispostos a se apegarem e o apego
promove a sobrevivência da criança.
 Estudos sobre padrões de apego-> Principal contribuidor:
etólogo John Bowlby (1951), um pioneiro na pesquisa sobre
vínculos entre animais (estudos sobre animais e observações
de crianças com distúrbios numa clínica psicanalítica).
o A ligação entre a mãe e o bebé não deve ser separada sem
que haja a devida substituição dos cuidados maternos.
o Situação Estranha->Técnica de laboratório utilizada para
estudar o apego entre bebé e o adulto (quase sempre é a
mãe).
o O bebê tem entre 10 e 24 meses de idade.
o Situação Estranha consiste numa sequência de episódios e
leva menos de meia hora. Os episódios são elaborados para
ativar a emergência de comportamentos relacionados ao
apego.
o Crianças com 1 ano na Situação Estranha e em casa,
identificaram três padrões principais de apego- o apego
seguro (a categoria mais comum e ampla, a que pertencem
entre 60 e 75% dos bebés norte-americanos de baixo risco) e
duas formas de apego ansioso ou inseguro: evitativo (entre
15 e 25%) e ambivalente ou resistente (entre 10 e 15%).
o Apego seguro-> Bebés podem chorar ou protestar quando
o cuidador se ausenta, mas são capazes de obter o conforto
de que precisam, com eficácia e rapidamente,
demonstrando flexibilidade e resiliência, quando diante de
situações estressantes. Costumam ser cooperativos e
raramente sentem raiva.
o Apego evitativo-> Os bebés não são afetados por um
cuidador que se ausenta ou retorna. Eles demonstram
pouca emoção, seja positiva ou negativa.
o Apego ambivalente (resistente)-> Bebés ficam ansiosos
antes mesmo de o cuidador se ausentar e ficam cada vez
mais perturbados quando ele ou ela sai. Na volta do
cuidador, bebés ambivalentes demonstram sua aflição e
raiva buscando contato com ele, ao mesmo tempo em que
dão chutes e se contorcem. Podem ser difíceis de agradar,
já que sua raiva frequentemente supera sua capacidade de
obter consolo do cuidador.
o Não é o comportamento do cuidador que se ausenta que
determina o padrão de apego da criança e sim o
comportamento do cuidador quando ele volta.
o Esses três padrões de apego são universais em todas as
culturas onde foram estudados embora a percentagem de
bebés em cada categoria tenha variado.
o Os comportamentos de apego variam de uma cultura para
outra.
o Outra pesquisa identificou um quarto padrão, o apego
desorganizado-desorientado(menos seguro)-Bebés que
apresentam o padrão desorganizado parecem não ter uma
estratégia coesa para lidar com o estresse da Situação
Estranha. Em vez disso, apresentam comportamentos
contraditórios, repetitivos ou mal direcionados (Ex:
procurar intimidade e não com a mãe). Poderão saudar a
mãe com entusiasmo quando ela voltar, mas depois se
afastam ou se aproximam sem olhar para ela, parecem
confusos e temerosos.
o Ocorra em pelo menos 10% de bebês de baixo risco, mas
em proporções muito mais altas em certas populações de
risco, como crianças prematuras e aquelas cujas mães
abusam do álcool ou das drogas
o O apego desorganizado é um previsor confiável do
comportamento futuro e de problemas de ajustamento.
o Alguns bebés parecem ser mais suscetíveis ao apego
desorganizado do que outros- alguns conseguem formar
apegos organizados apesar dos cuidados parentais
atípicos, enquanto outros que não estão expostos a
cuidados parentais atípicos formam apegos
desorganizados.
o Explicação: a interação gene-ambiente, variante do gene
DRD4, correlação gene-ambiente. características inatas
do bebé podem causar situações estressantes para o pai
ou para a mãe, e assim induzir comportamentos parentais
que promovem o apego desorganizado.
 Como se estabelece o apego-> é através das interações do
bebé com mãe, que o mesmo constrói um modelo de
trabalho do que pode esperar dela- se a mãe manter o
comportamento, o modelo sustenta-se, caso o
comportamento mude constantemente, o bebé reverá o
modelo e a segurança do apego pode se alterar.
o O modelo de trabalho do bebé está relacionado ao conceito
de confiança básica de Erikson: apego seguro = confiança,
apelo inseguro=desconfiança.
o Bebés com apelo seguro- confiam não só nos cuidadores
mas também, em si mesmos para obterem o que querem.
(Bebés que choram muito, cujas mães respondem de modo
sensível e com afagos tendem a ser crianças de apego seguro).
 Métodos alternativos para estudar o apego-> Situação
Estranha: alguns investigadores questionam sua validade. É
estranha e artificial. Pede à mãe que não inicie uma interação,
expõe os bebés a constantes idas e vindas de adultos, e espera que
os bebés prestem atenção a eles. Pode não ser válida em
culturas não-ocidentais.
o O Questionário de Classificação do Apego (AQS)-> pede às
mães ou outros observadores da família escolham um
conjunto de palavras ou frases descritivas em categorias que
variam de “o mais característico” até “o menos
