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INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS

BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

TULIO HENRIQUE DOS SANTOS

CIRCUITOS SEQUENCIAIS E MEMÓRIAS

Porteirinha
2019
TULIO HENRIQUE DOS SANTOS

CIRCUITOS SEQUENCIAIS E MEMÓRIAS

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de


Bacharelado em Sistemas de Informação, do
Instituto Federal Campus Avançado Porteirinha,
como nota parcial para obtenção da aprovação na
disciplina Eletrônica Digital. Orientadora: Lívia de
Fátima Silva Mendes .

Porteirinha
2019
SUMÁRIO

1 ............................................................
INTRODUÇÃO 3
2 .FUNDAMENTAÇÃO
. . . . . . . . . . . . . . . . . TEÓRICA
.......................................... 5
2.1 . . . . . . . . . . .SEQUENCIAIS
CIRCUITOS ................................................. 5
2.2 .CIRCUITOS
. . . . . . . . . . SEQUENCIAIS
. . . . . . . . . . . . . SÍNCRONOS
. . . . . . . . . . . .E. ASSÍNCRONOS
....................... 5
2.3 .LATCHES
. . . . . . . . .E. FLIP-FLOPS
................................................. 6
2.3.1 .Latch
. . . . .S-R
...................................................... 7
2.3.2 Uma
. . . . .Aplicação
. . . . . . . . .do
. . .latch
. . . . S-R
....................................... 8
2.3.3 Flip-flop
. . . . . . . . RS
.................................................... 8
2.3.4 Aplicação
. . . . . . . . . .de
. . um
. . . flip-flop
. . . . . . . RS
...................................... 9
2.3.5 Flip-flop
. . . . . . . . D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3 . . . . . . . . . . . . . .E. REGISTRADORES
CONTADORES . . . . . . . . . . . . . . . . .DE
. . .DESLOCAMENTO.
......................... 11
3.1 ............................................................
CONTADORES 11
3.2 .CONTADORES
. . . . . . . . . . . . .ASSÍNCRONOS
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.3 .CONTADORES
. . . . . . . . . . . . . SÍNCRONOS
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.4 . . . . . . . . . . . . . . . . .DE
REGISTRADORES . . .DESLOCAMENTO.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4 .AS
. . .MEMÓRIAS
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.1 . . . . . . . . . . . .DE
ESTRUTURA . . .UMA
. . . . MEMÓRIA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.2 . . . . . . . . . . . . . . . DAS
CLASSIFICAÇÃO . . . . .MEMORIAS
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4.3 . . . . . . DE
TIPOS . . . MEMÓRIAS
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.3.1 ROM
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.3.2 PROM
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.3.3 .RAM
........................................................... 19
4.3.4 .EPROM
........................................................... 21
4.3.5 ............................................................
EEPROM 22
4.4 . . . . . . . . . . . DE
PRINCÍPIOS . . . OPERAÇÃO
. . . . . . . . . . . DAS
. . . . MEMÓRIAS
............................... 23
5 ............................................................
CONCLUSÃO 25
............................................................
REFERÊNCIAS 26
3

