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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

ENGENHARIA CIVIL

GUILHERME DA SILVA JORDÃO CPF: 438.079.428-82

TRABALHO DO MODULO IV - CURSO DE GERENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO


DE OBRAS CIVIS

Orlândia - SP
2020
SUMÁRIO

1 .SISTEMA
. . . . . . . .ESTRUTURAL
................................................ 2
1.1 . . . . . . . . . . ESTRUTURAIS
SISTEMAS . . . . . . . . . . . . . DE
. . . USO
. . . . .VARIADO
.......................... 2
1.1.1 . . . . .nervurada
Laje .................................................... 2
1.1.2 .........................................................
Vigas 3
1.1.3 .........................................................
Pilar 5
1.1.4 .Treliça
........................................................ 6
1.1.5 . . . . . . . . . estrutural
Alvenaria ................................................ 9
1.1.6 . . . . . de
Muro . . .flexão
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 . . . . . . . . . . . . .ESTRUTURAIS
PATOLOGIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1 . . . . . . . . .E. .FISSURAS
TRINCAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
INFILTRAÇÃO
2.3 . . . . . . . . . . . DAS
CORROSÃO . . . . .ARMADURAS
. . . . . . . . . . . .DE
. . .AÇO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.4 .EFLORESCÊNCIA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.5 . . . . . . . . . . . . . . . DO
DETERIORAÇÃO . . . .CONCRETO
. . . . . . . . . . ARMADO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.5.1 . . . . . . . da
Causas . . .deterioração
. . . . . . . . . . . do
. . .concreto
. . . . . . . . armado
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5.1.1 . . . . . . . mecânicas.
Causas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5.1.2 . . . . . . . Físicas.
Causas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5.1.3 . . . . . . . . hidráulica
Retração . . . . . . . . .do
. .concreto
. . . . . . . fresco
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.5.1.4 .Retração
. . . . . . . ou
. . .dilatação
. . . . . . . .térmica
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.5.1.4.1 Causas
. . . . . . . químicas
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.5.1.5 . . . . . . . álcalis-agregado
Reação . . . . . . . . . . . . . .(RAA)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.5.1.6 .Presença
. . . . . . . .de
. . cloretos
.............................................. 23
2.5.1.7 . . . . . . . .por
Ataques . . .sulfato
.............................................. 24
2.5.1.8 . . . . . . . .de
Medidas . . profilaxia
. . . . . . . .para
. . . . se
. . .evitar
. . . . futuras
. . . . . . patologias
...................... 24
2.5.1.8.1 . . . . . . . .bem
Projetos . . . .elaborados
............................................. 25
2.5.1.8.2 . . . . . . . .tecnológico
Controle . . . . . . . . . dos
. . . .materiais
.................................... 25
2.5.1.8.3 . . . . . . . . . . .e. equipe
Fiscalização . . . . . . bem
. . . . preparada
................................... 25
2.5.1.8.4 . . . . . . . . . . . .preventivas
Manutenções ............................................. 25
2.5.1.8.5 . . . . . . . . .adequada
Utilização . . . . . . . . da
. . .edificação
..................................... 26
2.5.2 . . . . . . . . . . Patologias
Conclusão ............................................... 26
2

1 SISTEMA ESTRUTURAL

1.1 SISTEMAS ESTRUTURAIS DE USO VARIADO

1.1.1 Laje nervurada

Figura 1 - laje nervurara

Fonte: O autor (2020)

São utilizadas principalmente para obter Vãos maiores e redução de cargas.


muitas vezes utilizadas por conta de projetos arquitetônicos, e é uma laje que
tem desperdício de materiais ou seja antieconômica quando utilizada para vãos mais
expressivos.
em contra partida tem-se uma economia no uso de aço, por conta dos vãos
que ela contem. pode ser armada uni e bilateralmente.
na imagem abaixo mostra-se os seus esforços.
3

Figura 2 - laje nervurada e seus esforços

Fonte: O autor (2020)

