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Unidade I

Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo


Vital

2023
VIDEOAULA I
(Bahnschrift Condensed)

Início do Ciclo Vital: Concepção ou Fecundação

 14º dia do ciclo menstrual;


 Zigoto: óvulo fecundado pelo espermatozoide (Célula a
partir do qual se desenvolverá o ser humano/alojar-se-á nas
paredes do útero);
 Sintomas: cansaço, falta de menstruação, náuseas, vômitos.

Após todo o processo (caminho) pelo qual o espermatozoide


realiza, o(s) zigoto(s) aloja(m)-se nas paredes do útero, a fim de
iniciar o seu desenvolvimento interino. Mediante a esses fatos,
existem algumas possibilidades onde ocorrem:

 O desenvolvimento de 2 zigotos (ou dizigóticos), dentre o


qual mais de um óvulo é produzido e cada um destes é
fecundado por um único espermatozoide (gêmeos fraternos),
embora que estes tenham o seu desenvolvimento separado;
 Um único óvulo (zigoto) fertilizado divide-se, onde seus
respectivos desenvolvimentos também ocorrem
separadamente (gêmeos idênticos ou monozigóticos).

Gestação

O período gestacional é subdividido em três subperíodos:


1. Período germinal ou fase zigótica:
- Implantação do zigoto nas paredes do útero (12/13 dias após a
fecundação).

2. Período embrionário:
- Formação da placenta, do cordão umbilical e dos principais
órgãos/período crítico.

3. Período fetal:
- 8ª semana até 38ª semana a 40ª semana.

Problemas Gestacionais

Ao longo da o período gestacional, existem a possibilidade do


surgimento de patologias que poderão afetar o desenvolvimento
do feto durante esse processo. Estes agentes entram em contato
com o feto através de fatores teratogênicos (externos) ou
genéticos (internos). Por exemplo:

Fatores teratogênicos (externos):


Doenças da mãe:
 Rubéola, sífilis, sarampo, hepatite, catapora, tifo, herpes
genital, AIDS.

Ingestão de drogas:
 Álcool, cigarro, drogas pesadas.
Outros fatores:
 Dieta pobre, idade da mãe, radiações, fator RH, estado
emocional.

Fatores ou erros genéticos (internos):

 Anomalias genéticas (fenilcetonúria – doença identificável


através do exame do pezinho);
 Doença metabólica: o leite, por exemplo, possui um
aminoácido (fenilalanina) prejudicial aos portadores da
doença (deficiência mental) – exame do pezinho;
 Anomalia cromossômicas (Síndrome de Down), trissomia
no cromossomo 21 – não é uma doença, pois o portador da
síndrome, atualmente, tem todas as capacidades para
desenvolver-se de modo saudável, segundo o Prof. Rodnei
Pereira.

Parto ou nascimento:

Tipos de parto:

 Normal;
 Fórceps (pinça);
 Induzido (medicação);
 Cócoras (posição agachada);
 Leboyer;
 Cesariana.

Problemas no parto:
 Anoxia (falta de oxigênio);
 Parto prematuro;
 Baixo peso;
 Fator RH (diferença positiva ou negativa);
 Depressão pós-parto;
 Eclampsia ou eclampse (aumento da pressão arterial da mãe,
ocasionando na perca de oxigênio do feto).

Score de avaliação do bebê no nascimento:

 Desenvolvido por Virginia Apgar (1909-1974) com o


objetivo de padronizar as avaliações iniciais de um recém-
nascido – fatores essenciais e facilmente identificáveis.

Score Apgar (1953):


 Cinco critérios: ritmo cardíaco, ritmo respiratório, tônus
muscular, reação à estimulação dos pés, cor (nota 0 a 10).

Interatividade: Resposta D [Síndrome de Down]


VIDEOAULA II

(Bahnschrift Condensed)

INFÂNCIA

Período de 0 a 2 anos: primeira infância

 Desenvolvimento físico, motor, cognitivo, afetivo,


linguagem, social.

Desenvolvimento físico e motor: 0 a 2 anos

Desenvolvimento físico:

 Habilidades locomotoras: andar, correr, saltar, pular.


 Habilidades não locomotoras: empurrar, puxar, inclinar.
 Habilidades manipulativas: agarrar, arremessar, pegar,
chutar.

Desenvolvimento motor:

 1º mês: segura um objeto se colocado em sua mão.


 2 a 3 meses: começa a bater em objetos ao seu alcance.
 4 a 6 meses: rola em superfícies; alcança e segura objetos.
 7 a 9 meses: senta sem ajuda; engatinha; transfere objetos de
uma mão à outra.
 10 a 12 meses: fica em pé segurando sem apoio; anda sem
ajuda; agacha e inclina-se; segura a colher/copo.
 13 a 18 meses: caminha para trás e lado; corre/rola uma
bola; empilha blocos; coloca objetos em recipientes.