1 INTRODUÇÃO

.O trabalho se organiza, pois, da seguinte forma: na primeira parte será feito


um apanhado sobre os circuitos sequenciais buscando abordar os diferentes tipos
de componentes de circuitos sequenciais com o princípio de funcionamento, tabela
verdade e aplicações. Para iniciar o estudo dos circuitos sequenciais primeiro
precisamos entender oque são os circuitos síncronos e assíncronos.
Nos circuitos sequenciais assíncronos, os valores lógicos da saída são
estabelecidos no momento em que as entradas se alteram. Nos circuitos
sequenciais síncronos, os valores lógicos da saída são estabelecidos em instantes
determinados por uma entrada de sincronização denominada por clock (relógio).
(MARQUES RUI, 2012).
A partir dai vamos falar um pouco sobre os latches e flip-flops. Latch é um
elemento básico assíncrono que permite armazenar um bit de informação (guardar
‘0’ ou ‘1’). Flip-flop Tal como os latches, também servem para armazenar um bit de
informação, mas neste caso o armazenamento é feito de uma forma sincronizada
com transições de um sinal de referência, ou seja, é um elemento síncrono.
(MARQUES RUI, 2012).
Já o Flip-Flop é constituído por portas lógicas que, sozinhas, não têm
capacidade de armazenamento, mas conectadas entre si transformam o circuito num
sistema com memória. (PET ELÉTRICA, 2014)
Logo em seguida, na segunda parte do trabalho será falado um pouco sobre
os circuitos contadores síncronos e assíncronos e os registradores de
deslocamento. Os contadores assíncronos não possuem entradas comuns de sinal
de clock. O sinal inicial é aplicado no primeiro estágio; os demais recebem o sinal do
estágio anterior. Esse tipo de circuito possui a capacidade de armazenar estados
anteriores que ocorreram no circuito e deste modo o próximo estado não somente
depende do estado atual, mas também da sequência de estados que ocorreram
anteriormente. (OLANDOSKI, MARCOS, 2016). Os problemas encontrados com os
contadores assíncronos são provocados pelo acúmulo dos atrasos de propagação
dos FFs. Dito de outra maneira, nem todos os FFs mudam de estado em
sincronismo com os pulsos de entrada. Essas limitações podem ser superadas com
o uso de contadores síncronos ou paralelos nos quais os FFs são disparados
simultaneamente (em paralelo) pelos pulsos de clock de entrada, esse tipo de
circuito, embora possuam memória armazenada nos valores das variáveis internas,
na realidade possuem apenas dispositivos de atraso. (OLANDOSKI, MARCOS,
2016).
Os registradores de deslocamento são um tipo de circuito lógico muito
4

parecido com os contadores digitais. Os registradores são usados principalmente no


armazenamento de dados digitais e não possuem uma característica interna de
sequência de estado como os contadores. (Floyd, 2007).
Na terceira parte do trabalho iremos falar sobre as memorias, características
construtivas, os principais componentes eletrônicos que as compõem, princípio de
funcionamento, aplicações, vantagens e desvantagens. Segundo Newton (2012, p.
134). Todos os computadores usam, e além deles muitos outros aparelhos como
secretárias eletrônicas e etc. Estes pequenos dispositivos eletrônicos, que podem
guardar informações, são encontrados na forma de chips e operam segundo
diversos princípios. Guardar informações é algo fundamental para a operação de
computadores, máquinas fotográficas digitais, instrumentos de medida,
automatismos e também de diversos outros aparelhos eletrônicos.
5

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 CIRCUITOS SEQUENCIAIS

Em um circuito sequencial, os valores das saídas em determinado instante


dependem não só da combinação das variáveis de entrada, mas também do valor
anterior, isto é, do valor que a saída tinha antes da aplicação da nova combinação
de valores nas entradas. Para isso, é necessário utilizar dispositivos de memória
elementares capazes de armazenar as variáveis de saída internamente a cada
transição de estado. (RONALDO DIAGO; VALDER MOREIRA, 2011).

2.2 CIRCUITOS SEQUENCIAIS SÍNCRONOS E ASSÍNCRONOS

Os circuitos sequenciais são classificados em dois tipos: os circuitos


sequenciais assíncronos e os sequenciais síncronos. Esta classificação é atribuída,
função do instante temporal em que as entradas são observadas e o momento em
que o estado do circuito se altera. Nos circuitos sequenciais assíncronos, os valores
lógicos da saída são estabelecidos no momento em que as entradas se alteram. Nos
circuitos sequenciais síncronos, os valores lógicos da saída são estabelecidos em
instantes determinados por uma entrada de sincronização denominada por clock
(relógio). (MARQUES RUI, 2012).
Latch é um elemento básico assíncrono que permite armazenar um bit de
informação (guardar ‘0’ ou‘1’). Flip-flop Tal como os latches, também servem para
armazenar um bit de informação, mas neste caso o armazenamento é feito de uma
forma sincronizada com transições de um sinal de referência, ou seja, é um
elemento síncrono. (MARQUES RUI, 2012)
6

Figura 1 - Modelo geral de um circuito sequencial

Fonte: O autor (2019)

2.3 LATCHES E FLIP-FLOPS

O principal elemento de memória utilizado é o Flip-Flop. Ele é constituído por


portas lógicas que, sozinhas, não têm capacidade de armazenamento, mas
conectadas entre si transformam o circuito num sistema com memória. (PET
ELÉTRICA, 2014)

Figura 2 - Representação de um Flip-Flop genérico

Fonte: O autor (2019)