1.1.2 Vigas

Figura 3 - viga

Fonte: O autor (2020)

Uma viga é um elemento estrutural sujeito a cargas transversais. A viga é


geralmente usada no sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais
recebidos da laje para o pilar ou para transmitir uma carga estrutural concentrada,
caso sirva de apoio a um pilar. Pode ser composta de madeira, ferro ou concreto
armado. A viga transfere o peso das lajes e dos demais elementos (paredes, portas,
4

etc.) às colunas. na imagem abaixo mostra-se uma ilustração de uma viga apoiada e
o esforço que a mesma sofre por compressão de uma carga uniformemente
distribuída.

Figura 4 - ilustração de viga

Fonte: O autor (2020)

Na imagem a seguir tem-se a viga e seus esforços.

Figura 5 - viga e seus esforços

Fonte: O autor (2020)


5

1.1.3 Pilar

Figura 6 - pilar de concreto

Fonte: O autor (2020)

Um pilar é um elemento estrutural vertical usado normalmente para receber


os esforços diagonais de uma edificação e transferi-los para outros elementos, como
as fundações. Costuma estar associado ao sistema laje-viga-pilar.
A palavra pode ser usada como sinônimo para coluna, embora esta tenha um
significado próprio. Além disso, cotidianamente costuma-se diferenciá-los pelo fuste:
enquanto o pilar o possui quadrangular ou poligonal, nas colunas o fuste é
arredondado.
Na engenharia estrutural os pilares em concreto armado, são dimensionados
a resistir a compressão e a flambagem. O concreto apesar de praticamente não
resistir a esforços de tração, resiste razoavelmente bem a compressão, sendo que
em várias oportunidades, como em residências e edificação pequenas, os pilares
são armados com a ferragem mínima exigida pelas normas. Os pilares de concreto
também devem receber uma armadura transversal que sirva de apoio a armadura
longitudinal para a concretagem e que evite a flambagem do pilar, quando este
estiver com carga estrutural.
segue a próxima imagem de um pilar e seus esforços.
6

Figura 7 - Pilar e seus esforços

Fonte: O autor (2020)

1.1.4 Treliça

Figura 8 - Treliça

Fonte: O autor (2020)

As treliças surgiram como um sistema mais econômico que as vigas para


vencer vãos maiores ou suportar cargas mais pesadas. A sua utilização é comum
em pontes, coberturas, guindastes, torres, etc. As treliças são estruturas compostas
de barras retas, com orientação quaisquer, interligadas por nós rotulados ou
articulados. Podem ser planas ou espaciais. As cargas podem estar aplicadas
7

somente nos nós (treliça ideal), ou fora dos nós. No caso da treliça ideal sua análise
consiste na determinação dos esforços normais em todas suas barras. No caso das
treliças com cargas fora dos nós a análise consiste na determinação dos esforços
normais em todas as barras, por meio da resolução da treliça ideal equivalente e
para as barras carregadas determinar também os diagramas de esforços normais,
cortantes e momento fletor.
A treliça ideal é um sistema reticulado cujas barras têm todas as
extremidades rotuladas ou articuladas, isto é sua rotação relativa nos nós é livre, e
cujas cargas estão aplicadas apenas em seus nós. Esta hip ótese é uma
simplificação para efeito de cálculo. Na prática, os nós das treliças são aparafusados
ou soldados a umas chapas auxiliares chamadas gussets, não sendo rótulas
perfeitas (ver figura 1). Estas ligações criarão pequenas restrições à livre rotação
relativa das barras nos nós, mas de reduzido significado, como tem demonstrado os
estudos feitos sobre este tema, sempre que tenham seus eixos encontrando-se em
um único ponto, em cada nó. na imagem a seguir uma ilustração do nó da treliça
ideal.

