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DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

Do ponto de vista da maturação, o desenvolvimento neurológico não acontece de


maneira arbitrária, mas sim através de etapas previsíveis e pré-determinadas, no sentido
céfalo-caudal e do centro para a periferia, conforme se ilustra na imagem.

Em função da maturação do Sistema Nervoso, uma sequência ordenada e previsível de


desenvolvimento físico (direção desenvolvimentista) se dá no sentido:
 Céfalo-Caudal - controle muscular ocorre da cabeça aos pés / no desenvolvimento
fetal 1º ocorre a formação da cabeça e depois dos membros;
 Próximo-Distal - controle da musculatura do centro do corpo às suas extremidades.

Isto acontece em relação aos processos de crescimento do corpo e nos ganhos das
habilidades motoras. Por exemplo, a criança pequena aprende em sequência a arrastar-se,
gatinhar e andar, do mais simples ao mais complexo.

Primeiro semestre

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- Inicialmente apresenta movimentos globais, programados geneticamente e
inconscientemente controlados.
- Começa depois a esboçar movimentos voluntários
com algum controlo do tónus e da postura.
- Por volta dos 3 meses, em decúbito ventral,
consegue levantar a cabeça a 45º mas não consegue
manter esta posição por muito tempo. Por volta dos
6 meses levanta completamente a cabeça.
- Em decúbito dorsal, consegue rodar a cabeça e alongar os
membros. Posteriormente, passa a levar os membros superiores à
linha média (centro).
- Começa a movimentar os membros no espaço para brincar com
pés e joelhos e consegue levantar os braços com um brinquedo
(ex. chocalho). Começa a esboçar os primeiros movimentos do
rolar.

- Por volta dos 3 meses


consegue sentar-se por breves períodos com apoio na
parte superior do tronco. De pé, devidamente apoiados,
têm uma fraca base de apoio.
- Após os 5 meses consegue sentar-se entre 10 a 15
minutos com apoio na parte inferior do tronco ou manter o
equilíbrio sozinho por breves momentos (com todos os
membros em extensão). De pé são capazes de ter uma boa
base de apoio e fletir e esticar ligeiramente os joelhos.
- Em termos manipulativos, manuseia, brinca e explora com a boca, bate, toca e
sacode os objetos

Desenvolvimento progressivo da visão:


─ Com 1 mês, é capaz de focar objetos a 90 cm de distância;

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─ Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar;
─ Entre os 4-6 meses a visão e a coordenação óculo-manual encontram-se próximas
da do adulto

Desenvolvimento da função auditiva:


─ 2 - 4 meses, o bebé reage aos sons e alterações do tom de voz;
─ 4 - 6 meses tem grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve.

Segundo semestre
- É talvez neste período que a criança apresenta um
maior ganho no seu desenvolvimento motor. Já consegue
rolar, inclinar-se para alcançar um objeto, começa a gatinhar
(cerca 8 meses).
- Consegue sentar-se com equilíbrio e de diferentes formas
(entre os 8 e os 10 meses) e consegue passar da posição de
sentado para 'de gatas'.
- Faz força para ficar de
pé (entre os 8 e os 11 meses) e pode apenas agarrar-se
com uma mão na posição de pé. Começa a dar pequenos
passos quando suportado pelas duas mãos ainda que com
pouca
coordenação
(8-10 meses) e
dá pequenos passos com suporte de um objeto
(ex. agarrado a mobília 9-12 meses).
- Consegue sentar-se com equilíbrio e de
diferentes formas (entre os 8 e os 10 meses) e
consegue passar da posição de sentado para 'de
gatas'.
Sono:

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─ 9 meses 11 a 12 horas mais 2 sestas (1 a 2 horas cada)

Em termos manipulativos:
─ Empurra, junta, rasga, revolve, derruba e pega em objetos pequenos.
─ 6 e os 8 meses  Desenvolvimento da preensão;
─ Por volta dos 10 meses é já capaz de meter pequenos pedaços de comida na boca
sem ajuda, utiliza as 2 mãos e adquire o controlo do dedo indicador (aprende a apontar);

