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Núcleo

Invólucro Nuclear
• O núcleo tem cerca de 10 micra de diâmetro, mas o
DNA por célula tem cerca de 6 milhões de pares de
bases aproximadamente 2 metros de
comprimento Empacotado com proteínas

Histonas
• Heterocromatina - região mais densa do DNA
(periferia do núcleo), não codificante
• Eucromatina – constituída por genes e mais no
interior do núcleo
• Componentes do Núcleo:

• Nucleoplasma - substância onde fica mergulhado o


material genético e as estruturas do núcleo
nucléolo
• Carioteca ou membrana celular - delimita o núcleo
e envolve o material genético. dupla camada de
lipídios e proteínas
• Nucléolos - são corpos densos e arredondados
compostos de proteínas, com RNA e DNA
associados.
• Cromatina - As moléculas de DNA associadas às
proteínas histonas. (cariótipo- constituem o
conjunto dos cromossomas que definem cada
espécie)

• Ser humano 22 pares autossómicos e 1 para sexual


Nucleoplasm
a
• É uma substância ligeiramente acidófila que proporciona ao núcleo a
sua consistência, é uma matriz de gelatina presente no núcleo, rica em
água e contendo iões, proteínas, enzimas (envolvidas na síntese de RNA
e DNA) e nucleótidos, mas é constituída principalmente por proteínas.
Contém também recetores para moléculas de diferentes naturezas

• Possibilitar reações químicas do metabolismo nuclear da célula.

• Principais características do nucleoplasma (carioplasma)


• - O carioplasma é homogéneo e viscoso.
• - É separado do citoplasma pela membrana nuclear.
• - É rico em moléculas orgânicas.
• - Ocupa todos os espaços do compartimento inter-cromatinico.
Carioteca ou membrana celular
O envelope nuclear é composto por três elementos:
• A membrana nuclear interna (MNI) e externa (MNE) separadas por um espaço perinuclear, um conjunto
de poros nucleares que permitem a comunicação com o meio citoplasmático, e a lâmina nuclear.

• O espaço entre as membranas interna e externa


pode-se chamar cisterna perinuclear

• A membrana externa (MNE) é contínua e partilha


Propriedades funcionais e bioquímicas com a membrana do
Retículo endoplasmático rugoso (RER), estando desta forma
igualmente coberta de ribossomas, responsáveis pela
síntese proteica.
• composta por proteínas integrais de membrana, denominadas proteínas transmembranares do
envelope nuclear, que atuam como pontos de ancoragem quer para a cromatina quer para a lâmina
nuclear.
Incorporadas na MNI temos diversas proteínas entre as quais os polipeptídeos associados à lâmina
Membrana celular nuclear
• Em determinados locais as duas membranas nucleares encontram-se unidas com
as suas bicamadas lipídicas fundidas, originando complexos de poros nucleares
(CPNs)
• CPNs - Responsáveis por facilitar e regular o intercâmbio de substâncias
hidrossolúveis, entre o núcleo e o citoplasma
• CPNs são relativamente grandes, complexos, e com uma estrutura proteica
heterogénea ao serem constituídos por várias cópias de cerca de 30 proteínas
diferentes, denominadas de nucleoporinas.
• Permitem a passagem de pequenas moléculas, como metabolitos e/ou proteínas
com menos de 40 kDa por transporte passivo.
• Moléculas de tamanhos superiores como RNAm, RNAt, ribossomas, fatores de
transcrição e de sinalização requerem transporte activo
Lâmina nuclear
• A lâmina nuclear no seu todo é composta por três tipos de lâminas: A, B e C.

• A lamina nuclear do tipo B tem 3 isoformas:B1, B2, B3 (B1 e B2 existem em quase todas as células
) (B3 só existe em espermatozoides)

• A lâmina nuclear é uma estrutura composta por uma rede de filamentos, imediatamente
adjacente à MNI que desempenha uma função estrutural, mantendo a forma e o tamanho do
núcleo e ligação ao citoesqueleto

• importantes nos processos de regulação genética, replicação do DNA, splicing de RNA,


ancoragem de outras proteínas do nucleoplasma, funcionamento e posicionamento dos canais
transmembranares e organização da heterocromatina