Figura 9 - Nó de treliça

Fonte: O autor (2020)

Comumente as cargas chegam às treliças pelos nós, pois chegam através de


outras peças estruturais que se apoiam nos nós.
próxima imagem treliça e seus esforços.
8

Figura 10 - Treliça e seus esforços

Fonte: O autor (2020)

Para o cálculo das forças nas barras da treliça plana, podemos utilizar:
• O método dos nós,
• O método de Maxwell-Cremona
• O método de Ritter ou método das seções.
9

1.1.5 Alvenaria estrutural

Figura 11 - Alvenaria estrutural

Fonte: O autor (2020)

A alvenaria estrutural é um processo construtivo em que a estrutura e a


vedação do edifício são executadas simultaneamente. O sistema dispensa o uso de
pilares e vigas, ficando a cargo dos blocos estruturais a função portante da estrutura.
Neste sistema, a parede não tem apenas a função de vedação (dividir ambientes);
ela desempenha também o papel de estrutura da edificação. Esta solução permite
construir desde simples muros, residências e edifícios de diversas alturas até
hipermercados e indústrias.
Principais características da alvenaria estrutural com blocos de concreto .
Sistema construtivo de fácil execução
Permite envolver a mão de obra local e ampliar as unidades depois de
prontas
Oferece significativa redução de custos, pois reduz o uso de armaduras e
fôrmas e utiliza processos racionalizados
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Propicia obras limpas, rápidas e extremamente seguras


O bloco de concreto, em comparação com outros artefatos, tem precisão
dimensional e a possibilidade de oferecer várias faixas de resistência para
diferentes tipologias de obra.
segue a imagem que demostra como se comporta a alvenaria estrutural
armada.

Figura 12 - Alvenaria estrutural armada

Fonte: O autor (2020)

e a imagem a seguir é uma ilustração de onde os esforços são distribuídos


na alvenaria estrutural.
11

Figura 13 - distribuição de esforços alvenaria estrutural

Fonte: O autor (2020)


12

1.1.6 Muro de flexão

Figura 14 - muro de flexão

Fonte: O autor (2020)

Os muros de flexão são utilizados com razoável economia até altura da ordem
de 6 m.
Para aumentar sua rigidez podem ser introduzidos contrafortes quando as
solicitações são elevadas.
Geralmente são aplicados em aterros ou reaterros, pois necessitam de peso
extra. O muro de flexão conta com uma laje de fundo e outra vertical. São estruturas
mais esbeltas com seção transversal em forma de “L” que resistem aos empuxos por
flexão. A laje da base apresenta, em geral, largura entre 50 e 70% da altura do
muro.
São usualmente executados em concreto armado, com ou sem contrafortes.
Se necessário podem empregar vigas de enrijecimento, no caso de maiores alturas.
Também podem ser ancorados na base com tirantes ou chumbadores.
São mais leves que os muros de arrimo por gravidade. Sua geometria
13

característica compensa seu menor peso: o fato de ter uma forma de “T” ou “L”
invertido, faz com que o peso do próprio terreno auxilie na obtenção da força de
atrito, que combate o deslizamento e impede o seu tombamento.
temos como exemplo a próxima imagem, que nos mostra o local de locação,
perfil do muro e as ações de empuxo que o mesmo sofre.

Figura 15 - muro de flexão

Fonte: O autor (2020)

2 PATOLOGIAS ESTRUTURAIS
14

2.1 TRINCAS E FISSURAS

Figura 16 - Trincas e fissuras

Fonte: O autor (2020)