O primeiro Flip-Flop que será mostrado é chamado latch, e é formado apenas


por portas NAND, com duas entradas e as saídas Q e Q , (PET ELÉTRICA, 2014).
Conforme é mostrado na figura abaixo.
7

Figura 3 - Representação de um latch com portas NAND

Fonte: O autor (2019)

2.3.1 Latch S-R

Um latch é um tipo de dispositivo lógico biestável ou multivibrador. Um latch


S-R (SET-RESET) , com entrada ativa em nível ALTO é formado com duas portas
NOR tendo acoplamento cruzado,
conforme mostra a Figura (a); um latch com entrada ativa em nível BAIXO é
formado com duas portas NAND tendo acoplamento cruzado, conforme mostra a
figura (b). Observe que a saída de cada porta está conectada à entrada da porta
oposta. Isso produz uma realimentação regenerativa que é características de todos
os latches e flip-flops. (FLOYD, 2007).

Figura 4 - (a) Latch S-R com entrada ativa e (b) Tabela-verdade para um latch

Fonte: O autor (2019)


8

2.3.2 Uma Aplicação do latch S-R

Um Latch Usado como Eliminador de Trepidação de Contato Um bom


exemplo de uma aplicação de um latch S-R é na eliminação do “repique” (bouce) do
contato de uma chave mecânica . Quando o pólo de uma chave comuta fazendo
fechar o contato, este contato vibra física- mente ou repica várias vezes antes de
finalmente estabelecer um contato firme. Embora esses repiques sejam de durações
muito curtas, eles produzem spikes de tensão que freqüentemente são inaceitáveis
em sistemas digitais. (FLOYD, 2007).

Figura 5 - (a) Repique do contato de uma chave (b) Circuito eliminador de repique de contato

Fonte: O autor (2019)

2.3.3 Flip-flop RS

O circuito abaixo é um exemplo de uma estrutura denominada flip-


flop RS com portas NAND.

Figura 6 - flip-flop RS com portas NAND

Fonte: O autor (2019)


9

2.3.4 Aplicação de um flip-flop RS

Nesta aplicação tem-se uma chave da qual são eliminados as repiques


(bouncing). 0 efeito de memorização e gerado pela realimentação das saídas das
portas para as entradas. para memorizar 0 valor um na saída q do flip-flop, e
necessário conectar-se a terra apenas uma vez, a entrada s' (set); para memorizar 0
valor zero na saída q do flip-flop, é necessário conectar-se a terra apenas uma vez,
a entrada r'. (PAULO GARCIA, SIDNEI MARTÍNI, 2008).
A imagem abaixo representa a tabela verdade de um flip-flop RS.

Figura 7 - Tabela verdade de um flip-flop RS.

Fonte: O autor (2019)

2.3.5 Flip-flop D

Os flip-flops D, também chamados de latches, são estruturas logicas


sequenciais com 0 objetivo de memorizar clados aplicados na sua entrada. E
possível a construção de um flip-flop 0 a partir de um RS. (Paulo Alves, Jose Sidnei
Martini, 2010) .
10

Figura 8 - flip flop D

Fonte: O autor (2019)

Figura 9 - flip flop D

Fonte: O autor (2019)


11

3 CONTADORES E REGISTRADORES DE DESLOCAMENTO.

3.1 CONTADORES

Contadores são circuitos digitais que geram determinada sequência de


estados, sob o comando de um sinal de clock. São utilizados na contagem de pulsos
provenientes de chaves e de sensores, na construção de temporizadores e relógios
digitais, para gerar sequências de pulsos e medir frequência, e também fazem
parte de circuitos eletrônicos como conversores analógico-digital e digital-
analógico, geradores de endereços de matrizes de memória etc. Os contadores são
basicamente divididos em duas categorias – assíncronos e síncronos – e podem ser
classificados de acordo com a sequência (crescente ou decrescente) e com o
módulo (binário, decimal, módulo n). (Ronaldo Diago; Valder Moreira, 2011).

