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Marcelly Monteiro Mordente, 4º Semestre – Psicologia Noturno.

1. Defina segundo Piaget: esquemas, assimilação, acomodação e


equilibração. (p.44 até 48).
Resposta: Os esquemas são estruturas mentais das quais nos adaptamos a
fim de acomodar dentro do meio em que o indivíduo se encontra. Esse sistema
biológico consiste num processo de adaptação e construção de estruturas e a
partir disto, foi possível chegar nessas evidenciações através da observação
dos comportamentos das crianças. Segundo Piaget, a criança nasce com
esquemas inatos, e são construídos mais com o tempo que mostram sua
compreensão e conhecimento do mundo, e seus únicos comportamentos que
nascem consigo são os comportamentos de sugar e agarrar.

A assimilação é o processo de encaixe de um novo objeto num esquema ou


sensório-motor já existente. Este estende-se ao longo da vida, e possui total
necessidade na contribuição para o crescimento da inteligência do indivíduo. Já
a acomodação é parte da área cognitiva que engloba a modificação dos
esquemas para que, assim, os incorporem dentro dos objetos da realidade.
Aqui, a criança, em certas palavras, é “forçada” a mudar seus esquemas, ou
criar novos esquemas para se adaptar aos novos estímulos.

Por fim, a equilibração é um processo ativo resultado de dois processos


anteriores: assimilação e acomodação. Logo, tais processos são segmentos da
nossa mentalidade que atuam com garantia do nosso equilíbrio e adaptação
nos meios em que tentamos nos inserir; além da tornar o indivíduo capaz de
solucionar problemas.

2. Para Piaget a construção do real da criança envolve as noções de


espaço, tempo e causalidade responda:

a) O que é a noção do objeto? De três exemplos citados pelo autor


(p.67-71)
Resposta: A princípio, o bebê não tem capacidade de diferenciar seu próprio
corpo e o mundo; logo, os objetos dos quais ele possui contato, são apenas
para olhar, agarrar e sugar. O bebê não percebe como algo permanente, que
estará sempre ali, basta seus pais lhe darem. Assim, para ela, se os objetos
sumirem de seus olhares deixam de existir no mundo real.

Exemplos: Lucienne quando está prestes a apanhar um objeto, o fazem


desaparecer sob um lenço, um cobertor estendido ou a mão do observador,
então ela desiste de apanhá-lo.

É colocada na mão de Jacqueline uma moeda, e em seguida debaixo de um


pano e depois retira-se a moeda. Quando Jacqueline abre sua mão, e não
encontra a moeda, e então procura-a por baixo pano até encontrar; mesmo
mudando o objeto sob o qual esconde a moeda e o lado a partir de Jacqueline,
ela sempre encontrava.

b) Noção do espaço. De exemplos. (p.72 -77)

Resposta: Para a criança, espaço é limitado em percepções de luz e


acomodação dessa mesma percepção. Assim, conforme seu crescimento
pessoal a criança vai elaborando outros mecanismos que podem ser intitulados
de espaço, tais como percepção das formas, das dimensões, da distância e
das posições. Cada uma dessas percepções atua em algum sentido do
desenvolvimento, por exemplo, no espaço visual, tátil, gustativo e por aí vai;
lembrando que todos esses mecanismos são claramente influenciados pela
preensão.

Exemplos: Laurent sabe levar à boca um objeto agarrado independentemente


da vista e sabe ajustá-lo empiricamente: por exemplo, introduziu uma argola
entre os lábios.

Jacqueline segue com os olhos a mãe e, no momento em que esta sai do seu
campo visual, continua olhando na mesma direção até que o quadro reapareça.

c) Noção de causalidade. De exemplos. (p.77 -79)

Resposta: A noção de causalidade ocorre no período de 0 a 2 anos, durante o


estágio sensório-motor, e nesta a criança inicia seu processo de consciência de
que todo seu ato terá uma devida consequência, assim deixando seu
pensamento egocêntrico de lado.

Exemplos: “Aos 0,8, Jacqueline está deitada no seu carrinho, mas a capota
está levantada e a criança vê acima de si. Procedo, então, de maneira a fazer
oscilar a capota, por meio de uma longa fita, sem que Jacqueline me veja ou
saiba da minha presença; após alguns leves movimentos de susto, ela passa a
demonstrar um vivo interesse. Paro; ela espera alguns instantes, depois
arqueia o corpo, olhando fixamente para a capota. Faço, de novo, com que
oscile: assim que paro, Jacqueline arqueia-se. Sorriso contínuo.” (A construção
do real na criança, p.222, obs. 132.)

“Laurent está na sua cadeirinha de balanço, que eu faço oscilar puxando 3 ou 4


vezes; ele apodera-se da minha mão e aplica-se contra o cordão.”

d) Noção de tempo. De exemplos. (p.79-81)

Resposta: Já o tempo é a noção que vai conquistando aos poucos; e as


mesmas acontecem e iniciam seu desenvolvimento a partir do estágio
sensório-motor, que ocorre do 0 aos 2 anos de idade.

Exemplos: O bebê sabe coordenar seus movimentos no tempo, executando


assim determinados atos antes de outros, numa ordem regular. Por exemplo:
sabe abrir a boca e procurar contato antes de sugar, sabe dirigir a mão à boca
e até conduzir a boca ao polegar, antes de introduzi-lo entre os lábios.