As trincas e fissuras são fraturas lineares, superficiais, no reboco que causam


um efeito estético horrível. A diferença que existe diz respeito à espessura de cada
uma. Conforme a NBR 9575:2003, que trata de impermeabilização, elas podem ser
chamadas da seguinte maneira:
As microfissuras têm abertura inferior a 0,05 mm.
As fissuras têm aberturas com até 0,5 mm, estreitas e alongadas.
As trincas são mais profundas e mais evidentes, maiores de 0,5 mm e
menores de 1,0 mm.
A fissura ou trinca pode ter origem, por exemplo, nas tensões e sobrecargas
da edificação que atuam sobre os materiais. Elas são proporcionais à intensidade
dessa tensão e à resistência do material utilizado na obra.
Essas patologias na construção civil podem ser causadas também por
dilatações e contrações dos materiais relacionadas com a diminuição ou aumento da
temperatura. Cada material pode sofrer variação maior ou menor conforme a sua
composição e a intensidade do sol e umidade na região onde a obra se encontra.
As trincas, por sua vez, são classificadas em ativas e passivas. As ativas são
aquelas que ainda se movimentam, que modificam suas dimensões no decorrer do
15

tempo.
A trincas passivas já se encontram estáveis há muito tempo, até mesmo anos,
sem nenhuma mudança na sua extensão e abertura.

2.2 INFILTRAÇÃO

Figura 17 - Infiltração

Fonte: O autor (2020)

Os estragos que uma infiltração de água ou umidade podem causar são


imensos. A começar pelo mofo, bolor, destruição da pintura, até danos maiores nas
paredes e materiais metálicos da estrutura.
Os tipos de infiltrações variam conforme as causas e para cada uma há uma
abordagem diferente no conserto.
Elas podem acontecer:
Devido às chuvas nos prédios com fachadas e coberturas que não
receberam impermeabilização ou com falhas no projeto e execução da obra;
Causadas por vapores de água, como acontece no box do banheiro pelo
uso do chuveiro quente, provocando mofo no teto e nas paredes;
Pela umidade que sobe do solo e é absorvida pela edificação, desde os
alicerces até as paredes;
Provocadas por problemas na rede hidráulica dos imóveis como acontece,
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muitas vezes, de vazamentos de um apartamento para outro.

2.3 CORROSÃO DAS ARMADURAS DE AÇO

Figura 18 - Armadura de aço corroída

Fonte: O autor (2020)

Um fenômeno chamado carbonatação decorrente da ação de agentes


químicos. O aço encontra-se num meio alcalino, o concreto, onde deve estar
protegido de processos corrosivos.
Contudo, eventualmente, acontece do gás carbônico – daí o nome – penetrar
nos poros do concreto e, com a umidade encontrada, formar um tipo de acidez que
ataca a estrutura metálica.
Pode acontecer de as peças da armadura terem sido colocadas muito
próximas da superfície da estrutura e não terem sido cobertas o suficiente pelo
concreto. Assim, tornam-se expostas à corrosão.
Também vibrações da edificação ou falhas no processo de cura do concreto
podem causar porosidades por onde vai começar o processo corrosivo. A aderência
do concreto diminui, ele se descola e expõe ainda mais o aço.
17

A degradação evolui e não cessa, comprometendo as estruturas, enquanto não


forem tomadas providências.
a carbonatação do concreto pode ser evitada desde o começo do controle de
qualidade do traço do concreto até a cura.
Em geral, o bom empacotamento dos agregados e a utilização de aditivo
auxiliam na redução de água no traço do concreto. “Ao reduzir a quantidade de
poros, dosagens com menor relação água cimento terão menores velocidades de
carbonatação, podendo ser usados aditivos que proporcionem ainda maior
impermeabilidade”, comenta o engenheiro Thomas Carmona, diretor da Carmona
Soluções de Engenharia e da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria
Estrutural (Abece). Segundo o especialista em patologias das estruturas, os
cimentos com menos adições tendem a ser os mais adequados para uma maior vida
útil das estruturas sujeitas à carbonatação.
Além do estudo do traço, a qualidade de execução é determinante para a
incidência de carbonatação e está relacionada às etapas de lançamento,
adensamento e cura do concreto. A engenheira da Votorantim Cimentos lembra que
o adensamento, embora sirva para expulsar as bolhas de ar do concreto fresco,
deve ser aplicado de forma adequada para não causar segregação e tornar a
superfície do concreto mais frágil. Outro ponto de atenção é a correta posição da
armadura que precisa respeitar o cobrimento especificado no projeto.
Garantir ao concreto uma cura adequada também é fundamental para evitar a
perda da água para o meio e minimizar o surgimento das fissuras. Vale lembrar que
o concreto mal curado tende a apresentar microfissuras que facilitam a entrada do
CO2.
Quando o concreto estiver endurecido, a recomendação é realizar a cura com
aspersão de água, manta de cura ou cura química. Para Carmona, “o melhor tipo de
cura para as estruturas ainda é a cura úmida, com aspersão de água por no mínimo
sete dias”. Segundo ele, especificamente em lajes, sempre que possível, deve-se
manter uma camada de água na sua face superior, ou seja, fazer a cura submersa.
18