Desenvolvimento físico e motor: fatores de


interferência – 0 a 2 anos

 Hereditariedade (problemas ao longo da gestação);


 Nutrição e Saúde;
 Equilíbrios hormonais;
 Estados emocionais.

Desenvolvimento cognitivo: 0 a 2 anos

 Jean Piaget (1896 – 1980).


 Período sensório-motor: Inteligência sensório-motora.

Período sensório-motor: 0 a 2 anos

I. Subestádio (0 a 1 mês): Reflexos inatos (sugar e olhar).


II. Subestádio (1 a 4 meses): Reações circulares primárias (sugar
mãos e pés).
III. Subestádio (4 a 8 meses): Reações circulares secundárias
(imitar comportamentos, como palmas).
IV. Subestádio (8 a 12 meses): Noção de objeto permanente (ao
jogar uma bola e esta se perder em baixo de um sofá, o mesmo
apresenta ciência de que o objeto poderá estar rolando por
debaixo dele).
V. Subestádio (12 a 18 meses): Reação circular terciária
(desenvolvimento da capacidade imaginativa do sujeito –
através de imitações de animais, criação de brinquedos
imaginários sob objetos variados, etc).
VI. Subestádio (18 a 24 meses): Período de transição
(desenvolvimento do pensamento lógico e da linguagem – ver
a seguir).

Desenvolvimento da linguagem: 0 a 2 anos

Marcos do desenvolvimento:

 2 a 3 meses: arrulhar e rir.


 6 a 10 meses: balbuciar.
 9 a 10 meses: imitação e utilização de gestos e sons.
 10 a 14 meses: pronunciar as primeiras palavras.
 16 a 24 meses: vocabulário de 50 a 400 palavras.
 18 a 24 meses: pronunciar sua primeira fase.
 24 meses: estabelecer diálogos.

Desenvolvimento afetivo: 0 a 2 anos

Construção da noção do Eu:


 Eu corporal.
 Eu psíquico.
 Construção do sentimento de confiança básica: certeza de
que suas necessidades serão atendidas.
 Não construção: desorganização interna.
Desenvolvimento afetivo: 0 a 2 anos

 Sigmund Freud (1856 – 1939).

Fase Oral:
 A libido (energia que constitui o desejo da realização de
uma ação, e não necessariamente com fins sexuais) está
concentrada na boca.
 Passiva (sugar)/ativa (morder).

Desenvolvimento social: 0 a 2 anos

Etapas do desenvolvimento social:


 0 mês: sorriso social.
 2/3 meses: primeiros sinais de apego (a quem cuida).
 6 meses: apego definitivo.
 8 meses: medo de estranhos; ansiedade; separação (ao
deixar a criança na escola, separação dos familiares).
 12 meses: brincadeiras de esconde-esconde; fingir dormir;
dar adeus; bater palminhas.
 16/18 meses: brinca com outras crianças;
 24 meses: ingresso no ambiente social (escola).

Interatividade: Resposta A [A criança encontra-se na fase oral,


morder causa prazer e é uma forma de interação com o mundo.]
VIDEOAULA III

(Bahnschrift Condensed)

Desenvolvimento físico e motor (Segunda Infância): 2 a


6 anos

 Habilidades locomotoras: andar com equilíbrio, correr,


saltar, pular, andar de bicicleta, subir nos móveis e descer
deles, pular corda.
 Habilidades não locomotoras: empurrar, puxar, inclinar.
 Habilidades manipulativas: agarrar, arremessar, pegar,
chutar, usar lápis, tesoura, realizar colagens, movimento de
pinça.

Desenvolvimento cognitivo: 2 a 6 anos

 Jean Piaget;
 Período pré-operatório (a criança ainda não fazer operações
complexas);
 Inteligência simbólica (a imaginação é uma atividade social;
representar objetos a partir do pensamento) ou
representativa.
Características:

 Jogo simbólico (“jogos de faz de conta”; “tabuleiro”;


lúdico);
 Pensamento egocêntrico (forma de organização mental que
a criança utiliza para compreender e realizar com êxito suas
atitudes imediatas; “vou pegar x e colocar ali”; “falar
sozinho”);
 Pensamento animalista (animismo) – atribuição de “vida” à
objetos inanimados;
 Linguagem socializada (estabelecer diálogos);
 Monólogos coletivos (pensamento egocêntrico em meios
coletivos/grupais) – é comum observar em grupos de
crianças nesta faixa etária os monólogos, onde há a
comunicação com si mesmo e não com outrem, o que
registra a dificuldade de estabelecer laços meio a outras
crianças.