Primeiro ano de vida

Começa a andar de forma autónoma, fica em pé sem de apoiar, inclina-se e recupera o


equilíbrio, anda com passos grandes, apresenta movimentos amplos. Mais tarde começa a poder
agachar-se, subir e descer cadeiras ou escadas (nestas últimas sem alternar os pés) e começa a
chutar a bola. No que concerne à manipulação de objetos a criança joga, insere, puxa, empurra, vira
abre, fecha, chuta e empilha-os.

Segundo ano de vida


Começa a exibir comportamentos motores cada vez mais complexos integrando todo o
corpo nesta atividade: Salta, fica de pé com base de apoio numa só perna, joga à bola com
equilíbrio, corre em volta de obstáculos, vira esquinas, sobe e desce escadas alternando os
pés e consegue ficar em bicos de pés. No que concerne à manipulação a criança é capaz de
separar e enfiar contas num cordão, brincar com brinquedos mecânicos, bater suavemente,
esvaziar, encher e espremer objetos, podendo começar a rabiscar.

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Terceiro ano de vida
Aperfeiçoa e coordena os seus movimentos corporais, consegue andar de forma mais
suave, corre conseguindo acelerar e desacelerar, consegue saltar ao pé-coxinho (3-5 vezes)
pega e atira a bola usando flexão dos cotovelos e os ombros, salta determinadas distâncias.
Começa a conseguir andar de triciclo. Exibe atividade manipulativa que recruta atividade
muscular mais fina do género de martelar, escolher objetos, inserir pequenos objetos num
determinado sítio ou cortar.

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

Piaget defende que o desenvolvimento cognitivo se faz na interação entre aspetos


inatos e adquiridos, isto é, mediante a interação do sujeito com o meio.
Partindo de pressuposto que o desenvolvimento cognitivo é um processo interno, mas
que pode ser observado e avaliado através das ações e verbalizações da criança, passaremos
a expor as principais capacidades a ele associadas: Compreensão de acontecimentos, auto-
percepção e percepção do ambiente, noção de diferença e semelhança, entendimento de
conceitos (cor, forma, tamanho, tempo e espaço) e estabelecimento de relações, memória e
realização.

Primeiros 12 meses
- A aprendizagem faz-se sobretudo através dos sentidos
1. Movimento da cabeça em direção ao seio e início da sucção antes de o seio tocar a boca;
2. Movimento da cabeça e /ou corpo na direção do som (humano ou não);
3. Sensibilidade ao contacto ou presença de pessoa através de resposta diferenciada
(movimento do corpo, acalmar-se ou parar de chorar);
4. Diferentes tipos de choro conforme a situação;
5. Seguir visualmente objetos ou luz;

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6. Seguir procurar origem do som;
7. Manter contacto visual;
8. Tentar alcançar / agarrar objetos.
9. Ter consciência do seu corpo;
10. Segurar objetos com preensão palmar durante "30" segundos largando-o de forma
involuntária;
11. Explorar o ambiente, interagir com a pessoa pela fala ou movimento;
12. Procura do objeto retirado do ângulo de visão;
13. Tirar algo do rosto que obscurece a sua visão;
14. Despejar objetos num recipiente ou colocá-los/retirá-los de um por imitação;
15. Brincar (deixar cair e apanhar objetos);
16. Transferir objetos de mão para poder pegar noutra coisa;
17. Encontrar o objeto escondido debaixo de algo;
18. Executar ordens simples a pedido.