2.4 EFLORESCÊNCIA

Figura 19 - Muro com Eflorescência

Fonte: O autor (2020)

A eflorescência é uma espécie de depósito de cristais provenientes de sais


que estavam dissolvidos na água e que, após sua evaporação, formam manchas na
superfície.
As manchas resultantes da eflorescência em geral são brancas, mas também
podem apresentar tons esverdeados ou mais escuros, dependendo do tipo de sal ou
fungos que estão misturados com a água.
Algumas das causas que proporcionam a origem da eflorescência são:
quando o material utilizado na construção apresenta alto teor de sais
solúveis;
quando o local ou ambiente é muito quente e úmido;
quando a preparação de um material como argamassa e concreto ou
execução de alvenarias e revestimentos envolve excesso de água no preparo;
quando a pintura é feita sobre reboco que ainda está úmido (antes de 28
dias);
quando a areia apresenta impurezas;
quando a estrutura, concreto, argamassa, rejuntes e revestimentos
apresentam fissuras.
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O melhor modo de prevenir contra a eflorescência é utilizando materiais bons


e apropriados, a escolha do cimento é um passo importante, uma vez que existem
diversas opções com composições diferentes. O Cimento Pozolânico (CP-IV)
apresenta menor porosidade e por isso é mais adequado para empreendimentos
expostos à água corrente. Já o Cimento de Alto Forno (CP-III) apresenta baixa
concentração de hidróxido de cálcio.
As mantas impermeáveis podem ser rígidas ou flexíveis e impedem ou
reduzem que a umidade do solo entre em contato com os revestimentos. Também
existem aditivos impermeabilizantes que reduzem a quantidade de absorção de
água.
Quando rejuntes ou revestimentos apresentam fissuras ou quando as juntas
de movimentação estão danificadas, facilitam o aparecimento de eflorescência e
outros tipos de manifestações patológicas. Por isso, é importante sempre realizar
manutenções, evitando o aparecimento de fissuras e realizando as trocas de acordo
com as informações dos fabricantes.
E para a remoção das eflorescências deve - se utilizar ácidos. Os ácidos
sulfâmico e acético podem ser usados para remover as manchas, porém é preciso
consultar a quantidade e a forma correta de utilização para não manchar mais ou
corroer as superfícies. Após o uso do ácido é essencial lavar o local com água
abundante até que todo o excesso do produto seja retirado.
20

2.5 DETERIORAÇÃO DO CONCRETO ARMADO

Figura 20 - Deterioração do concreto armado

Fonte: O autor (2020)

Esta manifestação patológica é caracterizada sempre que ocorrer uma


desintegração do concreto, devido a perda do caráter aglomerante do cimento,
ficando os agregados soltos pela perda da função da pasta de cimento.
O concreto armado foi considerado durante muitos anos um material eterno,
que não necessitava de cuidados ao longo de sua vida útil, dispensando
manutenções preventivas. Recentemente este conceito passou ser revisto, levando
em consideração a grande quantidade de edificações com problemas de
degradação em componentes estruturais.
Segundo a norma técnica NBR 15575 (2013), perante as diversas condições
de exposição, peso próprio, sobrecargas de utilização, ação do vento e outras, a
estrutura deve atender, durante a vida útil de projeto, aos seguintes requisitos:
Não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes;
Prover segurança aos usuários sob ação de impactos, vibrações e outras
solicitações decorrentes da utilização normal da edificação, previsíveis na
época do projeto;
Não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações
de quaisquer elementos da edificação, admitindo-se tal requisito atendido
caso as deformações se mantenham dentro dos limites estabelecidos nesta
norma;
21