3.2 CONTADORES ASSÍNCRONOS

Ainda sobre os autores anteriores, os contadores assíncronos não possuem


entradas comuns de sinal de clock. O sinal inicial é aplicado no primeiro estágio; os
demais recebem o sinal do estágio anterior.
Esse tipo de circuito possui a capacidade de armazenar estados anteriores
que ocorreram no circuito e deste modo o próximo estado não somente depende do
estado atual, mas também da sequencia de estados que ocorreram anteriormente.
(OLANDOSKI, MARCOS, 2016). Ainda sobre os autores, esse tipo de circuito,
embora possuam memória armazenada nos valores das variáveis internas, na
realidade possuem apenas dispositivos de atraso. Estes dispositivos de atraso
acabam sendo responsáveis pela estabilidade do circuito, pois se não existissem
atrasos, um novo resultado apresentado nas saídas das variáveis internas poderia
ocasionar uma nova mudança dentro do tempo de ocorrência de uma mesma
mudança de estado.

Figura 10 - *Supõe-se que todas as entradas J e K sejam 1.

Fonte: O autor (2019)


12

Figura 11 - Contador assíncrono com módulo < 2N

Fonte: O autor (2019)

3.3 CONTADORES SÍNCRONOS

Os problemas encontrados com os contadores assíncronos são provocados


pelo acúmulo dos atrasos de propagação dos FFs. Dito de outra maneira, nem todos
os FFs mudam de estado em sincronismo com os pulsos de entrada. Essas
limitações podem ser superadas com o uso de contadores síncronos ou paralelos
nos quais os FFs são disparados simultaneamente (em paralelo) pelos pulsos de
clock de entrada. Visto que os pulsos de clock de entrada são aplicados em todos os
FFs, algum recurso tem de ser usado para controlar o momento em que um FF deve
comutar e o momento em que deve permanecer inalterado quando ocorrer um pulso
de clock Isso é implementado usando-se as entradas J e K, conforme ilustrado na
Figura abaixo para um contador síncrono de quatro bits (módulo 16).(Ronald J.
Tocci, Neal S. Widmer; Gregory L. Moss, 2014).

Figura 12 - contador síncrono de quatro bits

Fonte: O autor (2019)


13

3.4 REGISTRADORES DE DESLOCAMENTO.

Os registradores de deslocamento são um tipo de circuito lógico muito


parecido com os contadores digitais. Os registradores são usados principalmente no
armazenamento de dados digitais e não possuem uma característica interna de
sequência de estado como os contadores. (Floyd, 2007).
Ainda sobre o mesmo autor, os registradores de deslocamento consistem de
arranjos de flip-flops e são importantes em aplicações que envolvem o
armazenamento e a transferência de dados em sistemas digitais. Um registrador,
diferentemente de um contador não tem uma sequência de estados específica,
exceto em certas aplicações muito especializadas. Um registrador, em geral, é
usado somente para armazenamento e deslocamento de dados (1s e 0s) recebidos
de uma fonte externa e normalmente não possui características internas de
sequência de estados. Um registrador é um circuito digital com duas funções
básicas: armazenamento de dados e movimentação de dados. A capacidade de
armazenamento de um registrador o torna um importante tipo de dispositivo de
memória.
A capacidade de armazenamento de um registrador é o número total de bits
(1s e 0s) dos dados digitais que ele pode reter. Cada estágio (flip-flop) é um
registrador de deslocamento que representa um bit da capacidade de
armazenamento; portanto, o número de estágios num registrador determina sua
capacidade de armazenamento. A capacidade de deslocamento de um registrador
permite o movimento de dados de um estágio para outro dentro do registrador ou
ainda para dentro ou para fora do registrador com a aplicação de pulsos de clock.
(Floyd, 2007).
14

Figura 13 - Flip-flops ligados como registradores de deslocamento.

Fonte: O autor (2019)


15

4 AS MEMÓRIAS

Segundo Newton (2012, p. 134). Todos os computadores usam, e além deles


muitos outros aparelhos como secretárias eletrônicas e etc. Estes pequenos
dispositivos eletrônicos, que podem guardar informações, são encontrados na forma
de chips e operam segundo diversos princípios. Guardar informações é algo
fundamental para a operação de computadores, máquinas fotográficas digitais,
instrumentos de medida,
automatismos e também de diversos outros aparelhos eletrônicos.
No entanto, as informações disponíveis num circuito se apresentam de uma
forma especial, na forma de tensões ou impulsos e isso faz com que sejam exigidos
também dispositivos especiais para seu armazenamento. (NEWTON C. BRAGA,
2012).
Ainda sobre o mesmo autor, o computador não é um dispositivo novo, e
desde que os primeiros tipos, aparelhos de grande porte, foram inventados, as
memórias
sofreram uma série de aperfeiçoamentos e modificações antes de
chegar ao que conhecemos hoje e que usamos em diversos aparelhos
eletrônicos modernos.