• Laminopatias é o conjunto de doenças genéticas que têm em comum mutações nos genes que
codificam as proteínas que compõem e constituem a lâmina nuclear
Poro nuclear e transporte nucleocitoplasmatico
• O involucro nuclear é uma barreira espacial e temporal dos fenómenos de
transcrição e processamento do RNA (nuclear) da síntese
proteica(citoplasmática)
• Funções:
Tráfego molecular:
• Pequenas moléculas passam pelos poros por
difusão passiva – iões, água, nucleótidos
• Macromoléculas necessitam de transporte ativo
(dependente de energia). Importação de proteínas
para o núcleo e exportação de RNA para o citoplasma.
• Por controlar o trafego entre citoplasma e núcleo
tem papel fundamental na fisiologia de todas as células eucarióticas.
• O complexo de poro nuclear é uma
estrutura extremamente grande com um Transito núcleo-citoplasma
diâmetro de:
120 nm e massa molecular de 125milhões de
Dáltons – 30 vezes o tamanho do ribossoma.
• Em vertebrados, 50 a 100 proteínas
diferentes
• Quantidade e o espaço entre os poros
depende da actividade de transporte
núcleo–citoplasma (espermatócitos
muitos; espermatozoides poucos)
• Sinal de localização nuclear (SLN):
sequência de aminoácidos específica que
promove a localização de uma proteína no
núcleo
• Importação de proteínas através
do complexo de poro nuclear.
1- Proteína contendo SLN
2- Reconhecida pela importina que
está associada a RAN-GTP
3- O complexo liga-se aos
filamentos citoplasmáticos no poro
nuclear
4- Um fator de troca de nucleotídeo
guanina (RAN-GEF) altera a
configuração do complexo para
liberar a proteína dentro do núcleo
5- O complexo importina-RAN/GTP
é reexportado para o citoplasma.
• Transporte de pequenos RNAs nucleares para
o citoplasma.
• Associação de RNA e ribonucleoproteínas
(RNP)
• A exportação está directamente ligada a
presença de Exportinas
• Há tipos diferentes de importinas e exportinas
que têm mais ou menos afinidade pelas
diferentes sequências. As proteínas dos poros
nucleares, as nucleoporinas, generalmente
não interagem directamente com as proteínas
transportadas, as cargas, mas com as
importinas e as exportinas.
Cromatina
• Toda a porção de núcleo que cora
é visível ao microscópio excepto
o nucléolo, que surge muito mais escuro.

Cromatina: DNA+Proteinas

histonas
não histonas
• Histonas: estáveis, baixo peso molecular,
proteínas básicas
• 5 Tipos de histonas:
• H1 histona de ligação
• H2A
• H2B moléculas pequenas (histonas nucleossómicas)
• H3 estas participam no nucleossoma
• H4
As histonas são proteínas simples, solúveis em água
• Não histonas: proteínas ácidas, grupo muito heterogéneo
Nucleossoma: A estrutura básica da cromatina é formada por 200 pares de bases de DNA
ligados a um octomero de histonas, duas moléculas de cada histona e uma molécula de histona H1.

cromossoma
• H2A e H2B: estas apresentam peso molecular
consideravelmente inferior ao da H1.
Ambas são ricas em lisina.
• H3 e H4: estas histonas são ricas em arginina.

Ao compactarem o DNA, possibilitam o encaixe nuclear dos genomas eucarióticos de


grandes dimensões. Modificações pós-translacionais podem ocorrer, o que leva ao
desempenho de um importante papel na regulação genética, de maneira epigenética.

modificações do material genético estáveis após inúmeras divisões celulares. As alterações


epigenéticas possuem um importante papel no processo de diferenciação celular
existência de células com funções diferentes, embora com o mesmo DNA.

há códigos epigenéticos que atuam na regulação genómica, exercida especialmente por


grupos metil e pelas histonas.
Nucléolo
são estruturas densas, pequenas e esféricas
formados por proteínas, DNA e RNA. Este
organelo nuclear não é delimitado por
membrana e apresenta um aspecto esponjoso.
formados por moléculas de RNA ribossómico
dobrado, associado às proteínas.