Desenvolvimento afetivo: 2 a 6 anos

 Henri Wallon (1879 – 1962);


 Estágio do personalismo
 3 a 6 anos.
Características:

 Uso da 3ª pessoa (“ela não quer”);


 Uso da 1ª pessoa (“eu não quero”);
 Oposição/negativismo (“não”);
 Imitação (quem os inspira ou mesmo quem não gosta);
 Sedução (idade da graça, manipulação);
 Sentimento de posse/disputa de objetos;
 Ciúme.

Desenvolvimento afetivo: 2 a 6 anos

 Sigmund Freud.

Fase anal:

 A libido está organizada nos esfíncteres;


 A importância da retirada das fraldas.

Fase fálica:

 Interesse pelos órgãos genitais;


 Manipulação (passa a tocá-los com frequência);
 Tipificação sexual (diferenças entre meninos e meninas).

Desenvolvimento social: 2 a 6 anos

 Jean Piaget: período da heteronomia;


 O sujeito é heterônomo: governado pelo outro.

Julgamento da regra:

 Quantidade de erro cometido e não a intencionalidade – o


grau do erro cometido não se dá pela ação factual em si, mas
pela sua quantidade (quanto maior a quantidade, maior a
gravidade).

Grupo social:

 Meninas e meninos;
 Jogo simbólico (faz de conta);
 Amigos imaginários (4/5 anos).

Interatividade: Resposta C [A criança encontra-se no estádio


pré-operatório e apresenta um pensamento animista próprio dessa
fase.]

VIDEOAULA IV

(Bahnschrift Condensed)

Desenvolvimento físico e motor (Terceira Infância): 7 a


11 anos

 Não acontecem mudanças notáveis.

Início da puberdade:
 Menina: 9 anos;
 Menino: 10 anos.

Desenvolvimento cognitivo: 7 a 11 anos

 Jean Piaget.

Período operatório concreto:

 Pensamento indutivo (P -> G) – a partir de situações


particulares ela se torna capaz de desenvolver conclusões
gerais;
 Pensamento lógico (período adequado para ingresso
escolar);
 Capaz de estabelecer relações entre fatos a partir da
experiência;
 Categorias cognitivas: reversibilidade (“podemos fazer e
desfazer coisas, nada é irreparável”; inclusão de classes
(“aves = animais”; “uma coisa é mais de uma coisa ao
mesmo tempo”, etc).

Desenvolvimento Afetivo: 7 a 11 anos

 Construção de um conceito sobre si mesmo (autoconceito)


que depende do que os outros dizem ao seu respeito;
 Aceitação e rejeição social dependem da forma como se
comporta;
 Idade escolar;
 Escola: elemento fundamental no processo da construção da
personalidade;
 A interação social escolar é mais complexa que a familiar:
competição, crítica, brincadeiras cedem lugar às tarefas
escolares.

Desenvolvimento Afetivo: 7 a 11 anos

 Sigmund Freud.

Período de Latência:

 A libido (energia) da criança está projetada para fora do


corpo: no desenvolvimento intelectual e social da criança –
a criança deixa de lado o interesse fálico e passa a
desenvolver um desejo de aprimoramento intelectual.

Desenvolvimento Social: 7 a 11 anos

Relacionamento com os pais:

 Fonte de segurança e apoio;


 Exercem forte influência (em suma, comportamental);
 Referência para o diálogo com o mundo;
 Maior autonomia em relação às regras. Redução das
exigências disciplinares. Incentivo das tarefas
regulares/domésticas.
Desenvolvimento Social: 7 a 11 anos

Relacionamento com os colegas:

 Jogos grupais com os companheiros (andar de bicicleta,


jogar bola, pular corda, brincar de boneca);
 Os grupos são homogêneos (meninos = meninos – meninas
= meninas);
 Necessidade da construção das amizades duradouras
(melhor amigo);
 Redução da agressão física pela verbal.

Comportamentos Indesejáveis: 7 a 11 anos

Para ser aceita ou se defender da rejeição, a criança pode


desenvolver atitudes:

 Agressividade (física ou verbal): diante do fracasso há a


agressão;
 Retraimento: para evitar ameaças;
 Regressão: fugir da situação ansiógena, buscando outra
(passado) que foi gratificante – mecanismo de defesa em
que a criança busca ações primitivas do passado com cunho
manipulativo para sair de determinada situação.

Interatividade: Resposta B [A menina encontra-se no período de


latência, a libido está projetada para fora de seu corpo, no
desenvolvimento intelectual e social.]
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