4.1 ESTRUTURA DE UMA MEMÓRIA

Para que os dados que devam ser gravados possam ser colocados numa
memória e depois lidos, elas devem possuir uma organização que inclui a existência
de pinos de acesso e também pinos de endereçamento, ou seja, pinos que possam
dizer em que lugar as informações são gravadas. Através destes pinos de
endereçamento também podemos localizar a informação desejada quando ela
precisa ser lida. (NEWTON C. BRAGA, 2012).
Na figura logo abaixo temos a organização típica de uma memória.
16

Figura 14 - Estrutura de uma memória

Fonte: O autor (2019)

Uma memória é organizada de tal modo a conter um certo número de linhas e


cada linha tem tantas posições quantos forem os bits gravados. Por exemplo, uma
memória de 1024 linhas com 8 posições, pode gravar 1024 bits (1 kB) de 8 bits.
Para gravar a linha de gravação e ativada e os dados são colocados, um byte de
cada vez, na linha de entrada de dados. Se a memória tiver 8 bits por linha, esta
linha terá 8 entradas. (NEWTON C. BRAGA, 2012).

4.2 CLASSIFICAÇÃO DAS MEMORIAS

Tempo de Acesso
O tempo de acesso de uma memória é o tempo necessário desde a entrada
de um endereço até o momento que uma informação aparece na saída. Para as
memórias de entrada e saída, é também o tempo necessário para a informação ser
gravada. (IDOETA, CAPUANO, 2012).

Volatidade
De acordo com os autores Idoeta e Capuano (2012, p. 403). As memorias
podem ser divididas em voláteis e não voláteis, as memorias voláteis são geralmente
aquelas que, ao ser cortada a alimentação, perdem as informações armazenadas já,
as não voláteis são aquelas que mesmo sem alimentação continuam com as
17

informações.

Troca de dados
No que se refere a troca de dados com outros componentes do sistema, as
memorias podem ser de escrita/leitura ou memorias apenas de leitura. (IDOETA,
CAPUANO, 2012).

Tipos de armazenamento
Em relação aos tipos de armazenamento as memorias se classificam como
esticas ou dinâmicas. (IDOETA, CAPUANO, 2012).

4.3 TIPOS DE MEMÓRIAS

4.3.1 ROM

As Read-Only Memory, ou Memórias somente de leitura, são circuitos


fabricados de tal forma que, no próprio processo de fabricação já são gravadas as
informações que elas devem conter. As informações contidas nesta memória,
conforme o nome indica, só podem ser lidas, e não alteradas por qualquer tipo de
ação externa. Em outras palavras o fabricante determina as informações que este
tipo de memória vai conter antes dela ser fabricada. (NEWTON C. BRAGA, 2012).

Figura 15 - Chips de memória ROM comum

Fonte: O autor (2019)


18

Ainda sobre o mesmo autor, trata-se de uma memória não volátil, uma vez
que as informações gravadas são retidas, mesmo depois que o circuito em que ela
se encontra é desligado. Na prática estas memórias encontram muitas aplicações
como, por exemplo, reter informações importantes para o uso de um
aparelho, mesmo quando ele é desligado, para que, depois ao ser ligado
ele funcione normalmente.

APLICAÇÕES DAS ROMs

Com exceção da MROM e da PROM, a maioria dos dispositivos ROM pode


ser reprogramada; portanto, não são memórias apenas de leitura. Entretanto, o
termo ROM ainda é usado para EPROMs, EEPROMs e memórias flash porque,
durante uma operação normal, os conteúdos armazenados nesses dispositivos não
são tão alterados quanto lidos. Portanto, o termo ROM é aplicado a todos os
dispositivos de memória semicondutora não volátil e usado em aplicações em que o
armazenamento não volátil de informações, dados ou códigos de programa
necessário e em que os dados armazenados raramente ou nunca são alterados.
(RONALD J. TOCCI, NEAL S; GREGORY L, 2011)
Dentre as diversas aplicações, destacamos sua utilização para o
armazenamento de programas de sistemas operacionais em computadores. Podem,
ainda ser utilizadas em circuitos de geração de caracteres e para a construção de
um circuito combinacional qualquer. (IDOETA, CAPUANO, 2002).