Função:
- No nucléolo das células são produzidos os RNAs
ribossómicos. E onde as subunidades ribossómicas se
unem
- armazena esse material e coordena os processos de
reprodução celular através da síntese de proteínas
• Nas células dos mamíferos tem entre 1 e 5 nucléolos

estado fisiológico ou de diferenciação da célula


Em muitas células em interfase os nucléolos podem associar-se para dar origem a um nucléolo
maior.

em algumas fases de crescimento e desenvolvimento o nucléolo não é visível, mas existe


sempre célula sem nucléolo ou está morta ou a morrer

Profase da mitose nucléolo desaparece (condensa a


Cromatina em cromossomas

telófase da mitoseparte da cromatina e proteínas descondensam e formam o nucléolo


necessário também a transcrição de pre-RNAr-45S
• Podem observar-se 3 regiões no nucléolo:
- Componente fibrilar denso
- Centro fibrilar
- Componente granular

O centro fibrilar é a zona onde se encontram as cópias dos genes que


codificam para o pre-RNAr-45S, embora não esteja presente em todos os
eucariotas e por isso não se sabe bem a sua função.
A componente fibrilar denso é onde se produz o transcrito primário do pre-
RNAr-45S y.
A componente granular é onde se juntam as proteínas e os diferentes RNAr
para formar as subunidades ribossómicas.
• Os genes que codificam os pre-
RNAr-45S encontram-se muito
repetidos em regiões de
diferentes cromossomas.
• A estas regiões chama NOR
("nucleolar organizer region"),
e estão associadas a regiões
heterocromáticas (cromatina
condensada). A partir de estas
regiões NOR formam-se os
nucleólos.
Ciclo celular
O Ciclo celular é definido como a sequência de acontecimentos que
levam ao crescimento e à divisão da célula, de forma contínua e
repetitiva.
Um ciclo celular normal consiste em três etapas principais:
• A interfase - durante a qual a célula vive a maior parte do tempo e
se dá o seu crescimento.
• A segunda é a mitose, durante a qual a célula se divide.
• A etapa final é a citocinese. Nesta fase as duas células resultantes
da mitose completam a sua separação.
• Interfase: período mais longo que pode estender-se por toda a vida da célula.
• interfase três períodos: G1, S e G2 (alguns organismos unicelulares, como a
levedura não possuem G2).

• Período G1: a designação desta etapa resulta de ‘gap’ do inglês intervalo, e decorre
imediatamente após a mitose. É um período de intensa actividade bioquímica, no
qual a célula cresce em volume e o número de organelos aumenta. Ocorre a síntese
de RNA no sentido de a célula sintetizar (fabricar) proteínas, lípidos e glícidos.
• Período S: de síntese do inglês ‘synthesis’ é caracterizado pela replicação do DNA.
Às novas moléculas de DNA associam-se as proteínas histonas, formando-se
cromossomas, constituídos por dois cromatídeos ligados pelo centrómero.
• Período G2: síntese de mais proteínas e produção de estruturas membranares que
serão utilizadas nas células-filhas resultantes da mitose.
Mitose
• Profase
• Metafase
• Anafase
• Telofase

Profase: Etapa mais longa da mitose. A cromatina condensa-se em cromossomas, compostos


por dois cromatídeos enrolados.
Os centrossomas (dois pares de centríolos) afastam-se para pólos opostos, formando entre
eles o fuso acromático (em plantas os fusos são multipolares por ausência de centriolos).
As fibras do fuso acromático são feixes de microtúbulos ligados a complexos proteicos
especializados – cinetócoros – desenvolvidos nos centrómeros durante a profase. O nucléolo
desintegra-se no final da etapa, o invólucro nuclear desagrega-se.

Metafase: os cromossomas atingem a sua máxima condensação. Os cromossomas no centro


do fuso, alinham-se no plano equatorial da célula, formando a placa equatorial. Os dois
cromatídeos de cada cromossoma estão em posição oposta, e separam-se
• Anafase: divisão pelo centrómero e separação simultânea de todos os
cromatídeos (cada cromatídeo passa agora a ser designado por cromossoma).
Os cromossomas iniciam a ascensão polar ao longo dos feixes de microtúbulos. No
final da Anafase dois conjuntos idênticos de cromossomas estão em cada pólo da
célula.

• Telofase: inicia-se a organização dos núcleos das células-filhas.


Forma-se o invólucro nuclear em torno dos cromossomas, a partir do retículo
endoplasmático rugoso.
As fibras do fuso acromático desorganizam-se, os cromossomas começam a
descondensar, tornando-se novamente indistintos. O nucléolo é reconstituído e
cada célula-filha entra na interfase.

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