12-24 meses
- Aprendizagem faz-se através dos sentidos, principalmente através da boca
1. Segue instruções verbais para colocar um objeto num recipiente;
2. Consegue esvaziar um recipiente depois de lá colocar algo;
3. Retira objetos de um recipiente, um de cada vez;
4. Por imitação empilha cubos;
5. Rabisca;
6. Procura uma figura nomeada num livro, virando 2 a 3 páginas de cada vez;
7. Aponta partes do seu corpo;
8. Reconhece-se e reconhece algumas figuras;
9. Imita movimento circular.
10. Progressiva melhoria da capacidade de atenção e concentração.

Nota: 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida. O bebé sabe


exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz som) ou

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quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o). Começa também a relacionar
os objetos com o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido).

24-36 meses
Maior desenvolvimento da memória, através da repetição das atividades -
permite-lhe antecipar os acontecimentos e retomar uma atividade momentaneamente
interrompida, à qual dedica um maior tempo de concentração. Da mesma forma,
através da sua rotina diária, o bebé desenvolve um entendimento das sequências de
acontecimentos que constituem os seus dias e dos seus pais.
1. Desmonta e monta um brinquedo desmontável;
2. Noções de "em cima de", "debaixo de", "dentro", "fora";
3. Constrói torres com 5 a 6 cubos;
4. Vira páginas de livro, uma de cada vez;
5. Desenha um círculo;
6. Combina objetos semelhantes;
7. Por imitação é capaz de dobrar um papel ao meio, desenhar uma linha vertical ou
horizontal;
8. Aponta para 3 cores, quando nomeadas;
9. Vira maçaneta de porta, cabos, etc.;
10. Desembrulha objetos pequenos;
11. Faz bolas de argila;
12. Monta um brinquedo de 4 partes;
13. Combina uma forma geométrica com a figura correspondente;
14. Tem noção do grande e pequeno;
15. Reconhece músicas que lhes são familiares.
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

A linguagem é muito mais do que simplesmente falar. A partir do dia em que a


criança nasce, existe comunicação através de olhares, sorrisos e linguagem corporal.

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O seu desenvolvimento está associado ao nível de maturação do sistema nervoso, do
desenvolvimento motor e do aparelho fonador, ao desenvolvimento cognitivo
(discriminação percetual da linguagem falada e as funções dos processos de simbolização e
do pensamento) assim como com os níveis de desenvolvimento nos campos social e
emocional.

Primeiro semestre
─ O choro é a primeira e principal ferramenta de comunicação do bebé, já que é
através dele que terá suas necessidades atendidas pelos pais, seja o frio, a fome, dor, etc.
─ a partir da 6ª semana de vida, o bebé adquire outras formas de comunicação, como
o sorriso, o olhar, o tacto, etc.

─ Vocaliza espontaneamente, sobretudo quando está em relação (o nome dele,


"mamã", "papá"...), virando a cabeça quando o chamam;
─ 3 meses produz sons guturais e vocálicos, responde aos estímulos sonoros de outras
pessoas através do sorriso ou de um murmúrio; surge o Balbucio, que é definido pela
emissão de sons mediante o repetir de sílabas, como "ma ma", "ta ta", etc.
─ 4 meses imita alguns sons que ouve à sua volta;
─ 6º mês, compreende algumas palavras familiares; o balbucio progride
consideravelmente e inicia-se o processo de imitação de sons podendo existir quer a
Lalação (sons) quer a Ecolália (vocalização). Assim, o bebé pode tanto imitar sons
produzidos por ele mesmo ou por outras pessoas, seja adulto ou criança

Segundo semestre
─ Os gestos acompanham as suas primeiras “conversas” exprimindo com o corpo
aquilo que quer ou sente (por ex., abre e fecha as mãos quando quer uma coisa); Alguns dos
seus sons parecem-se progressivamente com palavras; Gosta que os objetos sejam
nomeados e começa a reconhecer palavras familiares;