4.3.2 PROM

Segundo Newton (2012, p. 141) As memorias prom são consideradas um tipo


de memória não volátil, pois mesmo depois que desligamos sua alimentação ela
mantém ainda gravados os dados de seu interior. A diferença, em relação ao tipo
anterior, está no fato de que elas podem ser programadas pelo usuário.
Ainda sobre o mesmo autor, quando compramos uma memória deste tipo,
todos
os fusíveis estão em curto (bons) e, com isso, a memória só contém
zeros. A gravação é feita queimando-se numa mesma fila os micro fusíveis
em que se deseja gravar o nível HI ou 1, conforme se é mostrado na
figura.
19

Figura 16 - Gravando uma linha de uma PROM

Fonte: O autor (2019)

4.3.3 RAM

O interessante sobre esse tipo de memória é que ela pode tanto ser gravada
como lida a qualquer momento. Segundo Newton (2012, p. 141). A Random Access
Memory como é conhecida armazenam as informações que estão mudando
constantemente durante a execução de um programa, a digitação de um texto,
recepção de dados da internet, ou ainda o processamento de uma imagem. Newton
ainda fala que esse tipo de memória é muito importante nos equipamentos digitais,
uma vez que pode ser utilizada para guardar os dados que estão sendo usados e,
portanto, estão mudando a cada instante conforme o programa “roda”. Diferente das
memorias anteriores citadas trata-se de uma memória volátil, pois segundo Newton
quando o computador, ou qualquer outro equipamento em que ela esteja presente é
desligado, toda a informação que contém é perdida, o que significa que, se
precisamos ter estas informações de modo permanente, devemos antes transferi-las
para outro tipo de memória que não seja volátil.
Estas memórias são basicamente formadas por uma grande quantidade de
flip-flops do tipo CMOS que são montados numa minúscula pastilha de silício,
conforme é mostrado na figura a seguir.
20

Figura 17 - Flip-flop CMOS de uma célula de memória RAM

Fonte: O autor (2019)

Cada flip-flop armazena 1 bit, o que quer dizer que, para armazenar 1
megabyte ou 1 milhão de bytes de 16 bits numa memória deste tipo precisamos de
16 milhões de flip-flops! A tecnologia moderna consegue “fabricar” esta enorme
quantidade de flip-flops numa pastilha de silício de poucos milímetros. (Lembramos
que 1 Megabyte não é exatamente 1 milhão de bytes). (NEWTON C. BRAGA, 2012).
Esta pastilha é colocada num invólucro, como o da figura.

Figura 18 - RAM em invólucro DIL e SMD.

Fonte: O autor (2019)

Vantagens e desvantagens da memória RAM

Vantagens:
• Acesso aleatório a memória, tanto para escrita quanto para leitura de dados.
21

• Velocidade muito maior, devido a vantagem acima


Desvantagens:
• Ela é volátil, ou seja, ao desligar o computador ou celular, tudo que existe
nela se perde. (INFOTEC, 2019).

4.3.4 EPROM

De acordo com Newton (2012, p. 144). O nome desta memória vem da


abreviação de Erasable/Programable Read-Only Memory ou Memória Programável e
Apagável Somente de Leitura. Esta memória é fabricada de tal forma que uma
radiação ultravioleta forte pode modificar o estado de condução dos elementos do
chip que armazenam a informação.
Ainda sobre o mesmo autor, estes elementos contem cargas elétricas que se
fixam de maneira mais ou menos definitiva em determinadas regiões quando ela é
programada, determinando assim se a saída da célula vai ser um “zero” ou um “um”
conforme o bit armazenado.
Para que essa informação possa ser apagada o circuito integrado possui uma
janela de quartzo que deixa passar a radiação ultravioleta, conforme mostra a figura.

Figura 19 - EPROMs comuns com suas janelas de quartzo expondo o chip

Fonte: O autor (2019)

Para apagar a informação gravada, expomos as memórias à radiação de uma


lâmpada ultravioleta (UV) especial, o que é feito através de um aparelho apropriado,
conforme mostra a figura.
22

Figura 20 - Um apagador de EPROM

Fonte: O autor (2019)

Vantagens e desvantagens da memória Eprom

Vantagens
É barato, robusto e compacto, arquivos sobre ele podem ser acessado em
alta velocidade.
Desvantagens
EPROM é mais caro do que as unidades de disco ou discos compactos,
embora a diferença está diminuindo. (COMPUTERPT, 2011).

