UFCD: 9183- Desenvolvimento da criança dos 0 aos 3 anos – iniciação
Formadora: Vera Cirne
Formanda: Sara Patrícia Pinheiro Ferreira
O âmbito da UFCD 9183 diz respeito, ao desenvolvimento da
criança dos 0 aos 3 anos e tem a duração de 25 Horas. O objetivo era reconhecer as fases do desenvolvimento da criança dos 0 aos 3 anos, identificar os fatores condicionantes do desenvolvimento da criança, identificar os sinais de alerta relativos aos problemas de desenvolvimento da criança dos 0 aos 3 anos, e reconhecer os tipos de alterações nas funções ou estruturas do corpo da criança. No decorrer deste módulo a formadora mostrou-nos um pequeno vídeo do menino selvagem “Victor” onde foi abordada a falta de aprendizagem e estímulos da família e outros sujeitos significativos. Quanto ao desenvolvimento cognitivo utilizámos as teorias de Jeant Piaget. Várias são as teorias que analisam as capacidades cognitivas das crianças, apresentam-se as mais significativas. Comportamentalista- Estuda os mecanismos básicos da aprendizagem. Psicométrica- Tem como objetivo medir as diferenças individuais na quantidade de inteligência (QI). Piagetiana- Analisa as mudanças na qualidade do funcionamento cognitivo ou que as crianças conseguem fazer. Neurociência Cognitiva- Analisa o hardware do sistema nervoso central. Tenta identificar quais as estruturas cerebrais envolvidas em aspetos específicos da cognição. Sócio contextual- Estuda os aspetos do ambiente no processo de aprendizagem em particular o papel dos pais e dos outros sujeitos significativos. Piaget defende a existência de quatro etapas aos longo da infância e adolescência. 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos) 2º período: Pré-operatório (2 aos 7 anos) 3º período: Operações Concretas (7 aos 12 anos) 4º período: Operações formais (12 anos até idade Adulta) Cada uma destas fases é caraterizada por formas diferentes. De uma forma geral, todos os indivíduos vivenciam estas quatro fases, porém o inicio e o final de cada uma delas pode sofrer variações em função das caraterísticas da estrutura biológica. Piaget defende a existência de seis sub-estádios. 1º sub-estádio- utilização dos reflexos (0 a 1 mês). Neste período predominam os reflexos: sugar, agarrar, chorar, ou seja, neta fase qualquer objeto apresentado ao bebé será para chupar, para agarrar, chorar, ou seja, nesta fase qualquer objeto apresentado ao bebé será para chupar, para agarrar ou para olhar. 2º sub-estádio- Reações circulares primárias- É neste período que se começa a desenvolver a coordenação entre a audição e a visão. 3º sub-estádio - Reações circulares secundárias- Neste sub estádio o comportamento da criança começa a ser orientado para outros objetos além de si e do seu próprio corpo. É nesta altura que a criança começa a procurar por objetos que vê desaparecer. 4º sub-estádio – Coordenação dos esquemas secundários – A criança aqui, já é capaz de se comportar deliberadamente, com propósito, e desenvolve essa capacidade á medida que vai coordenando esquemas e comportamentos previamente aprendidos para atingir os seus objetivos (como gatinhar pela sala para ir buscar um brinquedo) 5º sub-estádio – Reações Circulares Terciárias – A criança passa a desenvolver e a apresentar novos reportórios comportamentais para resolver problemas. 6º sub-estádio – Combinações Mentais – Nesta fase a criança também se desenvolve, mas sem depender da experimentação. A criança torna se apta a representar mentalmente objetos, ainda nesta fase os afetos e os sentimentos tornam se fator de escolha do que fazer e do que não fazer. Seguidamente falámos sobre a vinculação: a criança e o adulto de referência do John Bowlby um psicanalista britânico que começou por estudar a carência afetiva e a perda da ligação maternal, e quanto mais segura for a para a criança torna se independente desse adulto. E é o momento em que as crianças vão para a creche ou jardim-de-infância é o primeiro distanciamento ou separação do cuidador. Ainda dentro do tema vinculação, uma psicóloga canadiana Mary Ainsworth juntou se ao grupo de investigação de Bowlby. Concluiu que existem diferentes padrões de vinculações entre as crianças e as mães. Ainsworth e os seus colaboradores detetaram três tipos de vinculação: “vinculação segura”; “vinculação insegura” e a vinculação evitativa. De um modo geral esta UFCD para mim foi enriquecedora tanto na minha vida pessoal como futuramente para a minha vida profissional como TAE. A minha avaliação para a formadora desta UFCD tem um lado positivo pelo modo como nos transmitiu a matéria e um lado negativo pela instabilidade por vezes de humor refletindo-se em alguns conflitos e mal-entendidos na sala de aula. De um modo geral acho um saldo positivo.