Não repercutir em estados inaceitáveis de fissuras de vedações e


acabamentos;
Não prejudicar a manobra normal de partes móveis, tais como portas e
janelas, nem repercutir no funcionamento anormal das instalações em face
das deformações dos elementos estruturais.

2.5.1 Causas da deterioração do concreto armado

Para toda a causa da deterioração existe um ou mais agentes atuantes que,


por meio de mecanismos de deterioração, interagindo com o concreto e o aço,
reduzem assim gradativamente o desempenho da estrutura.

2.5.1.1 Causas mecânicas.

Tais causas referem-se às solicitações mecânicas às quais as estruturas de


concreto estão sujeitas, devido a:
Choques e impactos (por veículos automotores, por exemplo);
Recalque diferencial das fundações;
Acidentes imprevisíveis (inundações, grandes tempestades, explosões e
abalos sísmicos).
Além de comprometer a capacidade resistente da estrutura a deterioração por
causas mecânicas, facilita a entrada de agentes agressivos na estrutura danificada,
principalmente quando o concreto e a armadura ficam expostos devido ao impacto
das solicitações. Muito comum em viadutos, pontes, garagens e guarda-corpo.

2.5.1.2 Causas Físicas.

compreendem que as causas físicas intrínsecas ao processo de deterioração


da estrutura são resultantes da variação extrema da temperatura, da ação do vento,
da água (sob a forma de chuva, gelo e umidade) e do fogo. A principal causa física
são Desgastes superficiais podendo ser a abrasão ou erosão.
A abrasão é o processo que causa desgaste superficial no concreto por
esfregamento, enrolamento, escorregamento ou fricção constante, sendo
particularmente importante no estudo do comportamento de pisos industriais,
pavimentos rodoviários e de pontes (BAUER, 2002 apud LAPA, 2008). Ela se refere
ao atrito seco e é a perda gradual e contínua da argamassa superficial e de
agregados em uma área limitada.
22

A erosão é o processo de degradação que se origina na ação da água em


movimento, arrasta partículas sólidas em suspensão como: areia, cascalho, pedras e
outros objetos, os quais se chocam contra a superfície do concreto, provocando o
desgaste por colisão, escorregamento ou rolagem (ANDRADE, 2005 apud SANTOS,
2012).

2.5.1.3 Retração hidráulica do concreto fresco

O fenômeno que causa a fissuração do concreto no estado fresco (antes do


fim da pega do cimento) é conhecido como retração plástica, que ocorre por meio da
rápida evaporação da água da superfície exposta do concreto não endurecido. Essa
perda de água, por sua vez, se dá pela exposição às intempéries (vento, baixa
umidade relativa e aumento da temperatura ambiente), originando tensões que
tracionam a peça de concreto, gerando variação volumétrica e fissuração
(HASPARYK et al., 2005). A retração plástica também é conhecida como “retração
hidráulica do concreto fresco”.

2.5.1.4 Retração ou dilatação térmica

A retração térmica ocorre logo após o lançamento do concreto fresco,


iniciando-se as reações de hidratação do cimento, as quais são exotérmicas, isto é,
liberam grande quantidade de calor. Esse, por sua vez, eleva de forma considerável
a temperatura do concreto fresco durante as primeiras horas. Entretanto, devido à
interação com as condições climáticas do ambiente, a temperatura do concreto
fresco sofre grande redução e seu volume diminui, isto é, a peça se contrai,
originando tensões térmicas que irão tracioná-la, gerando fissuração de origem
térmica (SANTOS, 2012). Ratificando a importância da cura do concreto.
Já a dilatação térmica ocorre quando o concreto já endurecido, assim como a
maioria dos materiais, sofre variação volumétrica quando submetido à variação da
temperatura ambiental. Um aumento na temperatura faz estrutura de concreto sofrer
expansão. Paralelamente, a estrutura sofre contração (diminuição de volume)
quando a temperatura cai dando origens a fissuras (EMMONS, 1993 apud SANTOS,
2012).