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─ 7/8 meses é importante que os nomes dos objetos oferecidos à criança sejam
pronunciados para que possa aprimorar suas capacidades linguísticas e comunicativas, além
de contribuir para sua socialização
─ 8 meses: desenvolvimento do palrar (novos sons e modulações) tais como "mamã"
ou "papá" e ao longo dos próximos meses o bebé vai tentar imitar os sons familiares,
embora inicialmente sem significado;
─ Utiliza "mamã" e "papá" com significado assim como "papa", "mamã", "adeus",
sendo progressivamente capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex., "chau-
chau" - acenar);
─ 9/10 meses a criança pode dizer algumas palavras curtas, porém a maioria delas são
apenas a repetição do que dizem os adultos;
─ 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida. O bebé sabe
exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz som) ou
quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o). Começa também a relacionar
os objetos com o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido);
─ A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10 meses;

1-2 anos
─ 12/18 meses a criança reconhece e responde quando chamam pelo seu nome, sabe o
significado de algumas palavras, como "sim" e "não", e utiliza a linguagem para estabelecer
e manter o contacto com o meio familiar. É capaz de responder ao sons com gestos, como
dizer "tchau" com as mãos. Surgem os Enunciados de uma Palavra em que a criança
começa a proferir palavras simples com significado, muitas vezes acompanhadas de gestos.
São exemplos as palavras "olá", "pipi", "papá". Apenas são usadas palavras isoladas,
aumentando gradualmente o vocabulário, a partir das 2 ou 3 palavras iniciais.
─ Compreende ordens simples, acompanhadas de gestos. 15 meses, sem
necessidade de recorrer aos gestos;
─ É capaz de acompanhar pedidos simples, como por ex. "dá-me a caneca";
Progressivamente, irá sendo capaz de combinar palavras soltas em frases de 2 palavras

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─ Embora ainda limitada a uma palavra, adquire tons de voz diferentes para transmitir
significados diferentes.
─ 18 meses holofrase ou palavra-frase é uma tentativa de frase, ajudada por
uma entoação que faz com que, com um só vocábulo, se diga um conjunto de conteúdos.
Normalmente, a criança nomeia uma pessoa ou objeto e a ação que lhe está associada – o
bolo é “quero bolo”, “o bolo caiu ao chão”.
─ 18/24 meses surgem as primeiras combinações surgem, porque há um
enriquecimento da linguagem e a criança passa a explorar melhor o ambiente em que vive,
conhece novos nomes e as partes do corpo, existindo aquisição quase diária de novas
palavras. A criança começa a combinar conceitos para formar frases de 2 palavras por
exemplo, "Olá, Tó" ou "Tá quente".
─ Perto dos 2 anos, ela poderá utilizar 100 ou mais palavras diferentes;

2-3 anos:
─ 24-36 meses Seguem-se as Frases Simples e Complexas; As frases da criança
alongam-se e começa a introduzir adjetivos e advérbios nas frases.
─ Fase de grande curiosidade (“Porquê?”);
─ 24 meses prefrase. Estruturalmente corresponde à frase (sujeito-verbo-objeto),
mas faltam-lhe elementos – bebé comê é “bebé quer comer”;
─ Produz frases de 3 e 4 palavras. Na linguagem, há deformações frequentes como a
troca de fonema (cala por cara); de fonemas e sílabas (passato por sapato); e falta de
fonemas ou sílabas no início, meio ou final da palavra, nomeadamente do plural (fazê, em
vez de fazer, pena em vez perna ou pernas) e a deficiente articulação de duas consoantes e
em que uma delas é r (guta em vez de gruta, buxa em vez de bruxa);
─ 32 meses: capaz de conversar com adulto usando frases curtas e de continuar a falar
sobre um assunto por um breve período;
─ Consegue referir-se a si própria como “eu” e pode conseguir descrever-se por frases
simples, como “tenho fome”.
─ 3 anos, o comprimento médio das frases é de 4 palavras e já são produzidos quase
todos os sons.

