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ISABELA FURTADO GUIOTTI

ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO
Desenvolvimento: transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do
crescimento, maturação, aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais. Depende principalmente da sua
interação com o meio social e com o meio ambiente. É um processo previsível e sequencial

Reflexos primitivos:
Reflexo Técnica Resposta Desaparecimento
Moro (abraço) Segurar a criança pelas mãos e Abrir os braços, estender os Até 6º mês
liberar bruscamente seus membros, fisionomia de susto
braços (deve ser sempre simétrico)
Sucção Colocar a mão do bebê na Sugar Até 6º mês
própria boca
Tônico-cervical Rotação da cabeça para um Extensão do membro superior e Até 3º mês
(esgrima) lado (a atividade é realizada inferior do lado facial e flexão
bilateralmente e deve ser dos membros contralaterais
simétrica)
Apoio plantar Sustentar o bebê pela região Ficar na ponta dos pés Até 6º mês
axilar, com pés apoiados na
maca
Cutâneo-plantar Estimulo da porção lateral da Extensão halux Até o 13º mês
sola do pé (forma de C) (depois ocorre
flexão do hálux)
Preensão palmar Comprime levemente a Contração dos dedos Até 6º mês
extremidade distal das mãos
do bebê
Preensão plantar Comprimir região plantar na Contração dos dedos Até 11º mês
(dos artelhos) base dos artelhos

Aspectos do desenvolvimento da criança de 0 a 10 anos: durante os dois primeiros anos predomina o


desenvolvimento afetivo, caracterizado pelo apego. Depois, há desenvolvimento da autoestima,
desenvolvimento moral, conduta pró-social e autocontrole
1 mês  Predomínio do tônus flexor, assimetria postural e preensão reflexa
 Entre 1 e 2 meses: percepção melhor de um rosto
2 meses  Predomínio do tônus flexor, assimetria postural e preensão reflexa
 Amplia seu campo de visão: visualiza e segue objetos com o olhar
 Entre 2 e 3 meses: sorriso social
 Entre 2 e 4 meses: fica de bruço, levanta a cabeça e os ombros
3 meses  Desaparecimento do reflexo tônico-cervical
 Adquire noção de profundidade
4 meses  Preensão voluntária das mãos
 Entre 4 e 6 meses: vira a cabeça na direção de uma voz ou objeto sonoro
6 meses  Desaparecimento dos reflexos de Moro, sucção, apoio plantar e preensão palmar
 Inicia noção de permanência do objeto (capacidade de perceber que os objetos que
estão fora do seu campo visual seguem existindo)
 Entre 6 e 9 meses: arrasta-se, engatinha
 Entre 6 e 8 meses: apresenta reação a pessoas estranhas
7 meses Senta-se sem apoio
9 meses Entre 9 meses e 1 ano: engatinha ou anda com apoio
10 meses Fica em pé sem apoio
11 meses Desaparecimento do reflexo preensão plantar
12 meses  Possui acuidade visual de um adulto
 Entre 1 ano e 1a6m: anda sozinho
13 meses Desaparecimento do reflexo cutâneo-plantar
15 meses Entre 1a6m a 2 anos: corre ou sobe degraus baixos
2 anos  Reconhece-se no espelho
 Começa a brincar de faz de conta
 Desenvolve senso de identidade, reconhece-se como uma pessoa e atribui conceitos a si
mesma
 Entre 2 a 3 anos: diz seu próprio nome e nomeia objetos como seus
3 anos Entre 3 a 4 anos: veste-se com auxílio
4 anos  Comportamento predominantemente egocêntrico
 Entre 4 e 5 anos: conta ou inventa pequenas histórias
6 anos  Passa a pensar com lógica predominantemente concreta
 Memória e habilidade com linguagem aumentam
 Autoimagem se desenvolve, afetando sua autoestima
 Amigos assumem importância fundamental
 Começa a compreender a constância de gênero
7 anos  Começa a desenvolver julgamento global de autovalor, integrando sua autopercepção,
fechando algumas ideias sobre quem ela é e como deve ser
 7 a 9 anos: influência dos pares (amigos, colegas da mesma idade) adquire grande
importância nessa etapa, enquanto a influência dos pais diminui
10 anos Mudanças relacionadas à puberdade e há um estirão de crescimento (meninas em torno de
11 anos e meninos em torno de 13)

Distúrbios no desenvolvimento:
Etiologia: a maior parte dos traços de desenvolvimento da criança é de origem multifatorial e representa a
interação entre herança genética e fatores ambientais
Fatores de risco:
 Genéticos: síndrome de Down
 Biológicos: prematuridade, baixo peso ao nascer, hipóxia neonatal, meningite
 Ambientais: fatores familiares, ambiente físico ou sociais
Tratamento: individualizado e deve ser iniciado o mais precoce possível

Desenvolvimento das funções fisiológicas e comportamentais da criança:


 Controle dos esfíncteres: é reconhecido como um marco do desenvolvimento infantil. A idade ideal para
iniciar o processo educativo varia de criança para criança. O importante é identificar quando a criança
está pronta para essa etapa e, então, auxilia-la sem cobrança de resultados. O processo não deve ser
postergado (após 36 meses) e nem iniciado precocemente (antes dos 18 meses), sem respeitar a
maturação da criança, pois aumenta o risco de aparecimento de disfunções (enurese, encoprese,
constipação)
 Padrão de sono e dificuldade para dormir: os RN dormem tanto durante o dia quanto durante a noite.
Depois, a quantidade total de horas de sono que os bebês precisam e o número de sonecas diurnas
diminuem, tendo uma média de 13 horas de sono por dia aos 2 anos de idade. A rotina para um sono
tranquilo deve ser estabelecida o mais cedo possível. É importante que, ao anoitecer, o movimento da
casa seja modificado (menos barulho e menos iluminação)
 Comportamento: a partir dos 2 anos de idade a criança desenvolve o seu senso de identidade,
reconhecendo-se como uma pessoa, atribuindo conceitos a si mesma. É um momento em que a criança
começa a reivindicar maior autonomia, quando os pais devem ajuda-la a fixar limites e, ao mesmo
tempo, encontrar sua autonomia e ter maior independência. Além disso, nessa idade as crianças
aprendem muito pela observação, de forma que o exemplo dos pais torna-se uma fonte importante
para a criança identificar comportamentos aceitáveis e inaceitáveis

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