4.3.5 EEPROM

Estas memórias encontram cada vez maior quantidade de usos em circuitos


digitais, e em muitos casos elas estão incluídas em outros chips como, por exemplo,
de microcontroladores e microprocessadores. Desta forma, muitos dispositivos que
usam chips com estas memórias não necessitam de memórias externas para
gravação de dados que devem permanecer mesmo depois que eles sejam
desligados. (NEWTON C. BRAGA, 2012).
Para programar esta memória basta usar sinais elétricos do próprio circuito,
como no caso de uma RAM, e para apagar estas informações, basta aplicar um sinal
elétrico de determinadas características. Além disso, trata-se de uma memória não
volátil, ou seja, uma memória que mantém as informações mesmo depois que sua
alimentação seja desligada. (NEWTON C. BRAGA, 2012).
Na figura temos um exemplo de EEPROM
23

Figura 21 - exemplo de chips de EEPROM

Fonte: O autor (2019)

Aplicações das EEPROMs

As memorias denominas EEPROMs são bastante utilizadas pela indústria


atualmente, estão presentes na BIOS do seu computador por exemplo, nos consoles
de última geração, bem como no celular. Seu princípio é de permitir que as
informações do chip sejam alteradas, como na EPROM, mas com a vantagem de
dispensar o uso da luz ultravioleta. Este tipo de ROM pode ser reescrito com
eletricidade, o que dispensa a necessidade de se extrair o chip ROM do dispositivo.
(TECHTUDO, 2012)

4.4 PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO DAS MEMÓRIAS

Embora cada tipo seja diferente em sua operação interna, certos princípios
básicos de operação são os mesmos para todos os sistemas de memória. Uma
compreensão dessas ideias básicas ajudará no estudo dos dispositivos individuais
de memória. (RONALD J. TOCCI,
NEAL S; GREGORY L, 2011)
Para os autores todo sistema de memória requer diversos tipos diferentes de
linhas de entrada e de saída para realizar as seguintes
funções:
1. Aplicar o endereço binário da posição de memória acessada.
2. Habilitar o dispositivo de memória para responder às entradas de controle.
3. Colocar os dados armazenados no endereço especificado nas linhas de
24

dados internas.
4. No caso de operação de leitura, habilitar as saídas tristate, as quais
aplicam os dados aos pinos de saída.
5. No caso de operação de escrita, aplicar os dados a serem armazenados
aos pinos de entrada de dados.
6. Habilitar a operação de escrita, que faz com que os dados sejam
armazenados na posição especificada.
7. Desativar os controles de leitura ou escrita quando terminar a leitura ou
escrita e desabilitar o CI de memória.
25

5 CONCLUSÃO

O presente trabalho teve o desafio de abordar os diferentes tipos de


componentes de circuitos sequenciais com o princípio de funcionamento, tabela
verdade, aplicação. Apresentar os circuitos contadores síncronos e assíncronos e os
registradores de deslocamento. Também foi abordados os diferentes tipos de
memórias, características construtivas, os principais componentes eletrônicos que as
compõem, princípio de funcionamento, aplicações, vantagens e desvantagens.
O objetivo desse trabalho foi concluído na medida em que se foi possível
analisar mais a fundo o estudo dos circuitos sequencias, embora a matéria seja um
pouco complexa o entendimento acaba ficando mais claro quando vai se
percorrendo pelos tópicos a serem estudados. Por se tratar de assuntos de
determinada forma ligados.
Concluímos à partir do estudo realizado a importância dos circuitos
sequenciais, pois com eles é possível fazer diversas aplicações independente da
área de atuação, que pode ser desde sistemas simples até sistemas complexo
também seria valido dizer que o estudo tem muitas informações importantes sobre
as memorias que são um dos principais componentes da eletrônica digital
sequencial , foi possível compreender esse vasto assunto, tão importante para área
da informática hoje.
26

REFERÊNCIAS

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Disponível em: . Acesso em: 3 Jul. 2019.

. https://www.infotecblog.com.br/2018/07/31/qual-a-importancia-da-memoria-
ram-em-seu-computador-ou-celular/. Disponível em: . Acesso em: 3 Jul. 2019.

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rom.html. Disponível em: . Acesso em: 3 Jul. 2019.

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