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DESENVOLVIMENTO SÓCIO-AFETIVO

Primeiros 6 meses
Social
─ Estabelece relação privilegiada com a figura de vinculação/cuidadora (aparecimento
do 1º sorriso social por volta das 6 semanas);
─ Imita movimentos, fixa rostos e sorri;
─ Aprecia situações sociais com outras crianças ou adultos;
─ 4 meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas o que influencia
a forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa com
quem interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando
preferência por rostos familiares.

Afetivo
─ Manifesta excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer ao
antecipar a alimentação ou o colo;
─ O choro é a sua principal forma de comunicação podendo significar estados
distintos (sono, fome, desconforto...);
─ Apresenta reações de medo perante barulhos altos ou inesperados, objetos, situações
ou pessoas estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor.

6-12 meses
Social
─ O bebé está mais sociável procurando ativamente a interação com quem o rodeia
(através das vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);
─ Manifesta comportamentos de imitação, relativamente a pequenas ações que vê os
adultos fazer (por ex., lavar a cara, escovar o cabelo, etc.);

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─ 10 meses: maior interesse pela interação com outros bebés;

Afetivo
─ Formação de um forte laço afetivo com a figura cuidadora que se manifesta quando
é separado da mãe, mesmo que por breves instantes - trata-se de uma ansiedade normal no
desenvolvimento emocional do bebé;
─ Presença de ansiedade de separação sendo igualmente uma etapa normal do
desenvolvimento emocional do bebé, manifesta-se quando pessoas desconhecidas o
abordam diretamente; Sptiz refere a “angústia do 8º mês” que se manifesta na sensação de
que a mãe, que não está ao seu lado, o abandonou. O facto de se sentir diferenciado da mãe
acarreta o receio de a poder perder;
─ Presença de ansiedade perante estranhos  8 meses maior consciência de si próprio;
─ Preferência por um determinado objeto (um cobertor ou um peluche, por ex.), o qual
terá um papel muito importante na vida do bebé - ajuda a adormecer, é objeto de reconforto
quando está triste, etc.

1-2 anos
Social
─ Aprecia a interação com adultos (imitando e copiando);
─ Maior autonomia sente satisfação por estar independente dos pais quando
inserida num grupo de crianças, necessitando apenas de confirmar ocasionalmente a sua
presença e disponibilidade - esta necessidade aumenta em situações novas, surgindo uma
maior dependência quando é necessária uma nova adaptação;
─ As suas interações com outras crianças são ainda limitadas porque decorrem
sobretudo em paralelo e não em interação com elas;
─ 20-24 meses - desenvolvimento da empatia e à medida que começa a ter maior
consciência de si própria, física e psicologicamente, começa a alargar os seus sentimentos
sobre si própria aos outros - (começa a ser capaz de pensar sobre o que os outros sentem).

Afetivo

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─ Grande reatividade ao ambiente emocional em que vive mesmo que não o
compreenda, apercebe-se dos estados emocionais de quem está próximo dele, sobretudo os
pais;
─ Aprende a confiar pelo que necessita de saber que alguém cuida dela e vai de
encontro às suas necessidades;
─ Desenvolve o sentimento de posse relativamente às suas coisas, sendo difícil
partilhá-las;
─ Normalmente apresenta-se bem disposta, exibe por vezes alterações de humor
("birras");
─ É bastante sensível à aprovação/desaprovação dos adultos;

2-3 anos
Social
─ Não gosta de estranhos. A mãe é ainda uma figura muito importante para a
segurança da criança;
─ 32 meses: reage melhor à separação para ficar à guarda de outra pessoa, embora
algumas crianças consigam este progresso com menos ansiedade do que outras;
─ Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos;
─ É capaz de participar em atividades com outras crianças (ex. ouvir histórias).

Afetivo
─ Leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até à raiva frustrada. Embora a
capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a crianças
necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos são
adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;
─ As birras tornam-se na forma mais comum de chamar a atenção. Podem dever-se a
mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam
estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar de
forma eficaz).

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