2.5.1.4.1 Causas químicas

A deterioração do concreto é iniciada, geralmente, por processos químicos,


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embora fatores físicos e mecânicos também possam estar envolvidos, em


combinação ou não, com os processos químicos. As reações químicas se
manifestam através de efeitos físicos nocivos, tais como o aumento da porosidade e
permeabilidade, diminuição da resistência, fissuração e destacamento do concreto
(SANTOS, 2012), além da própria decomposição química da estrutura afetada.
Segundo Poggiali (2009), a degradação química do concreto ocorre devido às
causas externas à estrutura (reação direta dos agentes externos com os
constituintes da pasta de cimento) e causas internas (reações internas ao concreto,
tais como a reação álcali-agregado, formação de compostos expansivos do
cimento).

2.5.1.5 Reação álcalis-agregado (RAA)

Segundo Santos (2012), a RRA é um fenômeno patológico que ocorre no


concreto e que pode desencadear problemas tanto em nível estrutural como
operacional. Ela pode ser definida como um termo geral utilizado para descrever a
reação química que ocorre internamente em uma estrutura de concreto, envolvendo
os hidróxidos alcalinos provenientes principalmente, do cimento e alguns minerais
reativos presentes no agregado utilizado. O maior problema desta patologia está no
fato que ela possui caráter expansivo, acarretando, deste modo, fissuração, que por
consequência, aumenta a porosidade do concreto, deixando este mais suscetível à
penetração de vários outros elementos. Afeta a resistência mecânica que sofrerá
uma redução significativa se as devidas medidas não forem tomadas (FUSCO, 2008
apud TRINDADE, 2015).

2.5.1.6 Presença de cloretos

De acordo com Zamberlan (2013), a presença de cloretos no concreto pode


gerar muitos incômodos. Os íons cloreto são um dos agentes mais nocivos para a
corrosão das barras de aço, pois têm a capacidade de despassivar as armaduras
mesmo em PH extremamente elevado. Podem acarretar a corrosão das armaduras
de forma bastante agressiva. Os produtos que são gerados pela corrosão ocupam
um espaço cerca de seis a sete vezes maior do que o aço originalmente ocupava.
Isso se dá pela ocorrência da expansão do processo, que acaba gerando uma
fissuração na estrutura e posterior deterioração do concreto (TRINDADE, 2015).
24

2.5.1.7 Ataques por sulfato

Podendo ser encontrado no solo, nas águas naturais (do mar, da chuva e de
lençóis freáticos), nas águas agrícolas, nos efluentes industriais e sanitários, ele é
caracterizado como um dos mais deteriorantes agentes das estruturas de concreto.
Além da ação externa (quando os sulfatos provenientes do meio externo penetram o
concreto por meio de seus poros ou fissuras), os sulfatos podem atacar a estrutura
internamente, visto que eles podem ser encontrados na água de amassamento, nos
agregados, nos aditivos do concreto, nas adições do cimento ou no próprio cimento
(COSTA, 2004 apud SANTOS, 2012).
Dentre os sulfatos que atacam o concreto, destacam-se o Sulfato de Sódio
(Na2SO4), o Sulfato de Magnésio (MgSO4), Sulfato de Amônia (NH4SO4), Sulfato
de Potássio (K2SO4) e o Sulfato de Cálcio (CaSO4).