Logo nos primeiros meses, o bebê consegue coordenar no tempo a sua


percepção. Desde o segundo mês de vida, a criança sabe mover a cabeça,
quando ouve um som, e procura ver aquilo que ouviu: a percepção auditiva
precede, regularmente nesse caso, a percepção visual e comanda-a.

3. Quais as características do operatório formal.


Resposta: A criança começa a raciocinar de forma lógica e sistemática.
Então, isso quer dizer que esse estágio é definido pela habilidade de se
aprofundar no raciocínio abstrato, ou seja, as deduções lógicas podem ser
feitas sem o apoio de objetos concretos. Em outras palavras, a criança não
se limita mais a representação imediata nem somente às relações
previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações
possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas
pela observação da realidade. Suas estruturas cognitivas alcançam seu nível
mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio
lógico a todas as classes de problemas.

4. Faça um resumo do capitulo processo de socialização na teoria de


Piaget
1. (livro Psicologia e Construtivismo de Célia Silva Guimaraes Barros
entre as páginas de 176 até 184).

2. Respeito às Regras

Resposta: Segundo Piaget a nossa moral é regida através de um sistema de


regras, que adquirimos durante toda nossa vida. Assim, Piaget resolveu fazer
um experimento com crianças de diversas idades para compreender como
cada faixa etária assimilava a necessidade das regras.

2.1 Evolução dos quatro estágios sucessivos

Resposta: Pré-estágio: As crianças de 2 ou 3 anos não entendem a


necessidade das regras, ela não compreende os jogos e nem entende qual a
finalidade de cada um deles.

Estágio Egocêntrico: As crianças de 4 e 8 anos não entendem ainda a


necessidade de seguir as regras, elas apenas imitam as crianças mais velhas
sem se preocupar com o resultado do jogo. Apesar de todas estarem jogando
juntas, o jogo em si, para elas é individual, podendo todas ganharem ao
mesmo tempo.

Estágio da Cooperação Nascente: Nos 7 ou 8 anos, a criança já começa a


jogar com outras crianças mais velhas, e assim vão compreendendo a
necessidade das regras através da interação e imitação que ela possui, e
assim conseguem unificar as regras do jogo.
Estágio da Codificação das Regras: As crianças entre 11 e 14 anos já
estabeleceram um código de regras que podem ser mudadas, caso todos os
jogadores concordem.

3 Julgamento das Ações

Resposta: Piaget observou crianças de diferentes idades para entender sua


evolução em relação aos seus julgamentos infantis, e como as mesmas
decidiam se seus atos se enquadravam em boas ou más.

3.1 Estágios da evolução do julgamento moral

Resposta: O primeiro estágio intitula-se em realismo moral – nesta a criança


julga suas intenções sem pensar na gravidade que as consequências destas
tomariam, e sem levar em consideração o objetivo de quem age, e ela pode ser
chamada também de “moralidade heterônoma”. Agora a relatividade moral
ocorre durante a meninice, seus julgamentos se tornam mais flexíveis levando
em consideração o contraste da autoridade e da rigidez.

4. Justiça e Castigo

Resposta: Jean Piaget discerniu duas formas de “punir” a criança pelos seus
atos desagradáveis.

4.1 Punição expiatória e Punição por reciprocidade

Resposta: A punição expiatória compreende a pessoa que infligiu alguma


regra ou obrigação, e em consequência disso, deverá “pagar” pelos seus atos,
e em generalidade, essas penas são severas – exemplo dessa definição é a
criança que leva uma surra porque quebrou um vidro da sala de casa porque
estava jogando bola lá.

A punição por reciprocidade tem finalidade de aplicar determinado castigo no


infrator, mas não com o mesmo intuito da primeira explicação. Portanto, sua
intenção consiste em faze-lo compreender as consequências de suas ações, e
não pagar pelo o que fez. Um ótimo exemplo disso é perder a confiança num
indivíduo que vive mentindo.
4. Tipos de moralidade

Moralidade de repressão e moralidade de cooperação

Resposta: A moralidade de repressão é a relação da criança com os pais de


forma unilateral, isto é, os pais usam sua autoridade para impor regras às
crianças; assim, fazendo-as acreditarem sobre as mesmas como verdades
absolutas e sem chances de alterá-las. Em segunda instância, a moralidade
cooperação que atua reciprocamente nas relações dos pais com os filhos, em
principal, com respeito mútuo. Porém, com o desenvolvimento a criança vai
compreender que essas regras podem ser alteradas e mudadas, e devido a
isso surgem as infrações sobre as mesmas.

5. Paralelo entre desenvolvimento moral e evolução intelectual.

Resposta: Piaget observou diversas semelhanças entre o desenvolvimento e a


evolução intelectual; entre elas, que as normas lógicas e morais não são
inatas, e são construídas através da vida social e da interação das pessoas. O
indivíduo permanece egocêntrico e através de alguns mecanismos sociais,
como pressão das regras lógicas e morais do grupo social, assim o indivíduo
deixa de lado seu egocentrismo infantil. Além disso, é necessário que a criança
interaja com seus iguais para que haja socialização, de fato. E por fim, passará
de heteronomia à autonomia.

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