característico” da criança e depois comparam essas
descrições com as de especialistas sobre a criança segura
prototípica.
o Estudos neurobiológicos podem proporcionar outra forma de
estudar o apego. Sugere que o apego pode ter uma base
neurológica (RMIs funcionais aplicadas a mães japonesas
revelaram que certas áreas do cérebro eram ativadas quando elas
viam o seu bebé a sorrir ou a chorar, mas não quando viam
comportamento semelhante noutros bebés).
 O papel do temperamento-> 6 a 12 meses (+famílias)- tanto a
sensibilidade da mãe quanto o temperamento do bebé
influenciaram os padrões de apego.
o Condições neurológicas ou fisiológicas podem ser a base das
diferenças de temperamento no apego.
o Tem um impacto direto sobre o apego e pode causar um
impacto indireto a partir do seu efeito nos pais.
o A irritabilidade do bebé pode impedir o desenvolvimento de
um apego seguro, mas não se a mãe tiver a habilidade para
lidar com o temperamento do filho.
o A educação entre os pais e os filhos pode ser o elemento chave
para entendermos a segurança do apego.
 Ansiedade diante de estranhos e ansiedade de separação->
Ansiedade diante de estranhos->Cautela diante de pessoas e
lugares desconhecidos, demonstrada por alguns bebés durante a
segunda metade do primeiro ano de vida.
o Ansiedade de separação-> Aflição demonstrada por alguém,
geralmente um bebé, na ausência do cuidador familiar.
o Pesquisas mais recentes sugerem que, embora a ansiedade
diante de estranhos e a ansiedade de separação sejam
razoavelmente comuns, não são universais.
o Se o bebé chora quando um desconhecido se aproxima ou
quando um dos pais se ausenta, isso poderá caracterizar mais
o temperamento ou as circunstâncias de vida do bebê do que
a segurança ou o apego.
o Raramente reagem negativamente a estranhos antes dos 6
meses de idade, mas é comum fazê-lo aos 8 ou 9 meses- pode
refletir desenvolvimento cognitivo.
o A ansiedade de separação deve-se, por vezes, à qualidade
dos cuidados substitutos: cuidadores substitutos que são
afetuosos e responsivos e brincam com crianças de 9 meses
antes que elas chorem, a tendência dessas é de chorar menos
do que quando estão com cuidadores pouco responsivo.
o A estabilidade nos cuidados com o bebé também é
importante- crianças em instituições necessitam de cuidados
substitutos de estarem tão próximos quanto possível de uma
boa atenção materna.
o Os pesquisadores medem o apego mais pelo que acontece
quando a mãe retorna do que á quantidade de lagrimas
derramadas pela criança.
 Efeitos de longo prazo do apego-> Quanto mais seguro o
apego com um adulto atencioso, maior a probabilidade de a
criança desenvolver um bom relacionamento com os outros.
o Uma base segura e puder contar com a responsividade dos
pais e dos cuidadores, a criança terá confiança suficiente para
envolver-se ativamente em seu mundo.
o Crianças de apego seguro tendem a ter vocabulário maior e
mais variado do que aquelas de apego inseguro; apresentam
interações mais positivas com seus pares, e suas tentativas de
aproximação tendem a ser aceitas.
o Crianças de apego inseguro tendem a demonstrar emoções
mais negativas (medo, aflição e raiva), enquanto que crianças
de apego seguro são mais alegres.
o 3-5 anos-> crianças de apego seguro provavelmente são mais
curiosas, competentes, empáticas, resilientes e
autoconfiantes, têm um melhor relacionamento com outras
crianças e formam amizades mais íntimas do que aquelas de
apego inseguro.
o Terceira infância e na adolescência-> crianças de apego
seguro (pelo menos nas culturas ocidentais) tendem a ter as
amizades mais íntimas e estáveis e a ser mais ajustadas.
o O apego seguro na primeira infância também influencia a
qualidade do apego a um parceiro afetivo no adulto jovem.
o Crianças de apego inseguro costumam apresentar inibições e
emoções negativas entre o 1º e o 3º ano de vida, hostilidade
em relação a outras crianças aos 5 anos e dependência durante
a fase escolar. Estão mais propensas a evidenciar
comportamentos agressivos e problemas de conduta (nem
todas as crianças apresentam este sinal)
o Os efeitos para o apego evitativo e resistente (ambivalente)
foram pequenos, enquanto os resultados para o apego
desorganizado foram bem amplos. No apego desorganizado
tendem a apresentar problemas de comportamento em todos
os níveis de escolaridade e transtornos psiquiátricos aos 17
anos.
 Transmissão inter-geracional de padrões de apego-> Estudos
que fazem uso do EAA constataram que o modo como os adultos
se recordam das primeiras experiências com os pais ou
cuidadores está relacionado ao seu bem-estar emocional e pode
influenciar a maneira como respondem a seus próprios filhos.
o A história de apego dos pais também influencia a perceção do
temperamento do seu bebé, e essas perceções podem afetar a
relação entre pais e filhos.
o Um ciclo de apego inseguro pode ser interrompido.