2.5.1.8 Medidas de profilaxia para se evitar futuras patologias

As medidas de profilaxia são muito importantes para se evitar que as


estruturas entrem em colapso causando prejuízos financeiros ou até mesmo vítimas
fatais. A próxima figura mostra os principais acidentes ocorridos no Brasil.

Figura 21 - Principais acidentes no Brasil

Fonte: O autor (2020)

As principais medidas de profilaxia para se evitar patologias nas edificações


25

são:

2.5.1.8.1 Projetos bem elaborados

Um projeto bem elaborado deve levar em conta todos os fatores, estar de


acordo com as normas vigentes (NBR’s), ser de fácil compreensão e estar com
todos os detalhes necessários para sua execução.

2.5.1.8.2 Controle tecnológico dos materiais

De acordo com a NBR 12655 (2015), é preciso fazer não somente o controle
do concreto, mas também dos agregados, água e aditivos. Segundo a NBR 12654
(2000) o controle tecnológico deve ser elaborado em função do grau de
responsabilidade da estrutura, das condições agressivas existentes no local da obra
e do conhecimento prévio das características dos materiais disponíveis para a
execução das obras.

2.5.1.8.3 Fiscalização e equipe bem preparada

A falha na etapa de construção é um dos grandes problemas na construção


civil pode gerar muitos custos adicionais. Está relacionado à quando não se tem
uma equipe preparada e quando gestores e / ou responsáveis técnicos não visitam e
nem acompanham suas obras periodicamente. Uma equipe mal preparada vai estar
relacionada diretamente à principal causa de patologia no Brasil a de erros de
execução. De nada adianta um projeto bem elaborado se a equipe não conseguir
entender e executa-lo devido as suas limitações.

2.5.1.8.4 Manutenções preventivas

As manutenções preventivas são muito importantes à medida em que a


edificação vai ficando mais velha. A garantia de maior vida útil e de satisfatório
desempenho estrutural e funcional só poderá ser obtida através de uma manutenção
adequada, a qual deverá fazer parte de uma gestão eficiente, pois os inconvenientes
resultantes da inexistência de atividades de manutenção preventivas e periódicas
tornam-se mais frequentes e ameaçam o sentimento de segurança de seus
usuários.
26

2.5.1.8.5 Utilização adequada da edificação

A utilização inadequada de uma edificação corresponde a 13% das patologias


no Brasil. Ocorre, principalmente, quando edificações passam para a mão de
terceiros como é o caso de quando se aluga uma casa para ser utilizada para outros
fins que não seja para moradia (o peso próprio é dado de acordo com a finalidade da
edificação).

2.5.2 Conclusão Patologias

As manifestações patológicas na construção civil podem ter suas origens em


qualquer uma das etapas do processo de construção. Devido a tal fator observa-se a
importância das manutenções preventivas, do controle tecnológico dos materiais
empregados, de uma padronização e qualidade na execução dos projetos e da
qualidade dos serviços de execução que constituem o processo como um todo.
Antes de se realizar qualquer medida para a correção de uma patologia é
necessário saber sua origem, pois manifestações patológicas com origens diferentes
podem ter as mesmas características físicas fazendo com que uma patologia acabe
encobrindo outra.
Portanto pode-se concluir que há uma grande necessidade pela busca da
qualidade na construção civil ou em qualquer outra área da engenharia civil. É
necessário entender que para uma estrutura alcançar um nível satisfatório de
durabilidade sem manifestações patológicas, todas as áreas envolvidas no processo
devem estar em harmonia como: a mão de obra de execução e os projetistas, os
conhecimentos necessários para a realização do projeto, os materiais utilizados,
como da análise do solo e do ambiente no qual se deseja construir. Nada adiantaria
um bom quadro de colaboradores na área da execução se os materiais utilizados
fossem de baixa qualidade ou de procedência duvidosa. Para se evitar
manifestações patológicas, todos os aspectos necessários para a execução de um
projeto devem andar juntos e possuir um padrão mínimo de aceitação ou de acordo
com normas especificas.

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