Desenvolvimento físico (p. 246-252)


 Segunda infância, as crianças emagrecem e crescem
rapidamente- entre os 3 e 6 anos de idade, mas num ritmo
diferente.
 3 anos-> as crianças por norma começam a perder a forma
roliça característica dos bebés e assumem a aparência mais
esguia e atlética da infância. músculos abdominais se
desenvolvem, a barriga grande da criança entre 1 e 3 anos se
fortalece. O tronco, os braços e as pernas ficam mais longos.
A cabeça ainda é relativamente grande, mas as outras partes do
corpo continuam a se amoldar à medida que as proporções
corporais se tornam gradualmente mais similares às de um
adulto.
 Tanto meninos quanto meninas normalmente crescem
aproximadamente de 5 a 7,6 centímetros por ano durante a
segunda infância e ganham aproximadamente de 1,8 a 2,7
quilos anualmente.
 O crescimento muscular e esquelético torna a criança mais
forte. Cartilagens transformam-se em ossos e os ossos se
tornam mais rígidos, dando à criança uma forma mais firme e
garantindo a proteção dos órgãos internos.
 Essas mudanças, coordenadas pelo cérebro(ainda em
amadurecimento) e pelo sistema nervoso, promovem o
desenvolvimento de uma ampla variedade de habilidades
motoras.
 O aumento da capacidade dos sistemas respiratório e
circulatório criam vigor físico e, juntamente com o sistema
imunológico em desenvolvimento, mantém a criança mais
saudável.

Padrões e Distúrbios do Sono


 Modifica ao longo da fase de crescimento e a segunda infância
tem seus próprios ritmos distintos.
 5 anos-> a maioria das crianças dorme em média cerca de 11
horas por noite e desiste das sestas durante o dia.
 Distúrbios do sono podem ser causados por:
o Ativação acidental do sistema de controlo motor do cérebro
pelo despertar incompleto de um sono profundo;
o Respiração desordenada;
o Movimentos agitados das pernas;
o Frequentemente associados á ansiedade de separação;
o Na maioria dos casos os distúrbios do sono são apenas
ocasionais e geralmente desaparecem.
o Problemas persistentes no sono podem indicar um distúrbio
emocional, psicológico ou neurológico que precisa ser
examinado.
 Uma criança que experimenta um terror do sono (ou noturno)
parece despertar abruptamente no início da noite de um sono
profundo. A criança pode gritar e sentar-se na cama, ofegante
e com os olhos arregalados. Contudo ela não está realmente
acordada, acalma-se rapidamente, e na manhã seguinte não se
lembra nada sobre o episódio. Os terrores do sono são bastante
comuns.
 Ocorrem principalmente entre as idades de 3 e 13 anos e
afetam meninos mais frequentemente que meninas um estado
de agitação. Caminhar e falar durante o sono são
comportamentos razoavelmente comuns na segunda infância.
 É melhor não interromper o sonambulismo ou os terrores
noturnos, uma vez que interrupções podem confundir e
amedrontar ainda mais a criança.
 Pesadelos também são comuns. Frequentemente, eles
manifestam-se quando a criança vai para a cama muito tarde,
ao fazer uma refeição pesada antes de deitar-se ou por
excitação excessiva, talvez por assistir a um filme de terror ou
ouvir uma história assustadora antes de dormir.
 Pesadelos frequentes ou persistentes podem indicar estresse
excessivo.
 Enurese-> Urinação repetida e involuntária nas roupas ou na
cama- não é incomum.
 Cerca de 10 a 15% das crianças de 5 anos urinam na cama
regularmente, talvez enquanto dormem profundamente.
 As crianças (e seus pais) precisam ser tranquilizados de que a
enurese é comum e não é séria. A criança não deve ser culpada
e não deve ser punida.
 A enurese que persiste além das idades de 8 a 10 anos pode ser
um sinal de autoestima baixa ou de outros problemas
psicológicos.
Desenvolvimento Do Cérebro
 O desenvolvimento do cérebro durante a segunda infância é
menos dramático do que durante a primeira infância, até pelo
menos os 3 anos de idade, o cérebro tem aproximadamente
90% do peso adulto.
 .A densidade das sinapses no córtex pré-frontal e mielinização
atinge o pico aos 4 anos de idade.
 6 anos de idade-> o cérebro alcançou aproximadamente 95%
de seu volume máximo. Existem amplas diferenças
individuais.
 Mudança gradual ocorre no corpo caloso, que liga os
hemisférios esquerdo e direito. A mielinização progressiva das
fibras no corpo caloso permite a transmissão de informação
mais rápida e uma melhor integração entre elas.
 Dos 3 aos 6 anos de idade, o crescimento mais rápido ocorre
nas áreas frontais.
 O desenvolvimento cerebral afeta outros aspetos do
desenvolvimento. Um deles é o desenvolvimento das
habilidades motoras.

Habilidades Motoras
 O desenvolvimento das áreas sensoriais e motoras do córtex
cerebral permitem uma melhor coordenação entre o que as
crianças querem fazer e o que elas podem fazer.
 Crianças em idade escolar fazem grandes avanços nas
habilidades motoras grossas.
 Habilidades motoras grossas-> Habilidades físicas que
envolvem os grandes músculos.
 A capacidade pulmonar é maior, ela é capaz de correr, pular,
escalar mais longe e mais rápido.
 Quanto à aptidão, dependendo de seus dotes genéticos e de
suas oportunidades para aprender e praticar habilidades
motoras.
 O desenvolvimento físico floresce em brincadeiras livres,
ativas e não estruturadas.
 Habilidades motoras finas-> Habilidades físicas que envolvem
os pequenos músculos e a coordenação olhos-mãos.
 Permite às crianças pequenas assumirem mais
responsabilidades por seus cuidados pessoais.
 As crianças em idade pré-escolar combinam continuamente as
habilidades que já possuem com aquelas que estão a adquirir
para produzir capacidades mais complexas. Essas
combinações de habilidades são conhecidas como sistemas de
ação.
 Sistemas de ação-> Combinações cada vez mais complexas de
habilidades, que permitem uma variedade mais ampla ou mais
precisa de movimentos e maior controle do ambiente.
 Lateralidade manual-> Preferência por usar uma das mãos-
evidente aos 3 anos.
o Geralmente é o HE que é o mais dominante, por isso, muita
gente é destra.
o cérebros são mais simétricos do ponto de vista funcional,
onde o hemisfério direito tende a predominar, torna as
pessoas canhotas.
o Nem sempre é bem definida.
o Pode ser genético para os destros.
 Desenvolvimento artístico-> 2 anos- as crianças apenas
rabiscam, não aleatoriamente, padrões como linhas verticais e
em ziguezague.
o 3 anos-> as crianças desenham formas: círculos, quadrados,
triângulos, cruzes e Xs; e depois começam a combinar as
formas em desenhos mais complexos.
o O estágio pictográfico tipicamente se inicia entre 4 e 5 anos
de idade
o Esta mudança marca as alterações fundamentais que são
devidas ao desenvolvimento cognitivo da capacidade
representacional.
o Esta sequencia do desenvolvimento ocorre por processos
internos e quanto menos intervenção adulta melhor. As
crianças aprendem a olhar e a falar dos desenhos umas das
outras e temos de encorajar a falar dos mesmos, sem
qualquer intervenção ou limitações dos adultos.
o Os desenhos não são universais: Existem variações
transculturais.
o A intervenção do adulto tem uma influência negativa sobre o
desenho das crianças.

Desenvolvimento cognitivo (p. 259-264)


 Segunda infância = estágio pré-operatório do desenvolvimento
cognitivo.
 Estágio pré-operatório-> Na teoria de Piaget, o segundo maior
estágio do desenvolvimento cognitivo, no qual o pensamento
simbólico se expande, mas as crianças ainda não são capazes
de usar a lógica.
 Perdura aproximadamente dos 2 aos 7 anos.
 Grande expansão no uso do pensamento simbólico, ou
capacidade representacional.
 Função simbólica-> Capacidade de usar representações
mentais (palavras, números ou imagens) às quais uma criança
atribui um significado.
 As crianças na idade pré-escolar demonstram a função
simbólica por meio do aumento da imitação diferida, de
brincadeiras de faz de conta e da linguagem.
 Brincadeiras de faz de conta, jogo de fantasia, jogo dramático
(encenação) ou jogo imaginativo- as crianças podem fazer um
objeto, como uma boneca, representar ou simbolizar outra
coisa, por exemplo, uma pessoa.
 Entendimento de objetos no espaço-> Crianças de idade pré-
escolar mais velhas sabem usar mapas simples e conseguem
transferir o entendimento espacial adquirido do trabalho com
modelos para mapas e vice-versa.
 Entendimento da causalidade-> não era capaz de raciocinar de
modo lógico sobre causa e efeito. Ao contrário, dizia ele, elas
raciocinam por transdução.

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